Sociedade: Emigração portuguesa para França atingiu valores mínimos em 2020
Menos de 6.000 portugueses emigraram para França em 2020, o número mais baixo desde que há registo, segundo uma análise do Observatório da Emigração.
Dados do Eurostat citados pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, indicam que 5.998 portugueses entraram em França em 2020, menos 21,5% do que no ano anterior.
A investigadora Inês Vidigal explicou que o número de emigrantes portugueses que entraram em França em 2020 é o mais baixo desde que o Observatório da Emigração tem registos, em 2003.
A especialista admite que esta quebra possa estar relacionada com a redução generalizada da emigração em 2020, associada à pandemia de covid-19 e às restrições à mobilidade, mas sublinhou que no caso de França a emigração já vinha a cair há alguns anos.
Com efeito, o observatório destaca que este é o quarto ano consecutivo em que o número de emigrantes portugueses para França diminuiu (quedas de 32,8% em 2017, 3,2% em 2018, e 5% em 2019).
Com exceção do ano de 2016, em que se registou um ligeiro aumento, a emigração para França tem vindo a cair desde 2013, depois de em 2012 ter alcançado o recorde de 19.658 entradas.
Segundo os dados do Eurostat, não é só a emigração portuguesa que está em queda em França: A emigração para aquele país caiu 26,5% em 2020, para um total de 283.237 entradas de estrangeiros.
O observatório destaca, aliás, que o peso dos portugueses no total de entradas aumentou em 2020, para 2,1%, embora tenha caído face aos 5,6% registados em 2013.
Segundo o Relatório da Emigração 2020, apresentado em dezembro pelo observatório, o número de emigrantes portugueses em 2020 foi o mais baixo dos últimos 20 anos, um valor para o qual contribuiu a covid-19 e o ‘Brexit’.
O relatório indica que a emigração portuguesa caiu de 80 mil saídas em 2019 para 45 mil em 2020 e conclui que a redução foi geral, englobando praticamente todos os destinos tradicionais da emigração portuguesa.
Mogadouro: Municípios do Baixo Sabor e Movhera chegam a acordo para financiamento de fundo
A Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS) e a Movhera, a nova concessionária da barragem, chegaram a um acordo para o financiamento do Fundo Baixo Sabor, que estabelece um montante de 400 mil euros por ano.
“Fechámos este acordo fruto de negociações com a Movhera e que faz justiça com o território, mas não na totalidade. Trata-se de um acordo para quatro anos que envolve um montante de 400 mil euros/ano e pretendemos que esta parceria seja fortalecida nos próximos anos”, disse o presidente da AMBS, Eduardo Tavares.
Este memorando de entendimento foi assinado, em Alfândega da Fé, durante uma reunião do Conselho Estratégico do Baixo Sabor, que junta os quatro municípios a abrangidos pela albufeira – Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros -, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), entre outros organismos.
O documento de entendimento entre a AMBS e a Movhera, empresa do grupo francês Engie, estabelece um pagamento de 400 mil euros por ano por parte da concessionária “sem obedecer a qualquer fórmula de cálculo” nos próximos quatro anos.
“Os quatro municípios que integram a AMBS não podem ficar à mercê de uma fórmula de financiamento obscura, confusa e que, das poucas informações que colhemos, contém erros técnicos, que penalizam seriamente o princípio da proporcionalidade e da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) no que respeita à construção de uma compensação ambiental, patrimonial, económica, social e cultural que deve ser feita no território e ao território”, vincou o também presidente da câmara de Alfândega da Fé (PS).
A AMBS e a Movhera acordaram igualmente negociar os termos de um novo acordo entre si, “que espelhe os princípios deste memorando e que possibilite a revogação dos protocolos anteriormente em vigor”.
“Para a Movhera, este acordo demonstra a vontade que temos em contribuir para o desenvolvimento da região. Este memorando possibilita a materialização da nossa intenção de potenciar a transição para uma energia mais verde, bem como o apoio a projetos que contribuam para o desenvolvimento da região e a criação de empregos sustentáveis”, explicou Bertrand Fauchet, diretor executivo da Movhera.
O Fundo Baixo Sabor (FBS) é um instrumento financeiro que está previsto na DIA e na avaliação comparada dos aproveitamentos hidroelétricos do Alto Côa e Baixo Sabor, emitida a 15 de junho de 2004.
Através deste protocolo, as entidades acordaram o aumento da contribuição anual da Movhera para o FBS, “respondendo às necessidades manifestadas pela AMBS, para permitir um maior desenvolvimento de projetos de valorização da região”.
O FBS foi criado no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hídrico do Baixo Sabor (AHBS), com a missão de financiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a conservação da natureza e da biodiversidade.
No documento ficou expresso que o FBS teria um financiamento de 3% sobre a receita líquida do AHBS.
Este fundo aposta na valorização ambiental dos recursos naturais e patrimoniais da região de implantação do AHBS e áreas naturais envolventes, com particular destaque para compensação e recuperação do custo ambiental causado pela construção e operação do empreendimento hidroelétrico do Baixo Sabor.
A albufeira do Baixo Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.
As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Em causa estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e três centrais de albufeira com bombagem em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.
Argozelo: Feira da Rosquilha atraiu centenas de visitantes
A Feira da Rosquilha, em Argozelo, voltou a realizar-se passados dois anos de pandemia e atraiu a vinda de centenas de pessoas, que aproveitaram o fim-de-semana, de 2 e 3 de abril, para comprar alguns produtos locais, como as tradicionais rosquilhas e os folares para a Páscoa.
Cerca de 30 expositores, maioritariamente provenientes do concelho de Vimioso, deram a conhecer (e a provar!) aos muitos visitantes da feira, os produtos locais como são as saborosas rosquilhas de Argozelo, os tradicionais folares da Páscoa, os licores, o azeite, as compotas, o fumeiro ou a pastelaria variada.
Um dos visitantes da Feira da Rosquilha foi o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, que sublinhou que as feiras temáticas são uma das estratégias para desenvolver a economia local e valorizar o mundo rural.
O governante local acrescentou que o município de Vimioso procura incentivar as freguesias do concelho a promover eventos desta natureza, com os objetivos de dinamizar a economia local e promover a coesão territorial do concelho.
Outra personalidade presente na feira, foi a da a vereadora da cultura, Carina Lopes com a sua família. A autarca, natural de Argozelo, mostrou-se muito agradada com a grande afluência de público à Feira da Rosquilha e sublinhou que a aposta nos produtos tradicionais e diferenciadores é uma boa estratégia para despertar o interesse do público.
“No sábado, realizámos um workshop dedicado à confecção das rosquilhas, que teve muita receptividade por parte das crianças, dado que eles gostam de meter as mãos na massa”, informou.
A grande afluência de público à Feira da Rosquilha, em Argozelo, superou todas as expetativas e surpreendeu mesmo o presidente da freguesia local, José Manuel Miranda.
Expositores
Segundo os vários produtores presentes no certame, o principal produto da feira, as rosquilhas, esgotaram num ápice. E o folar, dada a proximidade da Páscoa, também foi outro dos produtos mais procurados pelo público.
Relativamente à afluência de público, a produtora, Olívia Afonso, disse que no sábado, dia 2 de abril, houve menos pessoas a visitar a feira. Já no Domingo, dia 3, a celebração da Missa e a Luta de Touros, trouxe muita gente ao recinto da feira e às bancas dos expositores.
No fumeiro, a produtora, Helena Cordeiro, indicou que o butelo, a alheira e a linguiça foram os produtos mais procurados pelo público, que visitou a Feira da Rosquilha, em Argozelo.
O público
José China Carvalho, natural de Argozelo, expressou o seu contentamento pelo retomar da Feira da Rosquilha, um evento que já não se realizava há dois anos.
“Fui à feira comprar as tradicionais rosquilhas, um garrafão de azeite e um queijo. E gostei muito de ver tanta gente em Argozelo”, disse.
Ângela Pereira, de Bragança, foi outra visitante do evento e disse que veio a Argozelo movida pela curiosidade em saber o que era a rosquilha.
Os pauliteiros
O encerramento da XV Feira da Rosquilha, em Argozelo, fez-se com a atuação do grupo de Pauliteiros de Palaçoulo. Em representação dos pauliteiros, a presidente da associação Caramonico, Jenifer Martins, mostrou-se feliz pela oportunidade em dar a conhecer a música e a dança tradicional, na Feira da Rosquilha, em Argozelo.
A Associação de Municípios do Baixo Sabor deu um mais um passo para a certificação deste território como uma Bio-Região, onde predominam os produtos biológicos, espalhados por 7.000 hectares de várias culturas.
Para iniciar o processo de classificação desta região como Bio-Região, a qual abrange os quatros concelhos que integram o território do Baixo Sabor: Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, vários peritos e os respetivos autarcas visitaram o território para dar a conhecer todo o seu potencial biológico e paisagístico.
“Este é o primeiro passo que se pretende firme para a constituição de uma Bio-Região no território do Baixo Sabor. É um processo que está no seu início. A equipa de trabalho que vai acompanhar toda a estratégia já está constituída para acompanhar uma região que tem mais de 7.000 hectares de agricultura biológica”, explicou o presidente deste organismo intermunicipal, Eduardo Tavares.
A Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMDS) pretende certificar os quatro concelhos numa bio-região para manter a autenticidade do meio rural e promover a gestão sustentável do território, com base na produção biológica e onde os peritos visitaram algumas produções já existentes no território.
“Temos um território que se destaca pelas sua variedades culturais, pelas suas raças [autóctones], produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), onde existe tido um potencial para a criação de uma Bio-Região”, referiu o também presidente da câmara de Alfândega da Fé.
Esta visita oficial da Rede Internacional das Bio-Regiões “é um passo importante para a AMBS, que está a trabalhar num projeto para a criação de uma bio-região no território envolvente dos Lagos do Sabor, resultado da construção da barragem do Baixo Sabor e que abrange uma área de 2.300 quilómetros quadrados.
“Visitei um território onde predominam as boas práticas agrícolas na produção de azeite, vinho ou cereais. Vi sobretudo uma boa comunidade agrícola que é a base de uma Bio-Região”, explicou, durante a visita a este território transmontano, o italiano Salvatori Basil, presidente da Rede Internacional das Bio-Regiões.
O responsável acredita que estão reunidos todas as condições para a criação de uma Bio-Região no Baixo Sabor, após a junção de esforços entre organismos públicos e produtores agrícolas.
“A criação de bio-regiões vai ajudar a evitar o abandono da terra, tornando estas áreas agrícolas mais atrativas”, vincou.
De acordo com a diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Carla Alves, que também integrou a comitiva, uma área geográfica, ao ser considerada uma Bio-Região, pretende promover uma gestão sustentável de determinado território.
“Estes territórios [Bio-Regiões] vão promover práticas agrícolas onde impera a produção em modo biológico, numa altura em que se fala em agricultura sustentável. Para além dos 7.000 hectares de terrenos agrícolas a produzir em modo biológico, que representam 700 produtores, juntam-se mais de 30 explorações pecuárias”, frisou a DRAPN.
As bio-regiões consistem em áreas geográficas onde agricultores, cidadãos, operadores turísticos, associações e o poder local estabelecem uma parceria para a gestão sustentável dos recursos locais, dando centralidade à produção e consumo alimentar de base agroecológica.
O movimento das bio-regiões nasceu em Itália, em 2004, e nos últimos anos passou fronteiras, rondado atualmente as 40 comunidades em todo o mundo. Em Portugal existem atualmente quatro bio-regiões: Idanha a Nova, Alto Tâmega, São Pedro do Sul e margem esquerda do rio Guadiana.
Miranda do Douro: Feira da Bola Doce regressa de 13 e 16 de abril
A Bola Doce Mirandesa é um doce genuíno e um dos ícones gastronómicos de Miranda do Douro, tradicionalmente associado à Páscoa e é também o mote para a realização da Feira que vai decorrer de 13 a 16 de abril, no largo do Castelo, em Miranda do Douro.
Após dois anos de interregno devido às restrições provocadas pela pandemia, o municípiode Miranda do Douro volta a organizar o certame dedicado à Bola Doce Mirandesa.
“Este doce tradicional é confeccionado com canela e açúcar às camadas, sendo amassada à mão, cozida num forno tradicional”, informa a autarquia.
Para confecionar a Bola Doce Mirandesa, os ingredientes terão de ser bem selecionados e a massa bem esticada para dar origem a um doce húmido, com camadas muito finas separadas por canela e açúcar.
Segundo a tradição mais antiga, esta bola é confecionada com farinha de trigo, ovos, canela, açúcar, fermento padeiro, manteiga, azeite e sal.
A bola doce mirandesa deixou de ser um fenómeno sazonal e assumiu o papel de produto regional que já é vendido durante todo o ano em Lisboa, no Porto e em alguns pontos de França e Espanha.
A Feira da Bola Doce vai decorrer de 13 a 16 de abril, no largo do Castelo, em Miranda do Douro.
Para além deste doce tradicional, no evento terão também destaque o pão, o fumeiro, os licores e vinhos, o artesanato e vários outros produtos locais.
Segundo o historiador António Rodrigues Mourinho, a bola doce é uma peça de pastelaria com origem, pelo menos, em tempos dos descobrimentos portugueses.
“Há registos pelo menos desde 1510 que indicam [esta como] a data mais provável da introdução da bola doce nas mesas dos habitantes do Planalto Mirandês. A tradição foi herdada dos conventos ou de famílias do clero e de gente rica. O povo foi modificando a maneira regional, dando-lhe uma forma e sabor próprios que a distingue da doçaria de outras regiões”, afiançou o investigador.
Dadas as suas características, foi dado início a um processo de registo da bola doce para que seja considerada um “produto genuíno” da região do Planalto Mirandês.
De acordo com o município de Miranda do Douro, a Feira da Bola Doce Mirandesa tem como principais objetivos contribuir para a divulgação, promoção e venda de produtos regionais e locais e fomentar o convívio e animação no Largo do Castelo de Miranda do Douro.
«Este ano não se realizou a Feira do Sabores Mirandeses, devido às restrições impostas pela covid-19 e que estava prevista para o passado mês de fevereiro, Decidimos, por isso, fazer da Feira da Bola Doce, um certame “dois em um”, para dinamizar a economia local”, explicou a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril.
Segundo a organização, são esperados 45 expositores para um certame que vai decorrer num espaço situado no centro histórico da cidade de Miranda do Douro.
Aí, os visitantes poderão comprar a saborosa Bola Doce Mirandesa, mas também os folares de Páscoa, os enchidos, os produtos da terra e a carne proveniente das raças autóctones.
“O saber ancestral está garantido em todos os produtos característicos desta altura do ano, como é o folar de carne, confecionado com o melhor fumeiro caseiro”, assegura a organização.
No decorrer do evento, a animação musical vai estar a cargo dos Pauliteiros e dos grupos locais de música tradicional Galandum Galundaina e Trasga, entre outros elementos culturais da região.
Programa de animação cultural, na Feira da Bola Doce, em Miranda do Douro.
Miranda do Douro: Município oferece concerto de Primavera em Genísio
O segundo “Concerto de Primavera”, promovido pelo município de Miranda do Douro, vai realizar-se na igreja paroquial de Genísio, no próximo sábado, dia 2 de abril, pelas 21 horas, com a atuação de Luís Velho e Rubén Metralha.
Após o sucesso dos “Concertos de Inverno”, o Município de Miranda do Douro apresenta agora um ciclo de “Concertos de Primavera”, com o propósito de descentralização da atividade cultural e de proporcionar eventos musicais, às populações das aldeias do concelho de Miranda do Douro.
De acordo com Luís Velho, o concerto do próximo sábado vai ser um momento “intimista”, com músicas suaves e temas de Yann Tiersen e de Ludovico Einaudi. Segundo o músico, no repertório constam ainda músicas tradicionais mirandesas, por norma associadas à gaita-de-foles, à caixa e ao bombo e que vão ser interpretadas pelo violino.
“O concerto vai ter duas partes: inicialmente vai ouvir-se o piano a solo. E a segunda parte do concerto é dedicada ao violino e ao acordeão”, adiantou.
Sobre a receptividade das pessoas a estes concertos, o músico, Luís Velho, disse que “a iniciativa tem corrido muito bem e tem sido bem aceite pelas populações das aldeias”.
O concerto de Luís Velho e Rubén Metralha está agendado para este sábado, às 21h00, na igreja paroquial de Genísio.
O ciclo de “Concertos de Primavera” tem como propósito descentralizar a atividade cultural e proporcionar eventos musicais, às populações das aldeias do concelho de Miranda do Douro.
A vila de Argozelo vai realizar nos dias 2 e 3 de abril, a XV Feira da Rosquilha, um evento cujo objetivo é dar a conhecer e comercializar os produtos locais, como são as tradicionais rosquilhas, mas também o folar, o azeite, o vinho, o fumeiro, etc. e assim dinamizar a economia local.
José Manuel Miranda, presidente da freguesia de Argozelo, mostrou-se esperançado com a vinda de muitas pessoas à XV edição da Feira da Rosquilha, após os dois anos de interrupção da feira, por causa da pandemia.
“É notória a vontade do público em sair de casa, em visitar locais e particpar em eventos e feiras”, disse.
A rosquilha é um doce típico do século XVI, confecionado com farinha, fermento, açúcar, ovos, manteiga, azeite e banha de porco. Há quem adicione aguardente e laranja. Juntam-se todos estes ingredientes, amassam-se bem, dá-se-lhes a forma circular e vão ao forno.
Sobre a história deste doce tradicional, a vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes, adiantou que no sábado, dia 2 de abril, vai realizar-se o workshop “A avó rosquilha vem à feira! – história e confeção da rosquilha”.
“À medida que vamos contar uma história às crianças, vamos também juntar todos os ingredientes necessários para confeccionar as rosquilhas. É uma atividade lúdica com o propósito de transmitir-lhes esta tradição”, disse.
E se a tradicional e saborosa rosquilha de Argozelo é a principal atração na feira, há também outros produtos locais que merecem atenção como são o azeite, o vinho, os licores, os económicos, o mel, os frutos secos, as alcaparras, o pão, o fumeiro e claro, o tradicional folar da Páscoa.
Segundo o presidente da freguesia de Argozelo, nos dias 2 e 3 de abril, vão participar na Feira da Rosquilha, 30 expositores, maioritariamente do concelho de Vimioso.
Para além da exposição e venda dos produtos, o programa da feira incluiu animação musical, no Domingo vai celebrar-se a Eucaristia e estão programadas lutas de touros, um evento nesta região atrai muitas pessoas.
Segundo a organização, no decorrer da Feira vai assinalar-se o 21º aniversário da elevação de Argozelo a vila, uma efeméride que aconteceu a 12 de julho de 2001. Alusivo a este acontecimento, está previsto um discurso do presidente da freguesia, José Manuel Miranda, para relembrar à comunidade esta importante e histórica conquista.
“Há muita gente nova que ainda não tinha nascido quando Argozelo foi elevada a vila. E por isso é importante relembrar e transmitir aos mais jovens e também aos visitantes esta conquista histórica da população de Argozelo”, sublinhou.
Argozelo é uma das mais importantes freguesias do concelho de Vimioso.
A partir de 1317, Argozelo fora integrada no concelho de Miranda do Douro. Passou para o de Outeiro em 1530, mas com a extinção deste, em 1853, integrou de forma definitiva o de Vimioso.
A nível populacional, Argozelo cresceu muito a partir do século XVI, com expulsão dos judeus de Espanha. Dada a sua localização perto da fronteira, centenas de pessoas de raça judia chegaram à freguesia, aumentando muito o número de habitantes. Ainda hoje existem vestígios judaicos na vila, tais como o traçado da povoação, com ruas muito estreitas e becos sem saída.
Até 1986, houve, em Argozelo, extração mineira de volfrâmio e de estanho. Esta atividade mineira empregava cerca de 200 pessoas, o que por sua vez, dava um importante dinamismo económico e social à localidade. Com o fecho das minas, Argozelo foi perdendo população e a atividade económica e social enfraqueceu. Segundo o censos de 2011, residiam em Argozelo, 701 habitantes.
Atualmente, a agricultura é a atividade que mais se destaca com a produção de azeite, castanha, cereja, vinho, amêndoa e cortiça.
Na indústria existem pequenas empresas locais de construção civil, serralharia, carpintaria e um lagar de azeite.
A 24 de agosto, no conhecido Santuário de S. Bartolomeu, celebra-se a principal festividade da vila.
Miranda do Douro: São Martinho acolheu as VI Jornadas Técnicas do Castanheiro
São Martinho de Angueira acolheu no dia 2 de abril, as VI Jornadas Técnicas do Castanheiro, uma iniciativa promovida pela município de Miranda do Douro com o objetivo de esclarecer e aconselhar os agricultores sobre as boas práticas na cultura do castanheiro.
Segundo o comunicado, a instalação de soutos para a produção de castanha, tem vindo a aumentar nas freguesias do norte do concelho de Miranda do Douro.
“Os apoios financeiros provenientes dos programas comunitários têm possibilitado o investimento na plantação de soutos na região, o que por conseguinte tem gerado um assinalável crescimento na produção de castanha”, pode ler-se.
As VI Jornadas Técnicas do Castanheiro têm por finalidade transmitir aos agricultores, conhecimentos e práticas no cuidado sustentado das árvores, de modo a assegurar um bom estado sanitário dos castanheiros e consequentemente garantir-lhes o aumento de produtividade e o rendimento.
As jornadas dedicadas ao castanheiro são uma iniciativa do Município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto do Politécnico de Bragança (IPB), o CNCFS – Centro de Nacional de Competências dos Frutos Secos e a Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.
Miranda do Douro: Museu da Terra de Miranda dá conhecer novos artistas
No passado sábado, dia 2 de abril, o museu da Terra de Miranda ianugurou a exposição G’A, uma mostra itinerante de oito esculturas e cerca de 50 pinturas, realizadas por vários artistas plásticos da associação Gens’Artes, de Gondomar (Porto).
De acordo com a diretora do Museu da Terra Miranda, Celina Pinto, a exposição G’A surge do estabelecimento de novos contatos, parcerias e colaborações com associações de artistas e vai estar patente ao público até ao final de maio.
“No âmbito das exposições temporárias, o Museu da Terra de Miranda está sempre aberto e pretende dar a conhecer outros artistas”, justificou.
As obras artísticas foram realizadas pelos artistas Alexandrina Oliveira, Belmiro Belém, Felícia Fonseca, Hermínia Cândido, Hermínio Sousa, José Carvalho, José Pedrosa, Lina Santos, Mário Tendinha, Mendes da Costa, Olesya Mohosh e Teixeira da Mota.
Celina Pinto adiantou que esta exposição poderá ser a última nas atuais instalações do Museu da Terra de Miranda, dado as obras de remodelação do museu estão previstas para o mês de maio.
“Coincidindo com o arranque das obras, vamos também iniciar as comemorações dos 40 anos do Museu da Terra de Miranda”, informou.
O Museu da Terra de Miranda foi fundado em 1982. Desde essa data, o edifício recebe as coleções etnográficas e arqueológicas representativas da vida social, cultural, religiosa e económica das gentes da Terra de Miranda.
Miranda do Douro: Santa Casa da Misericórdia apresentou o projeto do novo Lar “Santa Catarina”
A apresentação do futuro lar da Santa Casa da Misericórdia (SCMMD) decorreu no âmbito da assembleia geral ordinária da instituição, realizada no serão do dia 30 de março, nas instalações da junta de freguesia de Miranda do Douro.
No decorrer da assembleia, a nova direção da SCMMD, liderada por Manuel Rodrigo Martins deu a conhecer o projeto de candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para a construção de uma nova Estrutura Residencial Para Idosos (ERPI), num terreno cedido pela autarquia de Miranda do Douro, localizado no Bairro Verde (rua Manuel Ferreira Deusdado).
De acordo com os responsáveis da SCMMD, o atual lar de idosos em Miranda do Douro é um edifício construído há mais de 40 anos, com várias insuficiências relacionadas com o desconforto térmico para os utentes, a deficiente eficiência energética e as barreiras arquitetónicas.
No caso da candidatura ser aprovada, a futura residência para as pessoas idosas, denominada “ERPI Santa Catarina” vai ter a capacidade para albergar 80 pessoas, em 24 quartos duplos, 8 quartos triplos e 8 quartos individuais.
Segundo o arquiteto, Nélio Seixas, o projeto que poderá ser financiado a 100%, tem um custo estimado em 3 milhões de euros.
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A Assembleia geral ordinária da Santa Casa da Misericórdia | fotografias do projeto ERPI Santa Catarina (Nélio Seixas)