Segurança rodoviária: GNR deu início à Operação Páscoa 2023
A GNR deu início à Operação Páscoa 2023, que se estenderá até dia 11 de abril, com ações de sensibilização e fiscalização de trânsito para ajudar a reduzir a sinistralidade rodoviária e regularizar o trânsito durante as festividades.
Em comunicado, a GNR lembra que a época da Páscoa se caracteriza pela reunião das famílias nas suas regiões de origem e pelo período de férias escolares, prevendo-se assim um aumento significativo do tráfego rodoviário nas estradas portuguesas.
Esta operação visa a segurança e a proteção das pessoas, pelo que vai além da fiscalização rodoviária, sendo o esforço da GNR também orientado para os locais de festividades e suas imediações, assim como zonas residenciais e comerciais, dando especial atenção às “vias de circulação rodoviárias mais críticas”.
O período de fiscalização de maior esforço de patrulhamento rodoviário será entre quinta-feira e o final do dia de segunda-feira, período que se prevê maior volume de tráfego.
A GNR aconselha a uma condução atenta, cautelosa e defensiva dos condutores, para que o período festivo seja passado em segurança.
Para que as deslocações nesta época festiva sejam feitas em segurança, a GNR apela aos condutores para adequarem a velocidade às condições meteorológicas, ao estado da via e ao volume de tráfego rodoviário e evitarem manobras que possam prejudicar o trânsito ou originar acidentes.
Os militares da GNR estarão especialmente atentos a comportamentos de risco dos condutores, sobretudo manobras perigosas, condução sob a influência do álcool e substâncias psicotrópicas, excesso de velocidade, correta sinalização e execução de manobras de ultrapassagem, mudança de direção e cedência de passagem, uso indevido do telemóvel e incorreta ou não utilização de cinto de segurança e cadeirinhas para crianças.
Is 50, 4-7 / Slm 21 (22) 8-9.17-18a.19-20.23-24 / Filip 2, 6-11 / Mt 26, 14 – 27, 66
Entramos na Semana Santa com o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. A celebração inicia com uma procissão na qual se aclama a entrada solene de Jesus em Jerusalém com ramos e capas estendidos no chão.
A narração da Paixão apresenta-se como uma cena magistral de um drama. Em primeiro lugar, temos um drama humano: de um lado Jesus, que traz consigo a justiça e o amor; do outro Pilatos e os sacerdotes, que conduzem Jesus à morte, presos nas suas ambições e poderes.
Em segundo lugar, temos um drama teológico: Jesus e o «servo sofredor» – apresentado na profecia de Isaías. Estamos diante da profecia que a tradição cristã sempre viu como um anúncio dos sofrimentos da morte expiatória e redentora de Jesus. Diz este servo de Deus: «O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam».
Diante da missão de anunciar a Palavra de Deus, este homem não teme as dificuldades e contrariedades da vida. A confiança em Deus basta para se manter fiel.
Por fim, temos um drama social: a mesma multidão que aclama Jesus com ramos, quando entra em Jerusalém, é capaz, logo a seguir, de o trocar por Barrabás; no meio da multidão todos parecem convencidos de estar a exercitar a sua liberdade, sem se darem conta de estar a ser manipulados.
Talvez por isto é que a verdadeira fé pede a capacidade de discernimento e disponibilidade pessoal para conhecer melhor Jesus. São Paulo é um bom exemplo de quem soube redimensionar toda a sua vida em função daquele que o recriou numa vida nova. Como questiona na Carta aos Filipenses: «Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais na fé; ponde-vos à prova. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós?».
São Martinho de Angueira: “Os castanheiros são pouco tolerantes às alterações climáticas” – Nuno Rodrigues
Com o propósito de informar os produtores de castanha do concelho de Miranda do Douro, sobre as boas práticas no cuidado dos soutos, o município vai organizar na tarde de sábado, dia 1 de abril, as VII Jornadas Técnicas do Castanheiro.
A iniciativa vai decorrer a partir das 14h30, naSede da Florest´Água, em São Martinho de Angueira e este ano tem como novidade a participação de técnicos da Deifl – Green Biotecnologye técnicos de sanidade vegetal da Junta de Castela e Leão (Espanha).
De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, “os castanheiros são árvores pouco tolerantes às alterações climáticas, à falta de água e às altas temperaturas, fatores que prejudicam a produtividade de castanha, propiciam o aparecimento de doenças e pragas, como a tinta, o cancro e a vespa e levam à morte de muitos castanheiros.”
Para melhor enfrentar estas adversidades ambientais, o município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem realizado as Jornadas Técnicas do Castanheiro, de modo a capacitar os agricultores locais, de conhecimentos científicos e de técnicas agrícolas inovadoras.
“Um dos projetos a desenvolver é tornar o castanheiro mais resiliente às alterações climáticas, em particular, em regiões onde a falta de água e os picos de temperatura são alarmantes. É o caso da Terra Fria Transmontana (concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro), onde se produz anualmente entre 13 a 15 mil toneladas, que geram entre 15 e 20 milhões de euros na economia local”, adiantou.
Recorde-se que, em 2022, a seca extrema e as doenças do castanheiro, provocaram uma enorme quebra na produção de castanha, atingindo em algumas localidades como São Martinho de Angueira e Avelanoso a uma redução na ordem dos “80%”, aproximando-se dos “90%” nos castanheiros mais antigos.
As Jornadas Técnicas do Castanheiro são uma iniciativa do município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto do Politécnico de Bragança (IPB), do INCFS – Centro de Nacional de Competências dos Frutos Secos e da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.
Vimioso: “As termas podem ser uma alavanca para o desenvolvimento local” – Francisco Bruçó
As Termas de Vimioso vão organizar no sábado, dia 1 de abril, as Jornadas Técnicas de Termalismo, um evento anual que visa sensibilizar o público para os benefícios das termas e que este ano vai contar com a participação de vários oradores de áreas como a saúde termal, a medicina, o turismo e o desporto.
As jornadas vão decorrer no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso, e são dedicadas ao tema ”Turismo Termal – Desafios”. Segundo Francisco Bruçó, responsável pelas Termas de Vimioso, os vários oradores convidados vão abordar assuntos desde a origem da água termal até aos vários tratamentos termais que existem, como é o caso do termalismo na saúde oral.
“Entre o painel de oradores está também o empresário Sérgio Torrão, que nesta visita ao complexo termal de Vimioso vai explicar de que modo o turismo termal e a natureza podem ser uma alavanca para o desenvolvimento económico, social e demográfico do território”, adiantou.
Recorde-se que as termas de Vimioso abriram ao público em 2013 e proporcionam vários tratamentos e serviços de bem estar, como são os tratamentos dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).
De acordo com Francisco Bruçó, nas Termas de Vimioso, há ainda o espaço de saúde e bem-estar, onde para além das salas de massagem e relaxamento, os visitantes podem desfrutar de uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.
“Paralelamente, as Termas de Vimioso desenvolvem atividades de animação termal, como é a hidroginástica, direcionada para as crianças e os jovens das escolas”, acrescentou.
Durante a época termal, que decorre de 1 de maio até 30 de novembro, o complexo de Vimioso é frequentado por cerca de mil pessoas, muitas vindas da vizinha Espanha.
“O termalismo está mais enraizado em Espanha, do que em Portugal. Os espanhóis, por exemplo, frequentam as termas 1 a 2 vezes por ano. Vão às termas, como quem vai ao dentista”, revelou.
Para dar a conhecer a estância termal de Vimioso ao público, o município informou que participa regularmente nas feiras dedicadas ao setor, como são a Bolsa de Turismo de Lisboa, as Feiras de Ourense e de Zamora (Espanha) e os eventos locais e distritais.
Miranda do Douro: Castelo de Miranda do Douro foi decisivo na história de Portugal
A cidade de Miranda do Douro acolheu esta quarta-feira, dia 29 de março, a apresentação do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-Espanhola”, uma obra que tem por finalidade dar a conhecer e valorizar o património histórico edificado ao longo da fronteira com Espanha, como é o Castelo de Miranda do Douro.
A apresentação do livro decorreu na Casa da Cultura Mirandesa, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril. Nesta sessão, participaram ainda o autor do livro, Augusto Moutinho Borges, o ilustrador, Martin Garcia e os representantes da empresa CTT – Correios de Portugal, que editou a obra.
Na sua intervenção, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver a história do castelo, inscrita neste livro de história.
“Após a leitura e consulta do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-espanhola” estou certa de que muito mais pessoas terão interesse em visitar e conhecer Miranda do Douro”, disse.
Recorde-se que o castelo de Miranda do Douro foi edificado no reinado de D. Dinis (1261-1325). Segundo a história, o monarca terá visitado a cidade, aquando da assinatura do Tratado de Alcanices, em 1297.
De acordo com informações do património arquitetónico, o castelo de Miranda do Douro tem uma arquitetura militar, medieval e seiscentista.
“Povoação muralhada de planta octogonal, com reduto defensivo, sendo as muralhas protegidas por caminhos de ronda e rasgadas por três portas em arco apontado (…) Uma das portas, de maiores dimensões, é tutelada por Nossa Senhora do Amparo, tendo pintura alusiva à mesma. Nas muralhas rasgam-se várias seteiras e acede-se ao caminho de ronda por escadas encravadas nas faces dos muros”, pode ler-se.
Para o autor do livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola”, Augusto Moutinho Borges, os castelos e fortalezas fazem parte do património cultural e da identidade nacional.
“Neste livro procuro dar a conhecer o património edificado, que foi decisivo para a defesa de Portugal, ao longo de séculos. Entre os castelos e fortalezas na raia luso-espanhola, incluem-se o castelo de Caminha, no Minho, passando por Bragança, Miranda do Douro, Almeida, Marvão, Elvas até Castro Marim, no Algarve”, explicou.
O livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola” é ilustrado com imagens de vários fotógrafos e desenhos do espanhol, Marín García.
Esta é mais uma iniciativa dos CTT – Correios de Portugal, que contou com o apoio de vários municípios, entre os quais o município de Miranda do Douro.
Decorrente desta colaboração, o Castelo de Miranda do Douro passou a estar representado num selo dos CTT – Correios de Portugal.
Caçarelhos: XXI edição da Feira do Pão com muita animação
No fim-de-semana de 1 e 2 de abril, a aldeia de Caçarelhos, vai organizar a XXI edição da Feira do Pão, um evento que tem crescido ao longo dos anos, graças à animação das lutas de touros mirandeses, do festival de gaita-de-foles e das danças dos pauliteiros e do rancho folclórico de Vimioso.
Segundo o presidente da freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins, a Feira do Pão de Caçarelhos começou por ser um evento de pequena dimensão, em que participavam sobretudo os produtores locais, expondo os produtos mais caraterísticos da aldeia, com destaque para o pão.
“Com o passar dos anos, a Feira do Pão de Caçarelhos cresceu sobretudo graças ao investimento na animação do certame, com as lutas de touros mirandeses, a dança dos pauliteiros e o festival dos gaiteiros”, explicou.
Este ano, a programação da XXI Feira do Pão de Caçarelhos volta a dar muito destaque aos grupos, às tradições e ao património existente na localidade.
“A aldeia de Caçarelhos tem um conjunto de monumentos de muito valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, indicou.
Na localidade existem ainda os cabanais, uma construção de século XIX, que foi construída para a feira mensal, que continua a realizar-se no dia 19 de cada mês.
“Hoje em dia, a feira mensal já não tem a pujança económica de outros tempos, dado o despovoamento da nossa região. Por esta razão e para manter a tradição, decidimos organizar a feira anual, dedicada ao pão”, explicou.
Assim sendo, a XXI Feira do Pão vai realizar-se no dias 1 e 2 de abril. No sábado, dia 1 de abril, o destaque da feira é o IV Festival da Gaita de Foles que vai trazer cerca de 250 gaiteiros a Caçarelhos.
Este ano, o certame tem como grande novidade a atuação dos Grupos Etnográficos e Tunas do Orfeão Universitário do Porto.
“No Domingo, dia 2 de abril, o Coro do Orfeão Universitário do Porto vai animar musicalmente aa Missa de Domingo de Ramos”, avançou.
As lutas de touros mirandeses e as atuações dos pauliteiros de Palaçoulo e do rancho folclórico de Vimioso vão animar e encerrar a Feira do Pão deste ano, em Caçarelhos.
Vimioso: Alunos e professores caminharam entre São Joanico e Caçarelhos
Na quarta-feira, dia 29 de março, os professores e alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) realizaram a Caminhada Ambiental Escolar, entre as aldeias de São Joanico e Caçarelhos, uma iniciativa que pretendeu incutir nos mais jovens o gosto pela atividade física, pela natureza e pela cultural local.
Na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional, do Agrupamento de Escolas de Vimioso.
De acordo com o subdiretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Licínio Martins, esta atividade está inscrita no plano anual de atividades escolares e pretendeu incentivar os alunos a praticarem desporto, a ter uma maior proximidade à natureza e conhecer a biodiversidade e a cultura do concelho de Vimioso.
“Neste percurso pedestre de oito quilómetros entre São Joanico e Caçarelhos há um grande potencial natural que quisemos explorar e conhecer mais de perto. Inserido na natureza visitámos o moínho de água, da Arvedosa, onde se moíam os cereais como o centeio, o trigo e a aveia”, explicou.
Este ano, na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional. Já os alunos do primeiro ciclo e do pré-escolar também participaram na iniciativa, ao percorrerem uma distância de dois quilómetros.
“Na caminhada dos mais pequenos, houve uma visita a um rebanho de ovelhas, para conhecerem a tradição do ciclo da lã. Em Caçarelhos, participaram num workshop do pão, onde tiveram a oportunidade de aprender a fazer pão e os roscos”, informou.
Na aldeia de Caçarelhos, a comunidade escolar teve a oportunidade de visitar um moinho de água, a capela de Santo Cristo construída em 1776, o Museu do Pão, o Cruzeiro (1777) e a Igreja Matriz (1755).
“Dado que Caçarelhos é uma localidade conhecida pela qualidade do pão, foram construídos fornos novos para dar continuidade à tradição de confeção do pão caseiro. Nos dias 1 e 2 de abril, realiza-se a feira anual, em que o pão é o produto em destaque”, informou.
No decorrer da Caminhada Escolar Ambiental, os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso ofereceram à população de Caçarelhos, uma sessão de leitura e de poemas, no adro da Igreja matriz.
«Inserido na Semana da Leitura, fez-se referência a Camilo Castelo Branco, no livro “A queda de um anjo”, cujo protagonista era de Caçarelhos. E foram lidos excertos das viagens a Portugal, de José Saramago, que passou por esta localidade”, indicou.
A Caminhada Ambiental Escolar deste ano, concluiu-se com a participação dos alunos e professores numa sessão de dança, ao som dos gaiteiros, e com um lanche final.
Os gaiteiros da associação cultural Lérias proporcionou uma sessão de música e dança aos alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso.
Economia: «Preço dos alimentos faz-se de cima para baixo» – Sérgio Ferreira
Sérgio Ferreira, diretor-geral da Louricoop, a cooperativa que congrega os agricultores do Conselho da Lourinhã e da região oeste, alertou para a necessidade de debater os custos associados à produção de alimentos.
“O preço faz-se de cima para baixo e quando chega à produção, vem de tal forma esmagado que o produtor tem de entregar pelo preço que lhe apresentam”, assinala, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Questionado sobre o aumento do preço dos alimentos, o responsável lembra o aumento da energia, dos combustíveis e fertilizantes, mas também o facto de não ser o agricultor a fixar o preço dos produtos agrícolas.
Sérgio Ferreira dá o exemplo da produção agrícola no Conselho da Lourinhã, assegurada por pequenos produtores que ficam à mercê da conjuntura económica e sem capacidade de negociação.
Para inverter a situação, existe a Louricoop e o associativismo que Sérgio Ferreira considera “essencial” para a sobrevivência do setor agrícola do Oeste.
“Só em conjunto é que nos conseguimos defender destas oscilações do mercado, conseguimos comprar sementes e fertilizantes em quantidade de forma a vender aos nossos associados a preços mais controlados”.
Com agricultores mais fortes quem beneficia é também o consumidor, sustenta Sérgio Ferreira, dando como exemplo a aliança entre os produtores de batata que estão a produzir para uma mesma unidade que pertence à cooperativa.
Esta unidade armazena, embala e comercializa, criando uma cadeia de valor que beneficia agricultores e consumidores.
A cooperativa que agrega os agricultores da Lourinhã fornece ainda serviços mais abrangentes como uma oficina para as alfaias agrícolas, um posto de combustível e pontos de venda dispersos pelo Conselho para estarem mais próximos dos agricultores.
A renovação das gerações no tecido agrícola é outro problema a merecer atenção.
“A média de idade dos agricultores anda pelos 60 anos”, diz o diretor da Louricoop, “temos pouquíssimos jovens de 20 e 30 anos, neste setor chamamos jovens a quem tem 40 ou 50 anos” refere.
Sérgio Ferreira ocupa um cargo remunerado, que exerce “com espírito de missão e de dedicação ao próximo”, para poder ir ao encontro das necessidades dos agricultores mais vulneráveis.
“Temos de ter presente a noção de bem comum. Nesta ruralidade que habitamos há também um pensamento cristão e noção do próximo que nos leva a partilhar mais nos momentos de maior dificuldade”, salienta.
A Louricoop nasceu em 1976, da iniciativa de vinte agricultores, com o objetivo de desenvolver e valorizar o associativismo no sector agrícola e tornar mais competitiva a atividade do agricultor; atualmente conta com 5 mil associados.
A subida dos bens alimentares e o impacto da inflação é o tema em em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, no domingo, dia 2 de abril, pelas 17h30, na RTP2.
Miranda do Douro: Capa d’Honras Mirandesa continua a identificar a Terra de Miranda
Celebrou-se no passado Domingo, dia 26 de março, em Miranda do Douro, a cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa, um evento que este ano contou com a participação de 150 pessoas, devidamente trajadas com as tradicionais capas da Terra de Miranda e das regiões espanholas de Aliste e da Sanabria.
A 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa foi inscrita no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.
A cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa iniciou-se na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o desfile pelas ruas do centro histórico da cidade de Miranda do Douro até à concatedral.
O desfile foi animado pelas atuações dos pauliteiros de Malhadas, do grupo de Danças Mistas de Prado Gatão, do Grupo de Gaiteiros da Póvoa e do Agrupamento Folclórico de Monteros e Monteras de Aliste (Espanha).
Às 11h00, celebrou-se a Missa domincal, durante a qual o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, deu as boas-vindas às autoridades locais e aos participantes portugueses e espanhóis. Na homília, o sacerdote, referindo-se à Capa d’Honras Mirandesa disse que é importante preservar e promover a cultura e a identidade local.
“Quem visita Miranda do Douro vem à procura do que nos identifica, do que é original e diferente, como é o caso da Capa d’Honras Mirandesa”, disse.
O pároco de Miranda do Douro prosseguiu dizendo que “como cristãos também temos de dever de preservar a nossa identidade, os nossos valores, como são a fé, a esperança e a caridade.
“Ser cristão também deve ser motivo de proua! Se o formos teremos muito mais força, alegria e vida para dar aos outros!”, exortou.
Após a celebração religiosa, realizou-se a sesão solene da Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa.
No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, falou em mirandês e sublinhou que esta cerimónia visa celebrar um dos traços mais identitários da Terra de Miranda.
“Com esta celebração em torno da Capa d’Honras Mirandesa recordamos a história do nosso território e das nossas gentes, com os invernos rigorosos, a pastorícia, a lã, os artesãos e a manufatura desta peça de vestuário. Hoje, é uma honra vestir esta capa!”, disse.
Por sua vez, o historiador António Rodrigues Mourinho, ensinou que com a lá dos rebanhos de ovelhas, pastoreados no planalto mirandês, fazia-se quase tudo: meias, saias, calças, mantas, capas e capotes.
“Em memória dos nossos pais e avós é uma obrigação preservar este legado cultural que é a Capa d’Honras Mirandesa”, disse.
No final da sessão, o etnógrafo, Mário Correia, recordou que desde 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa está inscrita como salvaguarda urgente no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.
“Agora cabe-nos fazer a inventariação e registar novos dados, como o número de Capas d’Honra Mirandesas existentes, a sua antiguidade, o nome dos artesãos, para validar a inscrição junto da Direção Geral do Património Cultural”, indicou.
A cerimónia de Exaltação da Capas d’Honras Mirandesa concluiu-se com a já tradicional fotografia dos participantes nas escadas do adro da concatedral de Miranda do Douro.
Argozelo: Feira da Rosquilha promoveu os produtos e o convívio
No passado fim-de-semana de 25 e 26 de março, a vila de Argozelo realizou a XVI Feira da Rosquilha, um certame de produtos locais que voltou a atrair milhares de visitantes à localidade, onde tiveram a oportunidade de conviver e disfrutar do variado programa musical e cultural.
Na tarde de sábado, dia 25 de março, realizou-se o workshop da Rosquilha.
Na edição deste ano da Feira da Rosquilha participaram 30 produtores, que expuseram uma grande variedade de produtos, com destaque para as tradicionais rosquilhas, mas também para o folar de Páscoa, o pão, o fumeiro, os queijos, os licores, o mel, os frutos secos, os cogumelos, as facas de Palaçoulo, o azeite e muitos outros produtos locais e regionais.
Sempre presente no certame, o presidente da freguesia de Argozelo, José Manuel Miranda, lembrou que no corrente ano, a localidade celebra o 22º aniversário de elevação a vila.
“A povoação de Argozelo, no concelho de Vimioso, foi elevada à categoria de vila, no dia 7 de junho de 2001. Assinalamos esta data com a realização da Feira da Rosquilha, um dos produtos típicos da nossa localidade. Este evento, proporciona também o encontro e a confraternização entre a população de Argozelo e as muitas pessoas que nos visitam”, destacou.
No programa da feira deste ano, um dos destaques foi o workshop dedicado à confecção do doce tradicional da vila. Assim, na tarde de sábado, dia 25 de março. a senhora Fátima Vaqueiro ministrou uma sessão culinária, que contou com a participação de várias crianças, as quais “meteram as mãos na massa”. No final, os miúdos tiveram direito a provar as saborosas rosquilhas, acabadinhas de cozer, no forno instalado no recinto da feira.
Segundo a vereadora da cultura, Carina Lopes, mãe de dois filhos, o workshop dedicado à confecção das rosquilhas foi uma oportunidade para transmitir aos mais novos esta tradição local.
“Hoje em dia, compramos tudo feito. E a tradição de fazer as rosquilhas, no forno a lenha, está em risco de esquecimento. Por isso, com este workshop, realizado aqui no recinto da feira, pretendemos dar a conhecer às crianças e aos adultos, como se fazem as rosquilhas de Argozelo”, justificou.
Outro momento muito aguardado foi a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso, que no próximo dia 25 de abril vai celebrar 28 anos de atividade cultural. No final da atuação em Argozelo, a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, expressou a sua alegria por atuar nas localidades do concelho vimiosense.
“Atuar na nossa terra é a maior das satisfações! O rancho folclórico de Vimioso esforça-se por preservar, cantar e dançar músicas que falam das nossas tradições, ofícios e dos produtos locais”, explicou.
O Rancho Folclórico de Vimioso foi fundado a 25 de abril de 1995.
Outro destaque da Feira da Rosquilha deste ano, foi a apresentação do livro “Argozelo – Apontamentos para uma Monografia”. Segundo o professor de história, Carlos Prada, membro da associação Ulgusello, Cultura e Património de Argozelo, o livro é uma coleção de artigos escritos por José Manuel Miranda Lopes, entre 1929 e 1940.
“José Manuel Miranda Lopes foi pároco de Argozelo, Carção e Sendim. O livro agora publicado contém duas partes: na primeira parte fala sobre a história da freguesia de Argozelo. E na segunda parte, aborda-se a etnografia desta localidade, com os seus costumes, tais como a encomendação das almas, o cantar dos reis, entre outras tradições”, explicou.
A Feira da Rosquilha continuou na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o programa de rádio, em direto, “Domingão do Tio João”.
Ainda durante a manhã, celebrou-se a Eucaristia Dominical, no recinto da feira.
O presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, foi uma das personalidades que visitaram Argozelo e felicitou a freguesia local, pela 16ª edição do certame.
“A rosquilha e os outros produtos locais são um bom mote para organizar esta feira, em Argozelo. Dada a proximidade da Páscoa é um tempo favorável para a compra e venda de produtos, mas também para o encontro, o convívio e a confraternização entre as pessoas”, disse.
No decorrer da tarde de Domingo, registou-se, mais uma vez, uma grande afluência de público para assistir às lutas de touros mirandeses.
A XVI Feira da Rosquilha, em Argozelo, encerrou com a atuação dos Pauliteiros de Palaçoulo.
Argozelo continua a ser uma das mais importantes freguesias do concelho de Vimioso.