Entrevista: «Trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens» – José Abílio Gonçalves

Entrevista: «Trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens» – José Abílio Gonçalves

A J.M.Gonçalves -Tanoaria, Lda., localizada em Palaçoulo, foi nomeada empresa inovadora COTEC, uma distinção que visa reconhecer os elevados padrões de estabilidade financeira, eficiência operacional e inovação tecnológica, que fazem desta empresa um exemplo para todo o país. José Abílio Gonçalves, sócio-gerente da tanoaria, explicou ao jornal Terra de Miranda – Notícias, o significado deste prémio.

José Abílio Gonçalves é sócio-gerente e responsável pelo departamento comercial e produção de vinhos da J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda.

T.M.N: Que significado tem para a Tanoaria J.M.Gonçalves a nomeação empresa Inovadora COTEC 2022?

José Abílio Gonçalves: A nomeação da COTEC é um reconhecimento do nosso trabalho. E para atingir este patamar, a empresa tem que ter um bom desempenho financeiro. Por outro lado, há que implementar projetos inovadores e por isso, todos os anos, a filosofia da nossa empresa é apresentar produtos novos e diferenciadores para o setor vitivinícola. Estas foram as principais razões, pelas quais a J.M.Gonçalves, foi considerada uma empresa inovadora no nosso setor.

T.M.N: Como é que se alcança um desempenho empresarial de sucesso?

J.A.G.: É um trabalho de equipa, que vai da seleção das madeiras, a qualidade da produção, a tecnologia que usamos e permite o desenvolvimento de novos produtos, o trabalho comercial de promoção e venda, até ao feedback dos nossos clientes. E este feedback é muito importante pois permite-nos avaliar a confiança dos clientes nos nossos produtos.

“O feedback dos nossos cliente é muito importante pois permite-nos avaliar a confiança nos nossos produtos.”

T.M.N: Quantas pessoas trabalham na Tanoaria J.M.Gonçalves?

J.A.G.: Atualmente, a empresa emprega 52 pessoas. E depois temos parcerias indiretas com outras pessoas, nomeadamente no estrangeiro, para promover os nossos produtos. Recordo que cerca de 90% da nossa produção é para exportação e por essa razão precisamos da presença de colaboradores, em mercados mais longínquos.

T.M.N: Como é que a empresa J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda. alcançou esta notoriedade no interior do país?

J.A.G.: Em primeiro lugar é importante dizer que temos que enfrentar alguns inconvenientes, como é a questão da logística e a distância aos portos. Recordo que a madeira que utilizamos no fabrico das barricas é importada e 90% dos nossos produtos são exportados, daí que o transporte seja crucial. Contudo, trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens, a começar desde logo pela qualidade ambiental desta região, o que propicia e favorece a a secagem das madeiras.

“A logística, a distância aos portos e o transporte são os principais inconvenientes de trabalhar no planalto mirandês.”

T.M.N.: Em que consiste essa secagem?

J.A.G.: A madeira só está pronta para ser utilizada no fabrico das barricas e outros produtos, após dois anos de secagem. E há produtos que exigem 36 e 48 meses. Ao longo deste tempo, a madeira está exposta, ao ar livre, e sujeita às várias intempéries: ao sol, à chuva, ao frio e à geada. Este período é como um processo de cura da madeira, o que faz com que atinja um elevado grau de qualidade.

T.M.N.: A secagem no planalto mirandês é melhor do que noutras regiões?

J.A.G.: Como indiquei, a grande vantagem do planalto mirandês é a pureza ecológica desta região, o que torna a madeira de elevada qualidade. Não tenho dúvidas que se a tanoaria estivesse localizada num centro de grande poluição, a madeira não atingiria a mesma qualidade. E depois se a madeira tem qualidade isso vai repercutir-se na qualidade dos produtos vitivinícolas.

“O planalto mirandês oferece uma pureza ecológica e ambiental que torna a madeira de elevada qualidade.”

T.M.N.: Outra vantagem da tanoaria estar localizada em Palaçoulo é a proximidade a Espanha?

J.A.G.: Sim, claro. Se olharmos bem, nós não somos periféricos. Estamos mais próximos do mercado espanhol – é o nosso segundo mercado – e também de França e da Europa.

T.M.N.: Para além da secagem e da proximidade à Europa, ainda há mais vantagens de a empresa laborar no planalto mirandês?

J.A.G.: Sim, outra grande vantagem de trabalhar nesta região é a possibilidade de adquirir uma grande área de terreno para desenvolver a nossa atividade. Atualmente, a tanoaria J.M.Gonçalves tem cerca de seis hetares. E não seria fácil ter as mesmas condições de trabalho numa região mais populosa e onde os terrenos fossem mais caros.

T.M.N.: Que conselho ou recomendação daria às empresas desta região para atingirem um elevado desempenho?

J.A.G.: Em primeiro lugar, diria para arriscarem na internacionalização e desde logo, no vizinho mercado espanhol. Ao fazê-lo, adquirimos um visão ibérica e não periférica. Outro conselho que daria é o investimento na tecnologia e no conhecimento, pois são ferramentas que nos permitem comunicar com qualquer parte do mundo e inovar na criação de novos produtos.

“Arrisquem na internacionalização e desde logo no vizinho mercado espanhol. Ao fazê-lo, adquirimos um visão ibérica e não periférica.”

Perfil

A arte de tanoeiro começou na família Gonçalves há cerca de 100 anos atrás, com Abílio Gonçalves que se iniciou no fabrico de barricas para os produtores de vinho da região de Trás-os-Montes em Portugal.

Esta arte foi seguida pelo seu filho e fundador José Maria Gonçalves, que fez barris artesanais durante quase 20 anos, desde os finais da década de 1940.


Em meados dos anos 60, emigrou para trabalhar em França, nas mais afamadas tanoarias da época.


Mas em França não vivia satisfeito. Tinha o sonho de regressar com a sua família a Portugal e começar o seu próprio negócio, com o saber adquirido.

De regresso a Portugal, começou a trabalhar numa pequena oficina instalada na sua garagem, com a ajuda dos seus filhos mais velhos.


Em 2001, o pequeno negócio da família evoluiu dando lugar a uma empresa nova e moderna, preservando as tradições familiares e o conhecimento adquirido ao longo de muitos anos de experiência.

Os filhos honraram o legado do pai dando o seu nome à empresa: J.M. Gonçalves- Tanoaria, Lda.

Um dos filhos, José Abílio Gonçalves é sócio-gerente da J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda.

É também responsável pelo departamento comercial e a produção de vinhos da empresa.

Estudou Enologia, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

HA

Miranda do Douro: Semana da Juventude promove o desporto

Miranda do Douro: Semana da Juventude promove o desporto

De 8 a 12 de agosto, decorre em Miranda do Douro, a Semana da Juventude 2022, com a realização de várias atividades destinadas aos jovens, como são o torneio de futebol rural, um torneio de voleibol, insufláveis aquáticos e um torneio de ténis.

De acordo com Henrique Granjo, presidente da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), a Semana da Juventude é uma iniciativa promovida pelo concelho municipal de Juventude, que reúne várias associações juvenis do concelho de Miranda do Douro.

“O concelho municipal de juventude é constituído por representantes de várias associações juvenis, tais com a ARJM, a associação de estudantes, as associações das juventudes partidárias, os escuteiros, entre outras associações”, explicou.

O presidente da ARJM informou que o concelho municipal de juventude desafiou as várias associações a lançarem ideias para dinamizar a Semana da Juventude 2022.

“Na edição deste ano, nos dias 8 e 9 de agosto vai realizar-se um torneio de futebol 3×3, a que chamamos Rural Futebol. No dia 10, as atividades vão decorrer na piscina, com um torneio de voleibol e os insufláveis aquáticos. E de 10 a 12 de agosto vai realizar-se a primeira edição do torneio de ténis, no renovado campo de jogos da Terronha”, informou.

A Semana da Juventude visa assinalar o Dia Internacional da Juventude, que se celebra a 12 de agosto.

No dia anterior, a 11 de agosto, vai realizar-se no miniauditório de Miranda do Douro, às 17h30, uma Assembleia Geral de Jovens, para apresentar e votar as três propostas concorrentes ao Orçamento Participativo Jovem (OPJ) 2022.

As três propostas a votação são as seguintes: as bicicletas de água, no espelho de água do rio Fresno, em Miranda do Douro; o parque aventura, em Palaçoulo; e o manual escolar de Mirandês, para cada ciclo escolar.

HA

Picote: Estudo demográfico apresentado em livro

Picote: Estudo demográfico apresentado em livro

Foi apresentado no dia 6 de agosto, na Casa do Povo de Picote, o livro ”Freguesia de Picote: estudo demográfico (1796-1900)”, trata-se de uma obra científica onde a autora, Alda Maria Preto Miguel, dá informações sobre o número de habitantes, casas, nascimentos, casamentos, óbitos e outros dados demográficos sobre a população picotesa, no final do século XVIII e ao longo do século XIX.

A apresentação da obra inseriu-se nas festas da freguesia e do Divino Santo Cristo, que se celebrou nos dias 6 e 7 de agosto e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril e do administrador da diocese de Bragança-Miranda, monsenhor Adelino Paes.

Na sua intervenção, a autarca de Miranda do Douro, felicitou a autora do livro pelo estudo científico sobre a demografia de Picote.

“Atualmente, a demografia é um sério problema para todo o interior do país, daí a pertinência desta obra” – Helena Barril.

Por sua vez, o administrador diocesano, monsenhor Adelino Paes, também ele natural de Picote, elogiou o trabalho de investigação sobre assuntos como a natalidade, os casamentos, os óbitos e as migrações em Picote, entre os anos de 1796 e 1900.

“Nesse tempo, nascia-se, casava-se, vivia-se e morria-se na própria terra, dado que quase não havia migrações” – Monsenhor Adelino Paes.

O administrador diocesano, felicitou Alda Maria Preto Miguel pela obra que veio enriquecer culturalmente a comunidade de Picote e desafiou a investigadora a continuar o estudo da história da aldeia, no século XX até aos dias de hoje.

A obra agora publicada contou com o apoio da associação Família Kolping de Picote, da FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote e da Junta de Freguesia.

O presidente da Junta de Freguesia de Picote, Jorge Lourenço, agradeceu o trabalho sobre a demografia e sublinhou a importância de trabalhar em conjunto para que as localidades, como é o caso da aldeia de Picote, consigam agir contra o despovoamento e manter a população.

“Para que haja população nas localidades é imprescindível manter abertos os serviços como são as escolas, os bancos, o correios, os supermercados, etc.”, indicou.

Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Foi inaugurada no Domingo, dia 7 de agosto, na Casa da Cultura de Vimioso, a exposição fotográfica “Trás-os-Montes”, uma coleção de fotografias que mostram a realidade desta região na década de 1980, caraterizada pelas marcas da guerra colonial, pela emigração, pela falta de condições de vida e por uma população que vivia sobretudo da agricultura e da pecuária.

A exposição, da autoria de Eduardo Perez Sanchez, é constituída por 40 fotografias, em formato 30×40 e foram escolhidas a partir da 2ª edição do livro “Trás-os-Montes, uma visão a preto e branco sobre as gentes e o seu viver na década de 1980”.

O autor, um catalão que vive no Porto, disse que conseguiu estabelecer uma grande empatia com os fotografados, porque antes de lhes pedir para as fotografar falou longamente com as pessoas.

“Estas fotografias foram feitas na região de Valpaços. Retratam as mazelas de uma época, derivadas na guerra colonial e da emigração. Havia muita gente idosa e quase não se viam pessoas em idade ativa. As condições de vida eram rudes, havia muito desconforto, as estradas eram todas em terra e as casas não tinham qualquer isolamento. Mas, ao mesmo tempo viam-se muitas crianças, alegres, simpáticas e gostavam muito de ser fotografadas”, contou.

Para além das pessoas, Eduardo Perez Sanchez, fotografou também os trabalhos agrícolas e pecuários, como a ceifa, a apanha da azeitona, a pastorícia ou a matança do porco.

Eduardo Perez Sanchez é engenheiro mecânico de profissão e pósgraduou-se em direção e gestão de empresas. Ao longo da vida desenvolveu o gosto pela fotografia e em 2013, quando se reformou, ao dar atenção ao espólio de fotografias concluiu que havia muitas que mereciam ser publicadas.

“Comecei a publicar as fotografias de Trás-os-Montes. Fui casado com uma transmontana e na década de 1980 vinha cá muitas vezes. A seguir às refeições, quando toda a gente ia dormir a sesta, eu pegava no mochila e ia falar com as pessoas e fotografar”, recordou.

A exposição de fotografias “Trás-os-Montes” e a apresentação da 2ª edição do livro é uma iniciativa conjunta do município de Vimioso, da Associação Inter+Value e do autor.

De acordo com o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, a exposição agora inaugurada da Casa da Cultura, vale bem a visita dada a qualidade das fotografias e os detalhes que o autor conseguiu captar e transmitir sobre a vivência do povo transmontano na década de 1980.

“Com o Eduardo Perez Sanchez, pretendemos realizar uma exposição de fotografia sobre o concelho de Vimioso. Esta exposição resulta de uma parceria do município de Vimioso com a associação Inter+Value, cujo responsável é o Manuel de Lima, um descendente local”, disse.

Segundo o autarca de Vimioso, desta colaboração vai resultar o projeto “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, que será realizado no próximo ano e vai estabelecer intercâmbios com Espanha, Itália e França.

“Nesta confluência transfronteiriça há muita identidade cultural que nos une e que devemos potenciar”, adiantou.

Por sua vez, Manuel de Lima, presidente da associação Inter+Value, explicou que os objetivos desta associação é promover a cultura e o património.

“Dado que a minha mãe era natural de Vimioso, houve uma série de encontros que me fizeram chegar aqui. Fui desafiado pelo presidente do município, Jorge Fidalgo, a organizar um evento sobre a cultura e o património local. E a primeira iniciativa do evento é esta exposição de fotografias do Eduardo Perez Sanchez”, disse.

Sobre o evento do próximo ano, “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, Manuel de Lima, adiantou que já estabeleceu contatos com autarquias em Espanha (Galiza), Itália e França (Bretanha) para participar no evento.

“O nosso propósito é convidar as pessoas destes países a visitar e conhecer a cultura e o património de Vimioso,”, explicou.

HA

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

O mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos, com temperaturas quase sempre acima do normal e com um registo de 47ºC, no Pinhão, uma nova temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os dados fazem parte do boletim climatológico de julho agora divulgado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que classifica o mês de julho de 2022, em Portugal continental, como extremamente quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.

Num mês “excecional”, foram excedidos os extremos absolutos de temperatura máxima em 28 estações e da temperatura mínima em 21 estações.

“Entre os dias 07 e 14 de julho foram registados 98 novos recordes de temperatura máxima, com o maior número de recordes absolutos no dia 14 e mensais no dia 13”, diz o IPMA.

No mês de julho, o valor médio da temperatura média do ar foi de 25.14ºC (graus celsius), o que representa quase três graus (2.97ºC) acima do valor normal.

O valor médio da temperatura máxima do ar, com mais de 33ºC (33.16 °C), foi o segundo mais alto desde 1931 (desde que há registos), só ultrapassado pelo mês de julho de 2020). Foram mais 4.44ºC do que o normal.

No documento o IPMA salienta que os quatro maiores valores da média da temperatura máxima em julho ocorreram depois de 2000.

O valor médio da temperatura mínima (17.13ºC) também foi quase dois graus acima do normal, e foi o quarto mais alto desde 1931.

Durante o mês de julho, diz também o IPMA, os valores de temperatura do ar estiveram quase sempre muito acima do valor normal, com períodos excecionalmente quentes, como entre 07 e 17 e entre 20 e 26, e ainda 29 e 31.

Além dos 47ºC no dia 14 registados na estação do Pinhão, o IPMA destaca a persistência de valores muito altos de temperatura mínima, média e máxima em vários dias, e diz que dia 13 foi o dia mais quente deste ano no continente e o quinto dia mais quente deste século.

Tendo em conta a média do continente, o país teve em julho valores médios da temperatura média superiores a 25 graus e valores médios da temperatura máxima superiores a 34 graus em 11 dias consecutivos. E durante três dias seguidos os valores médios da temperatura máxima foram acima dos 38 graus, o que confirma um “caráter excecional” do mês de julho.

Esse caráter excecional, de extremamente quente, contribuiu para que o período de janeiro a julho deste ano fosse o terceiro mais quente desde há 92 anos, só ultrapassado pelos períodos idênticos de 2020 e 2017.

Quanto à precipitação julho foi o quarto mais seco desde 2000, com o total de precipitação a corresponder apenas a 22% do normal.

No fim de julho, em relação ao final de junho, havia “uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, que foram mais significativas nas regiões Centro e Sul” diz o IPMA, que realça o aumento da área com valores inferiores a 10% e iguais ao ponto de emurchecimento permanente.

A 31 de julho, com todo o país em seca meteorológica, havia um aumento da área na classe de seca extrema: 55% do território está na classe de seca severa e 45% na classe de seca extrema.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

No passado sábado, dia 6 de agosto, um choque frontal provocou dois feridos graves (uma pessoa teve de ser helitransportada) e quatro feridos ligeiros, na Estrada Nacional 221, em Miranda do Douro, informou fonte dos bombeiros.

“O choque frontal ocorreu a poucos quilómetros da cidade de Miranda do Douro, envolvendo duas viaturas ligeiras, uma de matrícula nacional e outra de matrícula francesa”, afirmou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, Luís Martins.

Cinco feridos foram transportados por via rodoviária e uma pessoa foi de helicóptero para o Hospital de Bragança.

O alerta para o acidente foi dado às 19:30 do passado sábado, dia 6 de agosto e no local estiveram 27 operacionais e 10 viaturas, incluindo a ambulância de suporte imediato de vida, e o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).choque

As operações de regulação do trânsito estiveram a cargo da GNR.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

O diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Bragança-Miranda afirmou que a visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude à diocese acontece num mês em que a população duplica, chegando assim a “novos públicos”.

“As nossas aldeias antigamente triplicavam, agora duplicam a população nestes meses. É uma forma de aproveitarmos as comunidades emigrantes para falar das jornadas e motivá-los”, disse o padre António Rodrigues.

O responsável do Comité Organizador Diocesano (COD) de Bragança-Miranda referiu-se à chegada dos símbolos à região, no último domingo, e disse que a primeira visita que fizeram foi a uma área ardida, no Concelho de Carrazeda de Ansiães.

“A primeira mensagem que quisemos transmitir foi de apoio aos bombeiros”, afirmou o sacerdote, que coordena a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora à Diocese de Bragança-Miranda.

Os símbolos da JMJ chegaram à diocese através da Barragem da Valeira, em Carrazeda de Ansiães, num dia em que o concelho estava de luto pela morte de 7 jovens num acidente automóvel.

O programa da peregrinação dos símbolos neste mês de agosto inclui a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora ao ACANAC, o Acampamento Nacional de Escuteiros, e a participação, até ao dia 7, na Peregrinação Europeia de Jovens, que decorre em Santiago de Compostela.

“Os símbolos voltam a entrar na diocese no dia 7, em Vimioso, no Santuário de Nossa Senhora da Visitação”, indicou o padre António Rodrigues.

Entre os momentos principais de um mês de peregrinação, o responsável pelo COD destaca a apresentação do hino da JMJ Lisboa 2023 em mirandês, que vai acontecer em Miranda do Douro no dia 13 de agosto.

Outro momento importante é a visita dos símbolos aos santuários diocesanos e a participação nas festas da cidade de Bragança, de Nossa Senhora das Graças, no dia 22.

O responsável pela Pastoral Juvenil de Bragança-Miranda referiu-se às dificuldades na organização da peregrinação dos símbolos pelo facto da diocese estar em sede vacante, sem bispo diocesano, e pela realização, no mês de agosto, de muitas festas populares.

O padre António Rodrigues valorizou o ressurgimento de “grupos de jovens coesos” no contexto da preparação da JMJ Lisboa 2023 e da peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que “podem ser uma esperança para a Pastoral Juvenil na diocese”.

O símbolos da Jornada Mundial da Juventude permanecem na Diocese de Bragança-Miranda até ao dia  4 de setembro e vão depois ser entregues à Diocese de Vila Real.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Ataque informático provocou “graves constrangimentos” ao município

Vimioso: Ataque informático provocou “graves constrangimentos” ao município

O município de Vimioso foi alvo de um ataque informático que provocou “graves constrangimentos” em vários departamentos municipais e para o qual se está a tentar arranjar soluções, informou o presidente da câmara, Jorge Fidalgo.

“O nosso sistema informático foi atacado, o que nos está a causar graves constrangimentos no funcionamento normal dos serviços municipais e de toda a autarquia. Hoje, a informática acaba por ser o coração do funcionamento técnico e administrativo da câmara municipal”, explicou Jorge Fidalgo.

O autarca social-democrata indicou, ainda, que “o ataque informático” poderá ter acontecido no final da passada semana ou já no início da corrente.

“Apresentei de imediato queixa às autoridades competentes desta violação dos nossos servidores [informáticos], e de momento estamos a trabalhar para repor a normalidade do funcionamento do sistema com as indicações que nos foram dadas, pelas autoridades, no sentido de resolver o problema”, frisou.

Jorge Fidalgo espera agora que o problema esteja resolvido no final desta semana ou no início da próxima.

“Infelizmente, são situações que vemos relatadas todos os dias e nós também não escapamos a essa intromissão de estranhos no nosso sistema informático”, indicou o autarca transmontano.

Fidalgo garantiu ainda que o sistema informático está dotado de medidas de segurança para evitar este tipo de ataques aos sistemas municipais.

“O que é certo é que alguém conseguiu ultrapassar estas medidas de segurança que são muitas”, enfatizou.

O autarca de Vimioso garantiu que não estão comprometidos dados pessoais, apenas os administrativos, “mas que são importantes”.

Jorge Fidalgo disse ainda desconhecer algum pedido de resgate feito pelos alegados “piratas informáticos”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Cinco aldeias do concelho de Miranda do Douro e parte da cidade estão sem abastecimento de águas devido ao rebentamento de três condutas principais de abastecimento, informou a autarquia.

“Trata-se de um problema sério no abastecimento de água a Malhadas, Duas Igrejas, Águas-Vivas, Póvoa, Genísio, Zona Industrial de Miranda e no bairro de Santa Luzia devido ao rebentamento de três condutas principais que abastecem aquela parte do concelho a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA)”, explicou o vice-presidente da câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

De acordo com o autarca, “a situação deve-se à antiguidade das condutas e consequente falta de peças para repararão da situação, o que causa muitos atrasos na reparação da avaria”.

O autarca admite os constrangimentos e que a situação está a ser minimizada com recurso a autotanques dos bombeiros.

Nuno Rodrigues adianta, ainda, que “tudo está a ser feito para repor a normalidade no abastecimento de água a esta zona do concelho “o mais rapidamente possível”.

“Com o aumento da população, no mês de agosto, poderá haver dificuldades no abastecimento, mas esperamos ter o problema solucionado o mais breve possível. Porém, sem garantias, até porque poderá haver rebentamentos em outros pontos das condutas, devido à pressão causada na rede”, vincou.

O município de Miranda do Douro informou que não há falta de água no concelho devido à seca mas reconhece, com “humildade”, a preocupante situação que está a ser gerada por esta “grave avaria” nas condutas de abastecimento de água.

Fonte: Lusa

As perturbações no abastecimento de água afetam as localidades de Miranda do Douro, Malhadas, Duas Igrejas, Cércio, Vale de Mira, Águas Vivas, Póvoa e Genísio.

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

No próximo Domingo, dia 7 de agosto, vai realizar-se no largo da Igreja de Sendim, o VIII Festival Ibérico de Pauliteiros, um evento em que os grupos de pauliteiros e pauliteiras sendineses, vão receber a visita dos Pauliteiros de Palaçoulo, de São Martinho e dois grupos catalães, para assim iniciar as festas de Santa Bárbara.

De acordo com o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, David Brás, o festival ibérico deste ano tem como novidade a participação de dois grupos catalães.

“Na edição deste ano vão participar os grupos vindos da Catalunha, o ‘La Colla Bastonera Les romanes de Barbera del Vallès’ e o ‘El Ball de Bastons de Salou’”, indicou.

Segundo David Brás, o Festival Ibérico de Pauliteiros de Sendim tem como marca distintiva o de juntar os grupos de pauliteiros da Terra de Miranda aos da vizinha Espanha.

“Tradicionalmente, o festival é realizado pelos grupos de pauliteiros e pauliteiras de Sendim e convidamos também outros grupos do concelho e os grupos espanhóis. Nas anteriores edições, contamos com a participação de grupos vindos das Astúrias e a Galiza”, informou.

O Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas em honra de Santa Bárbara, a padroeira de Sendim, pelo que a organização do evento é feita em colaboração com os mordomos da festa.

Ao longo do ano, os Pauliteiros e Pauliteiras de Sendim tem como principal missão as atuações em Portugal e no estrangeiro, com o propósito de dar a conhecer a tradicional dança dos paus.

“Os pauliteiros e pauliteiras de Sendim costumam atuar em em todo o país, No estrangeiro costumamos atuar regularmente em Espanha, também já fomos a França e ao Brasil”, revelou.

Questionado sobre a diferença na dança dos pauliteiros entre os homens e as mulheres, David Brás, explicou que enquanto os homens utilizam mais a força e a virilidade, as mulheres são mais elegantes na dança.

E sobre esta dança tradicional, engane-se quem pensa que aprender é tarefa fácil. Bem pelo contrário, a dança dos paus pois exige muito treino, repetição, atenção, disciplina e coordenação com os outros pauliteiro(a)s.

“Para além da agilidade e da atenção, a aprendizagem da dança dos pauliteiros exige uma entrega total”, disse.

Segundo, o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, os jovens aprendizes de pauliteiros só estão aptos a dançar nas atuações, após 10 a 20 ensaios e sempre com o devido acompanhamento dos pauliteiros mais experientes.

Afonso Ramos, tem 13 anos e é um dos jovens pauliteiros de Sendim. Diz que gosta de dançar para preservar a cultura tradicional e para conviver com os amigos.

“Para aprender a dançar é importante ter ritmo e se tivermos formação musical também ajuda”, disse.

Por sua vez, o irmão Gabriel Ramos, tem17 anos e acumula as responsabilidades de pauliteiro, músico e ensaiador dos mais novos.

“Para aprender a dançar é preciso paciência, dedicação e sobretudo gostar muito daquilo que se faz. Só assim é possível preservar a dança tradicional dos pauliteiros” – Gabriel Ramos.

Raquel, com 19 anos, integra o grupo das jovens pauliteiras de Sendim. Revelou que pertence ao grupo porque é uma tradição da terra que quer manter.

“Para quem nunca experimentou esta dança compreendo que seja difícil. É necessário treino”, disse.

Já para a Carolina, de 16 anos, a dança dos pauliteiros é uma tradição muito bonita e para ela é motivo de orgulho ser pauliteira de Sendim.

“Para aprender a dançar é de grande ajuda a coordenação entre as pauliteiras”, concluiu.

HA