Miranda do Douro: Festival cultural vai animar as ruas da cidade
No próximo Domingo, dia 18 de dezembro, as ruas da cidade de Miranda do Douro vão ser o palco do festival “Douro Superior com Vida e Movimento”, um evento promovido pela Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), com o objetivo de promover o intercâmbio cultural entre os vários concelhos durienses.
O festival itinerante iniciou-se em agosto deste ano e está a percorrer os oito municípios que integram a associação. São eles: Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Carrazeda de Ansiães.
No próximo Domingo, dia 18 de dezembro, o festival “Douro Superior com Vida e Movimento” chega a Miranda do Douro e vai iniciar-se às 13h45, nas ruas da cidade. Aí vão atuar, os Pauliteiros de Miranda do Douro, o grupo de Danças Mistas Mirandesas e os grupos convidados dos outros concelhos durienses.
Para a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, este evento tem a mais valia de “promover o intercâmbio entre os vários municípios e dar a conhecer a identidade cultural de cada um dos territórios”.
O Festival Cultural “Douro Superior com Vida e Movimento” é uma iniciativa organizada pela Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) em parceria com os municípios envolvidos e visa contribuir para a dinamização das economias locais.
Miranda do Douro: Campanha “Neste Natal, Compre Local” dá prémios aos clientes
Entre os dias 16 de dezembro e 7 de janeiro, vai decorrer o concurso “Neste Natal, Compre Local”, uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro (ACIMD), que visa dinamizar a economia, através do incentivo às compras no comércio tradicional.
De acordo com o presidente da ACIMD, Bruno Gomes, para participar no concurso basta efetuar compras no valor igual ou superior a 20€, nas lojas aderentes, que vão estar devidamente identificadas com o cartaz alusivo ao concurso de Natal.
“Por cada 20€ em compras, o cliente tem direito a receber um cupão, e assim sucessivamente por cada múltiplo de 20€, ficando habilitado a participar no sorteio”, explicou o presidente da ACIMD.
Os cupões, que devem ser carimbados ou assinados pelos responsáveis das lojas, devem ainda inscrever, obrigatoriamente, o nome completo, a morada, o contacto telefónico do comprador e o local de compra.
“Após o preenchimento, os cupões devem ser depositados num receptáculo, selado, disponibilizado pela ACIMD. A 7 de janeiro e finalizado o prazo do concurso, os serviços da ACIMD vão recolher os cupões”, adiantou.
O sorteio dos prémios do concurso “Neste Natal, Compre Local”, está agendado para o dia seguinte, 8 de janeiro de 2023, e vão ser sorteados 13 prémios ou vales de compras, com valores entre os 500€ e os 20€.
“Cada pessoa concorrente sorteada tem direito a um único prémio, pelo que, se o nome for sorteado mais do que uma vez, tem direto ao prémio de valor mais elevado”, lê-se no regulamento.
Após a realização do sorteio, nos cinco dias úteis seguintes, os nomes dos premiados vão ser publicados na página de internet da ACIMD, assim como no jornal digital Terra de Miranda – Notícias.
“Os premiados vão ser avisados através de um dos contatos inscritos no cupão premiado”, informa a ACIMD.
O levantamento dos prémios deve ser feito no prazo máximo de 30 dias, após o sorteio, na sede da ACIMD.
“No ato de levantamento do vale de compras, o cliente deve ser portador do documento de identificação válido e do talão de compra referente ao cupão sorteado”, acrescentam.
Segundo o regulamento do concurso, os prémios ou vales de compras são válidos exclusivamente nas lojas aderentes e a sua utilização deve ser feita até ao dia 30 de junho de 2023.
“Os vales de compras podem ser utilizados para aquisição de quaisquer artigos nos estabelecimentos comerciais aderentes”, conclui-se.
O concurso “Neste Natal, Compre Local” é uma inciativa de ACIMD, com o propósito de sensibilizar a população local, os turistas e visitantes a realizarem compras no comércio, na hotelaria e restauração, no artesanato e na indústria do concelho de Miranda do Douro.
Miranda do Douro: Fórum municipal deu a conhecer as desigualdades existentes no concelho
No dia 14 de dezembro, realizou-se no miniauditório de Miranda do Douro, o “Fórum Municipal – desconstruir estereótipos e construir igualdade”, uma sessão aberta ao público, durante a qual foram sinalizados e discutidos os principais problemas sociais, que afetam a população do concelho de Miranda do Douro.
A apresentação do diagnóstico sobre a realidade social do concelho mirandês, esteve a cargo de Diogo Monteiro, assistente social do município.
“Entre os vários problemas de desigualdade existentes no concelho de Miranda do Douro, identificámos e priorizámos os seguintes: na representação por sexo nas organizações locais, ainda existe uma supremacia dos homens; há também a dificuldade em conciliar a vida profissional, familiar e pessoal, sobretudo para as mulheres, que continuam a desempenhar a maior parte das tarefas domésticas” . indicou.
Outro problema são as respostas à violência contra mulheres e violência doméstica, que amiúde são processos complexos e causa de vergonha, de medo e inibição.
E o quarto problema de desigualdade identificado no concelho de Miranda do Douro é a segregação sexual nas escolhas educativas e no desporto escolar e federado, dada a escassa diversidade nas ofertas.
No decorrer do fórum, realizado no miniauditório, em Miranda do Douro, alguns dos participantes do público, alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, indicaram que a causa destas desigualdades sociais é sobretudo cultural.
“A causa destas desigualdades não é tanto uma questão de género, é sobretudo uma questão de mentalidade. E para mudar mentalidades são precisos séculos!”, referiu a professora Rosa Martins.
Após a sinalização dos problemas que geram desigualdade sociais no concelho de Miranda do Douro, segue-se agora a construção de um plano municipal de ação, em conjunto com a Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT).
“O Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação tem por objetivo minimizar ou solucionar os problemas identificados. Segundo a nossa previsão, esperamos definir o plano até ao final do primeiro trimestre de 2023. Depois disso, segue-se a sua implementação”, adiantou Diogo Monteiro.
O Fórum Municipal para a Igualdade de Género e Não Discriminação faz parte da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual” (ENIND), cujo objetivo é construir, de forma participada, um plano municipal para a igualdade e não discriminação.
Vimioso: Polícia Judiciáriafez buscas na Câmara Municipal
Na sequência de buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) à Câmara Municipal de Vimioso, o presidente da câmara de Vimioso, a chefe de gabinete e um chefe de divisão foram constituídos arguidos, tendo manifestado “toda a disponibilidade para colaborar com as autoridades”.
“Estou de consciência tranquila. Trata-se de uma medida cautelar que permite aos arguidos puderem defender-se perante a justiça”, explicou Jorge Fidalgo.
A PJ realizou buscas no dia 13 de dezembro em quase todas as divisões da Câmara Municipal de Vimioso.
“Fornecemos toda a documentação solicitada pelos inspetores da PJ, no âmbito destas buscas”, indicou o autarca social-democrata.
De acordo com Jorge Fidalgo, a investigação teve como base a aquisição de bens e serviços e contratos de empreitadas.
Turismo: Proveitos do alojamento turístico ultrapassaram resultados de 2019 – INE
Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico, nos primeiros 10 meses deste ano, “já ultrapassaram o total anual de 2019”, ano pré-pandemia, e neste mês de outubro cresceram 48,2%, em termos homólogos, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados sobre a ‘Atividade Turística’ em outubro, os proveitos nos primeiros 10 meses deste ano, de 4.463,5 milhões de euros, “já ultrapassaram o total anual de 2019, refletindo o aumento dos preços dos serviços prestados”.
Em outubro, “os proveitos totais cresceram 48,2% [em termos homólogos], tendo atingido 497,7 milhões de euros”, e os “proveitos de aposento aumentaram 50,1%, com um valor de 370,6 milhões de euros”, adianta o INE.
“Comparando com outubro de 2019, registaram-se aumentos de 27,2% nos proveitos totais e 27,8% nos relativos a aposento”, acrescenta.
O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro, o que corresponde a aumentos de 23,4% e 23,5%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021 (41,1% e 37,2% em setembro, pela mesma ordem).
Face a outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente”, adianta o INE, salientando que as taxas líquidas de ocupação cama e de ocupação quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (48,9% e 60,4%, respetivamente) “foram ligeiramente superiores às de outubro de 2019 (48,4% e 59,6%, pela mesma ordem)”.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) “situou-se em 61,2 euros, em outubro, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 101,2 euros (+42,5% e +20,6% face a outubro de 2021, respetivamente)”.
Em comparação com outubro de 2019 (antes da pandemia), “o RevPAR aumentou 21,8% e o ADR cresceu 20,1%”.
Nos primeiros 10 meses do ano, “considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,4 milhões de hóspedes e 68,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 90,9% e 90,3%, respetivamente”, mas “comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,7% (+5,6% nos residentes e -5,4% nos não residentes)”.
Relativamente à repartição das dormidas por países e segmentos de alojamento, destaca-se “a predominância das dormidas de residentes do Reino Unido na hotelaria (principalmente em unidades de 5 estrelas, concentrando um terço das dormidas de não residentes) e da Alemanha no alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação”.
De acordo com os dados do INE, as dormidas de não residentes superaram as registadas no mesmo mês de 2019.
“O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro de 2022, correspondendo a aumentos de 23,4% e 23,5%, respetivamente (+41,1% e +37,2% em setembro, pela mesma ordem)”.
Comparativamente a outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente”.
Em outubro, o mercado interno contribuiu “com 1,8 milhões de dormidas”, o que representa uma diminuição de 2,7%. Já os mercados externos “predominaram (peso de 72,7%) e totalizaram 4,9 milhões de dormidas (+37,3%)”.
Comparando com outubro de 2019, “registaram-se aumentos de 21,0% nas dormidas de residentes e de 1,5% nas de não residentes, correspondendo, neste último caso, ao maior crescimento mensal face a 2019”.
No mês em análise, todas as regiões de Portugal registaram aumentos das dormidas, tendo o Algarve concentrado 28,2%, seguindo-se a Área Metropolitana (AM) de Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%).
Face a outubro 2019, “apenas o Algarve ficou abaixo do nível então observado (-1,3%)”.
Saúde: Cooperação entre Portugal e Espanha vai continuar – Governo
A prescrição e dispensa de medicamentos em farmácias dos dois lados da fronteira, entre Portugal e Espanha, foi um dos exemplos apontados pela secretária de Estado da Promoção da Saúde, para garantir que a cooperação entre os dois países na área da saúde é para “estreitar”.
Margarida Tavares, que discursava em Valença, na assinatura do memorando de entendimento entre o INEM e a congénere espanhola AXEGA para a constituição do 112 Transfronteiriço, adiantou que “a prescrição e dispensa de medicamentos em farmácias dos dois lados da fronteira vai trazer não só um ganho individual, mas também ganhos económicos que favorecerão os fluxos entre os dois países”.
A governante disse ainda que o Ministério da Saúde está “a progredir para que todos os hospitais da rede pública adiram ao sistema ‘Pacient Summary’ que permite o acesso a um resumo da situação dos doentes, garantindo um tratamento mais eficaz e mais rápido, esteja em que lado da fronteira” estiver.
A “sistematização da partilha dos sistemas de vigilância epidemiológica em ambos os lados da fronteira, a partilha de cuidados de saúde relacionados com comportamentos aditivos e de dependências” foram outros dos exemplos de cooperação entre os dois países que considerou “muito importantes e em que as fronteiras não existem”.
“Temos muitas oportunidades e enquadramento para estreitarmos estas sinergias”, observou Margarida Tavares que considerou que o memorando de entendimento do 112 Transfronteiriço “é um passo de continuidade” no trabalho de cooperação que as duas regiões iniciaram há vários anos.
Para a governante, o protocolo agora assinado “pretende mudar a vida das pessoas nos cuidados de urgência e emergência” e para que o encerramento de fronteiras durante a pandemia de covid-19, que a “todos chocou” não se repita.
“A doença e as situações de saúde não olham a fronteiras políticas e artificiais. O 112 Transfronteiriço simboliza a ponte de continuidade na resposta à saúde”, referiu.
No final da sessão, questionada pelos jornalistas, Margarida Tavares sublinhou que os custos do 112 Transfronteiriço serão repartidos por Portugal e Espanha e que os critérios que vão regular a forma como se irão operar transferências dos valores serão definidos, no próximo mês, quando reunir o grupo de trabalho que constituirá aquele serviço interregional.
“Cada lado assumirá as despesas e fará um encontro de contas. Isso não é uma questão importante agora”, disse a governante.
Já a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, adiantou que o Governo quer, “a muito curto prazo” alargar o 112 Transfronteiriço à região de Castela e Leão uma vez que também faz fronteira com a região Norte e Centro do país”.
“Já deixei o desafio quer ao presidente do INEM quer ao presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE) para fazermos rapidamente esse avanço”, afirmou a governante.
Na assinatura do memorando de entendimento para a constituição do 112 Transfronteiriço participaram ainda o diretor-geral para as Relações Externas e com a União Europeia da Junta de Galiza, Jesus Gamallo, e o Conselheiro de Saúde da Junta de Galiza, Júlio García Comesaña, que destacou a necessidade de “reforço da cooperação de proximidade” entre o Norte de Portugal e a Galiza.
“A pandemia de covid-19 fechou fronteiras e fez muitos estragos no âmbito da cooperação de proximidade, na vida dos cidadãos, do turismo, comércio e da indústria. A nossa responsabilidade é evitar novo encerramento de fronteiras e este protocolo vai permitir superar o efeito de fronteira e contribuir para uma boa dinâmica de cooperação de proximidade”, disse.
Em novembro, durante a cimeira ibérica que decorreu em Viana do Castelo, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, anunciou que o 112 Transfronteiriço deverá estar a funcionar em toda a fronteira entre Portugal e Espanha em 2023.
O objetivo é replicar este protocolo e o projeto em todas as outras regiões de Portugal e de Espanha, país onde as competências de saúde são das regiões autónomas.
Municípios: Integração de serviços nas CCDR é vista como “essencial” para a regionalização
A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considera que a atribuição dos serviços regionais às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) trará vantagens na gestão e será um “passo essencial” para a regionalização.
“É o caminho necessário e aquele que ficará em vigor quando tivermos o modelo das regiões em funcionamento. Por isso, sendo bem feito, parece-me bem”, assumiu Luísa Salgueiro, num balanço do primeiro ano na liderança da ANMP.
A socialista, que também assume a presidência da Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, recusou a ideia de que este processo seja uma “regionalização encapotada”, sublinhando tratar-se de uma reorganização de serviços que trará vantagens ao nível da eficiência da gestão.
“É apenas uma reorganização administrativa de serviços da administração central”, salientou.
E que poderá, depois, mediante a avaliação que for feita, resultar ou não numa regionalização, acrescentou.
Luísa Salgueiro referiu que todas as medidas que alteram o modelo de distribuição de competências entre o nível nacional e local são formas de demonstrar às entidades públicas envolvidas e aos cidadãos de “quão benéfico e vantajoso” pode ser o nível de decisão diferente do central.
Portugal é dos países com maior nível de concentração de decisões e isso não significa maior desenvolvimento para o país, considerou Luísa Salgueiro.
Na opinião da autarca, a reformulação das atribuições das CCDR e a descentralização de competências do Governo para os municípios são “passos importantes” para que Portugal possa, mais tarde, avançar para a regionalização.
Pois, quando se exercem as competências mais perto dos seus destinatários os resultados são melhores e os recursos são geridos de forma mais eficiente, considerou.
“Há um ano, no Congresso da ANMP, o senhor primeiro-ministro e o senhor Presidente da República apontaram a data de 2024 como data aconselhável para avançar com esse processo [regionalização], nós na ANMP continuamos a trabalhar e a Assembleia da República decidirá se é ou não o momento para o fazermos”, sustentou.
Questionada sobre o facto de o Governo ter aprovado, no início de novembro, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei para a criação de duas novas Comunidades Intermunicipais (CIM), uma da Grande Lisboa e outra da Península de Setúbal, Luísa Salgueiro escusou-se a comentar, justificando que o assunto ainda não foi apresentado à ANMP.
“O assunto ainda não foi apresentado à ANMP, quando for depois tomaremos posição sobre isso”, garantiu.
Meteorologia: Chuva intensa obriga a vigilância no caudal do rio Douro
Espanha tem sob “especial vigilância” os caudais dos rios da bacia do Douro. por causa das chuvas intensas e a possibilidade de serem ultrapassados níveis de alerta, em vários locais, atendendo à subida das águas, informou um organismo oficial.
A Confederação Hidrográfica do Douro, um organismo tutelado pelo Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico de Espanha, revelou, num comunicado, que “mantém uma especial vigilância sobre os rios da bacia perante o aumento dos caudais provocado pelas chuvas”, especialmente nos rios das províncias de Salamanca (que faz fronteira com Portugal), Ávila e Segóvia.
O organismo acrescentou que se espera um aumento dos caudais que pode levar a que sejam ultrapassados os limites de “aviso hidrológico” estabelecidos para 16 rios da bacia do Douro, incluindo o caudal do próprio Douro, na província de Valladolid.
O Douro é um dos rios internacionais da Península Ibérica e tem uma gestão de caudais partilhada entre Portugal e Espanha.
“De acordo com o último relatório de inundações fornecido pelo Sistema de Informação Hidrológica do Douro (SAIH), não existem atualmente estações de controlo na bacia [em Espanha] que excedam os limiares de alerta estabelecidos”, ressalvou a Confederação Hidrográfica do Douro.
Segundo este organismo, a bacia do Douro está agora com água em 43% da sua capacidade total, com 1.234,8 hectómetros cúbicos armazenados, depois de meses de seca com as reservas em valores mínimos recorde.
A Confederação Hidrográfica do Douro é o organismo em Espanha encarregado da gestão das águas na bacia do rio Douro, que abarca mais de 83.000 quilómetros de caudais dispersos por sete regiões espanholas.
Em Portugal, os planos de cheias das bacias do Douro e do Tejo foram elevados para o alerta amarelo, segundo a Proteção Civil, que avisou hoje ainda para a possibilidade de cheias em vários outros rios e ribeiras do continente.
Numa conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional, André Fernandes, salientou que, depois de ter sido acionado em Santarém o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, no nível amarelo, também na bacia do rio Douro foi acionado o plano de cheias para o nível amarelo.
Além destes dois rios, André Fernandes destacou que se mantêm os alertas e os avisos já efetuados para diversas bacias hidrográficas devido às previsões de chuva forte e persistente durante a tarde, nomeadamente dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave e Vouga, no Norte, além das bacias do Mondego e do Liz, no Centro.
Também se mantêm os avisos para a ribeira do Livramento, na bacia do Sado, no distrito de Setúbal, e para o rio Degebe, na bacia hidrográfica do Guadiana, em Évora. Também as ribeiras do Algarve podem ser afetadas.
Entretanto, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) reduziu hoje à tarde de laranja para amarelo o aviso meteorológico de precipitação para os distritos de Lisboa e Setúbal.
Na atualização de avisos meteorológicos feita pelo IPMA ao final da manhã, todos os distritos de Portugal continental estavam com aviso laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) de precipitação, à exceção de Bragança.
Segundo a última atualização feita na página da Internet do IPMA, os distritos de Lisboa e Setúbal passaram para aviso amarelo, o qual prevê aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de trovoada.
Vimioso: XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores foi a melhor de sempre
No encerramento da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores, os produtores, o público e o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, mostraram-se unânimes ao considerar que o certame foi um sucesso, em vendas, na afluência de pessoas e na qualidade do evento.
Para explicar o sucesso do certame, o autarca vimiosense, Jorge Fidalgo, fez referência às várias atividades paralelas que enriqueceram a feira, como a montaria ao javali, o passeio motorizado todo-o-terreno, o passeio micológico e o passeio de biclicleta todo-o-terreno.
“Apesar da chuva, todos os participantes expressaram o seu contentamento pelo modo como decorreram estas atividades e isso deixa-me muito satisfeito, pois dinamizamos o concelho, a economia e a região de Trás-os-Montes”, disse.
De acordo com o presidente do município de Vimioso, neste evento anual, procuram inovar de modo a oferecer qualidade ao público.
“No encerramento de cada Feira das Artes, Ofícios e Sabores temos o cuidado de escutar as críticas e sugestões dos expositores, para no ano seguinte fazermos melhor”, indicou.
Os expositores mostraram-se satisfeitos com as vendas realizadas ao longo dos três dias do certame.
Júlio Martins, produtor de fumeiro de Algoso, sublinhou o conforto do pavilhão multiusos para a realização do evento e sobre as vendas realizadas, indicou que o público comprou sobretudo, as alheiras, as chouriças e os butelos.
Por sua vez, José Joaquim, de Junqueira, informou que participa habitualmente nesta feira anual, em Vimioso, e disse que neste ano, as vendas correram muito bem.
“Este certame ajuda-nos a escoar o excedente de produtos que temos lá em casa, como são as cebolas, os alhos, o azeite, as azeitonas, os figos secos, as nozes, as amêndoas, o grão-de-bico, o feijão de casca, o pão, os económicos e os roscos”, elencou.
Do lado do público, a XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores causou boa impressão. Um dos visitantes foi Paulo Guerra, natural de Paços de Ferreira, que veio passar o fim-de-semana com a família e aproveitou para visitar o certame, em Vimioso.
“Gostei muito do evento! Foi uma agradável surpresa e saber da existência de um local para a restauração no decorrer da feira. Entre os muitos produtos expostos, sou um apreciador do fumeiro transmontano”, disse.
Por seu lado, Pedro Filipe, de Vimioso, mostrou-se agradado com a maior variedade de produtos e o maior número de expositores presentes na XXI edição da Feira das Artes, Ofícios e Sabores.
Também de Vimioso, António Dias, que tem acompanhado o evento ao longo dos anos, disse mesmo que “esta edição foi a melhor de sempre”.
E para esse sucesso, muito contribuiu a escolha dos stands dos expositores que descreveu como “bonitos, abertos, atraentes e que permitem ver os produtos com facilidade”.
“As várias atividades paralelas à feira, como a montaria ao javali e o passeio todo-o-terreno trouxeram muitas pessoas. E a atuação dos artistas Camané e José Malhoa também gerou uma grande afluência de pessoas a Vimioso”, concluiu.
Vimioso: IX Festival de Folclore e concurso da Castanha enriqueceram a FAOS
A XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso encerrou no passado Domingo, dia 11 de dezembro, com o Festival de Folclore e o concurso de Doçaria da Castanha, duas atividades que enriqueceram culturalmente o evento.
O IX Festival de Folclore da Castanha decorreu no palco do pavilhão multiusos, em Vimioso.
No terceiro e último dia do certame, em Vimioso, o grande destaque foi a realização do IX Festival de Folclore, que este ano contou com a participação dos grupos: Rancho Folclórico de Vimioso, Rancho Folclórico de Rio de Moinhos (Penafiel) e da Agrupación Folklórica Manteos & Monteras (Aliste/Espanha).
Na abertura do festival, o presidente do município, Jorge Fidalgo, agradeceu o contributo do Rancho Folclórico de Vimioso, que considerou um “embaixador” do concelho vimiosense, ao levar a cultura transmontana a tantos lugares do país e do estrangeiro e ao atrair a vinda a Vimioso, de outros grupos congéneres.
O festival decorreu na tarde de Domingo, e o primeiro grupo a subir ao palco do pavilhão multiusos de Vimioso, foi o grupo espanhol vindo da região vizinha de Espanha. Na sua atuação, os Manteos e Monteras deram a conhecer ao público presente na FAOS, as músicas e danças tradicionais da província de Zamora (Espanha).
O segundo grupo a atuar no festival, foi o Rancho Folclórico de Rio de Moinhos (Penafiel). Segundo os visitantes, esta foi a segunda vez que vieram a Vimioso representar cultura duriense, com as suas músicas e danças típicas, tais como o “Malhão”, o “Vira”, “Os barqueiros do norte” e “O meu amor procura agrados, não formosura”.
Para o final, estava reservada a atuação do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico de Vimioso, que apresentou o seu repertório musical e as danças tradicionais, aos conterrâneos e visitantes, presentes na XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores.
Consciente da responsabilidade de representar o concelho, a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, disse estes festivais de folclore são oportunidades de enriquecimento cultural.
“Ao visitar outras regiões e ao sermos visitados por grupos folclóricos de outras regiões e países, dá-se um encontro de pessoas e uma troca de culturas, a vários níveis: na música e instrumentos musicais, nas coreografias da dança e nos trajes típicos da cada região. E estes encontros também são oportunidades para aprender e evoluir como grupo tradicional, explicou.
Fundado em 1996, o grupo Rancho Folclórico de Vimioso debate-se, segundo a presidente, Elisabete Fidalgo, com a dificuldade em integrar novas pessoas e sobretudos os mais jovens.
“Não é fácil manter o rancho folclórico em Vimioso. O grupo é formado por pessoas de várias localidades do concelho e nem sempre é possível conciliar as vidas, para os ensaios e as atuações”, disse.
Perante a dificuldade em encontrar crianças e jovens para o rancho folclórico, Elisabete Fidalgo, desafiou os pais a encorajarem os filhos a aprender as danças e músicas tradicionais de Vimioso.
Finalizado o festival de folclore, seguiu-se o concurso de Doçaria da Castanha, um evento integrado na Feira das Artes, Ofícios e Sabores, com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da castanha na economia e gastronomia locais.
Esta iniciativa, promovida pela Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV) e apoiada pelo município de Vimioso e as várias freguesias do concelho, pretendeu incentivar à inovação e o empreendedorismo, no aproveitando da castanha, como um recurso local e referencia do concelho.
Cerimónia de entrega de prémios aos participantes no Concurso Doçaria da Castanha.