Espanha: Inflação modera-se para 5,7% em dezembro

Os preços em Espanha subiram 5,7% em dezembro, comparando com o mesmo mês de 2021, o que confirma o quinto mês consecutivo de moderação da inflação, apesar da maior subida dos alimentos desde 1994.

A taxa de inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi 10,5% em agosto, 8,9% em setembro, 7,3% em outubro e 6,8% em novembro em Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.

O dado relativo a dezembro é o mais baixo desde novembro de 2021 e Espanha fechou o ano passado com a inflação mais baixa da União Europeia, depois de no primeiro semestre de 2002 ter tido dos valores mais elevados e de em julho ter registado a taxa mais alta no país desde 1984.

Isto apesar do aumento recorde dos preços dos alimentos, que em dezembro voltou a situar-se acima dos 15% (15,7%), comparando com o mesmo mês do ano passado, valores que são os mais altos desde 1994, como sublinhou hoje o INE.

Sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em dezembro em Espanha foi de 7%, comparando com 2021.

Já para a moderação da inflação contribuiu, como nos meses anteriores, segundo o INE, o preço da eletricidade, que subiu menos do que em 2021, e a descida dos combustíveis.

Espanha aprovou ao longo de 2022 vários pacotes de medidas para responder à inflação equivalentes a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), mais de 35.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do imposto sobre o consumo (IVA) da eletricidade e do gás para 5% ou desconto de 20 cêntimos por litro na compra de combustíveis.

Segundo tem afirmado o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, foi um dos “maiores planos de choque” da União Europeia para responder à inflação.

Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, está em vigor desde 1 de janeiro um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA, durante seis meses, de alguns alimentos e produtos considerados básicos.

Em paralelo, o Governo acabou, no início deste ano, com o desconto de 20 cêntimos nos combustíveis para os particulares.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Advogados reclamam melhores condições para trabalhar no tribunal

O representante da Ordem dos Advogados (OA), no concelho de Mogadouro, reclamou melhores condições de trabalho no tribunal local, devido à falta de aquecimento no edifício, provocada pela diminuição da potência instalada no quadro elétrico.

“O frio é uma constante nesta altura do ano, onde se chega a atingir temperaturas negativas, e não temos condições de trabalho havendo julgamentos que são efetuados com frio intenso. Nem nós, advogados, nem oficiais de justiça ou cidadãos que tenham casos para resolver no tribunal de Mogadouro têm condições”, explicou Daniel Ribeiro.

De acordo com o representante da OA, “do pouco que é dado a conhecer e que chega amiúde, o quadro elétrico que serve o tribunal de Mogadouro não tem potência suficiente para se poder ligar aquecedores e outros equipamentos elétricos para o aquecimento dos vários espaços, como é o caso da sala de audiências, como era feito no passado”.

“Não temos aquecimento, para além da sala de audiências, nos corredores, espaços de espera das pessoas ou da sala dos advogados ou dos respetivos gabinetes do tribunal, como o do representante do Ministério Público (MP) ou do juiz de competência genérica deste tribunal” do distrito de Bragança, vincou.

Para Daniel Ribeiro, a falta de condições no tribunal de Mogadouro prejudica muito todos aqueles que trabalham nesta casa da justiça”, principalmente durante o inverno transmontano.

“As condições não são dignas de um tribunal e, chegando aqui, qualquer cidadão se depara com condições, principalmente o frio, que são indignas para todos”, frisou o advogado.

Daniel Ribeiro deixou ainda a garantia de que estes problemas foram denunciados por escrito, em documentos assinados por todos os advogados inscritos no juiz de competência genérica, a instâncias superiores, tais como bastonário da Ordem dos Advogados, presidente do Conselho Regional do Porto da ordem e Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos, dos quais “não houve resposta”.

Contactado pela Lusa, o juiz presidente da Comarca de Bragança, João de Matos Cruz Praia, disse que este problema foi detetado há vários dias e, desde então, “têm sido encetadas todas as diligências tendentes à resolução do problema, através da comunicação às entidades competentes”.

“A resolução do problema passa, neste momento, pelo aumento da potência do quadro elétrico deste tribunal, que permitirá a ligação em simultâneo de vários sistemas de aquecimento do edifício”, esclareceu João de Matos Cruz Praia.

 Daniel Ribeiro disse ainda que esta semana foi instalado um aquecedor a gás, “do tipo coluna”, na sala de audiências “que não resolve o problema”.

“Temos de aguardar para que esta situação anómala seja resolvida o mais rápido possível”, concluiu.

A Lusa contactou o Ministério da Justiça e aguarda resposta.

Fonte: Lusa

Futsal: Vimioso venceu o Alfandeguense

No dia 6 de janeiro realizou-se o jogo em atraso, relativo à 7ª jornada do campeonato distrital de futsal, tendo o Águia Futebol Clube de Vimioso, recebido a visita do Alfandeguense e num jogo que corria bem para os vimiosenses, os visitantes acabaram por criar algumas dificuldades, tendo o resultado final sido um 6-3.

O vimiosense Tiago Ventura bisou no jogo, ao marcar o 1º e 2º golos do Águia Futebol Clube de Vimioso.

A jogar no pavilhão multiusos, a equipa vimiosense quis assumir logo a iniciativa do jogo e aos dois minutos deu o primeiro sinal de perigo, com um remate ao poste da baliza do Alfandeguense.

Esta entrada forte dos vimiosenses foi bem sucedida, já que passados dois minutos, Tiago Ventura, inaugurou o marcador, 1-0, aos 4 minutos, num potente remate de ângulo apertado.

O caudal ofensivo do Vimioso continuou e aos 5 minutos, Diogo, num bom, trabalho individual tirou um adversário do caminho e rematou obrigando o guarda-redes adversário a uma defesa apertada.


Nestes minutos iniciais, os vistantes tiveram muitas dificuldades em sair para o ataque e só aos 7 minutos efetuaram o primeiro remate à baliza vimiosense.

Mas a superioridade do Vimioso manteve-se, com os seus jogadores a ter o domínio do jogo e a rematarem mais vezes à baliza contrária, sendo que alguns destes remates embateram nos postes e na barra da baliza alfandeguense.

Perante este fluxo ofensivo, foi com naturalidade que surgiu o segundo golo do Vimioso, novamente da autoria de Tiago Ventura, na marcação de um livre direto, aos 14 minutos.

Logo depois, aconteceu o 3-0, por intermédio de Ricardo, ao concluir com uma recarga, dentro da área, um primeiro remate que o guardião alfandeguense não segurou.

Os minutos finais da primeira parte foram muito animados, já que aos 17 minutos, o Vimioso chegou ao 4-0, graças a uma bem sucedida jogada individual de Rafael.


Aos 18 minutos, os visitantes conseguiram efetuar o segundo remate à baliza do Vimioso. E logo depois, os alfandeguenses reduziram mesmo para 4-1, numa surpreendente jogada coletiva.

Antes do intervalo, os visitantes voltaram a surpreender ao reduzir para 4-2, numa jogada de raça e insistência de Luís Neves.
Antes do intervalo, o Alfandeguense marcou dois golos e reduziu para 4-2.

Como resumo desta primeira parte, o Vimioso, como lhe competia entrou autoritário no jogo e no decorrer do desafio conseguiu uma confortável vantagem de 4-0. Mas nos minutos finais da primeira parte, a equipa vimiosense relaxou em demasia e os alfandeguenses aproveitaram para reduzir a desvantagem.

Na segunda parte do jogo, a equipa de Alfândega da Fé, moralizada pelo desempenho no final do período anterior, entrou mais atrevida e confiante. Aos 23´, rematou forte à malha lateral da baliza do Vimioso.

Este atrevimento visitante exigiu maior concentração dos jogadores orientados pelo treinador vimiosense, Bruno Sobrinho.

Aos 28′, o vimiosense, Diogo ampliou a vantagem para 5-2, numa combinação com um companheiro de equipa.

O Alfandeguense respondeu de imediato com o inconformado, Luís Neves, a reduzir para 5-3, numa transição rápida.

Aos 30 minutos, os jogadores de Alfandega da Fé protagonizaram a melhor jogada coletiva do encontro, mas o remate final saiu ao lado da baliza vimiosense.

E como é habitual nos jogos de futsal, logo depois, o Vimioso respondeu e Miguel Diz, ampliou novamente a vantagem, para 6-3, ao concretizar uma recarga, após um primiero remate que embateu no poste da baliza alfandeguense.

Até ao apito final, ambas as equipas continuaram a procurar as balizas adversárias, mas o marcador não teve mais alterações.

HA

Equipas

Águia Futebol Clube de Vimioso: Francisco, Diogo, Rafael, Tiago Ventura, Ricardo, Sérgio, Miguel Diz, David Choupina, Pedro Diz e Luís Nascimento.

Treinador: Bruno Sobrinho

Nos primeiros dez minutos de jogo fomos muito superiores e traduzimos essa superioridade nos 4-0 iniciais. Mas depois relaxámos um pouco e o Alfandeguense conseguiu equilibrar mais o jogo, causando-nos algumas dificuldades. Mesmo assim, a minha equipa soube gerir o jogo e a vantagem, pelo que a vitória é justíssima.” – Bruno Sobrinho

Alfandeguense: Rui, Tó Zé, Samuel, Emanuel, Xavier, Carlos, Bruno, Paulo, João Lopes e Luís Neves.


Treinador: Fernando Macedo

“Jogar em Vimoso é sempre difícil. Sobre o jogo, entrámos mal, fomos tímidos e com medo de ter a bola. Depois conseguimos marcar, soltamo-nos e conseguimos discutir o resultado. Apesar da derrota e de termos apenas três pontos no campeonato quero agradecer e realçar o caráter dos meus jogadores, pela entrega, o compromisso e a dedicação demonstradas nos treinos semanais e nos jogos. Acredito que com esta atitude vamos fazer melhor na segunda volta do campeonato.”- Fernando Macedo

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Pedro Lopes

2º Árbitro: Bruno Cordeiro

Cronometrista: Miguel Ribeiro

Classificação

PJVEDGMGSDG
1GD Torre Dona Chama1785213322+11
2ACRD Ala1484223023+7
3CD Miranda Do Douro1484222917+12
4GD Sendim1384132524+1
5Sp. Moncorvo1283323628+8
6Arnaldo Pereira (Bragança)1283322622+4
7Águia FC Vimioso1173222725+2
8CSP Vila Flor672052132-11
9Pioneiros Bragança471151524-9
10Alfandeguense371061338-25

9ª jornada (13 de janeiro)

CSP Vila FlorvsGD Sendim
 Arnaldo Pereira (Bragança)vsSp. Moncorvo
 Águia FC VimiosovsPioneiros Bragança
 CD Miranda Do DourovsGD Torre Dona Chama
 ACRD AlavsAlfandeguense

Ambiente: Produção de eletricidade de origem renovável atingiu 78%

Em dezembro do ano que terminou, 78% da produção de eletricidade foi de origem renovável, sobretudo graças ao aumento da produção hídrica e eólica, que contribuíram respetivamente com 2.087 GWh (gigawatts hora) e 1.617 GWh, indicou a APREN.

De acordo com dados da APREN – Associação de Energias Renováveis, em dezembro a geração de eletricidade no total, incluindo a produção através de combustíveis fosseis, foi de 5.223 GWh, tendo as renováveis atingido os 4.074 GWh.

“A salientar que, em dezembro, tanto a produção hídrica como a eólica atingiram o maior valor mensal no ano de 2022, o que levou ao maior valor de incorporação renovável”, indicou a APREN.

No acumulado do ano, a geração de energia atingiu 44.060 GWh, dos quais 57,2% foram de origem renovável.

De acordo com a APREN, entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2022, “Portugal foi o quarto país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, ficando atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca, que obtiveram 99,2%, 78,1% e 77,8%, respetivamente”.

Além disso, indicou, no ano passado, “o preço médio horário registado no MIBEL [mercado ibérico de eletricidade] em Portugal (167,9 € [euros]/MWh ) representa um aumento para o dobro face ao período homólogo”.

Por outro lado, “no mesmo período foram registadas 454 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 70,9 €/MWh, sendo que de 1 a 31 de dezembro, a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo durante 328 horas não consecutivas”.

A associação destacou ainda que “desde 15 de junho, quando o mecanismo ibérico de limite do preço do gás natural entrou em funcionamento, até 31 de dezembro, o mesmo gerou uma poupança de 45,4 €/MWh , o que equivaleu a uma redução de 14,2% no preço horário médio no MIBEL”.

A poupança “correspondente à diferença entre o preço sem o mecanismo e o preço com a compensação a pagar às centrais a gás natural atingiu um valor máximo de 157,2 €/MWh , e um mínimo de 0 €/MWh”, referiu a APREN.

A associação revelou ainda que entre 01 de janeiro e 31 de dezembro “a Produção em Regime Especial (PRE) permitiu uma poupança acumulada de 8.559 milhões de euros, e de 708 milhões de euros só no mês de dezembro”.

Fonte: Lusa

Saúde: Cerca de 30% das camas na Rede de Cuidados Continuados destinam-se a pessoas vulneráveis

Cerca de 30% dos doentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados são casos sociais, revelou a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde.

A Associação de Cuidados Continuados tem recebido dezenas de queixas de pessoas que enfrentam “entraves” nos hospitais para transferir um familiar para a rede de cuidados continuados, o que leva a associação a questionar se existe alguma orientação interna.

No entanto, a avaliação feita pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é a de que tanto os hospitais como os cuidados de saúde primários “são bastante atentos e diligentes na referenciação de utentes para a Rede Nacional de Cuidados Continuados”, salientando que “nem todos os doentes têm critérios para a rede”.

“Um doente que precise exclusivamente de apoio social não é doente para a rede”, apontou a enfermeira Filomena Cardoso, da Direção Executiva do SNS, acrescentando que para a RNCC vão os doentes que precisam de “continuidade de cuidados, precisam de cuidados de saúde mas não num hospital de agudos”.

Acrescentou que para os critérios contam igualmente, além da necessidade de cuidados de saúde, a necessidade de apoio social e a falta de retaguarda familiar, salientando que, ao contrário do que acontece nas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), a RNCC “não prevê que o doente fique lá eternamente”, mas sim que o doente esteja “em recuperação”.

“Nem todos os doentes têm critérios para a rede e se for um doente meramente social não tem critérios para a rede”, frisou.

De acordo com Filomena Cardoso, um dos atuais problemas da RNCC está no “excesso de doentes” que são casos sociais e já não justificam ocupar uma vaga.

“Doentes que entraram para a rede com critérios, que entretanto deixaram de ter a necessidade dos cuidados de saúde e passaram a ser doentes meramente sociais e esses doentes deveriam sair da rede e a rede neste momento tem cerca de 30% das suas camas ocupadas com esta tipologia de doentes”, revelou.

Segundo a responsável, dados referentes a 31 de outubro de 2022 davam conta de um total de 15.790 camas, o que significa que 4.737 estavam ocupadas com casos sociais.

Filomena Cardoso garantiu que “não há nenhuma orientação da rede, nem nunca houve, nem haverá, para que os doentes não sejam referenciados”.

“Pelo contrário, nós queremos que haja referenciação de doentes para a rede e que a espera não seja um motivo para a não referenciação, como, daquilo que é o meu conhecimento, não é”, afiançou.

Confrontada com o facto de a Associação Nacional de Cuidados Continuados receber dezenas de queixas sobre alegados entraves dos hospitais à referenciação para a RNCC, Filomena Cardoso disse compreender que não seja fácil para as famílias aceitar que o doente não precisa de uma resposta de cuidados continuados, mas antes de uma resposta social.

“Tem que haver um trabalho de esclarecimento de que a rede não resolve os casos meramente sociais”, defendeu, dizendo acreditar que a “explicação major” para esse número de queixas está nos doentes não cumprirem os critérios.

Sobre a necessidade de mais camas na RNCC, a responsável lembrou o desinvestimento durante o período da ‘troika’ e de como isso comprometeu as metas que estavam definidas, e apontou que o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê mais 5.500 camas no total das valências e no global das regiões do país.

Fonte: Lusa

Sociedade: Aumento do custo de vida e pobreza são os assuntos que mais preocupam portugueses

O aumento do custo de vida, como consequência da inflação exacerbada pela guerra na Ucrânia, assim como a pobreza e a exclusão social são as questões que mais preocupam os portugueses, de acordo com o último Eurobarómetro.

De acordo com o último relatório estatístico europeu, agora divulgado, que inquiriu 1.028 cidadãos portugueses de um total de 26.431 cidadãos pertencentes a Estados-membros da União Europeia (UE), 98% dos cidadãos nacionais identificou o aumento do custo de vida, por exemplo, através do aumento do preço de produtos alimentares e da energia como o assunto mais preocupante, uma percentagem que é em cinco pontos percentuais superior à média dos 27.

Apesar da preocupação, 47% dos inquiridos nacionais respondeu que até ao momento está a viver com algum conforto com os rendimentos de que dispõe, enquanto 40% revelou que enfrenta algumas dificuldades atualmente e 9% disse que enfrenta bastantes dificuldades com os rendimentos atuais. Em comparação com a média europeia, 46% responderam que vivem confortavelmente com os rendimentos que têm, enquanto 36% dizem passar por algumas dificuldades.

O tópico seguinte que mais preocupa a população nacional é a pobreza e a exclusão social (95%). Aqui há um hiato maior para a média europeia, já que 82% responderam que esta era uma preocupação maior.

Mas a maior disparidade surge quando a questão é sobre a possibilidade de propagação de doenças infecciosas como a covid-19 ou a varíola dos macacos. Os portugueses são mais receosos do que a média europeia, uma vez que 83% responderam que estavam “preocupados” com essa hipótese, em oposição à média da UE, que é de 62%.

Com a guerra na Ucrânia a cumprir quase um ano e sem desfecho à vista continua a pairar o receio de uma escalada nuclear do conflito, que se refletiu na maioria dos mais de 1.000 cidadãos portugueses inquiridos. 89% respondeu que receia “incidentes nucleares” e apenas 9% respondeu que essa questão não levanta preocupações. Olhando para o conjunto dos países do bloco comunitário, 74% acredita que o risco é real, enquanto 25% descarta essa possibilidade.

Questionados também sobre o estado da generalidade do país, 43% dos portugueses inquiridos considerou que está a ir “na direção errada”, mas aqui os portugueses estão abaixo da média europeia, que é de 62%. 30% dos cidadãos nacionais consideram que Portugal está no caminho certo, 16% não sabem e 11% consideraram que a situação do país continua igual.

Em relação ao estado da União Europeia, a percentagem portuguesa (35%) contrasta com a europeia (51%) quando a resposta é “as coisas estão a ir na direção errada. A mesma percentagem de portugueses considera que a União Europeia está no rumo correto.

Contudo, mais de metade dos portugueses (52%, no universo da amostra de 1.028) está otimista em relação ao futuro do bloco comunitário. Neste parâmetro, a população entre os 15 e os 24 anos e entre os 40 e os 54 anos é que apresenta uma fatia maior de otimismo em relação ao futuro da UE, 52% e 61%, respetivamente.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município reforça frota escolar com aquisição de novo autocarro

O município de Miranda do Douro investiu 80 mil euros na aquisição de um miniautocarro, para reforçar a frota de transporte escolar e de apoio ao associativismo da região, foi divulgado pela autarquia.

A autarquia adquire um novo “autocarro de passageiros com capacidade de 20 lugares, num investimento a rondar os 80 mil euros e que vem reforçar a frota de transporte escolar e de apoio ao associativismo”, avançou a autarquia mirandesa em comunicado.

De acordo com a mesma fonte, a aquisição permite a melhoria do serviço público de transporte de crianças e adultos, preferencialmente no âmbito de atividades municipais e do apoio municipal a escolas.

A nova viatura vai contribuir “para colmatar as graves carências do seu parque de máquinas e viaturas”, disse fonte do município.

Fonte: Lusa

Política: Terras de Trás-os-Montes quer corredor ferroviário internacional do Norte

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) anunciou que vai reivindicar junto do Governo, para que o novo corredor ferroviário internacional do Norte passe pelo território, com ligação a Espanha.

O Plano Ferroviário Nacional proposto pelo Governo encontra-se em discussão pública até ao final de fevereiro e a CIM transmontana adiantou que irá apresentar a alternativa que reivindica, sustentando-a como “a melhor do ponto de vista de impactos ambientais e tecnicamente”.

A CIM Terras de Trás-os-Montes contesta a proposta do Governo que contempla uma nova ligação ferroviária entre o Porto e Bragança e reivindica que esta assuma o perfil de alta velocidade com ligação a Espanha e que passe a ser o corredor ferroviário internacional do Norte que o plano prevê para Aveiro, Viseu, Salamanca (Espanha)

“O que nós achamos é que é absolutamente essencial fazer-se esta ligação, que Bragança não seja o fim de linha , mas que sendo nós o território em Portugal mais próximo do centro da Europa , então que essa centralidade seja concretizada com uma ligação Bragança/Zamora e daí a toda a Europa”, argumentou o presidente da CIM, Jorge Fidalgo.

A comunidade intermunicipal apresentou publicamente esta posição numa conferência de imprensa conjunta com a Associação Vale d`Douro, autora de um estudo sobre um novo corredor ferroviário para o Norte de Portugal, entre Porto, Amarante, Vila Real, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

Tanto a CIM como a Associação defendem que este deve ser o futuro corredor internacional do Norte, com continuidade de Bragança para Espanha por Terras de Miranda, que permitiria viajar entre o Porto e Madrid em 02:45 horas.

A reivindicação é sustentada com menos impactos ambientais que outras soluções a Norte, nomeadamente a ligação de Bragança a Puebla de Sanábria, onde existe uma estação da alta velocidade espanhola, mas que necessitaria de atravessar áreas protegidas como o Parque Natural de Montesinho, em Portugal, e o da Culebra, em Espanha.

A solução proposta, segundo os autores, é também menos dispendiosa do lado espanhol, onde seriam necessários 40 quilómetros de ferrovia, enquanto o corredor escolhido pelo Governo implica investimento em 200 quilómetros.

O custo estimado pela Associação Vale d’Douro para esta alternativa de corredor ferroviário internacional do Norte é de 4,4 mil milhões de euros, valor idêntico à solução por Aveiro até Salamanca, que consta na proposta do Governo, segundo o presidente da Associação, Luís Almeida.

“A ferrovia é uma necessidade absoluta para todo o país, mas sobretudo para o nosso território. Nós não temos na CIM um metro de ferrovia, a autoestrada foi a última a chegar e nem sequer estão feitas as conexões rodoviárias das sedes para a sede de distrito, isto significa que nós não podemos ficar arredados e à margem deste futuro que é a ferrovia”, insistiu o presidente da CIM.

Jorge Fidalgo avançou que a comunidade intermunicipal vai apresentar esta proposta no período de consulta pública do plano, que está a decorrer, e espera que o Conselho Regional do Norte, que vai reunir no dia 20 em Mogadouro, “possa também tomar uma posição na defesa desta ligação”.

Não tendo este território linha férrea, a execução do Plano Ferroviário Nacional “devia começar” por aqui, como defendem os autarcas dos nove concelhos da CIM, concretamente Alfândega da Fé, Bragança, Mirandela, Vila Flor, Mogadouro, Vinhais, Vimioso, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro.

Os autarcas esperam que o Governo seja sensível a esta reivindicação que consideram ser “de justiça elementar”.

“Porque ao longo dos tempos fomos sempre os últimos e o desenvolvimento chegou sempre mais tarde”, enfatizou Jorge Fidalgo.

Fonte: Lusa

Igreja: Portugueses e espanhóis peregrinam de Alcañices até Trabazos

No próximo sábado, dia 14 de janeiro, cerca de 100 peregrinos portugueses e espanhóis, vão continuar a percorrer os caminhos que ligam os vários santuários marianos existentes na raia, desta vez entre a igreja da Virgen da La Salud, em Alcañices, até Virgen da La Soledad, em Trabazos.

Esta iniciativa denominada “Peregrinos por 1 dia” surgiu em 2014, graças à colaboração entre a paróquia de Miranda do Douro e a delegação da religiosidade popular da diocese de Zamora e tem como grande atrativo a comunhão e amizade que se constrói entre os peregrinos.

Segundo o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, no decorrer destas peregrinações, portugueses e espanhóis convivem realmente uns com os outros e o ambiente é “muito fraterno entre todos”.

“As peregrinações são momentos de partilha e convívio entre os povos vizinhos! É uma verdadeira festa!”, disse.

Por sua vez, o padre espanhol, Javier Campos, destacou que nestas peregrinações aos santuários marianos edificados nas localidades fronteiriças, os peregrinos, descobrem lugares impressionantes, que evocam a transcendência e revelam muitas afinidades entre a prática religiosa nas dioceses de Zamora e de Bragança – Miranda.

Para o sacerdote espanhol, a caminhada conjunta, os momentos de oração e no final da peregrinação, o almoço convívio, aprofundam e fortalecem a dimensão religiosa dos participantes.

Sobre o facto das peregrinações serem promovidas pela Igreja Católica, ambos os sacerdotes, realçam que “a Igreja não tem fronteiras”.

Quem pretenda participar nas peregrinações gratuitas “Peregrinos por um dia” deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através dos contatos 912 100 523 | mjlm1952@hotmail.com.

Em alternativa, pode contatar a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através dos contatos 034 606876098 | jfresno2000@yahoo.es

Na peregrinação deste sábado, dia 14 de janeiro, os peregrinos inscritos na paróquia de Miranda do Douro devem estar presentes às 7h30 da manhã, junto à Concatedral, para beneficiarem do transporte gratuito até Alcañices.

Segundo a organização, a caminhada entre Virgen da La Salud, em Alcañices e a Virgen da La Soledad, em Trabazos, tem uma distância de 14,5 quilómetros, pelo que se recomenda a utilização de calçado confortável, roupa adequada para o inverno e água para hidratação.

No final da peregrinação, o almoço convívio é habitualmente realizado num restaurante, onde cada peregrino assume o custo da sua própria refeição.

A iniciativa “Peregrinos por 1 dia” decorre entre os meses de novembro e junho. Ao longo deste período, os peregrinos, portugueses e espanhóis, percorrem, mensalmente, os caminhos que ligam os sete santuários marianos: Nossa Senhora do Naso, Nossa Senhora da Luz e Nossa Senhora da Ribeira, em Portugal; e em Espanha, os santuários da Virgen de La Encarnación, em Villalcampo; Virgen de Arboles, em Carbajales de Alba; Virgen de La Salud, em Alcañices; e Virgen de La Soledad, em Trabazos.

HA

Economia: Valor das remessas de emigrantes em 2021 representa 1,7% do PIB português

Em 2021, o valor total das remessas de emigrantes foi de 3.677,76 milhões de euros, o mais alto das últimas duas décadas e que representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) português, de acordo com o Relatório da Emigração.

Citando dados do Banco de Portugal, o relatório elaborado pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, identifica um aumento de 1,8% do valor das remessas, em relação a 2020.

A Suíça e a França continuam a ocupar as duas posições cimeiras entre os países com o valor mais elevado de remessas, sendo que “mais de metade das remessas recebidas” é proveniente destes dois países: 1.051,26 milhões de euros e 1.023,45 milhões de euros, respetivamente.

O documento identifica os países com o maior volume de transferências para Portugal, como o Reino Unido (429,38 milhões de euros), Angola (251,82 milhões), Estados Unidos da América (250,54 milhões), Alemanha (223,44 milhões), Espanha (124,44 milhões), Luxemburgo (71,85 milhões), Bélgica (58,05 milhões) e Países Baixos (44,56 milhões).

Em 2021, registou-se um aumento de 64,9 milhões de euros no valor das remessas recebidas, o que corresponde a um aumento de 1,8% em relação a 2020.

Ainda em comparação com 2020, e tendo por base a análise dos 10 países com maior volume de remessas em 2021, o relatório refere uma variação positiva em seis: Reino Unido (13,19%), Espanha (11,33%), Angola (2,56%), Estados Unidos (2,37%), Suíça (1,37%) e Países Baixos (0,20%).

Registou-se uma variação negativa nos restantes quatro países das 10 principais fontes de remessas: Luxemburgo (menos 8,35%), Bélgica (menos 1,44%), França (menos 1,27%) e Alemanha (menos 1,08%).

O Relatório da Emigração 2021 será apresentado hoje, dia 11 de janeiro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.

Fonte: Lusa