Mogadouro: Município investe 250 mil euros em máquina giratória multifunções

Mogadouro: Município investe 250 mil euros em máquina giratória multifunções

O município de Mogadouro investiu cerca de 250 mil euros na aquisição de uma máquina industrial giratória de rodas, multifunções, para ajudar na prevenção de incêndios e limpeza de caminhos, entre outras tarefas.

“Entendemos adquirir uma máquina giratória de rodas multifunções com o objetivo de servir sobretudo as freguesias do concelho, com incidência na limpeza e aberturas de caminhos, limpeza de vegetação e prevenção de incêndios florestais, já que a máquina está equipada com destroçador de vegetação”, disse o presidente desta autarquia do distrito de Bragança, António Pimentel.

Por outro lado, de acordo com o autarca, esta máquina torna-se mais económica, por ter mobilidade própria, evitando o recurso a transporte em camião, o que vai permitir economizar tempo e dinheiro.

Fonte: Lusa

Santulhão: Curso em olivicultura inicia a 25 de julho

Santulhão: Curso em olivicultura inicia a 25 de julho

No âmbito do projeto de estudo da azeitona “santulhana”, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai promover de 25 a 29 de julho, em Izeda e Santulhão, o curso de verão “Produção Sustentável em Olivicultura”, destinado aos olivicultores desta região.

Nuno Rodrigues, do IPB, informou que o curso de verão “Produção Sustentável em Olivicultura” visa dar formação àos olivicultores, para a valorização dos produtos locais ou endógenos, como é o caso do azeite e da azeitona de mesa.

A formação teórica vai iniciar-se na próxima segunda-feira, dia 25 de julho, às 9h30, na escola secundária de Izeda.

A formação teórica decorre durante as manhãs e à tarde, estão previstas saídas de campo para os olivais.

“Nas saídas para os olivais serão apresentados projetos de monitorização de pragas e doenças, carências nutricionais, colheita e a extração do azeite de qualidade. Vamos também abordar a inovação neste setor, com a agricultura 4.0, utilizando os drones na monitorização dos olivais”, informou.

Nos dias 25, 26 e 27 de julho o curso vai decorrer em Izeda.

E nos dias 28 e 29 de julho, a formação vai prosseguir na antiga escola primária de Santulhão.

De acordo com Jorge Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Santulhão, a olivicultura tem um papel importante neste território.

“A formação para os olivicultores consiste da transmissão de conhecimentos teóricos e práticos sobre a instalação dos olivais, a rega, a poda, o tratamento fitossanitário, a colheita, a extração, até ao engarrafamento”, explicou.

Na região de Santulhão e Izeda predominam os olivais tradicionais, com cerca de 200 oliveiras por hectare, maioritariamente em sequeiro (sem rega), o que torna estes olivais pouco competitivos no panorama nacional. Segundo o IPB, nestas condições, a olivicultura só é produtiva valorizando a qualidade dos produtos.

Para obter produtos de qualidade, há que ter em consideração fatores como: o local de instalação do olival, as técnicas agrícolas utilizadas, a manutenção das azeitonas, a colheita, o transporte e o cuidado na extração do azeite.

O curso de verão “Produção Sustentável em Olivicultura” destina-se aos produtores e distribuidores de azeite, aos estudantes do ensino superior e ao público interessado nesta temática.


Inicialmente, o curso tinha 15 vagas disponíveis, mas dada a elevada procura, foram inscritas 25 pessoas.

“A maioria dos inscritos são olivicultores de Santulhão e de Izeda”, informaram.

O curso é uma iniciativa conjunta dos municípios de Vimioso e de Bragança, das freguesias de Santulhão e de Izeda e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

HA

Agricultura: Programa de investimentos para agricultura de precisão lançado a 22 de julho

Agricultura: Programa de investimentos para agricultura de precisão lançado a 22 de julho

O aviso do programa de financiamento dos investimentos na agricultura de precisão e eficiência no uso dos recursos, com 24,5 milhões de euros, vai abrir esta sexta-feira, dia 22 de julho, informou a ministra da Agricultura e a Alimentação.

Maria do Céu Antunes, que vai ser ouvida no parlamento sobre os efeitos da seca e do aumento dos custos de produção no setor agrícola, destacou alguns dos investimentos que visam a promoção do uso eficiente da água.

Neste contexto destacou o aviso que abrirá esta sexta-feira, dia 22 de julho, no PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), com 24,5 milhões de euros “para financiar investimentos na Agricultura de Precisão e na Eficiência no uso de recursos”.

Em causa estão projetos na área da agricultura de precisão e inteligente e instalação de zonas de preparação e tratamento de resíduos de produtos fitofarmacêuticos.

Em resposta aos deputados, a ministra da Agricultura adiantou ainda que das 44 albufeiras monitoriza-as e que servem para fins agrícolas, “37 assumem a campanha de rega até 2022”, havendo sete que “têm limitações”, nomeadamente Bravura, Santa Clara, Campilhas, Fonte Serne, Monte da Rocha, Arcossó e Vale de Madeiro.

“Das 44 albufeiras todas tem neste momento planos e contingencia aprovados e a funcionar”, acrescentou a governante.

A audição a Maria do Céu Antunes resulta de requerimentos do Chega e do PSD sobre, respetivamente, os efeitos da seca extrema no setor agrícola e sobre o aumento dos custos de produção.

Fonte: Lusa

Política: Acordo para descentralização na educação e na saúde

Política: Acordo para descentralização na educação e na saúde

O Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) assinam, em Coimbra, o acordo setorial de compromisso de descentralização de competências nos domínios da Educação e da Saúde.

Para a sessão de assinatura do acordo, que terá lugar na sede da ANMP, na cidade de Coimbra, pelas 17:00, estão previstas as presenças do primeiro-ministro, António Costa, do ministro da Educação, João Costa, da ministra da Saúde, Marta Temido, e da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A ANMP aprovou, no dia 18 de julho, uma proposta de acordo de descentralização de competências com o Governo, para as áreas da educação e da saúde, chegando a “um enorme consenso”, depois de vários meses de negociações.

O acordo foi aprovado por maioria, em Conselho Geral da ANMP, contando com os votos a favor dos autarcas eleitos pelo PS e pelo PSD e os votos contra dos autarcas do Partido Comunista.

Na altura, a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, congratulou-se com o “enorme consenso” alcançado, depois de terem trabalhado, nos últimos meses, “em articulação profunda com o Governo”, para “estabilizar regras” nas áreas da educação e da saúde.

Na educação, passa a “haver uma comparticipação nas obras de manutenção das escolas em função do número de anos que elas tenham” e as refeições escolares “passam a ter comparticipação, por parte do Governo, de 2,75 euros”.

Contempla ainda um mapa de escolas prioritárias a reabilitar, “que pode ainda ser sujeito a correções”, no qual “constam 451 escolas”, enquanto, a nível de comparticipações, “as despesas com seguros e comparticipações para ADSE estão contempladas”.

No que toca a área da saúde, a presidente da ANMP referiu que o mapeamento dos investimentos a realizar já tinha sido validado pelo Governo, assim como em relação às necessidades com pessoal.

“Satisfizemos o pleno das reivindicações que nos foram transmitidas”, evidenciou.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Comemorações dos 850 anos do Reguengo (1172-2022)

Palaçoulo: Comemorações dos 850 anos do Reguengo (1172-2022)

Decorreu no passado sábado, dia 16 de julho, em Palaçoulo, a cerimónia comemorativa dos 850 anos da atribuição do “Regalengo” (1172 – 2022), concedido por D. Afonso Henriques e D. Sancho I ao cavaleiro D. Pedro Mendes.

De acordo com o comunicado, a cerimónia iniciou-se com a abertura do presidente da Junta de Freguesia de Palaçoulo, Gualdino Raimundo e do vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, o professor Nuno Rodrigues.

De seguida realizou-se uma conferência na qual participaram os historiadores António Mourinho, Cisnando Ferreira e o geógrafo Carlos Ferreira.

Ao longo destas exposições foi contextualizado historicamente o chamado “Regalengo de Palaçoulo”, sendo apresentados os seus limites territoriais e evocados os momentos fundamentais da história da localidade.

Finalizadas as explicações, procedeu-se ao descerramento da placa comemorativa, na praça de Palaçoulo, onde consta uma versão da carta de doação do dito Regalengo.

Outro momento de relevo nas comemorações dos 850 anos do Regalengo de Palaçoulo, foi a edição em livro, do estudo “L REGALENGO DE PALAÇUOLO NE L SECLO XII (Studo de toponímia mediabal i de stória de la lhéngua mirandesa), da autoria de Amadeu Ferreira.

“O livro faz uma investigação da toponímia do “Regalengo do século XII”, tendo sido oferecido a toda a população de Palaçoulo.

A cerimónia dos 850 anos de Palaçoulo culminou com um Porto de Honra e a atuação dos Gaiteiros locais.

HA

Miranda do Douro: Festival Improvável na Concatedral

Miranda do Douro: Festival Improvável na Concatedral

No próximo sábado, dia 23 de julho, a concatedral de Miranda do Douro vai ser o palco do Festival Improvável, um evento que vai presentear o público com uma visita teatral à concatedral, um espetáculo feito pela comunidade local e o concerto do grupo “Cais do Sodré Funk Connection”.

O “Festival Improvável” está a ser promovido pela comunidade intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), com os objetivos de divulgar o património cultural dos nove municípios que a integram e promover o turismo na região.

Em Miranda do Douro, o evento vai iniciar-se com uma visita guiada à concatedral, onde os atores da associação Lérias vão levar o público a fazer uma viagem até 1552, data de início da construção do templo.

Segue-se o espetáculo “Coração nas mãos”, que vai ser protagonizado pela Lérias e pelas pauliteiras da Mirandanças, com o objetivo de destacar a cultura transmontana.

E às 21h30, vai realizar-se o concerto do grupo “Cais do Sodré Funk Connection”.

A banda lisboeta foi criada no bairro que lhe dá o nome e junta veteranos da música portuguesa que se dedicam ao funk e à soul desde 2012.

O grupo já lançou os seguintes albúns: “You Are Somebody”; o segundo trabalho, “Soul, Sweat & Cut The Crap”, (2016), consagrou os Cais Sodré Funk Connection como banda ao vivo. Três anos depois editaram o seu terceiro álbum “Back On Track”, com 12 temas originais de funk & soul contagiante. No corrente ano de 2022, o grupo tem previsto o lançamento de um novo disco, uma década depois de terem iniciado o seu périplo pelos palcos nacionais.

O festival “Improvável Terras de Trás-os-Montes” é uma iniciativa da CIM-TT e é co-financiado pelo programa Norte 2020 e UE, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

HA

Miranda do Douro: I Torneio de Futebol “Sérgio Lamá” homenageia o antigo guarda-redes

Miranda do Douro: Torneio de Futebol “Sérgio Lamá” homenageia o antigo guarda-redes

De 18 a 30 de julho, está a decorrer em Miranda do Douro, o Torneio de Futebol de 5, uma competição na qual participam 10 equipas e que este ano tem a novidade de homenagear o ex-guarda-redes do Grupo Desportivo Mirandês, Sérgio Bernardo, mais conhecido por “Lamá”, pelo 30 anos dedicados ao clube.

O antigo guarda-redes, Sérgio Lamá, esteve cerca de 30 anos ao serviço do Grupo Desportivo Mirandês .

Questionado sobre o significado desta homenagem, o ex-guarda-redes, Sérgio Lamá, mostrou-se agradecido ao clube e recordou a longa carreia no futebol que esteve quase sempre ligada ao clube da terra, o Grupo Desportivo Mirandês.

“A maior parte do meu percurso futebolístico fi-lo no Mirandês, desde as camadas jovens até aos seniores, onde ganhei taças distritais e campeonatos. Com a exceção de um ano, ao serviço do Académico de Mogadouro, em futsal e noutro, na equipa de futebol de 11 do Grupo Desportivo de Bragança, a minha carreira foi quase, inteiramente, realizada em Miranda do Douro” – Sérgio Lamá.

Nestes 30 anos no futebol distrital, Lamá, disse que o mais saboroso desta longa caminhada foram as relações de amizade e de respeito criadas com os outros jogadores, dirigentes e o público.

Sérgio Bernardo “Lamá” informou ainda que sempre conciliou o desporto com a profissão, já que é assistente social, na Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro.

Finalizada a carreira como jogador na recente época 2021/2022, o atleta abraçou agora o desafio de treinar as camadas jovens do Grupo Desportivo Mirandês.

“Dado que não há formação específica para guarda-redes nas escolas decidi dedicar-me aos mais novos e tentar transmitir-lhes a experiência e o conhecimento que adquiri”, disse.

O torneio de futebol de 5, agora denominado “Sérgio Lamá”, também já é uma tradição em Miranda do Douro.

De acordo com o diretor do Grupo Desportivo do Mirandês, Osvaldo Miranda, o torneio de futebol de 5 consegue atrair a vinda de muito público de Miranda do Douro e de outras localidades dentro e fora do concelho.

“A grande motivação destes torneios é mesmo o convívio. Porque amanhã vamos todos trabalhar e não queremos que ninguém se magoe” – Osvaldo Miranda.

Por sua vez, o presidente da freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, afirmou que o torneio é uma mais valia para a cidade dado o interesse e a grande afluência de público.

“O Grupo Desportivo Mirandês é uma referência associativa no concelho de Miranda do Douro e consegue organizar uma competição, com um ambiente muito saudável, proporcionando assim um tempo de lazer e convívio para toda a população” – Francisco Parreira.

Segundo Miguel Santos, dirigente do Grupo Desportivo Mirandês, a competição está a decorrer no Campo de Jogos da Terronha, onde diariamente se realizam dois jogos, às 21h00 e às 22h00.

O complexo desportivo foi recentemente requalificado pelo município de Miranda do Douro e o Grupo Desportivo Mirandês agradece a cedência do espaço para a realização do torneio de futebol de 5.

No serão de ontem, dia 20 de julho, os dois jogos foram disputados pelas seguintes equipas: VI Pool (Mogadouro) vs Cartolicas Zinantes, tendo os mogadourenses vencido por 7-1.

O segundo jogo da noite, opôs a equipa da União de Freguesias de Ifanes e Paradela vs o conjunto Caramonico e os de Palaçoulo ganharam por expressivos 1-8.

Após os jogos de cada grupo, as meias finais e final estão agendadas para os dias 29 e 30 de julho.

HA

Mogadouro: Festival Terra Transmontana privilegia o tradicional

Mogadouro: Festival Terra Transmontana privilegia o tradicional

No fim-de-semana de 22 a 24 de julho, o castelo de Mogadouro vai ser o palco do Festival Terra Transmontana, um evento que vai oferecer ao público uma forte componente de música folk e tradicional, com concertos, atuação de grupos de gaiteiros, pauliteiros, caretos, animação de rua, figurantes, tascas, tabernas, artesanato e produtos locais.

De acordo com o município de Mogadouro, o festival é também uma oportunidade para dar a conhecer a gastronomia local e regional, que estará presente nas várias tasquinhas, permitindo assim que todos tenham acesso às iguarias transmontanas.

“O artesanato e os produtos típicos da região também são protagonistas do certame, ocupando alguns dos expositores que o município disponibilizou para o efeito”, lê-se no comunicado.

Segundo a autarquia de Mogadouro, este ano o festival tem como tema a celebração dos 750 anos do foral de Mogadouro, outorgado por D. Afonso III, em 1272.

“Para assinalar esta data estão previstos momentos para honrar a história de Mogadouro, como a palestra com 5 oradores, em que cada um visitará um determinado momento relevante na história do concelho, destacando as pessoas e os acontecimentos mais relevantes”, adiantou a autarquia.

O Festival Terra Transmontana é visto como um evento agregador e uma oportunidade para desenvolver vários setores de atividade no concelho, como são: a cultura, o património, a gastronomia, o artesanato, o turismo e o comércio.

A sessão de inauguração do Festival Terra Transmontana está agendada para as 18H30, da próxima sexta-feira, dia 22 de julho.

No programa do festival, destacam-se os cinco concertos musicais a ser protagonizados na sexta-feira, dia 22 de julho, pelos grupos Trasga e Retimbar.

No sábado, dia 23 de julho, sobem ao palco os agrupamentos Músicas na Raya, Pé na Terra e Galandum Galundaina.

Finalmente, no Domingo, dia 24, o grande destaque vai para o desfile etnográfico.

HA

Opinião: “Municipalização do País”, por Fernando Vaz das Neves

Opinião: “Municipalização do País”, por Fernando Vaz das Neves

A regionalização, apesar de prevista na Constituição desde 1976, nunca foi implementada em Portugal. Nos anos 90 do século passado, o debate sobre a mesma intensifica-se, levando mesmo o governo de Cavaco Silva, em 1991, a aprovar a Lei-quadro das Regiões Administrativas, que definia os órgãos de poder a criar em cada região (Juntas Regionais e Assembleias Regionais), as respectivas competências e atribuições, a forma como as Regiões iriam ser instituídas, e o regime eleitoral das futuras regiões, apenas não definindo o número de regiões a criar e a sua delimitação.

Todavia, aquando da Revisão Constitucional de 1997, a criação de Regiões Administrativas em Portugal ficou obrigatoriamente sujeita a referendo. É neste contexto que, em Novembro de 1998, se realiza o referendo à Regionalização em Portugal. Referendo no qual a maioria do Povo Português rejeitou a regionalização do país. De então para cá, o tema não caiu no esquecimento e, de quando em vez, especialmente quando o poder político não tem nada para dizer, o tema tem vindo à tona.

Sem coragem para enfrentar o Povo Português em novo referendo, e com uma classe política cada vez mais incompetente para a governação, nos últimos anos, em especial a partir de 2018, a classe política encontrou forma de, não havendo regionalização, transferir competências atrás de competências, para os municípios.

Perante tal dilúvio de transferência de competências, nem sabemos se o governo – poder executivo -, possui, ainda, competência alguma ou se, como dizia Eça de Queiroz, “o poder executivo, deixou de ser um poder do estado, é uma necessidade do programa constitucional: está no cartaz, é necessário que apareça na cena. Não governa, não tem ideia, não tem sistema; nada reforma, nada estabelece; está ali, é o que basta. O país verifica todos os dias que alguns correios andam atrás de algumas carruagens – e fica contente”.

Se não vemos mal algum, e até concordamos que algumas competências passem para os municípios – por exemplo em 1997, o Governo passa, e bem, para os municípios competências relativas à atividade de transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros e a criar regras específicas sobre o acesso à profissão de motorista de táxis – já não percebemos nem podemos concordar com esta avalanche de transferência de competências, – educação, segurança social, saúde, entre outras – como se estas competências não fossem do Governo central, aliás bem plasmadas que estão na nossa Constituição da República Portuguesa.

Assim, o Estado passa para os municípios apenas aquilo que não lhe interessa gerir, as chatices do dia a dia, criando deste modo um conjunto de complicações e dificuldades aos municípios na gestão destas novas competências, a que acresce o problema latente, em muitas autarquias, de falta de recursos humanos para fazer face a esta nova realidade, a que se junta a dificuldade legal para a contratação de novos funcionários.

É claro que isto também acontece assim porque, infelizmente, muitos dos nossos autarcas, reclamam, reclamam, mas não têm a coragem de bater o pé, e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) não passa, infelizmente, de uma correia de transmissão do Governo.

Está lá, não para defender os autarcas, mas para defender os devaneios governamentais. Ficará para memória futura a coragem e audácia da Câmara Municipal do Porto de, por um lado, não aceitar as competências da Ação Social 2021 – uma vez que iria representar para o município um défice anual superior a 6 milhões de euros, e por outro, a coragem de abandonar a ANMP, uma vez que esta, como defende o Presidente da Câmara Municipal do Porto, não tem capacidade para representar os Municípios. Se mais municípios seguissem o caminho da Câmara Municipal do Porto, talvez a situação pudesse mudar de figura. Agora se mais ninguém o fizer, ficará tudo como dantes.

Como bem escreveu Miguel Torga “É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma coletividade pacífica de revoltados”.

Fernando Vaz das Neves

(Deputado Municipal na Assembleia Municipal de Miranda do Douro)

Granja: Inaugurado o adro da igreja na festa de Santa Marinha

Granja: Inaugurado o adro da igreja na festa de Santa Marinha

No dia 18 de julho, na aldeia da Granja, e no decorrer da festa da padroeira, Santa Marinha, foi inaugurada a requalificação do adro da Igreja, uma obra há muito desejada pela população local e que veio dar mais beleza à aldeia.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, participou na festa em honra da Santa Marinha, na Granja.

De acordo com o presidente da União de Freguesias de Silva e Águas Vivas, Silvino da Silva, a obra de requalificação do adro da igreja foi iniciada no anterior mandato, tendo sido agora concluída.

“Esta obra de requalificação foi realizada com apoio do município e da união de freguesias de Silva e Águas Vivas. E é um sonho tornado realidade” – Silvino da Silva, presidente da União de Freguesias de Silva e Águas Vivas.
Ato de inauguração do adro da igreja, na Granja.

A presença na inauguração da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, veio dar maior dignidade ao acontecimento e foi um motivo acrescido de interesse para a população da Granja, onde vivem atualmente cerca de 80 pessoas.

Sobre a sua participação na festa em honra de Santa Marinha, na Granja, a autarca, Helena Barril, disse que uma das coisas que mais gosta de fazer é ir ao encontro das pessoas.

“Na sequência do convite que recebi do presidente da união de freguesias, hoje estou aqui com muita alegria, para participar, com a comunidade da Granja, na festa da sua padroeira, Santa Marinha, e para inaugurarmos juntos as obras de requalificação do adro da igreja” – Helena Barril, presidente do município de Miranda do Douro.

Após a Missa, a procissão e a inauguração da requalificação do adro da igreja, a festa em honra de Santa Marinha, na Granja, continuou com o jantar convívio entre toda a população.

HA