São Martinho de Angueira: “Os castanheiros são pouco tolerantes às alterações climáticas” – Nuno Rodrigues

Com o propósito de informar os produtores de castanha do concelho de Miranda do Douro, sobre as boas práticas no cuidado dos soutos, o município vai organizar na tarde de sábado, dia 1 de abril, as VII Jornadas Técnicas do Castanheiro.

A iniciativa vai decorrer a partir das 14h30, na Sede da Florest´Água, em São Martinho de Angueira e este ano tem como novidade a participação de técnicos da Deifl – Green Biotecnology e técnicos de sanidade vegetal da Junta de Castela e Leão (Espanha).

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, “os castanheiros são árvores pouco tolerantes às alterações climáticas, à falta de água e às altas temperaturas, fatores que prejudicam a produtividade de castanha, propiciam o aparecimento de doenças e pragas, como a tinta, o cancro e a vespa e levam à morte de muitos castanheiros.”

Para melhor enfrentar estas adversidades ambientais, o município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem realizado as Jornadas Técnicas do Castanheiro, de modo a capacitar os agricultores locais, de conhecimentos científicos e de técnicas agrícolas inovadoras.

“Um dos projetos a desenvolver é tornar o castanheiro mais resiliente às alterações climáticas, em particular, em regiões onde a falta de água e os picos de temperatura são alarmantes. É o caso da Terra Fria Transmontana (concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro), onde se produz anualmente entre 13 a 15 mil toneladas, que geram entre 15 e 20 milhões de euros na economia local”, adiantou.

Recorde-se que, em 2022, a seca extrema e as doenças do castanheiro, provocaram uma enorme quebra na produção de castanha, atingindo em algumas localidades como São Martinho de Angueira e Avelanoso a uma redução na ordem dos “80%”, aproximando-se dos “90%” nos castanheiros mais antigos.

As Jornadas Técnicas do Castanheiro são uma iniciativa do município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto do Politécnico de Bragança (IPB), do INCFS – Centro de Nacional de Competências dos Frutos Secos e da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.


HA

Vimioso: “As termas podem ser uma alavanca para o desenvolvimento local” – Francisco Bruçó

As Termas de Vimioso vão organizar no sábado, dia 1 de abril, as Jornadas Técnicas de Termalismo, um evento anual que visa sensibilizar o público para os benefícios das termas e que este ano vai contar com a participação de vários oradores de áreas como a saúde termal, a medicina, o turismo e o desporto.

As jornadas vão decorrer no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso, e são dedicadas ao tema ”Turismo Termal – Desafios”. Segundo Francisco Bruçó, responsável pelas Termas de Vimioso, os vários oradores convidados vão abordar assuntos desde a origem da água termal até aos vários tratamentos termais que existem, como é o caso do termalismo na saúde oral.

“Entre o painel de oradores está também o empresário Sérgio Torrão, que nesta visita ao complexo termal de Vimioso vai explicar de que modo o turismo termal e a natureza podem ser uma alavanca para o desenvolvimento económico, social e demográfico do território”, adiantou.

Recorde-se que as termas de Vimioso abriram ao público em 2013 e proporcionam vários tratamentos e serviços de bem estar, como são os tratamentos dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

De acordo com Francisco Bruçó, nas Termas de Vimioso, há ainda o espaço de saúde e bem-estar, onde para além das salas de massagem e relaxamento, os visitantes podem desfrutar de uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.

“Paralelamente, as Termas de Vimioso desenvolvem atividades de animação termal, como é a hidroginástica, direcionada para as crianças e os jovens das escolas”, acrescentou.

Durante a época termal, que decorre de 1 de maio até 30 de novembro, o complexo de Vimioso é frequentado por cerca de mil pessoas, muitas vindas da vizinha Espanha.

“O termalismo está mais enraizado em Espanha, do que em Portugal. Os espanhóis, por exemplo, frequentam as termas 1 a 2 vezes por ano. Vão às termas, como quem vai ao dentista”, revelou.

Para dar a conhecer a estância termal de Vimioso ao público, o município informou que participa regularmente nas feiras dedicadas ao setor, como são a Bolsa de Turismo de Lisboa, as Feiras de Ourense e de Zamora (Espanha) e os eventos locais e distritais.

HA

Miranda do Douro: Castelo de Miranda do Douro foi decisivo na história de Portugal

A cidade de Miranda do Douro acolheu esta quarta-feira, dia 29 de março, a apresentação do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-Espanhola”, uma obra que tem por finalidade dar a conhecer e valorizar o património histórico edificado ao longo da fronteira com Espanha, como é o Castelo de Miranda do Douro.

A apresentação do livro decorreu na Casa da Cultura Mirandesa, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril. Nesta sessão, participaram ainda o autor do livro, Augusto Moutinho Borges, o ilustrador, Martin Garcia e os representantes da empresa CTT – Correios de Portugal, que editou a obra.

Na sua intervenção, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver a história do castelo, inscrita neste livro de história.

“Após a leitura e consulta do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-espanhola” estou certa de que muito mais pessoas terão interesse em visitar e conhecer Miranda do Douro”, disse.

Recorde-se que o castelo de Miranda do Douro foi edificado no reinado de D. Dinis (1261-1325). Segundo a história, o monarca terá visitado a cidade, aquando da assinatura do Tratado de Alcanices, em 1297.

De acordo com informações do património arquitetónico, o castelo de Miranda do Douro tem uma arquitetura militar, medieval e seiscentista.

“Povoação muralhada de planta octogonal, com reduto defensivo, sendo as muralhas protegidas por caminhos de ronda e rasgadas por três portas em arco apontado (…) Uma das portas, de maiores dimensões, é tutelada por Nossa Senhora do Amparo, tendo pintura alusiva à mesma. Nas muralhas rasgam-se várias seteiras e acede-se ao caminho de ronda por escadas encravadas nas faces dos muros”, pode ler-se.

Para o autor do livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola”, Augusto Moutinho Borges, os castelos e fortalezas fazem parte do património cultural e da identidade nacional.

“Neste livro procuro dar a conhecer o património edificado, que foi decisivo para a defesa de Portugal, ao longo de séculos. Entre os castelos e fortalezas na raia luso-espanhola, incluem-se o castelo de Caminha, no Minho, passando por Bragança, Miranda do Douro, Almeida, Marvão, Elvas até Castro Marim, no Algarve”, explicou.

O livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola” é ilustrado com imagens de vários fotógrafos e desenhos do espanhol, Marín García.

Esta é mais uma iniciativa dos CTT – Correios de Portugal, que contou com o apoio de vários municípios, entre os quais o município de Miranda do Douro.

Decorrente desta colaboração, o Castelo de Miranda do Douro passou a estar representado num selo dos CTT – Correios de Portugal.

HA

Caçarelhos: XXI edição da Feira do Pão com muita animação

No fim-de-semana de 1 e 2 de abril, a aldeia de Caçarelhos, vai organizar a XXI edição da Feira do Pão, um evento que tem crescido ao longo dos anos, graças à animação das lutas de touros mirandeses, do festival de gaita-de-foles e das danças dos pauliteiros e do rancho folclórico de Vimioso.

Segundo o presidente da freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins, a Feira do Pão de Caçarelhos começou por ser um evento de pequena dimensão, em que participavam sobretudo os produtores locais, expondo os produtos mais caraterísticos da aldeia, com destaque para o pão.

“Com o passar dos anos, a Feira do Pão de Caçarelhos cresceu sobretudo graças ao investimento na animação do certame, com as lutas de touros mirandeses, a dança dos pauliteiros e o festival dos gaiteiros”, explicou.

Este ano, a programação da XXI Feira do Pão de Caçarelhos volta a dar muito destaque aos grupos, às tradições e ao património existente na localidade.

“A aldeia de Caçarelhos tem um conjunto de monumentos de muito valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, indicou.

Na localidade existem ainda os cabanais, uma construção de século XIX, que foi construída para a feira mensal, que continua a realizar-se no dia 19 de cada mês.

“Hoje em dia, a feira mensal já não tem a pujança económica de outros tempos, dado o despovoamento da nossa região. Por esta razão e para manter a tradição, decidimos organizar a feira anual, dedicada ao pão”, explicou.

Assim sendo, a XXI Feira do Pão vai realizar-se no dias 1 e 2 de abril. No sábado, dia 1 de abril, o destaque da feira é o IV Festival da Gaita de Foles que vai trazer cerca de 250 gaiteiros a Caçarelhos.

Este ano, o certame tem como grande novidade a atuação dos Grupos Etnográficos e Tunas do Orfeão Universitário do Porto.

“No Domingo, dia 2 de abril, o Coro do Orfeão Universitário do Porto vai animar musicalmente aa Missa de Domingo de Ramos”, avançou.

As lutas de touros mirandeses e as atuações dos pauliteiros de Palaçoulo e do rancho folclórico de Vimioso vão animar e encerrar a Feira do Pão deste ano, em Caçarelhos.

HA

Vimioso: Alunos e professores caminharam entre São Joanico e Caçarelhos

Na quarta-feira, dia 29 de março, os professores e alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) realizaram a Caminhada Ambiental Escolar, entre as aldeias de São Joanico e Caçarelhos, uma iniciativa que pretendeu incutir nos mais jovens o gosto pela atividade física, pela natureza e pela cultural local.

Na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional, do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

De acordo com o subdiretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Licínio Martins, esta atividade está inscrita no plano anual de atividades escolares e pretendeu incentivar os alunos a praticarem desporto, a ter uma maior proximidade à natureza e conhecer a biodiversidade e a cultura do concelho de Vimioso.

“Neste percurso pedestre de oito quilómetros entre São Joanico e Caçarelhos há um grande potencial natural que quisemos explorar e conhecer mais de perto. Inserido na natureza visitámos o moínho de água, da Arvedosa, onde se moíam os cereais como o centeio, o trigo e a aveia”, explicou.

Este ano, na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional. Já os alunos do primeiro ciclo e do pré-escolar também participaram na iniciativa, ao percorrerem uma distância de dois quilómetros.

“Na caminhada dos mais pequenos, houve uma visita a um rebanho de ovelhas, para conhecerem a tradição do ciclo da lã. Em Caçarelhos, participaram num workshop do pão, onde tiveram a oportunidade de aprender a fazer pão e os roscos”, informou.

Na aldeia de Caçarelhos, a comunidade escolar teve a oportunidade de visitar um moinho de água, a capela de Santo Cristo construída em 1776, o Museu do Pão, o Cruzeiro (1777) e a Igreja Matriz (1755).

“Dado que Caçarelhos é uma localidade conhecida pela qualidade do pão, foram construídos fornos novos para dar continuidade à tradição de confeção do pão caseiro. Nos dias 1 e 2 de abril, realiza-se a feira anual, em que o pão é o produto em destaque”, informou.

No decorrer da Caminhada Escolar Ambiental, os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso ofereceram à população de Caçarelhos, uma sessão de leitura e de poemas, no adro da Igreja matriz.

«Inserido na Semana da Leitura, fez-se referência a Camilo Castelo Branco, no livro “A queda de um anjo”, cujo protagonista era de Caçarelhos. E foram lidos excertos das viagens a Portugal, de José Saramago, que passou por esta localidade”, indicou.

A Caminhada Ambiental Escolar deste ano, concluiu-se com a participação dos alunos e professores numa sessão de dança, ao som dos gaiteiros, e com um lanche final.

Os gaiteiros da associação cultural Lérias proporcionou uma sessão de música e dança aos alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

HA

Economia: «Preço dos alimentos faz-se de cima para baixo» – Sérgio Ferreira

Sérgio Ferreira, diretor-geral da Louricoop, a cooperativa que congrega os agricultores do Conselho da Lourinhã e da região oeste, alertou para a necessidade de debater os custos associados à produção de alimentos.

“O preço faz-se de cima para baixo e quando chega à produção, vem de tal forma esmagado que o produtor tem de entregar pelo preço que lhe apresentam”, assinala, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Questionado sobre o aumento do preço dos alimentos, o responsável lembra o aumento da energia, dos combustíveis e fertilizantes, mas também o facto de não ser o agricultor a fixar o preço dos produtos agrícolas.

Sérgio Ferreira dá o exemplo da produção agrícola no Conselho da Lourinhã, assegurada por pequenos produtores que ficam à mercê da conjuntura económica e sem capacidade de negociação.

Para inverter a situação, existe a Louricoop e o associativismo que Sérgio Ferreira considera “essencial” para a sobrevivência do setor agrícola do Oeste.

Só em conjunto é que nos conseguimos defender destas oscilações do mercado, conseguimos comprar sementes e fertilizantes em quantidade de forma a vender aos nossos associados a preços mais controlados”.

Com agricultores mais fortes quem beneficia é também o consumidor, sustenta Sérgio Ferreira, dando como exemplo a aliança entre os produtores de batata que estão a produzir para uma mesma unidade que pertence à cooperativa.

Esta unidade armazena, embala e comercializa, criando uma cadeia de valor que beneficia agricultores e consumidores.

A cooperativa que agrega os agricultores da Lourinhã fornece ainda serviços mais abrangentes como uma oficina para as alfaias agrícolas, um posto de combustível e pontos de venda dispersos pelo Conselho para estarem mais próximos dos agricultores.

A renovação das gerações no tecido agrícola é outro problema a merecer atenção.

“A média de idade dos agricultores anda pelos 60 anos”, diz o diretor da Louricoop, “temos pouquíssimos jovens de 20 e 30 anos, neste setor chamamos jovens a quem tem 40 ou 50 anos” refere.

Sérgio Ferreira ocupa um cargo remunerado, que exerce “com espírito de missão e de dedicação ao próximo”, para poder ir ao encontro das necessidades dos agricultores mais vulneráveis.

“Temos de ter presente a noção de bem comum. Nesta ruralidade que habitamos há também um pensamento cristão e noção do próximo que nos leva a partilhar mais nos momentos de maior dificuldade”, salienta.

A Louricoop nasceu em 1976, da iniciativa de vinte agricultores, com o objetivo de desenvolver e valorizar o associativismo no sector agrícola e tornar mais competitiva a atividade do agricultor; atualmente conta com 5 mil associados.

A subida dos bens alimentares e o impacto da inflação é o tema em em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, no domingo, dia 2 de abril, pelas 17h30, na RTP2.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Capa d’Honras Mirandesa continua a identificar a Terra de Miranda

Celebrou-se no passado Domingo, dia 26 de março, em Miranda do Douro, a cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa, um evento que este ano contou com a participação de 150 pessoas, devidamente trajadas com as tradicionais capas da Terra de Miranda e das regiões espanholas de Aliste e da Sanabria.

A 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa foi inscrita no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

A cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa iniciou-se na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o desfile pelas ruas do centro histórico da cidade de Miranda do Douro até à concatedral.

O desfile foi animado pelas atuações dos pauliteiros de Malhadas, do grupo de Danças Mistas de Prado Gatão, do Grupo de Gaiteiros da Póvoa e do Agrupamento Folclórico de Monteros e Monteras de Aliste (Espanha).

Às 11h00, celebrou-se a Missa domincal, durante a qual o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, deu as boas-vindas às autoridades locais e aos participantes portugueses e espanhóis. Na homília, o sacerdote, referindo-se à Capa d’Honras Mirandesa disse que é importante preservar e promover a cultura e a identidade local.

“Quem visita Miranda do Douro vem à procura do que nos identifica, do que é original e diferente, como é o caso da Capa d’Honras Mirandesa”, disse.

O pároco de Miranda do Douro prosseguiu dizendo que “como cristãos também temos de dever de preservar a nossa identidade, os nossos valores, como são a fé, a esperança e a caridade.

“Ser cristão também deve ser motivo de proua! Se o formos teremos muito mais força, alegria e vida para dar aos outros!”, exortou.

Após a celebração religiosa, realizou-se a sesão solene da Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, falou em mirandês e sublinhou que esta cerimónia visa celebrar um dos traços mais identitários da Terra de Miranda.

“Com esta celebração em torno da Capa d’Honras Mirandesa recordamos a história do nosso território e das nossas gentes, com os invernos rigorosos, a pastorícia, a lã, os artesãos e a manufatura desta peça de vestuário. Hoje, é uma honra vestir esta capa!”, disse.

Por sua vez, o historiador António Rodrigues Mourinho, ensinou que com a lá dos rebanhos de ovelhas, pastoreados no planalto mirandês, fazia-se quase tudo: meias, saias, calças, mantas, capas e capotes.

“Em memória dos nossos pais e avós é uma obrigação preservar este legado cultural que é a Capa d’Honras Mirandesa”, disse.

No final da sessão, o etnógrafo, Mário Correia, recordou que desde 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa está inscrita como salvaguarda urgente no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

“Agora cabe-nos fazer a inventariação e registar novos dados, como o número de Capas d’Honra Mirandesas existentes, a sua antiguidade, o nome dos artesãos, para validar a inscrição junto da Direção Geral do Património Cultural”, indicou.

A cerimónia de Exaltação da Capas d’Honras Mirandesa concluiu-se com a já tradicional fotografia dos participantes nas escadas do adro da concatedral de Miranda do Douro.

HA

Argozelo: Feira da Rosquilha promoveu os produtos e o convívio

No passado fim-de-semana de 25 e 26 de março, a vila de Argozelo realizou a XVI Feira da Rosquilha, um certame de produtos locais que voltou a atrair milhares de visitantes à localidade, onde tiveram a oportunidade de conviver e disfrutar do variado programa musical e cultural.

Na tarde de sábado, dia 25 de março, realizou-se o workshop da Rosquilha.

Na edição deste ano da Feira da Rosquilha participaram 30 produtores, que expuseram uma grande variedade de produtos, com destaque para as tradicionais rosquilhas, mas também para o folar de Páscoa, o pão, o fumeiro, os queijos, os licores, o mel, os frutos secos, os cogumelos, as facas de Palaçoulo, o azeite e muitos outros produtos locais e regionais.

Sempre presente no certame, o presidente da freguesia de Argozelo, José Manuel Miranda, lembrou que no corrente ano, a localidade celebra o 22º aniversário de elevação a vila.

“A povoação de Argozelo, no concelho de Vimioso, foi elevada à categoria de vila, no dia 7 de junho de 2001. Assinalamos esta data com a realização da Feira da Rosquilha, um dos produtos típicos da nossa localidade. Este evento, proporciona também o encontro e a confraternização entre a população de Argozelo e as muitas pessoas que nos visitam”, destacou.

No programa da feira deste ano, um dos destaques foi o workshop dedicado à confecção do doce tradicional da vila. Assim, na tarde de sábado, dia 25 de março. a senhora Fátima Vaqueiro ministrou uma sessão culinária, que contou com a participação de várias crianças, as quais “meteram as mãos na massa”. No final, os miúdos tiveram direito a provar as saborosas rosquilhas, acabadinhas de cozer, no forno instalado no recinto da feira.

Segundo a vereadora da cultura, Carina Lopes, mãe de dois filhos, o workshop dedicado à confecção das rosquilhas foi uma oportunidade para transmitir aos mais novos esta tradição local.

“Hoje em dia, compramos tudo feito. E a tradição de fazer as rosquilhas, no forno a lenha, está em risco de esquecimento. Por isso, com este workshop, realizado aqui no recinto da feira, pretendemos dar a conhecer às crianças e aos adultos, como se fazem as rosquilhas de Argozelo”, justificou.

Outro momento muito aguardado foi a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso, que no próximo dia 25 de abril vai celebrar 28 anos de atividade cultural. No final da atuação em Argozelo, a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, expressou a sua alegria por atuar nas localidades do concelho vimiosense.

“Atuar na nossa terra é a maior das satisfações! O rancho folclórico de Vimioso esforça-se por preservar, cantar e dançar músicas que falam das nossas tradições, ofícios e dos produtos locais”, explicou.
O Rancho Folclórico de Vimioso foi fundado a 25 de abril de 1995.

Outro destaque da Feira da Rosquilha deste ano, foi a apresentação do livro “Argozelo – Apontamentos para uma Monografia”. Segundo o professor de história, Carlos Prada, membro da associação Ulgusello, Cultura e Património de Argozelo, o livro é uma coleção de artigos escritos por José Manuel Miranda Lopes, entre 1929 e 1940.

“José Manuel Miranda Lopes foi pároco de Argozelo, Carção e Sendim. O livro agora publicado contém duas partes: na primeira parte fala sobre a história da freguesia de Argozelo. E na segunda parte, aborda-se a etnografia desta localidade, com os seus costumes, tais como a encomendação das almas, o cantar dos reis, entre outras tradições”, explicou.

A Feira da Rosquilha continuou na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o programa de rádio, em direto, “Domingão do Tio João”.

Ainda durante a manhã, celebrou-se a Eucaristia Dominical, no recinto da feira.

O presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, foi uma das personalidades que visitaram Argozelo e felicitou a freguesia local, pela 16ª edição do certame.

“A rosquilha e os outros produtos locais são um bom mote para organizar esta feira, em Argozelo. Dada a proximidade da Páscoa é um tempo favorável para a compra e venda de produtos, mas também para o encontro, o convívio e a confraternização entre as pessoas”, disse.

No decorrer da tarde de Domingo, registou-se, mais uma vez, uma grande afluência de público para assistir às lutas de touros mirandeses.

A XVI Feira da Rosquilha, em Argozelo, encerrou com a atuação dos Pauliteiros de Palaçoulo.

HA

Turismo: Medidas para aumentar o número de trabalhadores no setor

O Ministério da Economia apresentou 20 medidas, como o plano para a modernização da rede de escolas de hotelaria, para aumentar em 20% o número de trabalhadores no setor do Turismo.

A agenda para as profissões do turismo foi apresentada pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.

“Esta é uma agenda estratégica, com 20 medidas, que visa aumentar em 10% os profissionais de turismo com o ensino secundário e superior, crescer em 15% no número de estudantes em turismo em todos os níveis de ensino e incrementar em 20% a população empregada no setor”, adiantou o Ministério da Economia e do Mar.

Entre estas medidas encontra-se o Plano Nacional para a Modernização e Especialização da Rede de Escolas Hotelaria e Turismo.

Outras medidas são: a concretização da Academia Internacional do Turismo; o programa de benefícios para os profissionais do turismo; a majoração do financiamento a empresas com boas práticas laborais e de formação; a internacionalização de empresas e marcas; o reforço de formação e as campanhas para a valorização de profissões do turismo.

Esta agenda, que continua em construção, tem por objetivo tornar Portugal o destino de referência para estudar e trabalhar no setor do turismo.

“Valorizar os profissionais do setor é essencial para termos mais e melhor turismo. Investir nas pessoas, no aumento das suas qualificações, rendimentos e reconhecimento, é uma aposta estratégica para preparar o futuro de uma atividade em crescimento. Esta é também uma agenda com ação para fazer face aos desafios presentes. Para o alcance dos objetivos e das metas apresentadas nesta agenda será fundamenta a mobilização e o envolvimento de todos”, afirmou, citado na mesma nota, Nuno Fazenda.

Na sessão de apresentação desta agenda estiveram ainda os ministros da Economia e do Mar, António Costa Silva, do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Educação, João Costa, a que se juntou um painel de profissionais do setor.

Fonte: Lusa

Economia: Lista dos alimentos com IVA zero

O Governo apresentou um cabaz de produtos com IVA zero, que inclui atum em conserva e bacalhau, além de vários tipos de frutas, legumes, laticínios, carne e ovos, para combater a subida dos preços alimentares.

A lista conta com vários produtos essenciais, como pão, batatas, massa e arroz e vários legumes, incluindo cebola, couve portuguesa e brócolos.

Entre os 44 produtos apresentados estão ainda frango, carne de porco e azeite.

Estes são os produtos que serão vendidos com IVA zero, segundo a lista disponibilizada pelo Governo:

++ Cereais e derivados ++

Pão

Batata

Massa

Arroz

++ Hortícolas ++

Cebola

Tomate

Couve-flor

Alface

Brócolos

Cenoura

Curgete

Alho Francês

Abóbora

Grelos

Couve Portuguesa

Espinafres

Nabo

++ Frutas++

Maçã

Banana

Laranja

Pera

Melão

++ Leguminosas ++

Feijão vermelho

Feijão-frade

Grão-de-bico

Ervilhas

++ Laticínios ++

Leite de Vaca

Iogurtes

Queijo

++ Carne, pescado e ovos ++

Carne de porco

Frango

Carne de peru

Carne de vaca

Bacalhau

Sardinha

Pescada

Carapau

Atum em conserva

Dourada

Cavala

Ovos de galinha

++ Gorduras e óleos ++

Azeite

Óleos vegetais

Manteiga

Fonte: Lusa