Economia: Deco sugere 18 medidas para apoiar as famílias

A criação de um observatório de preços e a redução do IVA para 6% em todas a componentes da fatura de eletricidade e do gás, são duas das 18 sugestões, do roteiro para sobreviver à crise, elaborado pela Deco.

O roteiro da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) pretende incentivar o debate público sobre as condições de vida dos consumidores e assegurar a tomada de decisões que possam “promover o bem estar social e económico dos cidadãos”.

Entre as 18 sugestões da Deco estão, na área da alimentação, a criação de um observatório que fiscalize a evolução dos preços dos bens, bem como das práticas comerciais, e legislação que reforce a transparência e a obrigação de informação ao consumidor em produtos alvo de reduflação [quando reduzem as embalagens mantendo os preços].

O reforço da oferta de produtos de marca própria e nacionais, com especial enfoque num cabaz de bens essenciais, é outra das sugestões do roteiro para sobreviver à crise.

Na área da mobilidade, a Deco defende o direito ao reembolso por parte de titulares de passes em caso de greve, a criação de uma tarifa social para os transportes públicos coletivos e a isenção de IVA no transporte ferroviário, incluindo no suplemento de bagagem pelo transporte de bicicletas e trotinetes.

Na habitação sugere incentivos fiscais e sociais “que garantam um verdadeiro equilíbrio e oferta no mercado”, a criação de “programas inclusivos” e adaptados às necessidades de todos os consumidores, que incluam o arrendamento e a aquisição de habitação própria e permanente, e menos burocracia no apoio ao desempenho energético habitacional.

Além da redução para 6% no IVA de todas as componentes da fatura de eletricidade e gás natural, a Deco propõe a reavaliação dos critérios da tarifa social, tendo em consideração o atual contexto da inflação e o alargamento dos beneficiários relativamente ao gás natural, assim como a simplificação e apoio à mudança de comercializador.

Já na área das comunicações eletrónicas, sugere a disponibilização, por parte de todos os operadores, de um pacote económico de serviços que inclua telefone (fixo e móvel), internet e TV (número reduzido de canais, mas de oferta variada), a preços reduzidos e sem contrapartidas.

Defende igualmente a interdição – com medidas temporárias – de aumentos anuais dos serviços de comunicações superiores à média ponderada da taxa de inflação dos últimos 10 anos, assim como a proibição do aumento dos preços e taxas aplicáveis a serviços postais durante este ano.

No roteiro para sobreviver à crise elaborado pela Deco há ainda sugestões como a aplicação obrigatória da tarifa social por todas as entidades gestoras de abastecimento, saneamento e resíduos e a aplicação de tarifas de resíduos que premeiem quem separe para reciclar.

Com as soluções apresentadas neste roteiro, a Deco diz acreditar que as famílias “conseguirão ultrapassar a crise, assegurando a salvaguarda dos seus direitos e interesses por todos os setores da economia nacional”.

Fonte: Lusa

Política: Hernâni Dias acusa Governo de evitar regionalização

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, acusou o Governo de estar a concentrar competências nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) para evitar fazer a regionalização.

“Estamos a ver que está-se a fazer este trabalho, provavelmente para evitar que se faça a verdadeira regionalização”, declarou o autarca brigantino, considerando que a o processo em curso “não é necessariamente regionalização”.

Para o governante social-democrata, que se assume como “um regionalista convicto”, “o Governo atual não tem a vontade de promover a regionalização” e está a “escudar-se” para não avançar com o processo de um referendo à regionalização até ao final da legislatura.

O Governo socialista tinha anunciado a realização de um referendo sobre a regionalização para 2024, mas considerou, no início do mês de março, que a consulta aos portugueses “não faz qualquer sentido”, tendo em conta a “mudança de posição” do PSD sobre o assunto.

“O Governo não pode escudar-se numa declaração do líder da oposição quando tem vontade de fazer alguma coisa, e se há vontade do Governo de promover a regionalização tem que fazer muito mais do que isso. Isto mostra apenas claramente que é o Partido Socialista que não tem vontade de fazer o trabalho que lhe compete porque à mínima dificuldade deixa de fazer esse trabalho”, considerou o autarca de Bragança.

Hernâni Dias insiste que a posição do presidente do PSD “não pode servir de pretexto para se parar um processo que se diz tão importante para o país”.

“O Governo se efetivamente acha e quer dar seguimento àquilo que era a sua intenção de regionalizar o país deve fazer todos os esforços possíveis para conseguir os consensos necessários ao nível da Assembleia da República para que efetivamente as coisas aconteçam em 2024, que era a data que estava previamente definida”, defendeu.

O autarca de Bragança não vê como alternativa à regionalização a reestruturação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), que passarão a ter o estatuto de institutos públicos especiais, com o objetivo de assumirem competências descentralizadas do Estado central, de acordo com a nova lei orgânica aprovada a 2 de março pelo Conselho de Ministros.

“É dar a ideia que estamos a transferir competências, a concentrar tudo numa entidade, dando quase a ideia de que aquilo é a regionalização, mas verdadeiramente não é, aquilo de facto é uma concentração de competências, eu diria até de poderes, que são feitas numa determinada entidade que neste momento é a CCDR, e depois não há mais do que isto”, observou.

Para o presidente da Câmara de Bragança, “o processo de regionalização tem de contemplar muitas coisas bem diferentes daquilo que está neste momento a ser feito, que é um ato de concentração pura e simples numa determinada entidade”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município vai pagar mensalidades das crianças nas creches

O município de Miranda do Douro vai assumir os encargos financeiros de 37 famílias do concelho, com o pagamento das mensalidades das crianças nas creches sociais, informou a presidente da Câmara Municipal, Helena Barril.

“Consciente das despesas que os agregados familiares suportam para ter os seus filhos integrados nestas respostas sociais e educativas e por forma a aliviar as suas despesas mensais e ainda promover a natalidade, o município decidiu assumir o pagamento das mensalidades pagas pelos pais. Assim, a autarquia vai pagar a mensalidade de forma direta a instituições envolvidas”, explicou Helena Barril.

Esta autarquia mirandesa assinou dois protocolos com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS): um com a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD) e um outro com a Casa da Criança Mirandesa (CCM), localizada em Sendim.

Os montantes atribuídos a ambas as instituições são de 6.678 euros à CCM, repartidos por três tranches, montante a que acresce 12.452 euros/ano para despesas correntes. No caso da SCMMD, o montante é de 33.207 euros, igualmente repartido por três parcelas a que se juntam 12.452 euros para despesas correntes.

Para a autarca de Miranda do Douro, o importante é criar medidas que permitam uma maior coesão e bem-estar social e a garantia e igualdade de oportunidades no âmbito da educação.

“A nova realidade económica e social do país obriga a que as instituições com responsabilidades sociais, como é caso dos municípios, procedam à adaptação dos serviços que prestam aos seus munícipes”, vincou Helena Barril.

A creche da Casa da Criança Mirandesa, em Sendim tem cinco crianças. E a creche da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro é frequentada por 32 crianças, até aos 3 anos de idade.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce Mirandesa vai “adoçar” a Semana Santa

A Feira da Boa Doce Mirandesa vai decorrer na Semana Santa, nos dias 6, 7 e 8 de abril, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro, onde para além do espaço de exposições, com os produtores locais e regionais, o público poderá acompanhar as celebrações religiosas e assistir aos concertos da fadista Sara Correira, dos Quarteto Abalone e dos Galandum Galundaina.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, adiantou que tal como no ano anterior, espera a vinda de muito público à cidade, para visitar o certame dedicado à Bola Doce Mirandesa e a outros produtos tradicionais da Páscoa, como são o folar, os dormidos e o cordeiro mirandês.

“No ano passado, a feira da Bola Doce Mirandesa teve um grande sucesso, pois estávamos a sair da pandemia e havia uma grande vontade das pessoas saírem do isolamento e participarem em eventos sociais. Neste ano, renovo o convite para visitarem Miranda do Douro e a nova edição da Feira da Bola Doce Mirandesa”, disse.

Nos três dias do certame, os grupos de pauliteiros e gaiteiros do concelho mirandês vão animar o espaço dos expositores, onde vai ser possível encontrar uma grande variedade de produtos como a Bola Doce Mirandesa, o fumeiro, o vinho, o azeite, os frutos secos, o artesanato local e muitos outros produtos.

Recorde-se que a Bola Doce Mirandesa é um dos ícones gastronómicos da Terra de Miranda. Segundo a tradição, este doce é confecionado com farinha de trigo, ovos, canela, açúcar, fermento padeiro, manteiga, azeite e sal.

Para dar visibilidade às raças autóctones existentes na região, o município de Miranda do Douro informa que vão ser expostos exemplares dos bovinos mirandeses, dos ovinos de raça churra galega mirandesa, dos cabritos transmontanos, dos cães de gado transmontanos, dos burros de Miranda e dos suínos bísaros.

No que concerne à programação cultural e religiosa, a Feira da Bola Doce Mirandesa vai presentear os visitantes, na quinta-feira santa, com o concerto de Páscoa, interpretado pelo grupo Quarteto Abalone (16h00), na Igreja de Santa Cruz. Às 21h00, celebra-se a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, com a cerimónia do Lava-pés, na Igreja da Misericórdia. E o dia culmina com o concerto da fadista, Sara Correia.




Na Sexta-feira Santa, o destaque é o VIII Concurso da Bola Doce Mirandesa, às 15h30. No programa religioso, realiza-se a procissão do Enterro do Senhor, às 21h00.

No Sábado Santo, para além do concurso do folar de carne, o grande destaque é o concerto dos Galandum Galundaina, que vai encerrar a edição deste ano da Feira da Bola Doce Mirandesa.

Segundo o município de Miranda do Douro, este certame anual tem como principal objetivo contribuir para a divulgação, promoção e venda dos produtos locais e regionais. Simultaneamente, o evento dinamiza outros setores de atividade como são o turismo, a hotelaria, a restauração e fomenta o convívio entre a população local e os visitantes.

HA

Ensino: Professores iniciam greve às avaliações finais e ao serviço extraordinário

A plataforma informal que reúne nove sindicatos de profissionais de educação anunciou greves a partir do dia 27 de março, a “todo o serviço extraordinário”, às avaliações finais, paragens por distrito e uma “grande concentração” para dia 6 de junho.

Em conferência de imprensa em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, garantiu que os professares “não se vão deixar calar” e que apresentaram uma proposta para “forçar o Ministério da Educação” a negociar já a pensar em 2024.

Mário Nogueira anunciou ainda que os professores vão fazer pedidos de reuniões com todos os partidos políticos, que vão apresentar à Comissão Europeia uma queixa contra as “limitações impostas ao direito à greve” e uma outra queixa à Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outras formas de luta.

“Ações de luta não vão faltar para podermos pressionar o Governo a resolver problemas que estão a massacrar uma profissão em que há cada vez menos gente”, explicou Mário Nogueira.

Fonte: Lusa

Ensino: Sociedade Portuguesa de Matemática alerta que alunos vão chegar mal preparados à universidade

Os alunos que escolherem cursos nas áreas ligadas às ciências e engenharias vão chegar mal preparados às universidades devido às mudanças nos currículos do ensino secundário, alerta o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM).

“O problema está nos programas de Matemática do ensino secundário que, na nossa opinião, não vão preparar bem os alunos para o ensino superior”, disse José Carlos Santos em declarações, a propósito do Dia Internacional da Matemática, que se assinala a 14 de março.

Numa retrospetiva de como o ensino da Matemática tem evoluído em Portugal, José Carlos Santos, que assumiu o cargo no ano passado, começou por notar que o país parece não conseguir desenhar “um programa que se mantenha estável por uma ou duas gerações”.

A alteração mais recente vai entrar em vigor no próximo ano e procura corrigir o modelo atualmente em vigor, definido no mandato do ex-ministro da Educação Nuno Crato.

Um dos princípios que orientou o novo modelo para o ensino secundário é o de uma matemática para todos e para a cidadania e, entre as principais novidades, a partir de 2024, os alunos do 10.º ano vão ter um primeiro período de aulas semelhante, independentemente de estarem em ciências, humanidades, artes ou cursos profissionais.

A SPM já se tinha manifestado contra as alterações e no início do ano acusou mesmo o Ministério da Educação de atirar a aprendizagem da Matemática no ensino secundário para “mínimos históricos inexplicáveis”, apontando “múltiplos e graves problemas” num parecer às novas aprendizagens essenciais.

“Este programa sacrificou a unidade lógica da Matemática e as ligações lógicas entre as várias coisas. Fica mais um conjunto de factos separados e é mais fácil aprender assim, o problema é que quando o aluno vai para um curso científico não está preparado”, insistiu José Carlos Santos, que é também professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

“E das duas uma: ou se dá muito mal no ensino superior ou, alternativamente, o ensino superior terá de baixar o nível. Qualquer um dos casos é muito triste”, acrescentou.

O presidente da SPM tem, por outro lado, dúvidas quanto aos objetivos dos novos programas, que pretendem que os alunos se sintam mais à vontade com a matemática. Para José Carlos Santos, o resultado será alunos expostos a menos conhecimento sob a ilusão de que estão mais aptos para usar a matemática no dia-a-dia.

Mas isso não vai acontecer, antecipa o matemático, justificando que “a Matemática que tem usos em situações reais é demasiado avançada para aquilo que é razoável dar no (ensino) secundário” e isso vê-se nos problemas “altamente artificiais” que, habitualmente, são colocados aos alunos nessa fase do seu percurso escolar.

Além dos conteúdos programáticos, a SPM está preocupada por considerar que as alterações tornam os programas mais vagos, dificultando a avaliação objetiva e comparável dos alunos, e lamenta que as sociedades científicas de Matemática e Estatística não tenham sido ouvidas.

“O que seria desejável – mas não estou a ver que seja o que vá acontecer – era as sociedades científicas e as associações dos professores juntarem-se e concordarem com um programa básico”, defendeu.

O Dia Internacional da Matemática assinala-se a 14 de março com atividades organizadas por várias instituições de ensino superior e ligadas à ciência. No Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, vão realizar-se encontros, debates e feiras durante todo o dia, sob o tema “Todas as horas contam”, em colaboração com a SMP.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa escolheu o tema “Matemática para todos” e tem programado palestras até 16 de março para alunos do ensino básico e secundário e professores. A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa realiza, durante a tarde de 14 de março, um encontro de matemáticos sobre o papel da disciplina na sociedade.

Fonte: Lusa

Portugal/ Espanha: Programa bilateral quer “revitalizar e recuperar” aldeias na fronteira

Na cimeira ibérica que se inicia a 14 de março, em Lanzarote, nas ilhas Canárias, Portugal e Espanha avançam com um projeto comum para “revitalizar e recuperar” aldeias na fronteira, informou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

“A ideia é revitalizar, recuperar vida nestas aldeias, algumas que estão praticamente abandonadas e outras que perderam grande parte da sua população e da sua atividade”, afirmou Ana Abrunhosa.

Segundo a ministra, o objetivo do programa é “trazer investimento empresarial, inovador e competitivo, para estas aldeias”, “projetos inovadores que criem emprego”, e levar para esses locais atividades “que normalmente é mais habitual ver noutras geografias”.

Ana Abrunhosa defendeu que o crescimento do teletrabalho, por exemplo, criou oportunidades de ter nestas aldeias “atividade económica que normalmente elas não teriam”, mas é preciso criar “as condições tecnológicas” e outras para isso se concretizar e estes puderem ser “territórios competitivos para além da agricultura, da pecuária ou da agroindústria”, numa “diversificação da base económica e social” tradicional.

Essas condições passam por novas infraestruturas de telecomunicações, pela garantia de ligações a pequenos centros urbanos ou pela recuperação de património, segundo explicou a ministra da Coesão Territorial.

Está em causa “revitalizar casas para as pessoas viveram” e “património para empresas se instalarem, para espaços de ‘coworking’, para empresas ou associações darem formação ” ou “recuperar património para projetos culturais entre ambas as fronteiras”, afirmou.

A ministra insistiu em que se trata de “revitalizar património, mas o património que é necessário para atrair nova atividade económica”, valorizando o potencial de cada território, “mas agora com mais conhecimento e com tecnologia”.

Ana Abrunhosa adiantou que os detalhes do programa serão apresentados em breve em Penha Garcia, uma freguesia de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, e uma das aldeias já selecionadas para integrar o projeto.

Tanto Portugal como Espanha já identificaram várias aldeias para este programa, disse a ministra, que acrescentou que o financiamento passará também por fundos europeus.

Os projetos serão diferentes para cada aldeia, porque se trata de valorizar as potencialidades de cada local, para “reter e captar talento nestes territórios que hoje estão a ser muito procurados, não só pelos nómadas digitais, mas por outras empresas que consideram estes territórios mais atrativos para desenvolverem as suas atividades”, segundo a ministra da Coesão Territorial.

Ana Abrunhosa acrescentou que “são projetos que não podem envolver só os municípios” e contarão com uma “multiplicidade de parceiros”.

O programa enquadra-se dentro da estratégia de desenvolvimento nas regiões de fronteira anunciada por Portugal e Espanha em 2020, na cimeira ibérica da Guarda.

Na cimeira deste ano, que se inicia a 14 de março, em Lanzarote, e dentro da mesma estratégia transfronteiriça, Portugal e Espanha vão ainda assinar um acordo para criar o “campus rural transfronteiriço”, que permitirá a estudantes do ensino superior dos dois países fazer estágios e trabalhos de investigação em territórios rurais e despovoados.

Segundo Ana Abrunhosa, neste caso, o objetivo é que os estudantes “conheçam melhor essas realidades”, sendo esta uma forma de “lutar contra preconceitos e perceções erradas sobre os territórios do interior e transfronteiriços”, mas que também se estudem essas zonas e regiões com trabalhos académicos.

A 34.ª cimeira entre Portugal e Espanha decorre nos dias 14 e 15 de março, em Lanzarote, no arquipélago espanhol das Canárias.

Desde que foi anunciada em 2020, a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço de Portugal e Espanha tem sido protagonista dos acordos saídos das cimeiras bilaterais.

A estratégia abrange 1.551 freguesias, cerca de metade das freguesias portuguesas, e abarca uma área correspondente a 62% do território nacional.

Do lado espanhol, inclui 1.231 municípios, correspondentes a 17% da superfície de Espanha.

Portugal e Espanha partilham a maior fronteira terrestre da União Europeia, um território marcado, na sua maioria, pelo despovoamento.

Fonte: Lusa

Vimioso: XV Encontro de Petizes e Traquinas de Futsal foi uma tarde de alegria

No Domingo, dia 12 de março, o pavilhão multiusos de Vimioso, foi o recinto do XV Encontro de Petizes e Traquinas de Futsal, uma iniciativa da Associação de Futebol de Bragança (AFB) que teve por objetivo desenvolver o gosto das crianças pelo futsal e o futebol.

No XV Encontro de Petizes e Traquinas participarem equipas de 12 clubes do distrito de Bragança.

O evento reuniu cerca de 250 crianças e foi organizado pela Associação de Futebol de Bragança (AFB), em colaboração com o Águia Futebol Clube de Vimioso.

Sílvio Carvalho, da AFB, informou que no encontro desportivo participaram 12 clubes, com equipas de futsal, tais como: o Águia Futebol Clube de Vimioso, o Centro Social e Paroquial de Vila Flor, o Alfandeguense, o Macedense, o Clube Desportivo de Miranda do Douro, o Grupo Desportivo de Sendim.

Em representação do futebol, participaram o Futebol Clube Leão Negro, Escola Futebol Clube Crescer, Futebol Clube Vinhais, Mãe de Água, Grupo Desportivo Mirandês e Grupo Desportivo de Bragança.

“O objetivo deste encontro é proporcionar uma tarde de diversão e alegria aos jovens jogadores e jogadoras do distrito de Bragança. Queremos incutir nos mais novos o gosto pela atividade física e pelas modalidades do futsal e do futebol. Nestes encontros realço a assiduidade na participação dos clubes. E mais uma vez, temos um pavilhão cheio de jovens desportistas e também de público, com os pais e os avós a acompanhar”, explicou.

Ao longo da tarde, no pavilhão multiusos de Vimioso, as várias equipas de petizes (crianças com idade inferior a 7 anos) e traquinas (com idades entre os 7 e os 9 anos), competiram entre si, mas sem dar importância ao resultado.

“Nestes encontros, o fundamental é que todas as equipas joguem entre si, mas sem dar importância ao resultado. E para vincar isto mesmo, na próxima época 2023/24, a AFB vai promover formações nos clubes, dirigidas também aos pais, sobre questões importantes como a ética no desporto, o fairplay, os direitos humanos. Queremos promover uma sã convivência também no público que assiste aos jogos de futebol”, sublinhou.

Para ensinar as crianças a jogar futsal, o treinador e jogador, Luís Bastos (Nickas), do Clube Desportivo de Miranda do Douro, disse que nestas idades o principal é transmitir-lhes valores como o companheirismo, o gosto e a dedicação ao jogo.

Por sua vez, o treinador do Águia Futebol Clube de Vimioso, Vitor Xavier, acrescentou que nos escalões petizes e traquinas, as crianças aprendem sobretudo os movimentos básicos do jogo de futsal, como são a recepção da bola e o passe.

“As crianças ao praticarem a recepção e o passe, aprendem a jogar em equipa e não individualmente”, explicou.

Sobre a realização do XV Encontro de Futsal, em Vimioso, o treinador vimiosense disse que os jogos e a competição são muito importantes para a evolução física, desportiva e social das crianças.

“Estes encontros são uma grande motivação para as crianças, pois para além da convivência permitem-lhes conhecer, jogar e evoluir contra outras equipas”, disse.

Do lado dos pais, Margarida Preto, que veio de Miranda do Douro, acompanhar o filho, Francisco, ao XV Encontro de Petizes e Traquinas, destacou o carater coletivo da modalidade desportiva.

“O futsal transmite-lhe o sentido de pertença a uma equipa, assim como o imperativo de conhecer as regras do jogo. E mais do que o resultado, procuro ensinar-lhe que o mais importante é participar no jogo, com dedicação”, disse.

Sobre a obrigatoriedade de sair de casa para acompanhar os filhos nas deslocações, Margarida Preto, respondeu que os pais também têm que fazer um esforço.

O jovem Francisco agradeceu o esforço dos pais para o acompanharem ao XV Encontro de Futsal, em Vimioso e explicou assim a sua alegria pela participação.

“O que mais me alegra nestes encontros é a oportunidade de estar e jogar com os meus companheiros. E também gosto de conhecer outras equipas e crianças”, disse.

Outro pai, Sérgio Neto, salientou que o acompanhamento dos filhos não se limita apenas aos estudos e o desporto também é muito importante.

“Sempre que possível, fazemos o esforço para acompanhar os filhos nas deslocações desportivas. O desporto, e neste caso o futsal, é um complemento importantíssimo para o seu desenvolvimento. A par disso, o desporto também é um ambiente saudável para as crianças construírem boas amizades”, sublinhou.

A Associação de Futebol de Bragança (AFB) adiantou que o próximo encontro de petizes e traquinas será dedicado ao futebol e vai realizar-se em Vila Flor, no próximo dia 26 de março.

HA

Futsal: Sendim perdeu e desceu ao 5º lugar no campeonato

À 13ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Grupo Desportivo Sendim foi surpreendido em casa pelo Alfandeguense e perdeu por 5-7, registando assim a sexta derrota na competição, o que levou os sendineses a descerem para o quinto lugar na tabela classificativa.

A Associação Recreativa Alfandeguense começou a construir a vitória aos 2 minutos, com o primeiro golo de Vitó.

O jogo realizou-se no serão de sexta-feira, dia 10 de março, às 21h30, no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, onde os visitantes, até então últimos classificados, com apenas seis pontos, cedo deram mostras de vir lutar pela vitória.

Aos dois minutos de jogo, os alfandeguenses numa transição rápida inauguraram o marcador, 0-1, por intermédio de Vitó.

O golo deu ainda mais confiança aos visitantes e ao longo dos primeiros dez minutos do desafio, foram eles que tiveram a iniciativa do jogo, sendo mais sólidos a defender e objetivos a atacar.

Aos 9 minutos e de novo a aproveitar uma perda de bola dos sendineses, o alfandeguense, Rodrigo Chaves, driblou o guardião adversário e fez o 0-2.

A reação sendinesa foi dada pelo inconformado Manuel João, aos 12 minutos, num bom trabalho dentro da área alfandeguense, com um remate à meia-volta que reduziu para 1-2.

A partir daqui a equipa liderada por Bina Rodrigues tentou assumir a iniciativa do jogo, mas do outro lado estava um adversário que defendia com um bloco baixo e saía em transições rápidas.

Antes do intervalo, o agora alfandeguense, Vitó, rematou forte à barra do Sendim.

No recomeço do jogo, os sendineses voltaram a entrar algo desconcentrados e os visitantes aproveitaram para ampliar a vantagem para 1-3, numa perda de bola que deixou a baliza do Sendim descoberta.
Durante o jogo, os sendineses cometeram alguns erros que deram origem aos golos adversários.

Aos 26 minutos e na sequência de uma boa jogada coletiva, a equipa de Alfândega da Fé, concretizou o 1-4.

Com o avolumar da desvantagem, os sendineses ficaram cada vez mais ansiosos e foram perdendo o discernimento para jogar com critério e inteligência.

Ainda assim, num bom entendimento entre Simão e Hélder, os sendineses reduziram para 2-4, aos 32 minutos.

Dois minutos depois, Branco liberta-se de dois adversários e oferece o golo a Hélder: 3-4.

No entanto, quando se esperava a recuperação do Sendim, eis que Vitó, de cabeça, fez o 3-5, ao concluir um lançamento longo do guardião alfandeguense.

O mesmo Vitó esvaneceu a esperança dos sendineses, quando aos 37 minutos, dilatou a vantagem dos visitantes para 3-6, novamente a concluir de cabeça um passe longo para a área do Sendim.

Nos minutos finais, os sendinses ainda reduziram para 4-6, na sequência de um remate forte de Branco que o companheiro de equipa, Hélder, concluiu na recarga.

Os alfandeguenses responderam num contra-ataque e voltaram a ampliar a vantagem para 4-7.

O resultado final do jogo foi estabelecido pelo jovem sendinês, Gaby, na transformação de uma grande penalidade, fazendo o 5-7.

Aos 38 minutos de jogo, o sendinês, Gaby, estabeleceu o resultado final de 5-7.

Equipas:

Grupo Desportivo Sendim: Branco, Hélder (cap.), Tiquinho, Ângelo, Gaby, Manuel João, Quitério, Leonel, Simão, Jantarada, Paulo, Diogo e Altino. Fisioterapeuta: Fernanda Castro / Diretora Técnica: Anabela Preto

Treinadora: Bina Rodrigues

“Hoje jogámos muito mal, sem atitude competitiva e sem vontade de ganhar este jogo. Estou muito triste com o nosso desempenho. Acho que não respeitámos devidamente o adversário, pensámos que teoricamente seria um adversário mais fácil e fomos surpreendidos. Sempre disse que o campeonato está a ser muito equilibrado entre todas as equipas. Aquelas que têm menos pontos, como é o caso do Alfandeguense, não deixam de ser equipas com valor e difíceis de vencer. Assumo a responsabilidade desta derrota e vamos trabalhar para voltar a vencer.” – Bina Rodrigues

Associação Recreativa Alfandeguense: Rui Pacheco, Samuel Carvalho, Luís Neves, Vitó, Hugo Rego, Rafael Pereira, Rodrigo, Xavier, João Lopes e Emanuel.

Treinador: Fernando Macedo

“Entrámos bem no jogo e isso deu-nos confiança. Diante de uma equipa aguerrida e com bons executantes tecnicamente como é o Sendim, conseguimos defender bem, fomos muito organizados e rápidos nas transições. Esta vitória é muito moralizadora para nós.” – Fernando Macedo.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: Bruno Cordeiro

2º árbitro: Rui Cruz

Cronometrista: Tomás Fragueiro

13ª jornada – resultados

GD Sendim 5-7 Alfandeguense
  Sp. Moncorvo 2-1 GD Torre Dona Chama
  CSP Vila Flor 1-2 CD Miranda Do Douro
 ACRD Ala3-4 Pioneiros Bragança
EF Arnaldo Pereira (Bragança)5-4 Águia FC Vimioso

Classificação

PJVEDGMGSDG
1 CD Miranda Do Douro 27139225329+24
2DD Torre Dona Chama26137334930+19
3 EF Arnaldo Pereira (Bragança) 22136434233+9
4 Sporting Moncorvo 22136435141+10
5GD Sendim1913 6 164547– 2
6ACRD Ala18135354138+3
7Águia FC Vimioso17135254547-2
8Pioneiros Bragança16135173948-9
9 Alfandeguense 91330103161-30
10CSP Vila Flor61320113252-20

14ª Jornada (17/ 03/ 2023)

Alfandeguense vs CSP Vila Flor
  GD Torre Dona Chama vs GD Sendim
  Pioneiros Bragança vs Sp. Moncorvo
  CD Miranda Do Douro vs EF Arnaldo Pereira (Bragança)
  Águia FC Vimioso vs ACRD Ala

HA

Ensino: Escolas deixaram de vender bolachas, bolos e refrigerantes

Nove em cada 10 bares das escolas deixaram de vender produtos como bolachas, bolos e refrigerantes após a aplicação das novas regras, que foram mais difíceis de aplicar no caso das máquinas de venda automática.

As conclusões são de um estudo das direções-gerais da Saúde e Educação, agora divulgado, que avalia a implementação, em 405 agrupamentos de escolas públicas, das normas para a venda de géneros alimentícios que entraram em vigor em 2021.

De acordo com o relatório, mais de 90% dos bares escolares deixaram de disponibilizar produtos de pastelaria, refrigerantes, bolachas e biscoitos.

Entre as comidas “proibidas”, as mais difíceis de encontrar atualmente são refeições rápidas, sobremesas doces, ‘snacks’ doces e salgados, guloseimas ou sandes com molhos, disponibilizadas por menos de 1% das escolas.

Por outro lado, as mais frequentes são barritas de cereais e gelados, mas, ainda assim, a maioria das escolas é cumpridora.

As que não são – acrescenta o relatório – “procuram disponibilizar opções alimentares que apresentam um melhor perfil nutricional”.

Quanto aos produtos que passaram a ser obrigatórios, a principal dificuldade das escolas parece ter sido em introduzir as saladas e as sopas, disponibilizadas em menos de um terço dos bares.

Entre os restantes, a esmagadora maioria tem leite simples e pão conforme as normas, mas há ainda alguns bares que não disponibilizam fruta fresca (14,4%), iogurtes (13,4%) e água potável gratuita (10,9%).

No grupo dos alimentos que, não sendo obrigatórios, podem ser disponibilizados, as opções mais comuns são os sumos naturais, bebidas com pelo menos 50% de fruta ou hortícolas e doses de fruta, além das tisanas e infusões de ervas sem adição de açúcar.

“No global, verificou-se que 29,8% dos bufetes analisados apresentam pelo menos uma não-conformidade quanto aos alimentos a não disponibilizar e 27,5% dos bufetes apresentam pelo menos uma não-conformidade relativamente aos alimentos a disponibilizar obrigatoriamente”, refere o relatório.

Os números são, no entanto, menos animadores quando se olha para as máquinas de venda automática.

Nesse caso, quase todas falham nos alimentos obrigatórios e cerca de metade vendem alimentos que não deveriam ser disponibilizados.

Cerca de 31% das escolas têm destas máquinas disponíveis para os alunos e, segundo as conclusões do estudo, é aí que os jovens têm maior acesso a produtos que não estão de acordo com a legislação, como bolachas e biscoitos, barritas de cereais e chocolates.

Por outro lado, será muito difícil encontrar sopas, saladas ou fruta fresca e cerca de metade também não tem leite simples, iogurtes e pão de acordo com os critérios definidos.

As novas normas a ter em conta na elaboração das ementas e na venda de géneros alimentícios nos bares e nas máquinas de venda automática nas escolas públicas entraram em vigor no ano letivo 2021-2022 com o objetivo de promover o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.

O estudo de monitorização foi conduzido entre 05 de maio e 15 de julho do ano passado.

Fonte: Lusa