Miranda do Douro: Jovens voluntários reabilitam quatro casas de habitação no concelho

Miranda do Douro: Jovens voluntários reabilitam quatro casas de habitação no concelho

De 21 de agosto a 4 de setembro, jovens voluntários da associação “Just a Change” estão a reabilitar 4 casas de habitação, nas localidades de Malhadas, Póvoa, Picote e Sendim, um projeto que é cofinanciado pela empresa Movhera e pelo município de Miranda do Douro.

Os jovens voluntários da associação “Just a Change” com o casal de pessoas idosas, Abel e Graciosa, junto à sua habitação, em Malhadas.

De acordo com o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, o projeto de reabilitação habitacional foi proposto pela empresa Movhera, atual concessionária das barragens de Miranda do Douro e de Picote.

“O município de Miranda do Douro comparticipa na aquisição de materiais de construção e no alojamento dos voluntários. Por sua vez, a Santa Casa da Misericórdia oferece os almoços aos jovens voluntários da associação ‘Just a Change’”, referiu.

Questionado sobre a atual situação da habitação no concelho de Miranda do Douro, o vereador, Vitor Bernardo, respondeu que ainda há muitas habitações que carecem de intervenção, sobretudo no meio rural.

“Com este projeto estamos a reabilitar 4 casas. Mas no meio rural há muitas habitações que carecem de obras, sobretudo de isolamento térmico, de caixilharia, de vidro duplo, de cobertura e telhado isolado”, indicou.

Francisco Amaro, da associação “Just a Change” informou que as casas que estão a ser intervencionadas no concelho de Miranda do Douro pertencem a pessoas que vivem em pobreza habitacional.

“Os trabalhos são sempre acompanhados por técnicos de obra contratados e por coordenadores mais experientes, de modo a assegurar as condições de segurança e para que o nível técnico da obra sejam bem executado”, disse.

Relativamente à obra a decorrer em Malhadas, onde estão a trabalhar cinco voluntários e um coordenador, Francisco Amaro, adiantou que a habitação pertence a um casal de pessoas idosas que necessita de várias intervenções.

“O telhado da habitação vertia água e corria o risco de cair. Para além disso, o wc precisa de obras para garantir o escoamento de água e há a necessidade de substituição da banheira por um poliban, devido à menor mobilidade do casal de idosos. Ao nível do isolamento térmico, também estão a ser feitas várias intervenções, como a adição de isolante térmico, a instalação de um teto falso para criar uma caixa de ar, com a aplicação de lã de rocha, para garantir que a casa retém calor no inverno e frescura no verão”, indicou.

As obras decorrem ao longo de 15 dias, no âmbito do programa “Camp In”, que está a ser implementado, simultaneamente, noutras 12 localidades de todo o país e envolvem a participação de 400 voluntários.

Hugo Campos é um dos jovens que está a participar na reabilitação da casa, em Malhadas. Questionado sobre o que o motiva a participar neste campo de trabalho, respondeu que o projeto da associação “Just a Change” é diferenciador no voluntariado em Portugal.

“Ao participar neste campo de trabalho estou a aprender as noções básicas da construção civil. Para além disso, é muito gratificante pôr-me ao serviço de quem mais precisa e simultaneamente conhecer pessoas fantásticas, como são os outros voluntários”, disse.

Por seu lado, o casal de idosos, Abel e Graciosa, mostraram-se radiantes com a presença e generosa ajuda dos jovens voluntários na reabilitação da sua habitação, na aldeia de Malhadas.

Esta iniciativa que está a ser desenvolvida pela associação Just a Change, é cofinanciada pelo município de Miranda do Douro e a empresa Movhera.

Segundo Francisco Amaro, a reabilitação das quatro casas do concelho de Miranda do Douro tem um custo de 53 mil euros.

“Em duas habitações há uma intervenção praticamente integral, pois está a ser construído o saneamento básico e a instalação de eletricidade”, indicou.

A associação “Just a Change” é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que se dedica a reabilitar casas de pessoas em situação de pobreza habitacional. Para tal, mobiliza voluntários que num espírito altruísta e generoso transforma as casas em lugares dignos de serem habitados.

Desde 2010, a “Just a Change” já reabilitou mais de 280 casas e 75 instituições, beneficiando a vida de mais de 5000 pessoas e mobilizando mais de 5000 voluntários nacionais e internacionais.

De acordo com os princípios desta associação, uma habitação digna é o ponto de partida para uma nova vida.

“Reabilitamos casas, reconstruímos vidas!”, é o lema.

Seca: Apanha da amêndoa na região transmontana antecipada duas semanas e quebras de 50%

Seca: Apanha da amêndoa na região transmontana antecipada duas semanas

A Cooperativa dos Agricultores Centro e Norte informou que na região transmontana há registo da antecipação da apanha da amêndoa em duas semanas e as quebras podem rondar os 40 a 50% na colheita, devido à seca.

“A antecipação de duas semanas na apanha da amêndoa deve-se à sua maturação. Verifica-se de momento que há condições para a sua apanha e já estamos a colher. Temos muitos cooperantes que têm os seus amendoais em sequeiro e, devido à seca, começaram a apanhar e vai haver quebras significativas que rondam os 40 a 50%”, explicou o responsável para Cooperativa de Agricultores, Armando Pacheco.

Esta cooperativa com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança, que se dedica à comercialização de frutos de casca rija, tem mais de 450 cooperantes e, em ano normal de produção, podem ser recolhidos mais de um milhão de quilos de amêndoa, provenientes de vários concelhos da região Norte e Centro.

As perdas de produção, de acordo com o responsável cooperativo, devem-se não só à seca, mas também às geadas que se fizeram sentir no tempo de primavera, quando as amendoeiras estavam em flor.

Armando Pacheco refere ainda que as quebras se podem sentir nos próximos anos, porque as plantas precisam de água e têm de ter reservas para poderem acompanhar o seu ciclo de maturação.

Apesar das quebras anunciadas de 40% a 50% da produção, a Cooperativa dos Agricultores Centro e Norte espera não as sentir devido à entrada de novos produtores de amêndoa para esta organização.

“Com a entrada destes novos cooperantes, penso que podemos resolver o problema de parte das quebras de produção, provocadas pelas condições climatéricas anormais e à seca extrema”, vincou.

Contudo, Armando Pacheco, alerta que os produtores devem acautelar o futuro e tentar explorar os recursos hídricos o melhor possível para terem reservas para tempos de seca.

“Temos de contar com a ajuda do Estado para fazer bacias [charcas], de forma que a água seja retida no inverno nos próprios ribeiros, rios ou charcas e se possa infiltrar para que as linhas de água não sequem já que os furos estão secos nesta altura do ano”, vincou.

Armando Pacheco também apontou o dedo à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), afirmando que “a APA não deixa construir charcas nem reservas de água, porque estes reservatórios têm de estar distantes das linhas de água”.

Apesar da seca, o dirigente aconselha que se deve continuar a apostar na plantação de novos amendoais, porque se trata de uma cultura rentável e o concelho de Mogadouro foi o que mais cresceu em termos de novas plantações no Nordeste Transmontano.

“As árvores ao 5.º ou 6.º ano, após a sua plantação, já começam a produzir. E com os valores de mercado que estão a ser praticados, principalmente em frutos de produção biológica, é uma cultura muito rentável”, concretizou o dirigente.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Famidouro renovada atraiu muito público à cidade

Miranda do Douro: Famidouro renovada atraiu muito público à cidade

No dia 21 de agosto encerrou, em Miranda do Douro, a XXIV Famidouro – feira de Artesanato, um evento que atraiu uma grande afluência de espanhóis e emigrantes à cidade, para conhecer os produtos artesanais que se fabricam no concelho como são as capas d’honra mirandesas, as navalhas de Palaçoulo ou os talhicos mirandeses.

As Pauliteiras da associação Mirandanças encerraram a XXIV edição da Famidouro – Feira de Artesanato.

De 12 a 21 de agosto, a XXIV edição da Famidouro foi organizada pela nova direção da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), que teve a preocupação de dar melhores condições logísiticas aos artesãos para exposição e venda dos seus artigos.

De acordo com o presidente da ACIMD, Bruno Gomes, a avenida Aranda del Duero esteve mais bonita, enfeitada e iluminada e as barraquinhas mais atrativas.

“Com esta envolvência pretendeu-se que os clientes tivessem mais gosto em estar na feira. Tradicionalmente a Famidouro é um evento muito visitado pelas pessoas, pela sua localização entre a zona histórica e a zona nova da cidade” – Bruno Gomes.

Outras razões indicadas para o sucesso da feira é a data da sua realização, a meio do mês de agosto, em que muitas pessoas estão de férias, como é o caso dos emigrantes e turistas.

Na edição deste ano da Famidouro estiveram presentes 54 artesãos de vários ofícios: desde os trabalhos em madeira, cutelaria, instrumentos musicais, trabalhos em burel, granito e também produtos regionais como a bola doce mirandesa e o folar, entre outros.

Aquando a inuguração da feira deste ano, o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, reconheceu a importância do artesanato como factor de atração de visitantes e dinamismo económico do concelho.

Ao longo dos 10 dias do certame foram organizadas várias atividades, como o concerto de Daniel João e da Banda Filarmónica Mirandesa, os insufláveis para as crianças, o festival de folclore da Mirandanças, as atuações dos vários grupos de Pauliteiros dos concelho, as exibições de futebol freestyle, as mostras gastronómicas do showcooking e a prova de vinhos.

De 17 e 21 de agosto, a Famidouro – Feira de Artesanato beneficiou também com o arranque das Festas da Cidade, que trouxe muitas pessoas a Miranda do Douro, para assistir aos concertos ao final do dia.

Do lado dos artesãos, Sérgio Pires, fabricante de móveis mostrou-se agradado com a afluência de pessoas à feira: portugueses, espanhóis e franceses, que apreciaram as suas novidades, como as mesas em resina, as tábuas de mesa e os talhicos mirandeses.

Numa exposição próxima, Sofia Morais referiu que os artigos em burel chamaram muito à atenção dos visitantes, sobretudo dos vizinhos espanhóis.

“As capas d’honra e as capas de senhora são muito procuradas pelos espanhóis”, disse.

Do lado do público, a visitante espanhola, Mercedes Campo, vinda de Zamora confirmou que o que mais gostou na feira foram as antigas capas d’honra mirandesas.

Por sua vez, o espanhol, Miguel Ferreira, residente em Salamanca, disse que já não visitava Miranda do Douro há dois anos, por causa da pandemia. Sobre a visita disse que passou uma tarde muito agradável na cidade e na XXIV edição da Famidouro apreciou sobretudo os trabalhos em couro.

Já o francês, Carlos, emigrante de Duas Igrejas, mostrou-se muito agradado com a feira de artesanato e gostou especialmente dos artigos de cutelaria.

O encerramento da XXIV Famidouro – Feira de Artesanato ocorreu no Domingo, dia 21 de agosto, com a atuação das Pauliteiras e dos Pauliteiricos da associação Mirandanças.

Neste encerramento, o presidente da ACIMD, Bruno Gomes, indicou que após consultar vários artesãos, a feira deste ano correu bem.

“Houve uma grande afluência de pessoas e os visitantes apreciaram a nova imagem da feira, Sobre as vendas, dentro das condicionantes económicas, como é o caso da crise económica e a inflação, os expositores acabaram por realizar alguns negócios”, indicou.

Para o sucesso do certame, Bruno Gomes sublinhou a mais-valia de realizar simultaneamente a Famidouro, as atuações dos pauliteiros e as Festas da Cidade, eventos que atraíram mais público a Miranda do Douro.

“Mais uma vez confirmámos que as danças dos pauliteiros despertam o interesse de todas as pessoas, sejam eles, crianças, jovens, adultos, portugueses e estrangeiros”, disse.

Já a pensar na próxima edição da Famidouro – Feira de Artesanato, o presidente da ACIMD, adiantou que no decorrer da feira foi realizado um inquérito juntos dos artesãos sobre os aspetos a melhorar no certame.

“Recebemos várias críticas e sugestões por parte dos artesãos para que no próximo ano, a Famidouro – feira de Artesanato, decorra ainda melhor”, concluiu.

HA

Miranda do Douro: Antigos alunos do colégio de São José conviveram no Naso

Miranda do Douro: Antigos alunos do colégio de São José conviveram no Naso

Os alunos do antigo colégio de São José, em Miranda do Douro, voltaram a promover um encontro convívio, no passado dia 19 de agosto, no santuário de Nossa Senhora do Naso, onde participaram na eucaristia e confraternizaram num jantar convívio.

Os alunos do antigo colégio de São José reuniram-se no santuário de Nossa Senhora do Naso.

Recorde-se que o antigo colégio começou a lecionar em Miranda do Douro, no ano de 1955 e funcionou até 1970, no atual edifício da ex-UTAD.

De acordo com o antigo aluno, Augusto Fernandes, o primeiro encontro convívio do colégio de São José, realizou-se em setembro de 1996 e reuniu então, 177 pessoas.

“Desde então, os encontros têm sido regulares e são promovidos, anualmente, pelas mordomias encarregadas de organizar o encontro”, explicou.

Após dois anos de interrupção por causa da pandemia, os antigos alunos do externato de São José voltaram a encontrar-se, desta vez, no santuário de Nossa Senhora do Naso.

O encontro iniciou-se com a celebração da eucaristia, presidida pelo padre Manuel Marques, que felicitou os participantes pelo “bom hábito” de confraternização entre os antigos alunos.

Após a missa realizou-se um jantar-convívio no recinto do Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Atualmente, os antigos alunos vivem em diferentes regiões do país, desde Miranda do Douro, Porto, Lisboa e outras localidades.

Rogério Martins é um dos antigos alunos do colégio de São José de Miranda do Douro, onde concluiu o 5º ano (atual 9º). Depois prosseguiu os estudos em Bragança. Sobre o significado do encontro-convívio dos antigos alunos, Rogério Martins, disse que é sempre bom voltar à terra e rever os amigos.

Por sua vez, Urbano Raposo, relembrou que estudou no colégio de São José, entre 1958 a 1962. Sobre o colégio expressou que sente saudades daquele tempo e ao mesmo tempo alegria por rever os antigos colegas.

“Naquela altura, embora as turmas fossem mistas, com rapazes e raparigas, o diretor exigia a separação nos recreios”, recordou.

Margarida Franqueira foi aluna do colégio de São José em 1960 e recordou que a escola naquele tempo era uma felicidade.

“Para nós, jovens, foi uma época muito feliz. Relembro que viemos com os nossos pais para Miranda do Douro, pois eles vieram trabalhar na construção da barragem. E aqui encontrámos tudo: o colégio, a igreja, os amigos que vieram de vários regiões do país e até do estrangeiro. E tornámo-nos tão amigos, que hoje continuamos a encontrar-nos” – Margarida Franqueira.

Após viver muitos anos no Porto, Margarida Franqueira decidiu regressar há quatro anos ao concelho de Miranda do Douro, para residir em Cércio.

Por sua vez, a companheira de colégio, Gina Sales, expressou a sua alegria pelo reencontro dos antigos alunos. E sobre o tempo de estudante no colégio de São José, a ex-aluna sublinhou que a pedagogia na década de 1960 dava muita importância à educação e às regras.

“Foi graças à disciplina vivida no colégio de São José, como a obrigatoriedade de estudar e obter boas notas, que acabamos também por desenvolver sólidos valores morais”, disse.

A par dessa exigência, a antiga aluna acrescentou que a instituição proporcionou-lhes a construção de grandes amizades que permanecem até hoje.

HA

Miranda do Douro: Missa e procissão encerraram as Festas da Cidade

Miranda do Douro: Missa e procissão encerraram as Festas da Cidade

Concluíram-se este Domingo, dia 21 de agosto, as Festas da Cidade de Miranda do Douro, com a celebração da Eucaristia na concatedral e a procissão em honra de Santa Bárbara.

A procissão em Honra de Santa Bárbara percorreu a zona histórica da cidade de Miranda do Douro.

A celebração religiosa realizou-se às 17h00 e registou uma grande afluência de pessoas, que após dois anos de interrupção por causa da pandemia, tiveram novamente a oportunidade de participar na procissão dos santos padroeiros pelas ruas da zona histórica da cidade.

Na homília da Missa, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro começou por dizer que Deus é para todos.

Contudo, o sacerdote numa alusão à imagem da “porta estreita” utilizada por Jesus no Evangelho deste Domingo, alertou que, amiúde, as riquezas, os apegos, afeições desordenadas e o egoísmo dificultam a comunhão com Deus.

“Quando deixamos que o centro da nossa vida seja Deus, aí sim, vemos milagres na nossa vida”, disse.

Ainda assim, o pároco de Miranda do Douro reconheceu que o caminho da verdadeira felicidade é difícil, pois exige uma permanente atenção e vigilância.

“Deus é a única Pessoa que sacia a nossa sede de sentido e felicidade. E como Pai que é, Deus corrige aqueles que ama. E nós, também devemos corrigir-nos uns aos outros e ajudarmo-nos mutuamente a crescer”, disse.

O padre Manuel Marques ensinou que os verdadeiros amigos não são aqueles que somente nos elogiam.

“São aqueles que nos chamam à atenção e nos corrigem”, disse.

Após a Missa, realizou-se a tradicional procissão com os vários andores dos santos padroeiros pelas ruas da zona histórica da cidade, acompanhados musicalmente pela Associação Filarmónica Mirandesa.

A par do encerramento das Festas da Cidade, neste Domingo, dia 21 d agosto, concluiu-se também a XXIV edição da Famidouro – Feira de Artesanato, com a atuação das Pauliteiras e dos Pauliteiricos, da associação Mirandanças.

No Largo do Castelo, coube ao grupo musical Calhambeque encerrar as festividades deste ano.

HA

Miranda do Douro: Cidade engalanada com 645 rosetas em croché

Miranda do Douro: Cidade engalanada com 645 rosetas em croché

Miranda do Douro está engalanada com 645 rosetas feitas em croché, por 17 mulheres que responderam à iniciativa “Miranda Floriu em Croché 2022”, um projeto que pretende ser um atrativo turístico e fotográfico.

“’Miranda Floriu em Croché 2022′ enquadra-se no âmbito das novas tendências de atração turística e animação de ruas, e tem o intuito de deliciar todos os visitantes e habitantes, animando as ruas com autênticas obras de arte, num leque ímpar de cores, com o objetivo, também, de reavivar memórias de atividades ancestrais de enorme valor, que com o passar do tempo caíram em desuso e criar novos atrativos turísticos e fotográficos”, disse à Lusa a presidente da câmara, Helena Barril.

As flores em croché podem ser vistas nas janelas, varandas, estátuas ou fachadas de monumentos do centro histórico desta cidade do distrito de Bragança.

“Trata-se de uma iniciativa que foi realizada pela primeira vez em Miranda do Douro e estamos muitos satisfeitos com a reação das pessoas a esta forma de embelezar a cidade e chamar a atenção para a prática do croché como arte manual”, vincou a autarca.

Este projeto contou com a colaboração de 17 mulheres, que, de forma altruísta e voluntária, aceitaram o desafio que em pouco mais de dois meses tricotaram as 645 rosáceas em croché.

Eva Cristal, de 23 anos, foi a mais novas das participantes na iniciativa “Miranda Floriu em Croché 2022” e que teve por missão de “vestir” uma das estátuas mais fotografadas da quinhentista cidade e que representa o típico mirandês e mirandesa vestidos com os trajes da Terra de Miranda e que está situada na praça central que ostenta o nome de D. João III.

“Vestir este conjunto escultórico que representa a tradição mirandesa foi um desafio, porque estas duas estátuas são dos elementos mais fotografados pelos visitantes em todo o centro histórico de Miranda do Douro”, observou.

Para a participante, tratou-se de “um desafio” mais pessoal, porque há pouco tempo começou a fazer peças e croché.

“Quis testar a minha capacidade de fazer uma vestimenta para um conjunto de estátuas, coisas que eu nunca tinha feito principalmente em croché, arte que estou a iniciar. Acho que as pessoas devem dar mais valor ao trabalho manual e é isso que eu gostava que as pessoas apreciassem”, concretizou Eva Cristal.

A ideia de engalanar a cidade partiu da antropóloga Cristina Martins, com uma proposta para realizar uma exposição de rosetas em croché, em espaço público, concretamente na praça, que acabou por se estender a outras ruas contíguas do centro histórico.

“O croché caiu em desuso e hoje em dia está outra vez na moda, sendo visível em peça de roupa. E por outro lado, há esta tendência de atração turística e animação de ruas, sendo uma vaga mais recente e esta mostras saírem dos museus ou outras salas de ex+posição para o espaço público. Estamos a falar de peça exclusivas, feitas à mão onde não há duas peças iguais o que lhe confere mais valor”, vincou.

A câmara municipal concedeu um apoio no financiamento na compra das linhas e a de algum material acessório, contando este projeto com a colaboração de alguns lojistas e comerciantes, que adornavam as suas montras e fachadas.

Fonte: Lusa

Santulhão: Festival de Música Celta está de regresso

Santulhão: Festival de Música Celta está de regresso

Nesta sexta-feira, dia 19 de agosto, Santulhão volta a realizar o Festival de Música Tradicional e Celta, um evento que vai na 20ª edição e que neste regresso, após dois anos de pandemia, privilegia os grupos portugueses.

Jorge Nuno Rosário, do Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) disse que a edição deste ano do festival privilegia os grupos portugueses.

“O grupo cabeça de cartaz são os Urze de Lume, a que se juntam os grupos Tresmoças e os Andarilhos”, indicou.

Para quem pretenda visitar Santulhão, o festival vai iniciar-se às 18h00, com uma arruada pelas ruas da aldeia, protagonizada pelos gaiteiros de Santulhão e de Palaçoulo.

Para além da música, no evento destaca-se o jantar, às 20h00, em que a ementa é o porco no espeto e as bebidas tradicionais como é o caso da “queimada” e do “licor celta”.

Às 22hOO vão iniciar-se os concertos musicais.

O Festival de Música Tradicional e Celta de Santulhão é organizado pelo Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) e conta com o apoio da Freguesia de Santulhão e do Município de Vimioso.

HA

São Martinho: I Feira do Contrabando em Alcañices

São Martinho: I Feira do Contrabando em Alcañices

Vai realizar-se no próximo sábado, dia 20 de agosto, em Alcanices, a I Feira do Contrabando, um certame ibérico que é organizado pela ADATA Zamora, em colaboração com o Ayuntamiento de Alcanices e da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.

Segundo a organização, I Feira do Contrabando de Alcañices vai oferecer ao público exposições de artesanato, um passeio de carros antigos, gastronomia, teatro de rua e palestras.

Outras das atividades do evento são a caminhada e a corrida de 8 quilómetros entre São Martinho de Angueira e Alcañices.

Às 17h30, os caminhantes vão ter à disposição um autocarro, que os levará de Alcañices até São Martinho, para iniciar a caminhada às 18h00, junto à sede da junta de freguesia.

A organização da caminhada “Rota do Contrabandista” pede aos participantes que se vistam de contrabandistas e no final haverá prémios para os melhores mascarados.

Para quem pretenda participar na corrida, a organização informa que às 19h15 vai sair de Alcañices um autocarro com destino a São Martinho. E a corrida inicia-se às 20h00, também junto à sede da junta de freguesia de São Martinho.

A inscrição na corrida tem um custo de 7€ e inclui seguro, saco e gola.

Programa da I Feira do Contrabando, em Alcañices.

HA

Mora: Luta de touros para homenagear os criadores e emigrantes

Mora: Luta de touros presta homenagem aos criadores e aos emigrantes

No próximo sábado, dia 20 de agosto, vai realizar-se pela primeira vez, em Mora, no concelho de Vimioso, a luta de touros mirandeses, uma tradição ancestral que visa homenagear os criadores de bovinos de raça mirandesa e também os emigrantes.

De acordo com a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, as lutas de touros mirandeses atraem habitualmente o interesse de milhares de pessoas, criadores e visitantes.

Segundo a organização, o evento, em Mora, vai começar às 13h00 de sábado, com um almoço convívio dedicado aos emigrantes, que nesta altura do ano estão de visita à sua aldeia natal.

“Durante o ano, a aldeia de Mora, tem cerca de 20 pessoas residentes. E no verão, com a chegada dos emigrantes, a população local chega às 150 pessoas”, indicou a presidente da União de Freguesias.

A luta de touros mirandeses vai iniciar-se às 17h00, numa competição em que vão participar 10 animais.

Os imponentes touros mirandeses chegam a pesar 1200 quilos e observá-los a medir forças é um espetáculo que, habitualmente, desperta a curiosidade e o interesse de muito público.

Segundo Cristina Miguel, as lutas ou “chegas de bois” são uma componente das festas de verão e continuam bem vivas no planalto mirandês.

HA

Ambiente: Falta de água vai atingir 17% dos europeus até 2050

Ambiente: Falta de água vai atingir 17% dos europeus até 2050

Cerca de 17% da população europeia está em grande risco de escassez de água até 2050, indica uma análise divulgada pela organização “World Wide Fund for Nature” (WWF).

A nova análise “mostra que a Europa será cada vez mais propensa a secas e escassez de água”, alerta um comunicado divulgado pela Associação Natureza Portugal (ANP), que trabalha em associação com a WWF.

Os dados do “Water Risk Filter” apontam para a necessidade, segundo o comunicado, “de tomada de medidas urgentes pelos governos e empresas para aumentar a resiliência das sociedades e economia, particularmente através de soluções baseadas na natureza”.

“As secas na Europa não devem chocar ninguém: os mapas de risco da água há muito que apontam para um agravamento da escassez em todo o continente. O que nos deve chocar é que os governos, empresas e investidores europeus continuam a fechar os olhos aos riscos de escassez da água, como se estes riscos se resolvessem sozinhos”, diz, citado no comunicado, Alexis Morgan, da WWF.

Ruben Rocha, da ANP/WWF, também citado no documento, lembra que em Portugal, como nos restantes países de clima mediterrânico, a situação de seca meteorológica é cada vez mais intensa devido às alterações climáticas.

“Sabemos que a agricultura é responsável por cerca de 75% do consumo de água em Portugal, valor muito superior à média europeia (aproximadamente 25%) e maior do que a média mundial (70%), devido a práticas agrícolas insustentáveis, que exigem medidas urgentes e muitas vezes impopulares do ponto de vista político”, diz.

O estudo recorda que os rios da Europa estão atualmente a sofrer as consequências do calor, com quatro dos rios mais importantes do continente – Danúbio, Pó, Reno e Vístula – a enfrentarem recordes nos seus níveis mínimos, ameaçando os negócios, indústria, agricultura e mesmo o consumo de água pelas pessoas.

Lamentavelmente 60% dos rios da Europa estão hoje “pouco saudáveis”, diz a organização ambientalista.

Fonte: Lusa