Sociedade: Nove em cada 10 jovens beberam álcool no último ano

Um inquérito sobre comportamentos aditivos revela que, em cada 10 jovens de 18 anos, nove beberam álcool, cinco fumaram tabaco e dois a três consumiram pelo menos uma vez uma substância ilícita, principalmente canábis, nos últimos 12 meses.

Esta é a conclusão de um inquérito nacional realizado, através de um questionário anónimo de autopreenchimento, a todos os jovens de 18 anos participantes no Dia da Defesa Nacional, realizado anualmente, desde 2015, com uma interrupção em 2020, devido aos constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19.

Promovido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o estudo revela que dois a três jovens consumiram pelo menos uma vez uma substância ilícita, principalmente a canábis, seguida por substâncias estimulantes como as anfetaminas/metanfetaminas e a cocaína.

Por sua vez, cinco em cada 100 jovens declararam ter tomado tranquilizantes/sedativos sem receita médica no último ano, refere o relatório “Comportamentos Aditivos aos 18 anos: consumo de substâncias psicoativas”, hoje divulgado pelo SICAD.

“Com exceção para o álcool e o tabaco, estes consumos tendem a suceder com uma frequência inferior a 10 ocasiões no ano”, sublinha o inquérito, que envolveu 70.374 jovens, dos 90.068 convocados para o Dia da Defesa Nacional/2021.

No que diz respeito ao álcool, mantém-se o cenário de “uma elevada prevalência” de consumos intensivos por ocasião: “Em cada 10 jovens, seis referem ter-se embriagado ligeiramente pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores, cinco beberam de forma ‘binge’ e três embriagaram-se severamente”.

Cerca de três em cada 10 jovens declararam ainda ter experienciado pelo menos um de sete problemas apresentados no questionário, atribuídos ao consumo de bebidas alcoólicas e/ou de substâncias ilícitas. O principal problema selecionado consistiu nas situações de mal-estar emocional.

Numa análise de 19 indicadores epidemiológicos relativos aos padrões de consumo, o estudo identificou algumas diferenças importantes consoante o sexo, o nível de escolaridade e situação face ao trabalho.

“Destacam-se os jovens do sexo masculino, com escolaridade mais baixa (portanto, alunos que reprovaram vários anos) e trabalhadores-estudantes como aqueles que têm um maior contacto com substâncias psicoativas, consomem mais frequentemente e têm uma maior experiência de problemas que atribuem a estes consumos”, lê-se no documento.

Uma análise de tendências subdividida em dois períodos temporais (2015-2019 e 2019-2021), com vista a identificar evoluções aparentemente extemporâneas no período afetado pela pandemia, evidencia uma predominância da estabilidade das prevalências e frequências de consumo, com pequenas exceções, como a da frequência de consumo de novas substâncias psicoativas, que diminuiu neste período.

Por outro lado, demonstra “um substancial incremento” das declarações de problemas atribuídos ao consumo de bebidas alcoólicas e substâncias ilícitas.

Segundo o estudo, estas evoluções diferem em função de subgrupos sociodemográficos: “Os jovens em situação de desemprego destacam-se pelo predomínio da redução das prevalências, os estudantes pela sua manutenção, e os trabalhadores-estudantes, pelo predomínio do aumento destas, entre 2019 e 2021”.

Por sua vez, os jovens com baixas habilitações destacam-se também, a um nível semelhante ao dos trabalhadores-estudantes, pelo incremento da experiência de problemas.

Fonte: Lusa

Ensino: Graduação continuará a ser critério da vinculação dos professores

O ministro da Educação assegurou que a graduação profissional vai continuar a ser o critério para a vinculação de professores e que não serão os diretores a escolher quem integra os quadros. 

Eram alguns “mitos” que, segundo João Costa, circularam nas redes sociais nos últimos dias a propósito da revisão do modelo de recrutamento e mobilidade de professores, atualmente em negociação com os sindicatos, e que mereceram um desmentido por parte do ministro.

“Não têm qualquer cabimento e são objetivamente falsas”, afirmou o governante em conferência de imprensa, ao final da tarde, após um conjunto de reuniões negociais sobre progressão na carreira, educadores de creches e professores do ensino artístico.

Sem atribuir responsabilidades, João Costa começou por dizer que se tratava de uma “estratégia de desinformação e uma campanha de manipulação da opinião dos professores”, para depois negar um conjunto de quase uma dezena de informações falsas.

A propósito da vinculação de professores, o ministro voltou a assegurar que o critério continuará a ser a graduação profissional, como já tinha esclarecido no final da reunião negocial anterior, em declarações aos jornalistas, acrescentando que “a abertura de lugares de quadro será sempre feita através de concurso nacional”.

Quanto à contratação de professores, inicial e através das reservas de recrutamento, o gabinete do Ministério da Educação esclareceu posteriormente que “a vinculação em quadro é sempre através da graduação profissional”, mas “os restantes aspetos ainda serão objeto de negociação”.

Por outro lado, João Costa negou que os professores passem a ser contratados e colocados pelas autarquias, na sequência da transformação dos quadros de zona pedagógica em mapas de pessoal interconcelhios, bem como a possibilidade de a colocação de professores ser feita através de entrevistas ou testes psicotécnicos.

“Há funções em que podem ser selecionados professores de carreira, que já estão nos quadros do Ministério da Educação, que poderão obedecer a perfis específicos”, explicou o responsável, dando o exemplo dos professores bibliotecários.

Apesar disso, a contratação, afetação e vinculação de professores não serão feitas “por critérios dessa natureza”, assegurou.

Questionado sobre a possibilidade de os diretores contratarem um terço dos seus professores com base em perfis específicos, uma intenção manifestada pelo ministro em setembro, João Costa reafirmou que o que está em causa é a possibilidade de as escolas escolherem para determinados projetos professores que já estão nos quadros, não decidindo sobre a sua vinculação.

“Estamos a falar, sim, da possibilidade de conferir uma maior autonomia para alocação de professores de carreira a projetos específicos e necessidades específicas de algumas escolas, em que sabemos que, por vezes, uma colocação cega não faz com que haja o encontro necessário entre as necessidades e os perfis”, disse, sem referir diretamente a contratação inicial.

No rol de mitos que o ministro da Educação quis desmontar, João Costa esclareceu também que os docentes em quadro de escola não vão perder esse vínculo, os salários dos professores não vão passar a ser pagos através de fundos europeus, o Governo não vai extinguir a mobilidade interna nem o destacamento por ausência de componente letiva, e que não haverá técnicos dos municípios a substituir professores.

O ministro da Educação referiu ainda as alterações previstas para os atuais dez quadros de zona pedagógica, afirmando que ainda está em apreciação a possibilidade de passarem a ser 23 ou mais mapas de pessoal interconcelhios.

O secretário de Estado da Educação, António Leite, explicou também que a intenção do Governo é que a distribuição dos professores pelas escolas integradas em cada mapa “possa ser feita por um conselho local de diretores”.

As negociações sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de pessoal docente vão prosseguir, estando atualmente o Governo a fazer o levantamento das necessidades do sistema educativo para desenhar propostas concretas, trabalho que não estará concluído até ao final do ano.

Sobre os temas discutidos nas reuniões negociais de hoje, o ministro relatou um consenso em torno da vinculação extraordinária dos professores do ensino artístico especializado e da contabilização, para efeitos de concurso, do tempo de serviço prestado pelos educadores das creches com habilitação profissional para o pré-escolar.

Por outro lado, a possibilidade de dispensar os professores doutorados do requisito de obtenção de vaga para o acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira foi rejeitada pelos sindicatos e, por isso, o Ministério admite que irá repensar a medida.

Fonte: Lusa

Vimioso: Bombeiros celebraram 90 anos

No sábado, dia 3 de dezembro, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso celebrou o 90º aniversário, assinalando assim a longevidade desta associação que foi fundada em 1932, com a missão de proteger “desinteressadamente” pessoas e bens e desenvolver atividades culturais, de recreio e desportivas.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vimioso (AHBVV) foi fundada em 12 de Setembro de 1932. De acordo com o presidente desta associação humanitária, Hélio Alves, ao longo destes 90 anos houve uma significativa evolução no modo de funcionamento da corporação.

“Hoje em dia, a AHBVV funciona mais como uma empresa, dado que há 25 bombeiros profissionais assalariados. Para além destes bombeiros, há ainda duas equipas de intervenção permanente (EIP), cujos vencimentos são pagos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pelo município de Vimioso”, indicou.

Atualmente, os 25 bombeiros da AHBVV desempenham várias tarefas: na central de comunicações, que funciona 24 horas por dia; no INEM; no transporte de doentes; e nas equipas de intervenção permanente, que têm a responsabilidade do socorro em caso de incêndios e acidentes.

Questionado se ainda há voluntários na corporação, o presidente, Hélio Alves, afirmou que “felizmente”, metade dos bombeiros vimiosenses, ou seja, 25 pessoas, são bombeiros voluntários.

Luis Paulo Masseira é bombeiro da AHBVV, desde 1989. Entrou para a corporação de bombeiros de Vimioso com apenas 14 anos, motivado pela “adrenalina” do toque das sirenes e pela vontade de ajudar as pessoas e combater os incêndios.

“Naquela época não existiam as equipas de intervenção permanente no quartel, pelo que era necessário tocar a sirene para convocar os bombeiros voluntários para acorrer às emergências ou aos fogos”, recordou.

Fazendo uso dos 33 anos experiência como bombeiro, Luís Masseira, indicou que houve muitas mudanças no modo de operar da corporação, em Vimioso.

“Ao longo dos anos a realidade mudou muita na AHBVV: as viaturas são cada vez mais sofisticadas, há novos equipamentos e fardamentos, que dão mais segurança no desempenho das nossas funções. Há também mais formações e treinos, ministrados pela Escola Nacional de Bombeiros e pelas associações locais. No combate aos incêndios há mais meios de combate, como os aviões, os helicópteros e há mais entreajuda entre as várias associações de bombeiros”, indicou.

Se é verdade que a principal missão da AHBVV continua a ser a protecção e o socorro das pessoas e dos bens, desde a sua génese, a associação tem desenvolvido outras actividades no âmbito da cultura, recreio e desporto. Uma das atividades que mais tem perdurado e se destaca é o ensino da música.

“Através da escolinha de música, AHBVV proporciona às crianças a aprendizagem musical, com o objetivo integrarem depois a Banda Filarmónica da corporação”, informou o presidente da associação.

Relativamente à comemoração do 90º aniversário da associação humanitária, a cerimónia decorreu no quartel dos bombeiros, em Vimioso.

  • O programa iniciou-se às 14h30, com o hastear da bandeira e a formatura da corporação de bombeiros e da banda filarmónica.
  • De seguida, realizou-se à receção às entidades e convidados. Para depois se proceder à entrega de condecorações e imposição de medalhas.
  • Às 15h30, teve lugar uma sessão solene, a que se segue uma romagem ao cemitério para lembrar os bombeiros falecidos.
  • O desfile motorizado pelas ruas da vila de Vimioso decorreu às 17h00.
  • E a comemoração do 90º aniversário da AHBV Vimioso culminou com um jantar convívio.

Vimioso: XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso aposta na inovação

A XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso, agendada para o fim-de-semana de 9, 10 e 11 de dezembro, no pavilhão multiusos, vai oferecer aos visitantes a oportunidade de adquirir produtos caraterísticos da região e de participar nas várias atividades como é o seminário dedicado à inovação social.

De acordo com a vereadora do município de Vimioso, Carina Lopes, ao longo das 21 edições, a Feira das Artes Ofícios e Sabores de Vimioso tem registado várias evoluções e a novidade deste ano é o seminário dedicado à inovação social.

«O seminário Inovação Social – Estratégias para o Futuro, insere-se numa iniciativa pública, que visa dinamizar o mercado de investimento social em Portugal. Com esta palestra pretendemos informar os municípies sobre os apoios financeiros existentes para desenvolver projetos inovadores que respondam a problemas sociais no nosso concelho”, adiantou.

Segundo a autarca, o seminário vai contar com a participação de várias presonalidades. São elas: Helena Loureiro, representante regional do Norte, da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social; Pedro Martins, do Turismo Porto e Norte; do IEFP, Sandra Valdemar; um representante da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e aguarda-se confirmação da Startup Portugal.

“Para reverter o êxodo demográfico que afeta todo o distrito e o nosso concelho, entendemos que precisamos definir estratégias para o futuro e implementar projetos inovadores que promovam a fixação de novos habitantes”, justificou.

Para além do seminário, no dia seguinte, sábado, dia 10 de dezembro, a programação da Feira de Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso inclui ainda, as já habituais (e muito concorridas!) atividades, como são a montaria ao javali, o passeio todo-o-terreno e a animação musical, que habitualmente atraem muito público à vila vimiosense.

Nos espetáculos musicais, na noite de abertura atua o artista Camané. No sábado, cabe a José Malhoa animar o evento.

«Outra novidade na feira deste ano é a sessão “D’Gustar TTM – Provas de produtos das Terras de Trás-os-Montes. O objetivo desta sessão gastronómica, que conta com o apoio do IEFP, é realçar e valorizar a qualidade dos produtos da nossa região, como são o azeite, a castanha, o mel, o fumeiro, os cogumelos, etc.”, indicou.

Ao longo das 21 edições desta feira anual, em Vimioso, a comercialização de produtos (sabores) mantêm-se, mas as antigas artes e ofícios existentes no concelho, como era a cestaria ou os trabalhos em cobre estão a desaparecer.

“Sim, é verdade, cada vez há menos artesãos no concelho de Vimioso. E nem mesmo os incentivos e os cursos de aprendizagem (em cestaria, peças em madeira, em cobre, o ferro forjado, a tapeçaria, etc.) conseguem motivar as pessoas a dedicarem-se e a preservar estas artes e ofícios”, reconheceu.

Na manhã de Domingo, o último dia da XXI Feira de Artes, Ofícios e Sabores, vai realizar-se um passeio micológico para apanha e identificação de cogumelos silvestres. Também durante a manhã, vai decorrer um passeio de bicicleta todo-o-terreno.

À tarde, a associação para o desenvolvimento cultural do concelho de Vimioso (ADCV) vai organizar o IX Festival de Folclore e o concurso de doçaria da castanha.

No decorrer da FAOS, vai realizar-se o festival da Posta Mirandesa, uma parceria do município com a Cooperativa Agropecuária Mirandesa, sedeada em Vimioso, para destacar a “mais-valia da carne mirandesa oriunda do planalto mirandês”.

Segundo a Câmara Municipal de Vimioso, a organização desta feira anual implica um investimento cerca de 100 mil euros.

Nos três dias do certame, outra novidade é a existência de um espaço para as crianças e a presença do Pai Natal, para assim começar desde já, a preparar a época festiva do Natal.

HA

JMJ 2023: Mais de 200 mil peregrinos inscritos nas Jornadas Mundiais da Juventude

Mais de 200 mil peregrinos já se inscreveram na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza entre 1 e 6 de agosto de 2023 em Lisboa, revelou o presidente da Fundação JMJ.

“Até data ultrapassamos as 200.000 inscrições, mas isso não é motivo nem de muita alegria, nem de tristeza, pelo contrário porque o historial das inscrições nas jornadas é tipo montanha russa. Há uma subida até ao Natal, depois desce, com a Páscoa há uma subida imediata e depois desce e no verão há uma corrida às inscrições, e depois desce, foi o que aconteceu nas jornadas anteriores”, disse aos jornalistas o bispo D, Américo Aguiar.

O presidente da Fundação JMJ, que falava após a assinatura de um protocolo com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de a Portugal (AHRESP) para permitir identificar uma rede de restaurantes e similares para o fornecimento de refeições aos peregrinos durante a JMJ, precisou que este número de inscrições significa “apenas uma sinalização daquilo que começa a ser o sentido da juventude do mundo inteiro para a participação”.

“Mais do que o número propriamente dito anima-me mais a diversidade dos países, temos mais de 100 países com grupos que sinalizaram o seu desejo de inscrição, e até países que à primeira vista estranhamos, como o Paquistão ou países árabes”, salientou.

Américo Aguiar disse também que a Fundação nunca falou sobre o número de peregrinos que podem vir a participar nas JMJ “para não criar falsas expectativas”.

Sobre o processo de alojamento, o responsável explicou que vai ser diferenciado, mas vai ser dado privilégio ao acolhimento de peregrinos em casas de famílias.

O bispo Américo Aguiar referiu que as famílias vão ter que oferecer o pequeno-almoço e só pode alojar dois ou mais peregrinos.

O presidente da Fundação JMJ avançou que o segundo critério de alojamento passa pelos espaços coletivos, como escolas, pavilhões e instalações militares, e “quando tudo estiver esgotado” passa-se para o “plano três” que são as tendas de campanhas.

“É um desafio logístico elevado”, disse.

A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica, tendo sido criada em 1985 pelo Papa João Paulo II (1920-2005).
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Inicialmente prevista para agosto de 2022, a JMJ foi adiada por um ano devido à pandemia de covid-19.

Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude.

O Papa Francisco é esperado em Portugal no verão de 2023 para o encerramento da JMJ.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Trail Pobo de Miranda” trouxe 120 atletas às arribas do Douro

No passado Domingo, dia 27 de novembro, (de)correu em Miranda do Douro, o 1º “Trail Pobo de Miranda”, uma prova desportiva organizada pela confraria Trotamontes e apoiada pelo município de Miranda do Douro, com os propósitos de incentivar a prática desta modalidade no planalto mirandês e nas arribas do Douro.

Na primeira edição do “Trail Pobo de Miranda”, os 120 participantes percorreram as distâncias de 17 quilómetros (trail) e 7 quilómetros (caminhantes).

Segundo José Moutinho, diretor da prova, o planalto mirandês oferece condições para a prática do “eco-trail”, a corrida na natureza.

“O objetivo desta primeira edição da prova foi sobretudo dar a conhecer aos atletas visitantes, as condições naturais desta região para a prática do ecotrail, que consiste na corrida em trilhos estreitos, onde há obstáculos naturais, como as rochas e a vegetação”, explicou.

O vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, expressou a sua satisfação pela realização de mais uma prova desportiva no concelho, que atraiu a vinda de muitos atletas visitantes.

«Esta primeira edição do trail “Pobo de Miranda” deu a conhecer aos atletas às condições ímpares do nosso território, para a prática da corrida na natureza. Outra mais-valia destes eventos desportivos é a oportunidade de incutir na população local e sobretudo nos mais jovens, o gosto pelo desporto e neste caso pelo atletismo”, disse.

Já o presidente da freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, informou que esta prova inseriu-se no calendário da taça de Portugal e destacou a participação de três atletas do Grupo Desportivo Mirandês.

«O trail “Pobo de Miranda” um evento que gostaria que perdurasse em Miranda do Douro, dado que temos excelentes condições para a prática da corrida na natureza», disse.

Um dos atletas, Valter, veio do Porto para participar no trail em Miranda do Douro.

“Vim com os propósitos de fazer desporto e turismo, dado que não conhecia esta região. No começo da prova corremos com o nevoeiro matinal, mas depois de o nevoeiro levantar, fiquei maravilhado com a beleza natural desta região”, disse.

Por sua vez, Maria também veio do Porto, para participar na prova desportiva. A atleta elogiou a beleza natural de Miranda do Douro, bem como a eficiente organização do evento.

“O que torna o trail running especial é a possibilidade de fazer desporto no meio da natureza. E Miranda do Douro tem percursos fantásticos para a prática desta modalidade”, disse.

Já o atleta, natural de Malhadas, César Pires, a correr com as cores do Clube Académico de Bragança, disse que o trail “Pobo de Miranda” foi uma prova rápida, que permitiu percorrer a diferentes velocidades, as belas paisagens das arribas do Douro.

“O concelho de Miranda do Douro, graças a existência de trilhos selvagens, tem excelentes condições para a prática desta modalidade de correr na natureza. Acredito que, em futuras edições, e com a devida divulgação, esta prova poderá atrair a vinda de muito mais gente a Miranda do Douro”, indicou.

O atleta mirandês sugeriu ainda à organização que a próxima edição do trail “Pobo de Miranda” se faça na primavera.

“É a estação do ano mais convidativa para a prática do desporto, em particular da população local, na vertente da caminhada”, sugeriu.

Após a realização da prova, Sandra Martins, atleta do Grupo Desportivo Mirandês, disse que gostou muito de participar no trail, o que lhe permitiu conhecer trilhos até então desconhecidos.

“Gostei muito de correr na minha cidade! O trail foi bastante técnico. E até o frio desperta em nós, atletas, a vontade de correr mais!”, disse.

Por sua vez, o marido, Pedro Pereira, que há nove anos é praticante desta modalidade, disse que a prova em Miranda do Douro foi muito rápida.

“Nas arribas do Douro, onde há vistas deslumbrantes, fiquei na dúvida se deveria correr ou parar para contemplar as belas paisagens!”, gracejou.

Tiago Domingues, de 17 anos, é um jovem atleta do Grupo Desportivo Mirandês. Desenvolveu o gosto pelo atletismo no Centro de Marcha e Corrida e sobre a sua participação na primeira edição do trail “Pobo de Miranda” disse que a prova embora rápida, foi bastante exigente.

O trail Pobo de Miranda foi organizado pela Confraria Trotamontes e contou com o apoio do município de Miranda do Douro.

Para além do trail “Pobo de Miranda”, a confraria Trotamontes organiza vários trails em Portugal, com destaque para o Ultra Trail Serra da Freita, em Arouca; o trail Geira Via Nova Roma, no Minho; e o Trotamontes Backyard Ultra, em Oliveira de Azeméis.

HA

Futsal: Mirandeses sofreram pesada derrota

No jogo relativo à 6ª jornada do campeonato distrital de futsal, o então líder, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) recebeu a visita do Águia Futebol Clube de Vimioso e num jogo muito físico, os vimiosenses impuseram uma pesada derrota aos mirandeses por 1-5.

A equipa de Vimioso inaugurou o marcador (0-1), aos 16 minutos, por intermédio de Diogo.

O desafio realizou-se no serão de sexta-feira, dia 25 de novembro, no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, onde os visitantes supreenderam pela entrada autoritária no jogo. Logo aos 3 minutos, a equipa de Vimioso criou a primeira oportunidade de golo, mas o remate final não levou a direção da baliza mirandesa.

De seguida, os mirandeses responderam por intermédio de Ricky, com um remate colocado que rasou o poste da baliza vimiosense.

Aos 4 minutos, o visitante, Pedro Diz, rematou para defesa do guarda-redes, Pina.

Na jogada seguinte, Ricky combinou bem com Castro e daí resultaram dois remates consecutivos que foram interceptados pela defesa do Vimioso.

Até aos 10 minutos da primeira parte, a toada do jogo manteve-se com ambas as equipas a procurarem, com determinação, a baliza adversária para se adiantarem no marcador.

Aos 11 minutos, Vitó rodou bem sobre um adversário, mas o remate final saiu à figura do guardião vimiosense, Francisco.

E aos 14 minutos, o Vimioso chegou finalmente ao golo, 0-1, através de Diogo, que isolado, aproveitou um desequilíbrio defensivo dos mirandeses.

A equipa da casa respondeu de imediato, numa jogada ensaiada com o remate final a ser intercetado na linha de golo pela defesa vimiosense.

Mas esta reação dos mirandeses sofreu um novo revés, aos 17 minutos, quando Ricardo, aproveitou uma nova desatenção defensiva adversária, para aumentar a vantagem dos visitantes, para 0-2.

O segundo golo abalou a equipa de Miranda do Douro e antes do intervalo, os vimiosenses dispuseram de uma nova oportunidade de golo, numa recuperação de bola e rápida transição, mas desta vez, o remate final foi defendido pelo guardião Pina.

Com o intervalo, a equipa de Vimioso foi para o descanso com uma vantagem confortável de dois golos.

Na segunda parte do jogo, a equipa liderada por Vitor Hugo entrou muito pressionante e a procurar a bola logo à saída da área do Vimioso. E a estratégia resultou, pois aos 22 minutos, Diogo, reduziu a desvantagem para 1-2, num remate forte e colocado dentro da área vimiosense.

Após o intervalo, o Clube Desportivo de Miranda do Douro, ainda reduziu para 1-2, através de Diogo.

No entanto, quando os jogadores (e o público) de Miranda do Douro começavam a acreditar na reviravolta, eis que noutro desacerto defensivo mirandês, os visitantes ampliaram a vantagem para 1-3, por intermédio de Pedro Diz, aos 23 minutos.

De novo, com a vantagem confortável de dois golos, o Vimioso optou por gerir o jogo, dando a iniciativa aos mirandeses e saindo em transições rápidas sempre que recuperava a bola. Do outro lado, a equipa de Miranda de Douro, teve muitas dificuldades em ultrapassar a muralha defensiva do Vimioso.

Aos 33 minutos, Nickas, num livre direto rematou forte à barra da baliza visitante.

No minuto seguinte, Diogo obrigou o guardião vimiosense a aplicar-se para evitar o segundo golo mirandês.

A cinco minutos do final do jogo, quando a equipa de Miranda do Douro estava balanceada para o ataque e a jogar com o guarda-redes avançado, num 5 para 4, o Vimioso fez o 1-4, num remate de baliza a baliza, da autoria do guarda-redes, Francisco.

O 5-1 final, aconteceu nas mesmas cicunstâncias, num remate de longe de Diogo, a aproveitar a baliza aberta dos mirandeses, dado o avanço do guarda-redes, que jogava novamente no 5 contra 4.

A vitória dos vimiosenses premiou a sua maior combatividade, o acerto defensivo e a eficácia nos golos. Já a pesada derrota da equipa de Miranda do Douro, revelou algumas fragilidades da equipa, como as situações de desacerto defensivo e a menor capacidade física nos duelos individuais.

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Vitó, Nickas, Ricky, Miguel, Gui, Renato, Couto (cap.), André, Diogo, Caio, Gaby e Rúben.

Treinador: Vitor Hugo

“No início do jogo, ambas as equipas entraram concentradas e houve oportunidades de golo para os dois lados. Numa desatenção defensiva da nossa equipa, o Vimioso aproveitou para se adiantar no marcador. O golo visitante afetou-nos e acabamos por sofrer um segundo golo. No intervalo. procuramos corrigir alguns movimentos. Na segunda parte, entrámos bem, conseguimos reduzir a desvantagem para 1-2 e criar mais algumas oportunidades. No entanto, o guarda-redes do Vimioso opôs-se bem às nossas investidas. No final, tivemos que arriscar jogar 5 para 4 e acabamos por sofrer mais dois golos. Diria que o resultado do jogo, fez-se sobretudo na primeira parte. Devido à nossa desatenção defensiva o Vimioso adiantou-se no marcador e contra jogadores experientes no futsal a nossa tarefa de recuperar da desvantagem tornou-se ainda mais difícil.” – Vitor Hugo

Águia Futebol Clube de Vimioso: Rafael Neves, Tiago Ventura, Tiago Veira, Luís Gonçalves, Nuno Esteves, Sérgio Miranda, Ricardo Ferreira, David Cameirão, Francisco Preto, Pedro Diz (cap.), Diogo Fernandes e Miguel Diz.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Tal como prevíamos, foi um jogo muito disputado e com grande entrega de ambas as equipas. Hoje, o Vimioso foi mais feliz, pois os meus jogadores estavam com muita vontade de vencer este jogo. E é esta atitude que queremos manter em todos os jogos. Quero também felicitar a equipa de Miranda do Douro pela combatividade e pelo grande jogo de futsal de proporcionaram” – Bruno Sobrinho.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Valter Piino

2º Árbitro: Diogo Silva

Cronometrista: Ricardo Sapage

6ª jornada – resultados

CD Miranda Do Douro1-5Águia FC Vimioso
 Sp. Moncorvo4-4ACRD Ala
 GD Torre Dona Chama7-4CSP Vila Flor
 Alfandeguense1-7Arnaldo Pereira (Bragança)
Pioneiros Bragança0-1GD Sendim

Classificação

PJVEDGMGSDG
1GD Torre Dona Chama1364112415+9
2Águia FC Vimioso1163212420+4
3CD Miranda Do Douro1163212014+6
4GD Sendim10631216160
5Arnaldo Pereira (Bragança)1063121915+4
6Sp. Moncorvo962312922+7
7ACRD Ala862222219+3
8CSP Vila Flor662042128-7
9Alfandeguense361051330-17
10Pioneiros Bragança361051221-9

7ª Jornada

09/12ACRD AlavsCD Miranda Do Douro
 GD SendimvsSp. Moncorvo
 CSP Vila FlorvsPioneiros Bragança
 Arnaldo Pereira (Bragança)vsGD Torre Dona Chama
31/03Águia FC VimiosovsAlfandeguense

Agricultura: Ministra esclarece que direções regionais não vão ser extintas

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, esclareceu que as direções regionais de Agricultura não vão ser extintas no âmbito da transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Vamos esclarecer de uma vez por todas: não há extinção das direções regionais, ninguém vai concentrar no Porto ou em Évora ou em Coimbra ou em Lisboa ou em Faro as direções regionais. Aquilo que vamos fazer é manter a estrutura tal qual está, mas o senhor diretor vai passar a integrar o órgão da comissão de coordenação para haver articulação de políticas verdadeiramente”, afirmou a governante, que falava em Boticas, à margem das comemorações dos 70 anos da cooperativa agrícola local.

O Governo aprovou na semana passada, em Conselho de Ministros, a resolução que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em nove áreas, estimando que a reforma esteja concluída até ao final do primeiro trimestre de 2024.

As atribuições a transferir dizem respeito às áreas da economia, da cultura, da educação, da formação profissional, da saúde, da conservação da natureza e das florestas, das infraestruturas, do ordenamento do território e da agricultura.

Durante a última semana foram várias as organizações do setor agrícola que criticaram duramente a reforma anunciada pelo Governo e apontaram para a extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e para o afastamento dos serviços do território.

Hoje, Maria do Céu Antunes fez questão de salientar que não há extinção das DRAP.

Segundo a ministra, o diretor será “o interlocutor com o Ministério da Agricultura, que continuará a definir a política agrícola para Portugal”.

“E depois, à semelhança do que já acontece hoje, são os nossos diretores regionais, são os nossos serviços desconcentrados que vão continuar a implementar essa mesma política”, sustentou.

Questionada sobre o falado encerramento de edifícios ligados aos serviços de agricultura, a ministra respondeu com um “não”.

“A sede da DRAPN em Mirandela vai continuar a ser em Mirandela e a senhora diretora, que continuará a ser a senhora diretora de Agricultura, pese embora possa estar noutra função, nomeadamente de coordenação no âmbito das CCDR, vai continuar a fazer aquilo que sabe fazer tão bem, que é andar em todo o território Norte a ajudar os nossos agricultores a encontrarem soluções e oportunidade para continuaram a trabalhar”, explicou.

Esta é, frisou, uma reforma inscrita no programa do XXIII Governo, que quer “aprofundar a descentralização, melhorar a democracia e os serviços públicos”. Áreas como a educação, a saúde, a cultura, a conservação da natureza e florestas, a formação profissional, as infraestruturas, mas também a agricultura e as pescas vão fazer parte deste pacote, acrescentou.

“Porque o desenvolvimento regional se faz para além da agricultura, mas não se faz sem agricultura. E cá estamos nós também neste processo, a integrar esta estrutura para podermos trabalhar, continuando a ter serviços de grande proximidade porque queremos verdadeiramente desenvolver a agricultura em Portugal”, salientou.

A ministra indicou que para a região de Trás-os-Montes está previsto “aumentar os apoios em cerca de 30%”.

“Para que mais agricultura, mais agricultura sustentável possa ser feita neste território e, com isso, podermos alcançar um desenvolvimento económico e social que seja consentâneo com aquilo que a cooperativa de Boticas está a fazer há 70 anos a esta parte”, salientou.

Maria do Céu Antunes associou-se à celebração dos 70 anos da Cooperativa Agro Rural de Boticas (CAPOLIB), no norte do distrito de Vila Real, que tem 1.024 associados e trabalha nas áreas da carne barrosã, do cabrito, do mel e das florestas.

Fonte: Lusa

Sociedade: Cáritas lamenta falta de «apoios públicos para a ação social»

A Cáritas Portuguesa lamentou a falta de “apoios públicos para a ação social”, uma posição tomada após o Conselho Geral da organização católica.

“Num momento de partilha de realidades e de expectativas face às dificuldades esperadas para o ano de 2023, o conselho manifestou a sua preocupação provocada pela insuficiência de apoios públicos para a ação social e uma manifesta dificuldade de diálogo e articulação, nomeadamente, por parte do Instituto da Segurança Social”, refere o documento conclusivo.

A Cáritas Portuguesa considera que “esta situação dificulta uma ação social com dignidade para os mais vulneráveis”.

O Conselho Geral da Cáritas decorreu desde 25 de novembro, na Diocese do Funchal, reunindo representantes de 17 das 20 Cáritas Diocesanas.

O encontro abordou o “impacto do movimento crescente do fluxo migratório” em Portugal e debateu o papel da Cáritas nesta intervenção.

“Ficaram evidenciadas como principais dificuldades a habitação seja pelos valores elevados, como pela sua precariedade; a desresponsabilização dos serviços públicos e o difícil acesso ao emprego”, assinalam os participantes.

O encontro incluiu um encontro com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o qual destacou o trabalho realizado pela Cáritas, e uma conferência com a participação de entidades da cidade do Funchal e de toda a região, proferida por José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, abriu os trabalhos realçando o empenho da rede nacional Cáritas, considerando-a “uma marca credível de cuidado”.

Já a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, apontou aos “muitos tipos de pobreza provocados por um arrastar de crises”, que os membros da organização católica são “desafiados a vencer”.

A sessão de abertura contou com um momento de homenagem de agradecimento à família Artur Barreto, que desde 1980 é benemérita da rede Cáritas, em particular das dioceses do Funchal, Lisboa, Leiria-Fátima e Setúbal. No ano de 2023, a Semana Nacional Cáritas irá decorrer entre os dias 5 e 12 de março e o Concelho Geral reafirmou como tema central ‘Cáritas, o Amor que Transforma’.

O Conselho Geral terminou com a celebração eucarística, presidida por D. Nuno Brás, bispo do Funchal, e incluiu o gesto simbólico de entrega da Luz da Paz associado à campanha de Natal ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’.

Fonte: Ecclesia

Solidariedade: Bancos Alimentares contra a Fome recolheram 2.086 toneladas de alimentos

Os Bancos Alimentares contra a Fome recolheram 2.086 toneladas de alimentos, durante o fim de semana de 26 e 27 de novembro, em que decorreu a campanha nacional, informou a organização.

O valor representa um aumento de 24% em relação à campanha realizada em igual período de 2021, de acordo com um comunicado da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

A segunda campanha de recolha de alimentos realizou-se em 2 mil supermercados em todo o país, depois do confinamento imposto pela pandemia da covid-19, e envolveu cerca de 40 mil voluntários dos 21 Bancos Alimentares.

A presidente da federação, Isabel Jonet, elogiou a “congregação de boas vontades, quer dos voluntários que deram o seu tempo, quer dos milhares de doadores que doaram alimentos, quer ainda de muitas empresas que apoiaram”.

A federação sublinhou “as necessidades acrescidas de apoio com que se confrontam muitas famílias portuguesas, cujos rendimentos se veem cada vez mais pressionados devido ao aumento generalizado dos preços e das taxas de juro”.

Os alimentos recolhidos vão começar a ser distribuídos já a partir da próxima semana, contribuindo para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil pessoas, apoiadas por 2.600 instituições, quer através de cabazes de alimentos, quer através de refeições confecionadas, indicou a federação.

Até 4 de dezembro está a decorrer em todos os supermercados a campanha “Ajuda de Vale”. Quem pretenda ajudar, cada vale de compras tem um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento. Em alternativa, poderá fazer a sua doação através do portal de doações ‘online www.alimentestaideia.pt.

No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 34.551 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 48 milhões de euros), num movimento médio de 105 toneladas por dia útil.

Portugal registou um aumento de 10,2% da inflação homóloga, em outubro, o valor mais alto desde maio de 1992, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, atingiu a 25 de novembro 2,374%, um máximo desde janeiro de 2009.

Em 2020, quase dois milhões de portugueses estavam em risco de pobreza, mais 200 mil pessoas do que no anterior, indica um relatório divulgado pelo INE em janeiro.

Fonte: Lusa