Is 42, 1-4.6-7 / Slm 28 (29), 1a.2. 3ac-4.3b.9b-10 / At 10, 34-38 / Lc 3, 15-16.21-22 ou (ano C) Is 40, 1-5.9-11 / Slm 103 (104), 1b-4.24-25.27-30 / Tito 2, 11-14; 3, 4-7 / Lc 3, 15-16.21-22
Celebramos a Festa litúrgica do Batismo do Senhor. Estamos cerca do ano 30 depois do nascimento de Jesus, no início da vida pública.
Para nós, ocidentais, esta festa faz-nos reentrar no Tempo Comum. Com o batismo de Jesus no rio Jordão, que a liturgia nos oferece, vemos a antecipação do Pentecostes, do envio do dom do Espírito Santo que faz nascer a Igreja. Podemos dizer que, hoje, terminamos a celebração da epifania do ambiente natalício.
O Evangelho de São Lucas apresenta-nos a figura de João Batista, que o Papa Francisco diz assumir em si três vocações: a vocação de preparar, a vocação de discernir e a vocação de diminuir.
«Preparar» significa que a missão de João Batista consiste precisamente em preparar o caminho para Jesus, ser o precursor do Messias esperado ao longo de tantos séculos e que agora se dá a conhecer. Temos de imitar o exemplo de João e sermos anunciadores de Jesus, antecipando a sua chegada com gestos de acolhimento e de paz. Um cristão não se anuncia a si mesmo, anuncia outro, prepara o caminho para outro, o Senhor Jesus.
«Discernir» diz-nos que devemos saber distinguir a verdade daquilo que não o é (a chamada «aparência de bem», que não dá alegria e consolação, mas tristeza, vazio interior). Esta é a arte do discernimento, da leitura das moções interiores que ajudam a ler a vida com Deus.
«Diminuir» é a terceira vocação de João Batista, que o leva a «apagar- -se» para que brilhe, nas obras que realiza, não a sua pessoa, mas Jesus. A nossa vida tem de apontar para Jesus e não para o nosso umbigo.
Com o propósito de manter viva a tradição dos cantares dos Reis, o município de Miranda do Douro coorganiza no serão de sábado, 11 de Janeiro, na aldeia de Malhadas, o XIX Encontro “Bamos a cantar ls Reis”.
O espetáculo inicia-se às 21h00 de sábado, na Casa do Povo, em Malhadas e vai reunir grupos e associações culturais, de todo o concelho de Miranda do Douro.
No serão de sábado, em Malhadas, cada grupo vai interpretar dois cânticos tradicionais de Reis.
Pela participação no encontro “Bamos a cantar ls Reis”, os grupos vão receber um prémio entregue pelo município de Miranda do Douro.
No ano passado, os cantares de Reis realizarm-se na vila de Sendim, um evento que reuniu pessoas de todo o concelho de Miranda do Douro. Nesse encontro, o maior destaque foi a atuação do grupo de “Cantar dos Reis, de Duas Igrejas”, que presenteou o público com os cânticos “Vimos dar as Boas Festas!”, “Vimos cantar as janeiras” e “Boa-noite, minha Mãe”.
O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, anunciou um programa anual de 30 milhões de euros, destinado à pastorícia e a apoiar os criadores de animais, pois desempenham uma importante função na redução do material combustível na floresta e na prevenção de incêndios.
“Num território como este são essenciais os apoios para a pastorícia extensiva com o objetivo de ajudarmos o produtor, mas também de retirarmos o material combustível da floresta e também os baldios onde as pessoas tiveram e viram os seus rendimentos muito afetados. Vamos ter 30 milhões de euros para apoiarmos em termos nacionais o objetivo de reduzir o material combustível e de apoiar os produtores que usufruem e estão nos baldios”, afirmou José Manuel Fernandes, que falava aos jornalistas em Boticas, no distrito de Vila Real.
O governante visitou a Feira Gastronómica do Porco, em Boticas, onde se destacaram produtos como as alheiras, chouriças, salpicões, mas também outros produtos regionais como o pão, o mel ou vinho.
O ministro explicou que os 30 milhões de euros provêm do Fundo Ambiental e que haverá uma majoração para os produtores de raças autóctones e os jovens.
“Nós já temos a nossa proposta mas queremos, no fundo, também ouvir as confederações para elas emitirem opinião. Mas o programa já tem financiamento de 30 milhões de euros anual”, realçou.
José Manuel Fernandes lembrou que a Comissão Europeia, em 2023, “retirou muita área elegível nos baldios e houve um grande decréscimo no rendimento dos produtores”.
“O grande objetivo para além da renovação geracional é o aumento do rendimento dos agricultores. É inaceitável que um agricultor ganhe cerca de 40% das outras profissões e só desta forma conseguimos diminuir o déficit agroalimentar que tem aumentado enormemente nos últimos anos”, salientou.
Depois de visitar todos os ‘stands’ da feira, José Manuel Fernandes disse que este certame é “também uma festa”.
“É um local de venda, há economia, atrai cerca de 70 mil pessoas, traz gente de outros territórios, reforça a atratividade, incentiva o cultivo, a transmissão do saber, é um espaço de saberes e de sabores. Conseguimos com estas montras valorizar, acrescentar valor e o mérito é das câmaras”, referiu.
Com estes eventos, na sua opinião, também se defendem as raízes, as tradições, gera-se emprego e, em simultâneo, aposta-se na investigação e criam-se novos produtos.
Questionado sobre a exploração de lítio prevista para este concelho, que pertence ao Barroso Património Agrícola Mundial, José Manuel Fernandes disse que a ministra do Ambiente está acompanhar este assunto.
“As questão que são dos ministérios dos meus colegas, ainda que eu também as acompanhe, eu não vou pronunciar-me sobre elas e a única coisa que eu posso dizer é que a senhora ministra do Ambiente herdou um dossier que está a acompanhar, a monitorizar, obviamente em colaboração com todas as entidades que possam estar envolvidas”, referiu.
O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes considerou ainda que tem que “haver compatibilização entre os vários interesses”.
Na campanha de 2024/2025, a produção de vinho registou uma redução de 8%, face à campanha anterior, com a produção de 6,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
“Os dados recolhidos nas declarações de colheita e produção atestam uma diminuição do volume, com um total de 6,9 milhões de hectolitros (hl), representando um decréscimo de 8% face à campanha 2023/2024”, indicou, em comunicado, o IVV.
Para esta evolução pesou a instabilidade meteorológica durante o ciclo vegetativo das videiras, o que levou ao surgimento de doenças como o míldio, que, geralmente, ataca as folhas, mas também pode estender-se aos ramos e frutos.
Entre os sintomas mais comuns desta doença encontram-se manchas de cor verde-claro a amarela na parte superior da folha que, com o progresso da doença, ficam escuras.
Verifica-se uma redução de 0,1% face à média das cinco campanhas anteriores.
Destacam-se as regiões dos Açores, Bairrada, Dão, Península de Setúbal e Lisboa, com quebras superiores a 20%.
No sentido inverso, nas regiões do Algarve e da Beira Interior registaram-se aumentos de produção de mais de 20%.
Em comparação com a campanha anterior, as regiões dos Verdes e do Douro tiveram crescimentos de 10% e 5%, respetivamente.
À semelhança do que aconteceu nos últimos anos, a produção de vinhos tintos continua a ser predominante, representando 57% do total produzido.
Por sua vez, os vinhos brancos têm um peso de 36% e os vinhos rosados de 7%.
O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) está integrado na administração indireta do Estado, com autonomia administrativa.
Este instituto atua na cobrança de taxas, coordena a aplicação de medidas de gestão do património vitícola e desenvolve ações para o reforço da competitividade e internacionalização do setor.
Cultura: Inscrição das danças dos Pauliteiros de Miranda em consulta pública
A inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, das danças dos Pauliteiros nas festas de Miranda do Douro está em consulta pública, anunciou o instituto Património Cultural.
Num diploma publicado em Diário da República, datado de 12 de dezembro e assinado pelo presidente do instituto, João Soalheiro, dá-se conta de que se iniciou o processo de consulta pública sobre a inscrição das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Segundo o mesmo documento, o prazo para a decisão sobre a inscrição daquela prática é de 120 dias.
O município de Miranda do Douro submeteu em 10 de julho de 2023 a candidatura das danças dos pauliteiros a Património Cultural Imaterial, considerando “um momento histórico para a cultura mirandesa”, que, a confirmar-se, poderá abrir a porta à candidatura à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Assim, são grupos normalmente constituídos por oito rapazes e três músicos, por regra homens, apesar de já existirem conjuntos de pauliteiras, acrescenta o mesmo texto.
No ‘site’ da Câmara Municipal de Miranda do Douro, pode ler-se ainda que “a origem da dança dos Pauliteiros não reúne consenso entre os estudiosos que sobre ela se debruçaram”, apontando o seu nascimento para “a idade do ferro, na Transilvânia, espalhando-se posteriormente pela Europa”.
“Alguns autores, tal como o Abade de Baçal, defendem que a sua origem se deve à clássica dança pírrica guerreira por excelência dos Gregos. Este vê poucas diferenças entre esta dança e a dança dos Pauliteiros tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e a utilização da flauta pastoril. Mas a dança dos paulitos manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos Suíços na idade média. Os romanos seriam os responsáveis pela propagação da dança pírrica a esta região”, refere o mesmo texto.
Estão a decorrer na freguesia de Vilar Seco, no concelho de Vimioso, obras de requalificação e alargamento da estrada municipal nº 569, uma intervenção que visa facilitar o acesso à aldeia e às localidades vizinhas do concelho de Miranda do Douro.
De acordo com o presidente do município de Vimioso, António Santos, a obra foi ajudicada a 30 de outubro de 2024 e o prazo de execução é de 120 dias, pelo que se prevê que a estrada municipal esteja concluída no mês de maio.
“A requalificação e alargamento dos três quilómetros de estrada, desde o cruzamento da estrada nacional 218 até à localidade de Vilar Seco, implica a limpeza e compactação das bermas, seguida da colocação de brita para o posterior asfaltamento. Esta obra está orçada em cerca de 300 mil euros”, informou.
O objetivo desta intervenção na estrada municipal é facilitar o acesso à aldeia de Vilar Seco e às localidades vizinhas do concelho de Miranda do Douro, como São Pedro da Silva, Águas Vivas, Palaçoulo ou Duas Igrejas.
Para o presidente de freguesia de Vila Seco, Manuel Emílio João, esta é uma obra necessária para a localidade, onde vivem permanentemente uma centena de residentes.
“Para além da requalificação da estrada nº 569, a freguesia pretende ainda melhorar alguns arruamentos dentro da aldeia, com a colocação de paralelepípedos em granito e efetuar arranjos urbanísticos”, adiantou.
A freguesia de Vilar Seco, pertencente ao concelho de Vimioso, está situada em pleno planalto mirandês e a população local desenvolve atividades em setores como a agricultura e a pecuária, serralharia civil, carpintaria e artesanato.
Mogadouro: Engenheiro Industrial e de Produção (M/F)
Pretende-se contratar um profissional de engenharia alimentar, para o setor de fumeiro, com o objetivo de combinar tradição, inovação e tecnologia, garantindo produtos seguros, saborosos e com identidade cultural e regional.
Condições Requeridas:
Habilitações Escolares e Profissionais: Licenciatura ou Mestrado
Formação Profissional Exigida: Não
Data Prevista para Início do Trabalho: 01-01-2025 Certificação Profissional: Não;
Experiência Profissional anterior: Não Cumprimento de Quotas no recrutamento de pessoas com deficiência (Lei 4/2019): Não
Tipo(s) de carta condução: Ligeiros
Transporte Próprio: Sim
Normas específicas de higiene e segurança no trabalho: Sim
Observações: De acordo com a legislação em vigor.
Condições Oferecidas:
Contrato de Trabalho: Sem termo
Regime de trabalho: a tempo completo
Horário Trabalho: Diurno
Nº de Horas: 8 horas
Formas de Prestação de Trabalho: Presencial
Remuneração base ilíquida: 1385.98 EUR/Mês
Subsídio de refeição: 6 EUR / dia
IRCT: A entidade contratante declara não possuir IRCT.
Pretende-se contratar “Técnico de análises clínicas” (m/f) de acordo com os seguintes requisitos funcionais: trabalhador que assegura, através dos de métodos e técnicas apropriados à sua especialidade, o diagnóstico, tratamento e ou reabilitação do doente.
Condições Requeridas:
Habilitações Escolares e Profissionais mínimas: Ensino Pós-Secundário;
Formação Profissional Exigida: Não
Data Prevista para Início do Trabalho: 2024-10-15
Experiência Profissional anterior: Não
Recrutamento de pessoas com deficiência (Lei 4/2019): Não
Normas específicas de higiene e segurança no trabalho: Sim
Observações: Apesar do local de trabalho inicial ser numa clinica dentária em Vimioso, posteriormente quando as funcionárias regressarem da licença de maternidade, poderemos renovar o contrato para trabalhas também numa clinica dentária em Bragança
Horário Trabalho: Diurno
Nº de Horas: 8 horas (Horário:08:00 - 17:30)
Descanso Semanal: Regime Geral
Formas de Prestação de Trabalho: Presencial
Remuneração e Subsídios: remuneração base ilíquida 950 EUR/Mês
Subsídio de refeição: 9.6 EUR / dia
IRCT: A entidade contratante declara estar abrangida pelo seguinte IRCT: Contrato Coletivo de Trabalho / 2016.08.08
Descrição do Perfil
Pretende-se contratar "Técnico de análises clínicas" (m/f) de acordo com os seguintes requisitos funcionais:- trabalhador que assegura, através dos de métodos e técnicas apropriados à sua especialidade, o diagnóstico, tratamento e ou reabilitação do doente.
Planeia, seleciona e aplica os elementos necessários ao desenvolvimento normal da sua atividade, assegurando a gestão e manutenção dos materiais e equipamentos com que trabalha.
Efetua o registo e atualização dos ficheiros de clientes; pode participar em projetos multidisciplinares de pesquisa e investigação.
Apoia e acompanha a integração e desenvolvimento profissional dos técnicos de saúde.
Perfil Pessoal: Pessoa dinâmica, com capacidade de comunicação e de aprendizagem.
Com o objetivo de destacar o papel (in)formativo da Biblioteca Municipal Trindade Coelho, em Mogadouro, vão realizar-se nos meses de janeiro, fevereiro e março, três vídeoconferências (webinares) dedicadas aos temas da leitura, da inteligência artificial e da igualdade de género.
O município de Mogadouro, esclarece que o ciclo de webinars “As bibliotecas in(formam)” pretende, simultaneamente, desenvolver hábitos de frequência da biblioteca municipal, que possibilite aos munícipes aceder a informação e conhecimentos que melhorem a vida pessoal, familiar e profissional da população.
Os webinares “As Bibliotecas (in)formam” realizam-se através do Cisco Webex, pelo que é necessário abrir uma conta gratuita nesta plataforma.
As vídeoconferências têm uma duração de uma hora (20h45-21h45) e o calendário é o seguinte:
• 15 de janeiro (quarta-feira) – “Ilustração – como ler?”, por Ana Pereira (Professora, escritora e investigadora);
• 19 de fevereiro (quarta-feira) – “Inteligência Artificial: como utilizar e tirar partido do ChatGPT”, por Hélder Valdez Ferreira (C. M. Mogadouro)
• 19 de março (quarta-feira) – “Igualdade de género”, por Rosa Oliveira (CIG).
Estas sessões informativas têm como destinatários os pais, encarregados de educação, professores, educadores e outros interessados e para participar nas vídeoconferências devem efetuar as inscrições (gratuitas) através do email: bmtc@mogadouro.pt.
O ciclo informativo é uma iniciativa organizada pela Biblioteca Municipal Trindade Coelho, de Mogadouro, no âmbito do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE), em parceria com as Bibliotecas Escolares do concelho de Mogadouro, com a Rede de Bibliotecas Escolares e com o CFAE Bragança Norte.
Realizado pelo segundo ano consecutivo, o ciclo compreende a realização de um webinar por mês sobre temáticas diversas, selecionadas em função dos objetivos a atingir e das sugestões avançadas por elementos da comunidade/ formandos.
No presente ano letivo, o ciclo de webinares serve também como formação de curta duração (ACD) para os docentes que manifestem esse interesse.
Os deputados aprovaram requerimentos para chamar ao parlamento os ministros das Infraestruturas e da Coesão, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e vários especialistas, para esclarecimentos sobre a alteração à lei dos solos.
Os deputados da comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovaram por unanimidade o requerimento do BE, para audição, com caráter de urgência, do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, da Rede H – Rede Nacional de Estudos sobre Habitação, da arquiteta de Helena Roseta e de Jorge Moreira da Silva, que era ministro do Ambiente em 2013, quando a lei dos solos foi originalmente aprovada.
Este requerimento tinha sido já apresentado e aprovado também na comissão parlamentar de Poder Local e Coesão Territorial, pelo que as audições serão feitas em conjunto.
Os deputados aprovaram também os requerimentos orais apresentados pelo PS, para audição da ANMP, do PSD, para audição do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, e do urbanista e arquiteto paisagista Sidónio Pardal, e do Chega, para ouvir a vereadora da Câmara Municipal de Lisboa Filipa Roseta.
A Assembleia da República vai apreciar o decreto do Governo para a revisão da lei dos solos no próximo dia 24 de janeiro.
Este foi um dos dois pedidos de apreciação parlamentar que resultou da reunião de terça-feira da conferência de líderes, durante a qual se procedeu à marcação dos debates de 30 iniciativas legislativas, da autoria todos os grupos parlamentares e do Governo, para a segunda quinzena deste mês.
O primeiro dos dois pedidos de apreciação parlamentar partiu do PS, ocorrerá no próximo dia 23 e visa um decreto do Governo de outubro passado sobre o regime jurídico dos estabelecimentos de alojamento local.
Já o segundo pedido de apreciação parlamentar, do Bloco de Esquerda, que também reuniu assinaturas de deputados do PCP, Livre e PAN, visa um decreto recentemente promulgado com reservas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, ou seja, a lei dos solos.
No final da conferência de líderes, o presidente da bancada do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, criticou Marcelo Rebelo de Sousa por ter promulgado um decreto que classificou como “um entorse” e deixou um desafio indireto ao PS para se definir em matéria de alterações à lei dos solos.
Perante os jornalistas, Fabian Figueiredo acusou o PSD de estar “a esquartejar” uma lei da autoria do antigo ministro social-democrata Jorge Moreira da Silva e defendeu que o atual Governo pretende uma revisão da lei dos solos que “incentiva a especulação imobiliária, agrava as condições de combate e de prevenção aos efeitos das alterações climáticas e promove o desordenamento do território”.
“O Bloco de Esquerda e um conjunto de deputados do PCP, do Livre e do PAN entregaram uma apreciação parlamentar para que esse mesmo decreto-lei, que nunca devia ter visto à luz do dia, que devia ter sido vetado pelo Presidente da República, seja discutido na Assembleia da República. Este decreto-lei deve ser chumbado pela Assembleia da República e é agora o momento dos partidos se pronunciarem como votarão a apreciação parlamentar”, declarou Fabian Figueiredo.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda afirmou ainda que “urbanistas, pessoas da área do direito, ativistas contra a corrupção e cidadãos que refletem sobre a forma como o território deve estar organizado para enfrentar as alterações climáticas têm caracterizado a lei do Governo como uma catástrofe”.
“É uma catástrofe porque promove a especulação imobiliária, porque não prepara o país para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e porque promove o desordenamento do território”, acrescentou.