Miranda do Douro: Mirandeses celebraram a Páscoa com concerto na Concatedral

Miranda do Douro: Mirandeses celebraram a Páscoa com concerto na Concatedral

No Domingo de Páscoa, dia 17 de abril, realizou-se na Concatedral de Miranda do Douro, o concerto “A celebração da Páscoa Mirandesa”, interpretado pelo coro infantil e pelos músicos Paulo Meirinhos e Rui Valdemar, que encerraram o ciclo de concertos da Semana Santa, em Miranda do Douro.

Rui Fernandes, do Coro Infantil da Concatedral, foi um dos intérpretes do concerto “Celebração da Páscoa Mirandesa”.

Para o concerto do Domingo de Páscoa, o músico, Paulo Meirinhos indicou que algumas dos temas interpretados foram canções de Páscoa, escolhidas do Cancioneiro Tradicional Mirandês.

Sobre a participação do coro infantil no concerto, Paulo Meirinhos, também professor, sublinhou que o objetivo é transmitir às crianças e jovens o gosto pela música.

“Procuramos dar-lhes a conhecer a música tradicional mirandesa e regozijamo-nos muito quando sentem orgulho pela sua cultura. Mas também procuramos oferecer-lhes um leque de músicas o mais variado possível e alargar-lhes os horizontes musicalmente, para que sejam criativos e deem modernidade à tradição” – Paulo Meirinhos

Paulo Meirinhos, acrescentou que a disciplina é fundamental na aprendizagem da música.

“Ainda que a música seja uma atividade lúdica, só com disciplina se pode fazer algo com qualidade”, disse.

No concerto de Páscoa, o jovem Rui Fernandes, que integra o coro infantil da Concatedral, interpretou temas como as “Campanitas de Toledo” ou a canção dos “Cardadores”.

Questionado sobre o que o motiva a participar no Coro Infantil, Rui Fernandes, respondeu que a aprendizagem da música é causa de alegria.

Por sua vez, os pais do Rui Fernandes, Manuel e Susana, acrescentaram que os filhos gostam e interessam-se muito pela música e pela cultura mirandesa, razão pela qual se disponibilizam sempre para os acompanhar nestas atividades.

“Eles participam no Coro Infantil, na Banda Filarmónica, no grupo da Mirandanças e ainda no grupo de instrumentos de percursão da Lérias”, indicaram.

Para Manuel e Susana, a música é muito importante na vida dos filhos, pois ajuda-os a serem disciplinados, a saber ocupar melhor o tempo e a desenvolver a sua personalidade.

“A música torna-os mais concentrados, mais participativos e mais sociáveis”, indicaram.

A presidente do Município de Miranda do Douro, Helena Barril, foi uma das pessoas do público, que na tarde do Domingo de Páscoa, acompanhou o concerto “Celebração da Páscoa Mirandesa”, na Concatedral de Miranda do Douro.

“Após uma uma Semana Santa muito intensa, estou de coração cheio! Para além da oferta destes concertos, preparados pela Casa da Música Mirandesa, para a Semana Santa, realizou-se também a Feira da Bola Doce e dos Produtos da Terra, que trouxe a Miranda do Douro muitos visitantes”, disse.

Para o êxito destas iniciativas, Helena Barril, destacou e agradeceu o empenho da autarquia, das várias entidades locais e da população em geral.

“Este concerto “Celebração da Páscoa Mirandesa é o culminar do ciclo de concertos da Semana Santa. O Rui Fernandes encheu a Concatedral com a beleza da sua interpretação. E doravante, a Casa da Música Mirandesa vai continuar a oferecer-nos mais momentos destes.” – Helena Barril

Recorde-se que no decorrer da Semana Santa, de 9 a 17 de abril, o município de Miranda do Douro ofereceu cinco concertos de música sacra e portuguesa, com entradas gratuitas. Quatro dos concertos realizaram-se na cidade de Miranda do Douro – dois na Concatedral e os restantes na Igreja da Misericórdia e na Igreja de Santa Cruz – e o quinto concerto teve lugar na Igreja matriz da vila de Sendim.

HA

Miranda do Douro: Workshop teórico-prático de Poda e Enxertia

Miranda do Douro: Workshop teórico-prático de Poda e Enxertia

Nos dias 30 de abril e 1 de maio, vai realizar-se no antigo Centro de Formação de Malhadas, uma formação teórico-prática sobre a poda e enxertia, com o objetivo de transmitir aos participantes conhecimentos e as técnicas utilizadas para cuidar das árvores de fruto e plantas.

Esta formação é uma iniciativa do município de Miranda do Douro, em colaboração com a ACOM – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra Galega Mirandesa e a Associação Aldeia.

Segundo um comunicado, a poda e a enxertia são práticas importantes a executar em determinadas culturas, em especial nas árvores de fruto, pois determinam o vigor das plantas e o seu comportamento durante o ciclo cultural.
O Workshop vai permitir aos participantes, aperfeiçoar os seus conhecimentos e aprender a praticar as diferentes técnicas utilizadas em ambos os processos, de acordo com as épocas apropriadas e as diferentes árvores.
Segundo a organização, esta formação teórico-prática destina-se aos agricultores, trabalhadores ocasionais e a todas as pessoas que estejam interessadas em saber mais sobre a poda e a enxertia.
A organização informa ainda que as inscrições decorrer até ao 27 de abril de 2022, e podem ser realizadas através do email: geral@ovinosmirandeses.pt | e/ou do telefone: 273 417 066.

Santo Deus!

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Santo Deus!

At 10, 34a.37-43 / Slm 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 / Col 3, 1-4 / Jo 20, 1-9

Ainda de noite, Maria Madalena sai de casa para cuidar do seu amigo. As trevas reinam à sua volta e no seu coração. Ao chegar ao túmulo, as trevas adensam-se, pois ao luto da morte acrescenta-se o escândalo da profanação do túmulo, com o roubo do corpo de Jesus. A pedra que selava o túmulo está agora afastada e Maria Madalena corre a chamar os seus amigos.

Maria Madalena não estava minimamente preparada para o escândalo da Ressurreição. Era inimaginável! Diante das evidências, só conseguia conceber que tinham assaltado o túmulo de Jesus à procura de riquezas ou para esconder o seu corpo. Mas o túmulo não tinha sido assaltado. Jesus foi, isso sim, resgatado das garras da morte pelo amor do Pai, através do Espírito Santo.

São muitos os nossos túmulos, aqueles lugares da nossa vida que declaramos mortos, onde insistimos que nunca haverá vida. Lugares que cobrimos com pedras desproporcionais, para evitar que algo saia ou que entremos nessa mansão de dor. Duvidamos do poder curador da bondade de Deus, colocamos entraves à força da Ressurreição e acabamos por nos afastar da vida e alegria plenas. Ficamos à porta, a chorar.

Cristo, mais do que «sofrer» uma morte de cruz, atravessa-a de uma ponta à outra, indo até aos confins mais tenebrosos da desolação mais profunda. Cristo visita os abismos da morte para garantir uma só coisa: nenhum lugar, condição ou pessoa estão fora do alcance e da presença de Deus. Nenhuma experiência é desconhecida do nosso Deus.

Nenhum lugar, condição ou pessoa estão fora do alcance e da presença de Deus. Nenhuma experiência é desconhecida do nosso Deus.

Deixemos que o Senhor descerre os nossos túmulos. Não tenhamos receio de os visitar, acompanhados de amigos, como Tiago e João, ou aguardando a companhia do Senhor, como faz mais tarde Maria Madalena. Confiemos no poder do Senhor para tudo reanimar e reavivar com a sua presença e com a sua graça. Não coloquemos limites a Deus. Ofereçamos-lhe tudo e Ele fará da nossa miséria, uma vez transformada pela misericórdia, instrumento de salvação para muitos. E os nossos desertos ganharão vida, e dos leitos secos dos rios jorrará água, e os filhos de Deus saciarão as suas sedes.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1665

Miranda do Douro: “Alborada” oferece passeios turísticos e produtos locais

Miranda do Douro: “Alborada” oferece passeios turísticos e produtos locais

No dia 9 de abril, abriu um novo espaço comercial em Miranda do Douro, denominado “Alborada”, uma loja inovadora onde é possível agendar passeios turísticos, programar atividades e experiências originais e ainda comprar produtos locais de qualidade.

Inicialmente, Alfredo Delgado e Ana Ramalho, os proprietários da loja “Alborada” tinham como ideia de negócio oferecer apenas passeios turísticos, no decorrer dos meses da primavera e do verão.

Depois, pensaram rentabilizar melhor o espaço físico da loja ao longo de todo o ano e decidiram comercializar também produtos locais.

“É um conceito novo de negócio que junta a mercearia gourmet, com a promoção turística do concelho de Miranda do Douro”, explicaram.

De acordo com o jovem casal, os passeios turísticos consistem em viagens de jipe para conhecer a beleza natural e paisagística do concelho de Miranda do Douro, onde se destacam, por exemplo, vários miradouros de invulgar beleza, como o de São João das Arribas; o miradouro do Castrilhouço; da Fraga do Puio, em Picote; da Fraga Amarela; o miradouro da Freixiosa; entre outros.

Mas a oferta turística do “Alborada” não se resume apenas aos passeios. Segundo os jovens empreendedores, vão disponibilizar também outras atividades e experiências inovadoras, como por exemplo, aprender a dançar os “lhaços” dos pauliteiros de Miranda ou tocar a gaita-de-foles. Estão ainda previstas visitas à Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), em Atenor, onde os turistas terão a oportunidade de lidar com os burros de Miranda.

No passado dia 9 de abril, a inauguração da loja “Alborada”, em Miranda do Douro, foi abrilhantada com a participação dos Pauliteiros de Palaçoulo e de um grupo de gaiteiros da associação Lérias.

Alfredo Delgado, sendo ele próprio pauliteiro, mostrou-se comovido e agradecido pelo apoio destes grupos tradicionais e adiantou que um dos objetivos da loja “Alborada” é precisamente dar a conhecer os grupos e as tradições da Terra de Miranda.

De acordo com o jovem pauliteiro, o público-alvo do “Alborada” são preferencialmente os turistas portugueses, espanhóis e de outras nacionalidades que pretendam aventurar-se na descoberta do concelho de Miranda do Douro.

A divulgação dos passeios turísticos é feita através do outdoor afixado no exterior da loja, mas também de flyers e sobretudo através dos anúncios nas redes socais.

Para quem pretenda visitar a loja/mercearia “Alborada”, aí poderá encontrar variadíssimos produtos que vão dos sabonetes artesanais, às peças de artesanato em burel, as navalhas de Palaçoulo, os frutos secos, o mel, os chás, as ervas aromáticas, os patês, azeites, vinagres, licores, cervejas artesanais, vinhos, queijos e enchidos.

De visita à loja “Alborada”, Glória Fidalgo, proprietária de um casa de agroturismo, localizada em Vila Chã da Braciosa, mostrou-se otimista com este novo conceito de negócio, que tem a mais valia de oferecer, simultaneamente, os passeios pelo património natural e cultural do concelho e a divulgação dos produtos locais.

“No riquíssimo património natural de Miranda do Douro, há muito para ver e contemplar. Em pleno planalto mirandês, facilmente se encontram nos campos, as raças autóctones, como as ovelhas de raça churra galega mirandesa, os bovinos mirandeses ou os cães de gado transmontano. E no património cultural, para além das muitas e variadas tradições, há também o legado religioso das igrejas, capelas e santuários edificados em cada aldeia. Enfim, há muito para descobrir na Terra de Miranda”, disse.

A divulgação dos passeios turísticos do “Alborada” é feita através do outdoor afixado no exterior da loja, mas também de flyers e sobretudo através dos anúncios nas redes socais.

Miranda do Douro: Inicia-se hoje o Tríduo Pascal

Miranda do Douro: Iniciou-se o Tríduo Pascal

Após a celebração do Domingo de Ramos, com a encenação da entrada de Jesus em Jerusalém desde à histórica porta do Castelo até Concatedral, em Miranda do Douro, as celebrações recomeçaram esta Quinta-feira Santa, dando assim início ao Tríduo Pascal.

Segundo o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, a Páscoa é a festa das festas e não existe celebração mais importante no calendário cristão.

“Nesta Semana Santa ou Semana Maior celebramos os acontecimentos fulcrais da nossa fé. A Quinta-feira Santa é um dia de festa, porque é o dia em que Jesus instituiu a Eucaristia. Em Miranda do Douro, vamos celebrar às 21h00 a missa vespertina da Ceia do Senhor”, indicou.

No dia seguinte, Sexta-feira Santa, a Adoração da Santa Cruz vai realizar-se no Santuário do Naso, porque sendo um lugar central da Unidade Pastoral de Santa Maria Maior, permite a participação das várias comunidades. E à noite, em Miranda do Douro, realiza-se a representação da Paixão de Cristo, seguida da procissão do Enterro do Senhor.

A propósito desta entrega total de Jesus ao martírio e à morte, o padre Manuel Marques explicou que morrer significa “dar-se”.

“Quando nos damos ou trabalhamos pelo bem dos outros, estamos a dar-lhes ânimo e vida nova! Cristo com a sua entrega até à morte, ensina-nos que os bens superiores, os bens espirituais, não se alcançam com facilidade e exigem entrega, sacrifício e mortificação. É o que fazem os pais para com os filhos: ao longo da vida sacrificam-se, isto é, “morrem” pelo bem dos filhos.”, explicou.

Na noite de Sábado Santo, às 21h00, na Concatedral, vai celebrar-se a Vigília Pascal e a Missa da Páscoa de Ressurreição de Jesus.

De acordo com o padre Manuel Marques, a palavra “páscoa” significa “libertação”. Primeiro foi a libertação física do povo hebreu da escravidão no Egito. E com Jesus, o Filho de Deus, a Páscoa ganhou outro significado: foi a libertação do pecado e a reconciliação da humanidade com Deus.

“A reconciliação com Deus foi realizada por Jesus. Com o Seu exemplo de vida, as Suas ações e palavras e a Sua entrega, por amor, ao martírio e à morte, Jesus reconciliou-nos com Deus.”, disse.

Programa Religioso:

14 de abril – Quinta-feira Santa

21h00 – Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Igreja da Misericórdia

15 de abril – Sexta-feira Santa

15h00 – Santuário do Naso – Adoração da Santa Cruz, das comunidades circundantes que vão em peregrinação ao santuário mariano rezando a Via Sacra

21h00 – Representação da Paixão de Cristo, seguida da Procissão do Enterro do Senhor, desde a Igreja da Misericórdia até à Concatedral

16 de abril – Sábado Santo

21h00 – Vigília Pascal e Eucaristia da Ressureição do Senhor, na Concatedral

17 de abril – Domingo de Páscoa

(No Domingo de Páscoa não há celebração na Concatedral)

HA

Vimioso: CIM-TT pretende criar uma comunidade de energia

Vimioso: CIM-TT pretende criar uma comunidade de energia

Os autarcas dos nove municípios que integram a Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes ((CIM-TT), voltaram a reunir-se em Vimioso, no dia 13 de abril, para aprovar o relatório de gestão de contas do ano anterior e discutir assuntos transversais para os vários municípios como é o caso da energia, da igualdade e da cultura.

A reunião ordinária mensal do conselho da Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), realizou-se no auditório do pavilhão multiusos, em Vimioso, onde foi aprovado o relatório gestão de contas do ano 2021 e foram discutidos assuntos transversais a todos os nove municípios que compõem a CIM-TT: Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

De acordo com o presidente da CIM-TT, o autarca, Jorge Fidalgo, entre os assuntos discutidos mereceram especial atenção: algumas ações no âmbito da cultura, a avaliação dos planos para a igualdade e os contratos municipais com as empresas de energia.

Questionado sobre o impacto do atual agravamento dos preços da energia, dos combustíveis e das matérias primas na atuação dos nove municípios da CIM-TT, Jorge Fidalgo, reconheceu que a atual situação poderá criar algumas dificuldades.

“Certamente que a atual situação económica vai criar alguns obstáculos que teremos de superar. Possivelmente haverá investimentos que não seriam tão prioritários e vamos ter de fazer escolhas. Ainda assim, recordo que a política é exatamente isso: fazer escolhas. E no âmbito da CIM-TT vamos escolher e dar prioridade aquilo que é mais importante” – Jorge Fidalgo

Nesta reunião da CIM-TT, participou também o vice-presidente do Município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, o qual sublinhou a relevância da criar uma comunidade energética entre os nove municípios.

“Dada a preponderância da energia no nosso dia-a-dia, é nossa intenção organizarmo-nos para produzir, consumir, armazenar, partilhar e/ou vender energia renovável e limpa, de modo a reduzir os custos municipais e alcançar a neutralidade carbónica. Recordo que o objetivo europeu é reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono, até 2030”, indicou.

Questionado sobre os projetos em curso no município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, informou que o projeto do matadouro intermunicipal está “bastante adiantado” e aguardam “com muita expetativa” o início das obras de construção, em Sendim.

HA

Sendim: Trail das Arribas do Douro vai dar a conhecer a paisagem, a gastronomia e a cultura

Sendim: Trail das Arribas do Douro vai dar a conhecer a paisagem, a gastronomia e a cultura

Sendim vai acolher no sábado, dia 16 de abril, a terceira edição do Trail das Arribas do Douro, uma corrida na natureza e uma caminhada, que vão trazer à vila cerca de 200 participantes, que terão a oportunidade de descobrir a beleza da paisagem das arribas do rio Douro, a gastronomia e a cultura sendinesa.

De acordo, com Mariana Xavier, da Associação Mirai q’Alforjas, as primeiras edições da corrida na natureza (trail) na vila de Sendim, realizaram-se em 2018 e em 2019. A prova foi depois suspensa, durante dois anos, por causa da pandemia, voltando agora a realizar-se a terceira edição, em 2022.

“Na associação Mirai q’Alforjas há várias atletas que praticam há já algum tempo esta modalidade, como é o caso da Vera Conde e da Fernanda Castro, que deram a ideia de organizar uma prova destas em Sendim”, disse.

Segundo a organização, o planeamento de um trail exige um prévio conhecimento sobre esta modalidade desportiva e depois muito trabalho no terreno, para a limpeza e a marcação do precurso.

No dia do trail das Arribas do Douro, é ainda necessária uma cuidadosa logística que assegure o bom funcionamento da prova, providenciando os pontos de reforço para os participantes ao longo do percurso, o almoço e os prémios, detalhes que a organização diz serem muito importantes para o êxito da prova.

O Trail das Arribas do Douro vai reunir cerca de 200 participantes, nas modalidades do trail (16 km) e de caminhada (11 km).

Com a realização deste evento, a associação Mirai q’ Alforjas está simultaneamente a promover a prática desportiva e a divulgar a beleza natural da região. Mariana Xavier acrescentou que um dos objetivos desta prova desportiva é a promoção das arribas de Douro, o que na perpetiva da associação não tem sido feita da melhor forma.

“Dado o despovoamento da região e o consequente fraco desenvolvimento económico, a Mirai q’Alforjas assume como uma prioridade a promoção da vila de Sendim para o exterior, com o objetivo de atrair visitantes e promover o turismo”, disse.

Sobre a recetividade da população de Sendim à realização desta prova, Mariana Xavier, adiantou que a Sendim vão chegar pessoas de Espanha, do Porto, do Minho e do distrito de Bragança.

“Habitualmente muitas destas pessoas ficam surpreendidas com o tanto que a vila e a região têm para oferecer, nomeadamente a paisagem, a gastronomia e a cultura”, revelou.

No decorrer do Trail das Arribas do Douro, a organização vai dar a conhecer os traços culturais mais caraterísticos da região, como é a música dos gaiteiros, no decorrer do almoço-convívio.

O Trail das Arribas do Douro conta com o apoio do Município de Miranda do Douro, da União de Freguesias de Sendim e Atenor, da Associação de Atletismo de Bragança e ainda da ajuda de pessoas particulares que querem ajudar a dinamizar a vila de Sendim.

Para além do Trail das Arribas do Douro, a associação Mirai Qu’Alforjas informou que ao longo do ano realiza um plano de atividades, com o intuito de fomentar a participação e a união da comunidade local, desde os mais jovens até às gerações mais velhas.

“O nosso grande evento é o Trail da Arribas do Douro, mas também realizamos palestras, em março passado, por exemplo, organizámos uma feira de troca de sementes, promovemos caminhadas e outras corridas durante o ano, realizamos a festa de Natal e a comemoração do São Martinho, entre outras atividades”, indicou.

A Mirai Qu’Alforjas é uma associação sem fins lucrativos, constituída unicamente por mulheres, naturais de Sendim e que realizam este trabalho gratuitamente e graças à boa-vontade das associadas.

“A maioria das associadas da Mirai Qu’Alforjas vive em Sendim, mas há outras pessoas que vivem noutras localidades. Eu, por exemplo, atualmente estou em Lisboa e tento manter-me ativa e ajudar naquilo que está ao meu alcance, como é a divulgação das atividades nas redes sociais. Cada uma de nós, à sua maneira, tenta ajudar e contribuir para o bem-comum da nossa vila de Sendim”, concluiu.

HA

Bragança-Miranda: Diocese iniciou apresentação da JMJ Lisboa 2023 nas escolas

Bragança-Miranda: Diocese iniciou apresentação da JMJ 2023 nas escolas

Os professores da disciplina de Educação Moral Religiosa Católica (EMRC) do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em Bragança, em conjunto com o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil Vocacional (SDPJV), promoveram uma sessão de apresentação da JMJ Lisboa 2023.

De acordo com um comunicado do Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda, foi a primeira vez que, com a participação de um elemento do Comité Organizador Diocesano (COD) a Jornada Mundial da Juventude foi apresentada nas escolas da região.

“O significado da JMJ, como surgiu, o tema, os símbolos, o logo (que foi criado por Beatriz Antunes, uma jovem com referências familiares a Bragança), o hino oficial, o que lá se realiza e acontece, a JMJ na Diocese de Bragança-Miranda e algumas ideias base enquadradoras de participação” foram temas apresentados na sessão, refere o comunicado.

Para Jorge Oliveira Novo, professor de EMRC, esta ação tornou “desde já os jovens como protagonistas da Jornada Mundial da Juventude visando o seu conhecimento e a descoberta deste impulso de encontro, de promoção da união, da paz e da fraternidade entre os Jovens de todo o mundo e de uma experiência de Igreja universal reunida em nome de Jesus Cristo”.

A sessão, orientada pela irmã Conceição Borges, do Secretariado diocesano da Pastoral Juvenil Vocacional, e por Pedro Cunha, do COD de Bragança-Miranda, foi dirigida a alunos de EMRC de 12.º ano.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Apresentação da marca “Casa De La Música Mirandesa”

Miranda do Douro: Apresentação da marca “Casa De La Música Mirandesa”

A Casa da Música Mirandesa pretende recuperar o dinamismo de outrora e tornar-se num novo centro cultural, aberto a toda a população e onde os grupos e associações do concelho podem aprender música, ensaiar e participar nos vários eventos culturais agendados.

A apresentação pública da marca “Casa de la Música Mirandesa” realizou-se no dia 7 de Abril, às 18h00, nas instalações da Casa da Música Mirandesa, situada no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

Na cerimónia esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, que se mostrou muito esperançada com o reinício das atividades na Casa da Música Mirandesa.

“Esta instituição foi inaugurada a 10 de julho de 2004 e durante algum tempo foi um espaço de atividades e dinâmico. Depois, por causa do desleixe foi perdendo fulgor. Mas a música é um pilar da nossa cultura e merece toda a nossa atenção”, disse.

A presidente do município de Miranda do Douro sublinhou que dada a proximidade à época festiva da Páscoa, a apresentação da marca “Casa de La Música Mirandesa” significa também a “ressurreição” desta instituição.

“O Rui Valdemar e o Paulo Meirinhos, pela sua competência e conhecimento, vão fazer da Casa da Música Mirandesa uma referência a nível regional e nacional” – Helena Barril

O organista da Concatedral de Miranda do Douro, Rui Valdemar, começou por dizer que a Casa da Música Mirandesa vai ser um espaço cultural multifacetado.

“Pretendemos fazer da Casa da Música Mirandesa um centro cultural, aberto a toda a população e onde as várias associações do concelho podem usufruir deste espaço e realizar ensaios. É também uma escola de música e um promotor de eventos culturais” – Rui Valdemar

Entre as atividades culturais que se propõem realizar, Rui Valdemar, adiantou que as aulas de formação musical já estão a decorrer e também já foi divulgado o programa cultural para a Semana Santa, que contempla a realização de cinco concertos.

Para o futuro próximo, a Casa da Música Mirandesa está a preparar uma série de outras atividades. Entre o programa destaca-se: o Minicurso de Gestão Associativa, Projetos Culturais e Candidaturas; as Sextas no Parque; Conversas à volta da Música; Música para Bebés, dirigido aos famílias, nos sábados de manhã; Ensaios deslocalizados; Concertos com Vista; e em setembro de 2022, os responsáveis pela Casa da Música Mirandesa pretendem arrancar com a Academia de Música, considerado o grande projeto da instituição.

O músico Paulo Meirinhos vai ser um colaborador ativo da Casa da Música Mirandesa. Na cerimónia de apresentação do novo projeto para a instituição, Paulo Meirinhos, recordou a origem deste espaço.

“Há 20 anos, esta casa era o local de encontro de muitas pessoas, sobretudo jovens que queriam aprender música. E daqui surgiram vários grupos, com destaque para os pauliteiros”, disse.

Perante esta nova oportunidade de dinamizar a Casa da Música Mirandesa, o vocalista dos Galandum Galundaina, disse que o objetivo é dar vida à instituição e trabalhar com os vários grupos e associações do concelho no desenvolvimento da música tradicional da Terra de Miranda.

“Há 20 anos, esta casa era o local de encontro de muitas pessoas, sobretudo jovens que queriam aprender música. E daqui surgiram vários grupos, com destaque para os pauliteiros” – Paulo Mierinhos.
A Casa da Música Mirandesa situa-se no largo do Castelo, em Miranda do Douro.

Agricultura: Produção de amêndoa com quebra devido ao frio

Agricultura: Produção de amêndoa com quebra devido ao frio

As perdas na produção de amêndoa rondam os 50% devido à vaga de frio que se fez sentir no início do mês de abril na região transmontana, informou o presidente da Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte.

“Prevemos quebras que rondam os 50% da produção de amêndoa, provocada pela vaga de frio que se fez sentir no início do mês de abril, quando o amendoal estava numa fase de passagem da floração para o fruto. A gema da amêndoa está queimada e não consegue evoluir, o que faz com haja uma grande perda de produção”, explicou o presidente daquela estrutura com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança, Armando Pacheco.

Para o responsável da LCN- Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte, estrutura agrícola que representa mais de 600 cooperantes de todo o país, a situação “é muito grave” já que a produção de amêndoa “é uma das que mais valorizadas, atualmente, na região transmontana e duriense”.

“O frio que levou à quebra de produção do amendoal, verificada em apenas alguns dias, vai refletir-se nos próximos anos. E isto sem contar com o esforço e os gastos efetuados pelos produtores deste fruto de casca rija”, observou o dirigente cooperativo.

O técnico diz que é nas zonas mais baixas de Trás-os-Montes e Douro, como é caso dos vales dos rios Douro, Sabor, Tua ou Coa, que se registam para já as maiores perdas na produção de amêndoa.

“É nas zonas baixas do território que se verifica o maior número de quebras de produção onde o fruto não recupera. Já nas zonas mais elevadas, sempre houve um maior arejamento das gemas de amêndoa, que não foram tão afetadas, mas mesmo assim verificam-se estragos”, vincou.

Armando Pacheco referiu ainda que a seca é outros dos problemas que afeta o setor agrícola e o amendoal não foge à regra, “e os próximos dois anos poderão ser complicados para esta produção porque vai ser difícil as árvores responderem a estes agravantes”.

“Temos de ser realistas. Para fazer face a este tipo de prejuízos só vejo uma solução: os agricultores têm de apostar no seguro de colheitas. Esta afirmação pode custar a muita gente. Mas é mesmo assim”, frisou o dirigente.

De acordo com Armando Pacheco, é muito difícil obter ajudas à produção se não houver seguros agrícolas.

“Não há medidas compensatórias que possam ajudar nestas perdas de rendimento agrícola provocada pelas geadas ou outras intempéries”, enfatizou Armando Pacheco.

O responsável deixou um alerta aos produtores: “Definitivamente há que fazer uma aposta nos seguros agrícolas. Este tipo de mecanismo poderá ser a salvação de muitos prejuízos causados pelas intempéries”.

Fonte: Lusa