Vimioso: PJ deteve homem de 36 anos suspeito de abuso sexual de uma criança
A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, procedeu à identificação e detenção de um homem pela presumível autoria do crime de abuso sexual de crianças.
Em comunicado, a PJ indica que os factos ocorreram no decurso do mês de maio de 2023, num parque, localizado em Vimioso, sendo vítima uma criança de 7 anos.
O detido, de 36 anos de idade, empregado fabril, presente a primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação de proibição de contatos com a vítima e proibição de frequência do Parque Municipal de Vimioso.
1 Reis 19, 9a.11-13a / Slm 84 (85), 9-14 / Rom 9, 1-5 / Mt 14, 22-33
Jesus obriga os discípulos a subirem para o barco. Eles preferiam ficar com Ele e com a multidão, mas Jesus entende que é melhor que partam. E eles obedecem, ainda que contrariados. A certa altura, levanta-se uma tempestade e, com esta, o medo entre os discípulos.
Jesus vem e caminha sobre as águas, o que os assusta ainda mais. Pensam que Ele é um fantasma e gritam. Cristo tenta acalmá-los dizendo «não temais». Pedro duvida, mas confia numa coisa: se realmente é Jesus quem está diante dele, ele será capaz de caminhar sobre as águas. Jesus chama-o e Pedro arrisca uns passos. Mas assusta-se com o vento e começa a afundar-se. Jesus estende a mão, agarra-o e leva-o até ao barco. É então, quando entram no barco, que a paz chega e afasta a tempestade.
Este momento está cheio de drama, um drama feito de dor, medo, incerteza e confiança. A dor de abandonar o lugar onde nos sentimos bem, o medo que se instala no meio das tribulações da vida, a incerteza sobre a presença de Deus e a confiança necessária para deixar-se agarrar por Deus.
Este episódio é um esboço das tribulações próprias da vida como discípulo de Jesus, em que a tempestade é imagem do que acontece quando seguimos o Senhor formalmente, mas sem coração: a visão fica de tal forma desfocada que nem o conseguimos reconhecer. Mas Ele vem, faz-se presente e leva-nos pela mão até à segurança do barco, à bonança, ao porto seguro.
O nosso Deus não anula o medo, a dor e a incerteza. Ele aponta o caminho que Ele próprio traçou entre eles: o caminho da confiança. Cristo está sempre a colocar os seus discípulos em caminho, mostrando o que é próprio da nossa vida: irmos onde precisam de nós. Ele desafia-nos a partir, constantemente, rumo a quem vive sedento da graça. Mas não só com pés e mãos que obedecem, mas com verdadeira disponibilidade, mesmo entre tribulações.
Ganhemos a coragem de ir onde Ele nos manda, seja uma pessoa ou uma situação. E arrisquemos o caminho com confiança n’Ele, obedecendo com uma única segurança: a convicção de que o Senhor não abandona.
Vimioso: A vila encheu-se de gente no feriado municipal
A vila de Vimioso comemorou no dia 10 de agosto, o feriado municipal, uma data que voltou a trazer muita gente, sobretudo os emigrantes, à sede de concelho, para realizar compras na feira anual de São Lourenço, acompanhar o concurso e a luta de touros mirandeses e no final do dia assistir ao concerto musical do artista, Mickael Carreira.
A 10 de agosto, a feira de São Lourenço atraiu a vinda de milhares de pessoas à vila de Vimioso.
Cerca de 70 feirantes vindos de todo o distrito de Bragança e de outras regiões do país vieram até Vimioso, para comercializar os seus produtos na Feira de São Lourenço. Quem visitou o certame, teve a oportunidade de adquirir fruta, hortícolas, carne, queijos, bacalhau, frango de churrasco, utensílios de cozinha, peças de vestuário, calçado, atoalhados, brinquedos, árvores de fruto, lenha e muitos outros produtos. Ao longo da manhã, vários milhares de pessoas percorreram as ruas da zona baixa da vila de Vimioso, para ver as novidades dos feirantes e encontrar amigos e conhecidos.
Foi o caso de Maria Fernanda, uma emigrante natural de Vimioso que vive em França há 52 anos. Neste regresso à vila onde nasceu, verifica que a localidade tem menos gente comparativamente com outros tempos. Ainda assim, elogia o cuidado urbanístico, que faz de Vimioso uma vila bonita e agradável para passar férias. Na visita à feira de São Lourenço deste ano, esta emigrante portuguesa disse que comprou flores para plantar no jardim e os típicos produtos de fumeiro local, como são o presunto e o salpicão.
Por sua vez, o lusodescendente, Jorge Coelho, regressou a Portugal, no início de agosto, juntamente com a sua família, para gozar quatro semanas de férias. Sobre a feira de São Lourenço, o emigrante expressou a sua alegria por participar novamente neste evento, que é também uma oportunidade de encontro e de convívio com amigos e conhecidos.
“Ao longo deste mês de agosto, o mais importante é a oportunidade em descansar e dedicar mais tempo à família e aos amigos. Nestas quatro semanas de férias, pretendemos conviver e participar nas festividades locais, ir à piscina, ao rio e dar alguns passeios”, disse.
Finalmente, o casal de emigrantes, Cristina da Silva e Rui Afonso, vivem e trabalham em Pamplona (Espanha). Também eles, regressam todos os anos, à aldeia de Algoso, para gozar as merecidas férias. Este ano, no decorrer da sua vinda à feira de São Lourenço, aproveitaram para comprar presunto e outros alimentos para preparar as festas na aldeia, agendadas para os dias 14, 15 e 16 de agosto.
O concurso concelhio de bovinos mirandeses
No concurso de bovinos mirandeses participaram 80 animais, provenientes de 16 criadores do concelho de Vimioso.
Em simultâneo, com a feira de São Lourenço realizou-se no recinto do gado, em Vimioso, o concurso concelhio de bovinos mirandeses, onde participaram 80 animais, pertencentes a 16 criadores, de localidades como Vimioso, Avelanoso, Serapicos, Vale de Frades, Pinelo, Santulhão, Matela, Junqueira, Algoso, Caçarelhos e Vilar Seco.
O concurso foi dividido em nove seções e atribuiu prémios aos criadores de bovinos miranteses entre os 55 e os 200 euros. No total, o município de Vimioso investiu cerca de 30 mil euros neste concurso.
No decorrer da atribuição dos prémios aos criadores de bovinos mirandeses, o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, justificou o investimento afirmando que uma das prioridades da autarquia vimiosense é incentivar a população à produção e valorização dos recursos endógenos, como é o caso da carne mirandesa.
Luta de touros mirandeses
Após o concurso, o almoço e a atribuição dos prémios que decorreu no pavilhão multiusos, os participantes regressaram ao recinto de gado, para assistir às lutas ou chegas de touros mirandeses.
As lutas de touros mirandeses são uma grande atração para o público.
As lutas ou chegas de touros mirandeses são demonstrações da robustez e da força destes imponentes animais, o que desperta o interesse do público. Foi o que voltou acontecer no dia 10 de agosto, em Vimioso, onde se juntaram milhares de pessoas para assistir às 7 lutas de touros.
Segundo a organização, os prémios para os criadores destes animais variavam entre os 600€ e os 200€.
Concerto Mickael Carreira
O feriado municipal, em Vimioso, culminou uma enchente de público, no parque municipal, para assistir ao concerto musical de Mickael Carreira. No decorrer do concerto, o cantor de música pop, interpretou temas como “Porque ainda te amo”, “Dou a vida por ti” ou “Bailando”. A noite em Vimioso, encerrou com a atuação do DJ Overrule, nome artístico do portuense, Bruno Castro, que é produtor de hip hop e música eletrónica.
O cantor Mickael Carreira foi o artista convidado no Dia do Município 2023.
As Festas em Vimioso prosseguem até ao dia 14 de agosto. Esta sexta-feira, dia 11 de agosto, iniciam-se as celebrações religiosas com a missa solene e a procissão em honra de Nossa Senhora dos Remédios. Ao serão, a Banda Filarmónica de Vimioso presenteia os emigrantes com um concerto. E o dia termina com o arraial da “Orquestra Magma”.
O incêndio que deflagrou ao final da manhã de quinta-feira, dia 10 de agosto, no concelho de Vimioso, foi dado como dominado, informou fonte da Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes.
O incêndio que deflagrou em Argozelo, no concelho de Vimioso, teve duas frente ativas que chegaram a preocupar os bombeiros, nomeadamente uma que se dirigia em direção à aldeia de Vale de Pena.
O comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso disse ainda esperar pela ação dos meios aéreos ao romper do dia desta sexta-feira, justificando que são importantes para chamada a consolidação dos muitos hectares de terrenos ardidos e de difícil acesso, onde o fogo já foi controlado.
“Os meios aéreos são sempre necessários, mesmo não havendo frente de fogo ativas e são importantes para a consolidação dos pontos quentes que ainda se fazem sentir no perímetro do incêndio”, vincou o comandante sub-regional transmontano.
O combate às chamas em Argozelo contou com a ajuda dos meios espanhóis, num dispositivo composto por meia centena de operacionais, nove meios aéreos, quatro veículos e quatro máquinas de rasto.
No terreno estão ainda a trabalhar máquinas de rasto para abrir corta-fogos e controlar as chamas bombeiros apeados ou apoio de veículos de combate a incêndios florestais.
O incêndio entrou em resolução pelas 01:40 da madrugada desta sexta-feira, dia 11 de agosto, acrescentou a mesma fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes.
No local, nas operações de rescaldo permanecem mais de 220 bombeiros, apoiados por 77 viaturas, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Ambiente: Escolas recolhem mais de 300 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos
Cerca de 400 escolas nacionais recolheram mais de 300 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos elétricos usados, no âmbito da 12.ª edição da “Escola Electrão”, uma iniciativa da Associação de Gestão de Resíduos.
Em comunicado, a Electrão – Associação de Gestão de Resíduos indica que esta campanha, que decorreu entre setembro de 2022 e junho de 2023 e envolveu escolas de norte a sul do país, Açores e Madeira, permitiu recolher 10,4 toneladas de pilhas; 6,3 toneladas de lâmpadas e 284 toneladas de outros equipamentos elétricos usados, como torradeiras, telemóveis ou computadores.
“São resultados que representam um aumento de 12% face à edição anterior, relativa ao ano letivo de 2020/2021, em que foram recolhidas 269 toneladas”, lê-se em comunicado.
A organização aponta que esta campanha se destina a sensibilizar para a necessidade de entrega dos equipamentos elétricos usados para reciclagem e destaca que “o número de escolas inscritas que participam ativamente está a aumentar de ano para ano”.
“As escolas participantes recebem pontos em função das quantidades recolhidas, que são convertidos em prémios. Por cada 10 quilos de pilhas, 10 quilos de lâmpadas ou 100 quilos de equipamentos elétricos usados, cada escola recebe um cheque-prenda no valor de 75 euros”, explica a Electrão.
Nesta edição, houve 177 escolas premiadas, com o valor global dos prémios a ter ultrapassado os 30 mil euros, verba que pode ser trocada por novos equipamentos elétricos.
As três escolas mais premiadas foram a Escola Secundária de Serpa, no distrito de Beja, que “voltou a destacar-se nesta 12.º edição, ao conquistar 1.725 euros em cheques-prenda graças à recolha de 75 quilos de pilhas, 16 quilos de lâmpadas e 21812 quilos de equipamentos elétricos usados”, o Centro de Educação e Desenvolvimento Pina Manique – Casa Pia de Lisboa, com 1.125 euros em cheques-prenda ao recolher 27 quilos de pilhas, 1433 quilos de lâmpadas e 761 quilos de equipamentos elétricos usados, e a Escola Básica e Secundária de Arga e Lima, Lanheses, no distrito de Viana do Castelo, com 50 quilos de pilhas, 680 quilos de lâmpadas e 7630 quilos de equipamentos elétricos usados recolhidos.
Ao longo de 12 edições, esta campanha já permitiu a recolha de mais de seis mil toneladas de resíduos nas escolas aderentes.
Economia: Região Norte captou mais de 11 mil milhões de euros de fundos europeus
Entre 2014 e 2020, a região Norte captou mais de 11 mil milhões de euros dos programas comunitários, com a aprovação de mais de 40 mil candidaturas, revela relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
“Foram aprovadas mais de 40 mil operações nos diversos programas operacionais da Política de Coesão da União Europeia do período de programação 2014-20”, adianta o boletim NORTE UE, publicado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte).
As mais de 40 mil candidaturas correspondem a 16 mil milhões de euros de investimento elegível, dos quais 11 mil milhões de euros de fundos comunitários foram aprovados.
Durante o segundo semestre de 2022, período em que ainda era possível aplicar os fundos do 2020, foram executados oito mil milhões de euros dos recursos do orçamento da Comissão Europeia, mais 15% do que no primeiro semestre de 2022.
Em Portugal, a Política de Coesão da União Europeia é operacionalizada por 12 programas, sendo que a região Norte “continua a ser a região NUTS II com maior expressão (absoluta) na alocação de fundos comunitários”.
De acordo com o boletim, o Norte concentra 45% do total de operações aprovadas, 41% do total de investimento elegível, 42% do total de fundo aprovado e 42% do total de fundo executado no país.
Na região, dos 12 programas da Política de Coesão destacam-se seis (NORTE 2020, COMPETE 2020, Programa Operacional Capital Humano , Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e Programa Operacional Assistência Técnica), representando o NORTE 2020 35% dos fundos comunitários aprovados até ao final de 2022.
No final do ano passado, o Norte era a região com “menor intensidade de fundos comunitários aprovados por habitante”, nomeadamente, 3.039 euros.
“O Norte de Portugal, a região NUTS II com menor PIB [Produto Interno Bruto] por habitante, apresenta um montante de aprovações por habitante mais reduzido (3.039 euros) do que o Centro (3.354) e o Alentejo (3.677), as restantes regiões menos desenvolvidas do continente. O Alentejo beneficia de um programa regional com maiores apoios por habitante e o centro beneficia mais em termos relativos (por habitante) dos programas temáticos”, refere o documento.
Nas sub-regiões do Norte, a Área Metropolitana do Porto (AMP) concentra 18.997 do total de candidaturas aprovadas, sete mil milhões de euros de investimento elegível, dos quais 4,6 mil milhões de euros de fundo aprovados.
“A territorialização dos apoios por regiões NUT III reflete as acentuadas diferenças intrarregionais ao nível da estrutura económica e da demografia e, assim, da distribuição dos potenciais beneficiários”, refere o documento, destacando que cerca de 71% dos fundos aprovados concentram-se na AMP e na região do Ave e Cávado.
Das cerca de 80 tipologias de intervenção apoiadas, 43% dos fundos aprovados concentram-se na temática Competitividade e Internacionalização.
O boletim esclarece ainda que, com o encerramento do período de programação 2014-2020, os montantes executados aproximam-se dos montantes aprovados em todos os programas.
“Como resultado desta tendência, as diferenças entre as taxas de realização e de execução de todos os programas da Política de Coesão no Norte (72% e 82%, respetivamente) e as do NORTE 2020 (70% e 80%, respetivamente) situavam-se em apenas dois pontos percentuais no final de 2022, muito se devendo esta trajetória à aceleração do investimento da Administração Local”, refere.
Bancos: Distrito de Bragança em risco de perder caixas automáticos e balcões de bancos
O Banco de Portugal (BdP) identificou 30 freguesias “particularmente vulneráveis” a uma redução da rede de caixas automáticos multibanco e balcões de instituições de crédito, sobretudo nos distritos de Bragança e de Vila Real.
Em comunicado, o banco central refere que, “apesar da ampla cobertura de caixas automáticos e balcões”, o estudo sobre a cobertura da rede de acesso a numerário em Portugal referente a 2022 “revela que 30 das 3.092 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede”.
Estas freguesias são sinalizadas por “distarem mais de 10 quilómetros do ponto de acesso mais próximo e mais de 15 quilómetros do segundo ponto de acesso mais próximo”, explica o BdP em comunicado.
As freguesias identificadas pertencem aos distritos de Bragança (12), Vila Real (oito), Guarda (quatro), Beja (três), Faro (duas) e Viana do Castelo (uma), somando cerca de nove mil pessoas.
Ainda assim, o Banco de Portugal diz que a situação atual não aparenta deterioração relativamente a 2020 e que a maior distância em linha reta no país entre o extremo de uma freguesia e o ponto de acesso mais próximo “continuava a ser de 17 quilómetros”.
No estudo, o BdP identifica ainda quatro municípios onde cada caixa automático servia, em média, mais de cem quilómetros quadrados: Mogadouro e Vinhais (Bragança), Alcoutim (Faro) e Mértola (Beja).
Quanto ao número de agências bancárias, a comparação é feita com 2017, quando havia 4.592 em território nacional, tendo o número baixado para 3.515 no final de 2022.
A redução da rede de balcões foi “especialmente concentrada” nos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, que somavam 60% do total de agências encerradas.
No território nacional, existiam, em 2022, mais de 17 mil pontos de acesso a numerário: cerca de 14 mil terminais, concentrados em torno dos principais centros urbanos e no litoral, e 3,2 mil agências bancárias que prestavam serviços relacionados com notas e moedas.
Em comparação com a Área do Euro, Portugal era o sexto país com mais pontos de acesso físico ao sistema bancário, liderando em número de caixas automáticos ‘per capita’, mas ficando abaixo da média europeia na área coberta pela rede de balcões.
Miranda do Douro: XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro vai animar a cidade
O XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro, agendado para sábado, dia 12 de agosto, vai trazer muita animação à cidade, com a representação de tradições locais durante a tarde e à noite com as danças dos ranchos folclóricos de Miranda do Douro, Póvoa do Varzim, Pinhão e dos grupos espanhóis de Bimenes e de Zamora.
O festival folclórico é organizado pela Mirandanças – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda, uma entidade que foi fundada a 15 de setembro de 2005, com o objetivo de divulgar a cultura mirandesa.
Segundo a direção desta associação, atualmente participam na Mirandanças cerca de 40 pessoas, adultos, jovens e crianças, que dinamizam os grupos Danças Mistas, Pauliteiras e os Pauliteiricos.
As atuações da Mirandanças, no âmbito local e noutras regiões do país e do estrangeiro – foram à Madeira, a Ibiza e recentemente aos Açores – dizem contribuir um verdadeiro espírito de família entre todos os associados.
No próximo sábado, dia 12 de agosto, a associação Mirandanças organiza o XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro. O evento cutlural inicia-se às 16h30, com a apresentação pelas ruas da cidade, de várias tradições mirandesas, como são a Festa do Menino, o Velho e a Gualdrapa ou a atuação da Banda Filarmónica Mirandesa, que este ano celebra 130 anos.
O evento prossegue depois à noite (21h30), na avenida Aranda del Duero, onde vai ser instalado o palco do Festival Folclórico.
Nesta 16ª edição do festival, a associação Mirandanças tem como grupos convidados, o Rancho Folclórico de São Pedro de Rates (Póvoa do Varzim), o Rancho Folclórico e Cultural do Pinhão e dois grupos vindos de Espanha: a Asociación Folklórica y Cultural Los Yerbatos (Bimenes/ Espanha) e a Asociación Etnográfica Bajo Duero (Zamora).
Em simultâneo, com o festival folclórico, decorre na avenida Aranda del Duero, a XXV Famidouro – Feira de Artesanato, com a exposição do melhor artesanato que de faz no concelho de Miranda do Douro e na região, onde se destaca a cutelaria, as peças de vestuário e adereços em burel, entre outras peças de artesanato.
Igreja: «JMJ mostrou que outro mundo é possível» – Papa Francisco
O Papa disse no Vaticano que a JMJ Lisboa 2023 deixou uma mensagem clara contra a guerra, mostrando que “outro mundo é possível”.
“Enquanto na Ucrânia e noutros lugares do mundo se combate e enquanto em certas salas escondidas se planeia a guerra – é feio isto, planeia-se a guerra -, a JMJ mostrou a todos que outro mundo é possível: um mundo de irmãos e irmãs, onde as bandeiras de todos os povos se agitam juntas ao vento, uma ao lado da outra, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas”, referiu, na audiência pública semanal, que decorreu no Auditório Paulo VI.
Francisco sublinhou que, durante o encontro mundial que decorreu na capital portuguesa, “a mensagem dos jovens foi clara”.
“Será que os grandes da terra a ouvirão? Este entusiasmo juvenil que quer paz é uma parábola para o nosso tempo, e ainda hoje Jesus diz: ‘Quem tem ouvidos, ouça! Quem tem olhos, veja!’”, apelou.
“Esperemos que todo o mundo ouça esta Jornada da Juventude e olhe para esta beleza dos jovens, seguindo em frente”.
O Papa evocou, em particular, a sua passagem pelo Santuário de Fátima, durante o programa da sua visita a Portugal.
“Assim, Maria, ainda hoje, no terceiro milénio, guia a peregrinação dos jovens no seguimento de Jesus. Como já tinha feito há um século justamente em Portugal, em Fátima, quando se dirigiu a três crianças, confiando-lhes uma mensagem de fé e esperança para a Igreja e para o mundo”, indicou.
Francisco explicou os motivos que o levaram a Fátima, durante a realização da 37ª Jornada Mundial da Juventude.
“Voltei a Fátima, ao local das Aparições, e junto com alguns jovens doentes rezei para que Deus curasse o mundo das doenças da alma: o orgulho, a mentira, a inimizade, a violência”, apontou.
Segundo o Papa, o momento de oração representou uma renovação da “consagração da Europa e do mundo ao Imaculado Coração de Maria”.
“Eu rezei pela paz, porque há muitas guerras em tantas partes do mundo, muitas”, acrescentou, falando dos momentos em que esteve diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, em silêncio, na Capelinha das Aparições.
A guerra da Ucrânia, em particular, foi abordada a respeito dos encontros privados que tiveram lugar na Nunciatura Apostólica.
“Encontrei-me com os jovens, em pequenos grupos, e havia tantos problemas… o grupo dos jovens ucranianos, que traziam histórias dolorosas. Não eram férias dos jovens, não era uma viagem turística, nem mesmo um evento espiritual fechado em si mesmo”, sustentou, a respeito da JMJ.
No final da audiência, o Papa evocou a celebração da festa litúrgica de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), co-padroeira da Europa.
“Que o seu testemunho estimule o empenho no diálogo e na fraternidade entre os povos e contra todas as formas de violência e discriminação. Confiamos à sua intercessão a querida população da Ucrânia, para que em breve reencontre a paz”, apelou.
Portugal foi o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa; Seul vai acolher a 41ª Jornada Mundial da Juventude, em 2027.
Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).
Sociedade: Portugal pretende atrair jovens emigrantes e lusodescendentes
Os secretários de Estado do Trabalho e do Desporto afirmaram que Portugal tem as “portas escancaradas” para os jovens emigrantes e lusodescendentes que queiram viver e trabalhar no país.
Falando na abertura da 10.ª edição do Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes, Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, e João Paulo Correia (Desporto), sublinharam que a fixação de talento é uma prioridade do Governo e que Portugal “é hoje um país competitivo”, capaz de atrair jovens qualificados.
“As portas estão escancaradas para todos quantos queiram fazer vida em Portugal”, disse o secretário de Estado do Trabalho.
Miguel Fontes destacou, desde logo, o programa “Regressar”, ao abrigo do qual já cerca de 19.500 portugueses que estavam no estrangeiro voltaram para o seu país de origem.
O governante lembrou que aquele programa implica “um regime fiscal altamente favorável” nos primeiros cinco anos após o regresso.
“Portugal é suficientemente grande e precisa de todos”, enfatizou.
Aludiu ainda à aposta no trabalho digno e no combate à precariedade, bem como em melhores salários e numa melhor repartição da riqueza, como condições essenciais para atrair talento jovem.
Na mesma linha, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, pôs a tónica no crescimento económico de Portugal, “com mais emprego e com os salários a crescer”, a par de “um país seguro e com futuro, com bases sólidas naquilo que é a construção da sua economia”.
“Portugal é olhado do ponto de vista internacional como uma economia que cresce, daquelas que mais cresce na Europa, onde o salário médio também cresce. Aliás, no mês de maio, o salário médio cresceu acima da inflação, o que significa que houve um ganho real no poder de compra. Esta é também a visão que o mundo e a Europa e as economias internacionais têm acerca do nosso país”, referiu.
João Paulo Correia destacou ainda a aposta de Portugal nos chamados “nómadas digitais”.
A 10.ª edição do Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes decorre até 13 de agosto, reunindo 54 jovens e animadores de juventude da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo, Portugal e Suécia.
Trata-se de um evento de destaque que promove a empregabilidade, a inclusão e a cultura lusófona entre os jovens.
O encontro tem como tema a “Empregabilidade na Europa: O Digital ao Serviço da Ecologia e Inclusão dos Jovens”.