Sociedade: SNS tratou em casa mais de 10 mil doentes

Sociedade: SNS tratou em casa mais de 10 mil doentes

Em 2023, foram tratados em casa mais de 10 mil doentes, tendo-se registado 130 mil visitas ao domicílio, informou o Ministério da Saúde.

O número recorde de doentes tratados em hospitalização domiciliária, 10.037, representou um aumento de 12,3% em relação a 2022, precisou o Ministério da Saúde em comunicado.

“A capacidade instalada situou-se nas 352 camas, mais 4,1% face a 2022 e o equivalente a um hospital de média dimensão”, adiantou.

Segundo o ministério, a hospitalização domiciliária tem sido uma aposta do Serviço Nacional de Saúde nos últimos anos, “com resultados positivos para os doentes e para as instituições”.

O ano passado, a resposta no domicílio “permitiu reduzir a demora média de internamento de 9,9 para 9,7 dias, estimando-se uma poupança de 97.513 dias de internamento nos hospitais”, o que representa um ganho para os doentes em “conforto, segurança e autonomia” e vantagens na organização do internamento hospitalar.

O serviço é prestado por equipas multidisciplinares, em funcionamento em 36 unidades do SNS, que, em 2023, fizeram 130.136 visitas a casa dos doentes, um aumento de 14% face a 2022.

“Estes internamentos no domicílio registaram uma taxa de eficiência de 49,73%, representando assim metade dos encargos médios com estes doentes em contexto hospitalar”, adiantou o comunicado.

O Governo anunciou também que as equipas responsáveis pelo serviço “vão poder organizar-se em Centros de Responsabilidade Integrados (CRI), com o reforço dos projetos assistenciais e a valorização salarial dos profissionais envolvidos”, acrescentando que foi publicado recentemente um despacho nomeando “um grupo de trabalho para o desenvolvimento do modelo de avaliação de desempenho das equipas dedicadas às unidades de hospitalização domiciliária (UHD)”.

“A organização de Centros de Responsabilidade Integrados vai permitir dotar as equipas de melhores condições para prosseguirem o desenvolvimento deste programa, tendo por objetivo tratar 30 mil doentes em casa por ano em 2026”.

Fonte: Lusa

Dia do Pai: «Não bastam as prendas ou as mensagens»

Dia do Pai: «Não bastam as prendas ou as mensagens»

Na mensagem para o Dia do Pai, a Comissão Episcopal Laicado e Família afirma que é necessário “reabilitar o coração”, cultivar um permanente ambiente familiar e ir além das prendas e das mensagens.

“Não bastam as prendas ou as mensagens. Vamos mergulhar dentro do nosso ser família e dar outra profundidade ao conviver quotidiano”, afirmam os bispos na mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

O Dia do Pai é assinalado anualmente a 19 de março, festa litúrgica que evoca São José, esposo de Maria.

“Sendo ‘pai’, o agir com o coração pode exigir maior presença silenciosa e despretensiosa que estimula, sem impor relacionamentos. Tudo muito mais sereno e calmo, mais positivo e propositado, feito de sinais que nada pretendem nem esperam”, indica o documento.

Para a Comissão Episcopal Laicado e Família, o Dia do Pai é um “momento de paragem para filhos e pais dando asas ao coração e a tudo o que ele sugerir” e desafia pais e filhos a ser “concretos e audazes”.

“Não tornemos o amor como algo meramente repetitivo e marcado por gestos impostos pela sociedade do consumo. Algo material e de momentos. Apostemos no permanente de um ambiente familiar, tornando-o mais acolhedor, simpático, gentil, com menos palavras, talvez invisível, mas carregado do que verdadeiramente permanece para além de um dia comemorativo”, afirma.

A mensagem dos bispos refere que o Dia do Pai é assinalado no tempo de preparação para a Páscoa, a Quaresma, lembrando o “programa de renovação pessoal e comunitário proposto pelo Papa Francisco”, “parar para agir”.

“É aqui que podemos colocar a vivência do Dia do Pai. Um momento de graça que nos leva a viver de um modo diferente”, aponta o documento.

A Comissão Episcopal Laicado e Família lembra o “enfraquecimento das relações dentro e fora da família” e a submissão “ao império da tecnologia, da informática, da inteligência artificial” e aponta para necessidade de ir além das “relações protocolares e vazias de significado”.

“Parecemos ilhas ou bolhas fechadas, no mundo de um egoísmo despótico e desprezador onde o ‘essencial é invisível aos olhos’. Faltam-nos presenças, palavras, carinho, ternura, compaixão, em suma, gestos que mostrem sem-vergonha nem complexos que nos queremos verdadeiramente bem pois nos amamos apaixonadamente e sem receio de o mostrar e manifestar”, sublinha o documento.

A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) é um órgão da Conferência Episcopal Portuguesa e tem como finalidade o acompanhamento das associações de fiéis na área do Apostolado dos Leigos (Movimentos Eclesiais, Novas Comunidades, Obras de Apostolado, etc.) e a promoção da pastoral nas áreas da família, da juventude e do ensino superior.

Fonte: Ecclesia

Futsal: Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) reconquista a Taça Distrital

Futsal: Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) reconquista a Taça Distrital

No sábado, dia 16 de março, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) conquistou pelo segundo ano consecutivo, a Taça Distrital de Futsal, da Associação de Futebol de Bragança (AFB), ao vencer na final, o Sporting Clube de Moncorvo, por convincentes 1-4.

A final da Taça Distrital da Associação de Futebol de Bragança (AFB) disputou-se no pavilhão municipal de Macedo de Cavaleiros, onde o Sporting Clube de Moncorvo até começou melhor, como Grilo a inaugurar o marcador aos 3 minutos.

De acordo com a Associação de Futebol de Bragança (AFB), na sequência do golo inaugural os moncorvenses construiram outras oportunidades de golo, mas guarda-redes mirandês, Guilherme, efetuou uma grande exibição e não permitiu que o adversário dilatasse o resultado.

A reação do CD Miranda do Douro começou a desenhar-se aos 13 minutos, quando Miguel Castro fez o empate (1-1). E no minuto seguinte, Ricky adiantou mesmo os mirandeses, ao apontar o 1-2.

Na segunda parte, o CDMD, atual campeão distrital e líder do campeonato, consolidou a vantagem ao fazer o 1-3, por intermédio de Diogo, aos 25 minutos.

O resultado final foi estabelecido pelo experiente, Miguel Castro, no último minuto de jogo (39′), ao bisar e assegurar a convincente vitória por 1-4.

Fonte e foto: Associação de Futebol de Bragança (AFB)

Miranda do  Douro: Escola de verão da União Europeia de 28 a 31 de agosto

Miranda do  Douro: Escola de verão da União Europeia de 28 a 31 de agosto

Miranda do Douro vai acolher a sétima edição da escola de verão da Representação da Comissão Europeia em Portugal, conhecida por Summer CEmp, uma iniciativa que pretende colocar em debate o futuro da União Europeia (UE).

Em comunicado, a autarquia de Miranda do Douro divulgou que a iniciativa está agendada para os dias 28 a 31 de agosto e conta com a colaboração do centro Europe Direct de Bragança

O Summer CEmp tem um caráter itinerante e coloca no centro do debate a história e o futuro da União Europeia (UE), bem como as oportunidades e os desafios concretos das comunidades anfitriãs, nas várias regiões do país.

“Esta iniciativa conta com um grupo diverso de estudantes do ensino superior terá a oportunidade de interagir com um vasto leque de protagonistas da atualidade portuguesa e europeia (da política, dos media, da academia, dos setores privado e social, do desporto, da cultura e da comunidade local)”, indica a organização na mesma nota.

Em conjunto, vai refletir-se sobre as prioridades e políticas europeias com uma ligação direta à região anfitriã e ao seu rico património arquitetónico e cultural. Em 2024, o Summer CEmp encontrará em Miranda do Douro a segunda língua oficial de Portugal para também em mirandês ser dmiscutido o futuro da ‘Ounion Ouropeia’( União Europeia em português).

“É importante que todos, e especialmente os jovens, estejam envolvidos no fortalecimento da democracia e do Projeto Europeu. Num ano de eleições europeias e de celebração dos 50 anos da democracia em Portugal, a sétima edição do Summer CEmp vai tratar temas cruciais para a nossa Europa de hoje e para a que queremos ter amanhã. De forma descontraída, e tendo como cenário a beleza transmontana única de Miranda do Douro, vamos acolher reflexões sobre os desafios e as oportunidades no caminho para uma União Europeia mais unida e mais forte”, avançou Sofia Moreira de Sousa, Representante da Comissão Europeia em Portugal, citada no mesmo comunicado.

Por seu lado, a presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, igualmente citada na nota, disse que há uma palavra na língua mirandesa com a qual se designa o que traz felicidade, enche de orgulho e dá satisfação, a palavra “proua” (orgulho).

“Assim sendo, é com toda a “proua” que Miranda do Douro, em agosto de 2024, vai estar associada a mais uma edição do evento Summer CEmp. Há, desde já, uma certeza: vamos viver momentos únicos e partilhar experiências e conhecimentos, que iremos guardar na nossa memória pessoal e coletiva. Bem-vindos a Miranda do Douro, um paraíso Cultural e Natural”, destacou a presidente da Câmara Municipal.

Esta iniciativa da Representação da Comissão Europeia em Portugal nasceu da vontade de envolver os atuais e os futuros líderes de opinião no debate sobre a União Europeia e de mobilizar os jovens em torno da construção europeia. As edições anteriores do Summer CEmp tiveram lugar em Monsanto (2017), Marvão (2018), Monsaraz (2019), Alcoutim (2021), Ribeira Grande, Açores (2022) e Ponte da Barca (2023).

Fonte: Lusa

Finanças: Prazo para verificar deduções no IRS decorre até 31 de março

Finanças: Prazo para verificar deduções no IRS decorre até 31 de março

O prazo para os contribuintes consultarem os valores das deduções à coleta do IRS, apurados pela Autoridade Tributária (AT) e para reclamarem se deles discordarem, decorre de 18 a 31 de março.

Após a verificação e confirmação das faturas, a campanha do IRS prossegue coma preparação da entrega da declaração anual do imposto, com a disponibilização das deduções calculadas com base nas faturas com NIF realizadas ao longo do ano passado.

Os valores em causa dizem respeito às deduções com educação e formação, saúde, imóveis (rendas e empréstimos) e lares, despesas gerais familiares e despesas nos setores que concedem benefício por via do IVA, cujos valores podem ser verificados no sítio pessoal de cada contribuinte no Portal das Finanças (ao qual se pode aceder através da chave móvel digital ou da palavra-passe associada ao NIF).

Até ao final de março é possível reclamar junto da AT dos valores de deduções que possam não estar em conformidade com aqueles que indicam as faturas ‘colecionadas’ ao longo de 2023 em relação às despesas gerais familiares e dedução por exigência de fatura em restaurantes, cabeleireiros, oficinas, veterinários, ginásios ou títulos de transportes públicos.

Relativamente às deduções ao IRS por via das despesas com saúde, educação, casa ou lares os contribuintes podem recusar os montantes calculados pela AT, optando por indicar o que consideram ser os corretos, através do preenchimento do quadro 6 C1 do anexo H do modelo 3 da declaração do IRS.

Caso seja esta a opção, há duas consequências: por um lado, o contribuinte deixa de poder usar o IRS automático (caso estivesse abrangido), por outro, terá de guardar durante quatro anos as faturas que sustentaram a sua recusa em aceitar os valores calculados pela AT.

Terminado o prazo para a verificação e reclamação das deduções à coleta, inicia-se a entrega da declaração anual do IRS, em 1 de abril, que se prolonga até 30 de junho.

Na informação que tem disponível no Portal das Finanças, a AT refere que o contribuinte que reclame das faturas/despesas gerais antes da entrega da declaração anual do IRS tem de ter em conta “que a reclamação não suspende os prazos que estão previstos para entregar a obrigação declarativa ou para liquidar e pagar o imposto que lhe for apurado”.

Até 31 de março é também possível comunicar à AT qual a entidade a que se pretende consignar uma parte do IRS ou IVA.

Fonte: Lusa

Legislativas: Quase 300 mil emigrantes votaram por carta

Legislativas: Quase 300 mil emigrantes votaram por carta

Quase 300 mil eleitores portugueses residentes no estrangeiro votaram por carta para as eleições legislativas de 10 de março, segundo dados recolhidos pela Administração Eleitoral, que começa esta segunda-feira, dia 18 de março, a contar os votos dos emigrantes.

De acordo com um relatório oficial, até 15 de março tinham sido recebidas 299.322 cartas com votos de eleitores residentes no estrangeiro, representando 19,42% dos 1.541.464 eleitores dos dois círculos no estrangeiro – Europa e Fora da Europa – que optaram por votar via postal.

Esta votação é superior em quase cinco pontos percentuais aos 14,49% de votos recebidos no mesmo período nas eleições legislativas de janeiro de 2022.

A maioria dos votos recebidos são provenientes da Europa (230.731, ou 77%), seguida da América (57.345, 19%), da Ásia e Oceânia (9.396, 3%) e de África (1.850, 1%).

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 4 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro.

No total, 5.283 estavam inscritos para votar presencialmente.

Segundo a Administração Eleitoral, até sexta-feira foram devolvidas 106.950 cartas (6,94% do total enviado), enquanto em 2022 tinham sido devolvidas 142.408 (9,37%) no mesmo período.

A Europa domina, com 101.016 cartas devolvidas (95%). Destinatário “desconhecido” é a principal causa da devolução (59,45%), seguida de “não reclamado” (17,21%).

Os votos dos emigrantes, que elegem quatro deputados – dois pela Europa e dois pelo círculo Fora da Europa – vão começar a ser contados a 18 de março, no Centro de Congressos de Lisboa, numa operação que decorre até 20 de março, quando serão conhecidos os resultados.

Esta votação poderá influenciar o resultado final do ato eleitoral, uma vez que a coligação Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) elegeu 79 deputados e o PS 77 na votação de domingo passado.

Só depois de conhecidos os resultados totais, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitará o novo primeiro-ministro.

A Aliança Democrática obteve uma vitória tangencial, com 29,5%, nas eleições legislativas nacionais de domingo.

Depois do PS, o Chega foi a terceira força mais votada, com 48 parlamentares, seguindo-se a Iniciativa Liberal (oito mandatos), o BE (cinco), o Livre e a CDU (quatro cada) e o PAN (um).

Fonte: Lusa

Bondade

V Domingo da Quaresma

Bondade

Jer 31, 31-34 / Slm 50 (51), 3-4.12-15 / Hebr 5, 7-9 / Jo 12, 20-33

O Evangelho deste domingo começa com um grupo de gregos que quer conhecer Jesus. Encontram Filipe, que procura André, e juntos apresentam a Jesus este pedido. E Jesus responde de forma enigmática, referindo-se à glória, à sua glória.

A palavra «glória» evoca imagens de vitória, de suprema exaltação, de herói aplaudido pelos seus feitos. Contudo, Jesus fala de uma glória que implica morrer a si mesmo, dar a vida e servir. Jesus pede-nos que abandonemos a lógica do produto, a ditadura do resultado, e rumemos em direção ao horizonte do fruto.

É quase inevitável que nos nossos dias impere a vontade de alcançar objetivos bem definidos, de acordo com um programa de vida prático. Mas Jesus mostra que a verdadeira vida mede-se pelo fruto que esta dá, que a glória só se alcança a posteriori e é semeada em impercetíveis gestos de bondade, que implicam dar a vida.

Cristo mostra-nos a única sabedoria que tem para oferecer: a sua própria vida, o Evangelho, que é o grande convite à liberdade do fruto e à glória da Cruz. Só cruzando a cruz podemos alcançar a vida nova, a ressurreição, a nossa forma definitiva. E os passos da nossa vida devem medir-se, não pelos resultados, mas sim pela sua direção, pela forma como semeiam esperança e bondade no mundo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: “Frol de la lhana – o trabalho da lã no planalto de Miranda” em exposição até 13 de maio

Miranda do Douro: “Frol de la lhana – o trabalho da lã no planalto de Miranda” em exposição até 13 de maio

De 14 de março até 13 de maio, está em exibição na Casa da Cultura Mirandesa, a exposição “Frol de la lhana – o trabalho da lã no planalto de Miranda”, da autoria de Isabel Sá, que consiste numa coleção de fotografias, textos, instrumentos de trabalho e peças, que mostram as várias etapas no fabrico da lã, deste o pastoreio, passando pela tosquia até à tecelagem.

De acordo com a autora, Isabel Sá, a exposição pretende mostrar ao público todas as etapas na produção de lã no planalto mirandês e para tal são exibidos elementos que representam o pastoreio, a tosquia da lã, a desbordagem dos velos, a lavagem, a penteação, a cardação, a fiação, a tinturaria, a malha e a tecelagem.

“A lã dá muito trabalho! O ciclo começa no pastoreio. Depois segue-se a tosquia, a lã tem que ser lavada, aberta, cardada ou penteada dependendo do objetivo de fazer fio ou feltro”, explicou.

Na exposição “Frol de la lhana” são exibidos os instrumentos utilizados no manuseio da lã, como as tesouras da tosquia e a afiadeira, os burros, as cardas, os pentes, as rocas e os fusos, o barafuso, o rodilheiro, a naspa, os teares, entre outros instrumentos.

Na mostra presente na Casa da Cultura Mirandesa, Isabel Sá dá a conhecer também os artigos resultantes como os fios de lã, as meias dos pauliteiros, colchas, tapetes, alforjas, capas d’honra e outros artigos de artesanato como carteiras, estojos didáticos, capas de livros e vários artigos decorativos em feltro.

“No planalto mirandês, seria muito importante fazer um inventário das peças fabricadas com a lã, já que este legado faz parte do património cultural desta região”, avançou.

Presente na inauguração da exposição, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, reconheceu que estes antigos ofícios ligados ao uso da lã são um património que urge salvaguardar.

“Esta exposição mostra o modo de vida das nossas gentes. Para além da preservação desta história, também é importante reinventarmo-nos e dar novas utilidades a este recurso que é a lã dos ovinos de raça churra galega mirandesa. Se o conseguirmos fazer, a pastorícia continuará a ser uma das atividades identitárias da nossa terra”, disse.

Segundo a engenheira do Ambiente, Isabel Sá, atualmente a lã pode ser utilizada em vários setores, como a construção civil, concretamente no revestimento térmico de edifícios, dado que é uma fibra que não é inflamável, podendo também ser utilizada na confecção de vestuário técnico, como o dos bombeiros.

“Na agricultura, a lã é um excelente fertilizante e contribui para o enriquecimento dos solos, adicionando-lhes nutrientes como a azoto e retendo a humidade. A par disso, a pastorícia presta um serviço ambiental inestimável, já que evita os incêndios, fertiliza os solos e promove a biodiversidade ambiental”, acrescentou.

Em 2018, Isabel Sá recebeu o Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, pelo projeto ‘Lhana’. Este prémio foi um reconhecimento do projeto, como uma boa prática ligada à sustentabilidade ambiental.

No próximo dia 30 de março, Isabel Sá, vai apresentar em Miranda do Douro, o livro “Frol de la lhana – o trabalho da lã no planalto de Miranda”, escrito em português e mirandês, com 15 capítulos dedicados ao ciclo da lã.

HA

Ensino: Professores de EMRC participam em formação sobre «Práticas de avaliação»

Ensino: Professores de EMRC participam em formação sobre «Práticas de avaliação»

Os secretariados das dioceses de Bragança, Guarda e Viseu estão a promover uma ação de formação, que termina no dia 20 de abril, direcionada aos professores de Educação Moral e Religiosa Católica EMRC), sobre “Práticas de avaliação em EMRC”.

“A redefinição do Currículo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, decorrente do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO) e da definição de Aprendizagens Essenciais, veio a recolocar no cerne da reflexão pedagógica e das preocupações educativas a reapropriação de conceitos, modalidades, natureza e finalidades das práticas avaliativas dos alunos”, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

A iniciativa teve início no dia 9 de março, na Escola Secundária de Trancoso, na diocese da Guarda e conta com a participação de 30 formandos oriundos das três dioceses.

De acordo com a informação veiculada, a ação “destina-se a enriquecer os docentes, na conceção, construção e operacionalização de metodologias, técnicas, instrumentos, recursos e produtos relacionados com as práticas de avaliação em geral, especificamente de EMRC”.

A formação, que tem a colaboração e orientação do professor António Oliveira, da diocese do Porto, “reflete o compromisso contínuo das dioceses em fortalecer e aprimorar a qualidade do ensino da EMRC nas diferentes realidades educativas”.

Métodos e técnicas de avaliação, estratégias de feedback e adaptação de práticas avaliativas às necessidades individuais dos alunos são alguns dos pontos abordados na iniciativa, que é realizada em parceria com o Centro de Formação de Associação de Escolas (CFAE) – Guarda 1.

A ação, informa a nota dos responsáveis da disciplina, vai ajudar a refletir sobre o “contributo da EMRC para a aquisição das competências previstas no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória; os elementos normativos e teórico-práticos para a compreensão do constructo de ‘avaliação’ e os princípios de didática específica de EMRC concernentes à avaliação”.

Além destes, também as inferências e implicações teórico-práticas sobre a natureza e as finalidades e modalidades da avaliação em EMRC vão ser visadas na formação.

“Esta parceria reforça ainda mais o compromisso das dioceses em promover a colaboração e a partilha de experiências pedagógicas significativas que valorizam a importância da disciplina de EMRC na prossecução da missão e dos valores subjacentes em cada projeto educativo”, destaca ainda a nota.

A formação resultou do esforço dos secretariados de EMRC das três dioceses, imbuídos pelo espírito sinodal.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Bombeiros recolheram 2.300 toneladas de resíduos elétricos

Ambiente: Bombeiros recolheram 2.300 toneladas de resíduos elétricos

Através da recolha de 2.300 toneladas de pilhas, baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos, as associações de bombeiros angariaram um recorde de 270 mil euros, anunciou a associação Electrão.

Na 8.ª edição da iniciativa “Quartel Electrão”, realizada pela Eletrão – Associação de Gestão de Resíduos, em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, participaram 201 associações de bombeiros de todo o país, diz a associação em comunicado.

De acordo com a Electrão, as associações de bombeiros têm como missão recolher estes resíduos, sensibilizando e mobilizando a população e as empresas para a importância de separar e encaminhá-los corretamente para a reciclagem.

Por cada tonelada recolhida, as associações de bombeiros recebem uma compensação financeira de 75 euros, bem como um incentivo financeiro extra caso recolham mais de 30, 45, e 60 toneladas.

Segundo a Electrão, os resultados desta iniciativa contribuíram de forma positiva para o resultado da rede, que “em 2023 ultrapassou as 20 mil toneladas de equipamentos elétricos usados recolhidos para reciclagem”.

Citado no comunicado, o diretor-geral da associação, Ricardo Furtado, afirma que os bombeiros entregaram para reciclagem cerca de 12% das quantidades recolhidas durante o ano pela rede de recolha própria do Electrão, o que representa “um contributo muito importante para os resultados globais alcançados”.

“Cada vez mais os bombeiros voluntários são um agente de proteção do ambiente em toda a linha, seja pelo trabalho que desenvolvem de proteção da população e das florestas, seja pela sensibilização para a reciclagem de pilhas, baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos usados”, diz o responsável.

Muitos destes resíduos contêm elementos perigosos que, se não forem corretamente tratados, impactam negativamente o ambiente e a saúde humana, explica.

Por sua vez, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, realça que esta iniciativa “permite almejar a obtenção de apoios para suporte” da missão dos bombeiros e, por outro lado, permite-lhes cumprir a “responsabilidade ambiental que lhes cabe como simples cidadãos”.

Para premiar as associações que mais volume de equipamentos recolheram a nível nacional, a Electrão distribuiu um veículo ligeiro de combate a incêndios à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, por ter sido a que mais equipamentos recolheu em 2023, que totalizam 97 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos elétricos usados.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cantanhede, também no distrito de Coimbra, foi premiada com o segundo lugar, com um prémio de cinco mil euros.

O projeto Quartel Electrão começou há 12 anos e já permitiu a recolha e envio para reciclagem de mais de 14 mil toneladas de pilhas, lâmpadas e outros equipamentos elétricos usados.

A 9.ª edição da iniciativa arrancou em janeiro deste ano e termina a 30 de novembro, com a participação de associações de bombeiros de todo o país, que têm “a oportunidade de continuar o trabalho de apoio à comunidade e proteção do ambiente”, adianta o comunicado.

A Electrão é uma associação de gestão de resíduos responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados, com uma rede de recolha com mais de 11.000 pontos em todo o país.

“A sua principal missão é assegurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem promovendo a economia circular”, conclui a nota.

Fonte: Lusa