Vimioso: Município disponibiliza Balcão Único do Prédio

Vimioso: Município disponibiliza Balcão Único do Prédio

Os concelhos de Marco de Canaveses, Leiria, Vinhais e Vimioso já integram o projeto Balcão Único do Prédio (BUPi), plataforma digital que permite a identificação da localização, dos limites e dos proprietários dos terrenos rústicos.

Segundo uma nota da plataforma, Marco de Canaveses (no distrito do Porto) não fazia parte do grupo inicial de adesão ao projeto e contou com financiamento para este efeito, tendo avançado com candidatura a financiamento dos Programas Operacionais Centro e Norte.

Os concelhos de Leiria, Vimioso e Vinhais, que já integravam o grupo inicial de adesão ao projeto, também integram o BUPi.

A iniciativa chegou ao terreno no final de 2017, primeiro como projeto-piloto, alcançando 136 municípios, todos a norte do Tejo, segundo uma nota da plataforma.

O Município de Vimioso abriu o Balcão Único do Prédio (BUPi), através do qual é possível identificar, de forma gratuita, as propriedades e, assim, iniciar os procedimentos para garantir a sua titularidade.

“O objetivo do projeto é chegar aos mais de 150 municípios do continente sem cadastro geométrico da propriedade rústica”, segundo a nota.

O BUPi “continua o movimento de expansão no território nacional e começa a marcar presença em municípios que não faziam parte do grupo inicial de concelhos que decidiram aderir ao projeto e que submeteram 138 candidaturas para financiamento comunitário”.

O BUPi é uma plataforma dirigida a proprietários de prédios rústicos e mistos, que potencia o conhecimento do território e a proteção dos direitos de propriedade.

“Com estas entradas, o BUPi cobre atualmente uma área superior a 36,6 mil km2, onde habitam mais de quatro milhões de pessoas. De acordo com dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), aqui se localizam mais de oito milhões de matrizes rústicas”, é destacado.

Na nota é também sublinhado que esta iniciativa tem uma dimensão nacional, uma vez que o BUPi “se constitui como balcão agregador da informação tributária, registal e ao nível da georreferenciação, permitindo ainda o posterior registo gratuito das propriedades em todo o país”.

A plataforma já finalizou mais de 300 mil processos de identificação de propriedades desde o início do projeto-piloto. No último mês foram finalizados 60 mil processos de Representação Gráfica Georreferenciada (RGG), com mais de três mil processos finalizados por dia.

A identificação de terrenos pode ser feita ‘online’, em bupi.gov.pt, ou nos balcões das Câmaras Municipais aderentes.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Trail das Arribas Mirandesas vai promover o desporto e a beleza da região

Miranda do Douro: Trail das Arribas Mirandesas vai promover o desporto e a beleza da região

Está tudo pronto para a realização da 1ª edição da prova desportiva “Trail das Arribas Mirandesas”, uma corrida e caminhada que vai decorrer ao longo do rio Douro, no dia 27 de março e que vai trazer a Miranda do Douro, 400 atletas e caminhantes.

A Associação Mirandanças é a promotora da 1ª edição do “Trail das Arribas Mirandesas” e decidiu apostar no trail running (corrida na natureza), dado o crescente interesse das pessoas pela modalidade. De acordo com a organização, há dois meses que estão a preparar a prova com a limpeza de caminhos e a escolha dos percursos mais bonitos ao longo do rio Douro.

Nesta primeira edição da prova inscreveram-se 400 participantes, entre atletas e caminhantes. E o “Trail das Arribas Mirandesas” vai ter três modalidades: o trail (21km), no qual vão competir 50 atletas. O mini-trail (14 km) vai ser disputado por 180 corredores. E na caminhada, de 11 km, inscreveram-se 170 pessoas.

O diretor da prova é o experiente atleta federado, Alírio Sebastião, natural de Paradela. Segundo este responsável vão participar na prova atletas oriundos de várias regiões do país e também estrangeiros. «Vêm corredores de Águeda, de Pombal, da Madeira, estão inscritos três atletas ingleses e 60% dos atletas inscritos são espanhóis, incluindo os 12 melhores corredores de Castela e Leão”», adiantou.

O espanhol Aitor Miego, natural de Alcañices, é um dos atletas espanhóis inscritos na competição. Para além da participação na prova, também ajudou na logística e sinalização do percurso. Quando questionado sobre o que o motiva a colaborar e participar, respondeu que há uma grande amizade há entre os atletas portugueses e espanhóis.

“Damo-nos muito bem! E estamos aqui para nos apoiarmos mutuamente. De certeza que vão participar muitos espanhóis, dado que gostamos muito de vir a Portugal”, disse.

E já está tudo pronto para a competição. No Domingo, o encontro dos participantes é no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

A todos vai ser oferecida uma mochila, uma t-shirt de corrida, um pequeno reforço alimentar e o bilhete para a refeição, no final da prova.

A partida para o trail está marcada para as 8h30. Quinze minutos depois, às 8h45, será a partida do mini-trail e da caminhada.

Dado que na madrugada de Domingo, dia 27 de março, muda a hora (à 1h00 adianta para as 2h00), a organização pede aos participantes que tenham atenção a mudança de horário.

Ao longo do percurso, vão estar 30 voluntários e 30 bombeiros, com 12 veículos, para prestar assistência aos corredores e caminhantes.

A organização estima que os corredores e caminhantes comecem a finalizar a prova a partir do meio-dia (12h00). Depois de concluída o percurso, todos os participantes vão ser encaminhados para o pavilhão multiusos, onde podem tomar banho e almoçar.

De acordo com Isabel Raposo, presidente da Mirandanças, o almoço é uma merenda desportiva: uma sopa transmontana (com grão de bico, repolho e massa cotovelo), uma bifana no pão e uma peça de fruta.

Para almoçar, foram também estabelecidos protocolos com os restaurantes locais, que vão disponibilizar o “menu do corredor” e oferecer descontos para quem apresente o comprovativo da sua inscrição, no Trail das Arribas Mirandesas.

Após o almoço (14h30) vai realizar-se a entrega de prémios no pavilhão multiusos. Esta cerimónia que vai ser animada musicalmente com os gaiteiros e a atuação de três grupos de Pauliteiros: as Pauliteiras do grupo Mirandanças, um grupo de Pauliteiricos e os Pauliteiros de Malhadas.

Segundo a organização, os prémios do “Trail das Arribas Mirandesas” não são monetários. A organização, com o apoio dos comerciantes locais, optou por presentear os participantes com prémios simbólicos, como as capas d’honra mirandesa (em miniatura), os paus de pauliteiros e vouchers, tais como estadias nos hotéis de Miranda do Douro, almoços e jantares nos restaurantes e viagens no cruzeiro ambiental do rio Douro.

“Com estes prémios pretende-se que os participantes no trail conheçam melhor a cidade, disfrutem das suas mais-valias e decidam visitar-nos num futuro próximo”, explicou Alírio Sebastião.

E para que o Trail seja memorável para todos os participantes, vão sortear produtos doados pelos comerciantes e empresários do concelho de Miranda do Douro. “Vamos oferecer chouriças da Mirandesa, queijo do Urrós, etc. A ideia é que os participantes digam: «Fui caminhar a Miranda do Douro e recebi uma chouriça de Águas Vivas. Provei e é bom. Tenho que lá voltar para comprar mais!»”, explicou.

Olga Andrade, da associação Mirandanças, foi a responsável pela divulgação do evento nas redes sociais, pelo contato com as empresas, a autarquia, as freguesias e a angariação de patrocínios.

“O grande objetivo do Trail das Arribas Mirandesas é promover Miranda do Douro, o seu concelho e dinamizar a economia local. Estamos agradecidos às empresas Inertil e à Vivadouro, que patrocinaram as t-shirts. Aos restaurantes e ao alojamento local que ofereceram os prémios e os vouchers, tais como as dormidas e as refeições ”, agradeceu.

O presidente da freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, elogiou todo o trabalho desenvolvido pela associação Mirandanças, na organização da 1ª edição do Trail das Arribas Mirandesas.

“A organização está de parabéns pelo trabalho realizado. Vi-os sempre muito motivados e conseguiram preparar um evento de grande qualidade. Acredito que vai ser uma prova marcante na região e que vai atrair muita gente à cidade e ao concelho de Miranda do Douro”, disse.

A par do “Trail das Arribas Mirandesas”, no Domingo, dia 27 de março, vai realizar-se também a cerimónia dedicada à Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa. Esta coincidência de eventos é vista como uma oportunidade para que as pessoas conheçam uma das tradições culturais da Terra de Miranda.

HA

Picote: FRAUGA vai eleger os novos órgãos sociais

Picote: FRAUGA vai eleger os novos órgãos sociais

A FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote convocou para o próximo sábado, dia 26 de março, uma assembleia geral ordinária, com o objetivo de eleger os novos órgãos sociais da associação, para o biénio 2022/2024.

Sobre a assembleia geral ordinária, o presidente da direção da FRAUGA, Jorge Lourenço, informou que a ordem de trabalhos é a eleição dos novos órgãos sociais, a tomada de posse e no final haverá também oportunidade para debater alguns assuntos de interesse para a associação.

Jorge Lourenço adiantou que a reunião vai realizar-se através da plataforma zoom, de modo a permitir a participação dos 215 associados, muitos deles a viver noutras localidades do país e também no estrangeiro.

“Apesar dos males e constrangimentos, a pandemia também nos trouxe esta possibilidade de reunião à distância”, informou.

Graças à comunicação digital, o presidente da FRAUGA disse esperar uma participação mais ativa dos associados.

Recorde-se que a FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, foi constituída a 17 de Dezembro de 1996, com os objetivos de estudar, salvaguardar e defender o património cultural e natural de Picote e promover o desenvolvimento local e a melhoria das condições de sociais e económicas de vida da aldeia.

HA

Miranda do Douro: Helena Barril recebeu a visita da Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro

Miranda do Douro: Helena Barril recebeu a visita da Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, foi a anfitriã da reunião de representantes dos 48 municípios portugueses e ayuntamientos espanhóis, que compõem a Associação Ibérica de Municípios de Ribeirinhos do Douro (AIMRD).

A reunião dos autarcas portugueses e espanhóis decorreu a 23 de março, na estalagem Santa Catarina, em Miranda do Douro, onde se realizou o conselho geral da AIMRD.

Nesta reunião, a AIMRD informou os novos autarcas sobre a missão da organização, os projetos europeus (Interreg VA e Interreg Europe) que estão a ser desenvolvidos e a abordagem ao novo quadro de fundos europeus.

Sobre a pertença a esta associação, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, disse que “é importante unir esforços com os municípios portugueses e os ayuntamientos espanhóis, em prol do desenvolvimento do vasto território atravessado pelo rio Douro”.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, na qualidade de presidente da AIMRD até junho de 2023, referiu-se ainda à pretensão de transformar a associação num Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT).

“Vamos trabalhar junto das entidades portuguesas para que esta pretensão se concretize”, avançou.

Por sua vez, Jesus Ribas, secretário-geral da AIMRD informou sobre os projetos que a associação ibérica está a desenvolver, com destaque para a promoção turística ao longo do território do rio Douro.

“Para a AIMRD é muito importante promover o turismo. Apercebemo-nos de que no setor turístico as preferências das pessoas vão mudando e por isso, o nosso trabalho é acompanhar esta mudança. Atualmente, as pessoas valorizam muito o turismo gastronómico e o enoturismo, isto é, o turismo em espaço rural ligado à produção de vinho, que permite aos turistas conhecer e experimentar as atividades vinícolas”, informou.

A AIMRD define-se como a principal organização de cooperação ibérica, que atua em todo o eixo do rio Douro, desde a nascente até à foz, e que representa cerca de 2 milhões de cidadãos portugueses e espanhóis.

HA

Vimioso: Valter Hugo Mãe transmitiu aos jovens o gosto pelos livros

Vimioso: Valter Hugo Mãe transmitiu aos jovens o gosto pelos livros

O município de Vimioso convidou o escritor Valter Hugo Mãe, para assinalar o Dia Mundial da Poesia, na companhia dos alunos do agrupamento de Escolas de Vimioso.

O encontro entre o conceituado escritor português e os jovens estudantes realizou-se no auditório da Casa da Cultura de Vimioso, na tarde de 22 de março, e contou com a presença da vereadora do município, Carina Lopes, que adiantou que o objetivo da visita de Valter Hugo Mãe foi o de promover o gosto pelos livros e pela leitura nos jovens vimiosenses.

“A presença de Valter Hugo Mãe é uma grande oportunidade para Vimioso”, disse.

Na sua apresentação aos jovens vimiosenses, o escritor, começou por dizer que gosta muito das terras de Trás-os-Montes, onde por vezes se instala para escrever os seus livros.

Dirigindo-se concretamente aos jovens estudantes de Vimioso, o escritor de 50 anos, encorajou-os a estudar, assegurando-lhes que a escola pode ser o caminho para realizarem os seus sonhos.

“A escola foi a minha salvação. Foi graças à escola que consegui ser escritor. Esforcem-se, até mesmo nas disciplinas de que não gostam”, disse.

Valter Hugo Mãe, revelou aos jovens que publicou o seu primeiro livro com apenas 24 anos.

Às várias questões apresentadas pelos alunos do agrupamento de escolas, o escritor respondeu, por exemplo, que demora cerca de dois anos a escrever um livro. E os temas dos seus livros são, por norma, sobre temas que o incomodam e sobre os quais quer saber mais.

“Escrevo para saber mais e aprender a lidar melhor com aquele problema”, disse.

Na sua conversa com os jovens alunos de Vimioso, Valter Hugo Mãe, destacou que esta geração de jovens está constantemente a escrever graças à comunicação digital, às sms, aos emails, às redes sociais, etc., e encorajou os mais novos a procurarem também os livros, pois são uma ferramenta para ir crescendo no conhecimento, no vocabulário e na capacidade de comunicação com os outros.

Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da actualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em muitos países.

Com As doenças do Brasil completa 25 anos de edição e 50 anos de vida.

É autor dos romances: Contra mim (Grande Prémio de Romance e Novela – Associação Portuguesa de Escritores); Homens imprudentemente poéticos; A Desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis(Prémio Oceanos); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião(Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino.

Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros, As mais belas coisas do mundo e Serei sempre o teu abrigo.

A sua poesia encontra-se reunida no volume publicação da mortalidade.

Publica a crónica Autobiografia Imaginária, no Jornal de Letras, e Cidadania Impura, na Notícias Magazine.

O escritor, Valter Hugo Mãe, na conversa com os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

HA

Vimioso: Município deu-se a conhecer na Feira de Turismo de Lisboa

Vimioso: Município deu-se a conhecer na Feira de Turismo de Lisboa

O Município de Vimioso apresentou na Feira de Turismo de Lisboa, de 16 a 20 de março, os produtos mais emblemáticos do concelho, como são o pão de Caçarelhos, a rosquilha de Argozelo, o azeite de Santulhão e claro, as Termas da Terronha.

O certame dedicado ao turismo, regressou após uma ausência de dois anos devido à pandemia e realizou-se na FIL– Feira Internacional de Lisboa.

O município de Vimioso mostrou-se no espaço reservado pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), onde os nove municípios transmontanos tiveram a oportunidade de apresentar os seus produtos aos muitos visitantes da Feira de Turismo de Lisboa.

Sobre esta participação, a vereadora do município de Vimioso, Carina Lopes, sublinhou a importância de dar a conhecer o território.

“É muito importante dar a conhecer os nossos produtos e os nossos serviços, como são as Termas de Vimioso, para despertar o interesse das pessoas e fazer com que nos visitem”, disse.

Carina Lopes referiu que a participação na Feira de Turismo de Lisboa foi muito positiva e apercebeu-se de que, após dois anos de pandemia, há nas pessoas um grande desejo de viajar e de conhecer novos lugares.

“As pessoas estão desejosas de participar em eventos culturais e turísticos”, disse.

Por sua vez, Paula Vicente, técnica de turismo do município de Vimioso, foi da mesma opinião e adiantou que após dois anos de paragem, as pessoas querem retomar em pleno a atividade turística.

“As pessoas andam à procura de novos destinos turísticos e têm preferência por locais calmos, onde possam desfrutar do silêncio e de percursos pedestres na natureza”, informou.

De acordo com a técnica de turismo, a gastronomia continua a ter um papel muito importante n atração de visitantes e é o ponto de partida para a oferta de outras atividades turísticas.

“Em Lisboa demos a conhecer vários dos nossos produtos locais, como são o pão de Caçarelhos, as compotas, a rosquilha de Argozelo, o folar, os pastéis de amêndoa, os licores, o vinho, o tão apreciado azeite de Trás-os-Montes e o extraordinário “Cozido vimiosense” que para além das carnes de vitela e de porco é confecionado com os saborosos enchidos da região”, indicou.

Paula Vicente referiu-se também ao turismo cultural e ao interesse das pessoas pela cultura de cada território.

“No concelho de Vimioso, por exemplo, a cultura judaica é um tema que desperta o interesse dos visitantes. A este propósito informo que nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio vamos organizar os “Encontros no Planalto” dedicados à cultura judaica na região”, informou.

As Termas da Terronha, em Vimioso, foram outra das atrações apresentadas na Feira de Turismo de Lisboa. Sobre a participação nesta montra nacional, Francisco Bruçó disse que participação do município vimiosense já é um hábito.

“Este ano demos a conhecer outras facetas das Termas, como são as técnicas de massagens, de relaxamento e bem-estar”, informou.

Na edição deste ano da Feira de Turismo de Lisboa, participaram 1400 expositores, para quem este evento é uma oportunidade para conhecer tendências, serviços e produtos nacionais e internacionais num setor que espera retomar o crescimento.

HA

Miranda do Douro: Cerimónia de exaltação da Capa de Honras com 200 participantes

Miranda do Douro: Cerimónia de exaltação da Capa de Honras com 200 participantes

Miranda do Douro vai retomar no domingo, dia 27 de março, a cerimónia de exaltação da Capa de Honras tida como o ’ex-líbris’ do vestuário do planalto mirandês, sendo esperados cerca 200 pessoas de Portugal e Espanha.

“Durante dois anos, a pandemia fez com que o anterior executivo não pudesse realizar esta cerimónia. Para nós é a primeira vez que vamos realizar a exaltação da Capa de Honras Mirandesa e vamos fazê-lo com entusiasmo”, disse a presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril.

A autarca refere ainda que esta cerimónia se realiza com outra motivação, já que durante dois anos a pandemia restringiu este tipo de atividades e convívio entre portugueses e espanhóis.

“O agrado em realizar veio no tempo certo, visto que estamos a inscrever a Capa de Honras na matriz do Património Cultural Mirandês, para preservar e reforçar a identidade e valor desta peculiar peça de vestuário”, vincou.

Para Helena Barril, o processo de inscrição do Capa de Honra Mirandesa na matriz do Património Cultural Mirandês, é o início de um caminho que poderá levar à inscrição desta peça de vestuário única numa matriz nacional.

“A Capa de Honras terá para nós sempre valor acrescido, mas quanto mais chamarmos a atenção mais importância poderá adquirir no panorama nacional”, concretizou.

Autarquia de Miranda do Douro vai aproveitar esta cerimónia para homenagear, Aureliano Ribeiro, já falecido e tido como um dos grandes artesãos da Capa de Honra Mirandesa, que defendia “que esta peça de vestuário está vez mais na moda”, como disse em 2016.

“O Senhor Aureliano [Ribeiro] é uma das grandes referências na confeção da Capa de Honras Mirandesa”, disse.

Para além da homenagem haverá uma cerimónia religiosa e um desfile de homens e mulheres trajados com a Capas de Honras Mirandesa pelas ruas desta cidade do Nordeste Transmontano.

A capa de Honras Mirandesa vai continuar a ser perpetuada no tempo com várias manifestações como a do estilista português Nuno Gama, que já se tinha inspirado na capa mirandesa para a apresentação da sua coleção durante a ModaLisboa 2018.

Também o designer francês Christian Louboutin se inspirou na Capa de Honras Mirandesa para a apresentação de uma das suas coleções, em 2019.

Em fevereiro de 2019, o Papa Francisco vestiu uma Capa de Honras oferecida pelo município de Miranda do Douro.

De um agasalho de guardadores de gado até uma peça de vestuário que “está na moda”, a tradicional Capa de Honras Mirandesa está a conquistar espaço num panorama do vestuário tradicional português, onde se confecionam chapéus, capas, carteiras e outras indumentárias que são usadas um pouco por todo o país e Europa, tanto por homens como por mulheres.

Atualmente, é apenas utilizada em cerimónias protocolares ou atos de importância relevante. No entanto, é usual oferecer uma capa de honras às pessoas distintas que visitam o município de Miranda do Douro.

A Capa de Honras Mirandesa, feita de pardo ou burel (lã de ovelha), é já utilizada pelos noivos no dia de casamento.

De acordo com o historiador António Rodrigues Mourinho, a origem da capa de honras mirandesa remonta aos séculos IX ou X, portanto medieval, tendo origem na “capa de chiba” que, traduzido do espanhol para português, quer dizer “capa de cabra”.

Segundo o historiador, apesar de se pensar que esta peça ‘sui generis’ ser de origem medieval, só há dois documentos conhecidos até agora que referem este tipo de capa e são datados de 1819 e 1828.

O número de capas de honras mirandesa “é indeterminado”. No entanto, ao longo dos tempos “muitos exemplares foram feitos” e transitaram de geração em geração, assumindo-se como um valor familiar de relevante importância.

Este património, está igualmente associado às regiões espanholas de Aliste e Zamora, onde há muitas semelhanças entre as capas já que é apenas uma linha de fronteira que separa os dois povos.

Fonte: Lusa

Vimioso: Caminhada da Primavera promoveu o convívio entre a população

Vimioso: Caminhada da Primavera promoveu o convívio entre a população

A Caminhada de Primavera organizada pela junta de freguesia de Vimioso, no passado dia 20 de março, correspondeu às expetativas da organização, tendo sido inscritas 94 pessoas que conviveram e percorreram os trilhos de Vimioso, para assinalar a chegada da Primavera.

Após dois anos de interrupção por causa da pandemia, a já tradicional Caminhada de Primavera voltou a realizar-se em Vimioso e juntou cerca de uma centena de participantes, entre adultos, jovens e crianças.

Na manhã de Domingo, os participantes iniciaram a caminhada na sede da freguesia de Vimioso e percorreram 11 quilómetros, até ao miradouro da Batuqueira, localizado entre Vimioso e Carção.

Para além do exercício físico, os caminhantes tiveram a oportunidade de contemplar a natureza e conviver com os demais participantes.

No decorrer da caminhada, a organização preparou um reforço alimentar para os participantes.

A Caminhada da Primavera terminou com o tradicional almoço convívio, na sede da junta de freguesia de Vimioso.

A próxima Caminhada da Freguesia de Vimioso está agendada para o dia 1 de maio e o propósito continua a ser o de dar a conhecer o potencial natural, desportivo e turístico da freguesia vimiosense.

HA

Mogadouro: Município paga creches e infantários a cerca de 100 crianças do concelho

Mogadouro: Município paga creches e infantários a cerca de 100 crianças do concelho

O município de Mogadouro vai custear as mensalidades pagas pelas famílias em infantários, creches ou amas sociais, uma medida que vai abranger entre 80 a 100 crianças, informou o presidente da Câmara, António Pimentel.

“Consideramos que esta é uma das medidas mais importantes tomada por este executivo municipal, visto que vai contribuir para aliviar o orçamento mensal das famílias com filhos que frequentam creches, infantários, ATL, pré-escolar ou amas sociais no concelho de Mogadouro”, disse António Pimentel.

De acordo com o autarca social-democrata, os principais objetivos desta medida são reduzir principalmente os custos económicos das famílias associadas à época do início do ano escolar e, ao mesmo tempo, reduzir as despesas associadas ao pagamento das mensalidades da creche, amas sociais, ensino pré-escolar e ATL.

Uma mensalidade em creche, a título de exemplo, poderá chegar aos 300 euros por mês, dependendo dos rendimentos do agregado familiar.

O regulamento que determina esta decisão, e que entra agora em vigor, prevê que as famílias com crianças a frequentar estes serviços educacionais, depois de efetuarem o pagamento, terão de se deslocar aos serviços municipais para serem ressarcidos dos respetivos valores, consoante o respetivo escalão.

A dotação orçamental do programa objeto deste regulamento é anualmente definida no orçamento do município, e deverá ultrapassar os 12 mil euros por mês, beneficiando entre 80 a 100 crianças já a partir de abril.

“Trata-se de otimizar as políticas socioeducativas e as condições gerais da educação no território. É um investimento significativo, mas é o que provavelmente mais se reflete na economia das famílias devido a todos os constrangimentos provocados pela pandemia provocada pela covid-19 e agora com os efeitos colaterais da guerra na Ucrânia”, concretizou António Pimentel.

O regulamento de atribuição de apoios a creches, amas sociais, ensino pré-escolar e ATL foi publicado em Diário da República (DR) na sexta-feira, depois de ter sido aprovado em sede de executivo e na Assembleia Municipal, em 28 de fevereiro.

O regulamento poderá ser consultado na página oficial do município de Mogadouro na Internet (www.mogadouro.pt).

São abrangidos por esta medida os agregados familiares residentes no concelho de Mogadouro com dependentes a frequentar creches, amas sociais, ensino pré-escolar e ATL.

Fonte: Lusa

Vimioso: Maior festival da gaita-de foles do país vai realizar-se em Caçarelhos

Vimioso: Maior festival da gaita-de foles do país vai realizar-se em Caçarelhos

Caçarelhos, no concelho de Vimioso, vai organizar o maior festival de gaita-de-foles do país, uma iniciativa que pretende colocar em destaque este instrumento, para o qual já estão confirmados mais de 200 tocadores.

“O primeiro festival começou com 30 gaiteiros. No segundo ultrapassámos os 100 tocadores e atualmente já temos mais de 200 vindos de Lisboa, Porto, Coimbra, Minho, Terra de Miranda, Galiza e Barcelona (Espanha), entre outros territórios da raia nordestina. Creio que vamos ter o maior festival do país e um dos maiores da Península Ibérica”, explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins.

De acordo com o autarca, o objetivo é promover naquela aldeia da Terra de Miranda o “maior” Festival da Gaita de Fole do país, com inscrições ainda abertas e num futuro próximo começar a preparar o maior festival da Península Ibérica, que pretende juntar meio milhar de tocadores deste instrumento tradicional.

Este festival está inserido da Feira do Pão de Caçarelhos, um certame que é uma montra dos produtos da terra e que atrai público de ambos os lados da fronteira, estando este ano agendado para 09 e 10 de abril.

De acordo com a Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles, em Portugal é possível encontrar pelo menos três tipos principais de variedades do instrumento: a Gaita-de-foles da costa oeste, a de Trás-os-Montes e Alto Douro, chamada “Gaita Transmontana” ou “Gaita Mirandesa”, e ainda a Gaita-de-foles da Beira Litoral, que possui características ligeiramente diferentes das duas últimas.

Embora todas estas possam ser chamadas pelo mesmo nome, são instrumentos com diferenças claras entre si.

Amadeu Soares, professor e coorganizador do festival, disse que foi com facilidade que ultrapassaram os 200 tocadores, fruto dos contactos existentes, de ambos os lados da fronteira, acreditando que chegar aos 500 não será difícil.

Outra da tónica prende-se com a afinação deste instrumento em que vai ser preciso fazer dois grupos: um de gaitas galegas e outro de gaita mirandesa para poderem tocar um tema em uníssono.

“Vamos ter dois grupos, e só assim é possível ouvir o toque das gaitas, porque têm afinações diferentes, para que não haja falhas”, vincou.

Na segunda metade do século XX, o instrumento tinha, praticamente, desaparecido. Com um número reduzido de intérpretes, menor ainda era o número de construtores deste instrumento com origem em processos tradicionais. Outro dos entraves à sua preservação era também um reduzido número de gaiteiros em processo de aprendizagem.

“Em 2019, ano anterior à pandemia, na minha escola tinha 80 alunos com idades entre os 7 e os 70 anos, o que prova a dinâmica que instrumento atingiu na Terra de Miranda”, observou Amadeu Soares.

O uso da gaita-de-foles ultrapassou os domínios do tradicional, podendo encontrar-se conjuntos constituídos por gaita mirandesa e outros instrumentos, inclusive de base eletrónica, como acontece com grupos mirandeses como os Galandum Galundaina ou Trasga, entre outros.

Fonte: Lusa