Miranda do Douro: Cantares dos Reis encheram o miniauditório

Em Miranda do Douro, o Dia de Reis foi celebrado no sábado, dia 7 de janeiro, com um encontro dos grupos corais do concelho, que cantaram as tradicionais músicas de Reis, para o muito público que quis assistir ao espetáculo.

De Sendim, o grupo “Magum” interpretou vários Cantares dos Reis, como a música tradicional “Trigo, Nozes e Marmelada”.

Na abertura do encontro, realizado no miniauditório, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver o miniauditório repleto de gente e agradeceu o empenho dos vários grupos corais em manter viva a tradição de cantar os Reis.

“Que a luz da estrela que outrora guiou os reis magos, também nos ilumine a nós para tomar boas decisões ao longo deste novo ano!”, expressou a autarca.

O espetáculo iniciou-se com a atuação do grupo coral infantil, constituído pelas crianças da Escola Básica (EB1) de Miranda do Douro. Nesta atuação, os petizes, orientados pelo professor de música, Paulo Meirinhos, cantaram as músicas “Cantamos os Reis, não por interesse mas por amizade” e “Trigo, nozes e marmelada”.

No decorrer do encontro, a apresentadora, Zélia Fernandes, sublinhou que na região da Terra de Miranda existem muitas modas tradicionais e Cantares dos Reis, que importa preservar para não caírem no esquecimento.

Em Sendim, um dos grupos que procura salvaguardar este património musical e cultural, é o grupo “Magum”. Constituído em 2017, por homens, mulheres, jovens a adultos, os “Magos” surgiram precisamente para preservar a tradição de cantar os Reis.

Nesta sua atuação em Miranda do Douro, o grupo sendinês cantou “Trigo, Nozes e marmelada”, “Vimos dar as Boas Festas!” e “Eu hei-de dar ao Menino!”.

O espetáculo dos Cantares dos Reis prosseguiu depois com as atuações dos grupos corais da associação Mirandanças, da Universidade Sénior, do grupo de Cantares dos Reis de Duas Igrejas, do Centro Cultural de Sendim, da Banda Filarmónica Mirandesa e concluiu com a interpretação do grupo coral de Palaçoulo.

No final deste encontro, o professor de música e vocalista dos Galandum Galundaina, Paulo Meirinhos, felicitou a organização do evento e sublinhou a importância de cuidar deste património cultural.

“É muito interessante esta iniciativa de incentivar os grupos, das várias localidades do concelho de Miranda do Douro, a manter vivos os cantares e as músicas tradicionais alusivas à festa dos Reis e também de outras festividades”, disse.

Paulo Meirinhos, acrescentou que ao longo do ano, realiza um trabalho similar com as pessoas que participam nas atividades da universidade sénior, em Miranda do Douro.

“Nas aulas da universidade sénior procuramos recuperar e cantar músicas tradicionais das várias localidades da Terra de Miranda”, indicou.

O encontro “Bamos a cantar ls Reis” concluiu-se com uma ceia oferecida pelo município de Miranda do Douro, aos grupos corais e ao público, que assim tiveram a oportunidade de saborear um momento de convívio e confraternização.

HA

Agricultura: Protestos da CAP contra extinção das direções regionais de Agricultura

Os protestos contra a extinção das direções regionais de Agricultura arrancam, este mês de janeiro, em Mirandela, e prolongam-se até fevereiro, informou a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

A primeira ação “contra o desmantelamento do Ministério da Agricultura decorrerá em Mirandela já a 26 de janeiro, seguindo-se Castelo Branco, dia 30, e Ribatejo, Oeste e Alentejo, em fevereiro”, refere a CAP, salientando que “a voz e ação dos agricultores portugueses contra a extinção das Direções Regionais de Agricultura (DRA) e sua integração nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai fazer-se ouvir e sentir já a partir de dia 26 deste mês”.

Trata-se da primeira ação local de protesto, das que estão previstas para janeiro e fevereiro, “esperando-se que a adesão dos agricultores seja crescente à medida que o tempo avance e que os problemas que a agricultura e a floresta portuguesa enfrentam se forem agravando”, adianta a CAP.

“A extinção das DRA foi a faísca que acendeu o rastilho para esta mobilização nacional, que começa a 26 de janeiro, e que não tem data prevista para acabar. Iremos assistir a uma onda nacional de protestos e manifestações por parte dos agricultores, porque rejeitamos ser espectadores passivos do colapso do ministério da Agricultura e da desvalorização do mundo rural”, afirma o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, citado no comunicado.

O Ministério da Agricultura “perdeu peso político” e foi-lhe “subtraída a tutela das florestas, que foi incapaz de se bater por apoios ao setor no decurso da pandemia, inoperante na execução do Portugal 2020 com mais de 1.200 milhões de euros por executar, ausente em apoios durante a seca severa que o país atravessou, que anuncia pagamentos e reiteradamente incumpre prazos por si estabelecidos, omisso em medidas capazes de mitigar o aumento brutal dos custos da energia e dos combustíveis e que ainda não operacionalizou apoios financeiros decorrentes da guerra na Ucrânia e já aprovados por Bruxelas”, critica o responsável.

Segundo a CAP, a integração das competências das DRA nas CCDR “lesa a agricultura portuguesa, não está conforme as regras da Política Agrícola Comum (PAC) e é prejudicial para o desenvolvimento da agricultura e da floresta nacionais”.

Trata-se de uma “decisão errada, como a CAP denunciou desde a primeira hora, desconforme do Programa Estratégico respeitante à PAC que Portugal acabou de submeter à Comissão Europeia que não contém esta forma de aplicação dos fundos”.

Além disto, prossegue a Confederação, “põe na alçada de organismos que não estão sob tutela do ministério da Agricultura, e que não têm conhecimentos ou qualificações para a operacionalização de fundos que são destinados aos agricultores, o que é inaceitável”.

“Tudo isto feito à revelia do setor, sem explicações ou fundamentação, o que é intolerável e motivo de profundo descontentamento e indignação”, insiste a CAP, que denuncia que a “total ausência de visão e de rumo para o setor agroflorestal está a condicionar negativamente a atividade em Portugal e a hipotecar o seu desenvolvimento futuro”.

A CAP afirma que o Governo “não só não foi capaz de acompanhar as necessidades do setor, como tem feito uso da sua maioria absoluta para fazer exatamente o contrário, prejudicando o presente e o futuro da agricultura em Portugal”.

Fonte: Lusa

EPIFANIA DO SENHOR (SOLENIDADE)

Deus é para todos

Is 60, 1-6 / Slm 71 (72), 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12

Habita-nos o desejo profundo de pertencer, de fazer parte de algo maior do que nós. E vamos encontrando formas de o saciar de diversas formas: na família onde nascemos, no bairro ou cidade onde crescemos, no país em que vivemos, ou até numa opção de vida dadora de sentido, que por vezes é a religião.

A Solenidade da Epifania, que hoje celebramos em Igreja, traz uma novidade que abalou o mundo de então e que ainda hoje nos deve fazer estremecer: Deus vem para todos e estabelece a fraternidade universal. Como nos dizem Paulo e Isaías nas leituras que escutamos, a salvação de Deus dirige-se igualmente a gentios e judeus, é para todas as nações da terra.

Os Magos que saíram do Oriente para conhecer o Rei dos Judeus que acaba de nascer, seguindo o rasto de um fenómeno cósmico, de uma estrela, são os primeiros a romper com as barreiras do sangue e da tribo. Afirmam com clareza, sem palavras e através de gestos, que o Menino que nasce em Nazaré é dádiva para a Humanidade.

E isto deve colocar-nos diante de uma pergunta: quantas vezes excluímos da alegria da comunhão aqueles que nasceram noutro lugar, falam doutra maneira, vestem-se diferentemente ou têm comportamentos que nos parecem estranhos? Quantas vezes tentamos reduzir a fraternidade universal de Jesus, Deus encarnado, ao seleto grupo de pessoas escolhidas por nós?

Nesta Solenidade da Epifania, tenhamos a mesma liberdade e arrojo que os Magos tiveram ao sair de casa atrás de uma estrela e sigamos o Espírito Santo. Deixemos que Ele nos ilumine e nos diga que ressentimentos ou preconceitos são impedimento na construção do Reino. E, acompanhados pela ternura e doçura do nosso Deus, arrisquemos dar o primeiro passo em direção àqueles que empurramos para longe. Quem sabe se não será esse nosso primeiro passo a trazê-los para o caminho da santidade.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1939

Ensino: Alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao superior

Os alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao ensino superior, sendo Português obrigatório e as três provas restantes definidas pelas instituições de ensino para onde pretendem ir, revelou o ministério.

O projeto de acesso ao ensino superior está na sua fase final e será aplicado de “forma muito progressiva” sem “perturbar as escolas, os alunos nem as famílias”, disse o secretário de estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.

Este ano, o modelo de acesso irá manter-se inalterado, continuando a vigorar as regras que foram definidas durante a covid-19.

A única medida da pandemia que se irá manter para os próximos anos é o fim da obrigatoriedade dos exames para certificar a conclusão do ensino secundário, sendo exigidos apenas a quem queira ingressar no superior.

A novidade é que todos os alunos que queiram continuar os estudos terão de fazer a prova de Português que, segundo o secretário de Estado, é “o candidato natural” para avaliar a formação geral dos alunos.

“É uma disciplina absolutamente nuclear que acompanha os estudantes ao longo de todo o seu processo de formação no ensino básico e secundário e que, aliás, é regra na generalidade dos países que têm sistemas de exames”, explicou.

Segundo o governante, este exame não será realizado pelos alunos que este ano estão no 12.º ano, mas ainda está em análise a hipótese de vir a ser pedido no próximo ano letivo aos estudantes que agora estão no 11.º ano.

Além de Português, os alunos terão de realizar, pelo menos, outros três exames nacionais que serão definidos pelas instituições de ensino superior para acesso a cada curso, explicou.

O secretário de estado garantiu que estas novas medidas serão aplicadas de forma gradual: “Não faz sentido que a um estudante que está este ano no 11.º ano lhe seja pedido, quando está no 12.ºano, um exame do 11.º ano, se este ano eles não foram exigidos”.

Pedro Teixeira explicou que existem aspetos que “poderão ser introduzidos sem grande dificuldade já este ano ou em 2024 e outros em 2025”.

Uma das medidas que será introduzida já este ano será a antecipação da divulgação do despacho de vagas de acesso ao ensino superior assim como da divulgação dos resultados das três fases de acesso, para que todos os alunos possam começar as aulas na mesma altura.

Outra das novidades, que não irá entrar já em vigor, poderá ser o aumento do peso dos exames nacionais.

Havia instituições onde os exames nacionais podiam ter um peso de cerca de 45% e a ideia é subir para um mínimo de 50% e um máximo de 60 para 65%, no sentido de reforçar um bocadinho aqui o peso dos exames, explicou.

O secretário de Estado defendeu que os exames têm um “papel regulador e introdutor de alguma comparabilidade, alguma justiça social”, uma vez que estão a concorrer alunos de todo o país e todo o tipo de escolas, onde as avaliações podem ser muito dispares.

“O que nós observamos é que nas disciplinas em que há exame, o comportamento padrão das notas é mais próximo entre si, quer entre diferentes regiões do país que quer entre escolas públicas e privadas”, acrescentou.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Regressam os cantares de Reis

Com o propósito de manter viva a tradição de cantar os Reis, o município de Miranda do Douro, vai promover no serão de sábado, dia 7 de janeiro, o encontro “Bamos a cantar ls Reis”, uma iniciativa que vai juntar no miniauditório, vários grupos corais de todo o concelho.

O grupo “Quinteto Reis” interpreta o tema “Ora vem ver”

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, após dois anos impossibilitados de organizar o encontro de cantares dos Reis, por causa da pandemia, este ano verifica-se uma grande adesão de grupos de todo o concelho.

“As pessoas têm muita vontade de participar nos Cantares dos Reis e estou em crer que o miniauditório, em Miranda do Douro, se vai tornar pequeno para tanta gente!”, adiantou.

A autarca confirmou que no encontro “Bamos a cantar ls Reis”, agendado para o sábado, dia 7 de janeiro, às 21h00, em Miranda do Douro vão participar grupos da cidade, da vila de Sendim, de outras aldeias do concelho e um grupo infantil da Escola Básica.

Sobre os Cantares dos Reis, Helena Barril, disse apreciar sobretudo as músicas interpretadas pelo grupo “Quinteto Reis”.

“Os ‘Quinteto Reis’ surgiram precisamente para cantar os Reis e preservar músicas que corriam o risco do esquecimento. Com os ‘Quinteto Reis’ aprendemos muitos cantares antigos. Este grupo foi inovador e inspirou mesmo o surgimento de outros grupos, assim como uma maior atenção e preservação dos cantares tradicionais”, indicou.

Os “Quinteto Reis” surgiram em 1984 com o propósito inicial de preservar a tradição dos “Cantares dos Reis”. Com a passar dos anos e dado o bom acolhimento do público, o grupo foi interpretando outros temas musicais caraterísticos da Terra de Miranda.

O grupo chegou a editar um disco intitulado “Quinteto Reis 84”, composto por 16 temas e que são a base dos seus concertos.

Ao longo destes 38 anos de atividade já atuaram em vários palcos, desde a Festa do Avante, às tradicionais festas populares mas também em festas de aniversário, casamentos e batizados. De acordo com o músico e também artesão, António José Dias, o segredo da longevidade do “Quinteto Reis” deve-se sobretudo à grande amizade que há entre os membros do grupo.

HA

Sendim: Dia de Reis celebrado ao longo de três dias

A partir desta sexta-feira, dia 6 de janeiro, a vila de Sendim vai começar a celebração do Dia de Reis, com os cantares porta a porta pelas ruas da vila, seguida da atuação no Encontro de Cantares em Miranda do Douro, para concluir esta festividade com a participação no evento Dia de Reis, promovido pela comissão de festas de Santa Bárbara.

O Dia de Reis é promovido pela comissão de Festas de Santa Bárbara 2022/20223 e segundo o mordomo, José André, este evento pretende preservar a tradição dos cantares dos Reis.

No tarde de Domingo, a partir das 16h00, para além da atuação dos grupos “Magum” e do Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim, a comissão de festas vai servir os “Reis”, ou seja, um lanche, à população de Sendim.

De acordo com Telmo Ramos, o grupo de Cantares dos Reis “Magum” surgiu em 2017, fruto da iniciativa de um grupo de amigos sendineses, que quis preservar esta tradição.

«O grupo é constituído por homens e mulheres, jovens a adultos, que cantam, tocam instrumentos musicais e interpretam vários temas alusivos a esta festividade, como por exemplo: “Trigo, nozes e marmelada, lombo de porco e vitela assada”, “Vinde pastores e magos” e outros temas cantados pelo grupo Quinteto Reis, como o “Ora, vem ver!”, disse.

Segundo Telmo Ramos, a adesão e o entusiasmo dos sendineses pela tradição dos Cantares dos Reis tem vindo a crescer, ainda mais com a introdução de vários instrumentos musicais, como a concertina, as violas, o bombo e a pandeireta.

“Os instrumentos musicais dão mais melodia e animação aos Cantares dos Reis”, justificou.

Sobre a tradição de cantar os Reis, porta a porta pelas ruas de Sendim, Telmo Ramos, adiantou que na sexta-feira, dia 6 de janeiro, também vão cantar em algumas casas da vila.

“No dia de Reis, a 6 de janeiro, vamos cantar em algumas casas. Aí, para além dos cantares, vamos ser presenteados com a oferta de uma merenda, com produtos típicos desta altura do ano, como são as chouriças assadas, as alheiras, o presunto, o bolo rei, as rabanadas, o vinho, jeropiga e licores”, contou.

O outro grupo que vai participar nas celebrações do Dia de Reis, é o Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim. Segundo a presidente, Sandra Nobre, o objetivo é preservar esta bonita tradição.

“Na sexta-feira, conjuntamente com o grupo Magum, vamos cantar os Reis, porta a porta, pelas ruas de Sendim. No sábado, vamos participar no Encontro de Cantares de Reis, promovido pelo município de Miranda do Douro. E finalmente, no Domingo, vamos colaborar com a comissão de Festas de Santa Bárbara e cantar os Reis, no pavilhão multiusos de Sendim, para toda a população”, indicou.

No repertório, o Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim, que é constituído por muitas crianças, vão cantar músicas dos Reis como o “Corramos com pressa!”, “Oh de casa, nobre gente!” e “Beijai o Menino!”.

Desde que assumiu funções, a mordomia de Santa Bárbara 2022/2023 tem realizado várias atividades, com o objetivo de angariar dinheiro para organizar a festa da padroeira, no próximo dia 13 de agosto, em Sendim.

Segundo o mordomo, José André, nos grandes eventos da vila, como são o festival Intercéltico, a Feira dos Grazes ou a Ronda das Adegas procuram participar de modo a publicitar a festa de Santa Bárbara e a angariar dinheiro com a venda de vários produtos.

“Para além da participação nos grandes certames, a Comissão de Festas de Santa Bárbara organiza ao longo do ano, vários eventos temáticos, como foi a Noite da Francesinha, realizada a 17 de dezembro, no pavilhão multiusos, a qual foi um sucesso, com lotação esgotada”, disse.

HA

Sendim: Centro de Inovação e Tecnologia permitiu trabalhar à distância

No dia 4 de janeiro, o Centro de Inovação e Tecnologia das Terras de Trás-os-Montes (CIT-TT), em Sendim, foi o local de trabalho, das 15 pessoas que integram a iniciativa Rural Experience, que está a decorrer de 2 a 8 de janeiro, no concelho de Miranda do Douro.

Inaugurado a 16 de julho de 2022, o Centro de Inovação e Tecnologia das Terras de Trás-os-Montes (CIT-TT) disponibilizou duas salas de trabalho, com acesso à internet, para que os 15 trabalhadores pudessem trabalhar à distância.

O responsável pelo CIT-TT, Filipe Machado, mostrou-se entusiasmado com a visita destes profissionais, que remotamente, trabalham em diversas áreas como a tecnologia, a investigação, a engenharia mecânica, a tradução, o design, a consultoria, entre outras atividades.

“Muito obrigado pela visita dos trabalhadores que estão na participar na Rural Experience, no concelho de Miranda do Douro. Tal como a associação Rural Move, também o CIT-TT tem a missão de demonstrar que é possível trabalhar desde as localidades rurais, aproveitando as novas tecnologias ”, disse.

A funcionar na vila de Sendim, há cerca de seis meses, este centro tecnológico assume como missão preparar pessoas, na área tecnológica, para o mercado de trabalho. E para tal, realiza ações de formação presenciais e online.

“O CIT-TT recebe solicitações de empresas tecnológicas que precisam de técnicos em determinadas áreas. Cabe-nos dar essa formação às pessoas, para que imediatamente depois possam começar a trabalhar”, explicou.

Andréa Barbosa, da Associação Rural Move, relembrou que a missão desta organização é apoiar as pessoas que pretendem fixar-se nos territórios rurais.

“Hoje, o mundo rural já não é o que era há 30 pou 40 anos. Atualmente, nestes territórios existem mais oportunidades de trabalho, do que apenas a agricultura e a pecuária. Para acabar com esse preconceito é preciso ter uma experiência no mundo rural, para descobrir as potencialidades que estas localidades oferecem. E é precisamente isso que estas 15 pessoas estão a fazer entre os dias 2 a 8 de janeiro”, disse.

Luísa Almeida, é assistente de vendas de uma empresa multinacional, na Maia. Com o surgimento da pandemia, começou a trabalhar à distância, a partir de casa. Questionada se é possível exercer a sua atividade profissional desde Miranda do Douro, respondeu peremptoriamente que sim.

“Sim, é possível. E ao longo desta semana, aqui, no concelho de Miranda do Douro, continuo a trabalhar todos os dias. Desde a pandemia, que a empresa onde trabalho, dá a possibilidade aos trabalhadores de exercerem a sua atividade à distância”, explicou.

Esta profissional conheceu a associação Rural Move e identificou-se totalmente com a missão de apoiar a mudança de pessoas para as localidades rurais.

“Sou natural de Mirandela e vivi em Torre de Moncorvo até aos 16 anos. Por isso, conheço as mais valias de viver no interior do país, como é a melhor qualidade de vida, o sossego do campo, o ar que respiro, o maior convívio com as pessoas locais, a dispensa de transportes e de correrias para ir para o local de trabalho”, destacou.

Sobre as exigências de trabalhar à distância, Luísa Almeida, sublinhou que é importante manter uma disciplina, como a definição do local de trabalho, do horário, das pausas para as refeições e dos momentos de descanso.

“Por vezes, até trabalho mais à distância, do que na empresa”, disse.

Na opinião desta profissional, é fundamental a existência de bons serviços de telecomunicações para que haja mais pessoas a mudarem-se para as localidades rurais.

“É um imperativo que haja uma boa ligação de internet para que se possa trabalhar à distância. E se houver um espaço coworking, onde possamos interagir com outros profissionais e que ofereça boas condições de conforto, de aquecimento, etc. muito melhor”, concluiu.

HA

Ensino: Nove em cada dez docentes progrediram dois escalões desde 2018

Desde 2018, nove em cada 10 docentes progrediram dois escalões na carreira, segundo dados apresentados pelo ministro da Educação, que reconheceu que tal não significa que seja “tudo uma maravilha” e que não haja motivo de descontentamento.

Numa semana em que os professores retomaram os protestos e greves contra algumas políticas e propostas da tutela, o ministro da Educação apresentou hoje números aos deputados da Comissão de Educação e Ciência demonstrativos de algumas melhorias registadas nos últimos anos.

“Desde 2018, já progrediram um escalão na carreira 98,5% dos professores. Destes, 90% já progrediram 2 escalões. Em 2022, são já 16% os professores que estão no topo da carreira e mais de 36% os que estão acima do 7.º escalão”, afirmou João Costa, durante a audição parlamentar.

“Não estou a dizer com isto que é tudo uma maravilha e que não há motivo de descontentamento”, reconheceu o ministro, lembrando que existem “muitos professores que apanharam um período de congelamento que os deixou para trás na carreira”.

“Apesar de toda esta evolução positiva”, o ministro disse está disponível para “ao longo da legislatura, negociar aspetos transversais à carreira”.

Uma das reivindicações dos professores, que têm agendados protestos e greves, é precisamente o da recuperação do tempo congelado para efeitos de progressão na carreira.

Reconhecendo a precariedade de um “sistema educativo que continua a recorrer anualmente a um número excessivo de professores contratados” que estão “a suprir necessidades permanentes do sistema”, João Costa voltou a defender a necessidade de fazer entrar mais docentes para os quadros.

O ministério quer que “sempre que um lugar que não resulta de substituições temporárias é ocupado por um período superior a três anos por um professor contratado ou por um professor de quadro de zona pedagógica, seja aberto um lugar de quadro, reconhecendo que se está perante uma necessidade permanente”, explicou.

Além da “redução de professores contratados”, João Costa voltou a defender a necessidade de reduzir a dimensão dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) para que os professores não tenham de andar “com a casa às costas”, muitas vezes percorrendo “200 quilómetros diários”.

A redução dos QZP é uma das exigências dos sindicatos, que pedem também o fim das quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões de uma carreira de dez escalões é uma das reivindicações dos professores que exigem o fim das quotas de acesso àqueles dois escalões.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Desfile de mascarados do solstício de inverno

Após dois anos de interrupção devido à pandemia, Mogadouro volta a acolher no dia 14 de janeiro, mais de duas dezenas de grupos dos rituais do solstício de inverno vindos de Portugal e Espanha.

Este desfile de grupos mascarados promete colocar as ruas de Mogadouro, em total alvoroço com a sua tropelias, próprias destas figuras “demoníacas”, que tradicionalmente saem à rua por altura do Natal, Ano Novo e Carnaval.

“Como nesta altura já houve o desfile destas figuras em cada uma das aldeias do concelho e vizinhos, com exceção das mais carnavalescas, este dia [14 de janeiro] é o que reúne maior consenso”, vincou a vereadora da Cultura de Mogadouro, Márcia Barros.

A folia começa com um desfile, que vai percorrer as principais ruas da vila de Mogadouro, até chegar ao centro histórico, local onde todos os grupos se juntam, causando o alvoroço típico destes mascarados solsticiais de origem pagã.

“Até ao momento estão confirmados duas dezenas de grupos de mascarados vindos das Astúrias, Galiza e Castela e Leão, do lado espanhol. Já do lado português, são esperados os mascarados do Nordeste Transmontano, Douro e Beira Litoral”, explicou a autarca.

Este ano o destaque vai para a Mascarinha e Mascarão, duas personagens mascaradas e recentemente recuperadas, oriunda da aldeia de Vilarinho, que estavam perdidas no tempo há mais de meia centena de anos e que devido à pandemia tiveram de aguardar para saírem à rua e serem as figuras de destaque no desfile de 2023.

Antero Neto e António Rodrigues Mourinho, investigadores deste tipo de tradições, afirmam que o concelho de Mogadouro é rico nestes rituais associados ao solstício de inverno, tais como o “ancestral e enigmático” Chocalheiro de Bemposta, os Velhos de Bruçó, o Chocalheiro de Vale de Porco, o Careto e a Velha em Valverde, Farândulo de Tó ou a Mascarinha e o Mascarão de Vilarinho dos Galegos.

“Nos últimos anos temos assistido ao recuperar de velhas tradições que envolvem os mascarados, que estavam perdidas e que, com os testemunhos de alguns populares mais idosos, foi possível recuperar. Estas tradições foram-se perdendo devido ao esvaziamento demográfico do território”, vincou Antero Neto.

Este investigador é responsável, em parceria com as respetivas populações, pela recuperação de antigos rituais no concelho de Mogadouro tais como a Mascarinha e Mascarão e Careto e a Vela de Valverde, ambos do concelho de Mogadouro.

Este encontro desperta o interesse dos fotógrafos, jornalistas, investigadores ou simples curiosos, vindos de todo o lado, para conhecer estas enigmáticas figuras espalhadas um pouco por todo o Nordeste Transmontano.

Para o historiador António Rodrigues Mourinho, tudo isto está ligado à cultura pagã e não se conhece a sua origem, sendo classificados como “rituais de passagem e fertilidade” incorporados em figuras espampanantes e misteriosas.

Fonte: Lusa

Vimioso: 17 alunos vão frequentar curso técnico profissional na área do termalismo

A vila de Vimioso vai acolher um curso de termalismo, que está integrado nos cursos técnico profissionais superiores, com 17 alunos, oriundos de várias localidades dos distritos de Bragança e Vila Real.

“Em Vimioso existe o complexo termal da Terronha, o único no distrito de Bragança e por isso faz todo o sentido abrir um curso na área do termalismo no nosso concelho, incluindo um estágio em contexto de trabalho”, anunciou o presidente da câmara municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo.

A abertura do Curso Técnico Profissional de Termalismo e Bem-estar de Vimioso, resulta uma parceria entre o município de Vimioso e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Segundo o Instituto Politécnico de Bragança, o curso em “Termalismo e Bem-Estar” é uma formação de curta duração (4 semestres) no ensino superior, que confere um diploma de nível 5, segundo o quadro nacional de qualificações (QNQ).

De acordo com o IPB, o último semestre do curso consiste num estágio profissional, a ser realizado nas Termas de Vimioso.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, “este curso é uma excelente oportunidade para quem terminou o 12º ano. E é também uma boa porta de entrada para uma futura licenciatura na área da saúde”, indicou.

Entre outras valências, a formação em Termalismo e Bem-Estar tem por objetivo preparar os formandos para desempenharem várias funções, tais como planear e assegurar a realização de técnicas termais, técnicas de massagem, estética e bem-estar, utilizando os meios técnicos e equipamentos de acordo com as necessidades e especificidades dos utentes.

Podem candidatar-se ao CTESP em “Termalismo e Bem-Estar”:

  • os alunos com o 12º ano concluído;
  • os maiores de 23 anos;
  • e os titulares de outros graus académicos.

Fonte: Lusa e HA