Entrevista: «O Museu da Terra de Miranda vai ficar mais apelativo e funcional» – Celina Pinto

Entrevista: «O Museu da Terra de Miranda vai ficar mais apelativo e funcional» – Celina Pinto

De 17 a 22 de maio, o Museu da Terra de Miranda vai assinalar o seu 40º aniversário com a realização de várias atividades culturais e educativas e a apresentação pública do projeto de ampliação e remodelação do edifício, que tem como objetivo tornar o museu mais apelativo e funcional, informou Celina Pinto, diretora do museu.

Celina Bárbaro Pinto é a diretora do Museu da Terra de Miranda. (HA)

Terra de Miranda – Notícias: O Museu da Terra de Miranda foi fundado em 1982, com o objetivo de expor as coleções etnográficas representativas da vida social, cultural, económica e religiosa das gentes deste território. Ao celebrar os 40 anos, o Museu da Terra de Miranda atingiu a maturidade?

Celina Pinto: Em termos museológicos nunca se atinge a maturidade plena. Um museu, como todas as instituições, à medida que vão desenvolvendo o seu trabalho estão em contínuo crescimento. Mas sim, estamos felizes pelos 40 anos de trabalho e pelo percurso realizado até aqui.

T. M.N.: Nestes 40 anos, quais foram os momentos mais significativos do museu?

C.P.: A sua fundação, em 1982, foi algo extraordinário para Miranda do Douro. Este feito revela que já naquele tempo, existia uma visão que procurava valorizar a singularidade da cultura mirandesa. E foi graças a essa visão e ao trabalho desenvolvido que se reuniram as condições para criar um museu neste território.

Para além da fundação, também houve outros momentos importantes como as muitas exposições e atividades que aqui se realizaram. E destaco acima de tudo a relação que o museu foi estabelecendo com as pessoas da região e com os seus visitantes.

Nestes 40 anos, também não posso deixar de referir o esquecimento do poder central em relação ao investimento neste edifício. Com exceção da intervenção realizada pela DRCN no espaço de loja e receção, nada mais foi feito. Daí que as obras de fundo que agora vão avançar sejam tão importantes para a sobrevivência deste espaço.

“A fundação do Museu da Terra de Miranda, em 1982, foi algo extraordinário para Miranda do Douro” – Celina Pinto

T. M.N.: E que obras vão realizar no museu?

C.P.: São obras de ampliação e remodelação, com o objetivo de tornar o espaço do museu mais apelativo e funcional para os visitantes e para criar condições mais dignas para os que aqui trabalham. Quando as obras estiverem concluídas (18 meses) pretendemos atualizar o discurso museológico, tonando-o mais atual do ponto de vista da museologia e da museografia.

T.M.N.: As obras vão implicar a demolição de paredes?

C.P.: Sim, este edifício tem muitas limitações estruturais, dado que é um edifício do século XVII, que começou por ser a antiga Câmara Municipal e onde funcionou a cadeia até 1970. Com as obras pretendemos ultrapassar alguns destes constrangimentos e dotar o edifício dos meios necessários para otimizar o seu funcionamento enquanto espaço museológico.

“As obras de ampliação e remodelação do museu visam tornar o espaço mais apelativo e funcional para os visitantes e digno para os que aqui trabalham” – Celina Pinto

T.M.N.: Nesse período o Museu da Terra de Miranda vai estar encerrado?

C.P.: Provisoriamente, o museu vai funcionar no antigo paço episcopal, onde vamos instalar uma exposição temporária com alguns dos objetos da coleção do museu e acolher também os serviços técnicos e administrativos do mesmo.

T.M.N.: As comemorações do 40º aniversário do Museu da Terra de Miranda vão iniciar-se no dia 18 de maio – Dia Internacional dos Museus. O que têm programado para esta data?

C.P.: No dia 18 de maio vamos dar a conhecer o projeto de ampliação e remodelação do edifício. Outro momento de destaque é a homenagem que estamos a preparar para invocar António Maria Mourinho, o fundador do museu. Entendo que as as obras que vamos iniciar são um ponto de viragem no museu e partimos para um momento quase tão importante como a sua fundação. Por isso, a homenagem a António Maria Mourinho tem por objetivo não esquecer a memória do fundador do Museu da Terra de Miranda.

T.M.N.: António Maria Mourinho, realizou um trabalho notável da recolha e preservação do património material e imaterial da Terra de Miranda. Hoje, que trabalho está a ser realizado neste âmbito?

C.P.: No campo do património material, isto é, das coleções de objetos, o trabalho é contínuo e o museu está sempre aberto para receber doações desde que as mesmas vão ao encontro da constituição sistemática das nossas coleções.

No campo imaterial, temos um projeto que vai arrancar neste ano de 2022, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que consiste na realização de cinco filmes etnográficos. Este registo cinematográfico vai permitir-nos falar com as pessoas e fazer recolhas no terreno, sobre o momento atual das artes e ofícios, do tratamento e transformação da lã, da língua mirandesa, a dança dos pauliteiros, as festas de solstício de inverno, etc.

“Entendo que as as obras que vamos iniciar são um ponto de viragem no museu e partimos para um momento quase tão importante como a sua fundação” – Celina Pinto.

T.M.N.: Ainda no âmbito das comemorações do 40º aniversário do Museu da Terra de Miranda, de 17 a 22 de maio, vão realizar-se diversas atividades educativas. Que atividades são estas?

C.P.: As atividades educativas são desenvolvidas com os alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, com o intuito de dar-lhes a conhecer os diferentes usos dos objetos e as formas de vida a eles associada que se prende com os nossos antepassados. Trata-se de uma iniciativa que dá a conhecer aos mais novos, o detalhe de alguns elementos decorativos como as rocas, colheres, instrumentos musicais e inclusive alguns móveis caseiros que apresentam interessantes desenhos gravados com facas e/ou outros objetos cortantes.

T.M.N.: E a Feira de Antiguidades e Velharias?

C.P.: A III feira de Velharias e Antiguidades vai decorrer na praça Dom João III e visa dinamizar a economia local, dado o interesse dos vizinhos espanhóis pelas peças mais antigas. Simultaneamente, estas feiras conseguem chamar a atenção das pessoas para o valor das antiguidades. Sublinho que, por vezes, as pessoas têm objetos em casa arrumados, sem utilidade prática, como seja uma alfaia agrícola ou um objeto doméstico, entre outros. Neste sentido queremos sensibilizar as pessoas para não se desfazerem dos mesmos, e se for o caso que optem por doar esses utensílios ao Museu da Terra de Miranda, para integrar as suas coleções.

T.M.N.: Na programação está ainda programado um Festival de Música Tradicional.

C.P.: Sim, o Festival de Música Tradicional vai decorrer nos dias 20 e 21 de maio e resulta do projeto de cooperação transfronteiriça “Termus – Territórios Musicais”. Os concertos vão ser interpretados por grupos portugueses e espanhóis, com o propósito de valorizar a música tradicional da raia.

T.M.N: Para assinalar os 40 anos, o Museu da Terra de Miranda está muito ativo nas redes sociais com a divulgação de publicações, vídeos promocionais e até a oferta de t-shirts. A festa de aniversário promete ser inesquecível?

C.P.: Sim, queremos que o 40º aniversário seja um momento marcante e estamos a despertar as pessoas para a importância do museu. Pretendemos ir ao encontro da nossa comunidade, para que as pessoas sintam que fazem parte da riqueza cultural desta região e por conseguinte são parte ativa do museu da Terra de Miranda.

“Queremos que o 40º aniversário do Museu da Terra de Miranda seja um momento marcante e estamos a sensibilizar as pessoas para que se sintam parte ativa do museu”, Celina Pinto.

Miranda do Douro: Falta de mão de obra e aumento dos custos dos materiais condicionam obras municipais

Miranda do Douro: Falta de mão de obra e aumento dos custos dos materiais condicionam obras municipais

Na sequência da visita da presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, às obras de requalificação do campo de jogos da Terronha, o vereador responsável pelo pelouro das obras municipais, Vitor Bernardo informou sobre as obras que estão a decorrer em todo o concelho e o impacto do aumento dos custos dos materiais.

“Na cidade de Miranda do Douro, para além da requalificação do campo de jogos da Terronha, estão e decorrer as obras do arranjo urbanístico da envolvente do largo do castelo (parque de estacionamento), a reabilitação do caminho de ligação à Senhora dos Caminhos e a recuperação da antiga rua do castelo está em fase de conclusão”, informou.

Nas freguesias do concelho de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, informou que, em Malhadas, para além da requalificação do Posto Zootécnico, estão a construir o Centro de Valorização e Melhoramento das Raças Autóctones.

Em Palaçoulo, continuam os trabalhos de construção da estrada de acesso ao Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja.

“Nas aldeias de Atenor e em Fonte Ladrão estamos a construir dois reservatórios de água potável”, indicou.

O vereador do município de Miranda do Douro especificou também que estão a ser realizados arranjos urbanísticos nas freguesias de Vila Chã, Fonte Aldeia, Freixiosa, Duas Igrejas, Cércio, Vale de Águia, São Pedro, Granja, Fonte Ladrão, Águas Vivas, Paradela, Ifanes e São Martinho.

Relativamente aos miradouros, Vitor Bernardo repetiu que o miradouro da rua das Arribas, em Miranda do Douro e o miradouro da Penha das Torres, em Paradela, necessitam de obras de correção, após terem sido detetadas irregularidades na aplicação dos materiais contratados.

Questionado sobre o impacto que o aumento dos custos das matérias primas poderá ter na conclusão das obras, o autarca reconheceu que os empreiteiros estão a ter dificuldades em adquirir materiais como o aço, betão e cimento, assim como o recrutamento de pessoas para trabalhar na construção civil.

HA

Vinhais: Município alarga programa Bupi às freguesias do concelho

Vinhais: Município alarga programa Bupi às freguesias do concelho

O município de Vinhais alargou o programa Balcão Único do Prédio (Bupi) às freguesias do concelho, com o propósito de aproximar este serviço dos munícipes, foi divulgado pela autarquia.

“O concelho tem uma área muito extensa e para aproximar o serviço dos munícipes os técnicos que estão alocados a este serviço vão deslocar-se numa viatura equipada para o efeito a todas as freguesias”, indica aquela autarquia em comunicado.

O Bupi permite identificar e registar os terrenos de forma simples e gratuita, sendo que já existe um balcão de atendimento a funcionar na sede do município.

“A primeira freguesia a ser visitada [na sexta-feira] foi Santalha, e agora, em articulação com as juntas de freguesia, serão marcados dias em todas as sedes de freguesia, permitindo assim a todos os munícipes registar os seus terrenos de forma simples e gratuita, num serviço prestado em proximidade”, explica a mesma nota.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Município atribui cinco mil euros a empresas por cada novo posto de trabalho

Mogadouro: Município atribui cinco mil euros a empresas por cada novo posto de trabalho

O município de Mogadouro vai atribuir cinco mil euros às empresas por cada nova contratação sem termo, propondo-se ainda a suportar os custos com a Segurança Social, adiantou o presidente da câmara, António Pimentel.

“A base de cálculo para contribuição da Segurança Social por cada novo posto de trabalho criado tem por base um vencimento bruto equivalente ao máximo de mil euros/mês, por um período mínimo de cinco anos. Para além deste montante, serão ainda atribuídos cinco mil euros por cada nova contratação sem termo”, explicou António Pimentel.

De acordo com o autarca social-democrata, a criação de emprego não precário e a criação de emprego que apoie as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou outras com fins públicos são os objetivos principais do regulamento.

Segundo o Regulamento de Apoio ao Investimento e Criação de Emprego do Município de Mogadouro, no distrito de Bragança, “são consideradas de interesse municipal as iniciativas empresariais que visem a promoção e a realização de uma atividade económica da qual resulte desenvolvimento para o concelho”.

“A definição e desenvolvimento de uma política local promotora da dinamização da atividade económica do concelho de Mogadouro passa incontrolavelmente, pela implementação de medidas de apoio ao investimento e à criação de emprego”, sustentou António Pimentel.

Estas iniciativas empresariais, de acordo com o estipulado no regulamento, podem ser de caráter agrícola, comercial, industrial e turísticas.

Os apoios previstos terão de ser entregues nos Serviços Sociais do município durante os seis meses que se seguirem à admissão do novo trabalhador, ou à assinatura do Termo de Aceitação de uma nova operação de investimento cofinanciada por fundos públicos.

Este regulamento poderá ser consultado na página oficial na internet do município de Mogadouro.

Fonte: Lusa 

Miranda do Douro: São João das Arribas promoveu o convívio e o desporto

Miranda do Douro: São João das Arribas promoveu o convívio e o desporto

Na manhã de Domingo, dia 8 de maio, voltou a realizar-se o passeio pedestre entre Miranda do Douro e a capela de São João das Arribas, em Aldeia Nova, uma inciativa do município de Miranda do Douro que juntou 170 caminhantes, numa manhã de convívio, desporto e contato com a natureza.

Início do passeio pedestre de Miranda do Douro até ao Castro de São João das Arribas, em Aldeia Nova.
O início da caminhada estava agendado para as 8h00 da manhã de Domingo, junto ao posto de turismo, em Miranda do Douro.
Enquanto os participantes iam chegando, os gaiteiros da Lérias começaram a animar musicalmente o evento.
Pouco depois, iniciou-se a caminhada de oito quilómetros, num belo dia de primavera, com passagens pelo castro de Vale d’Águia e um reforço alimentar na aldeia.
Após a pausa, os peregrinos continuaram a caminhada com passagem em Aldeia Nova e a chegada final ao Castro de São João das Arribas.

Os turistas Carlos e Ana Carolina, naturais de Segóvia (Espanha) e de visita a Miranda do Douro no decorrer do fim-de-semana, também participaram no passeio pedestre “São João das Arribas”, movidos pela curiosidade e pela vontade em conhecer a cultura local.

“Fomos informados pelo posto de turismo em Miranda do Douro, deste passeio. Para nós, é sempre interessante conhecer as tradições locais e desfrutar da natureza. O passeio esteve muito bem organizado. E a animação musical dos gaiteiros no decorrer do percurso foi uma mais valia”, disseram.

Luís Figueiredo, natural de Peso da Régua e residente em Miranda do Douro, destacou que o passeio pedestre até São João das Arribas tem paisagens lindíssimas e termina com a vista deslumbrante sobre o rio Douro. Outra das razões que o motivam a participar regularmente nestas caminhadas é a convivência harmoniosa entre os participantes.

Outra das caminhantes, a senhora Ana Maria, disse que a caminhada até São João das Arribas é uma oportunidade de ter um dia diferente e caminhar em grupo.

“Já participei em vários passeios até São João das Arribas. Após dois anos parados, por causa da pandemia, decidi regressar e é sempre bom”, disse.

Otomaro e Gisela são um casal de turistas alemães., que também tiveram conhecimento do passeio pedestre através do posto de turismo.

“Nesta nossa primeira estadia em Miranda do Douro, decidimos aproveitar para participar nesta caminhada. E estamos deliciados, pois a paisagem é muito bonita e o passeio está muito bem organizado”, salientaram.

Francisco Parreira, presidente da Freguesia de Miranda do Douro, também foi um dos participantes. Reconhecendo o elevado potencial turístico da natureza da freguesia, o autarca adiantou que está determinado em cuidar e melhorar o percurso pedestre até São João das Arribas.

“Estamos a preparar dois projetos para possibilitar que um maior número de pessoas acedam facilmente ao miradouro de São João das Arribas. E aqui chegados possam desfrutar deste espaço natural”, adiantou.

No mesmo sentido, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, acompanhado da mulher e dos três filhos, salientou que o turismo de natureza é outra das mais-valias do concelho de Miranda do Douro.

“Houve cerca de 200 pessoas que se inscreveram neste passeio pedestre, mas estou convicto de que, muito mais pessoas, residentes e turistas, ficariam felizes ao participar em caminhadas como esta, nas quais para além da atividade física, há a oportunidade de conviver e de usufruir da beleza natural do nosso território”, destacou.

No final do passeio pedestre, os caminhantes tiveram a oportunidade de almoçar e conviver no espaço natural envolvente, tendo o almoço sido oferecido pelo município de Miranda do Douro.
Neste Domingo, dia 8 de maio celebrou-se também a festa religiosa em honra de São João das Arribas. Por esta razão, aos caminhantes que participaram na Missa e na procissão, o município assegurou o transporte de regresso a Miranda do Douro.
Após a Missa, realizou-se a procissão de regresso com a imagem de São João das Arribas, até Aldeia Nova.

HA

Trás-os-Montes: Associação reforça proposta da linha de alta velocidade

Trás-os-Montes: Associação reforça proposta da linha de alta velocidade

A Associação Vale d’Ouro acrescentou duas variantes, no Douro e em Terra de Miranda, ao estudo que propõe a construção da linha de alta velocidade ferroviária por Trás-os-Montes, num documento entregue ao ministro das Infraestruturas.

A associação, sediada no Pinhão, concelho de Alijó, divulgou em outubro um estudo que propõe uma linha de alta velocidade ferroviária que colocaria o Porto a três horas de Madrid, em Espanha, passando pelas capitais transmontanas Vila Real e Bragança, e por Zamora, onde ligaria à rede de alta velocidade espanhola.

O estudo foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para a discussão pública do Plano Nacional Ferroviário.

Segundo um comunicado divulgado, o projeto foi apresentado na quarta-feira, dia 4 de maio, numa reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e em que também esteve presente o coordenador do Plano Nacional Ferroviário, Frederico Francisco.

Neste encontro, de acordo com o presidente da direção da Associação Vale d’Ouro, Luís Almeida, foram apresentadas duas propostas complementares ao estudo inicial, que “resultaram da continuidade da análise que a instituição tem feito ao ecossistema ferroviário a norte do Douro”.

Estes memorandos incidem sobre “uma alternativa ao traçado inicial da Linha de Trás-os-Montes na zona da Terra de Miranda que garante uma maior coesão territorial e sobre uma ligação à Linha do Douro na zona de Vila Meã que permitiria encurtar os tempos de viagem entre a Régua/Pinhão/Pocinho e o Porto/Aeroporto Francisco Sá Carneiro em cerca de 30 a 40 minutos”.

“Tivemos oportunidade de apresentar o racional por detrás da linha de alta velocidade entre o Porto e Madrid por Trás-os-Montes, bem como os detalhes técnicos e económicos associados à proposta”, afirmou Luís Almeida, citado no comunicado.

O estudo inicial prevê a construção de uma nova linha de alta velocidade entre o Porto – Vila Real – Bragança – Zamora, de tráfego misto, com velocidades entre os 160 e os 250 quilómetros por hora.

A viagem do Porto a Vila Real seria de 43 minutos, enquanto até Bragança seria de uma hora e 14 minutos e a capital espanhola, Madrid, ficaria a três horas do Porto.

O traçado está orçado em 3,7 mil milhões de euros, valor que inclui cerca de 400 milhões de euros relativos ao troço a construir em Espanha.

Segundo a associação, na variante Terra de Miranda, agora apresentada, são incluídas as localidades de Vimioso e de Miranda do Douro no corredor ferroviário de Trás-os-Montes.

Esta solução, explicou, foi apresentada na sequência de uma sugestão da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes que pretendia “estudar a possibilidade de maior agregação do seu território neste importante corredor ferroviário”.

Segundo a associação, na variante Terra de Miranda, agora apresentada, são incluídas as localidades de Vimioso e de Miranda do Douro no corredor ferroviário de Trás-os-Montes.

Esta opção significaria um acréscimo de extensão na ordem dos 26 quilómetros de obra nova, a qual representa uma redução da extensão a percorrer entre Bragança e Zamora de cerca de 34 quilómetros, aos quais corresponde uma diminuição do tempo de viagem nos serviços alta velocidade Porto-Madrid para cerca de duas horas e 45 minutos.

O aumento de custo de construção seria na ordem dos 330 milhões.

A Associação Vale d’Ouro estudou ainda a viabilidade técnica de criação de um ramal de ligação entre a Linha do Douro e a linha de alta velocidade, na zona de Vila Meã (Amarante), através do qual diz que “será possível encurtar tempos de viagem entre o Porto e Barca D’Alva, e criar um acesso direto do Douro vinhateiro ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

“A ligação desenvolve-se em via única eletrificada ao longo de cerca de 3,7 quilómetros, entre a linha Porto-Madrid e a entrada da estação de Vila Meã com uma velocidade máxima de 100 quilómetros hora num investimento a rondar os 35 milhões de euros”, explicou.

No encontro com o ministro, foi ainda abordada a reabertura da Linha do Douro até Barca d’Alva, considerada pela associação como “o investimento imediato e prioritário a concretizar nos próximos três a cinco anos”.

Fonte: Lusa

Vimioso: Há festa em Uva

Vimioso: Há festa em Uva

A aldeia de Uva vai celebrar no sábado, dia 7 de maio, a festa religiosa em honra do Divino Santo Cristo, uma festividade que este ano vai ser complementada com as atividades culturais da primeira edição da Festa dos Pombais.

Inicialmente, algumas pessoas da aldeia não estavam de acordo com a realização, simultânea, da festa religiosa e da festa dos Pombais. No entanto, a comissão de festas 2021/2022, acabou por concordar justificando a decisão com a animação das atividades culturais e o maior número de pessoas que poderão visitar a aldeia durante o dia festivo.

“Decidimos que a festa religiosa do Divino Santo Cristo, uma devoção muito arreigada na população local e na qual se celebra a Missa cantada e a procissão por toda a aldeia, poderá ser mais animada se lhe juntarmos as atividades culturais associadas à festa dos Pombais”, justificou, Isilda Martins, mordoma da festa do Divino Santo Cristo.

Por sua vez, a presidente de União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, adiantou que a festa de Uva, neste novo formato, poderá atrair a vinda de mais visitantes à aldeia, no próximo sábado, dia 7 de maio.

“Estou convencida que muitas pessoas vão ter interesse em conhecer a originalidade desta aldeia, onde existem cerca de 60 pombais, que tornam esta localidade “sui generis” não só no concelho de Vimioso mas também em todo o país” – realçou.

Do programa festivo, Cristina Miguel, destacou o mercado de rua, que vai decorrer ao longo de todo o dia, com 20 expositores provenientes do concelho de Vimioso, que terão oportunidade de dar visibilidade aos produtos locais, ao artesanato e à gastronomia.

O programa da festa inclui ainda um passeio pedestre, oficinas para crianças, uma visita guiada aos pombais, teatro e um concerto ao final do dia.

“Estou convencida que muitas pessoas têm interesse em conhecer a originalidade desta aldeia, onde existem cerca de 60 pombais, que tornam esta localidade “sui generis” não só no concelho de Vimioso mas também em todo o país” – Cristina Miguel

Américo Guedes, biólogo da organização ambiental, Palombar, reiterou que o objetivo destas atividades culturais é dar uma maior dinamismo a festa popular do Divino Santo Cristo, em Uva.

“A Palombar vai colaborar na dinamização da festa, através da realização de atividades como um passeio interpretativo, durante o qual os participantes poderão visitar a aldeia e os arredores da aldeia de Uva, para conhecer o património edificado, em particular os pombais e a biodiversidade envolvente”, informou.

Dado que a educação ambiental é uma prioridade na ação da Palombar, outra das atividades em destaque na Festa dos Pombais é a realização de uma oficina direcionada para as crianças, através da qual se pretende despertar a atenção dos mais novos para a natureza e a importância dos pombais.

A festa do próximo sábado, em Uva, vai coincidir com a conclusão do 60º campo de trabalho que está a decorrer até ao dia 9 de maio. Este campo de trabalho trouxe à aldeia 15 jovens voluntários, portugueses e estrangeiros, que ao longo de 15 dias (de 23 de abril até 9 de maio) participaram na reconstrução de um pombal tradicional.

De acordo com o Presidente do Município de Vimioso, Jorge Fidalgo, organizações como a Palombar têm sido muito importantes para o desenvolvimento do concelho de Vimioso.

“A Palombar e outras associações têm demonstrado que é possível desenvolver um conjunto de atividades e projetos ligados às caraterísticas do território, no sentido de potenciar e valorizar a região. Exemplo disso, é o trabalho e o dinamismo que a Palombar tem desenvolvido na aldeia de Uva”, destacou.

HA

Miranda do Douro: Está de volta o passeio pedestre até São João das Arribas

Miranda do Douro: Está de volta o passeio pedestre até São João das Arribas

O passeio pedestre “São João das Arribas” vai voltar a realizar-se no próximo Domingo, dia 8 de maio, com ínicio em Miranda do Douro e chegada ao castro de São João das Arribas, onde os participantes terão a oportunidade de contemplar a beleza das Arribas do rio Douro.

De acordo com a organização, o passeio pedestre estende-se ao longo de oito quilómetros, que serão percorridos em cerca duas horas e meia de caminhada.

O passeio vai iniciar-se às 8h00 do próximo Domingo, dia 8 de maio, junto ao posto de turismo de Miranda do Douro.

A organização recomenda aos caminhantes que usem calçado e roupa confortável, assim como protetor solar.

O itinerário da caminhada é a seguinte: os participantes partem de Miranda do Douro – Castro de Vale d’Águia – Vale d’Águia – Aldeia Nova – com chegada final ao Castro de São João das Arribas.

No final do percurso, os caminhantes terão direito a uma almoço/lanche gratuito.

Neste Domingo, dia 8 de maio, vai celebrar-se a festa religiosa de São João das Arribas e os caminhantes do Passeio Pedestre que pretendam participar na Missa podem fazê-lo, dado que a o município de Miranda do Douro vai assegurar o transporte de regresso a Miranda do Douro, antes e após a liturgia.

As inscrições para o Passeio Pedestre “São João das Arribas” são gratuitas e decorrem até sexta-feira, dia 6 de maio, no posto de turismo de Miranda do Douro ou através do email: turismo@cm-mdouro.pt

Vimioso: GNR deteve um homem e uma mulher pelo alegado tráfico de droga

Vimioso: GNR deteve um homem e uma mulher pelo alegado tráfico de droga

Militares da GNR, afetos ao Posto Territorial de Vimioso, detiveram um homem de 21 anos e uma mulher de 23 anos por alegado tráfico de estupefacientes, naquele concelho, foi divulgado.

“No decorrer de uma ação de fiscalização rodoviária, os militares da Guarda abordaram um veículo, tendo constatado que os ocupantes adotaram um comportamento suspeito”, indicou aquela força de segurança, em comunicado.

Após diligências policiais foram detetadas e apreendidas 15 doses de liamba, cinco doses de haxixe e quatro doses de cocaína.

Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Vimioso: História do povo judeu no concelho foi recordada com atividades culturais

Vimioso: História do povo judeu no concelho foi recordada com atividades culturais

Realizaram-se nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio, os “Encontros no Planalto – Cultura e Identidade Sefardita”, um evento que ofereceu às populações de Carção, Argozelo e Vimioso um conjunto de atividades culturais evocativas da história dos judeus sefarditas no concelho vimiosense.

Sexta-feira, dia 29 de abril, em Carção

Sábado, dia 30 de abril, em Argozelo

Fotos: HA