Miranda do Douro: Cartolinhas Peregrinos chegaram a Fátima

O grupo de 11 peregrinos que caminhou de 16 a 25 de março, entre Miranda do Douro e o Santuário de Fátima, disse que esta dura experiência física e psicológica de percorrer 370 quilómetros, permitiu-lhes aprofundar o conhecimento e o respeito de uns pelos outros e adquirir uma maior consciência da presença de Deus nas suas vidas.

Ao longo de 10 dias, o grupo denominado “Cartolinhas Peregrinos” – constituído por seis mulheres e cinco homens, com idades compreendidas entre os 37 e os 67 anos – caminharam 37 quilómetros por dia.

Três destes peregrinos, Bruno Rodrigues, Raúl Silva e Fernando Mendes, disseram que para empreender esta grande aventura foi necessário planear previamente as etapas a percorrer, as refeições para cada jornada e os locais onde iriam descansar durante a noite.

“O planeamento e a logística foram fundamentais para que a peregrinação fosse bem sucedida. Na logística, o carro de apoio prestou um serviço imprescindível, já que assegurou a assistência aos peregrinos ao longo do caminho, bem como o transporte de água, da alimentação e preparou ainda o alojamento no final de cada etapa”, indicaram.

Ao longo do percurso, os peregrinos evitaram caminhar nas estradas nacionais por causa do trânsito e do maior perigo de acidentes. Na rota traçada, passaram por localidades como Tó (Mogadouro), Carviçais, Vila Nova de Foz Coa, Moitos de Trancoso, Celorico da Beira, São Romos (Seia), Arganil, Bairro Novo (Miranda do Corvo), Alvaiázere e Fátima.

“Na passagem por estas localidades, fomos sempre muito bem recebidos. As pessoas sabendo que íamos a caminho do Santuário de Fátima, encomendaram-nos mesmo orações a Nossa Senhora”, revelaram.

E a oração também fez parte do dia-a-dia do grupo. Em jornada, a oração da manhã deu início à caminhada. Depois, ao início da tarde, o grupo rezou o terço.

“Houve dias, em que na chegada às localidades, como sucedeu em Vila Nova de Foz Coa, também participámos na missa”, acrescentaram.

No final dos dias, os peregrinos mirandeses ficaram alojados nas instalações das corporações dos bombeiros das várias localidades e afirmaram que foram sempre muito bem acolhidos.

Sobre o percurso, os peregrinos de Miranda do Douro criticaram a inoperância do governo e dos municípios portugueses em construir trajetos e colocar a devida sinalização em direção a Fátima.

“Dada a grande afluência de pessoas, as peregrinações a Fátima têm um potencial idêntico às peregrinações dos Caminhos de Santiago de Compostela, em Espanha. Mas em Portugal, falta fazer quase tudo, não há caminhos definidos, não há sinalização, não há albergues, nem sequer há informação”, criticaram.

Para Fernando Mendes, o mais velho do grupo, com 67 anos, o que mais o impressionou nesta peregrinação a Fátima, foi codividir o sofrimento físico e psicológico com os companheiros e companheiras de caminhada.

“As longas caminhadas diárias de 37 quilómetros, com subidas e descidas, debaixo do sol e noutros dias com chuva e frio causaram-nos um grande sofrimento. Houve pessoas do nosso grupo que ficaram mesmo com os pés em ferida e o seu sofrimento fez-nos sofrer”, disse.

Outra dificuldade na peregrinação foi gerir as emoções no grupo.

“A convivência diária, os diferentes ritmos, o cansaço, o sofrimento e a ansiedade de querer chegar rapidamente ao destino, provocaram desgaste e pequenos conflitos”, contaram.

E esta ansiedade aumentou à medida que os peregrinos de Miranda do Douro se iam aproximando do destino. Para o grupo, a última etapa, entre Alvaiázere e Fátima, foi mesmo a mais difícil.

A tão desejada chegada ao Santuário de Nossa Senhora, em Fátima, aconteceu no dia previsto, no sábado, dia 25 de março, onde os 11 peregrinos mirandeses tinham à espera os familiares.

“Na chegada ao santuário, o grupo teve o gesto muito bonito de se descalçar e caminhar descalço”, contaram.

Na noite de sábado, os peregrinos mirandeses e os seus familiares participaram na procissão das velas.

No dia seguinte, Domingo, antes do regresso a casa, o grupo participou na Eucaristia Dominical, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade.

Concluída a peregrinação, os Cartolinhas Peregrinos revelaram que nesta experiência aprenderam a conhecer-se melhor, a respeitar a diferença e o ritmo uns dos outros.

Sobre a fé que os levou a percorrer 370 quilómetros de planaltos, vales e montanhas, os peregrinos mirandeses afirmaram que ao longo dos dias da peregrinação aprofundaram a consciência da presença de Deus nas suas vidas.
Fotos: Cartolinhas Peregrinos

HA

Pecuária: Produtores de ovinos de raça mirandesa registaram poucas vendas na Páscoa

Na Páscoa, os produtores de ovinos do planalto mirandês registaram poucas vendas da carne e, se não fossem os apoios governamentais por cabeça, teriam muitas dificuldades em continuar a atividade pecuária.

Ilda Parada, uma criadora de ovinos de Raça Churra Mirandesa, disse que de momento não compensa criar estes animais, acrescentando que só o faz porque gosta de ter ovelhas, mas face ao aumento de preços dos fatores de produção e da inflação, não compensa.

“Se não fossem os apoios à manutenção desta raça, não ficava nada. Porque são as grandes superfícies comerciais que ficam com o lucro, como se verificou no período da Páscoa”, disse.

De acordo com a produtora, um cordeiro com 12 quilos pode valer 50 euros, acrescentando, que, nas grandes superfícies comerciais, o quilo de cordeiro ultrapassa atualmente os 12 euros por quilo.

“Não ficamos com nada, o lucro vai sempre para os mesmos. Atualmente, o que vale são os subsídios à manutenção de raça autóctone”, rematou.

Cada ovelha de raça churra mirandesa recebe um subsidio no âmbito das medidas agro-ambientais, que tem como objetivo a preservação desta raça autóctone, em risco, no valor de 24 euros, a que acresce o prémio de ovinos e caprinos no valor de 21 euros.

Já o produtor de pequenos ruminantes, Manuel António Duarte, refere que os intermediários têm um lucro “imediato”, enquanto quem vende demora mais tempo a criar os cordeiros e os gastos são contínuos e as mais-valias nem sempre são as desejadas.

“Por este motivo, somos penalizados em relação aos intermediários. Quem compra os cordeiros são comerciantes que vêm de fora desta região, principalmente da área do Grande Porto, destinados aos restaurantes e outros clientes”, especificou.

Este produtor disse igualmente que são aos subsídios que dão por cabeça de este tipo de animais que ainda vão mantendo a produção, já que estes apoios rondam os 40 euros por animal.

“Se não fossem estes apoios, tínhamos de arrumar as botas”, enfatizou o também pastor.

Por seu lado, Maria Cristina Ventura disse que não conseguiu vender os seus cordeiros na Páscoa dado os preços baixos pagos pelos intermediários e terá de esperar por outra oportunidade.

“Para quem tem poucos animais, não compensa vender ao preço de mercado, embora sejam raças de qualidade superior. Quem tem muitos ainda se aguenta por via dos subsídios. Quem tem poucos não tem lucro, tem trabalho “, frisou.

O presidente da Associação de Criadores de Ovinos Raça Churra Galega Mirandesa, Tiago Sanches da Gama verificou que no período da Páscoa, o escoamento de carne proveniente desta raça de ovinos foi reduzido devido à inflação.

“A carne de ovelha ficou de fora da medida do IVA 0%, numa altura em que os fatores de produção aumentam. Se não houvesse apoios a esta raça, não compensaria a sua manutenção, sendo este apoio que mantém as explorações a funcionar”, acrescentou o dirigente que é também produtor de ovinos.

Esta associação, com sede em Malhadas, no concelho de Miranda do Douro, tem um efetivo de produção que ronda as sete mil fêmeas reprodutoras e cerca de 200 machos reprodutores.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Ana Rosa Pires celebrou 102 anos no Lar de São Miguel

No dia 14 de abril, o Lar de São Miguel, em Palaçoulo, celebrou o 102º aniversário de Ana Rosa Pires, uma senhora natural de Constantim, que contou que a longevidade da sua vida se deve ao carinho dado e recebido pelas pessoas e ao amor de Deus.

Na instituição, em Palaçoulo, vivem atualmente 37 pessoas, maioritariamente oriundas de localidades do concelho de Miranda do Douro.

Ana Rosa Pires nasceu a 14 de abril de 1921, em Constantim (Miranda do Douro) e contou que naquela época, esta localidade raiana era muito povoada e industrializada, com vários artesãos, tais como sapateiros, costureiras, tecedeiras, alfaiates, ferreiros, carpinteiros e agricultores.

Aos 10 anos de idade sofreu a infelicidade da morte do pai e a partir daí foi criada pela mãe e duas irmãs, com as quais aprendeu a trabalhar no campo.

“Na ausência do meu pai, tivemos que aprender a fazer o trabalho dos homens, que era lavrar, cavar e semear. Nessa época é verdade que não havia mimos ou luxos, mas não se passava fome”, disse.

Aos 22 anos casou-se com um guarda fiscal, que entretanto foi destacado para trabalhar no Algarve. Com o regresso do marido ao norte, tiveram dois filhos.

Ao longo dos seus 102 anos de vida, acompanhou muitas mudanças no mundo. Nos anos da sua infância e juventude não havia sequer estradas, nem muito menos televisão. Disse que a mudança que lhe causou maior apreensão foi a revolução política e social do 25 de abril de 1974.

“A mudança de regime foi um bem, mas a interpretação que as pessoas fizeram da liberdade, onde tudo era permitido e ninguém tinha nada a ver com isso, causou-me receio”, disse.

Questionada sobre os conselhos para ter uma vida longa e saudável, Ana Rosa Pires, referiu-se ao carinho e à simpatia das pessoas que trabalham no Lar de São Miguel, em Palaçoulo.

“Tenho-me sentido muito amada, como uma mãe para as suas filhas e sinto-me muito feliz por isso! Eu também procuro ser doce para as outras pessoas. A longevidade da vida é uma graça de Deus, que é Pai e é Amor!” – respondeu.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, fez questão de estar presente no 102º aniversário da senhora Ana Rosa Pires e destacou a sabedoria das pessoas idosas.

“Gosto muito de estar e conversar com pessoas como a Dona Rosa Pires. Hoje quis muito estar presente no Lar de São Miguel, para celebrar a vida desta senhora, que já conheço há muitos anos. Sublinho que as pessoas idosas são fontes de sabedoria e muitas das tradições que nos orgulhamos de ter se devem ao legado que elas nos transmitem”, disse.

Nesta visita ao Lar de São Miguel, em Palaçoulo, a autarca de Miranda do Douro destacou ainda o cuidado prestado pelas pessoas que trabalham nestas instituições e que proporcionam às pessoas idosas a companhia, o conforto, as refeições quentes e a higiene, que doutro modo teriam mais dificuldade em usufruir.

A diretora técnica do Lar de São Miguel, em Palaçoulo, Lara Cristal, informou que a senhora Ana Rosa Pires foi acolhida na instituição em 2021, após ter recebido apoio domiciliário nos anos anteriores.

“Os 100 anos foram celebrados em sua casa, como a equipa do apoio domiciliário, da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro”, recordou.

Sobre os cuidados que a velhice exige, Lara Cristal informou que as pessoas idosas precisam (e valorizam!) sobretudo o carinho e a companhia. No Lar de São Miguel, em Palaçoulo, trabalham atualmente 23 pessoas.

“As pessoas idosas não dão muito trabalho. Elas precisam apenas de se sentirem acompanhadas e estimadas”, disse.

Na instituição, em Palaçoulo, vivem atualmente 37 pessoas, maioritariamente oriundas de localidades do concelho de Miranda do Douro.

Segundo a diretora técnica, o Lar de São Miguel, também presta apoio domiciliário a 17 pessoas, nas localidades de Palaçoulo, Prado Gatão, Teixeira, Atenor, Águas Vivas, São Pedro da Silva, Fonte Ladrão e Granja

HA

Ciclismo: Nacionais de estrada voltam a Mogadouro

Pelo segundo ano consecutivo, o concelho de Mogadouro vai acolher os campeonatos nacionais de ciclismo de estrada, entre 23 e 25 de junho, com a presença dos melhores ciclistas nacionais da atualidade, informou o município mogadourense.

“A prova velocipédica está contratualizada e os campeonatos nacionais de ciclismo vão regressar a Mogadouro. Não valorizámos eventos efémeros e por esse motivo, queremos iniciativas com continuidade e tratámos de assegurar o regresso da competição”, explicou António Pimentel.

Por sua vez, Cândido Barbosa, um dos intervenientes na organização da prova, disse os que percursos ainda não estão definidos e haverá alterações aos circuitos da competição de 2022.

“Não se repetem percursos de ano para ano”, vincou o também antigo ciclista.

O município de Mogadouro vai investir entre cerca de 50 a 60 mil euros nesta iniciativa desportiva de âmbito nacional, que de acordo com o autarca origina retorno económico ao concelho, dado o número de adeptos, equipas, e ‘staff ‘ presentes nesta competição de alto nível desportivo.

Segundo a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) nesta prova participam ciclistas de Elite e sub-23 masculinos e atletas femininas.

Fonte: Lusa

25 de Abril: “Rumo à Revolução”, retrato de um regime com “pena suspensa”

“Rumo à Revolução” faz o retrato de um país aflito, de um “governo com pena suspensa”, pressionado pelos aliados a negociar uma solução para a guerra colonial, e com dificuldades em comprar armas para combater em África.

O livro é a história dos últimos meses do Estado Novo, desde o lançamento do livro de António Spínola “Portugal e o Futuro”, que defendia ser impossível vencer a guerra colonial, iniciada em 1961, até 26 de abril de 1974, um dia depois do golpe que derrubou a ditadura, quando foram retirados os retratos de Marcello Caetano e Salazar na sede da polícia política, a PIDE.

“O de Salazar era mais difícil por estar mais alto” e foi preciso ir buscar um escadote, mas “também foi removido”, lê-se na última frase do livro do historiador José Matos e da jornalista Zélia Oliveira, da agência Lusa, editado pela Guerra e Paz, que chega hoje às livrarias.

São mais de 240 páginas de história e estórias escritas a partir de documentos dos arquivos da diplomacia norte-americana e francesa, que revelam, no caso de França, estar bem informada sobre o que se passava em Portugal a poucos meses da queda da ditadura de Salazar e Caetano derrubada pelo Movimento das Forças Armadas, a que se juntam testemunhos de alguns dos protagonistas.

Os franceses “estavam bem informados” sobre a situação no país e, escrevem os autores, são “bem claros quanto ao futuro do regime” – Portugal tinha “um Governo com a pena suspensa”. Pedro Feytor Pinto, da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, escreveu “Na Sombra do Poder”, em que descreve a pressão dos aliados, nomeadamente franceses, para uma solução da guerra colonial.

Homem do regime, Feytor Pinto encontra-se em Paris, já em Abril de 1974, com um assessor do Presidente Pompidou, e procura apoio para uma solução de autonomia progressiva, evitando uma “independência repentina” das colónias. Em vão. E é aí que surge a frase da “pena suspensa”. De facto, o regime estava prestes a cair pela mão dos militares.

Os episódios relatados em “Rumo à Revolução” revisitam a história, mas alguns deles surgem com mais pormenores.

Para a História ficou o encontro de Londres – revelado por José Pedro Castanheira no Expresso em 1994 – de um enviado de Marcello com uma delegação do PAIGC no exílio. E o que este livro revela é a pressão da França para o diálogo que depois aconteceu em Londres, iniciativa de diplomatas britânicos em Lisboa.

Em janeiro de 1974, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, reúne-se com o seu homólogo francês, Michel Jobert, que lhe fala do crescente isolamento de Portugal em África, fala-lhe numa solução confederal, mas os “argumentos de Patrício mostravam claramente a dificuldade em aceitar qualquer tipo de solução negociada para a Guiné e, por arrasto, para as restantes colónias”, escrevem os autores, com base num relatório francês sobre essa conversa.

Dias depois, é Freitas Cruz, diretor-geral dos Negócios Políticos, a falar com o seu homólogo francês, e na conversa prometia que Portugal iria refletir sobre as ideias de Jobert, nomeadamente em conversações com o PAIGC. E argumentou que “se podia encontrar uma personalidade portuguesa, não governamental, não oficial, que poderia cumprir essa tarefa de forma discreta, não envolvendo diretamente o Estado português”.

Afinal, a solução foi mais oficial para o encontro de Londres e a escolha recaiu no embaixador José Manuel Villas-Boas, que foi em “missão secreta”, em março de 1974, para negociar uma possível independência da colónia com o PAIGC, também vista como uma manobra para ganhar tempo e comprar armamento.

A situação do regime era aflitiva, não só com a guerra, mas também com a dificuldade em comprar armas, devido ao isolamento internacional.

Portugal tentou comprar, sem sucesso, mísseis israelitas, com a ajuda mais ou menos relutante dos EUA, pressionados pelos facto de Portugal ter autorizado o uso da Base das Lajes, nos Açores, durante a guerra de Yom Kippur, entre Israel, Egito e Síria, em 1973.

Tudo avançou em segredo, mais tarde. Aproveitando o facto de Israel “estar a receber grandes quantidades de armamento depois da guerra”, lê-se no livro, Henry Kissinger, secretário de Estado dos Estados Unidos, “terá convencido os israelitas a desviar 500 mísseis ‘Redeye’ do seu ‘stock’ e a enviá-los para Portugal através de um intermediário alemão”.

“O número de mísseis encomendado mostra que os ‘Redeye’ não se destinavam apenas à Guiné, onde as forças portuguesas necessitavam de cerca de 200 mísseis, mas também a outros pontos das colónias portuguesas. Os mísseis custaram 209 mil contos (um milhão e 42 mil euros), e já tinham chegado à Alemanha quando se deu o 25 de Abril e a queda do regime”, concluem José Matos e Zélia Oliveira. Nunca foram usados.

Fonte: Lusa

Saúde: Uso de máscara deixa de ser obrigatório

A partir de 18 de abril, o uso de máscaras e viseiras deixou de ser obrigatório em estabelecimentos e serviços de saúde, em estruturas residenciais ou de acolhimento a idosos e populações vulneráveis, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

“Apesar de a utilização de máscaras continuar a ser uma importante medida de prevenção da transmissão de SARS-CoV-2, sobretudo em ambientes e populações de maior risco, considera-se oportuno cessar a obrigatoriedade do uso de máscaras e viseiras em estabelecimentos e serviços de saúde e em estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como em unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”, refere o diploma, que entrou agora em vigor.

O Governo justifica esta decisão com “a evolução da situação epidemiológica da doença covid-19, o conhecimento científico, a efetividade e a elevada cobertura vacinal atingida em Portugal, o nível de conhecimento adquirido pela população sobre medidas de saúde pública, nomeadamente utilização de máscara, etiqueta respiratória, ventilação de espaços e distanciamento físico”, que permitiram reduzir a letalidade e mortalidade, a incidência da doença, o impacto nos serviços de saúde e retomar a atividade económica e social.

Segundo o Governo, Portugal está em alinhamento com outros países europeus, tendo já procedido à eliminação da generalidade das medidas restritivas de resposta à pandemia da doença covid-19.

No dia em que o diploma foi aprovado em Conselho de Ministros, o Ministério da Saúde indicou que se mantém a recomendação de uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados ou aglomerações, por pessoas vulneráveis, como as que têm doenças crónicas ou se encontram em situação de imunidade reduzida, com risco acrescido para a covid-19.

“A utilização de máscara deve ser adaptada à situação clínica individual, nomeadamente, às situações de perturbação do desenvolvimento ou do comportamento, insuficiência respiratória ou outras patologias, mediante avaliação caso a caso pelo médico assistente”, adiantava então uma nota do ministério.

O diploma que “Determina a cessação da obrigatoriedade do uso de máscaras e viseiras para o acesso ou permanência em determinados locais, no âmbito da pandemia da doença covid-19” foi aprovado em Conselho de Ministros no dia 06 de abril, tendo sido promulgado na passada sexta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e referendado na segunda-feira pelo primeiro-ministro, António Costa.

A covid-19 provocou em Portugal mais de 26 mil mortes, resultantes de mais de 5,5 milhões de casos de infeção.

A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

Fonte: Lusa

Caminhada: Passeio pedestre junta as populações de Santulhão, Carção e Argozelo

No próximo Domingo, dia 23 de abril, a freguesia de Santulhão (Vimioso) vai organizar o 6º Passeio Pedestre dos Três Termos, uma inciativa conjunta com as freguesias vizinhas de Carção e de Argozelo e que tem como objetivos promover o convívio, a atividade física e dar a conhecer a beleza natural destas localidades.

O presidente de freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, informou que anualmente este passeio pedestre realiza-se numa das três freguesias de Santulhão, Carção ou Argozelo.

“Este ano, compete à freguesia de Santulhão voltar a organizar a caminhada, pelas paisagens mais bonitas da localidade, que é delimitada a oeste, pelo rio sabor, e a este, pelo rio maçãs”, disse.

Segundo o jovem autarca, no 6º Passeio Pedestre dos Três Termos, já estão inscritas cerca de 70 pessoas e a organização aguarda a inscrição de mais partipantes.

De acordo com o programa, no Domingo, dia 23 de abril, a concentração para o passeio está agendada para as 8h30, junto à freguesia de Santulhão.

“Depois da concentração, o início do passeio está agendado para as 9h00 da manhã. A meio do percurso de 10 quilómetros está previsto um momento de descanso, no qual vai ser servido um reforço alimentar. E no final da caminhada, como habitualmente, os participantes vão ser presenteados com um lanche-convívio”, informou.

Sobre as novidades do passeio deste ano, o presidente da freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, adiantou que para comemorar o Dia Internacional do Livro, que se assinala nesse mesmo dia 23 de abril, a organização está a preparar uma atividade surpresa.

As inscrições para o 6º Passeio Pedestre dos Três Termos decorrem até 20 de abril, nas freguesias de Santulhão (956 114 076), Carção (932 335 998) e Argozelo (968 317 997).

Esta atividade é promovida pelas freguesias de Santulhão, Carção e Argozelo e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Vimioso: Concurso fotográfico “Discriminação e Etnia”

De 18 a 27 de abril, vai decorrer na página do facebook do município de Vimioso, a votação das fotografias participantes no concurso “Discriminação e Etnia”, uma iniciativa cujo propósito é sensibilizar a população para a promoção da Igualdade e Não Discriminação.

De acordo com a vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes, este concurso fotográfico faz parte de um conjunto de atividades, entre as quais seminários, formações, etc. e pretende, simultaneamente, estimular a criatividade dos participantes e chamar a atenção da população para a Igualdade e Não Discriminação.

«É sempre importante debater estes problemas e por isso o concurso fotográfico dedicado à “Discriminação e Etnia” visa perscrutar esta realidade no concelho, através do olhar artístico”, informou.

Segundo o município de Vimioso, até ao dia 17 de abril foram enviadas para concurso 12 fotografias, que vão agora ser publicadas na página do facebook do município.

“A votação das 12 fotografias, alusivas à “Discriminação e Etnia”, vai decorrer de 18 a 27 de abril”, informou.

Segundo o regulamento, a fotografia vencedora é aquela que reunir maior número de votos ou gostos. Em caso de empate, as fotografias mais votadas serão colocadas novamente a votação e a que reunir mais votos será vencedora.

Os resultados da votação são divulgados no dia 28 de abril nas redes sociais e o/a vencedor/a será contactado/a via email e/ou telefone.

Os vencedores do concurso fotográfico vão receber os seguintes prémios:

1º Prémio: Tratamento de relaxamento corporal nas Termas de Vimioso. (Piscina + Hidromassagem+ Douche massagem vichy);

2ºPrémio: Tratamento de relaxamento corporal nas Termas de Vimioso. (Piscina + Douche massagem vichy);

3ºPrémio: Oferta de um cabaz com produtos regionais.

O regulamento informa ainda que os vencedores do concurso deverão usufruir do prémio, nos 3 meses seguintes, à divulgação dos resultados.

O concurso fotográfico é uma iniciativa conjunta do município de Vimioso, da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e da empresa Ambiformed.

HA

Vimioso: Maratona da futsal promoveu o convívio entre bombeiros

O pavilhão multiusos de Vimioso acolheu no fim-de-semana de 15 e 16 de abril, a V Maratona de Futsal Inter-bombeiros, uma competição organizada pela seção de desporto da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (AHBVV) e que teve como propósito promover o convívio entre as várias corporações do país.

Na final masculina, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé venceu a Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga, por 5-4.

A edição deste ano da maratona de futsal contou com a participação de 12 equipas, entre as quais 10 masculinas e 2 femininas, que trouxeram à vila de Vimioso cerca de 300 bombeiros.

Na competição masculina, participaram as equipas das corporações de Miranda do Douro, Sendim, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Izeda, Cruz Branca de Vila Real, os Sapadores de Braga, Lousada, Pampilhosa da Serra e Vimioso.

Na competição masculina, a equipa vencedora foi a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, que derrotou, na final, a Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga, por 5-4

Por sua vez, na prova feminina, participaram as equipas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Vimioso e as Bombeiras Cruz Branca de Vila Real. Neste confronto, as vimiosenses venceram por expressivos 7-0.
As Bombeiras Voluntárias de Vimioso venceram a final da V Maratona de Futsal Inter-Bombeiros.

No final, a entrega dos prémios contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, do presidente da direção da AHBVV, Hélio Alves e de outros presidentes das freguesias do concelho vimiosense.

Referindo-se à competição entre as várias corporações de bombeiros, o autarca, Jorge Fidalgo, destacou o convívio e o companheirismo que este encontro entre bombeiros proporciona, anualmente, em Vimioso.

“Faço votos de que estes encontros de convívio e de partilha se mantenham por muitos anos, pois são oportunidades de confraternização entre os bombeiros. Estamos a aproximar-nos do verão e por isso aumento o risco de incêndios em todo o país. Esperamos que este flagelo não nos atinja como noutros anos. E contamos com a abnegação e o trabalho destes homens e mulheres, na defesa das pessoas e dos bens”, disse.

No encerramento da V Maratona de Futsal Inter-bombeiros, Vitor Cardoso, da seção de desporto da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (AHBVV) agradeceu o apoio do município, das freguesias e de todos os patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento desportivo.

HA

Política: Norte de Portugal com estratégia para a inovação

A região Norte de Portugal tem mil milhões de euros para investir até 2027, em inovação, no âmbito de uma estratégia que irá orientar a aplicação de fundos comunitários na região e que foi apresentada em Bragança.

Trata-se da Estratégia de Especialização Inteligente do Norte, para o período 2021-2027, e que corresponde a mais de 30% dos três mil milhões de euros dos fundos regionais, destinados a esta região e geridos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDRN).

A estratégia define as áreas regionais e que vão orientar a aplicação dos fundos comunitários até 2027, com as escolhas que a região fez “num exercício muito participado pela academia, pelas empresas, pelas associações empresariais”, segundo a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A governante participou na apresentação da estratégia, que decorreu no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e explicou que esta “indica aquelas áreas prioritárias onde representa as escolhas da região naquilo que vão ser opções de financiamento no âmbito da ciência e da competitividade”.

O presidente da CCDRN, António Cunha, especificou os “oito domínios prioritários de aposta regional que têm a ver com a realidade e ambição de evolução futura da região”.

Entre os referidos domínios estão dois que considerou “centrais à atividade industrial” e que são a moda e os habitats (casas, questões de conforto, arquitetura), e a transformação digital da indústria, nomeadamente ao nível de sistemas avançados de produção.

Outros dois domínios são a energia e mobilidade sustentável, desde empresas ligadas à produção e equipamentos para energias renováveis à produção de automóveis e transportes inteligentes.

As outras áreas são a saúde, o agroalimentar, turismo e recursos locais, património cultural e natural, ciência e tecnologia e estado e cidadania.

Inovação é a palavra-chave desta estratégia e vai determinar as escolhas da região. A ministra da Coesão Territorial sublinhou que uma condição para admissão de candidaturas a fundos comunitários é estarem alinhadas com estas orientações, beneficiando de uma majoração.

A ministra disse ainda que na região Norte, os apoios previstos consideram as especificidades sub-regionais e valorizam as parcerias, nomeadamente entre a academia e as empresas.

“O Norte tem feito um caminho que queremos consolidar, os últimos resultados de um trabalho da Comissão Europeia – o índice de competitividade – dão a região Norte como a segunda região que deu o maior salto em termos de inovação e isso resulta do investimento dos fundos europeus”, indicou.

O presidente do politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, e anfitrião da sessão de apresentação considerou que a estratégia para a inovação “está bem elaborada”, mas reclamou mais “coerência a alocação dos fundos”.

“Não deve ser exclusivamente uma boa construção teórica para agradar a Bruxelas, ela deve traduzir-se nas escolhas de investimento”, considerou, alertando que “nos últimos anos tem havido um desinvestimento do Estado central em infraestruturas da ciência e tecnologia”.

O presidente do IPB frisou que estão em causa nesta estratégia para os próximos anos “fundos de coesão, que são para equilibrar o desenvolvimento territorial” e para “aplicar na coesão da própria região”.

“Este desequilíbrio absolutamente inaceitável a que temos assistido nos últimos anos, de a grande maioria dos nossos fundos de coesão serem gastos nas regiões mais centrais e mais dinâmicas e que menos precisariam deste tipo de fundos, obviamente terá que ser revertido e alterado”, defendeu.

Fonte: Lusa