Miranda do Douro: Castelo de Miranda do Douro foi decisivo na história de Portugal

A cidade de Miranda do Douro acolheu esta quarta-feira, dia 29 de março, a apresentação do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-Espanhola”, uma obra que tem por finalidade dar a conhecer e valorizar o património histórico edificado ao longo da fronteira com Espanha, como é o Castelo de Miranda do Douro.

A apresentação do livro decorreu na Casa da Cultura Mirandesa, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril. Nesta sessão, participaram ainda o autor do livro, Augusto Moutinho Borges, o ilustrador, Martin Garcia e os representantes da empresa CTT – Correios de Portugal, que editou a obra.

Na sua intervenção, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver a história do castelo, inscrita neste livro de história.

“Após a leitura e consulta do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-espanhola” estou certa de que muito mais pessoas terão interesse em visitar e conhecer Miranda do Douro”, disse.

Recorde-se que o castelo de Miranda do Douro foi edificado no reinado de D. Dinis (1261-1325). Segundo a história, o monarca terá visitado a cidade, aquando da assinatura do Tratado de Alcanices, em 1297.

De acordo com informações do património arquitetónico, o castelo de Miranda do Douro tem uma arquitetura militar, medieval e seiscentista.

“Povoação muralhada de planta octogonal, com reduto defensivo, sendo as muralhas protegidas por caminhos de ronda e rasgadas por três portas em arco apontado (…) Uma das portas, de maiores dimensões, é tutelada por Nossa Senhora do Amparo, tendo pintura alusiva à mesma. Nas muralhas rasgam-se várias seteiras e acede-se ao caminho de ronda por escadas encravadas nas faces dos muros”, pode ler-se.

Para o autor do livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola”, Augusto Moutinho Borges, os castelos e fortalezas fazem parte do património cultural e da identidade nacional.

“Neste livro procuro dar a conhecer o património edificado, que foi decisivo para a defesa de Portugal, ao longo de séculos. Entre os castelos e fortalezas na raia luso-espanhola, incluem-se o castelo de Caminha, no Minho, passando por Bragança, Miranda do Douro, Almeida, Marvão, Elvas até Castro Marim, no Algarve”, explicou.

O livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola” é ilustrado com imagens de vários fotógrafos e desenhos do espanhol, Marín García.

Esta é mais uma iniciativa dos CTT – Correios de Portugal, que contou com o apoio de vários municípios, entre os quais o município de Miranda do Douro.

Decorrente desta colaboração, o Castelo de Miranda do Douro passou a estar representado num selo dos CTT – Correios de Portugal.

HA

Caçarelhos: XXI edição da Feira do Pão com muita animação

No fim-de-semana de 1 e 2 de abril, a aldeia de Caçarelhos, vai organizar a XXI edição da Feira do Pão, um evento que tem crescido ao longo dos anos, graças à animação das lutas de touros mirandeses, do festival de gaita-de-foles e das danças dos pauliteiros e do rancho folclórico de Vimioso.

Segundo o presidente da freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins, a Feira do Pão de Caçarelhos começou por ser um evento de pequena dimensão, em que participavam sobretudo os produtores locais, expondo os produtos mais caraterísticos da aldeia, com destaque para o pão.

“Com o passar dos anos, a Feira do Pão de Caçarelhos cresceu sobretudo graças ao investimento na animação do certame, com as lutas de touros mirandeses, a dança dos pauliteiros e o festival dos gaiteiros”, explicou.

Este ano, a programação da XXI Feira do Pão de Caçarelhos volta a dar muito destaque aos grupos, às tradições e ao património existente na localidade.

“A aldeia de Caçarelhos tem um conjunto de monumentos de muito valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, indicou.

Na localidade existem ainda os cabanais, uma construção de século XIX, que foi construída para a feira mensal, que continua a realizar-se no dia 19 de cada mês.

“Hoje em dia, a feira mensal já não tem a pujança económica de outros tempos, dado o despovoamento da nossa região. Por esta razão e para manter a tradição, decidimos organizar a feira anual, dedicada ao pão”, explicou.

Assim sendo, a XXI Feira do Pão vai realizar-se no dias 1 e 2 de abril. No sábado, dia 1 de abril, o destaque da feira é o IV Festival da Gaita de Foles que vai trazer cerca de 250 gaiteiros a Caçarelhos.

Este ano, o certame tem como grande novidade a atuação dos Grupos Etnográficos e Tunas do Orfeão Universitário do Porto.

“No Domingo, dia 2 de abril, o Coro do Orfeão Universitário do Porto vai animar musicalmente aa Missa de Domingo de Ramos”, avançou.

As lutas de touros mirandeses e as atuações dos pauliteiros de Palaçoulo e do rancho folclórico de Vimioso vão animar e encerrar a Feira do Pão deste ano, em Caçarelhos.

HA

Vimioso: Alunos e professores caminharam entre São Joanico e Caçarelhos

Na quarta-feira, dia 29 de março, os professores e alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) realizaram a Caminhada Ambiental Escolar, entre as aldeias de São Joanico e Caçarelhos, uma iniciativa que pretendeu incutir nos mais jovens o gosto pela atividade física, pela natureza e pela cultural local.

Na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional, do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

De acordo com o subdiretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Licínio Martins, esta atividade está inscrita no plano anual de atividades escolares e pretendeu incentivar os alunos a praticarem desporto, a ter uma maior proximidade à natureza e conhecer a biodiversidade e a cultura do concelho de Vimioso.

“Neste percurso pedestre de oito quilómetros entre São Joanico e Caçarelhos há um grande potencial natural que quisemos explorar e conhecer mais de perto. Inserido na natureza visitámos o moínho de água, da Arvedosa, onde se moíam os cereais como o centeio, o trigo e a aveia”, explicou.

Este ano, na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional. Já os alunos do primeiro ciclo e do pré-escolar também participaram na iniciativa, ao percorrerem uma distância de dois quilómetros.

“Na caminhada dos mais pequenos, houve uma visita a um rebanho de ovelhas, para conhecerem a tradição do ciclo da lã. Em Caçarelhos, participaram num workshop do pão, onde tiveram a oportunidade de aprender a fazer pão e os roscos”, informou.

Na aldeia de Caçarelhos, a comunidade escolar teve a oportunidade de visitar um moinho de água, a capela de Santo Cristo construída em 1776, o Museu do Pão, o Cruzeiro (1777) e a Igreja Matriz (1755).

“Dado que Caçarelhos é uma localidade conhecida pela qualidade do pão, foram construídos fornos novos para dar continuidade à tradição de confeção do pão caseiro. Nos dias 1 e 2 de abril, realiza-se a feira anual, em que o pão é o produto em destaque”, informou.

No decorrer da Caminhada Escolar Ambiental, os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso ofereceram à população de Caçarelhos, uma sessão de leitura e de poemas, no adro da Igreja matriz.

«Inserido na Semana da Leitura, fez-se referência a Camilo Castelo Branco, no livro “A queda de um anjo”, cujo protagonista era de Caçarelhos. E foram lidos excertos das viagens a Portugal, de José Saramago, que passou por esta localidade”, indicou.

A Caminhada Ambiental Escolar deste ano, concluiu-se com a participação dos alunos e professores numa sessão de dança, ao som dos gaiteiros, e com um lanche final.

Os gaiteiros da associação cultural Lérias proporcionou uma sessão de música e dança aos alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

HA

Economia: «Preço dos alimentos faz-se de cima para baixo» – Sérgio Ferreira

Sérgio Ferreira, diretor-geral da Louricoop, a cooperativa que congrega os agricultores do Conselho da Lourinhã e da região oeste, alertou para a necessidade de debater os custos associados à produção de alimentos.

“O preço faz-se de cima para baixo e quando chega à produção, vem de tal forma esmagado que o produtor tem de entregar pelo preço que lhe apresentam”, assinala, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Questionado sobre o aumento do preço dos alimentos, o responsável lembra o aumento da energia, dos combustíveis e fertilizantes, mas também o facto de não ser o agricultor a fixar o preço dos produtos agrícolas.

Sérgio Ferreira dá o exemplo da produção agrícola no Conselho da Lourinhã, assegurada por pequenos produtores que ficam à mercê da conjuntura económica e sem capacidade de negociação.

Para inverter a situação, existe a Louricoop e o associativismo que Sérgio Ferreira considera “essencial” para a sobrevivência do setor agrícola do Oeste.

Só em conjunto é que nos conseguimos defender destas oscilações do mercado, conseguimos comprar sementes e fertilizantes em quantidade de forma a vender aos nossos associados a preços mais controlados”.

Com agricultores mais fortes quem beneficia é também o consumidor, sustenta Sérgio Ferreira, dando como exemplo a aliança entre os produtores de batata que estão a produzir para uma mesma unidade que pertence à cooperativa.

Esta unidade armazena, embala e comercializa, criando uma cadeia de valor que beneficia agricultores e consumidores.

A cooperativa que agrega os agricultores da Lourinhã fornece ainda serviços mais abrangentes como uma oficina para as alfaias agrícolas, um posto de combustível e pontos de venda dispersos pelo Conselho para estarem mais próximos dos agricultores.

A renovação das gerações no tecido agrícola é outro problema a merecer atenção.

“A média de idade dos agricultores anda pelos 60 anos”, diz o diretor da Louricoop, “temos pouquíssimos jovens de 20 e 30 anos, neste setor chamamos jovens a quem tem 40 ou 50 anos” refere.

Sérgio Ferreira ocupa um cargo remunerado, que exerce “com espírito de missão e de dedicação ao próximo”, para poder ir ao encontro das necessidades dos agricultores mais vulneráveis.

“Temos de ter presente a noção de bem comum. Nesta ruralidade que habitamos há também um pensamento cristão e noção do próximo que nos leva a partilhar mais nos momentos de maior dificuldade”, salienta.

A Louricoop nasceu em 1976, da iniciativa de vinte agricultores, com o objetivo de desenvolver e valorizar o associativismo no sector agrícola e tornar mais competitiva a atividade do agricultor; atualmente conta com 5 mil associados.

A subida dos bens alimentares e o impacto da inflação é o tema em em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, no domingo, dia 2 de abril, pelas 17h30, na RTP2.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Capa d’Honras Mirandesa continua a identificar a Terra de Miranda

Celebrou-se no passado Domingo, dia 26 de março, em Miranda do Douro, a cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa, um evento que este ano contou com a participação de 150 pessoas, devidamente trajadas com as tradicionais capas da Terra de Miranda e das regiões espanholas de Aliste e da Sanabria.

A 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa foi inscrita no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

A cerimónia de Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa iniciou-se na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o desfile pelas ruas do centro histórico da cidade de Miranda do Douro até à concatedral.

O desfile foi animado pelas atuações dos pauliteiros de Malhadas, do grupo de Danças Mistas de Prado Gatão, do Grupo de Gaiteiros da Póvoa e do Agrupamento Folclórico de Monteros e Monteras de Aliste (Espanha).

Às 11h00, celebrou-se a Missa domincal, durante a qual o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, deu as boas-vindas às autoridades locais e aos participantes portugueses e espanhóis. Na homília, o sacerdote, referindo-se à Capa d’Honras Mirandesa disse que é importante preservar e promover a cultura e a identidade local.

“Quem visita Miranda do Douro vem à procura do que nos identifica, do que é original e diferente, como é o caso da Capa d’Honras Mirandesa”, disse.

O pároco de Miranda do Douro prosseguiu dizendo que “como cristãos também temos de dever de preservar a nossa identidade, os nossos valores, como são a fé, a esperança e a caridade.

“Ser cristão também deve ser motivo de proua! Se o formos teremos muito mais força, alegria e vida para dar aos outros!”, exortou.

Após a celebração religiosa, realizou-se a sesão solene da Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, falou em mirandês e sublinhou que esta cerimónia visa celebrar um dos traços mais identitários da Terra de Miranda.

“Com esta celebração em torno da Capa d’Honras Mirandesa recordamos a história do nosso território e das nossas gentes, com os invernos rigorosos, a pastorícia, a lã, os artesãos e a manufatura desta peça de vestuário. Hoje, é uma honra vestir esta capa!”, disse.

Por sua vez, o historiador António Rodrigues Mourinho, ensinou que com a lá dos rebanhos de ovelhas, pastoreados no planalto mirandês, fazia-se quase tudo: meias, saias, calças, mantas, capas e capotes.

“Em memória dos nossos pais e avós é uma obrigação preservar este legado cultural que é a Capa d’Honras Mirandesa”, disse.

No final da sessão, o etnógrafo, Mário Correia, recordou que desde 15 de novembro de 2022, a Capa d’Honras Mirandesa está inscrita como salvaguarda urgente no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

“Agora cabe-nos fazer a inventariação e registar novos dados, como o número de Capas d’Honra Mirandesas existentes, a sua antiguidade, o nome dos artesãos, para validar a inscrição junto da Direção Geral do Património Cultural”, indicou.

A cerimónia de Exaltação da Capas d’Honras Mirandesa concluiu-se com a já tradicional fotografia dos participantes nas escadas do adro da concatedral de Miranda do Douro.

HA

Argozelo: Feira da Rosquilha promoveu os produtos e o convívio

No passado fim-de-semana de 25 e 26 de março, a vila de Argozelo realizou a XVI Feira da Rosquilha, um certame de produtos locais que voltou a atrair milhares de visitantes à localidade, onde tiveram a oportunidade de conviver e disfrutar do variado programa musical e cultural.

Na tarde de sábado, dia 25 de março, realizou-se o workshop da Rosquilha.

Na edição deste ano da Feira da Rosquilha participaram 30 produtores, que expuseram uma grande variedade de produtos, com destaque para as tradicionais rosquilhas, mas também para o folar de Páscoa, o pão, o fumeiro, os queijos, os licores, o mel, os frutos secos, os cogumelos, as facas de Palaçoulo, o azeite e muitos outros produtos locais e regionais.

Sempre presente no certame, o presidente da freguesia de Argozelo, José Manuel Miranda, lembrou que no corrente ano, a localidade celebra o 22º aniversário de elevação a vila.

“A povoação de Argozelo, no concelho de Vimioso, foi elevada à categoria de vila, no dia 7 de junho de 2001. Assinalamos esta data com a realização da Feira da Rosquilha, um dos produtos típicos da nossa localidade. Este evento, proporciona também o encontro e a confraternização entre a população de Argozelo e as muitas pessoas que nos visitam”, destacou.

No programa da feira deste ano, um dos destaques foi o workshop dedicado à confecção do doce tradicional da vila. Assim, na tarde de sábado, dia 25 de março. a senhora Fátima Vaqueiro ministrou uma sessão culinária, que contou com a participação de várias crianças, as quais “meteram as mãos na massa”. No final, os miúdos tiveram direito a provar as saborosas rosquilhas, acabadinhas de cozer, no forno instalado no recinto da feira.

Segundo a vereadora da cultura, Carina Lopes, mãe de dois filhos, o workshop dedicado à confecção das rosquilhas foi uma oportunidade para transmitir aos mais novos esta tradição local.

“Hoje em dia, compramos tudo feito. E a tradição de fazer as rosquilhas, no forno a lenha, está em risco de esquecimento. Por isso, com este workshop, realizado aqui no recinto da feira, pretendemos dar a conhecer às crianças e aos adultos, como se fazem as rosquilhas de Argozelo”, justificou.

Outro momento muito aguardado foi a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso, que no próximo dia 25 de abril vai celebrar 28 anos de atividade cultural. No final da atuação em Argozelo, a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, expressou a sua alegria por atuar nas localidades do concelho vimiosense.

“Atuar na nossa terra é a maior das satisfações! O rancho folclórico de Vimioso esforça-se por preservar, cantar e dançar músicas que falam das nossas tradições, ofícios e dos produtos locais”, explicou.
O Rancho Folclórico de Vimioso foi fundado a 25 de abril de 1995.

Outro destaque da Feira da Rosquilha deste ano, foi a apresentação do livro “Argozelo – Apontamentos para uma Monografia”. Segundo o professor de história, Carlos Prada, membro da associação Ulgusello, Cultura e Património de Argozelo, o livro é uma coleção de artigos escritos por José Manuel Miranda Lopes, entre 1929 e 1940.

“José Manuel Miranda Lopes foi pároco de Argozelo, Carção e Sendim. O livro agora publicado contém duas partes: na primeira parte fala sobre a história da freguesia de Argozelo. E na segunda parte, aborda-se a etnografia desta localidade, com os seus costumes, tais como a encomendação das almas, o cantar dos reis, entre outras tradições”, explicou.

A Feira da Rosquilha continuou na manhã de Domingo, dia 26 de março, com o programa de rádio, em direto, “Domingão do Tio João”.

Ainda durante a manhã, celebrou-se a Eucaristia Dominical, no recinto da feira.

O presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, foi uma das personalidades que visitaram Argozelo e felicitou a freguesia local, pela 16ª edição do certame.

“A rosquilha e os outros produtos locais são um bom mote para organizar esta feira, em Argozelo. Dada a proximidade da Páscoa é um tempo favorável para a compra e venda de produtos, mas também para o encontro, o convívio e a confraternização entre as pessoas”, disse.

No decorrer da tarde de Domingo, registou-se, mais uma vez, uma grande afluência de público para assistir às lutas de touros mirandeses.

A XVI Feira da Rosquilha, em Argozelo, encerrou com a atuação dos Pauliteiros de Palaçoulo.

HA

Turismo: Medidas para aumentar o número de trabalhadores no setor

O Ministério da Economia apresentou 20 medidas, como o plano para a modernização da rede de escolas de hotelaria, para aumentar em 20% o número de trabalhadores no setor do Turismo.

A agenda para as profissões do turismo foi apresentada pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.

“Esta é uma agenda estratégica, com 20 medidas, que visa aumentar em 10% os profissionais de turismo com o ensino secundário e superior, crescer em 15% no número de estudantes em turismo em todos os níveis de ensino e incrementar em 20% a população empregada no setor”, adiantou o Ministério da Economia e do Mar.

Entre estas medidas encontra-se o Plano Nacional para a Modernização e Especialização da Rede de Escolas Hotelaria e Turismo.

Outras medidas são: a concretização da Academia Internacional do Turismo; o programa de benefícios para os profissionais do turismo; a majoração do financiamento a empresas com boas práticas laborais e de formação; a internacionalização de empresas e marcas; o reforço de formação e as campanhas para a valorização de profissões do turismo.

Esta agenda, que continua em construção, tem por objetivo tornar Portugal o destino de referência para estudar e trabalhar no setor do turismo.

“Valorizar os profissionais do setor é essencial para termos mais e melhor turismo. Investir nas pessoas, no aumento das suas qualificações, rendimentos e reconhecimento, é uma aposta estratégica para preparar o futuro de uma atividade em crescimento. Esta é também uma agenda com ação para fazer face aos desafios presentes. Para o alcance dos objetivos e das metas apresentadas nesta agenda será fundamenta a mobilização e o envolvimento de todos”, afirmou, citado na mesma nota, Nuno Fazenda.

Na sessão de apresentação desta agenda estiveram ainda os ministros da Economia e do Mar, António Costa Silva, do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Educação, João Costa, a que se juntou um painel de profissionais do setor.

Fonte: Lusa

Economia: Lista dos alimentos com IVA zero

O Governo apresentou um cabaz de produtos com IVA zero, que inclui atum em conserva e bacalhau, além de vários tipos de frutas, legumes, laticínios, carne e ovos, para combater a subida dos preços alimentares.

A lista conta com vários produtos essenciais, como pão, batatas, massa e arroz e vários legumes, incluindo cebola, couve portuguesa e brócolos.

Entre os 44 produtos apresentados estão ainda frango, carne de porco e azeite.

Estes são os produtos que serão vendidos com IVA zero, segundo a lista disponibilizada pelo Governo:

++ Cereais e derivados ++

Pão

Batata

Massa

Arroz

++ Hortícolas ++

Cebola

Tomate

Couve-flor

Alface

Brócolos

Cenoura

Curgete

Alho Francês

Abóbora

Grelos

Couve Portuguesa

Espinafres

Nabo

++ Frutas++

Maçã

Banana

Laranja

Pera

Melão

++ Leguminosas ++

Feijão vermelho

Feijão-frade

Grão-de-bico

Ervilhas

++ Laticínios ++

Leite de Vaca

Iogurtes

Queijo

++ Carne, pescado e ovos ++

Carne de porco

Frango

Carne de peru

Carne de vaca

Bacalhau

Sardinha

Pescada

Carapau

Atum em conserva

Dourada

Cavala

Ovos de galinha

++ Gorduras e óleos ++

Azeite

Óleos vegetais

Manteiga

Fonte: Lusa

Saúde: Reservas de sangue estão em níveis que necessitam de atenção

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apelou à dádiva de sangue, porque “neste momento as reservas estão em níveis que necessitam de atenção”, devido a uma quebra de dádivas em fevereiro e março.

Em declarações aos jornalistas, em representação da presidente do IPST, o diretor do centro do Porto, Jorge Condeço, frisou: “A dádiva não demora muito tempo e é muito importante”.

No Dia Nacional do Dador de Sangue, o responsável disse que “as reservas estão em níveis que necessitam de atenção” e apelou à dádiva de sangue regular e junto dos mais jovens.

“Todos nós podemos contribuir um bocadinho e não só em apelos porque os apelos duram pouco no espaço e no tempo. Em 2022 estivemos em linha com 2021 e 2021 foi um bom ano. Em 2022 houve uma pequena quebra, mas foi um ano aceitável. Começamos janeiro com dados muito bons e estávamos contentes, mas em fevereiro e março houve uma quebra e essa quebra provavelmente tem a ver com toda a preocupação social que reinou”, descreveu.

As greves, dificuldades com deslocamentos, questões relacionadas com o frio, crises epidémicas de gripe e vírus respiratórios poderão ser as causas dessa quebra, enumerou o diretor do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, sublinhando que “é preciso recuperar nos meses seguintes”.

“E chamar os mais jovens. Os mais jovens são fundamentais. Em 2021 tivemos um ano fantástico porque tivemos 16% de novos dadores entre os 18 e os 25 anos. É preciso começar isso porque temos uma enorme crise demográfica e isso estende-se aos dadores. Há um conjunto de pessoas que vão saindo do grupo que pode dar sangue e é preciso substituí-los”, frisou.

Sobre a dádiva de componentes sanguíneos específicos e a necessidade que algumas instituições já revelaram de recolher plaquetas, Jorge Condeço explicou que “o sangue total que é doado é separado em componentes [células vermelhas, plasma e plaquetas] e as plaquetas duram sete dias.

“É o grande problema que temos [neste momento]. Necessitamos de um afluxo contínuo de dádivas de sangue para podermos chegar aos doentes todos os dias com plaquetas porque ao fim de sete dias caducam e temos de fazer um novo ciclo”, explicou.

O responsável falava à margem de uma conferência dedicada ao Dia Nacional do Dador de Sangue que decorreu na Biblioteca Almeida Garrett, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, e junto a um placard onde se lia “Bora lá! Dar sangue salva vidas”, que é o mote da campanha lançada pelo IPST.

De acordo com o publicado no ‘site’ do IPST, para ser potencial dador de sangue só é preciso tomar a decisão, sentir-se com saúde e ter hábitos de vida saudáveis, ir ao exame médico e responder com sinceridade às perguntas que lhe forem feitas, dar sangue e tomar uma curta refeição.

Os dadores precisam de ter pelo menos 50 quilos, idade igual ou superior a 18 anos e ser saudáveis.

O Dia Nacional do Dador de Sangue que comemora-se a 27 de março e serve para homenagear os dadores que cumprem o seu dever de cidadania com um gesto simples e altruísta, sendo este um gesto capaz de salvar vidas.

Fonte: Lusa

Futsal: Mirandeses a duas vitórias do título

O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) conquistou uma importante vitória rumo ao título, ao vencer fora o Águia Futebol Clube de Vimioso, por 0-3 e ao beneficiar da derrota do 2º classificado, o que aumentou a vantagem dos mirandeses na liderança para quatro pontos.

Com a vitória em Vimioso, o Clube Desportivo de Miranda do Douro soma 33 pontos, mais 4 pontos que o segundo classificado, o Torre Dona Chama.

O jogo relativo à 15ª jornada realizou-se no serão de sexta-feira, dia 24 de março, às 21h30, no pavilhão multiusos de Vimioso.

O desafio começou de feição para os líderes do campeonato distrital de futsal, dado que no primeiro minuto, a equipa de Miranda do Douro abriu o marcador, através de uma recuperação de bola e transição rápida de Finha, que assistiu o companheiro de equipa, Diogo, para o 0-1.

No jogo em Vimioso, Finha voltou a ser decisivo ao fazer duas assistências e um golo.

Depois seguiram-se vários minutos de um jogo muito tático, com ambas as equipas a procurar não cometer erros e a atacar com precisão.

A equipa vimiosense, como lhe competia, bem tentou ultrapassar a muralha defensiva mirandesa, mas os remates finais sairam desenquadrados da baliza adversária. Aos 14 minutos, Miguel Diz, desperdiçou a melhor oportunidade de golo da primeira parte, num remate que saiu enrolado e sem direção.

No recomeço da segunda parte, os mirandeses voltaram a imprimir mais intensidade no seu jogo. Aos 24′ minutos, Nickas conseguiu espaço e rematou para defesa atenta do guarda-redes vimiosense, Chico.

Aos 27 minutos, a equipa de Miranda do Douro chegou ao segundo golo, novamente graças a um bom trabalho defensivo de Finha, que assistiu Castro, para o 2-0.

Castro fez o 0-2 para a equipa de Miranda do Douro.

Este golo deu ainda mais confiança aos visitantes.

Aos 32′, o guardião mirandês, Guilherme, subiu no campo e após combinação entre Gaby e Nickas a bola embateu na barra da baliza adversária.

A dois minutos do final, Finha fez o 3-0, num remate do meio campo, aproveitando a baliza descoberta do Vimioso, que jogava num 5 contra 4.

A vitória dos mirandeses premiou a sua maior concentração e determinação ao longo de todo o jogo. Destaque ainda para o apoio recebido pela equipa de Miranda do Douro, por parte do público e da claque que encheram e animaram as bancadas do multiusos, em Vimioso.

Equipas:

Águia Futebol Clube de Vimioso: Xico, Pedro Diz (cap.), Nuno Esteves, Sérgio Miranda, Miguel Diz, Tiago Ventura, David Choupina, Luís Gonçalves, Rafael e Ricardo Ferreira.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Quero dar os parabéns à equipa de Miranda do Douro, que com esta vitória justificou a razão de ser líder do campeonato. No jogo de hoje, os mirandeses optaram por jogar mais defensivos, dado que nós precisávamos mais da vitória do que eles. Tivemos a infelicidade de entrar logo a perder. Ainda assim procuramos mais vezes a baliza adversária e eles optaram por sair no contra-ataque” – Miguel Diz

Equipas:

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Guilherme, Finha, Ricky, Diogo, Castro, Pina, Diniz, Couto (cap.), André, Vitor Hugo, Gaby, Caio, Nickas e Renato.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Foi mais um jogo difícil, entre duas boas equipas de futsal. Sabíamos da importância deste jogo para o Vimioso chegar aos lugares cimeiros da tabela classificativa. O Clube Desportivo de Miranda do Douro conseguiu ter uma boa organização defensiva e ofensiva. Marcámos primeiro e soubemos controlar o jogo. Conseguimos ser muito humildes, solidários e coesos. O 2º e 3º golos vieram premiar esta nossa atitude coletiva. Estamos felizes por mais esta vitória” – Vitor Hugo.

Equipa de arbitragem:

1º Árbitro: Bruno Cordeiro

2º Árbitro: Pedro Lopes

Cronometrista: Rui Cruz

15ª jornada – resultados

EF Arnaldo Pereira (Bragança) 4-1 Alfandeguense
 CSP Vila Flor3-2 GD Torre Dona Chama
 GD Sendim2-1 Pioneiros Bragança
  ACRD Ala 4-2 Sp. Moncorvo
Águia FC Vimioso 0-3CD Miranda Do Douro

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda Do Douro331511225931+28
2GD Torre Dona Chama29157345932+26
3 EF Arnaldo Pereira 25157445836+22
4Sporting Moncorvo23156544639+7
5 GD Sendim 22157175140+1
6 ACRD Ala 21156364744+3
7Águia FC Vimioso20156264952-3
8Pioneiros Bragança17155284252-10
9Alfandeguense121540113768-31
10CSP Vila Flor91530123859-21

16ª Jornada (31/ 03/ 2023)

Alfandeguense vs Águia FC Vimioso
  GD Torre Dona Chama vs EF Arnaldo Pereira
  Pioneiros Bragança vs CSP Vila Flor
  Sporting Moncorvo vs GD Sendim
  CD Miranda Do Douro vs ACRD Ala

HA