Igreja: Trilho de São Fagundo (Urrós) volta a juntar peregrinos espanhóis e portugueses

No dia 8 de julho, a delegação para a religiosidade popular da diocese de Zamora, vai organizar uma peregrinação pelo trilho de São Fagundo, no Urrós (Mogadouro), uma iniciativa que visa, uma vez mais, juntar espanhóis e portugueses, em torno de uma atividade que promove, simultaneamente, o bem estar físico, espiritual e social entre os participantes.

Concluídas as peregrinações mensais pela rota pelos santuários marianos existentes na fronteira entre Espanha e Portugal, a delegação para a religiosidade popular da diocese de Zamora (Espanha) está agora a organizar caminhadas na região das arribas do rio Douro.

Assim sendo, no próximo dia 8 de julho, espanhóis e portugueses vão percorrer o trilho de São Fagundo, na localidade do Urrós. Segundo informações do município de Mogadouro, este percurso inicia-se junto ao edifício da junta de freguesia de Urrós e tem uma extensão de aproximadamente 14,4 km.

De acordo com o padre Javier Fresno Campos, responsável pela delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, estas peregrinações, à semelhança do que acontece no Caminho de Santiago de Compostela, têm uma múltipla dimensão pois permitem ver a vida de outra perspetiva.

“Em primeiro lugar, as peregrinações renovam-nos, porque renovam o modo como nos relacionamos com o mundo, com os outros, conncosco mesmos e com Deus. Quando decidimos fazer uma peregrinação a Santiago de Compostela, por exemplo, no início parece-nos uma longa distância, mas depois vamos adquirindo consciência (conhecimento) de que passo a passo é possível chegar lá”, disse.

Segundo o sacerdote espanhol, o mesmo acontece na relação de cada um consigo mesmo, já que a peregrinação é uma oportunidade para que cada pessoa se conheça mais a fundo, conheça a sua capacidade de enfrentar a dor e de superar os desafios.

“O mesmo acontece na relação com os outros, já que as peregrinações são oportunidades de conhecer gente e de nos relacionarmos com outros companheiros de caminhada. E quando estabelecemos relações de comunhão, a relação com Deus também se fortalece”, explicou.

Outra mais valia destas peregrinações conjuntas entre espanhóis e portugueses é a oportunidade de viver a universalidade da Igreja Católica. Na perspetiva de Javier Fresno Campos, o aprofundamento da comunhão entre as dioceses de Zamora e de Bragança-Miranda passa também pela ação conjunta noutras áreas, como o turismo religioso e as visitas ao património existente nas duas regiões.

Sobre este tema, o delegado para os meios de comunicação social da Diocese de Zamora, Juan Carlos Lopez Hernandez, avançou que neste momento estão a trabalhar com a diocese de Bragança-Miranda, no desenvolvimento de um projeto comum, que incide sobre a música e os sons caraterísticos dos dois lados da fronteira.

“Estamos a estudar formas de realizar intercâmbios de música de órgão, de gaita-de-foles e até a música produzida pelos sinos das igrejas, que recentemente foi inscrita como património imaterial”, indicou.

Segundo o responsável pela comunicação da diocese de Zamora, o objetivo desta cooperação transfronteiriça a nível eclesial é aproximar as populações e criar laços de amizade e de maior colaboração entre os dois povos vizinhos.

Questionado sobre o sucesso das peregrinações conjuntas entre espanhóis e portugueses, Juan Carlos Lopez Hernandez expressou a sua admiração pela iniciativa.

“Acho extraordinário o modo com a fé convoca as pessoas e promove a comunhão entre diferentes nacionalidades. Para o sucesso desta iniciativa, destaco o papel do padre Javier Fresno Campos, que com a sua sensibilidade para a religiosidade popular, organiza e anima estas peregrinações”, disse.

Ainda sobre a religiosidade popular, Juan Carlos Lopez Hernandez, referiu que seria importante aprofundar em conjunto, esta temática, dada a existência de traços comuns na espiritualidade das populações das dioceses de Zamora e de Bragança-Miranda.

Trilho de São Fagundo

À saída da aldeia do Urrós, os peregrinos vão passar pela Cascata do Poço da Frágua, antes de chegar às ruínas da Capela de São Fagundo, um antigo templo medieval que ainda mantém intactos o portal frontal e o arco triunfal da capela-mor. Nas proximidades, é possível observar várias sepulturas medievais escavadas na rocha, conjunto denominado por Necrópole de São Fagundo e também as pegadas dos Mouros, pequenas covinhas e pegadas gravadas no granito.

O percurso prossegue pelo planalto com passagem por entre olivais tradicionais, vinhedos e amendoeiras, característicos da região, até chegar ao miradouro da Cerca, que permite contemplar as arribas do rio Douro e as escarpas abruptas que separam o planalto mirandês das terras de Espanha.

Durante o percurso, os peregrinos vão ter oportunidade de ver as peculiares construções de arquitetura tradicional portuguesa, como as corriças, os pombais, os moinhos de água e os poços com as cegonhas de água.

No final da peregrinação já muito próximo da aldeia de Urrós, encontram-se as bodegas, antigas galerias abertas na rocha, onde antigamente se conservavam o vinho e alguns alimentos. Nestes locais, a temperatura é bastante mais fresca do que no exterior.

Quem pretenda participar nesta peregrinação deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através do contato 912 100 523 | mjlm1952@hotmail.com.

Em alternativa, pode contatar a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através do contato 034 606876098 | jfresno2000@yahoo.es

HA

JMJ: Mais de 480 eventos previstos para o Festival da Juventude

O “Festival da Juventude”, que vai decorrer no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), vai contar com 480 eventos em 100 espaços dos concelhos de Lisboa e Loures, anunciou a organização do encontro de jovens com o Papa.

O festival – integrado na JMJ Lisboa 2023, que se realiza de 1 a 6 de agosto e vai contar com a presença do Papa Francisco – está a ser anunciado sob o mote “Façam barulho, levantem-se do sofá, reúnam os vossos amigos e venham viver a juventude”.

Música, cinema, exposições, teatro, dança, conferências e eventos religiosos vão compor o programa deste festival, com a organização a considerar que, no que respeita a Lisboa, vai ser um “espetáculo incrivelmente diverso e multicultural onde a música, a dança e arte vão invadir os parques e praças da cidade”.

O festival, com entrada gratuita e dirigido a todas as idades, inclui dois torneios desportivos, 10 peças de teatro, 15 filmes, 38 conferências, 290 concertos e 55 eventos religiosos e de encontro, envolvendo participantes de mais de 50 países.

Segundo o Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, hoje citado pela agência Ecclesia, o Festival da Juventude pretende proporcionar “uma experiência de alegria, juventude, universalidade e fé, mostrando que a Igreja Católica é uma igreja viva e jovem, capaz de usar as linguagens e formas de arte da atualidade sem comprometer a mensagem que pretende transmitir”.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto deste ano.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo as JMJ já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.

Segundo a organização, até ao momento já iniciaram o processo de inscrição mais de 650 mil jovens.

Fonte: Lusa

Vila Flor: Expovila regressa em julho como o evento de maior impacto económico

O evento com maior impacto económico no concelho transmontano de Vila Flor, a Expovila, regressa em julho com a expectativa de superar o milhão de euros em negócios e os 15 mil visitantes da edição anterior.

O certame vai decorrer entre os dias 6 e 9 de julho e vai contar com cerca de cem expositores, na sua maioria oriundos do concelho vilaflorense e ligados aos produtos regionais como o azeite, vinho, fruta, mel, enchidos, amêndoa, queijo e artesanato.

Como referiu o presidente da Câmara na apresentação do programa, a Expovila gerou no ano passado “um impacto económico de cerca de um milhão de euros na economia local”, entre os negócios feitos na feira e no comércio, restauração e hotelaria locais.

A expectativa é a de que a edição deste ano supere os números anteriores, inclusive os 15 mil visitantes oriundos de toda a região, que se deslocaram à sede deste concelho com cerca de seis mil habitantes.

As entradas no certame são pagas, com preços entre seis euros para um bilhete ou 17 euros para os quatro dias, uma decisão que a Câmara Municipal, promotora do evento, tomou depois de “bastante ponderação”, segundo o autarca.

“As pessoas interiorizaram isso, terem de pagar. Foi um passo que teve bastante ponderação da nossa parte. Isto não é uma festa, é uma feira de promoção, é um certame para dignificar a imagem de Vila Flor”, frisou.

Segundo o presidente da Câmara, Pedro Lima, “quem paga é porque quer mesmo ir”, e a expectativa do município é de um “aumento de receitas”, já que, para além das entradas, a organização vai também dinamizar um restaurante no recinto e vender ‘merchandising’ da Expovila.

O autarca afirmou que o serviço de refeições a cargo da organização não retirará movimento aos restaurantes e hotelaria do concelho, que, segundo disse, nos dias da feira “ficam lotados e não têm capacidade para mais marcações”.

A Expovila vai decorrer no Parque Municipal de Feiras e Exposições e o objetivo é que o próprio evento gere de ano para ano receitas capazes de cobrir metade do investimento de 250 mil euros.

Além dos expositores, o certame tem também um dia dedicado ao debate sobre questões pertinentes para a região que, nesta edição, será sobre a ferrovia, com a apresentação de um livro sobre a temática da autoria do antigo presidente da Câmara de Bragança Jorge Nunes.

A animação faz também parte do programa com artistas como Gisela João, que é madrinha da feira, Paulo Gonzo, Fernando Daniel, Evendro, assim como grupos regionais.

O último dia, domingo, é dedicado à família, com atividades para as crianças, e o festival da canção Encantar organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor.

Ao longo dos quatro dias a Expovila tem uma tenda onde os pais podem deixar as crianças com vigilância.

O certame tem também como propósito divulgar as associações existentes no concelho e é realizado em parceria com a Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor e a GNR, que irá fazer demonstrações no espaço da feira.

Fonte: Lusa

Vimioso: Município reclama compensações do Fundo Baixo Sabor 

O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, reclamou compensações provenientes do Fundo Baixo Sabor para o seu concelho, por considerar que está a contribuir para a criação de riqueza para esta região.

“Se o concelho de Vimioso contribui para aplicação das medidas de valorização que constam do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) do Baixo Sabor, também este município deveria ser contemplado com compensações para a realização de investimentos, à semelhança dos quatro municípios que integram a Associação do Baixo Sabor”, afirmou o autarca vimiosense.

O RECAPE tem por objetivo a verificação de que o projeto de execução obedece aos critérios estabelecidos na Declaração de Impacte Ambiental (DIA), dando cumprimento aos termos e condições nela fixados.

“As medidas compensatórias que constam no RECAPE do Baixo Sabor incluem a criação de cinco zonas de proteção do património natural e ambiental, localizadas no concelho de Vimioso”, referiu Jorge Fidalgo.

O autarca destacou ainda que quando há benefícios para os quatro concelhos que integram a Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), concretamente Torre de Moncorvo, Alfândega Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, “não faz sentido nenhum que Vimioso, que está contíguo à albufeira, não usufrua de qualquer contrapartida proveniente do Fundo do Baixo Sabor (FBS) ou outros mecanismos de compensação”.

“Não estamos integrados na AMBS, porque a albufeira da barragem do Baixo Sabor, por uns escassos cerca de 500 a 600 metros, não toca no nosso concelho. Lamentavelmente e apesar dos esforços feitos junto de várias entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), AMBS ou empresa como a antiga EDP, ou atual MOVEHRA, Vimioso não tem direito a qualquer compensação”, concretizou o autarca.

Para Jorge Fidalgo, isto é uma injustiça quando não há compensações, porque Vimioso tem três rios, tais como o Maçãs, Angueira e Sabor, que contribuem de forma significativa para a albufeira deste aproveitamento hidrelétrico.

“Continuamos a reivindicar o que é de direito e não vemos benefícios para o nosso concelho, quando somos parte integrante” da bacia hidrográfica, enfatizou.

O RECAPE do Baixo Sabor, entre outras medidas, visa a atualização da caracterização da população de avifauna nidificante na área de implantação do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, com especial relevância sobre as aves de rapina rupícolas (associadas a habitats rochosos).

Em 2017, foi aprovada uma candidatura ao Portugal 2020 com o objetivo de promover a valorização turística do património natural e ambiental da albufeira do Baixo Sabor e a marca “Lagos do Sabor”.

A albufeira do Baixo Sabor tem cerca de 70 quilómetros navegáveis, abrangendo quatro concelhos numa área de 2.300 quilómetros quadrados.

A albufeira da barragem do Baixo Sabor começou a encher em 2013 e foi inaugurada em 2016.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Cachapin” é o primeiro manual escolar de língua mirandesa

No dia 16 de junho, foi apresentado no auditório da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, o primeiro manual escolar em mirandês, um recurso didático que é visto como essencial para o ensino e a aprendizagem da língua mirandesa.

Presente na cerimónia de apresentação do primeiro manual escolar para o ensino da língua mirandesa, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, felicitou todas as entidades e as pessoas envolvidas neste trabalho e expressou votos de que este manual seja o primeiro de outros.

Já o anfitrião do encontro, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, realçou que as escolas do concelho têm desempenhado um papel muito importante na preservação e ensino da língua mirandesa, em particular junto dos mais jovens.

“Antevejo que a elaboração dos manuais escolares vai ser muito útil no ensino do mirandês, para os cerca de 70% dos alunos, que frequentam esta disciplina, desde o pré-escolar até ao 12º ano”, disse.

No ano letivo 2022/23, dos 584 alunos do agrupamento de escolas de Miranda do Douro, 439 escolheram a disciplina de língua e cultura mirandesa para as suas atividades extracurriculares.

Por sua vez, o presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), Alfredo Cameirão, indicou que os materiais didáticos são a maior necessidade para o ensino da língua mirandesa.

“O manual “Cachapin”, destinado aos 1º e 2º anos de escolaridade, é a primeira unidade didática que se elabora para o ensino”, disse.

Sobre este manual, o presidente da ALCM, indicou que o seu conteúdo aborda o texto narrativo e tem incorporados entre outros conteúdos, códigos de barras para aceder a conteúdos multimédia, como um ficheiro áudio (podcast) e um vídeo.

No decorrer da apresentação deste primeiro manual em mirandês, foi exibido o vídeo e escutado o áudio sobre a história “L lhobo que bieno de Spanha”. O referido vídeo contou com a colaboração de alguns dos alunos que frequentam a disciplina da Língua Mirandesa.

O manual “Cachapin” resulta de uma parceria entre os professores de língua mirandesa do AEMD, a Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).

Segundo a CIM-TT, o estudo para a elaboração de recursos pedagógicos para o ensino da língua mirandesa está incluído no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar das Terras de Trás-os-Montes (PIICIE-TTM), que lhe atribuiu uma dotação de 20 mil euros.

Para a CIM -TTM, agora é necessário dar continuidade ao projeto com o desenvolvimento de materiais associados ao ensino e aprendizagem da língua através da “elaboração de conteúdos digitais fundamentais para as boas práticas dos docentes”.

Recorde-se que o mirandês é uma língua oficial, em Portugal, desde 29 de janeiro de 1999, data em que foi publicada no Diário da República a lei que reconheceu oficialmente os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

Fonte: HA e Lusa

Cultura: Final dos jogos tradicionais reuniu 300 participantes

No Domingo, dia 18 de junho, mais de 300 pessoas oriundas dos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), participaram, em Vila Flor, na segunda edição da final do Campeonato de Jogos Tradicionais, que tem como propósito revitalizar estas atividades lúdicas e típicas da região.

O Parque de Campismo do Peneireiro, em Vila Flor, foi o local escolhido para a realização da final dos jogos distritais tradicionais, como são o fito, a raiola, a relha, a malha, a tração à corda e a corrida de sacos.

A final distrital reuniu em Vila Flor, os vencedores dos jogos tradicionais dos nove concelhos que compõem a CIM-TT. São eles: Bragança, Alfândega da Fé, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.

Com este evento, a CIM-TTM pretende recuperar e valorizar os jogos tradicionais, património imaterial de enorme importância para a memória coletiva, que noutros tempos eram motivo de lazer, convívio e de festa entre as pessoas das aldeias , vilas e cidades da região, mas com tendência para caírem no esquecimento.

Segundo a CIM-TT, o objetivo é também envolver os mais jovens e as crianças, para que os jogos tradicionais continuem a ser praticados.

A final distrital, em Vila Flor, incluiu ainda um campeonato “inclusivo”, com jogos adaptados, nos quais participaram os utentes de várias instituições de solidariedade social (IPSS).

Fonte: Lusa e HA

Cultura: Arte e Coesão Territorial para os territórios de baixa densidade

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lançou em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, o programa Arte e Coesão Territorial, com uma dotação de um milhão de euros, destinado aos territórios de baixa densidade cultural.

“Estamos a falar de territórios que no seu conjunto correspondem a cinco por cento de população residente. Mas, esses cinco por cento devem mesmo ser vistos como uma prioridade”, afirmou Pedro Adão e Silva.

O governante falava aos jornalistas após a apresentação do Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial, que decorreu na Casa de Artes e Cultura de Vila Velha de Ródão, cuja dotação global é de um milhão de euros e irá abranger 76 municípios, localizados em 19 das 25 NUTS III (núcleos de unidades territoriais ou administrativas).

“O que este programa tem também de interessante é que quando forem analisadas as candidaturas serão valorizadas aquelas que têm uma dimensão de envolvimento comunitário e elementos de continuidade, isto é, uma vez terminado este apoio há princípios e lógicas para continuar. Isto para promover algum enraizamento social”, disse Pedro Adão e Silva.

O ministro recordou ainda a existência de vários programas de apoio às artes e à cultura. Contudo, sublinhou que quando se olha para o mapa do país verifica-se “que há um conjunto de concelhos que estão fora desses apoios”.

“Os programas nacionais tem quotas regionais e isso é um bom principio. Mas, as quotas regionais são as ‘regiões plano’ e o que notamos é que dentro de cada uma das regiões há enormes assimetrias”, sustentou.

Pedro Adão e Silva explicou que este programa ao ser desenhado foi feito “como um complemento a essa desigualdade dentro dessas regiões”. “Terá um milhão de euros dedicado apenas aos municípios que, de acordo com o observatório Português das Atividades Culturais [OPAC], identifica os concelhos do país de baixa densidade cultural”.

O programa irá apoiar projetos culturais com a duração máxima de dois anos e que se desenvolvam com a participação das comunidades, estruturas, artistas e agentes sócio-culturais locais.

O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, disse que a cultura nas regiões do interior “tem sido bem tratada”.

“Os municípios têm feito um bom trabalho bem como as pessoas que dinamizam a cultura. Aqui começa a fazer pouco sentido dizer que a cultura é o parente pobre dos nossos orçamentos”, frisou.

Podem candidatar-se ao programa pessoas coletivas de direito privado com sede em Portugal, grupos informais (desde que nomeiem como seu representante uma pessoa singular ou coletiva com domicílio ou sede fiscal no país) que aqui exerçam, a título dominante, atividades profissionais artísticas.

O Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial estava incluído na Declaração Anual da Direção-Geral das Artes, para 2023, divulgada no passado mês de janeiro, já com uma dotação de um milhão de euros, no mapa de apoios previstos.

Em março, numa deslocação a Leiria, o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, colocou este programa num “novo contexto” em curso de “correção das assimetrias regionais, da coesão territorial através da cultura”.

Américo Rodrigues, que sublinhava uma maior dispersão de apoios pelo território nacional, reconhecia no entanto ser “preciso um outro mecanismo de maior atenção”, o Programa Arte e Coesão Territorial, “mesmo para intervir cirurgicamente”, com a intenção de “dar apoio a regiões de menor índice cultural, onde é mais urgente apoiar”, porque “estão de alguma forma mais marginalizadas no acesso à cultura ou no acesso à criação cultural”.

Fonte: Lusa

Ambiente: Plano de eficiência hídrica para Trás-os-Montes

O Governo estipulou um prazo de 90 dias para que as entidades regionais e nacionais definam as bases do Plano Regional de Eficiência Hídrica de Trás-os-Montes, segundo despacho publicado em Diário da República (DR).

O despacho assinado pelos ministros do Ambiente e da Agricultura determina que “no prazo de 90 dias” a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) “apresentam as bases do plano” a este dois membros do Governo responsáveis pela tutela do processo.

O anúncio da elaboração do plano para o combate à seca em Trás-os-Montes foi feito a 15 de maio, num encontro que juntou várias entidades regionais e nacionais, assim como membros do Governo, em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança.

A iniciativa foi apresentada como “o primeiro passo” para um trabalho que os envolvidos anteveem demorado e cuja primeira fase se inicia com “o estabelecimento das suas bases, envolvendo os principais interessados, através da identificação dos fatores críticos e de soluções”.

A explicação consta do despacho agora publicado que oficializa o processo de elaboração do plano, assente na “avaliação das disponibilidades e os consumos hídricos para os usos atuais e estabelecimento de cenários prospetivos que tenham em conta os efeitos das alterações climáticas”.

Determina também o “estabelecimento de metas e horizontes temporais de eficiência hídrica para os principais usos, nomeadamente os associados aos setores agrícola e urbano”, e a identificação de medidas de curto e médio prazo que promovam a utilização de água para reutilização e a eficiência hídrica.

Visa ainda a “identificação de soluções estruturais e novas origens de água que complementem o previsível decréscimo do recurso por via das alterações climáticas”.

Segundo o despacho, a APA e a DGADR coordenam a elaboração das bases do plano “em estreita articulação” com as Águas de Portugal, Administração da Região Hidrográfica do Norte, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Comunidade Intermunicipal do Douro e federação Nacional de Regantes de Portugal, envolvendo as associações de regantes da região.

“Podem participar, ainda, outras entidades com relevância para os objetivos do plano, a convite da APA e da DGADR”, determina o Governo.

O apoio logístico e administrativo necessário à elaboração do plano é assegurado pela APA e a tutela esclarece que “a participação na elaboração das bases do plano não confere direito ao pagamento de qualquer remuneração, compensação ou assunção encargos adicionais”.

O plano para mitigar os efeitos da seca começou a ser discutido numa altura em que a região transmontana não tem “nenhum problema de abastecimento de água”, ao contrário do que aconteceu no ano passado.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Temperaturas vão subir no começo do verão

As temperaturas vão subir a partir de quinta-feira, dia 22 de junho prevendo-se máximas no sul do país que podem chegar aos 42 graus, contribuindo para ondas de calor, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

A meteorologista do IPMA, Maria João Frada, disse que a subida das temperaturas será “muito significativa”, acima da média para a época do ano, e deverá manter-se pelo menos até dia 27 de junho.

“Hoje estão previstos períodos de chuva ou aguaceiros que podem localmente ser intensos e acompanhados de trovoadas nas regiões do norte e centro e de granizo durante a tarde apenas no interior norte e centro. No sul será fraca e pouco frequente. Amanhã [terça-feira] há possibilidade de ocorreram ainda alguns aguaceiros nas regiões do norte e centro, mais prováveis a litoral a norte do cabo Mondego”, disse.

De acordo com Maria João Frada, na quarta-feira, 21 de junho. dia em que se inicia o verão, ainda estão previstos aguaceiros durante a noite nas regiões do Norte e Centro, mas deverá melhorar em termos de nebulosidade a partir do final da manhã.

“Depois vamos ter uma situação de tempo quente. Vamos passar de temperaturas amenas para calor, para temperaturas mais elevadas. As zonas mais quentes serão o Vale do Tejo e o interior do Alentejo e Algarve. No restante território deverão situar-se acima dos 30 graus”, indicou.

Segundo Maria João Frada, no fim de semana, as temperaturas poderão chegar aos 38 e 40 a 42 graus Celsius em alguns locais a sul do Tejo.

“No restante território as temperaturas máximas deverão situar-se entre os 30 e os 35 graus, com exceção da faixa costeira que ainda é incerto. Grande parte das estações do IPMA a sul do Tejo irá estar a contribuir para onda de calor. O IPMA deverá emitir avisos de tempo quente”, indicou.

A meteorologista do IPMA adiantou que as temperaturas mínimas também vão subir a partir de quinta-feira e manter-se pelo menos até dia 27, com valores elevados para esta época do ano.

“Vamos ter também uma subida significativa das mínimas. Vamos ter noites tropicais, ou seja temperaturas iguais ou superiores a 20 graus, nomeadamente a sul do Tejo”, disse.

Maria João Frada destacou ainda que, na sequência do tempo quente, o perigo de incêndio rural vai agravar-se para muito elevado e máximo em todo o território.

Fonte: Lusa

XI Domingo do Tempo Comum

«Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?»

Ex 19, 2-6a | Slm 99 (100), 2.3.5 / Rom 5, 6-11 / Mt 9, 36 – 10, 8

Como vai o mundo? Quando paramos um instante e olhamos as pessoas à nossa volta, o que vemos? Basta entrar num autocarro ou num café, parar um pouco numa praça ou simplesmente assomar a uma janela… haverá rostos mais tristes do que aqueles que cruzam as nossas cidades?

Podemos afirmar, com alguma segurança, que em países como a Ucrânia ou num campo de refugiados em África, que na Venezuela ou num qualquer recanto da Ásia encontraremos rostos ainda mais tristes. Talvez seja verdade. Mas isso não nos deve impedir de reconhecer a tristeza que parece dominar as vidas dos que nos rodeiam.

O atual momento de desesperança generalizada tem de mexer connosco e levar-nos a dizer ao Senhor: «Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?». O Senhor precisa de nós. Ele conta connosco.

Onde é que Ele nos está a chamar? Que pessoa devemos visitar? A quem devemos ligar? Com quem é que poderíamos estar a rezar? Quem tem de estar nas nossas orações? Com quem é que deveríamos partilhar mesa mais vezes?

Esta semana, façamos uma revisão de vida, começando pelas nossas casas, tendo bem presente o ensinamento de Santa Teresa de Calcutá de que é precisamente em casa que começa a caridade.

O mundo está a precisar de silenciosos operários da cruz, de pessoas sem receio de tocar a dor, o sofrimento, a solidão de outros. E isto não como quem resolve problemas, mas como quem, com compaixão, partilha caminho com o outro.

Não nos desculpemos com a ausência de forças: saltemos do sofá movidos por Deus. Aprendamos a caminhar com as nossas inseguranças e procuremos estar ao lado dos outros na sua paixão.

É para acompanhar o outro que fomos chamados. É para construir e anunciar o Reino que fomos escolhidos. Foi esta a aventura que começou no nosso Batismo. É para ser enviados que somos chamados.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa