Pandemia: Sociedade de Pediatria diz que vacinas são seguras nas crianças
A Sociedade Portuguesa de Pediatria considera que as vacinas contra a covid-19 são seguras no grupo etário dos 5 aos 11 anos, mas defende que a decisão de vacinar deve ter em conta outros dados, como a prevalência da infeção nas crianças.
“A vacinação contra SARS-CoV-2 foi avaliada num ensaio clínico em crianças dos 5 aos 11 anos de idade, no qual foram vacinadas 1.517 crianças. Os resultados mostraram que é segura e eficaz contra a covid-19, tal como noutros grupos etários”, considera a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), num parecer divulgado.
A SPP lembra que, nas crianças, a covid-19 “é habitualmente uma doença assintomática ou ligeira e, felizmente, continuam a ser raros os casos graves que obrigam a internamento ou admissão em unidades de cuidados intensivos”, ocorrendo estes “maioritariamente em crianças com fatores de risco”.
Sublinha que as crianças “têm sido fortemente prejudicadas na pandemia devido aos confinamentos sucessivos, que afetam seriamente a sua aprendizagem e saúde mental e aumentam o risco de pobreza e de maus-tratos” e defende que, provada a segurança e eficácia da vacina, “poderá ser considerada a sua aplicação neste grupo etário, se isso permitir trazer normalidade à vida das crianças”.
“A vacinação dos 5 aos 11 anos está a ser avaliada pela comissão técnica da DGS, que tem acesso aos dados em tempo real sobre o número de casos por grupo etário, os surtos nas escolas e ambiente familiar e a seroprevalência neste grupo etário. Na decisão irá certamente pesar a disponibilidade das vacinas no nosso país, bem como a premência de fazer doses de reforço aos adultos de maior risco”, acrescenta.
Desenvolvimento: Movimento Cultural da Terra de Miranda com plano estratégico assente em 34 projetos
O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) aprovou um plano estratégico assente em 34 projetos para valorizar os “extraordinários recursos” deste território como a língua e a cultura, a pecuária e a produção de energia, foi divulgado.
“O objetivo do Plano Estratégico da Terra de Miranda (PETM) é a valorização dos extraordinários recursos que só a nossa terra possui e que nos distinguem, nomeadamente sete raças animais autóctones, condições excelentes de produção agrícola, um património histórico riquíssimo e os melhores recursos a nível mundial para a produção de energia elétrica. Mas, acima de tudo, uma língua e uma cultura próprias, que exprimem a alma e são a identidade de um povo. Todos estes recursos têm um valor económico incalculável”, concretizou José Maria Pires, membro do movimento.
Segundo os elementos que integram o MCTM , o PETM assenta numa visão para o futuro da Terra de Miranda no médio prazo que a torne uma terra próspera, das mais desenvolvidas do país. Para isso apresenta uma visão, uma estratégia e identifica 34 projetos cuja implementação conduzirá a esse resultado, no médio prazo.
Para os representantes, este plano não assenta numa reivindicação de transferências de recursos do Estado nem do resto do país, mas na valorização e rentabilização de todo o enorme potencial destes recursos da Terra de Miranda.
Este Plano Estratégico identifica seis fatores de bloqueio e de empobrecimento, que impedem esses recursos de produzirem toda a riqueza que está no seu potencial, e exige o seu levantamento.
Segundo o representante do Movimento, “esses bloqueios podem ser rapidamente eliminados, porque são de natureza política. São opções políticas erradas, da responsabilidade de vários governos, que é urgente corrigir”.
“Entre eles estão as políticas extrativas promovidas ou consentidas pelo Estado, nomeadamente a imensa riqueza retirada da energia hidroelétrica produzida na região, a necessidade de reforma do quadro legal em que assenta o minifúndio, que faliu há mais de 50 anos, a reabilitação do cadastro fundiário, entre outros, tudo responsabilidades de um Estado que parece ter abandonado a região. O Plano identifica ainda as medidas necessárias à superação desses bloqueios”, indica o documento.
José Maria Pires explicou à Lusa que o MCTM não vai deixar que a língua e a cultura da região do Planalto Mirandês entrem num processo de extinção devido o despovoamento deste território.
“Sofremos um colapso populacional nas últimas seis décadas e não há cultura sem população. Mas este Plano contém as medidas que conduzirão ao regresso do crescimento populacional e a um surto de crescimento económico no território”, justificou.
Para os promotores do documento, “o PETM é um grito da sociedade civil, iniciado por um conjunto de cidadãos e associações inconformadas com o rumo insustentável para onde estão a conduzir a nossa terra”.
Os autores do documento acrescentam que “oferecem ao país e aos responsáveis políticos locais, nacionais e da União Europeia, no exercício do seu dever de cidadania”.
Miranda do Douro: Dia da Florestas Autóctones vai ser assinalado com apresentação de livro infantil
O município de Miranda do Douro vai assinalar esta terça-feira, o Dia da Floresta Autóctone, com a apresentação de um livro infantil para destacar a importância da conservação das florestas naturais, foi divulgado.
Consciente de que os livros são uma poderosa ferramenta de comunicação, de promoção da leitura e de desenvolvimento da linguagem, o município de Miranda do Douro vai proceder ao lançamento da obra infantil “Descobre o mundo dos cogumelos com o Mirko””, informou a autarquia em comunicado.
Esta iniciativa é parte integrante de uma estratégia de Educação Ambiental, promovida pelo Ecocentro Micológico Terra de Miranda, em colaboração com o agrupamento de escolas da região.
Esta atividade terá como destinatários os alunos do 3º ao 6º ano de escolaridade do concelho, aos quais o livro será oferecido.
Para além da apresentação da obra, será também realizada uma atividade de observação das diferentes espécies de cogumelos silvestres, recolhidas durante as VII Jornadas Micológicas, realizadas no dia 20 de novembro
No sábado, dia 13 de novembro, voltou a realizar-se a atividade “Peregrinos por um dia”, uma iniciativa organizada pela delegação de religiosidade popular da diocese de Zamora e as paróquias de Miranda do Douro e de Quintanilhae que junta portugueses e espanhóis em peregrinações mensais, nos dois lados da fronteira.
A primeira peregrinação mensal deste ano realizou-se entre as localidades espanholas de Videmala e Carbajales de Alba, onde se encontra a imagem da Virgen de Árboles.
Na peregrinação do dia 13 de novembro, a manhã de sábado esteve envolta em nevoeiro, mas nada fez demover os muitos peregrinos espanhóis e portugueses de participara na peregrinação.
Celso da La Fuente Ribera, natural de Zamora, tem 81 anos e diz que a sua principal motivação para participar nestas peregrinações é sobretudo o convívio com os amigos. Depois, diz que as caminhadas fazem bem à saúde, sobretudo quando se tem uma idade mais avançada e é necessário um maior cuidado com a alimentação. O peregrino espanhol revelou também que gosta de sair do dia-a-dia na cidade e vir caminhar para o campo.
Sobre a convivência entre os peregrinos espanhóis e portugueses, Celso Ribera, disse apreciar muito este encontro com os vizinhos lusos.
“São encontros que já realizamos há vários anos e gosto muito da convivência com os portugueses. Somos uma grande família!”, disse.
Por sua vez, a portuguesa, Isabel Maria Fernandes, também ela uma assídua participante nestas peregrinações “ibéricas”, disse que gosta muito destas atividades e sobre a convivência com os vizinhos espanhóis aprecia sobretudo a sua alegria. “Eles são muito alegres!”, disse.
A peregrinação de 13 de novembro iniciou-se na Igreja paroquial de Videmala, onde os peregrinos rezaram em conjunto a oração da manhã e pediram a Nossa Senhora a graça de uma boa peregrinação.
Ao longo de percurso de 12 quilómetros da peregrinação entre Videmala e Carbajales, os peregrinos portugueses e espanhóis tiveram a oportunidade de conversar e de se conhecerem enquanto caminhavam.
No percurso visitaram a Igreja do Castelo de Alba e a fortificação não foi possível avistar por causa do nevoeiro. Atravessaram montes e planícies e à medida que se iam aproximando de Carbajales de Alba, os sinos da Igreja de São Pedro davam as boas -vindas aos peregrinos.
Aí chegados, os peregrinos contemplaram a imagem da Virgen de Árboles e celebraram a Eucaristia, presidida pelo padre Javier Fresno Campos, que recordou que uma peregrinação é acima de tudo uma caminhada ao encontro de Deus e dos outros.
Segundo Valentín Coria Mateos, autor do livro “Rotas Ilustradas das Sete Virgens Irmãs”, Nossa Senhora é patrona de Carbajales e da comarca de Alba.
Segundo reza a tradição oral, Nossa Senhora terá aparecido no século X, entre os ramos de um olmo, no lugar das ruínas da fortificação que foi palco de lutas entre mouros e cristãos pela conquista desta região estratégica e fértil.
A festa de Nossa Senhora de Árboles realiza-se a 8 de setembro, com a celebração da Eucaristia e procissão pelas ruas de Carbajales, sendo que a imagem de Nossa Senhora vai vestida com o traje tradiconal carbalajino, assim como a grande maioria da população, em especial, as mulheres. Estes trajes remontam ao século XVI.
Foi graças a esta investigação e à publicação do livro “Rotas Ilustradas das Sete Virgens Irmãs”, dedicado aos santuários marianos que existem nos dois lados da fronteira, que o padre Javier Campos e o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, começaram a organizar estas peregrinações em 2014.
O padre Javier Campos explicou que o que motiva espanhóis e portugueses a participar, é o grande desejo de encontro e de convívio entre as pessoas.
“Nestes encontros há um magnífico ambiente de convivência entre espanhóis e portugueses, o que promove a construção de muito boas amizades”, disse.
Sobre os santuários e outros locais que costumam visitar, o sacerdote espanhol disse que acabam por descobrir lugares impressionantes, que evocam a transcendência e revelam muitas afinidades entre a prática religiosa nas dioceses de Zamora e de Bragança – Miranda.
Segundo o sacerdote espanhol, também a convivência ao longo do dia e o almoço em conjunto remetem para a dimensão religiosa, pois promovem o encontro e reforçam a comunhão entre todos os participantes.
Já o pároco de Miranda do Douro enfatizou que, no decorrer das peregrinações, portugueses e espanhóis convivem realmente uns com os outros e o ambiente é muito fraterno e familiar.
“É uma festa! As peregrinações têm sido momentos de partilha e convívio formidáveis!”, disse.
Outro aspeto que chama muito à atenção do pároco de Miranda do Douro é o interesse e o gosto dos espanhóis em vir conhecer o lado português.
Sobre o facto das peregrinações serem promovidas pela Igreja Católica, ambos os sacerdotes, realçaram que “a Igreja não tem fronteiras”.
O padre Javier Campos recordou, inclusive, que o bispo de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, já participou em várias destas peregrinações. Quanto ao bispo de Zamora, Dom Fernando Valera Sanchez, o sacerdote informou que o prelado ainda não teve oportunidade de participar, pois foi ordenado recentemente, em dezembro de 2020.
A próxima peregrinação está agendada para o dia 11 de dezembro, entre Videmala e Villacampo, no percurso de 12 km.
Quem pretenda participar nas peregrinações “Peregrinos por um dia” deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através dos contatos 912 100 523 | mjlm1952@hotmail.com.
Ou em alternativa, a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através dos contatos 034 606876098 | jfresno2000@yahoo.es
A organização informa que a participação nas peregrinações é gratuita.
Sociedade: GNR sinalizou mais de 44 mil idosos a viverem sozinhos ou isolados
Em outubro, a GNR sinalizou 44.484 pessoas idosas que vivem sozinhas, isoladas ou em situação de vulnerabilidade, no âmbito da Operação Censos 2021, anunciou esta força de segurança.
Em comunicado, a GNR diz que na edição de 2021 da “Operação Censos Sénior”, levada a cabo em todo o território nacional, realizou “172 ações em sala e 3.431 ações porta a porta, abrangendo um total de 19.812 idosos”.
“A Guarda sinalizou 44.484 idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, em razão da sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar em causa a sua segurança”, concluiu a GNR.
Vila Real (5.191 idosos sinalizados), Guarda (5.012)), Viseu (3.543), Faro (3.521), Beja (3.411), Bragança (3.343) e Portalegre (3.130), Évora (2.941) e Santarém (2.099) são os distritos onde a GNR sinalizou mais idosos.
Nos restantes nove distritos, o número de idosos sinalizados pela GNR situa-se entre os 946 no Porto e os 1.826 em Castelo Branco.
“Durante a operação, os militares realizaram uma série de ações que privilegiaram o contacto pessoal com as pessoas idosas em situação vulnerável, no sentido de sensibilizarem e alertarem este público-alvo para a adoção de comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla e furto, bem como para a adoção de medidas preventivas de propagação da pandemia covid-19”, refere o comunicado da GNR.
Em outubro de 2018, a GNR tinha sinalizado 45.563 idosos a viver sozinhos ou isolados em todo o país, enquanto em outubro de 2019 esse número baixou para as 41.868 sinalizações.
“Desde 2011, ano em que foi realizada a primeira edição da Operação “Censos Sénior”, a Guarda tem vindo a atualizar a sinalização geográfica, proporcionando assim um apoio mais próximo à nossa população idosa, o que certamente contribui, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do seu sentimento de segurança”, sublinha esta força de segurança.
Igreja: Portugueses e espanhóis voltam a peregrinar em conjunto
No sábado, dia 13 de novembro, vai voltar a realizar-se a atividade “Peregrinos por um dia”, com a peregrinação de 12 quilómetros entre Videmala e Carbajales, em Espanha, uma iniciativa que é organizada pela delegação de religiosidade popular da diocese de Zamora e as paróquias de Miranda do Douro e Quintanilha.
Após a interrupção forçada por causa da pandemia, as peregrinações transfronteiriças estão de volta e o programa deste ano vai levar os peregrinos, portugueses e espanhóis, a percorrer, de novo, a Rota das Sete Irmãs.
Esta rota ou itinerário consiste numa rede de santuários marianos, localizados em Espanha (quatro) e três em Portugal, é o caso dos santuários de Nossa Senhora do Naso, Nossa Senhora da Luz e Nossa Senhora da Ribeira, em Quintanilha.
Ao todo, a Rota das Sete Irmãs compreende oito etapas, que vão ser percorridas entre 13 novembro e 4 junho.
Mensalmente vai ser percorrida cada uma destas oito etapas, cuja distância varia entre os 10,5 km e os 16,5 quilómetros.
De acordo com o padre Javier Fresno Campos, delegado da Religiosidade Popular, da Diocese de Zamora, estas peregrinações conjuntas entre portugueses e espanhóis iniciaram-se em 2014.
A publicação de um livro sobre os santuários que existem nos dois lados da fronteira serviu de inspiração para que o padre Xavier e o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, começassem a organizar peregrinações a estes santuários.
Percorridos sete anos desde o início destas peregrinações, o padre Javier explicou que o que motiva espanhóis e portugueses a participar, é o grande desejo de encontro e de convívio entre as pessoas.
“Nestes encontros há um magnífico ambiente de convivência entre espanhóis e portugueses, o que promove a construção de muito boas amizades”, disse.
Sobre os santuários e outros locais que costumam visitar, o sacerdote espanhol disse que acabam por descobrir lugares impressionantes, que evocam a transcendência e revelam muitas afinidades entre a prática religiosa nas dioceses de Zamora e de Bragança – Miranda.
Por seu lado, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro reiterou que sempre houve um bom relacionamento entre as populações fronteiriças.
“Na aldeia de Ifanes, por exemplo, até havia pessoas que tinham propriedades do lado espanhol”, disse.
No que respeita à religiosidade das pessoas, o sacerdote português, acrescentou que, “antigamente dizia-se que os espanhóis que viviam nas localidades da raia, preferiam vir rezar à catedral de Miranda do Douro do que ir a Zamora”.
A participação nestas peregrinações, para além de promover o exercício físico e a vida saudável, também permite aos peregrinos a aprofundar a espiritualidade. De acordo com o padre Javier, cada uma destas peregrinações é vivida com o sentido espiritual, ou seja, como “uma caminhada ao encontro de Deus”.
E segundo o sacerdote espanhol, também a convivência ao longo do dia e o almoço remetem para a dimensão religiosa, pois promovem o encontro e reforçam a comunhão entre todos os participantes.
O padre Manuel Marques, que é um assíduo participante nestas peregrinações “ibéricas”, explicou que esta atividade têm três componentes importantes. A prática do exercício físico e da vida saudável. A partilha espiritual, pois a caminhada começa com a oração da manhã e conclui-se com a celebração da eucaristia. E há o convívio, que decorre ao longo do dia e culmina com o almoço em conjunto”.
O pároco de Miranda do Douro enfatizou que, no decorrer das peregrinações, portugueses e espanhóis convivem realmente uns com os outros e o ambiente é muito fraterno e familiar.
“É uma festa! As peregrinações têm sido momentos de partilha e convívio formidáveis!”, disse.
Outro aspeto que chama muito à atenção do pároco de Miranda do Douro é o interesse e o gosto dos espanhóis em vir conhecer o lado português.
Sobre o facto das peregrinações serem promovidas pela Igreja Católica, ambos os sacerdotes, realçaram que “a Igreja não tem fronteiras”.
O padre Javier Campos recordou, inclusive, que o bispo de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, já participou em várias destas peregrinações. Quanto ao bispo de Zamora, Dom Fernando Valera Sanchez, o sacerdote informou que o prelado ainda não teve oportunidade de participar, pois foi ordenado recentemente, em dezembro de 2020.
Quem pretenda participar nas peregrinações “Peregrinos por um dia” deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através dos contatos 912 100 523 | mjlm1952@hotmail.com.
Ou em alternativa, a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através dos contatos 034 606876098 | jfresno2000@yahoo.es
A organização informa que a participação nas peregrinações é gratuita.
Já o almoço e o transporte são da responsabilidade dos participantes.
Programa anual das peregrinações pela Rota das Sete Irmãs.
Fé e Cultura: Música sacra na concatedral de Miranda do Douro
A concatedral de Miranda do Douro vai acolher no próximo Domingo, dia 14 de novembro, o coro de São Roque de Lisboa, que vai animar a Eucaristia e realizar um concerto, com os propósitos de promover a música sacra e fomentar a prática cultural nesta região do interior do país.
Esta iniciativa resulta da colaboração entre o Museu da Terra de Miranda, que tutela a concatedral e a Unidade Pastoral Santa Maria Maior. Assim sendo, na manhã do próximo Domingo, dia 14 de novembro, às 11h00, o coro de São Roque vai animar a Eucaristia. E à tarde, às 15h00, vai realizar-se o concerto intitulado “Tempo da Música”, com a interpretação de um conjunto de músicas caraterísticas dos vários tempos litúrgicos.
O coro é constituído por um quarteto vocal, fanfarra de metais e Órgão.
Segundo a diretora do Museu da Terra de Miranda (MTM), Celina Pinto, a presença do Coro de São Roque, em Miranda do Douro, faz parte do propósito de dinamizar a concatedral de Miranda do Douro, um templo edificado no século XVI (1566) que reune ótimas condições acústicas para a rezalização de concertos.
Sobre o evento do próximo Domingo, Celina Pinto informou que o coro de São Roque está a realizar concertos de forma gratuita pelo norte do país e solicitaram autorização para atuar em Miranda do Douro.
“É óbvio que temos todo o interesse em promover eventos culturais na concatedral. Há um propósito de fazermos uma programação anual de eventos que possibilitem pôr em funcionamento o órgão de tubos do século XVIII”, informou.
Segundo Celina Pinto, o órgão de tubos carece de uma afinação, contudo tal reparação não impede a realização concertos.
Ainda de acordo com a diretora do Museu da Terra de Miranda, até ao final do ano, estão agendados mais dois concertos em Miranda do Douro.
“A época do Advento e Natal é a mais procurada para a realização de concertos”, indicou.
Sobre a participação do coro de São Roque na Eucarisita, do próximo Domingo, dia 14 de novembro, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, disse que é sempre bom receber a visita de outros grupos corais, que para além dos concertos, também participam na Eucaristia.
“A música tem um papel muito importante nas celebrações litúrgicas pois conduzem à interioridade e elevam o espírito. Por isso, quer na Eucaristia ou na celebração de qualquer outro dos sacramentos deve usar-se a música”, disse.
O pároco de Miranda do Douro referiu ainda que “a Igreja sempre teve muita apetência para a cultura e a arte. E a música é uma arte”, lembrou.
Questionados sobre a importância do binómio cultura e religião, na dinamização do turismo em Miranda do Douro, Celina Pinto e o padre Manuel Marques mostraram-se concordantes.
Celina Pinto, referiu, por exemplo, que os visitantes espanhóis que visitam Miranda do Douro, vêm à procura da gastronomia, das compras no comércio local e da visita aos locais históricos, como a cocatedral. Mas “quando há concertos na Sé os visitantes ficam maravilhados e acabam por se sentar para disfrutar do momento musical”, disse.
Por seu lado, o padre Manuel Marques, informou que a diocese de Bragança-Miranda foi uma das primeiras dioceses do país a dedicar-se à pastoral do turismo e por conseguinte à valorização do património religioso existente nesta região. “Recordo que o Estado e outros agentes também fazem uso deste património religioso, como é a concatedral e outras Igrejas, capelas, eremitérios, etc., para promover o turismo”, concluiu.
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Catedral de Miranda do Douro
A Catedral de Miranda do Douro foi mandada construir por ordem de D. João III, em 1552, sendo concluída em 1566.
Segundo dados históricos, até 1780, a catedral foi o centro da vida social, religiosa e cultural de Miranda do Douro.
O corpo da catedral tem um conjunto de 12 altares e retábulos em talha dourada. O destaque vai para o Calvário, um conjunto escultórico de grande tensão dramática.
HASTA PÚBLICA PARA VENDA DOS LOTES DE TERRENO N.º 3, 6, 7, 8 e 9 do LOTEAMENTO das EIRAS de BAIXO – PALAÇOULO
Gualdino Manuel Fernandes Raimundo, Presidente da Freguesia de Palaçoulo, torna público que, de acordo com a deliberação tomada na reunião Junta de Freguesia, realizada no dia 30 de Outubro de 2021, no uso da competência e respeitando o Regulamento de Alienação de Lotes do Loteamento das Eiras de Baixo, vai proceder-se à venda, por hasta pública, de cinco lotes de terreno, sitos no referido loteamento, propriedade desta Freguesia.
A venda será efetuada de acordo com as respetivas condições previstas no regulamento de venda, nomeadamente as bonificações, art.º 9, disponível na página da freguesia em, https://palacoulo.jfreguesia.com/regulamentos.php, assim descriminados:
Lote nº
Área do Lote
Valor base de licitação
3
294 m2
24,00€/m2
6
280 m2
24,00€/m2
7
280 m2
24,00€/m2
8
280 m2
24,00€/m2
9
360 m2
40,00€/m2
São admitidos apenas lanços mínimos 1,00 € (1 Euro) por metro quadrado.
Após o término da praça da Hasta Pública, os arrematantes têm que prestar o pagamento de 50% do valor global de arrematação do lote, sendo os restantes 50% pagos no ato de escritura.
São da responsabilidade dos adjudicatários, as obrigações fiscais respeitantes à transmissão dos bens, nomeadamente o pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissão de imóveis e do imposto de Selo, bem como as despesas inerentes à celebração da escritura de compra e venda.
A praça da Hasta Pública realizar-se-á na Sede da Junta de Freguesia de Palaçoulo, sito no Largo da Cruz, Palaçoulo, no dia 28 de Novembro de 2021, iniciando-se pelas 15 horas.
Palaçoulo, 5 de Novembro de 2021
O Presidente: Gualdino M.F. Raimundo
Freguesia de Palaçoulo Largo da Cruz s/n, 5225-032 Palaçoulo
No jogo da 5ª jornada, o Grupo Desportivo Sendim sofreu a primeira derrota no campeonato distrital sénior, na receção ao ACD Rebordelo, que mostrou ser uma equipa sólida e inteligente.
Sobre o jogo realizado no Domingo, dia 7 de novembro, no estádio Valentim Guerra, em Sendim, a equipa visitante entrou de rompante e surpreendeu a equipa da casa.
Logo aos 10 segundos, o Rebordelo conseguiu mesmo efetuar o primeiro remate, o qual levou a bola a rasar o poste direito da baliza do Sendim.
Esta ousadia inicial dos forasteiros confundiu a equipa da casa e aos 3’30 minutos, na sequência de um canto direto, o Rebordelo inaugurou o marcador (0-1). No lance, o guarda-redes do Sendim, Armando, protestou veementemente, sobre uma possível falta dentro da pequena área, que o impediu de chegar à bola.
O golo dos visitantes deu-lhes ainda mais confiança e a partir daí souberam gerir o jogo. Os seus jogadores posicionáram-me bem ao longo do campo, raramente cometeram erros, pressionaram muito a equipa do Sendim dificultando assim a sua construção do jogo e sempre que surgia uma oportunidade atacavam com objetividade.
Nesta primeira parte, a melhor ocasião de golo voltou a pertencer aos visitantes: foi aos 27′ minutos, num lance em que o central sendinês, Valentim, perdeu a bola numa zona de perigo que deu aso a uma arrancada e um forte remate de um avançado do Rebordelo, que obrigou Armando a defender com segurança.
O primeiro golo do Rebordelo resultou de um canto direto, muito contestado por uma possível falta sobre o guarda-redes do Sendim, Armando.
Na segunda parte do jogo, o Rebordelo optou por impor um ritmo de jogo mais pausado e isso aumentou a ansiedade dos jogadores sendineses, que procuravam aproximar-se da baliza adversária para anular a desvantagem no marcador.
Mas o jogo não estava a ser bem interpretado pelos sendineses e aos 60′ minutos, os visitantes aumentaram o marcador para 0-2. Foi através de uma jogada bem desenhada, que correu de flanco para flanco, com um primeiro remate a embater na trave da baliza do Sendim e na recarga, o Rebordelo fez o seu segundo golo.
Apesar do aumento da desvantagem no marcador, os jogadores do Sendim não desanimaram e continuaram a lutar. Nem sempre bem é certo, mas continuaram à procura da baliza do Rebordelo. E este esforço foi recompensado aos 84′ minutos. Na sequência de um livre dirigido para a área do Rebordelo, a bola foi ao segundo poste, onde estava um jogador do Sendim que efetuou um passe que apanhou em contrapé a defesa do Rebordelo, permitindo que outro jogador do Sendim reduzisse a desvantagem, com um cabeceamento fácil para fazer o 1-2 final.
O Sendim reduziu a desvantagem para 1-2, aos 84 minutos.
Suplentes: Bruno, Beto, Edilzo, Leandro, Manuel João, Rodrigo, Alexander
Treinador: André Irulegui
“O golo inicial é antecedido de falta sobre o guarda-redes e isso condicionou o jogo todo. Se o desafio já era difícil, com esse erro grave, tudo se tornou mais complicado ainda. Perante esta adversidade tivemos que ir à procura do golo e abrimos muito o jogo. Apesar de tudo lutámos até ao final.”
André Irulegui
ADC Rebordelo: Bruno Rato, Governor, Maki, Quintá, Toni, Ronaldo, Rabisco, Pedrinho, Clemente (cap.), Ednan e Cícero.
Suplentes: Eurico, Vitó, Gabriel, Cavalo, David, Tiago e Lucas.
Treinador: Nuno Loureiro
“Sabíamos que íamos defrontar uma equipa muito bem organizada e orientada. Tínhamos por estratégia não dar muito espaço ao Sendim e ter a posse de bola. A espaços conseguimos controlar o jogo. Pela coesão e personalidade que a equipa teve, acho que fomos justos vencedores.” Nuno Loureiro
Igreja: Miranda do Douro acolheu o encontro dos bispos de Bragança-Miranda e de Zamora
O bispo de Zamora, Dom Fernando Valera Sanchez veio a Miranda do Douro, agradecer a Dom José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, a presença na ordenação episcopal realizada em dezembro de 2020, na Catedral de Zamora.
Os bispos português e espanhol encontraram-se no dia 4 de novembro, na estação Biológica Internacional do rio Douro, em Miranda do Douro, onde se juntaram aos visitantes portugueses e espanhóis, que diariamente vêm conhecer a fauna, a flora nesta reserva natural.
A pandemia e o encerramento das fronteiras adiou o encontro entre os bispos das dioceses vizinhas, de Bragança-Miranda e Zamora.
Segundo Dom Fernando Valera Sanchez, este encontro teve por objetivo conhecerem-se melhor e partilhar experiências pastorais e acima de tudo disfrutar de um dia de convívio, de contemplar a extraordinária paisagem do rio Douro e de almoçar em conjunto
“É uma alegria puder partilhar juntos esta beleza natural”, disse.
Sobre o ano jubilar que a diocese de Zamora está a celebrar para comemorar os 900 anos da restauração da diocese, o bispo espanhol disse que por causa da situação pandémica, muitas das comemorações, tais como as peregrinações do caminho de Santiago ou as celebrações arciprestais e paroquiais tiveram que ser restringidas. Ainda assim, Dom Fernando Valera Vasquez informou que conseguiram realizar algumas iniciativas graças aos canais digitais.
Agora que a situação pandémica está mais controlada, Dom Fernando, adiantou que nesta reta final do ano jubliar, que vai concluir-se a 19 de março de 2022, estão programadas muitas atividades, tais como as peregrinações, encontros e está também agendado um grande concerto na cidade de Zamora.
Ao longo deste ano jubilar na diocese de Zamora, o Papa Francisco está a conceder a Indulgência Plenária a todos os fiéis que celebrando este aniversário cumpram as condições próprias de todo o jubileu. A este propósito, o bispo de Zamora disse que “os anos jubilares são momentos e espaços de Graça de Deus, que já estão presentes no Antigo Testamento.”
Segundo Dom Fernando Valera Sanchez, “o jubileu é a oportunidade para aproximar-se da misericórdia e do perdão de Deus”.
E a indulgência plenária é como “um bónus que Deus concede, com as condições de rezar pelo Santo Padre Francisco, de visitar a Sé Catedral de Zamora, de receber o Sacramento da Reconciliação ou Perdão e participar na Eucaristia”, indicou.
“A indulgência plenária pode ser recebida para si e também para os familiares e amigos que já faleceram”, explicou.
A diocese de Zamora foi fundada no ano 900 por São Atilano. Em 986, Almanzor conquistou a cidade e só em 1121 é que a diocese foi restaurada, tendo como bispo Bernardo de Perigord.
Por sua vez, Dom José Cordeiro, referiu que este encontro com o bispo de Zamora há muito que estava agendado. “É um primeiro de muitos encontros que se hão-de seguir, numa boa relação interdiocesana de Zamora com Bragança-Miranda”, adiantou.
Dom José Cordeiro lembrou que a Igreja não tem fronteiras. «Somos a mesma e única Igreja, como professamos no credo “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”», disse.
O bispo de Bragança-Miranda fez também alusão ao sínodo 2021-2023 que já está a decorrer em toda a Igreja e referiu que impulsionados pelo processo sinodal (que convida a uma maior “participação, comunhão e missão”), este processo deve começar com os que estão ao nosso lado, como é o caso da diocese de Zamora.
“São nossos vizinhos, já existem muitos encontros informais, mas agora queremos estabelecer cada vez mais pontes e uma maior presença e proximidade entre nós, em todas as áreas que nos for possível, para testemunhar a unidade da Igreja”, concluiu.
Dom José Cordeiro lembrou que a Igreja não tem fronteiras. «Somos a mesma e única Igreja, como professamos no credo: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”», disse.
Visita dos bispos, Dom José Cordeiro e Dom Fernando Valera Sanchez à Estação Biológica Internacional (EBI) Duero Douro.