Autárquicas: PSD passa a maioritário no distrito de Bragança

Autárquicas: PSD passa a maioritário no distrito de Bragança

Nas recentes eleições autárquicas, o PSD conquistou sete das 12 câmaras do distrito de Bragança, tornando-se assim maioritário na presidência das autarquias.

Nas eleições autárquicas, de 26 de setembro, o PSD, em coligação com o CDS-PP, ganhou três câmaras aos socialistas. A coligação de direita ganhou em Miranda do Douro, Mogadouro e Vila Flor.

Em Miranda do Douro, Helena Barril, em coligação com o CDS-PP, conquistou 54,15% dos votos, vencendo assim com maioria absoluta, o candidato do PS, Júlio Meirinhos, que ficou nos 41,22%.

Outra surpreendente conquista aconteceu em Mogadouro, com António Pimentel a obter 48%74 dos votos e a derrotar o presidente recandidato, Francisco Gonçalves, que registou 46,35%.

Em Vila Flor, Pedro Lima alcançou 53,77% dos votos e venceu o autarca recandidato Fernando Barros, que obteve 40,47% da votação.

O PSD continua também a liderar Vimioso, com a reeleição de Jorge Fidalgo. Numa análise à vitória no concelho vimiosense, o presidente reeleito, disse que o resultado alcançado (63,38%) “superou as expetativas e é um reconhecimento por parte da população do trabalho desenvolvido ao longo dos anos”.

Jorge Fidalgo, referiu ainda que “ao contrário do que se poderia esperar, sobre um possível desgaste ao fim de 8 anos à frente da autarquia de Vimioso, continua a haver muita força e determinação para executar os projetos”, disse.

“A população do concelho de Vimioso deu-nos mais uma vez, uma prova de confiança, o que aumenta a nossa responsabilidade nos próximos quatro anos”, afirmou.

Em Bragança, Hernâni Dias foi também reeleito, fazendo o pleno em todos os órgãos autárquicos no concelho, onde o partido social-democrata é poder há 24 anos.

Os social-democratas mantiveram também o bastião do partido, em Carrazeda de Ansiães, onde João Gonçalves governará com maioria reforçada, ao obter quatro dos cinco mandatos para o executivo municipal.

A coligação PSD/CDS-PP manteve também Nuno Gonçalves à frente da Câmara de Torre de Moncorvo.

Ao fazer uma avaliação aos resultados do Partido Social-Democrata (PSD), no distrito de Bragança, o presidente da distrital do PSD, Jorge Fidalgo, dirigiu uma palavra de gratidão e ânimo aos candidatos que não alcançaram o resultado que os sociais-democratas desejavam.

Foram eles, Maria do Céu Quintas, em Freixo de Espada à Cinta, que perdeu a autarquia para Nuno Ferreira, do PS.

Em Vinhais, Carlos Almendra não conseguiu superar o socialista Luís Fernandes.

Em Mirandela, Duarte Trabanca, perdeu para Júlia Rodrigues.

Assim, como Nuno Morais também não logrou vencer em Macedo de Cavaleiros, o socialista Benjamim Rodrigues.

E em Alfândega da Fé, Vitor Bebiano, também não conseguiu superar Eduardo Tavares.

“Quero agradecer aos candidatos todo o trabalho que desenvolveram ao serviço do partido e dos seus concelhos. As propostas não foram vitoriosas, mas virão novas eleições nas quais esperamos merecer a confiança do eleitorado”, adiantou o presidente da distrital do PSD.

Quanto aos sete candidatos sociais-democratas que venceram as eleições nos seus concelhos, Jorge Fidalgo (que também venceu em Vimioso) felicitou os seus companheiros de partido, pelo trabalho realizado, quer como presidentes de câmara que se recandidataram, quer como novos candidatos vencedores pelas propostas que apresentaram.

“É com satisfação que vemos que o PSD volta a ser a força maioritária no número de câmaras municipais, no distrito de Bragança. Mas o nosso objetivo é ter sempre o maior número de autarquias possível. Este aumento de 5 para 7 autarquias deixa-nos satisfeitos.”

Nestas eleições no distrito de Bragança, o PSD conquistou 7 autarquias (Bragança, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vimioso), o PS venceu 5 (Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vinhais) e os grupos de cidadãos foram a terceira força política, com o “Unidos por Carrazeda” a conquistar um mandato no executivo de Carrazeda de Ansiães.

O partido Chega ficou em quarto lugar na região, com quase 2%, o equivalente a 1.620 votos.

Resultados eleitorais no distrito de Bragança. (MAI)

https://www.autarquicas2021.mai.gov.pt/resultados/territorio-nacional?local=LOCAL-040000

Fonte: Lusa e HA

Entrevista: «Decidi ficar para tratar dessas vinhas velhas» – Aline Domingues

Entrevista: «Decidi ficar para tratar destas vinhas velhas» – Aline Domingues

A vindima é uma das tradições agrícolas mais antigas do nosso país, que é marcada por muito trabalho, mas também pela alegria e a festa. Na aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, vive Aldine Domingues, uma jovem luso-francesa que decidiu mudar-se para o planalto mirandês, para aqui se dedicar à viticultura.

Aline Domingues decidiu instalar-se no planalto mirandês para se dedicar à viticultura. (HA)

Terra de Miranda – Notícias: Há quanto tempo se dedica ao cultivo da vinha e à produção de vinho?

Aline Domingues: Comecei este projeto em 2017, quando decidi vir para Portugal, com o propósito de desenvolver um projeto vitícola na região do Douro. Mas depois, em conversa com o meu avô, apercebi-me do abandono das vinhas no planalto mirandês, cuja causa é o despovoamento e o facto de as pessoas idosas já não poderem cuidar das vinhas.

T.M.N: Que trabalhos exige a vinha ao longo do ano?

A.D.: Eu opto por tratar das vinhas com o método da agricultura biológica, ou seja, procuro cuidar dos solos. Para tal, após a vindima e antes da chegada das chuvas, em outubro, vou lavrar as vinhas para aí semear tremoços, lentilhas e trevos. São leguminosas que têm a capacidade de captar o azoto do ar e de o fixar no solo, servindo assim de ingrediente ou alimento para as videiras.

T.M.N.: Quais são as castas predominantes nesta região do planalto mirandês?

A.D.: As castas tradicionais desta região são a negreda e o bastardo preto.

T.M.N.: Que doenças afetam as videiras?

A.D.: No planalto mirandês, dado que o clima é árido e há pouca humidade, não há muitas doenças. Ainda assim, uma das doenças mais comuns é a propagação de fungos como o míldio.

T.M.N.: Quais são as condições atmosféricas ideais para a vinha?

A.D.: A vinha quer muito sol e pouca água, para não stressar as videiras.

T.M.N.: Como se poduz um bom vinho?

A.D.: O bom vinho faz-se na vinha, ao longo do ano. Para tal, são necessárias uvas maduras e claro, sem doenças. Depois, vem o trabalho na adega. Como faço um vinho natural, sem aditivos e conservantes, é muito importante lavar bem a adega e todos os materiais, antes de começar a prensar as uvas, para as transformar em vinho.

O bom vinho faz-se na vinha, ao longo do ano. Para tal, são necessárias uvas maduras e sem doenças.

T.M.N.: Após a prensa das uvas o trabalho está terminado?

A.D.: Após a prensa da uvas há que acompanhar a fermentação do vinho. Diariamente, meço a temperatura do vinho e a sua densidade ou quantidade de açúcar. Dado que é um vinho natural, sem a adição de outros produtos tenho que cuidar bem da fermentação, para evitar que o vinho se estrague. Esta fermentação vai decorrer ao longo de vários meses e o vinho só estará pronto para beber em junho, do próximo ano.

A fermentação vai decorrer ao longo de vários meses e o vinho só estará pronto para beber em junho do próximo ano.

T.M.N.: E quais são as caraterísticas destes vinhos?

A.D.: Para mim, o importante é o equilíbrio entre o aroma e acidez. Tradicionalmente, nesta região vindima-se muito tarde, o que faz com que as uvas tenham muito açúcar e portanto muito álcool. Os vinhos que produzo têm mais acidez, sabem mais à fruta e são mais leves.

T.M.N: Como vai ser a colheita de uvas deste ano? Que quantidade espera colher? E como é a qualidade das uvas?

A.D.: A quantidade é boa, mas em termos de qualidade, a colheita deste ano vai ser complicada, porque a maturação das uvas está atrasada. Nas últimas semanas de setembro, a temperatura arrefeceu bastante e chove, o que não permitiu que as uvas amadurecessem tanto quanto desejaria. A uva branca, por exemplo, está pouco doce e falta-lhe aroma.

T.M.N.: Que tipos de vinhos produz?

A.D.: Produzo três tipos de vinho. Um branco. Um tinto. E um vinho rosé.

T.M.N.: O seu vinho tem um marca própria?

A.D.: Sim, a marca dos vinhos denomina-se Menina d’Uva. São comercializados sobretudo para Porto, Lisboa e o estrangeiro.

T.M.N.: Esta região tem boas condições de solo e de clima para a produção de vinho?

A.D.: Sim, no planalto mirandês há ótimas condições para a viticultura, dado que há vários tipos de solos, como são o granito, o xisto e a argila. Mas, estranhamente, é uma região esquecida e subaproveitada na produção de vinho.

T.M.N.: Depois da vindima, que tarefas vai realizar na vinha?

A.D.: Como referi atrás, após a vindima vou lavrar as vinhas para aí semear tremoços, lentilhas e trevos que têm a capacidade de captar o azoto do ar e de o fixar no solo, servindo assim de ingrediente ou alimento para as videiras. Depois, em janeiro vou iniciar a poda das videiras.

T.M.N.: Porque é que a poda é tão importante?

A.D.: A poda é muito importante, porque uma videira é uma planta, ou seja, é um circuito de seiva. Se na poda corto a planta num sítio errado posso interromper esse circuito de seiva e assim secar a planta. Por essa razão, dou uma grande importância ao trabalho da poda das videiras. No primeiro ano de cultivo de uma vinha, tenho por método dedicar cinco minutos a cada videira, usando uma machada e uma tesoura. Depois, nos anos seguintes, o trabalho da poda já é mais rápido. Este trabalho da poda inicia-se em janeiro. E após a poda, as vinhas são estrumadas.

T.M.N.: Para além do trabalho, costuma dizer-se que a vindima é também uma festa. Continua a ser assim?

A.D.: Sim, a vindima também é um momento de convívio entre familiares, amigos e até voluntários que se interessam pela produção de vinho biológico.

No planalto mirandês há ótimas condições para a viticultura, dado que há vários tipos de solos, como são o granito, o xisto e a argila. Mas, estranhamente, é uma região esquecida e subaproveitada na produção de vinho.

“Quem não vive para servir, não serve para viver” – Mahatma Gandhi

XXV DOMINGODO TEMPO COMUM

“Quem não vive para servir, não serve para viver”Mahatma Gandhi

Sab 2, 12.17-20 / Slm 53 (54), 3-6.8 / Tg 3, 16 – 4, 3 / Mc 9, 30-37

Esta página do livro da Sabedoria adverte-nos sobre os falsos sábios que vivem centrados nos seus prazeres, desregradamente sem lei nem limite. Por isso a vida dos justos é-lhes um estorvo e, em si mesma, uma condenação dos seus erros. Assim, planeiam liquidar quem segue a lei de Deus e pratica a justiça. Mas quem elimina uma pessoa boa acrescenta um crime de bradar aos céus à própria maldade. A Palavra de Deus, por contraste, exorta-nos a seguir o caminho da bondade e da justiça, custe o que custar. Este bom exemplo será um positivo desafio à conversão dos que andam em contramão nas estradas da vida.

São Tiago adverte-nos sobre o que se passa no nosso coração. Podemos deixar que se vão acumulando invejas e rivalidades, ódios e todo o tipo de paixões destrutivas. Este acumular de maldade venenosa acaba por explodir em conflitos e guerras. Cabe-nos estar atentos para cultivar «a sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica, compreensiva e generosa». Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.

O evangelista Marcos refere três vezes o anúncio da paixão feito por Jesus. É neste contexto dramático que os discípulos ousam discutir sobre quem é o mais importante do grupo dos seguidores de Jesus. É a imagem das nossas contradições e incongruências, em que em vez de socorrermos um ferido, nos ocupamos a analisar a ementa de luxo de um restaurante próximo. Jesus, sem se centrar na sua paixão, põe em evidência a verdadeira grandeza, cujo modelo é uma criança simples e pura. Esta é também a imagem do que há de grande e bom em mim?

“Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.”

(Meditação diária no site da Rede Mundial do Apostolado da Oração)

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1443

Vimioso: Ano letivo arranca com o 10º ano profissionalizante

Vimioso: Ano letivo arranca com o 10º ano profissionalizante

Oito alunos do agrupamento de escolas de Vimioso vão frequentar o 10º ano, num projeto experimental, em que as aulas socioeducativas vão ser ministradas em Vimioso, enquanto que a componente profissional, vai realizar-se nas escolas Abade Baçal, em Bragança, e em Carvalhais (Mirandela).

De acordo com o engenheiro Rui Caseiro, primeiro secretário da CIM – Terras de Trás-os-Montes, desde há uns anos que a câmara municipal de Vimioso tem vindo a trabalhar com o Agrupamento de Escolas local, para oferecer aos alunos do concelho o acesso ao ensino profissionalizante, que atualmente não existe no concelho vimiosense.

Esta necessidade foi comunicada à Comunidade Intermunicipal (CIM) – Terras de Trás-os-Montes, que por sua vez, efetuou diligências junto da Secretaria de Estado da Educação e da Direção Regional de Educação do Norte (DREN), o que levou à implementação neste novo ano letivo 2021/2022, do projeto-piloto ou experimental, designado de “Turmas de responsabilidade partilhada”.

Segundo o engenheiro Rui Caseiro, estas “turmas de responsabilidade partilhada” têm uma componente socioeducativa que é ministrada nas escolas de origem, neste caso em Vimioso. E a componente científica e profissional é ministrada numa outra escola, chamada escola de destino, onde existe o ensino profissionalizante.

De acordo com o secretário da CIM-Terras de Trás-os-Montes, para constituir uma turma desta natureza, há que reunir pelo menos 8 a 10 alunos.

Assim sendo, neste novo ano letivo, o agrupamento de escolas de Vimioso vai lecionar durante dois dias da semana a componente geral ou sócio-educativa.

Nos restantes três dias, os alunos vão frequentar a componente científico-profissional em Carvalhais (Mirandela) e em Bragança, na Escola Abade Baçal.

Os oito alunos matriculados no 10º ano, em Vimioso, increveram.se nos cursos de agropecuária (1); cozinha e pastelaria (3); mecatrónica (3); e multimédia (1).

A despesa do transporte dos alunos para as escolas profissionalizantes é da responsabilidade da Comunidade Intermunicipal (CIM) – Terras de Trás-os-Montes.

“Com esta medida, pretende-se que os alunos do concelho de Vimioso possam continuar os estudos e, simultaneamente, continuar a viver no seu seio familiar”, explicou Rui Caseiro.

HA

Autárquicas: Rio veio a Miranda do Douro apoiar Helena Barril

Autárquicas: Rio veio a Miranda do Douro apoiar Helena Barril

O presidente do PSD, Rui Rio, veio a Miranda do Douro apoiar a candidata social-democrata, Helena Barril, na caminhada para as eleições à presidência da câmara municipal de Miranda do Douro.

O presidente do PSD, Rui Rio, ladeado pelos candidatos Vitor Bernardo, Helena Barril, Óscar Afonso, Nuno Rodrigues e toda a comitiva social-democrata. (LA)

Rui Rio, foi recebido pelos candidatos sociais-democratas de Miranda do Douro junto à concatedral e no miradouro para a barragem. Após o encontro com Helena Barril, a candidata do PSD à presidência da câmara municipal, a comitiva laranja percorreu as ruas da histórica cidade de Miranda do Douro. Nesta caminhada, Rui Rio e Helena Barril, sempre lado a lado, entraram em muitos dos estabelecimentos comerciais para cumprimentar as pessoas.

Quando questionado sobre a razão da sua vinda a Miranda do Douro, o líder do PSD, respondeu que: “o que me traz a Miranda do Douro é, naturalmente, apoiar a nossa candidata, Helena Barril, à presidência da Câmara Municipal”, disse Rui Rio.

O presidente do PSD acrescentou que nesta campanha para as autárquicas há 308 câmaras municipais no país e “não é possível ir a todas. Há que fazer uma seleção”, disse.

“Procuro ir às localidades onde há uma campanha muito ativa e há uma elevada probabilidade de ganhar. É isso que se perspetiva aqui, em Miranda do Douro, com o regresso do PSD à câmara municipal, onde já esteve há uns anos atrás”, afirmou o presidente do PSD.

Para Helena Barril, a presença de Rui Rio, em Miranda do Douro, teve um grande significado para a sua equipa. “É muito importante receber o apoio do líder do PSD, o que nos dá ainda mais alento para continuar nesta caminhada para a vitória”, explicou a candidata à presidência da Câmara Municipal de Miranda do Douro

No passado Domingo, dia 12 de setembro, na praça Dom João III, a candidatura social-democrata “Tempo de Acreditar”, apresentou todos os candidatos às juntas de freguesia, assembleia municipal e câmara municipal.

Na sua intervenção, Helena Barril, reiterou a sua determinação em “trabalhar para fazer de Miranda uma terra de oportunidades”.

Para tal, a candidata social-democrata voltou a lembrar que “Miranda do Douro é o quinto concelho do país que produz mais riqueza, mas continua a ser um dos mais pobres”. Por esta razão, Helena Barril, reafirmou que vão exigir “o pagamento dos impostos devidos pela venda da concessão das barragens” e enalteceu o contributo da sociedade civil, em concreto do Movimento Cultural da Terra de Miranda, que “se soube organizar e reivindicar os direitos das populações desta região”.

“O Movimento Cultural da Terra de Miranda somos todos nós”, disse.

Na sua comunicação, a candidata à presidência da câmara municipal de Miranda do Douro, destacou como causa maior da sua candidatura, a medida do seguro de saúde municipal, que quer implementar no concelho e se destina a todos os munícipes.

Outras áreas prioritárias da candidatura social-democrata são a agricultura e a pecuária. Na agricultura, pretendem modernizar as cooperativas e apostar no regadio para obter uma maior produtividade agrícola. E na pecuária, o propósito é a construção do matadouro, um projeto há muito adiado por sucessivos executivos camarários.

No âmbito industrial, Helena Barril, indicou como prioridade a construção de uma ligação de Palaçoulo – um importante polo industrial do nordeste transmontano – ao IC5.

Para dinamizar os setores da restauração, da hotelaria e do comércio, a candidata social democrata, referiu-se ao plano de dinamizar atividades culturais em Miranda do Douro, ao longo de todo o ano.

No final da sua intervenção, Helena Barril, disse que se for eleita presidente da câmara municipal de Miranda do Douro “não oferece empregos”, mas vai oferecer aos mirandeses e mirandesas o esplendor que a cidade e o concelho merecem, dando destaque ao valioso património natural e cultural.

HA

Apresentação dos candidatos do PSD às juntas de freguesia, assembleia municipal e câmara municipal de Miranda do Douro.

Palaçoulo: Pauliteiros honram a padroeira Santa Bárbara

Palaçoulo: Pauliteiros honram a padroeira Santa Bárbara

No Domingo, dia 12 de setembro, celebrou-se em Palaçoulo a festa em honra de Santa Bárbara, padroeira dos Pauliteiros, que agraciaram a festividade com a participação na procissão e as danças ao longo do dia.

Os pauliteiros de Palaçoulo transportam o andor de Santa Bárbara. (HA)

De acordo com Alfredo Delgado, presidente da Caramonico – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Palaçoulo, a festa de Santa Bárbara é muito importante para os pauliteiros de Palaçoulo, dado que esta Santa, que viveu no final do século III D.C., é a padroeira dos pauliteiros. “Acompanha-nos sempre nas nossas (an)danças”, disse. Os pauliteiros solicitam mesmo a intercessão de Santa Bárbara para que não se magoem nas suas atuações.

Neste dia de festa, a tradição ordena que após a Eucaristia, sejam os pauliteiros a transportar o andor de Santa Bárbara.

Se não fosse a pandemia, neste dia festivo, realizar-se-ia o Festival de folclore de Palaçoulo, com a vinda de grupos de todo o país. No entanto, dadas as restrições, e para continuar a cultivar esse sentido de confraternização e convívio, aos pauliteiros de Palaçoulo juntaram-se os pauliteiros vizinhos, da aldeia de Prado Gatão.

Neste ano, outra tradição que também não foi possível cumprir na íntegra, foi o peditório pelas ruas de Palaçoulo. Neste dia, é usual fazer-se o peditório para a festa de Santa Bárbara, no qual os pauliteiros percorrem a aldeia de Palaçoulo, dançando de porta em porta. Segundo a tradição, os pauliteiros perguntam aos conterrâneos qual é o “lhaço” ou a dança que querem. E os “lhaços” que exigem maior esforço aos pauliteiros, com é, por exemplo, a dança do “Assalto ao castelo”, são os que geram maior esmola.

Este ano, os pauliteiros dançaram apenas ao longo das ruas, para evitar a proximidade física entre as pessoas. De acordo com Alfredo Delgado, no próximo ano, se Deus quiser, vão retomar a tradição de dançar em frente a todas as portas e consoante o “lhaço” pedido, de maior ou menor esforço, vão receber a respetiva esmola para a festa de Santa Bárbara.

Na festa deste ano, houve a novidade da atuação dos pauliteiricos, os mais jovens aprendizes desta dança ancestral. De acordo com Alfredo Delgado, estes jovens rapazes estiveram a aprender ao longo de todo o ano, para atuarem na festa de Santa Bárbara. “Já temos um grupo formado para o futuro e que vai assegurar a preservação da tradição dos pauliteiros em Palaçoulo”, disse o presidente da associação Caramonico.

Nesta aprendizagem, os mais novos valorizam muito o exemplo dos pauliteiros mais velhos e também o incentivo da família, mais concretamente, dos pais e dos avós, que lhes transmitem o gosto e o entusiasmo pela dança dos palitos. “É ao ver os outros dançar que os mais pequenos também querem aprender! E é com muito gosto que nós lhes ensinamos a dançar”, concluiu.

HA

Autárquicas: «O grande inimigo da nossa democracia é as pessoas desinteressarem-se dela» – Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Autárquicas: «O grande inimigo da nossa democracia é as pessoas desinteressarem-se dela» – Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) alerta que o “grande inimigo” da democracia é “as pessoas desinteressarem-se dela” e destaca o dever cívico de participar nas eleições autárquicas, no próximo dia 26 de setembro.

“A minha posição sempre foi a posição da Igreja em Portugal: de respeito, primeiro, de apreço por todos que querem, com bons sentimentos, dedicar-se à polis, à política, à cidade, ao país e ao serviço que têm”, disse D. José Ornelas, em declarações à Agência ECCLESIA.

No contexto das eleições autárquicas do próximo dia 26 de setembro, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa alertou que o “grande inimigo da democracia é as pessoas desinteressarem-se dela”, assinalando que, depois, “ninguém tem autoridade para criticar” se não participa na vida da cidade.

Os portugueses são chamados a participar nas eleições autárquicas 2021 que vão eleger os responsáveis por 308 municípios, e respetivos presidentes das assembleias municipais, e os presidentes das 3091 Juntas de Freguesia em Portugal.

“Dá-me muito gosto de ver, entre os candidatos, a participação de muitos cristãos, até pessoas bem conhecidas do nosso meio diocesano”, realçou o bispo de Setúbal.

Os portugueses são chamados a participar nas eleições autárquicas 2021 que vão eleger os responsáveis por 308 municípios, e respetivos presidentes das assembleias municipais, e os presidentes das 3091 Juntas de Freguesia em Portugal.

D. José Ornelas salienta que “é importante” que as pessoas se comprometam “cada vez mais”, o que não significa que exista “uma opção politica única” mas podem ser “várias as correntes de opinião”.

“É importante que participemos nesta busca do futuro e com sentido para a humanidade. A nossa fé há de ser um ingrediente que nos leva a boas escolhas”, acrescentou.

Para o responsável católico “é bom” ter diversidade de candidaturas para que “não se transforme numa luta fratricida” mas numa procura “saudável” por projetos que sirvam as pessoas e a cidade.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa assinala que a Igreja e a sociedade vivem agora um “tempo de grandes desafios”, neste período de recomeço e início de novos anos pastorais, letivos e profissionais, para “reativar” algo que teve deser “redimensionado” por causa do “perigo que a pandemia fez experimentar”.

“Não significa que está tudo bem, mas têm outras possibilidades. A palavra de ordem é ‘não deixar de fazer as coisas’ mas vamos fazê-las com o cuidado necessário para que dai venha bem e não venha mal”, desenvolveu.

Com as condições pandémicas a dar um maior campo de ação, D. José Ornelas sublinha que o tema “é importante para todo o país” e alerta que há um antes da pandemia que “é bom que não volte”.

“É bom que o cuidar de cada um de nós, da nossa família, das nossas comunidades, seja acompanhado do estarmos, antes de mais, lá presentes. Certamente que isto é um desafio para todos. Na minha própria família noto isso, a gente quer voltar mas não quer por ninguém em risco: É preciso quebrar o gelo que tantas vezes nos fomos confrontando ao longo deste tempo”, concluiu o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Ecclesia | HM/CB

Igreja: Santuário de Nossa Senhora do Naso encheu-se de fiéis

Igreja: Santuário de Nossa Senhora do Naso encheu-se de fiéis

As festas em honra de Nossa Senhora do Naso voltaram a realizar-se nos dias 6, 7 e 8 de setembro e mais uma vez o santuário mariano recebeu a visita de muitos fiéis vindos de todo o planalto mirandês e da vizinha Espanha.

Procissão em honra de Nossa Senhora do Naso, a 8 de setembro de 2021.

Adérito Leal Rodrigues, tem 87 anos e disse que vem à festa dedicada a Nossa Senhora do Naso desde criança. Nascido e criado na Especiosa, a aldeia vizinha do Santuário, assegura que festa sempre foi uma das mais concorridas em toda a província de Trás-os-Montes. Recordou os tempos em que o dia 6 era dedicado à compra e venda de burros. E no dia seguinte, a feira era dedicada à comercialização dos outros animais, como os bovinos, os ovinos , os caprinos, etc.. Chegados ao dia 8 de setembro, o dia grande da festa, sempre houve a tradição das famílias almoçarem no Santuário, seja em piquenique ou nos restaurantes improvisados no recinto. Sobre a festa religiosa, o senhor Adérito disse que tem muita devoção à Nossa Senhora do Naso e também a Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Especiosa e de Portugal.

O programa religioso das festas em honra de Nossa Senhora do Naso, iniciou-se no dia 5 de setembro, com a celebração das Lutuosas. De acordo com o padre Manuel Marques, esta celebração consiste no ofício rezado e cantado pelos irmãos associados do Santuário de Nossa Senhora do Naso, que faleceram no decorrer do último ano.

Segundo o pároco, antigamente, a lutuosa celebrava-se em três momentos: num primeiro momento a celebração destinava-se às pessoas que faleceram do norte do concelho de Miranda do Douro; num segundo momento, rezava-se pelas pessoas falecidas da parte sul do concelho; e num terceiro momento rezava-se a lutuosa geral, dedicada a todas os irmãos falecidos do concelho de Miranda do Douro.

Nos dias 6,7 e 8 de setembro, as festas deste ano prosseguiram com a celebração da Eucaristia, às 15h00.

A organização anual das festas em honra de Nossa Senhora do Naso é da responsabilidade da Confraria. De acordo com António José Fernandes Ribeiro, membro da Confraria de Nossa Senhora do Naso, há registos escritos que indicam que esta festa já se celebra desde 1843.

Para organizar esta festa, a confraria de Nossa Senhora do Naso é constituída por seis casais, naturais da aldeia da Póvoa, que trabalham ao longo do ano para preparar as festas, que se realizam em setembro. Segundo, António Ribeiro, a mordomia é renovada a cada três anos, com a entrada de novos casais. Para além dos mordomos também existem os irmãos da confraria, que contribuem com 1 euro por ano, para apoiar financeiramente a organização das festas de Nossa Senhora do Naso. De acordo com a confraria, houve anos em que estavam inscritos mais de 1000 irmãos. Antigamente, existia a tradição familiar de inscrever as crianças e os jovens como associados da confraria. No entanto, com o passar dos anos e por causa do despovoamento da região, o entusiasmo pela participação nas festas de Nossa Senhora do Naso foi esmorecendo um pouco. Ainda assim e pelo que se viu neste ano, nos dias 6, 7 e 8 de setembro, o belo Santuário de Nossa Senhora do Naso continua a atrair e a ser o destino de muita gente, vinda de todo o planalto mirandês e também da vizinha Espanha.

De acordo com António José Fernandes Ribeiro, membro da Confraria de Nossa Senhora do Naso, há registos escritos que indicam que esta festa já se celebra desde 1843.

HA

Comércio: Vimioso vende produtos e serviços através do digital

Comércio: Vimioso vende produtos e serviços através do digital

O município de Vimioso apresentou o portal de venda online “BEST OF VIMIOSO”, onde é possível divulgar e encomendar os melhores produtos e serviços locais, como são o azeite, o mel, as unidades hoteleiras e as Termas existentes no concelho.

Através desta nova ferramenta de divulgação e comercialização dos produtos e serviços locais já é possível através de um simples clique comprar mel, azeite, doces típicos, fumeiro, cogumelos, licores, leguminosas e frutos secos provenientes deste concelho do nordeste transmontano.

Através do portal “Best of Vimioso” também é possível agendar reservas nas unidades hoteleiras do concelho, nas casas de turismo rural, nas Termas da Terronha e no parque de campismo municipal.

O novo merc@do online está acessível no portal www.bestofvimioso.pt , onde pode realizar as suas encomendas com segurança e comodidade.


O objetivo deste novo serviço online anular a distância geográfica e facilitar a compra dos produtos de qualidade existentes no concelho de Vimioso.

De acordo com o município de Vimioso, esta nova plataforma visa estabelecer a ligação entre os consumidores e os produtores locais.

HA

Agricultura: Cooperativa de lavradores iniciou processo de certificação da amêndoa transmontana

Agricultura: Cooperativa de lavradores iniciou processo de certificação da amêndoa transmontana

A Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte (CLCN), instalada em Mogadouro, iniciou junto das entidades competentes o processo de registo de Indicação Geográfica Protegida (IGP) da amêndoa transmontana, anunciou aquela organização.

“Iniciámos o processo de registo e certificação IGP da amêndoa produzida em todos os 12 concelhos do distrito de Bragança e em cinco concelhos do distrito de Vila Real. O primeiro passo foi dado com a entrega do processo à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DAPN)”, disse Armando Pacheco, um dos responsáveis pela CLCN.

O responsável explicou que a iniciativa de certificação da amêndoa transmontana, com a chancela IGP, pretende ser uma mais-valia para a comercialização deste fruto de casca rija, produzido neste território.

“Achámos que devíamos certificar a amêndoa produzida nesta região do país, para depois os produtores retirarem mais-valias deste produto agrícola por ser IGP. Consideramos que após a obtenção desta cancela a comercialização será superior. É importante realçar a importância de território de Trás-os-Montes neste tipo de produção”, destacou o técnico.

De acordo com Armando Pacheco, já há uma Denominação de Origem Protegida (DOP) da amêndoa do Douro. Contudo, o dirigente referiu que a certificação IGP a que se propõe a CLCN pretende ser mais abrangente.

“Queremos ter a marca Trás-os-Montes, e a amêndoa tem de ser produzida nesta região, onde se verifica um aumento das variedades deste fruto de casca rija, porque já existem outras, sem ser a antiga tradicional, mas de pouco rendimento comercial”, disse Armando Pacheco.

Para já, a CLCN está a liderar o processo de certificação da amêndoa produzida em Trás-os-Montes, mas espera-se que outras organizações de produtores se juntem e possam vir a comercializar com este selo IGP a amêndoa, cuja produção que tem vindo a crescer neste território.

“Tudo indica que a produção de amêndoa vai continuar a crescer neste território. Nos últimos anos, a plantação subiu mais de 60% na nossa região, mas terá que aumentar ainda muito mais para ser rentável”, observou o dirigente agrícola.

O processo de certificação como IGP, depois de analisado pelos serviços de Agricultura a nível nacional, seguirá para Bruxelas, “sendo esperado que se prolongue por vários meses, sendo necessária alguma calma”.

A CLCN tem atualmente meio milhar de produtores de amêndoa e outros frutos de casca rija e castanha.

“Ao sermos reconhecidos como uma organização de produtores, os nossos associados beneficiam de mais valias em termos de candidaturas a apoios de fundos comunitários, havendo mesmo algumas majorações, como são as medidas agroambientais”, exemplificou o representante desta cooperativa agrícola.

Segundo Armando Pacheco, a CLCP comercializa atualmente um milhão de quilos de amêndoa e outros frutos de casca rija produzidos em Trás–os-Montes, traduzindo-se num volume de negócio rondar um milhão de euros.

Fonte: Lusa