Vimioso: Termas são frequentadas por todas as idades

Vimioso: Termas são frequentadas por todas as idades

A propósito da “I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura” que vai decorrer de 6 a 10 de junho, em Vimioso, fomos visitar as termas locais, uma moderna estância termal edificada sobre o vale do rio Angueira e que proporciona vários tratamentos e serviços de bem estar.

Os romanos terão sido os primeiros a explorar as propriedades medicinais das fontes de água termal. E mais recentemente, estas propriedades curativas começaram a ser alvo de estudos.

Investigações hidrológicas às chamadas águas da Terronha, em Vimioso, vieram comprovar os efeitos terapêuticos destas águas nos sistemas músculo-esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

Dado que atualmente há uma acentuada tendencia social para as questões de saúde e qualidade de vida, o termalismo procura acompanhar esta evolução oferecendo novos serviços e terapias de reabilitação.

As Termas de Vimioso são disso exemplo. Esta moderna estância termal está edificada sobre o vale do Rio Angueira e é envolvida pela paisagem natural da região transmontana.

De acordo com Francisco Bruçó, responsável pelas Termas de Vimioso, neste inovador espaço de saúde e bem-estar, para além das salas de massagem e relaxamento, os visitantes podem desfrutar de uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.

A época termal ou o período de tratamento decorre todos os anos, de 1 de maio até 30 de novembro.

O SPA contém 8 salas de tratamentos.

“É muito comum os médicos recomendarem aos pacientes tratamentos termais em vez dos medicamentos, para problemas como hérnias discais, problemas respiratórios ou dermatológicos. Os tratamentos duram 15 dias”, indicou.

Segundo Francisco Bruçó, os principais clientes das termas de Vimioso são pessoas naturais do concelho, assim como dos concelhos vizinhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Bragança e também de Espanha.

“As termas são frequentadas por pessoas de todas as idades: desde as crianças que vêm fazer tratamentos respiratórios, aos jovens e adultos, em particular os mais idosos”, indicou.

Paralelamente, as Termas de Vimioso desenvolvem atividades de animação termal, como é a hidroginástica, direcionada para as crianças e os jovens das escolas.

No início do decorrente ano letivo, um dos propósitos do município de Vimioso foi abrir, em parceria com o Instituto Politéncico de Bragança (IPB), um curso em “Termalismo e Bem Estar”. O objetivo era oferecer aos jovens do concelho e da região a oportunidade de trabalhar nas termas locais. No entanto, esta oferta educativa e profissionalizante ainda não foi implementada, dada a falta de candidatos para a abertura do curso, em Vimioso.

Atualmente, está a estagiar nas Termas de Vimioso, Liliana Timóteo, uma estudante natural de Vila Real que veio para Vimioso, no âmbito da parceria que as termas locais estabeleceram com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

“O curso técnico superior profissional em Termalismo é muito interessante. Iniciei um estágio que está a decorrer de 28 de fevereiro a 22 de julho”, indicou.

Segundo Francisco Bruçó, as Termas de Vimioso têm acolhido estudantes estagiários do curso de Termalismo, vindos do IPB, da UTAD e também das Caldas da Rainha.

Para dar a conhecer esta estância termal ao público, o município de Vimioso participa regularmente nas feiras dedicadas a este setor, como são a Bolsa de Turismo de Lisboa, as Feiras de Ourense e de Zamora, em Espanha, e os eventos locais e distritais.

“A nossa melhor publicidade é servir bem as pessoas que nos visitam, na esperança de que, por sua vez, elas nos publicitem junto dos seus familiares e amigos”, concluiu.

Ambiente: Águia-caçadeira está em perigo de extinção

Ambiente: Águia-caçadeira está em perigo de extinção

Ao longo de 2022 e 2023, a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural vai realizar o 1º Censo Nacional de Águia-caçadeira, uma das espécies mais ameaçadas da fauna terrestre em Portugal e que nidifica no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A águia-caçadeira (Circus pygargus) é uma ave de rapina migradora que está perigo de extinção, dado o declínio continuado e acentuado no território nacional nos últimos anos.

Segundo a Palombar, este declínio resulta de dois fatores decisivos que afetam a espécie: o corte precoce das culturas de feno em plena época reprodutora e a perda de habitat associada à redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais.

“Esta é uma das aves com maior dependência das searas por constituir o seu habitat preferencial de nidificação e de alimentação”, lê-se no comunicado.

Por esta razão, a águia-caçadeira é considerada uma espécie de conservação prioritária no país.

O censo desta espécie vai decorrer ao longo de 2022 e 2023 e está enquadrado no projeto “Searas com Biodiversidade – Salvemos a Águia-caçadeira”.

Com a realização deste Censo, prevê-se obter informação sobre a população desta espécie em Portugal.

“Este Censo é fundamental para conhecer a população nidificante desta ave de rapina no território nacional e proteger as zonas de nidificação e alimentação. Para tal, pretende-se implementar medidas agroambientais e planos de gestão do território que envolvam as comunidades locais”, indicam.

As ações de formação sobre o Censo decorreram nos parques naturais do Douro Internacional, Montesinho, Alvão e no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural é uma organização não governamental de ambiente sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção.

HA

Igreja: Escuteiros celebram 100 anos em Portugal

Igreja: Escuteiros celebram 100 anos em Portugal

Iniciativas nacionais e locais vão marcar ano do centenário do CNE sempre com o objetivo de marcar a educação das crianças com métodos «não formais»

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) iniciou a celebração dos 100 anos da sua presença em Portugal, apostados em promover o desenvolvimento integral dos jovens e das crianças, integrados no seu tempo e com os desafios atuais.

“O objetivo do escutismo é contribuir para que os nossos jovens sejam, cada vez mais, cidadãos ativos nas suas comunidades, agentes de transformação na sua sociedade, através da comunidade onde conseguem tocar e influenciar. Não num futuro longínquo, não quando forem adultos, mas no já e no agora. É uma atitude construtiva, de crescimento para que o jovem e a criança possam, cada vez mais, ser responsáveis por tudo o que os rodeia”, indicou à agência ECCLESIA o chefe nacional do CNE Ivo Faria.

O responsável fala do exemplo das novas tecnologias que procuram que sejam utilizadas pelas novas gerações como forma de os ajudar a estar no mundo e de forma consciente, tal como realizado há 120 anos atrás, quando Baden Powell deu início ao escutismo, utilizando as tecnologias que estavam disponíveis.

“No ACANAC vamos, pela primeira vez, introduzir uma aplicação digital, para que os grupos possam interagir uns com os outros, com o programa, fazer as suas escolhas, possam dar-nos feedback sobre o que está a ser a sua avaliação na hora das atividades. Tudo através de uma aplicação que vai ajudar a reduzir o papel, por exemplo”, reconhece.

O CNE promoveu hoje a cerimónia do 99.º Aniversário, em Lisboa, iniciando as comemorações da sua presença em Portugal; o ano vai privilegiar o acampamento nacional (ACANAC), em agosto, também a iniciativa «A paz de Belém», no final do ano em Fátima, e um fim de semana em Braga, local onde o CNE começou.

Ivo Faria destaca, no entanto, que a celebração maior acontece quotidianamente entre os escuteiros nas atividades locais: “Isso é que conta a história dos 100 anos de atividade, o que acontece todos os dias a nível local”.

O responsável reconhece que a capacidade de “envolver as crianças e jovens nas atividades, escolhas e vivências diárias”, continua a ser “chave do sucesso”, bem como a o diálogo intergeracional que coloca em relação as crianças e os jovens com os adultos, apresentando-se como “irmãos mais velhos”.

“Ajudam, interferem o mínimo possível nas atividades, mas criam um ambiente seguro para que a criança e o jovem possa desenvolver as suas atividades. É nesta partilha de experiências, de caminhada que o adulto contribui de forma tão decisiva para o desenvolvimento da criança e do jovem”, reconhece.

Ivo Faria sublinha ainda que o método usado por Baden Powell, que fundou o escutismo há 120 anos, continua a fazer sentido, uma vez que têm conseguido adaptar-se às pessoas em cada contexto.

“O nosso agir pedagógico é da educação não formal. Acreditamos que os jovens e crianças são capazes de se desenvolver através de atividades em que são o principal agente do seu desenvolvimento. Não temos uma relação de professor aluno, uma relação informação baseada nos contactos e nas relações que se estabelecem entre as pessoas, mas uma pedagogia não formal feita através da experiência, da ação, da atividade em que os jovens se envolvem eles próprios”, explica.

Também a educação para o respeito pelo meio ambiente e para a ecologia está no centro das propostas do CNE, que privilegia “a vida ao ar livre, a vida na natureza, a descoberta no Deus criador, através ambiente que rodeia”.

“Hoje fala-se tanto em sustentabilidade e alterações climáticas e o escutismo é campo muito fértil para que todos estes conceitos e práticas sejam facilmente absorvidos pelos jovens e crianças”, afirma.

Os escuteiros católicos esperam que o centenário possa ajudar a uma maior divulgação da proposta de desenvolvimento das crianças e dos jovens, inclusiva, ajudando “a construir uma nova Igreja, onde o jovem é cada vez mais chamado a tomar parte na construção de um mundo mais fraterno e justo”.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Associação Quercus considera plano europeu para a energia pouco ambicioso

Ambiente: Associação Quercus considera plano europeu para a energia pouco ambicioso

A associação ambientalista Quercus lamentou que o plano energético apresentado recentemente pela Comissão Europeia tenha ainda por base as importações de combustíveis fósseis e considerou-o pouco ambicioso.

No Dia Nacional da Energia, assinalado a 29 de maio, a associação ambientalista portuguesa divulgou uma análise do REPowerEU, o plano energético apresentado em Bruxelas, pela Comissão Europeia, em resposta à disrupção no mercado energético causado pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

O plano, diz a Quercus, é “uma estranha espada de dois gumes” e embora positivo é insuficiente, e alicerça-se ainda “nas importações de combustíveis fósseis de países terceiros, arriscando a exploração crescente de combustíveis fósseis, dentro e fora da Europa, e agravando a crise climática”.

A associação vê como positivo, no plano, os incentivos às energias renováveis e aos planos de poupança energética, “ainda que insuficientes”.

“Apesar do aumento das metas das energias renováveis de 40% para 45%, e da eficiência energética de 9% para 13%, até 2030, estes objetivos não têm a ambição suficiente para fazer cumprir o Acordo de Paris e deveriam ser ajustadas para 50%, no caso das renováveis e para 20% no caso da eficiência energética”, diz a Quercus em comunicado.

Faltam também no plano “medidas imperativas” para travar o financiamento dos combustíveis fósseis. E acrescenta a Quercus: travar o gás fóssil russo, mas permitir uma corrida à importação de gás natural de outros países vem em contracorrente com os objetivos de descarbonização da economia.

Muito positivo no plano REPowerEU é a obrigatoriedade da instalação de painéis solares na cobertura de novos edifícios públicos, comerciais e residenciais, dizem os ambientalistas, assinalando que não se podem esquecer os telhados dos edifícios já existentes.

No comunicado a Quercus fala do reconhecimento da importância do ecodesign e das etiquetas de eficiência energética, alerta para a necessidade de um fim real de subsídios públicos ao aquecimento fóssil, e diz que só referir a redução de subsídios aos combustíveis fósseis sem estabelecer metas e prazos não passa de “um simples desejo”.

“Os planos Fit for 55 e REPowerEU juntos podem ajudar-nos a prescindir dos combustíveis fósseis e enfrentar a emergência climática através de uma transição justa para as populações. Porém, tal só será viável se forem ousados na sua aplicação e não abrirem caminho a novas e igualmente nocivas utilizações dos combustíveis fósseis”, avisa a Quercus.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Hardança levam música e companhia à população de Ifanes

Miranda do Douro: Hardança levam música e companhia à população de Ifanes

No próximo Domingo, dia 29 de maio, o grupo de música tradicional “Hardança”, vai à aldeia de Ifanes, animar musicalmente o serão no âmbito dos concertos de primavera, que o município de Miranda do Douro está a promover para levar a atividade cultural às várias aldeias do concelho.

Após os Concertos de Primavera realizados em Palaçoulo, Genísio, São Martinho, Malhadas, Vila Chã da Braciosa e Sendim, agora é a vez de Ifanes, receber um serão musical que vai realizar-se na igreja paroquial, este Domingo, às 21h30.

O concerto em Ifanes vai ser interpretado pelo grupo musical “Hardança”.

De acordo com Fabíola Mourinho, a compositora e vocalista do grupo, os “Hardança” eram um sonho antigo, que começou a realizar-se em 2019.

Com a pandemia, o recém-formado grupo teve que enfrentar as dificuldades da ausência de concertos e do contato com o público.

O reportório musical dos Hardança incluiu sobretudo temas originais, cantados em português e mirandês e outros temas provenientes do Cancioneiro Tradicional Mirandês.

“Os temas originais estão muito ligados às minhas vivências de infância e de juventude, às festividades locais e às raízes mirandesas”, indicou.

Uma das músicas mais conhecidas dos “Hardança” é o tema “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”, composto em fevereiro de 2020, para o Dia Internacional dos Museus.

“Foi um tema publicitado nas redes sociais e que alcançou uma grande notoriedade”, lembrou.

Do reportório musical dos “Hardança” destacam-se ainda os temas: “As froles de las arribas”, que ganhou o festival da Canção, em Miranda do Douro. E o tema de Natal, “Nasceu o Menino”.
Letra e Música: Fabíola Mourinho | Intérpretes: Bruno Berça; Fabíola Mourinho; Licínio Castro

O grupo “Hardança” é constituído por Fabíola Mourinho, guitarrista, compositora e intérprete; por Bruno Berça, na percussão (gaita-de-foles, caixa e bombo); e Licínio Castro, na viola.

O nome “Hardança” é uma palavra mirandesa, que significa “herança”. Segundo Fabíola Mourinho, este nome foi escolhido para agradecer a herança cultural da Terra de Miranda.

«A “hardança” ou “herança” é o que nos define. Nós cantamos as memórias que nos nossos avós e os nossos pais nos transmitiram, explicou.

Sobre a participação dos “Hardança” no Concerto de Primavera, em Ifanes, no próximo Domingo, Fabíola Mourinho mostrou-se radiante com a oportunidade de participar nesta iniciativa do município de Miranda do Douro, que tem como propósito oferecer um serão musical às populações das aldeias do concelho.

“Esta iniciativa é excelente! Por vezes, as pessoas que vivem nas aldeias estão muito isoladas, têm dificuldade em deslocar-se a Miranda do Douro e vivem até esquecidas. Ao realizar estes serões musicais nas aldeias, estamos não só a proporcionar-lhes a oportunidade de usufruir da música, mas também de viver um momento de encontro e de partilha com outras pessoas”, afirmou.

HA

Miranda do Douro: Festival “Simbiose” põe em destaque as máscaras, os cantares e os pauliteiros

Miranda do Douro: Festival “Simbiose” põe em destaque as máscaras, os cantares e os pauliteiros

Nos dias 27 e 28 de maio, Miranda do Douro e Duas Igrejas vão acolher o Festival Simbiose, um evento que pretende realçar os elementos identitários que caracterizam o nordeste transmontano, como são as máscaras de inverno, os cantares tradicionais e a dança dos pauliteiros.

De acordo com Ana Carvalhosa, da cooperativa Circolando, o festival “Simbiose” visa criar uma programação, em rede, entre os municípios de Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, que reflitam o património material e imaterial do nordeste transmontano.

Nesta região, destacam-se elementos identitários como são os pauliteiros, os gaiteiros, os bombos, os cantares e rituais ou as máscaras e os caretos.

“O grande desafio deste projeto foi criar um espetáculo que traduzisse a identidade deste território e que unissse estes três concelhos”, disse.

O festival é dinamizado pela cooperativa Circolando e a empresa Onde Amarela em colaboração com as associações locais. Em Miranda do Douro, o trabalho foi desenvolvido com o grupo de pauliteiros de Duas Igrejas e com o grupo de cantares de Duas Igrejas e envolve cerca de 60 pessoas.

A partir das tradicionais festas de inverno, dos rituais dos mascarados e da dança dos pauliteiros, a Circolando criou o espetáculo “Percurso Nordeste” que visa refletir sobre estas festividades e como podem ser no futuro.

O espetáculo é constituído por três partes e inclui momentos de teatro, dança, vídeo e música. Inicialmente, vai ser apresentada uma conferência ficção, com humor, sobre a origem das máscaras e o seu futuro. Esta conferência vai ter a participação do grupo de cantares de Duas Igrejas.

Após a conferência, segue-se um cortejo pelas ruas de Miranda do Douro até ao castelo.

Chegados ao interior do castelo de Miranda do Douro, aí vai realizar-se um ritual com a dança dos pauliteiros, protagonizado pelo grupo de pauliteiros de Duas Igrejas, que vão encerrrar a festa.

No dia seguinte, sábado, dia 28, este espetáculo “Nordeste” vai ser apresentado em Duas Igrejas, às 18h00, na antiga estação ferroviária e vai concluir-se junto à associação dos pauliteiros locais.

Após a estreia em Miranda do Douro, o espetáculo “Nordeste” vai ser apresentado em Macedo de Cavaleiros, nos dias 10 e 11 de junho. E Vinhais recebe o espetáculo a 11 e 12 de julho.

A 10 de setembro, o Festival Simbiose regressa a Miranda do Douro, desta vez com o projeto Folia, promovido pela empresa Onda Amarela e que vai apresentar um espetáculo de música, dança e vídeo.

O Festival Simbiose é apoiado pelo programa Norte 2020 e visa dinamizar a oferta cultural, envolvendo a participação das comunidades locais.

HA

Miranda do Douro: Mirandeses vão caminhar e correr contra o cancro

Miranda do Douro: Mirandeses vão caminhar e correr contra o cancro

A iniciativa “Corrida para a Vida” vai realizar-se ao final da tarde desta quinta-feira, dia 26 de maio, em Miranda do Douro e tem por objetivos promover um estilo de vida saudável e angariar donativos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Sob o lema “Contra o cancro, à partida vale tudo”, a atividade promovida pelo município de Miranda do Douro está aberta a toda a população e vai contar com a participação dos grupos do Centro de Marcha e Corrida.

Dado que esta prova desportiva tem por objetivo responder ao desafio lançado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte (LPCC), a organização pede aos participantes na caminhada/corrida que contribuam com um donativo monetário.

O local de concentração e partida da caminhada/corrida é o Estádio Municipal em Santa Luzia, às 18h00.
“Vale caminhar, vale correr, vale dançar, numa prova de solidariedade, onde todos contamos!”, pode ler-se.
As inscrições podem ser feitas no edifício Ex – UTAD, na seção de Ação Social/Saúde ou no próprio dia, no Estádio Municipal.

O Centro de Marcha e Corrida de Miranda do Douro faz parte de uma rede de centros espalhados pelo país, geridos por técnicos que ajudam as pessoas planear o treino.

Em Miranda do Douro, o Centro de Marcha e Corrida funciona semanalmente, à 3ª e 5ª feiras, em dois horários: das 17h30 às 18h30; e das 18h30 às 19h30.

HA

Vimioso: Detido grupo por venda de droga a estudantes

Vimioso: Detido grupo por venda de droga a estudantes

Um grupo de seis jovens foi detido pela GNR por alegadamente pertencer a uma rede que vendia droga a estudantes de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vimioso, divulgou a GNR.

O grupo de seis homens e uma mulher, que têm idades entre 17 e os 20 anos, estava a ser investigado há meio ano por suspeitas de tráfico de droga, junto da comunidade estudantil, em vários concelhos do distrito de Bragança, informou o Comando Distrital de Bragança da GNR, em comunicado.

Com a detenção dos suspeitos, a GNR acredita ter desmantelado uma rede de tráfico de droga que operava junto aos estabelecimentos de ensino de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vimioso, “bem como em espaços de diversão noturna procurados maioritariamente por jovens estudantes”.

O grupo foi detido durante a execução, na terça-feira, dia 24 de maio, de oito mandados de buscas a habitações e viaturas, que resultaram também na apreensão de vário material relacionado com o crime de tráfico de estupefacientes.

Os militares da GNR apreenderam “65 gramas de canábis, três doses de haxixe, cinco pastilhas de MDMA, diverso material usado no corte, pesagem e acondicionamento de produto estupefaciente e 286 euros em numerário”.

Foram ainda apreendidos uma pistola de ar comprimido, um bastão de madeira, dois portáteis, entre outro material.

De acordo com a GNR, alguns dos detidos têm “antecedentes criminais por ilícitos da mesma natureza” e todos irão ser presentes ao tribunal de Macedo de Cavaleiros para aplicação de medidas de coação.

A ação policial contou com o reforço de diversas valências dos comandos territoriais de Bragança, Vila Real, Porto e Braga, e da Unidade de Intervenção da GNR, com o apoio PSP.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Feira do Livro incentiva à leitura

Mogadouro: Feira do Livro incentiva à leitura

De 28 de maio até 5 de junho, Mogadouro vai promover a 33ª edição da Feira do Livro, um evento que vai decorrer na Casa da Cultura e cujos destaques são a apresentação de livros, sessões de contos, jogos e momentos musicais.

Do programa deste ano, o município mogadourense, enquanto promotor, destaca no dia da abertura de evento, a 28 de maio, a apresentação dos livros “O sítio onde nasci” e “Curiosidades”, de António Moraes Machado.

A par da literatura, o evento vai oferecer ainda exposições, ateliers e um webinar cujo tema é: “Como posso contar histórias sem ser contador(a)?”

A Feira do Livro de Mogadouro tem como propósito incentivar à leitura, promover a reflexão, valorizar os escritores e aproximá-los dos leitores.

HA

Miranda do Douro: Impostos devidos pela venda de barragens em risco de caducidade

Miranda do Douro: Impostos devidos pela venda de barragens em risco de caducidade

O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) alertou as instituições do Estado, para o perigo de caducidade dos impostos devidos pela transação das seis barragens transmontanas, situadas na bacia hidrográfica do rio Douro.

“Mais de um terço do tempo de que a Autoridade Tributaria (AT) dispõe para concluir os procedimentos inspetivos e exigir o pagamento dos impostos devidos já passou, pelo que existem riscos cada vez mais sérios de caducar o direito à liquidação dos impostos”, indicou o MCTM, num comunicado.

O MCTM incita os municípios transmontanos abrangidos pelas albufeiras das seis barragens concessionadas a exigirem à AT a liquidação e a cobrança do Imposto do Selo, IMI e do IMT.

“Passaram 17 meses sobre o negócio da venda das barragens sem que qualquer dos impostos devidos pela transação tenha sido pago”, alerta MCTM.

Na mesma nota, o MCTM e solicita igualmente “uma ação rápida para que os direitos das populações e dos órgãos que as representam sejam devidamente salvaguardados”.

Segundo aquele Movimento, “foi divulgado publicamente, sem qualquer desmentido, que os serviços competentes da AT não só não exigiram o pagamento de nenhum desses impostos, como suspenderam os procedimentos de inspeção que são necessários a essa exigência”.

Assim, o MCTM alerta todas as instituições do Estado Português para esse perigo de caducidade e solicita uma ação rápida para que os direitos das populações e dos órgãos que as representam sejam devidamente salvaguardados.

Aquele Movimento solicita também que “o rigor com que o Estado trata a generalidade dos contribuintes seja aplicado às entidades intervenientes no negócio, independentemente da sua dimensão e do seu poder de influência”.

Este Movimento releva as iniciativas já adotadas pelos municípios de Miranda do Douro e de Mogadouro, no distrito de Bragança, bem como da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, de exigirem a liquidação dos impostos devidos.

Agora, o MCTM aconselha os oitos municípios restantes como Alijó, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Murça, Torre de Moncorvo e Vila Flor – a exigirem à AT a liquidação e a cobrança do Imposto do Selo, IMI e do IMT.

O movimento está seguro de que todos estes impostos são devidos e de que “deve haver uma articulação entre o credor tributário e sujeito ativo destes impostos, que são os municípios e a administração tributária, no sentido que se faça a justiça que é devida”.

“Apelamos também aos restantes municípios onde se localizam as barragens envolvidas no negócio para que se juntem a estas iniciativas”, pede.

Segundo o MCTM são os credores e os sujeitos ativos destes impostos, pelo que devem exigir à AT que cumpra a sua missão de garantir a efetividade dos seus direitos tributários.

“Os direitos destes municípios são direitos dos seus cidadãos e têm que ser respeitados”, vinca o MCTM.

O MTCM recomenda ainda às autarquias “que se constituam assistentes no processo que está em curso, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), por alegado crime de fraude fiscal, e assim colaborem com a Justiça na descoberta da verdade”.

Em 13 de novembro de 2020, foi anunciado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie.

A EDP concluiu, em 17 de dezembro de 2020, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.

Fonte: Lusa