Vimioso: Município assumiu competências na área social

No âmbito da transferência de competências do governo para as autarquias, em Vimioso, o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), foi instalado no novo edifício, contíguo à Câmara Municipal, onde presta alguns serviços que anteriormente eram da responsabilidade da Segurança Social.

O município de Vimioso começou a prestar aos munícipes o Serviço de Atendimento e o Acompanhamento Social (SAAS), assim como outros serviços como os apoios às famílias e pessoas carenciadas; a atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI); os programas de conforto habitacional para pessoas idosas; e a coordenação da execução do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), entre outros serviços.

Segundo o vice-presidente do município, António Santos, a realidade social do concelho de Vimioso é marcada pelo envelhecimento da população.

“O município de Vimioso tem uma equipa constituída por técnicos de serviço social, que já estão a trabalhar nas várias localidades do concelho, para aí identificar problemas sociais, como são por vezes, as deficitárias condições de habitação. Outras vezes, alguns destes problemas são-nos transmitidos pelas freguesias locais ou por outras entidades e pessoas que conhecem as carências das pessoas”, disse.

De acordo com o autarca, os vários problemas sociais identificados são depois apresentados em reunião da Câmara Municipal de Vimioso, para aprovação ou reprovação, da concessão dos apoios sociais por parte do município.

“No caso dos apoios de âmbito habitacional é exigido previamente um projeto, feito pelos engenheiros e arquitetos do município e uma estimativa do custo da obra a realizar, antes da submissão à reunião de Câmara Municipal”, especificou.

A partir de 3 de abril, a área da ação social juntou-se a outras áreas, como a educação e a saúde, no processo de transferência de competências da Administração Central para os municípios.

“Mesmo antes da transferência de competências, o município de Vimioso já dava resposta a problemas de carência nas áreas da educação, da saúde, da habitação e da alimentação”, indicou.

Em Vimioso, o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) funciona no novo edifício da Câmara Municipal, localizado na rua 1º Conde de Vimioso.

“O município de Vimioso adquiriu duas casas que estavam em ruínas, para aí construir duas modernas instalações, destinadas ao funcionamento dos serviços municipais, entre os quais o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS)”, informou.

Com esta nova atribuição de competências da área social, o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) acordaram a transferência para os municípios de mais de 91 milhões de euros.

HA

Miranda do Douro: Município homenageou associações e personalidades do concelho

No dia 10 de julho, Dia de Cidade de Miranda do Douro, o município prestou homenagem a várias instituições e personalidades que se destacaram pelo seu contributo em diversas áreas, para o desenvolvimento e projeção do concelho.

As comemorações dos 478 anos da Cidade de Miranda do Douro decorreram na renovada Biblioteca Municipal António Maria Mourinho, onde o executivo municipal, liderado por Helena Barril, entregou medalhas de honra à Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), ao Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) e à FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote.

Em representação do Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), José Maria Pires, agradeceu o reconhecimento e a distinção do município de Miranda do Douro.

Na sua intervenção, o gestor tributário e professor universitário referiu que é importante que os três municípios, que constituem a região designada por Terra de Miranda, ou seja, os municípios de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso, devem trabalhar juntos na implementação do Plano Estratégico, elaborado pelo MCTM.

“A melhor homenagem que podem prestar à Terra de Miranda é implementar o Plano Estratégico, defender a língua mirandesa e lutar pelos direitos fiscais dos aproveitamentos hidroelétricos construídos em Miranda do Douro, Picote e Bemposta”, disse.

José Maria Pires acrescentou que quando as pessoas e instituições se juntam na defesa dos seus direitos, o poder central dá maior atenção às reivindicações da região.

No decorrer da cerimónia de homenagem às instituições e personalidades, o município de Miranda do Douro atribuiu ainda medalhas de mérito a Laura Castro, diretora regional a Cultura do Norte (DRCN); a Manuel dos Ramos Alves, músico da Associação Filarmónica Mirandesa; e aos brigadeiros-generais, António Moldão e Aquilino Torrado.

A sessão de homenagem concluiu-se com a intervenção da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, que inspirando-se nos homenageados afirmou que a projeção do concelho de Miranda do Douro é um trabalho diário e contínuo.

“Desenvolver e projetar o concelho de Miranda do Douro faz-se todos os dias, com trabalho, resiliência e dedicação, nas mais variadas profissões, desde os pastores e agricultores, aos comerciantes, professores, empresários, músicos, entre muitas outras profissões”, concluiu.
O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) foi uma das entidades homenageados no Dia da Cidade de Miranda do Douro.

HA

Sociedade: Mais de 400 mil idosos vivem em risco de pobreza

Em Portugal, mais de 400 mil idosos vivem em risco de pobreza, com um máximo de 551 euros por mês, segundo dados divulgados pela Pordata, para assinalar o Dia Mundial da População.

Segundo o estudo, para 90% das pessoas com 65 ou mais anos, a reforma ou pensão é a principal fonte de rendimento.

Nesta faixa etária, 9% das pessoas ainda exercem alguma atividade no mercado de trabalho, sendo que 240 mil pessoas trabalham ou ocupam-se na agricultura.

Os dados reunidos pela base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos mostram que há mais de 500 mil idosos a viverem sós.

Ao analisar as condições do envelhecimento, a Pordata destacou que com o aumento da esperança média de vida de uma mulher com 65 anos, apenas sete anos são de vida saudável.

Mais de metade dos séniores não pratica exercício físico e tem excesso de peso.

Em 2001, o número de pessoas com 65 ou mais anos ultrapassou o número de crianças e jovens com menos de 15 anos.

Atualmente, em Portugal, há quase duas vezes mais seniores do que crianças e jovens.

Em cada 100 residentes no país, 13 são crianças ou jovens com menos de 15 anos, 63 são pessoas em idade ativa (15-64 anos) e 24 têm 65 ou mais anos.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município e associação de língua mirandesa assinam protocolo de cooperação

O município de Miranda do Douro e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) assinaram um protocolo de cooperação destinado à execução das atividades de defesa e ensino do mirandês, no montante de 50 mil euros.

“A língua mirandesa, que faz parte do nosso património cultural comum, é o elemento diferenciador concelhio único a nível nacional, atrai ao nosso concelho inúmeros turistas, académicos, investigadores ou simples curiosos, além da população local, cada vez mais movidos pelo sentimento de orgulho e necessidade de identidade com a sua língua materna, manifestam o propósito de aprofundar o seu estudo, com benefícios para o concelho a nível cultural, económico e social”, explicou a presidente da câmara, Helena Barril.

A Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) tem por objeto a prossecução de atividades relacionadas com promoção, defesa, conhecimento, estudo, desenvolvimento e divulgação da Língua Mirandesa, cuja atividade tem sido desenvolvida dentro e fora do Concelho de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Danças dos Pauliteiros nas festividades” candidatas a património cultural imaterial

O município de Miranda do Douro submeteu a 10 de julho, Dia da Cidade, a candidatura das “Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais”, ao Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial Matriz PCI, sendo que a iniciativa é considerada um momento histórico para a cultura mirandesa.

“Trata-se de um momento histórico para a cultura mirandesa. A inscrição das ‘Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro’ no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial é um primeiro passo. Depois, se esta temática for elegível vamos trabalhar para que as Danças dos Pauliteiros de Miranda seja também inscrita no património imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ”, disse a presidente Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril.

A autarca mirandesa acrescentou ainda que este processo de inscrição das “Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro” poderá não ser tão célere como aquele que aconteceu com as “Capa de Honra Mirandesa”.

“Vamos aguardar o desenrolar de todo este processo de submissão das ‘Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro’ à matriz PCI. Para depois iniciarmos o outro trabalho da candidatura à UNESCO ”, explicou a autarca de Miranda do Douro.

A submissão da candidatura foi realizada no Dia da Cidade, 10 de julho, data em que Miranda do Douro celebrou 478 anos de elevação a cidade e sede da diocese.

Para Helder Ferreira, o coordenador deste trabalho, a submissão do pedido de Inventariação das “Danças Rituais de Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro” ao Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial, fica concluído todo um processo de investigação e inicia-se a última fase de todo este trabalho de registar “uma das mais icónicas manifestações tradicionais portuguesas”.

Já Mário Correia, investigador neste processo, indicou que, de acordo com as formulações definidoras do património cultural imaterial, contam as pessoas e as respetivas vivências comunitárias, o centro de reconhecimento das práticas culturais e do saber fazer associadas.

“As danças de pauliteiros não são elegíveis na qualidade de mera representação ou execução folclórica, mas sim como parte integrante de manifestações culturais e cerimoniais estruturadas, como são as atuações nas festas tradicionais da Terra de Miranda. Nestas festividades, as danças dos pauliteiros assumem importância coletiva pois são elementos propiciadores de coesão social e bem-estar vivencial das comunidades”, concretizou.

A origem da “Dança dos Pauliteiros” não reúne consenso entre os investigadores. Os pauliteiros de Miranda são considerados um dos ícones máximos do folclore nacional e ibérico.

“Esta terá nascido durante a idade do ferro, na Transilvânia, espalhando-se posteriormente pela Europa”, afiançam alguns.

Alguns autores, tal como o Abade de Baçal, defendem que a sua origem se deve à clássica dança pírrica guerreira dos gregos.

Este investigador, já falecido e tido como uma das maiores referências da etnografia do Nordeste Transmontano, dizia que via poucas diferenças entre esta dança e a dança dos Pauliteiros tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e a utilização da flauta pastoril.

Mas a dança dos pauliteiros manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos Suíços na Idade Média.

Os romanos seriam os responsáveis pela propagação da dança pírrica a esta região.

Fonte: Lusa

Duas Igrejas: Obra “Ferrovia em Trás-os-Montes” apresentada na antiga estação

A antiga estação ferroviária, em Duas Igrejas, foi o local da apresentação da obra de investigação “Ferrovia em Trás-os-Montes – Memória do Passado, Luta do Presente”, da autoria do engenheiro Jorge Nunes, um evento que foi inserido nos 478 anos da Cidade de Miranda do Douro.

Na apresentação da obra, Jorge Nunes, contou com a participação de Helena Barril, António Nobre e António Bárbolo.

No Domingo, dia 9 de julho, na antiga estação ferroviária de Duas Igrejas, a anfitriã do encontro, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, destacou o trajeto de Jorge Nunes, como autarca de Bragança e felicitou-o pela continuidade da sua luta cívica em prol do distrito de Bragança.

“Se para muitos de nós, o regresso do comboio a Trás-os-Montes parece uma utopia, este trabalho de investigação do engenheiro Jorge Nunes faz-nos acreditar que a ferrovia pode mesmo ser uma realidade e uma alavanca para o desenvolvimento do nosso território”, disse.

Por sua vez, o escultor natural de Sendim, José António Nobre, considerou a obra “Ferrrovia em Trás-os-Montes – Memória do Passado, Luta do Presente”, um trabalho de investigação “magnífico”, que fundamenta e aponta razões para que a região seja beneficiada com o regresso do comboio.

Já o professor, António Bárbolo Alves, optou que destacar que o trabalho do engenheiro, Jorge Nunes, é um “compromisso cívico” e “um olhar sobre o futuro”.

Na sua intervenção, o autor, António Jorge Nunes, começou por recordar que em Trás-os-Montes, a ferrovia rasgou a interioridade e criou condições para o desenvolvimento desta região.

“O processo de contrução das antigas linhas ferroviárias em Trás-os-Montes decorreu entre 1883 a 1938, E a chegada do comboio às localidades significou sair do isolamento”, indicou.

Na perspectiva do antigo autarca de Bragança, com a atual discussão do Plano Ferroviário 2030, é um imperativo que a região transmontana seja contemplada com uma linha de alta velocidade, para desenvolver o Norte de Portugal.

“A ferrovia continua a ser essencial para desenvolver as sociedades. E reivindicar a linha ferroviária para Trás-os-Montes é uma exigência para tornarmos este território mais atrativo e competitivo”, disse.

Segundo Jorge Nunes, a obra “Ferrrovia em Trás-os-Montes – Memória do Passado, Luta do Presente” é o seu contributo para que a ferrovia seja uma realidade na região transmontana.

O livro tem um custo de 25€ e a receita destina-se a apoiar uma obra social.

HA

Miranda do Douro: Dom Nuno Almeida visitou a cidade

No âmbito das comemorações dos 478 anos da Cidade de Miranda do Douro, o novo bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, visitou pela primeira vez a cidade e presidiu à celebração da eucaristia, no Domingo, dia 9 de julho, na concatedral.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, deu as boas-vindas, ao novo bispo de Bragança-Miranda.

Nesta primeira visita à cidade de Miranda do Douro, Dom Nuno Almeida, foi recebido pela presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, e juntamente com as autoridades locais participou na homenagem aos Antigos Combatentes.

De seguida, o prelado acompanhou o desfile dos estandartes e das cruzes, desde a sede da freguesia de Miranda do Douro até à concatedral, para aí presidir à Eucaristia. No início da celebração, o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, deu as boas vindas ao 45º bispo da diocese de Bragança-Miranda e deu a conhecer a oferta de uma cadeira para o prelado, feita pelo artesão de Cicouro, Moisés Fernandes.

Dirigindo-se à assembleia, Dom Nuno Almeida, agradeceu a oferta e começou por dizer que aceitou o cargo de bispo da diocese de Bragança-Miranda, como “aquele que vem para servir”.

Na homília ao Evangelho do XIV Domingo do Tempo Comum, o bispo diocesano, destacou a importância do descanso e do repouso para enfrentar a vida.

“No nosso dia-a-dia precisamos de tempos de descanso, de silêncio, de encontro com Deus. Pois só Ele nos descansa, só Ele dá resposta às nossas dores, inquietações e esperanças”, disse.

Dom Nuno Almeida referiu-se ainda à necessidade de cultivar as virtudes de Jesus, como a humildade e a serenidade.

“Para melhor enfrentar os problemas há que pedir ao Senhor, a humildade e a serenidade. E Deus certamente vai ajuda-nos a simplificar, o que parece complicado”, disse.

“No nosso dia-a-dia precisamos de tempos de descanso, de silêncio e de encontro com Deus. Pois só Ele nos descansa, só Ele dá resposta às nossas dores, inquietações e esperanças”- Dom Nuno Almeida.

Na conclusão da homília, o bispo de diocese de Bragança-Miranda dirigiu-se aos jovens e convidou-os a participar com alegria nas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.

No final da celebração religiosa, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, ofereceu a Dom Nuno Almeida, uma Capa d’ Honras Mirandesa.

Perfil

Nuno Manuel dos Santos Almieda, nasceu a 1 de agosto de 1962, em Sátão, na diocese de Viseu. Após o exame da 4ª classe ingressou no seminário de São José, em Fornos de Algodres. Concluiu o curso de Teologia, no seminário maior de Viseu, no ano letivo de 1983-1984.

Foi ordenado sacerdote no dia 19 de outubro de 1986.

Em novembro de 2015 foi nomeado bispo auxiliar de Braga, tendo recebido a ordenação episcopal a 31 de janeiro de 2016, na Sé de Braga.

A 19 de maio de 2023, o Papa Francisco nomeou Dom Nuno Almeida, como bispo da diocese de Bragança-Miranda.

HA

Miranda do Douro: Município cria guia sobre pauliteiros com recurso à Inteligência Artificial

O município de Miranda do Douro, em parceria com Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) – Terras de Trás-os-Montes e a Microsoft Portugal, desenvolveu um projeto tecnológico inovador designado GPM – Guia Prático do Município.

“Trata-se de um projeto inovador em Portugal, no qual foram utilizadas as tecnologias mais recentes de Inteligência Artificial (IA) e o ChatGpt, cujo objetivo é promover a região de Terra de Miranda no que respeita à sua cultura, património, turismo e tradições, onde esta primeira versão será subordinada ao tema Pauliteiros de Miranda”, disse Filipe Machado, um dos coordenadores desta iniciativa tecnológica e membro do CIT-Terras de Miranda.

De acordo com os promotores do projeto, esta primeira versão, dedignada por “Beta”, vai incidir nestes típicos dançadores e danças do planalto mirandês.

“Nesta versão [Beta], os objetivos é que sejam dadas respostas obtidas a partir de documentação existente e validada pelo município de Miranda do Douro, sobre o qual é gerada uma base de conhecimento que vai permitir que a inteligência artificial construa e forneça respostas restritas ao tema”, vincou Filipe Machado.

O responsável acrescentou ainda que esta tecnologia “permite, de uma forma inclusiva, que qualquer pessoa seja residente, emigrante ou estrangeiro, coloque questões e obtenha respostas no seu idioma natal utilizando a voz ou a escrita”.

“O tema Pauliteiros de Miranda, nesta versão [Beta] vai conter documentação disponibilizada pelo município para a criação de uma base de dados de conhecimento e será apenas baseado nesta informação que o programa vai dar respostas”, descreveu Filipe Machado.

O projeto será apresentado a 10 de julho, Dia da Cidade de Miranda do Douro (feriado municipal) e apenas dedicado aos Pauliteiros, podendo ser alargado a outros conteúdos de divulgação turística, cultural ou ambiental.

O município de Miranda do Douro tem em fase de preparação uma candidatura dos pauliteiros à Matriz PCI – Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

A origem da dança dos Pauliteiros não reúne consenso entre os investigadores.

“Esta terá nascido durante a idade do ferro, na Transilvânia, espalhando-se posteriormente pela Europa”, afiançam alguns. Outros autores, tal como o Abade de Baçal, defendem que a sua origem se deve à clássica dança pírrica guerreira dos gregos.

Este investigador, já falecido e tido como uma das maiores referências etnografia do Nordeste Transmontano, dizia que via poucas diferenças entre esta dança e a dos Pauliteiros. tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e a utilização da flauta pastoril.

Mas a dança dos pauliteiros manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos suíços na idade média.

Fonte: Lusa

XIV Domingo do Tempo Comum

O jugo do amor

Zac 9, 9-10 / Slm 144 (145), 1-2.8-11.13cd-14 / Rom 8, 9.11-13 / Mt 11, 25-30

Tomai sobre vós o meu jugo.

Assumir um jugo para puxar uma carroça não é o plano ideal de verão. Trabalhar ao sol, esforçando-nos por arrastar uma carga, é uma proposta pouco apetecível.

Jesus convida-nos a tomar o seu jugo, assegurando-nos que este é suave e a sua carga, leve. Que tipo de carga pode pedir o esforço máximo de dois animais, unidos por um jugo, quando é leve?

Num jugo nunca estamos sós. Quem estará ao nosso lado, senão Jesus? Ele não está sentado na carroça que puxamos, Ele não é a carga. Ele está connosco, sob o jugo. E isto deveria ser suficiente para nos descansar.

Mas Jesus sabe que não chega. E por isso diz-nos que este jugo é suave. Como pode um jugo ser suave? É suave, porque o jugo é o amor de Deus.

É Deus quem ama primeiro, é o amor quem nos junta. E todas as arestas criadas nesse jugo pelo nosso desamor foram limadas, e todas as farpas levantadas pela nossa infidelidade assumidas, todas alisadas pelo corpo de amor do Filho através da sua encarnação, paixão e ressurreição.

E que carga é esta, que se torna leve? Cuidar do outro, amar o outro, ao estilo de Jesus, com liberdade de coração. Estamos constantemente a colocar condições para amar o outro: se ele falasse mais ou falasse menos, se fosse mais disponível ou menos sôfrego, se fosse mais simpático ou menos caloroso, então conseguiria amá-lo. Este não é o estilo do nosso Deus.

Deus ama amigos e inimigos, familiares e desconhecidos, bondosos e velhacos, crentes e incréus. Ao estabelecermos requisitos para amar, ao fazermos aceção de pessoas, impomo-nos uma carga pesada. Quando amamos como Ele, tornamo-nos livres para amar. Então, cuidar dos outros não é um peso. Pode custar, mas é leve, porque nos liberta das nossas curtas medidas e cura o outro.

Arrisquemos o jugo de Jesus. Assumamos o risco da carga e experimentemos a suavidade e leveza do seu estilo de vida. Como Cristo nos promete no Evangelho, trabalhando com Ele, também com Ele descansaremos.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Portugal: Metade dos jovens afirma-se católico

Metade dos jovens portugueses afirma-se católico e indica o amor como valor principal, sendo a liberdade o mais relevante para a outra metade, revela o estudo “Jovens, Fé e Futuro”, agora apresentado.

“A maioria dos jovens diz-se religiosa (56%), sendo que 88% destes jovens afirmam ser Católicos”, indicam as conclusões do estudo.

Realizado pelo Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), da Universidade Católica Portuguesa (UCP), o inquérito foi realizado junto de 2480 jovens, entre os 14 e 30 anos, através de um questionário on-line, enviado nomeadamente a alunos de escolas e universidades, e também através de abordagens presenciais para a recolha de dados.

Na sessão de apresentação do estudo, Fernando Ilharco, que integra a equipa do CEPCEP que desenvolveu este trabalho para a Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou que a amostra é “relevante” e permite “tirar algumas conclusões para reflexão pertinentes”, mesmo não obedecendo a “critério técnicos”.

Para os jovens religiosos, o amor, o respeito e honestidade são os valores mais importantes, enquanto que os jovens não religiosos indicam que a liberdade como o valor mais relevante, considerando depois também o respeito e honestidade.

A guerra é principal preocupação dos jovens a respeito do futuro, com 63% dos inquiridos a colocar nesse problema o “principal desafio do futuro”, seguindo-se as alterações climáticas (55%) e a equidade e discriminação (54%). 

O estudo realizado no âmbito da Jornada Mundial da Juventude indica também que 18% dos jovens já se sentiram discriminados por causa da religião, nomeadamente na escola (12%) e entre amigos (11%).

Patrícia Dias, que coordenou o estudo, disse na sessão de apresentação que decorreu na UCP que esperava “um maior contraste” entre o que indicam os jovens católicos e os não católicos.

“As diferenças entre católicos e não católicos não são muito acentuados”, afirmou.

De acordo com o estudo “Jovens, Fé e Futuro”, a guerra, as alterações climáticas, a saúde e equidade e a discriminação são os temas que mais preocupam os jovens.

“Ter um trabalho que me faça feliz” é a principal condição para ter felicidade, a que se segue a capacidade de fazer escolhas, a possibilidade de contribuir para que a sociedade tenha mais equidade e não haja descriminação e ter um estilo de vida sustentável.

Em entrevista ao programa Ecclesia, emitido a 6 de julho, na RTP2, Rodrigo Queiroz e Melo, referiu que o estudo realizado pelo CEPCEP remete para uma “mensagem de esperança”, porque a “maioria dos jovens diz-se crente e católica”, interpela a juventude a “agirem mais no seu sentimento fé” e a serem “mais ativistas nas diversas causa que têm” e desafia à “necessidade de formar as pessoas na coragem da fé”.

Fonte: Ecclesia