Miranda do Douro: Celebrou-se o 436º aniversário da dedicação da Concatedral

Miranda do Douro: Celebrou-se o 436º aniversário da dedicação da Concatedral

Nesta quarta-feira, dia 16 de novembro, celebrou-se às 17h00, a eucaristia comemorativa dos 436 anos da dedicação da Concatedral de Miranda do Douro, uma celebração que visa assinalar a data da consagração do antigo altar, ocorrida em 1586.

A celebração foi presidida pelo pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques e na homília, o sacerdote disse que na Sagrada Escritura encontram-se muitos motivos para celebra esta data.

“Na primeira leitura, no Livro de Neemias, vemos como o povo de Israel, que há muitos anos não tinha a oportunidade de ouvir a Sagrada Escritura, reuniu-se à volta de Neemias, para escutar a Palavra de Deus. E isso produziu no povo uma grande alegria!”, disse.

De acordo com o pároco de Miranda do Douro, a Concatedral é o templo onde os católicos escutam a Palavra de Deus, uma Palavra que deve ser motivo de alegria, respeito e devoção.

“Quando escutamos a Palavra de Deus devemos dar-lhe toda a nossa atenção. E esta Palavra provém da igreja fundada por Jesus Cristo e continuada pelos seus apóstolos”, disse.

A celebração do 436º aniversário da Dedicação da Concatedral é entendida pelo pároco de Miranda do Douro, como uma data muito especial, pois segundo reza a história,
a vila de Miranda do Douro foi elevada a cidade e sede de diocese em 1545, pelo que se tornou necessária a edificação de um novo templo.

Assim, por ordem de D. João III, a construção da Sé de Miranda do Douro foi iniciada em 24 de maio de 1552.

A solenidade da Dedicação da Catedral e a Consagração do antigo Altar aconteceu em 1586, pelo que este ano se celebrou o 436º aniversário desta data.

A conclusão das obras da Sé de Miranda ocorreu no início do século XVII e o templo manteve o estatuto de sé episcopal até 1780, ano em que a sede da diocese foi transferida para Bragança, passando a designar-se de Diocese de Bragança e Miranda.

A partir daí, a Sé de Miranda passou a ser designada por Concatedral.

Atualmente, a diocese de Bragança-Miranda está em sede vacante, desde 14 de fevereiro de 2022, data em que o Colégio de Consultores elegeu monsenhor Adelino Paes para a administrar temporariamente.

HA

Mogadouro: Município avança no restauro ecológico nas margens do rio Sabor

Mogadouro: Município avança no restauro ecológico nas margens do rio Sabor

O município de Mogadouro e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vão realizar intervenções de restauro ecológico nas encostas do rio Sabor, no montante de mais de 800 mil euros, adiantou o presidente da Câmara Municipal, António Pimentel.

“Trata-se um projeto interessante que aparece por proposta do IPB, uma parceria que nós aceitamos de bom grado porque estamos a projetar ‘eco-resorts’ para os Lagos do Sabor e assim minimizar alguns impactos ambientais que poderiam condicionar estes projetos e respetivos investimentos”, explicou António Pimentel.

Segundo o autarca social-democrata, “este projeto vai permitir que se faça a recuperação dos caminhos existentes e também a reflorestação de uma área de cerca de 30 hectares de terreno para evitar a degradação dos solos.

Desta forma, considerou, vai ser possível “permitir a sua contenção nas encostas sobranceiras ao rio Sabor em locais já definidos”.

O município de Mogadouro, no distrito de Bragança, entende que, “além de todos os benefícios ambientais e científicos que serão alcançados com a realização do projeto ‘ForestWaterUp’, as intervenções programadas terão como efeito paralelo o aumento da qualidade da água do rio Sabor junto às zonas de atuação e a melhoria paisagística de toda a área envolvente”.

“Esta intervenção vai ajudar na contenção dos materiais e matéria orgânica que escorrem para o rio [Sabor], e ao mesmo tempo a construção de ilhas flutuantes que vão ajudar a melhorar a qualidade da água do rio”, vincou António Pimentel.

As áreas de atuação localizam-se junto aos espaços dos futuros ‘eco-resorts’ que o município tem projetado instalar junto às pontes de Meirinhos-Sardão e de Remondes.

O investigador do IPB Tomás de Figueiredo disse que o projeto vai aplicar metodologias no terreno que permitam “acelerar” a recuperação e restauro de ecossistemas situados nas encostas e que vertem para o rio Sabor.

“Nas encostas que marginam com a albufeira da barragem do Baixo Sabor e que estão em risco de incêndios há ecossistemas mediterrânicos valiosos, e que estão identificados, em torno dos quais há toda uma atividade económica e agrícola associada às margens do rio”, vincou o especialista.

De acordo com o investigador, o restauro ecológico dos solos será alcançado através de operações de reflorestação que vão favorecer a fixação de carbono e de nutrientes no solo, impedindo a sua sedimentação para a albufeira dos Lagos do Sabor.

“Será ainda garantida uma extensa monitorização de todas as intervenções do projeto, o que permitirá testar o seu contributo para o combate à desertificação e para a resiliência dos ecossistemas à seca”, concluiu o investigador.

O projeto conta com um orçamento global de mais de 800 mil euros, já aprovados no âmbito das medidas de resiliência React_E.U., geridas pelo Programa Compete 2020, sendo financiado na sua totalidade.

A candidatura do projeto a estes fundos foi liderada pelo município de Mogadouro, em parceria com o IPB e o Laboratório More – Colab, Montanhas de Investigação.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município investe na reabilitação e valorização do rio Fresno

Miranda do Douro: Município investe na reabilitação e valorização do rio Fresno

O município de Miranda do Douro vai investir cerca um milhão de euros na reabilitação e valorização do rio Fresno e dos seus principais afluentes, ao longo de uma extensão de 40 quilómetros, anunciou a autarquia.

“A intervenção visa a valorização dos ecossistemas ribeirinhos do rio Fresno e dos seus principais afluentes ao longo de 40 quilómetros de extensão, o que corresponde a 77 hectares de área”, disse o vereador Vítor Bernardo.

Este é um projeto orçado em cerca de um milhão de euros, no âmbito de uma candidatura do Programa de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (REACT-EU) e comparticipado na totalidade por Fundos Europeu.

O rio Fresno nasce no concelho de Miranda do Douro e atravessa o meio rural e aglomerados urbanos até à sua foz, no rio Douro, a jusante da barragem de Miranda do Douro.

“Para além dos objetivos hidráulicos, ecológicos, paisagísticos e culturais, esta reabilitação promete aumentar a resiliência das estruturas atualmente existentes, assim como promover a biodiversidade local e serviços de ecossistemas associados”, vincou o autarca.

Com esta intervenção, e de acordo com a autarquia de Miranda do Douro, pretende-se dar cumprimento “à legislação nacional e comunitária de limpeza e valorização de linhas de água e criar atratividade dos espaços fluviais, revitalizando lugares com profundo significado e interesse para as populações locais e visitantes”, disse.

“Vamos eliminar vegetação que não seja autóctone e seja exótica, limpar as margens e as linhas de água que desaguam neste rio e, ao mesmo tempo, criar zonas e espaços mais atrativos para os locais e visitantes, e que tenham interesse histórico, cultural e ambiental para as populações”, indicou Vítor Bernardo.

A intervenção pretende, ainda, recuperar a galeria ribeirinha e a funcionalidade dos sistemas naturais existentes ao longo do Fresno, bem como beneficiar os habitats de algumas espécies ribeirinhas.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Monjas Trapistas vão estar na mostra de doces em Alcobaça

Palaçoulo: Monjas Trapistas vão estar na mostra de doces em Alcobaça

As Monjas Trapistas do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, vão participar “pela primeira vez”, na 24ª Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais que vai decorrer no Mosteiro de Alcobaça, de 17 a 20 de novembro.

De acordo com a organização do evento, durante quatro dias os visitantes poderão degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça, mas, também, de outros mosteiros, conventos e pastelarias, nacionais e internacionais.

Nesta mostra internacional, as monjas de Palaçoulo vão expor vários doces como os rabiscos de amêndoas, torroncinhos vestidos, ‘amaretti’ tenros, amêndoas vestidas, amêndoas pimentinhas, amêndoas salgadas, pãozinho do peregrino, trancinhas e ‘torrones’.

As religiosas da diocese de Bragança-Miranda vão aproveitar o certame para apresentar uma nova iguaria: um “creme de amêndoas divinal”.

Quem pretenda encomendar a pastelaria e os artigos de artesanato das monjas trapistas de Palaçoulo, poderá fazê-lo através da loja online.

Os produtos das religiosas estão ainda disponíveis para venda noutros pontos do país, nomeadamente em Almada, Braga, Bragança, Chaves, Fátima, Miranda do Douro, Mogadouro, Lisboa, Palaçoulo e Sendim.

Fonte: Ecclesia e HA

Miranda do Douro: «Os cogumelos silvestres acrescentam valor à nossa gastronomia» – Nuno Rodrigues, vice-presidente do município de Miranda do Douro

Miranda do Douro: «Os cogumelos silvestres acrescentam valor à nossa gastronomia» – Nuno Rodrigues, vice-presidente do município de Miranda do Douro

Com o objetivo de realçar o valor ambiental, gastronómico e económico dos cogumelos silvestres, o município de Miranda do Douro, vai promover no próximo sábado, dia 19 de novembro, em São Pedro da Silva, a VIII edição das Jornadas Micológicas.

O outono é por excelência, a época dos cogumelos silvestres. A humidade e a temperatura suave desta estação do ano propiciam o seu surgimento. Graças à chuva deste mês de novembro, a apanha de cogumelos como os boletos, as marifusas, as sanchas ou os locatários está a gerar muito interesse.

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, as Jornadas Micológicas agendadas para o próximo sábado, dia 19 de novembro, em São Pedro da Silva, pretendem sensibilizar a população para o aproveitamento sustentável dos cogumelos silvestres.

“Recordo que o município construiu o Ecocentro Micológico, em Miranda do Douro, precisamente para dar a conhecer e valorizar este recurso do nosso território. A par do valor ambiental e ecológico, os cogumelos silvestres são também um produto que acrescenta valor à nossa gastronomia e por isso deve ser preservado e valorizado”, justificou.

No nordeste transmontano e na província espanhola de Castela e Leão, territórios com características semelhantes, existem mais de 400 espécies de cogumelos.

Desde sempre, muitas das espécies comestíveis têm sido utilizadas na gastronomia, pois do ponto de vista nutricional, são um alimento que contém água, inúmeras vitaminas e minerais essenciais tais como fósforo, magnésio, cobre e selénio.

As atividades das VIII Jornadas Micológicas vão iniciar-se na manhã de sábado, em São Pedro da Silva, com um passeio micológico no campo, para recolha das várias espécies de cogumelos.

Às 13h00, segue-se um almoço-convívio.

A tarde será dedicada a uma oficina de identificação dos cogumelos recolhidos no campo.

E às 16h00 vai ser apresentado um workshop de produção de cogumelos em palha e em tronco, com o propósito de incentivar os participantes a produzir cogumelos, reaproveitando subprodutos das explorações agrícolas.

As inscrições nas VIII Jornadas Micológicas são gratuitas. Os interessados em participar devem inscrever-se no Gabinete de Apoio ao Agricultor e Desenvolvimento Rural (Largo do Castelo em Miranda do Douro) ou através do e-mail:
ecomicologico.miranda@cm-mdouro.pt identificando o nome completo, n.º CC/BI, data de nascimento e contacto telefónico.

As Jornadas Micológicas são uma iniciativa da Câmara Municipal de Miranda do Douro, em colaboração com a CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina e a Xixorra – Associação Micológica.

HA

Vimioso: “Caminhada de São Martinho” fez bem à saúde e promoveu o convívio

Vimioso: “Caminhada de São Martinho” fez bem à saúde e promoveu o convívio

A junta de Freguesia de Vimioso organizou no passado sábado, dia 12 de novembro, a “Caminhada de São Martinho”, na qual participaram 80 pessoas, que para além da atividade física e do convívio, foram conhecer o novo percurso pedestre “Rota da Batoqueira”.

Na manhã de sábado, os caminhantes reuniram-se junto à sede da junta de freguesia de Vimioso, em pleno parque municipal, para dar início ao percurso pedestre de 10 quilómetros. Como habitualmente acontece nestas atividades, o exercício físico, o convívio e o contato com a natureza são as prinicipais motivações das pessoas.

Uma das caminhantes, Inês Mogadouro, foi uma estreante nestas caminhadas organizadas pela freguesia local e revelou que a sua motivação para participar na “Caminhada de São Martinho” foi o exercício físico e o cuidado com a saúde.

Por sua vez, o espanhol, Juan Manuel, veio com a esposa, de Madrid, para passar o fim-de-semana em Vimioso. E aproveitaram a estadia na vila para caminhar e conhecer a natureza envolvente.

“Gostamos de caminhar na natureza e a vila de Vimioso é uma região muito bonita. Tem uma orografia variada, com planalto, vales e montes o que permite realizar boas caminhadas. Para além disso, Vimioso é uma vila sossegada o que permite descansar do stress de uma grande cidade como Madrid”, disse.

Outro dos participantes, o jovem Simão Martins, veio acompanhar a sua família, os pais e os dois irmãos. Questionado sobre a sua motivação para participar nesta atividade, o jovem de 16 anos disse que gosta de desporto e tem interesse em visitar locais históricos, como é o antigo povoado do Castro da Batoqueira.

Já António Emílio Martins, também estreante nestes passeios, revelou que veio à “Caminhada de São Martinho” por dois motivos: para dizer não ao sedentarismo e pelo convívio que se estabelece com os outros participantes.

“Caminhar faz muito bem à saúde e evita tomar medicamentos”, recomendou.

Sobre razão da aposta nas caminhadas, o secretário da Freguesia de Vimioso, Paulo Martins, explicou que estas atividades para além do bem-estar físico que proporcionam, visam também fomentar o convívio entre a população.

“Em cada caminhada há habitualmente cerca de 100 inscrições. E até mesmo os jovens, depois de participaram acabam por gostar destes passeios na natureza e do convívio que se estabelece entre as diferentes gerações”, disse.

Paulo Martins adiantou ainda que a freguesia local gostaria de estabelecer parcerias com outras freguesias limítrofes, para organizar outros eventos na natureza, como são as provas de Bicicleta Todo-o-Terreno (BTT).

Na Caminhada de São Martinho, após percorrerem os 10 quilómetros do percurso, os participantes desfrutaram de um almoço-convívio no salão da junta de freguesia de Vimioso. E durante a tarde realizou-se um magusto, para celebrar o São Martinho.

No final da tarde de sábado, às 18h00, realizou-se na igreja paroquial de Vimioso, o concerto de música “O livro de bolso”, uma iniciativa da associação Inter+Value.

HA

Miranda do Douro: Município vai requalificar a Estação de Tratamento de Água (ETA)

Miranda do Douro: Município vai requalificar a Estação de Tratamento de Água (ETA)

A Câmara Municipal de Miranda do Douro vai investir cerca de 850 mil euros, na requalificação da Estação de Tratamento de Água (ETA), que abastece metade das localidades do concelho.

“Objetivo da requalificação da ETA de Miranda do Douro é dotar a infraestrutura de uma maior capacidade de captação de água”, adiantou o vereador Vítor Bernardo, referindo que a empreitada prevê a substituição de todos os equipamentos de bombagem e ainda a instalação de novos sistemas de controlo da estação.

Ainda de acordo com o autarca, esta empreitada vai traduzir-se numa melhoria substancial no fornecimento de água no que diz respeito à garantia de um serviço que responda aos padrões de saúde e bem-estar das populações em condições de fiabilidade e de segurança.

“Este é um investimento importante para a autarquia e que vai ao encontro das necessidades do município em dotar a infraestrutura de condições técnicas e logísticas para a captação, tratamento e distribuição de água de forma sustentável”, frisou Vítor Bernardo.

O projeto, orçado em 850 mil euros, surge no âmbito da candidatura do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no uso de Recursos (POSEUR), é e comparticipado em 85% por Fundos Europeu.

Esta ETA tem uma capacidade de tratamento de cerca de 4.800 metros cúbicos de água que é distribuída por mais de metade das provações deste concelho.

O atual equipamento foi construído em 2005 para fazer face às necessidades do concelho, através de uma captação existente na albufeira da barragem de Miranda do Douro.

Para a segunda fase dos trabalhos está prevista a construção de uma nova adutora com cerca de um quilómetro, desde o rio Douro até à ETA.

“A atual adutora tem cerca de 60 anos e foi sofrendo desgaste ao longo dos anos, sendo impreciso construir um novo sistema”, informou Vítor Bernardo.

Fonte: Lusa

Carção: “Cachico – Mercado Rural” pretende valorizar a vida agrícola

Carção: “Cachico – Mercado Rural” pretende valorizar a vida agrícola

O “Cachico – Mercado Rural” vai voltar a animar a localidade de Carção, no fim-de-semana de 18, 19 e 20 de novembro, com a comercialização dos produtos caraterísticos da localidade como são a castanha, o pão de abóbora, a aguardente, as ervas aromáticas entre outros produtos agrícolas.

Na localidade de Carção vivem atualmente 350 pessoas, que continuam a dedicar-se à pequena agricultura familiar. Segundo Daniel Ramos, presidente da freguesia de Carção, como tantos outros eventos, o “Cachico – Mercado Rural” surgiu com o propósito de dinamizar a economia local da aldeia e ajudar os pequenos agricultores a comercializar o excedente dos seus produtos.

“Em Carção, este mercado rural tem como produtos mais caraterísticos o mel, a castanha, a noz, o azeite, a abóbora e o pão de abóbora, a aguardente, o vinho e os licores”, indicou.

A aguardente é um dos produtos em destaque no certame e vai ter mesmo um concurso, com os propósitos de incentivar os produtores locais a participar e a preservar esta tradição. Recorde-se que antigamente, Carção foi conhecida pela destilaria de vinho, onde existiram duas fábricas.

“Porque estamos na época do São Martinho e dos magustos, o concurso consiste na degustação de várias aguardentes, com os objetivos de selecionar os melhores produtos e valorizar o fabrico artesanal”, justificou.

Outra novidade na edição deste ano do “Cachico – Mercado Rural”, é o passeio de reconhecimento das ervas aromáticas e comestíveis, que nascem naturalmente no termo de Carção. A formação vai estar a cargo da engenheira agrónoma, Natalina Pires.

No sábado, dia 19 de novembro, o certame vai iniciar-se bem cedo, às 8h30, da manhã, com a concentração dos caçadores para a montaria ao javali. Também a caça teve grande importância na aldeia, onde existiam perdizes, lebres e coelhos, que habitavam as serranias com grandes matas e arvoredos.

“A montaria ao javali tem como limite máximo 120 portas. Cerca de 50% dos caçadores são do concelho de Vimioso e os outros 50% são caçadores vindos da zona norte do país, principalmente da zona do grande Porto”, informou.

Segundo o presidente da freguesia de Carção, Daniel Ramos, os caçadores são também um público que aprecia os produtos locais, como o fumeiro, o azeite, a castanha e alguns produtos hortícolas, como é o caso das cebolas.

Ao longo dos três dias, o “Cachico – Mercado Rural” vai ser animado musicalmente pelos Gaiteiros de Serapicos, pelo grupo ”Pilha Galinhas” e pelos “Marotos flavienses”.

“A condizer com a ruralidade do mercado, a nossa escolha musical incidiu em grupos tradicionais. Ao longo do evento haverá ainda a animação permanente de atores, que vão evocar o mundo rural e interagir com o público”, adiantou.

No Domingo, dia 20 de novembro, um dos destaques é a concentração de tratores. Segundo o autarca de Carção, o objetivo desta reunião das máquinas agrícolas é sublinhar a identidade rural da aldeia.

“A concentração dos tratores é mais uma estratégia para motivar a população local a participar no evento. No decorrer da concentração vai realizar-se um sorteio para premiar a participação dos agricultores”, explicou.

No Domingo, às 15h00, vai celebrar-se a Missa campal, com a benção dos produtos da terra.

Depois, a IV edição do Cachico – Mercado Rural, em Carção, vai encerrar-se com um magusto, gratuito, onde o público terá a oportunidade de degustar o porco no espeto, as castanhas assadas, a jeropiga e a aguardente.

“Desde sexta-feira, dia 18 de novembro, aquando da abertura do evento, o público poderá provar o vinho dos produtores locais, que estará exposto em pipas no recinto do mercado rural. Depois, no final do certame, no dia 20, vai proceder-se à lavagem das pipas, para assim assinalar o encerramento do mercado”, informou.

O Cachico – Mercado Rural é um evento organizado pela freguesia de Carção e pela AMARTES – Associação de Desenvolvimento Artístico, Cultural e Desportivo, e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Futsal: Mirandeses objetivos venceram o Vila Flor

Futsal: Mirandeses objetivos venceram o Vila Flor

À 4ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) venceu o Centro Social e Paroquial Vila Flor (CSPVF), num jogo em que a maior capacidade física e objetividade dos mirandeses lhe valeu uma expressiva vitória por 6-2.

O inspirado, Nickas, fez o 2-0, num remate surpreendente junto à linha lateral.

No jogo realizado na sexta-feira, dia 11 de novembro, às 21h30, no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, os mirandeses entraram determinados em assumir a iniciativa do desafio.

No entanto, os mirandeses confrontaram-se com a dificuldade de jogar contra com um adversário constituído por jogadores jovens e evoluídos tecnicamente.



O jogo começou a descomplicar-se para os mirandeses, aos 5 minutos, na sequência de uma falta não assinalada, que Ricky aproveitou para numa “biqueirada” de fora da área, fazer um primeiro golo do jogo (1-0).

No minuto seguinte, o Vila Flor respondeu com um remate ao poste da baliza mirandesa. Este lance deu confiança aos visitantes e aos 8 minutos, o guarda-redes mirandês, Pina, efetou duas grandes defesas consecutivas impedindo assim, o empate aos vilaflorenses.

Os mirandeses afastaram a pressão visitante aos 9 minutos, através de Nickas, que num remate surpreendente junto à linha lateral, dirigiu a bola para o fundo da baliza visitante, fazendo assim o 2-0.

O segundo golo desconcentrou os vilaflorenses que logo a seguir cometeram o erro de derrubar o mirandês, Ricky, dentro da área. Na conversão da grande penalidade, Castro, ampliou a vantagem para 3-0.

A equipa de Vila Flor conseguiu reerguer-se e aos 11 minutos, obrigou novamente o guardião Pina a aplicar-se para evitar o primeiro golo visitante.

E aos 16 minutos, os visitantes conseguiram mesmo chegar ao golo, através de João Lopes e assim reduziram a desvantagem para 3-1.

Antes do final da primeira parte, os vilaflorenses dispuseram de um penalti a seu favor, mas na conversão, Fernando, rematou ao lado da baliza mirandesa.

Após o intervalo, o técnico Vitor Hugo, como habitualmente faz, trocou de guarda-redes e para o lugar de Pina entrou Guilherme. E foi precisamente o recém-entrado Guilherme, que aos 25 minutos, ampliou a vantagem do Clube Desportivo de Miranda do Douro, para 4-1, na sequência de uma jogada em que avançou no campo.

Animados pela confortável vantagem, os mirandeses, voltariam a festejar segundos depois, graças a uma assistência de Nickas a Ricky, o que lhe permitiu fazer o 5-1.

O Vila Flor reagiu e aos 26 minutos testou a atenção defensiva de Guilherme. No minuto seguinte, o vilaflorense, Quevin, insistiu e numa jogada individual, reduziu para 5-2.

O resultado final foi estabelecido por Nickas, aos 37 minutos, após uma receção da bola no ar, rodou sobre o adversário e rematou alto para fazer o 6-2.

A vitória expressiva dos mirandeses premiou a maior objetividade da equipa treinada por Vitor Hugo.

Por seu lado, a equipa de Vila Flor mostrou que tem jogadores evoluídos tecnicamente e que dificultaram bastante a vitória mirandesa.

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Renato, Couto (cap.), Vitó, David, Nickas, Ricky, Diogo, Guilherme, Gaby, Firmino. Castro e Rúben.

Treinador: Vitor Hugo

“Foi mais um grande jogo de futsal, em que entrámos muito determinados em pôr em prática as dinâmicas que treinámos durante a semana. Conseguimos chegar ao 3-0. E aí houve um ligeiro relaxamento da nossa parte, o que permitiu ao Vila Flor reduzir para 3-1. Ao intervalo, fizemos alguns ajustamentos, voltamos a assumir o controlo do jogo e voltamos a aumentar a vantagem. Realço que o Vila Flor é uma equipa que já tem tradição do futsal, aposta muito na formação e nos jovens jogadores do concelho. Há dois anos atrás competiram na III Divisão de futsal. ” – Vitor Hugo.

Centro Social e Paroquial de Vila Flor: Daniel, Veiga, Flávio, Quevin, Tiago, Fernando, José Pereira, Zé Manuel, Francisco e João Lopes.

Treinadores: Emílio Almendra e Rafael Pinheiro

“No jogo tivemos muita dificuldade em adaptarmo-nos às dimensões do campo, dado que o pavilhão é muito estreito. A nossa equipa é formada por jovens, muito bons executantes e que gostam de jogar com espaço. Hoje, tivemos muita dificuldade em realizar simples movimentos como o domínio de bola, também pela pressão constante da equipa de Miranda. Aqui, é muito difícil criar desequilíbrios. No lance do primeiro golo do Miranda foi muito difícil para os nossos jovens jogadores aceitar aquela decisão dos árbitros, dado que o nosso jogador estava no chão. Mesmo assim, quero dar os parabéns à equipa de Miranda pela vitória, pois foi mais competente do que nós” – Emílio Almendra.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: João Martins

2º Árbitro: Miguel Tronco

Cronometrista: Rui Domingues

4ª jornada – resultados

Águia FC Vimioso2-2EF Arnaldo Pereira (Bragança)
 CD Miranda Do Douro6-2CSP Vila Flor
 GD Torre Dona Chama0-4Sp. Moncorvo
 Alfandeguense2-5GD Sendim
Pioneiros Bragança4-5ACRD Ala

Classificação

PJVEDGMGSDG
1Sp. Moncorvo842202012+8
2CD Miranda Do Douro84220169+7
3Águia FC Vimioso842201915+4
4GD Sendim742111312+1
5GD Torre Dona Chama74211139+4
6EF Arnaldo Pereira (Bragança)742111211+1
7ACRD Ala441121415-1
8CSP Vila Flor341031520-5
9Alfandeguense341031121-10
10Pioneiros Bragança04004615-9

Próxima jornada (18/11/2022)

ACRD AlavsÁguia FC Vimioso
 Arnaldo Pereira (Bragança)vsCD Miranda Do Douro
 Sp. MoncorvovsPioneiros Bragança
 GD SendimvsGD Torre Dona Chama
 CSP Vila FlorvsAlfandeguense

Vimioso: “Os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado» – Carlos Ventura, biólogo.

Vimioso: “Os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado» – Carlos Ventura, biólogo.

De 14 a 19 de novembro, vai decorrer na junta de freguesia de Vimioso um curso gratuito, em horário pós-laboral, dedicado à apanha e identificação de cogumelos silvestres, um recurso que tem um alto valor económico na vizinha Espanha e que estranhamente continua a ser desaproveitado em Portugal.

A apanha de cogumelos silvestres foi sempre uma atividade praticada pelas populações, aproveitando um recurso que cresce espontaneamente nos montes e florestas.

Na Terra de Miranda, os cogumelos silvestres mais conhecidos são o míscaro (que se encontra nos pinhais), os boletos (mais comuns nos castanheiros e nos carvalhais) e a marifusa.

De acordo com o biólogo, Carlos Ventura, o curso “Colheita e identificação de cogumelos silvestres” visa informar as pessoas sobre os métodos de apanha dos cogumelos silvestres e ensinar a distinguir as espécies comestíveis, das venenosas e alucinogénias.

A fornação que decorre de segunda a sexta-feira, a partir das 20h30, vai culminar com uma saída de campo, para recolha e identificação das várias espécies de cogumelos silvestres, que existem no concelho de Vimioso.

“No final vai realizar-se um almoço-convívio entre todos os participantes e vamos cozinhar uma açorda de cogumelos no pote”, adiantou.

Segundo Carlos Ventura, os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado na economia do nordeste transmontano.

“Os cogumelos que nascem no nosso território são vendidos aos espanhóis por preços irrisórios e insignificantes. E depois, em Espanha, são vendidos a preços elevados. Para dar um exemplo, aqui na região, se um restaurante quiser comprar cogumelos silvestres certificados não encontra. E porquê? Porque a nossa produção é toda vendida, ao desbarato, para Espanha. Vendemos o quilo de cogumelos silvestres a cinco euros e depois os espanhóis vendem o quilo de cogumelos aos restaurantes a 25 euros/quilo”, disse.

Para aproveitar melhor este recurso endógeno, o biólogo defende que o governo português deve criar legislação específica, que regulamente a apanha e a comercialização dos cogumelos silvestres.

“Também é importante sensibilizar e consciencializar os apanhadores de cogumelos silvestres, para que no decorrer da apanha não utilizem utensílios como sachos e ancinhos, pois acabam por destruir a cobertura florestal. A apanha deve ser feita unicamente com um canivete para cortar o pé do cogumelo”, indicou.

Para além do valor económico, Carlos Ventura, recorda que os cogumelos têm uma importante função ecológica na decomposição da matéria orgânica.

“Os cogumelos silvestres desempenham um papel fundamental, dado que contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, decompondo, tal como as bactérias, os organismos vegetais e animais”, concluiu.

HA