Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Cinco aldeias do concelho de Miranda do Douro e parte da cidade estão sem abastecimento de águas devido ao rebentamento de três condutas principais de abastecimento, informou a autarquia.

“Trata-se de um problema sério no abastecimento de água a Malhadas, Duas Igrejas, Águas-Vivas, Póvoa, Genísio, Zona Industrial de Miranda e no bairro de Santa Luzia devido ao rebentamento de três condutas principais que abastecem aquela parte do concelho a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA)”, explicou o vice-presidente da câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

De acordo com o autarca, “a situação deve-se à antiguidade das condutas e consequente falta de peças para repararão da situação, o que causa muitos atrasos na reparação da avaria”.

O autarca admite os constrangimentos e que a situação está a ser minimizada com recurso a autotanques dos bombeiros.

Nuno Rodrigues adianta, ainda, que “tudo está a ser feito para repor a normalidade no abastecimento de água a esta zona do concelho “o mais rapidamente possível”.

“Com o aumento da população, no mês de agosto, poderá haver dificuldades no abastecimento, mas esperamos ter o problema solucionado o mais breve possível. Porém, sem garantias, até porque poderá haver rebentamentos em outros pontos das condutas, devido à pressão causada na rede”, vincou.

O município de Miranda do Douro informou que não há falta de água no concelho devido à seca mas reconhece, com “humildade”, a preocupante situação que está a ser gerada por esta “grave avaria” nas condutas de abastecimento de água.

Fonte: Lusa

As perturbações no abastecimento de água afetam as localidades de Miranda do Douro, Malhadas, Duas Igrejas, Cércio, Vale de Mira, Águas Vivas, Póvoa e Genísio.

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

No próximo Domingo, dia 7 de agosto, vai realizar-se no largo da Igreja de Sendim, o VIII Festival Ibérico de Pauliteiros, um evento em que os grupos de pauliteiros e pauliteiras sendineses, vão receber a visita dos Pauliteiros de Palaçoulo, de São Martinho e dois grupos catalães, para assim iniciar as festas de Santa Bárbara.

De acordo com o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, David Brás, o festival ibérico deste ano tem como novidade a participação de dois grupos catalães.

“Na edição deste ano vão participar os grupos vindos da Catalunha, o ‘La Colla Bastonera Les romanes de Barbera del Vallès’ e o ‘El Ball de Bastons de Salou’”, indicou.

Segundo David Brás, o Festival Ibérico de Pauliteiros de Sendim tem como marca distintiva o de juntar os grupos de pauliteiros da Terra de Miranda aos da vizinha Espanha.

“Tradicionalmente, o festival é realizado pelos grupos de pauliteiros e pauliteiras de Sendim e convidamos também outros grupos do concelho e os grupos espanhóis. Nas anteriores edições, contamos com a participação de grupos vindos das Astúrias e a Galiza”, informou.

O Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas em honra de Santa Bárbara, a padroeira de Sendim, pelo que a organização do evento é feita em colaboração com os mordomos da festa.

Ao longo do ano, os Pauliteiros e Pauliteiras de Sendim tem como principal missão as atuações em Portugal e no estrangeiro, com o propósito de dar a conhecer a tradicional dança dos paus.

“Os pauliteiros e pauliteiras de Sendim costumam atuar em em todo o país, No estrangeiro costumamos atuar regularmente em Espanha, também já fomos a França e ao Brasil”, revelou.

Questionado sobre a diferença na dança dos pauliteiros entre os homens e as mulheres, David Brás, explicou que enquanto os homens utilizam mais a força e a virilidade, as mulheres são mais elegantes na dança.

E sobre esta dança tradicional, engane-se quem pensa que aprender é tarefa fácil. Bem pelo contrário, a dança dos paus pois exige muito treino, repetição, atenção, disciplina e coordenação com os outros pauliteiro(a)s.

“Para além da agilidade e da atenção, a aprendizagem da dança dos pauliteiros exige uma entrega total”, disse.

Segundo, o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, os jovens aprendizes de pauliteiros só estão aptos a dançar nas atuações, após 10 a 20 ensaios e sempre com o devido acompanhamento dos pauliteiros mais experientes.

Afonso Ramos, tem 13 anos e é um dos jovens pauliteiros de Sendim. Diz que gosta de dançar para preservar a cultura tradicional e para conviver com os amigos.

“Para aprender a dançar é importante ter ritmo e se tivermos formação musical também ajuda”, disse.

Por sua vez, o irmão Gabriel Ramos, tem17 anos e acumula as responsabilidades de pauliteiro, músico e ensaiador dos mais novos.

“Para aprender a dançar é preciso paciência, dedicação e sobretudo gostar muito daquilo que se faz. Só assim é possível preservar a dança tradicional dos pauliteiros” – Gabriel Ramos.

Raquel, com 19 anos, integra o grupo das jovens pauliteiras de Sendim. Revelou que pertence ao grupo porque é uma tradição da terra que quer manter.

“Para quem nunca experimentou esta dança compreendo que seja difícil. É necessário treino”, disse.

Já para a Carolina, de 16 anos, a dança dos pauliteiros é uma tradição muito bonita e para ela é motivo de orgulho ser pauliteira de Sendim.

“Para aprender a dançar é de grande ajuda a coordenação entre as pauliteiras”, concluiu.

HA

Espanha: Reservas a 40% obrigam a cortes no consumo de água

Espanha: Reservas a 40% obrigam a cortes no consumo de água

Os governos regionais e municípios espanhóis estão a impor cortes no consumo de água por todo país, que vive a maior seca desde 1981 e tem as reservas de água em 40,4% da capacidade.

Segundo o Governo espanhol, as reservas hídricas do território continental estavam no dia 2 de agosto, em 40,4% da capacidade total das albufeiras e barragens, com 22.689 hectómetros cúbicos de água armazenada, uma diminuição de 832 hectómetros cúbicos no período de uma semana.

Há um ano, havia 27.092 hectómetros cúbicos armazenados e a média dos últimos dez anos são 33.595, segundo os mesmos dados oficiais.

O armazenamento na bacia do rio Guadiana, um dos que Portugal e Espanha partilham, estava em 26,2% da capacidade total no território espanhol, um dos valores mais baixos registados no país.

Já no Douro e Tejo, outros rios que cruzam os dois países, as reservas de água estavam em 43,7% e 41,5% em Espanha, respetivamente, enquanto no caso do Minho superavam os 51%.

No caso do Guadiana, os 2.490 hectómetros cúbicos de água armazenada é menos de metade da média dos últimos dez anos (5.256).

No Douro, havia reservas de 3.278 hectmómetros cúbicos de água na terça-feira, menos do que os 4.691 do ano passado e a média de 5.026 dos últimos dez anos.

No Tejo, o armazenamento está em 4.587, quando era 4.916 há um ano e a média da última década são 5.986.

O nível das reservas hídricas espanholas é resultado de “chuvas escassas” em todo o país, segundo o Ministério para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico, que divulga estes dados.

Espanha vive este ano a maior seca desde 1981 e um verão até agora marcado por temperaturas “extremas” e três ondas de calor, segundo a agência espanhola de meteorologia (Aemet).

A falta de água tem levado governos regionais e municípios de todo o país a adotar medidas de controlo do consumo, com efeitos, sobretudo, desde o início deste mês, como corte no abastecimento durante horas noturnas, limites de consumo por pessoa em cada casa ou proibição de chuveiros nas praias, de lavagem de carros, regas de jardim e de encher piscinas privadas.

A situação afeta em especial as regiões da Galiza, Andaluzia e Catalunha, mas há medidas para corte de consumo de água a serem adotadas por todo o país.

No caso a Andaluzia, as barragens e bacias dos rios estão já abaixo da capacidade necessária para abastecer a população nos próximos meses, segundo as autoridades regionais.

Fonte: Lusa

Agricultura: Terras de Trás-os-Montes lança estudo para identificar disponibilidades de água

Agricultura: Terras de Trás-os-Montes lança estudo para identificar disponibilidades de água

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes vai estudar as disponibilidades de água para desenvolver o potencial agrícola da região, com um plano de regadio que sirva também para outros usos, divulgou aquela entidade.

O Conselho Intermunicipal da CIM aprovou a abertura de um concurso de cerca de 153 mil euros para estudar o potencial hidroagrícola desta região, um trabalho que “deverá estar concluído até ao final de junho de 2023”, de acordo com informação divulgada em comunicado.

O propósito deste trabalho é, como explica, “identificar as disponibilidades de água e as culturas e áreas a submeter a regadio, e avaliar soluções técnicas para infraestruturar essas áreas, em conjunto com outras possíveis utilizações, numa perspetiva de usos múltiplos”.

O estudo é financiado pelo Programa Operacional (PO) do Norte 2020 e abrange os nove concelhos do distrito de Bragança que constituem esta CIM, nomeadamente Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

“Trata-se de um passo importante para a implementação de uma estratégia integrada neste campo, garantido a competitividade do setor agrícola”, refere, no comunicado.

A Comunidade Intermunicipal sustenta ainda que o concurso público para a realização do estudo “vai ao encontro da estratégia das Terras de Trás-os-Montes no âmbito da competitividade e coesão”, que é “elaborar e implementar um plano de regadios”.

Este plano, acrescenta, envolve “a construção, requalificação e gestão integrada de regadios com o objetivo de dinamizar a produção vegetal e, em particular, os produtos hortícolas e frutícolas”.

Os nove autarcas da CIM das Terras de Trás-os-Montes consideram que “o investimento no regadio é determinante para o futuro da agricultura, para o desenvolvimento da economia e para o aumento da coesão territorial, constituindo-se também como uma das medidas de mitigação dos efeitos das alterações climáticas”.

A CIM Terras de Trás-os-Montes salienta que “sete dos nove concelhos estão incluídos em áreas classificadas como suscetíveis de desertificação e com carência de regadio elevada ou muito elevada”.

“A elaboração deste estudo é fundamental para potenciar o desenvolvimento sustentável da agricultura, contrariando a desertificação a que o território está exposto”, defende.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja ganha forma

Palaçoulo: Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja ganha forma

As obras de contrução do mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, continuam a decorrer a bom ritmo e o edifício começa a ganhar a forma final, o que para a superiora da comunidade das monjas trapistas, a irmã Giusy Maffini, é um sinal de alegria e esperança.

“Em agosto de 2023, esperamos que o mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja esteja concluído para acolher as irmãs. E para que a casa de acolhimento esteja inteiramente livre para acolher grupos, famílias e pessoas interessadas fazer retiros ou simplesmente desfrutar de um tempo de descanso”, disse a monja trapista.

Recorde-se que numa primeira fase, foi construída a hospedaria, onde atualmente vivem as Monjas Trapistas. Quando o mosteiro estiver construído, as Monjas passarão a viver no mosteiro e a hospedaria destinar-se-á aos hóspedes e visitantes.

Questionada a respeito do programa “Verão vocacional,” a superiora da comunidade disse que têm recebido o contato de várias pessoas, interessadas em conhecer mais de perto a vocação e o estilo de vida das monjas trapistas.

“Para além do verão e de modo a responder às solicitações das pessoas, vamos estender o programa vocacional para todo o ano”, adiantou.

Prestes a completar dois anos da vinda da comunidade para Palaçoulo, a irmã Giusy, referiu que este verão tem sido particularmente quente e estão preocupadas com os incêndios que assolam o país.

Sobre a adaptação das monjas ao planalto mirandês, a irmã Giusy referiu que costumam receber a visita regular de familiares e de turistas que querem conhecer o novo mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

“Este ano, estamos a receber menos visitas dos turistas espanhóis”, indicou.

As monjas trapistas são uma ordem religiosa [ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália] que veio para Portugal em outubro de 2022 “e está vocacionada para a vida contemplativa”.

De acordo com o agora arcebispo de Braga, Dom José Cordeiro, estas irmãs trazem ao nordeste transmontano uma mensagem de paz para todos aqueles que aqui se deslocarem, em busca do silêncio, da fé e da contemplação”.

HA

Miranda do Douro: Vimibombas conquistou o I Torneio Sérgio Lamá

Miranda do Douro: Vimibombas conquistou o I Torneio Sérgio Lamá

Conclui-se no Domingo, dia 31 de julho, a primeira edição do Torneio de Futebol de 5 “Sérgio Lamá”, com a realização da grande final, disputada entre a Junta de Freguesia de Malhadas e a equipa da Vimibombas, e num jogo muito intenso e disputado, os vimiosenses foram melhores e venceram nas grandes penalidades.

A equipa da Vimibombas conquistou o I Torneio de Futebol de 5 “Sérgio Lamá”, ao vencer a equipa de Malhadas, nas grandes penalidades.

O encerramento do torneio, iniciou-se com o jogo de apuramento dos 3º e 4º lugares, no qual os Caramonicos, de Palaçoulo, defrontaram a equipa “O Forno”. O jogo foi muito disputado do príncipio ao fim, tendo saído vencedor o conjunto de Palaçoulo, ao ganhar pela margem mínima de 1-0.

Às 21h00, iniciou-se a grande final do torneio, que foi jogada pela equipa de Malhadas, contra os vimiosenses da Vimibombas, que recorde-se já haviam ganho a competição, em 2019.

Sobre o jogo, nos minutos iniciais a equipa de Malhadas conseguiu dar boa réplica aos “bileiros” e inaugurou mesmo o marcador (1-0), através de um potente remate, alto e frontal, que surpreendeu tudo e todos, inclusive, o experiente guarda-redes da Vimibombas, Pantera.

Mesmo assim, o conjunto de Vimioso não perdeu a serenidade e o discernimento. Guiado por jogadores tecnicamente evoluídos, como Miguel Diz, a equipa da Vimibombas conseguiu ter mais tempo a posse de bola e chegar à baliza adversária, através da grande mobilidade dos seus jogadores. Numa jogada coletiva, a equipa da Vimibombas restabeleceu a igualdade (1-1).

O empate manteve-se até ao intervalo.

Na segunda parte, os vimiosenses entraram mais objetivos e passados cinco minutos deram a volta ao marcador (1-2), graças à raça e insistência de Lico.

Em desvantagem, o conjunto de Malhadas, apoiado pelo muito público presente nas bancadas do campo de jogos da Terronha, começou a pressionar alto a equipa de Vimioso, dificultando assim a sua construção de jogo desde trás.

No último minuto do tempo regulamentar (40′ minutos), o Malhadas conseguiu empatar (2-2), aproveitando uma perda de bola e desatenção defensiva dos vimiosenses.

Com o empate no período regulamentar, as equipas tiveram que jogar mais 10 minutos de compensação. Dado que se tratava de uma final, ambas as equipas jogaram cada lance com uma entrega total, mas neste período nenhuma equipa conseguiu chegar ao golo.

Finalizados os 10 minutos compensatórios, as equipas da Junta de Freguesia de Malhadas e da Vimibombas foram desempatar o jogo, nas grandes penalidades.

Os vimiosenses foram melhores dado que converteram os três penaltis em golo, enquanto que os malharrezes não marcaram nenhum.

Com este resultado: 2-2, no tempo regulamentar; e 0-3, nos penaltis, a equipa da Vimibombas venceu o I Torneio de Futebol de 5 “Sérgio Lamá”.

Com a vitória, Miguel Diz, em representação da equipa de Vimioso, revelou que gosta muito de jogar no torneio de Miranda do Douro, onde existe um ambiente espetacular.

“Felicito a organização do torneio e também o Sérgio Lamá, pela sua carreira no futebol. Sobre o torneio, recordo que na última edição também fomos nós os vencedores, daí que seja uma grande alegria a renovação deste título. Agradeço à minha equipa pela entrega e pelo esforço incansável. Foram espetaculares!” – Miguel Diz.

HA

Ambiente: Projeto devolveu à natureza 15 juvenis de águia caçadeira

Ambiente: Projeto devolveu à natureza 15 juvenis de águia caçadeira

O projeto ambiental “Salvemos a Águia–Caçadeira” devolveu ao habitat natural, 15 juvenis daquela espécie ameaçada de extinção, de um total de 17 aves que foram incubadas em cativeiro de ovos resgatados, em ninhos no nordeste transmontano.

“Após um grande esforço, conseguimos detetar 37 ninhos de águia-caçadeira e, deste total, conseguimos confirmar que apenas um conseguiu produzir em ambiente natural. Todos os restantes ninhos tiveram de ser intervencionados com ações de conservação e tivemos de resgatar os ovos em 12 ninhos. Os ovos foram incubados em cativeiro com sucesso e 15 juvenis desta espécie foram devolvidos ao seu habitat, explicou o biólogo da Associação Palombar, José Pereira.

Para o resgate das crias e ovos e para a sua incubação artificial, bem como para a instalação e funcionamento dessa estrutura de aclimatação, foi fundamental o contributo dado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pelo Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, razão pela qual estas entidades e a Palombar assinam agora um acordo de colaboração.

“Conseguimos fazer a transferência de 27 exemplares desta ave para a jaula de aclimatação, localizada no Planalto Mirandês, um território de produção cerealífera, e ao abrir a estrutura de acolhimento 15 juvenis desta espécie conseguiram voar em liberdade e seguir o ritmo de vida próprio”, vincou o biólogo.

Em maio foi formalmente assinado o Protocolo Searas com Biodiversidade: Salvemos a Ave-caçadeira, que une o Clube de Produtores Continente, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/BIOPOLIS) da Universidade do Porto e a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural.

De acordo com as entidades envolvidas no projeto, “o objetivo comum destes parceiros é contribuir para salvar esta espécie, em vias de extinção no país, identificando ações e medidas de gestão para salvaguardá-la, mas também para promover um sistema alimentar mais amigo do ambiente”.

Por seu lado, a responsável pela delegação norte do ICNF, Sandra Sarmento, disse que há uma ação muito articulada para proteger a águia–caçadeira e que envolve várias organizações.

“Trata-se de um projeto emblemático no que respeita à preservação da avifauna em vias de extinção, como é o caso da águia-caçadeira”, disse a responsável.

A instalação de uma estação de aclimatação no concelho de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, garante todas as condições de segurança e bem-estar para a espécie, com vigilância 24 sobre 24 horas e acompanhamento por técnicos especializados.

“Sem o salvamento e resgate destas crias e ovos em ninhos inviáveis, estas novas gerações de águia-caçadeira dificilmente sobreviveriam”, vincou José Pereira.

Ao longo destes cinco meses de projeto, foi iniciado o primeiro Censo Nacional da população da águia-caçadeira, que está previsto decorrer até ao final de 2023 e cujos resultados preliminares deverão ser conhecidos em breve.

No âmbito da campanha de salvamento, foram realizadas diversas ações consideradas “urgentes” e que têm como objetivo aumentar o sucesso reprodutor e consequentemente o aumento da população de águia-caçadeira, o que incluiu a prospeção de colónias e ninhos, a monitorização da reprodução, o resgate de ovos e a proteção de ninhos.

Fonte: Lusa

Santulhão: Comemora 734 anos de foral

Santulhão: Comemora 734 anos de foral

No próximo Domingo, dia 31 de julho e no âmbito da comemoração da atribuição de foral, a aldeia de Santulhão vai dinamizar a primeira edição do “Dia Dionisino”, uma jornada cheia de atividades que vão desde uma caminhada matinal, o almoço convívio, jogos tradicionais, oficinas, o jantar e um concerto ao final do dia.

De acordo com o município de Vimioso, o rei D. Dinis (1261-1325) concedeu foral – carta de cedência de terras – às localidades de Argozelo, Pinelo e Santulhão, no dia 4/07/1288, há portanto 734 anos.

Recorde-se que D. Dinis, foi o sexto rei de Portugal, tendo governado durante 46 anos. O monarca ficou conhecido pelo cognome de “o Lavrador” pois interessou-se pela agricultura e por toda a população na exploração das terras, facilitando a sua distribuição.

Em Trás-os-Montes, o rei adotou um regime coletivista: as terras eram entregues a um grupo que repartia entre si os encargos; determinados serviços e edifícios eram comunitários, tais como o forno do pão, o moinho e a guarda do rebanho.

Segundo a autarquia de Vimioso, o Dia Dionisino vai celebrar-se, rotativamente, pelas três localidades do concelho vimiosense.

Este ano, cabe à aldeia de Santulhão organizar o evento. Segundo o programa, o Domingo, dia 31 de julho, vai iniciar-se com uma caminhada de 12 quilómetros, que será concluída ao final da manhã. com um almoço convívio.

À tarde, vai realizar-se a eliminatória concelhia, do campeonato de jogos tradicionais (fito, raiola, relha, corrida de sacos, jogos da corda), que está a ser promovida pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT).

Em simultâneo, vão realizar-se oficinas de cinema, fotografia, contadores de histórias.

Às 19h30 é a hora do jantar, para o qual é necessário inscrever-se previamente nas juntas de freguesia de Santulhão, Argozelo de Pinelo.

A primeira edição do Dia Dionisino vai encerrar com o concerto do grupo musical “Zingarus”.

HA

Argozelo: Inaugurada a exposição sobre minerais explorados em Trás-os-Montes

Argozelo: Inaugurada a exposição sobre minerais explorados em Trás-os-Montes

No dia 27 de julho, o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo inaugurou a exposição “Elementos da Tabela Periódica com ocorrências em Trás-os-Montes”, trata-se de uma mostra didática que visa dar a conhecer aos visitantes os elementos químicos nos minerais, existentes na região de Trás-os-Montes.

A exposição “Elementos da Tabela Periódica com ocorrências em Trás-os-Montes” vai estar no Centro Interpretativo das Minas de Argozelo até 31 de dezembro de 2022.

De modo a assinalar, os 150 anos da Tabela Periódica, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criou esta nova exposição, que de acordo com Maria Elisa Preto Gomes, professora e responsável pelo museu de geologia da UTAD, tem por objetivo dar a conhecer os elementos da tabela periódica, que tinham e têm, maior relevância na região de Trás-os-Montes.

“Quando falamos do lítio, titânio, tungsténio, ferro, cobalto, cobre, zinco e muitos outros elementos químicos, estes encontram-se nos minerais do subsolo. E em Argozelo, por exemplo, explorava-se o volfrâmio (ou tungsténio), o estanho e o arsénio”, explicou.

Segundo a docente da UTAD, a visita à exposição permite aprender os elementos químicos que existem nos minerais e quais são as suas caraterísticas.

“A exposição foi realizada, em parceria, com o departamento de química da UTAD, que aportou informações sobre as caraterísticas dos elementos químicos e os locais onde existem”, informou.

Atualmente, em Trás-os-Montes, os minerais explorados são o lítio o o silício.

“O líto é explorado na região de Montalegre. Eo sílicio é retirado de várias pedreiras”, precisou.

Nos painéis da exposição, patente no Centro Interpretativo das Minas de Argozelo, constam outras informações sobre as várias aplicações dos elementos químicos.

“Por exemplo, o lítio é muito usado na produção de cerâmica e nas baterias de telemóveis e veículos elétricos”, concretizou.

Nos painéis da exposição constam ainda informações, tais como os impactos dos elementos químicos no ambiente e na saúde das pessoas.

Na inauguração da exposição em Argozelo, participou um grupo de crianças e jovens, que frequentam um programa de férias no concelho de Vimioso. Sobre a presença dos mais novos, a professora Maria Elisa Gomes, disse ser importante, em qualquer idade, adquirir conhecimento sobre os elementos químicos que existem nos minerais.

“Atualmente, fala-se muito da exploração de lítio. E na verdade é que nós não podemos viver sem esta exploração mineira. Qualquer material que usamos, seja um telemóvel, um gravador, um automóvel, umas sapattilhas e até a roupa são feitos com minerais”, explicou.

Igor Gabriel, foi um dos jovens que participou na inauguração da exposição “Elementos da Tabela Periódica com ocorrências em Trás-os-Montes”.

“Gostei e aprendi que devemos ter cuidado no uso e reutilização das coisas, dado que os minerais são esgotáveis”, disse.

Já Joana Preto Lourenço e João Pedro, gostaram de conhecer a história dos mineiros em Argozelo e aprenderam que não há todo o tipo de minerais em todas as regiões.

Por sua vez, a vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes, disse que a exposição agora inaugurada no Centro Interpretativo das Minas de Argozelo visa promover o concelho e atrair pessoas ao espaço museológico e à localidade de Argozelo.

“Graças à iniciativa da professora Maria Elisa Gomes, diretora do museu de geologia da UTAD, de seis em seis meses mudamos de exposição de modo a dinamizar o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo”, indicou.

Picote: “Dura realidade” da construção da Barragem retratada em livro

Picote: “Dura realidade” da construção da Barragem retratada em livro

O livro “Rostos de uma Barragem, o álbum de Telmo Ferraz“, que reproduz 200 fotografias, a preto e branco, sobre a “dura realidade” da construção da barragem de Picote, em 1954, será apresentado no sábado, dia 30 de julho, às 18h00, no Barrocal do Douro.

O investigador Henrique Manuel Pereira, docente da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, que coordenou a obra, disse que este álbum constitui um documento único da época, através da reprodução de cerca de 200 fotografias a preto e branco, absolutamente inéditas, na sua maioria da autoria do padre Telmo Ferraz, legendadas pelo próprio.

“Este é um retrato dos inícios da construção da barragem de Picote, no Douro Internacional, até a sua inauguração. Portanto, estamos a falar de uma janela temporal de cinco anos. Este trabalho figura um documento social e histórico único, porque coloca em diálogo a fotografia com textos do icónico livro escrito pelo padre Telmo Ferraz, ‘O Lodo e as Estrelas’”, vincou o académico.

O livro “O Lodo e as Estrelas”, escrito pelo padre Telmo Ferraz, em 1960, relata as condições de miséria dos trabalhadores das barragens de Picote e Miranda do Douro, no Douro Internacional, o que lhe valeu a proibição da censura e a intervenção da PIDE, a polícia política da ditadura.

Este trabalho “inédito” será apresentado no Barrocal do Douro, no concelho de Miranda do Douro, onde está situado este que foi o primeiro empreendimento hidrelétrico construído no Douro Internacional (1954-1959).

O autor de “O Lodo e as Estrelas”, através da sua máquina fotográfica, “retrata as pessoas de carne e osso que contribuíram para a edificação desta importante obra de engenharia e arquitetura, do distrito de Bragança e do país”.

O empreendimento hidroelétrico, situado no concelho transmontano de Miranda do Douro, está atualmente classificado como conjunto de interesse público, por constituir “um dos raros exemplares da Arquitetura Industrial Moderna Portuguesa”.

As imagens são acompanhadas de excertos de “O Lodo e as Estrelas”, em versão bilingue (português/mirandês).

A apresentação da obra será feita pelo arcebispo primaz de Braga, José Cordeiro, e pelo organizador da obra Henrique Manuel Pereira, contando também com a presença do autor, padre Telmo Ferraz.

A edição de “Rostos de uma Barragem, o álbum de Telmo Ferraz“ conta com o apoio da Movhera, a nova concessionária do aproveitamento hidroeléctrico de Picote, do município de Miranda do Douro, e também com outras instituições locais como a Associação Família Kolping de Picote e a Junta de Freguesia de Picote.

O padre Telmo Ferraz nasceu em Bruçó, no concelho de Mogadouro, distrito de Bragança, em 25 de novembro de 1925.

Fonte: Lusa