Futsal: Vimioso sobe ao 4º lugar após reviravolta

Num dos jogos da 10ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Águia Futebol Club Vimioso, até então 6º classificado, recebeu a visita do Sporting de Moncorvo (4º) e as duas equipas proporcionaram um grande jogo de futsal, com golos e uma supreendente reviravolta no marcador.

Após estar a perder por 1-4, o Vimioso conseguiu dar a volta ao marcador e venceu por 5-4, com o golo da vitória a ser apontado por Ricardo, aos 37 minutos.

O jogo realizou-se no pavilhão multiusos de Vimioso, onde a equipa visitante entrou melhor, a pressionar alto e a atacar com mais objetividade. Aos 3 minutos, o guardião vimiosense, Chico, teve que aplicar-se para evitar o golo forasteiro.

No minuto seguinte, os moncorvenses voltaram a criar perigo num rápida incursão, com o remate final a rasar o poste da baliza vimiosense.

Perante esta toada ofensiva, os visitantes chegaram mesmo ao golo, 0-1, no decorrer do quarto minuto, através de um remate junto à linha lateral, que o guardião, Chico, não conseguiu defender.
Aos 4’30, o Moncorvo inaugurou o marcador por intermédio de Rúben Leal.

O golo deu ainda mais confiança aos moncorvenses e aos 7 minutos, através de uma recuperação de bola, obrigaram o guardião do Vimioso a defender para canto. No seguimento do pontapé de canto, os visitantes ampliaram a vantagem para 0-2, ao aproveitarem uma desatenção defensiva vimiosense.

Aos 13 minutos, o Moncorvo aproveitou toda a largura do campo e numa jogada de insistência, chegou ao 0-3, num novo remate junto à linha lateral.

A equipa do Vimioso tardou em reagir ao domínio visitante. E só aos 14 minutos é que dispôs da primeira oportunidade de golo, num passe longo de Chico para Diogo, mas o remate final foi interceptado pelo guarda-redes do Moncorvo.

A reação vimiosense foi iniciada por Pedro Diz, aos 17 minutos, num remate de longe, que reduziu a desvantagem para 1-3.

No decorrer do minuto 17, o vimiosense Pedro Diz, reduziu a desvantagem para 1-4.

Antes do intervalo, o Moncorvo voltou a aproveitar o balanceamento para o ataque do Vimioso, para noutra transição rápida fazer o 1-4.

Na segunda parte, o jogo foi diferente, com o Vimioso a não permitir os rápidos contra-ataques visitantes.

Aos 28 minutos, os vimiosenses reduziram para 2-4, por intermédio de Rafa.

Três minutos depois, Miguel Diz, aproveitou um erro defensivo adversário para fazer o 3-4.

O Moncorvo respondeu de seguida, obrigando o guarda-redes, Chico, a uma grande defesa, a dois tempos.

Aos 35 minutos, o Vimioso chegou à igualdade, 4-4, através de Diogo, na sequência de uma combinação em progressão com Rafa. O golo do empate, a cinco minutos do final, transmitiu muito ânimo aos vimiosenses, que até aí tinham estado sempre atrás no marcador.

Animados por esta espetacular recuperação, a equipa de Vimioso, acreditou que seria possível chegar à vitória. E a três minutos do fim, Ricardo, concretizou a reviravolta, ao marcar o 5-4, após assistência de Miguel Diz.

Equipas:

Águia Futebol Club Vimioso: Chico, Pedro Diz (cap.), Diogo, Rafa, Luís Gonçalves, Tiago Ventura, Sérgio Miranda, David Choupina, Ricardo, Rafael e Miguel Diz.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Foi um jogo bem disputado. Na primeira parte cometemos erros e demos três golos de avanço ao adversário. Neste período, atacamos mas tivemos dificuldade em parar as transições rápidas do adversário. Ao intervalo, disse à minha equipa que com jogando com mais concentração poderíamos dar a volta ao marcador e vencer o jogo. E assim aconteceu! Com esta vitória, provamos, uma vez mais, que jogando com atitude somos uma grande equipa!” – Bruno Sobrinho.

Sporting Clube de Moncorvo: Carlos, Bior, Leonardo, Carlitos, Rúben Leal, Asen, Rúben Eugénio, Bruno Bata, Hugo Pires, Luís Alves e Fábio.

Treinador: Ramiro Quinó

“Foi um jogo aguerrido e emocionante. Na primeira parte, estivemos muito bem e até poderíamos ter feito mais golos. Na segunda parte, os meus jogadores pensaram que o resultado estava feito e não tiveram a acutilância atacante da primeira parte. Perante esta passividade, o Vimioso acreditou sempre e conseguiu dar a volta ao marcador” – Ramiro Quinó.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Pedro Lopes

2º Árbitro: Bruno Cordeiro

Cronometrista: Miguel Ribeiro

10ª jornada – resultados

ACRD Ala4-0CSP Vila Flor
 Arnaldo Pereira (Bragança)5-1GD Sendim
 Águia FC Vimioso5-4Sp. Moncorvo
 CD Miranda Do Douro8-3Pioneiros Bragança
 Alfandeguense1-3GD Torre Dona Chama
Fonte: zerozero

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda Do Douro20106224022+18
2GD Torre Dona Chama20106223826+12
3ACRD Ala17105233626+10
4Águia FC Vimioso17105233936+3
5GD Sendim16105143133-2
6Sp. Moncorvo15104334335+8
7Arnaldo Pereira (Bragança)15104333326+7
8Pioneiros Bragança10103162938-9
9CSP Vila Flor6102083048-18
10Alfandeguense6102082049-29
Fonte: zerozero

11ª Jornada

10/02CSP Vila FlorvsArnaldo Pereira (Bragança)
 GD SendimvsÁguia FC Vimioso
 Sp. MoncorvovsCD Miranda Do Douro
 GD Torre Dona ChamavsACRD Ala
 Pioneiros BragançavsAlfandeguense
Fonte: zerozero

Política: Ministra da Coesão elogia Plano Estratégico para a Terra de Miranda

A ministra da Coesão Territorial considerou o Plano Estratégico para a Terra de Miranda, delineado pelo Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), como “uma excelente ideia” enquanto projeto-piloto para ajudar a cativar investimento e pessoas.

“Consideramos que, em sede de projeto, este plano é uma excelente ideia. No entanto, a alteração da legislação [em vigor] não é suficiente. As propostas que nos foram apresentadas, são sobretudo de alteração de fiscalização e legislação que torne o território mais atrativo para o investimento e para a fixação e atração de pessoas”, disse Ana Abrunhosa.

A ministra reuniu-se com o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) no dia 1 de fevereiro, para analisar o Plano Estratégico para o território.

O Plano foi elaborado pelo Movimento Cultural e pretende indicar soluções para inverter o despovoamento deste território fronteiriço do planalto mirandês e fomentar a discussão pública, envolvendo cidadãos e entidades públicas.

Segundo a governante, o MCTM teve a oportunidade de ouvir que é preciso criar condições para a fixação de famílias durante todo o ano e contrariar a sazonalidade de práticas agrícolas onde se incluem atividades como a apanha da azeitona e a amêndoa.

A criação de escolas profissionais para a formação em áreas como a agricultura, silvicultura e florestas, foi outros dos exemplos apresentados pela ministra para ajudar a fixar jovens no território.

O Plano Estratégico da Terra de Miranda Para a Terra de Miranda contempla sete eixos estratégicos, 38 projetos estruturantes e 203 milhões de euros de investimento.

Este Plano Estratégico conta com um contributo da sociedade civil “para um debate sobre o desenvolvimento e as causas que o impedem”, indicou MCTM, aquando da sua apresentação no final do mês de julho de 2022.

“A nossa terra perdeu dois terços da população nos últimos 60 anos, contrariando uma tendência histórica crescente em termos populacionais. É uma perda preocupante e angustiante, porque significa que nós podemos estar a aproximar-nos de um despovoamento que pode ser irreversível. O objetivo do Plano Estratégico é inverter esta tendência”, explicou José Maria Pires, um dos membros fundadores do MCTM. 

O MCTM investigou as causas do despovoamento do território do Planalto Mirandês (Miranda do Mogadouro e Vimioso) e concluiu que, além de serem ultrapassáveis, são paradoxais, porque a região tem recursos autóctones mais do que suficientes para o seu desenvolvimento.

“É a identificação destas causas e destes constrangimentos e a forma como vamos ultrapassá-los, porque eles são todos ultrapassáveis, que constituem o corpo do Plano Estratégico”, concretizou José Maria Pires, acrescentando que “o despovoamento não é um fenómeno inelutável, nem normal, mas um paradoxo, uma anormalidade que sabemos como ultrapassar”, vincava aquele membro do MCTM.

O MCTM justifica que o território do Planalto Mirandês tem recursos dos mais produtivos a nível mundial para a produção da energia hidroelétrica, conta com sete raças autóctones e 17 espécies vegetais exclusivas, e depois, acrescenta aquele movimento, a região tem uma história milenar riquíssima” e foi na zona “que se deram os primeiros passos para a formação de Portugal com os tratados de Zamora e Alcañices (Espanha), bem perto da Terra de Miranda”.

O plano é dirigido a todo o país e chama a atenção “para a falta de inteligência institucional do Estado português e da União Europeia que historicamente têm vindo a impedir que os recursos do território possam trazer prosperidade às populações”.

Este Plano Estratégico esteve em discussão pública até ao final de 2022, estando a ser elaborada uma versão final do documento.

Fonte: Lusa

Cidadania: MCTM não se restringe à luta pela cobrança dos impostos sobre as barragens

O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) afirmou que a sua luta pela cobrança dos imposto sobre a venda das seis barragens transmontanas, não se esgota na publicação do despacho do Governo sobre a cobrança do IMI.

“A nossa luta não termina aqui. Estamos decididos a fazer com que a EDP e a MOVHERA paguem os impostos devidos pela venda das barragens. Nós vamos conseguir que sejam cobrados o Imposto do Selo, o IMT e até o IRC e a Derrama devidos”, avança o movimento cívico.

Para o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), “o despacho do senhor secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que manda inscrever na matriz as barragens para cobrar o IMI devido, é um primeiro sinal de que está a valer a pena a luta que começámos há mais de dois anos”.

“Sabemos, por experiência própria, como é difícil afrontar os gigantes do setor hidrelétrico como a EDP e a MOVHERA. Alguns de nós até foram perseguidos nas suas vidas profissionais. Ainda há poucos dias, a MOVHERA teve o descaramento de suspender os apoios às associações sediadas no concelho de Miranda do Douro, só porque o município tornou pública a sua intenção de recorrer aos tribunais para cobrar os impostos que nos são devidos”, denuncia o MCTM.

Este Movimento afirma não aceitar “que empresas que beneficiam de uma proteção especial por parte do Estado e dos consumidores, esqueçam o sentido de responsabilidade social” e “enveredem por formas de planeamento fiscal que prejudicam as populações e o País”.

“A EDP e a MOVEHRA estão a tempo de arredar caminho e de mostrar o seu sentido de compromisso social. Basta que paguem os impostos que lhe vão ser liquidados. Basta que não alimentem litígios judiciais desnecessários”, vinca o MCTM em comunicado.

Também os presidentes da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, e Mogadouro, António Pimentel, se congratularam hoje com a possibilidade de haver pagamento de IMI sobre barragens, após uma luta que já dura há mais de um ano.

Helena Barril disse ainda que vai continuar “a lutar“  pela cobrança de outros tributos, como o Imposto do Selo, o Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis (IMT) ou o IRC inerentes à transação das seis barragens da bacia hidrográfica do Douro.

O presidente da Câmara de Mogadouro destacou “o papel fundamental do MCTM em todo este processo”, realçando igualmente o das duas autarquias ao terem apresentado à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) uma reclamação devidamente fundamentada a exigir o pagamento dos impostos devidos sobre a transação das barragens, como é caso do IMI e de outros impostos.

Na sequência desta diligência, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, assinou esta sexta-feira um despacho, a que a Lusa teve acesso, que avança com diretrizes para a AT fazer uma avaliação e atualização das matrizes das barragens e avançar com a cobrança do IMI deste tipo de bens.

Para o autarca social-democrata do distrito de Bragança, “este despacho é devolver o seu ao seu dono”, considerando que esta decisão do Governo já “era esperada”.

“Esta decisão tem toda a lógica. A não cobrança do IMI fundamentava-se num parecer muito antigo da Agência Portuguesa do Ambiente [APA] e que, na minha perspetiva, era tendencioso”, frisou o autarca de Mogadouro.

O despacho de Nuno Santos Félix tem em conta e segue o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), aprovado por unanimidade em 2006, determinando que “a avaliação, a inscrição e a atualização matriciais das construções respeitantes aos aproveitamentos hidroelétricos […] seja efetuada com base na natureza jurídico-patrimonial resultante do entendimento” que consta daquele parecer.

Para avançar com esta espécie de avaliação geral das barragens para efeitos de IMI, a APA terá de fornecer à AT informação sobre “as construções e edificações que constituem prédios”, com base no parecer da PGR.

O despacho do secretário de Estado dos Assuntos Ficais admite que, caso subsistam dúvidas dos serviços sobre o alcance do entendimento daquele parecer, estas poderão resultar num eventual pedido de clarificação junto da PGR, mas sublinha que tal não pode pôr em risco a cobrança do IMI, tendo por isso de se ter em conta os prazos de caducidade.

Ou seja, o esclarecimento de eventuais dúvidas terá de acautelar que “a liquidação dos impostos correspondentes, que decorram da qualificação jurídico-patrimonial decorrente daquele parecer, conquanto se verifique risco de caducidade ou de prescrição do correspondente crédito tributário”.

Desta forma, ficando o processo de avaliação concluído e sendo as liquidações de IMI efetuadas até 31 de dezembro de 2023, vai ser possível à AT reclamar o IMI relativo aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

Este despacho decorre de um requerimento de dois municípios – Miranda do Douro e Mogadouro – sobre o tratamento fiscal em sede de IMI dos equipamentos de aproveitamento hidroelétrico (barragens) e depois de o PS ter anunciado um projeto de resolução em que recomenda ao Governo que clarifique a interpretação da lei sobre cobrança de IMI a barragens.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

O negócio e a forma como a operação foi montada levaram à realização de várias audições no parlamento, com partidos da oposição a levantar várias dúvidas, nomeadamente sobre o facto de a EDP não ter pago o Imposto do Selo no valor de 110 milhões de euros.

Fonte: Lusa

Política: Autarcas esperançados com a possibilidade de ser cobrado IMI sobre as barragens

Os presidentes da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, e Mogadouro, António Pimentel, congratularam-se com a possibilidade de haver pagamento de IMI sobre barragens, após uma luta que já dura há mais de um ano.

“A perspetiva de angariarmos esta receita proveniente do Imposto Municipal sobre Imóveis [IMI] será importante para o município de Miranda do Douro e outras autarquias, para que tenhamos mais desafogo financeiro nos cofres municipais e encararmos mais projetos como exequíveis”, disse Helena Barril.

Questionada sobre a receita fiscal que pode vir a ser recebida pela autarquia de Miranda do Douro, que tem duas barragens (Miranda e Picote), a autarca social-democrata escusou-se a avançar valores.

“Os imóveis terão de ser avaliados e sobre esta avaliação será necessário perceber qual a taxa de IMI que o município poderá encaixar no futuro. Mas estou convencida de que tratar-se-á de uma receita muito significativa para os cofres da autarquia e que fará toda a diferença para o futuro do município”, vincou Helena Barril.

A autarca destacou ainda o papel importante assumido pelo Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) em todo este processo.

Helena Barril disse ainda que vai continuar “a lutar“ pela cobrança de outros tributos, como o Imposto do Selo, o Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis (IMT) ou o IRC inerentes à transação das seis barragens da bacia hidrográfica do Douro.

Também o presidente da Câmara de Mogadouro destacou “o papel fundamental do MCTM em todo este processo”, realçando igualmente o das duas autarquias ao terem apresentado à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) uma reclamação devidamente fundamentada a exigir o pagamento dos impostos devidos sobre a transação das barragens, como é caso do IMI e de outros impostos.

Na sequência desta diligência, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, assinou esta sexta-feira um despacho, a que a Lusa teve acesso, que avança com diretrizes para a AT fazer uma avaliação e atualização das matrizes das barragens e avançar com a cobrança do IMI deste tipo de bens.

Para o autarca social-democrata, “este despacho é devolver o seu ao seu dono”, considerando que esta decisão do Governo já “era esperada”.

“Esta decisão tem toda a lógica. A não cobrança do IMI fundamentava-se num parecer muito antigo da Agência Portuguesa do Ambiente [APA] e que, na minha perspetiva, era tendencioso”, frisou o autarca de Mogadouro.

O despacho de Nuno Santos Félix tem em conta e segue o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), aprovado por unanimidade em 2006, determinando que “a avaliação, a inscrição e a atualização matriciais das construções respeitantes aos aproveitamentos hidroelétricos […] seja efetuada com base na natureza jurídico-patrimonial resultante do entendimento” que consta daquele parecer.

Para avançar com esta espécie de avaliação geral das barragens para efeitos de IMI, a APA terá de fornecer à AT informação sobre “as construções e edificações que constituem prédios”, com base no parecer da PGR.

O despacho do secretário de Estado dos Assuntos Ficais admite que, caso subsistam dúvidas dos serviços sobre o alcance do entendimento daquele parecer, estas poderão resultar num eventual pedido de clarificação junto da PGR, mas sublinha que tal não pode pôr em risco a cobrança do IMI, tendo por isso de se ter em conta os prazos de caducidade.

Ou seja, o esclarecimento de eventuais dúvidas terá de acautelar que “a liquidação dos impostos correspondentes, que decorram da qualificação jurídico-patrimonial decorrente daquele parecer, conquanto se verifique risco de caducidade ou de prescrição do correspondente crédito tributário”.

Desta forma, ficando o processo de avaliação concluído e sendo as liquidações de IMI efetuadas até 31 de dezembro de 2023, vai ser possível à AT reclamar o IMI relativo aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

A possibilidade de avançar com a cobrança do IMI relativo a estes últimos quatro anos decorre do facto de se estar perante a interpretação de legislação já existente e não de uma nova lei – o que impediria a sua aplicação retroativa.

Este despacho decorre de um requerimento de dois municípios – Miranda do Douro e Mogadouro – sobre o tratamento fiscal em sede de IMI dos equipamentos de aproveitamento hidroelétrico (barragens) e depois de o PS ter anunciado um projeto de resolução em que recomenda ao Governo que clarifique a interpretação da lei sobre cobrança de IMI a barragens.

O despacho de Nuno Santos Félix, que vincula a atuação da AT, refere-se apenas ao IMI, sendo que a conjugação da legislação aponta para que quando existe lugar a liquidação de IMI, a transação dos imóveis em causa fica também sujeita a IMT e a duas verbas de Imposto do Selo (transmissão de imóveis e trespasse de concessões).

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

O negócio e a forma como a operação foi montada levaram à realização de várias audições no parlamento, com partidos da oposição a levantar várias dúvidas, nomeadamente sobre o facto de a EDP não ter pago o Imposto do Selo no valor de 110 milhões de euros.

Entretanto está em curso uma investigação criminal para perceber se a operação foi montada de forma a evitar o pagamento de impostos.

Recorde-se que na sequência do parecer da PGR, a AT concluiu que “as construções e edificações correspondentes às barragens e às instalações afetas ao centro eletroprodutor preenchem o conceito de prédio para afeitos de IMI”, devendo por isso “ser avaliados e inscritos na matriz”.

Porém, devido à elevada litigância que este entendimento gerou, em 2016 e após consulta à APA, o IMI deixou de ser cobrado por ser entendimento da APA que as barragens de utilidade pública estão inseridas no domínio público do Estado, não estando por isso sujeita ao imposto.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Fisco vai avaliar e atualizar matrizes das barragens para cobrar IMI

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai fazer uma avaliação e atualização das matrizes das barragens e avançar com a cobrança do IMI desta tipologia de bens, segundo determina um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix.

O diploma tem em conta e segue o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), aprovado por unanimidade em 2006, determinando que “a avaliação, a inscrição e a atualização matriciais das construções respeitantes aos aproveitamentos hidroelétricos (…) seja efetuada com base na natureza jurídico-patrimonial resultante do entendimento” que consta daquele parecer.

Para avançar com esta espécie de avaliação geral das barragens para efeitos de IMI, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) terá de fornecer à AT informação sobre “as construções e edificações que constituem prédios”, com base no entendimento que consta do parecer da PGR.

O despacho admite que, caso subsistam dúvidas dos serviços sobre o alcance do entendimento vertido naquele parecer, estas poderão resultar num eventual pedido de clarificação junto da PGR, mas sublinha que tal não pode pôr em risco a cobrança do IMI, tendo por isso de se ter em conta os prazos de caducidade.

Ou seja, o esclarecimento de eventuais dúvidas terá de acautelar que “a liquidação dos impostos correspondentes, que decorram da qualificação jurídico-patrimonial decorrente daquele parecer, conquanto se verifique risco de caducidade ou de prescrição do correspondente crédito tributário”.

Desta forma, ficando o processo de avaliação concluído e sendo as liquidações de IMI efetuadas até 31 de dezembro de 2023, vai ser possível à AT reclamar o IMI relativo aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

Este despacho decorre de um requerimento de dois municípios – Miranda do Douro e Mogadouro – sobre o tratamento fiscal em sede de IMI dos equipamentos de aproveitamento hidroelétrico (barragens) e depois de o PS ter anunciado um projeto de resolução em que recomenda ao Governo que clarifique a interpretação da lei sobre cobrança de IMI a barragens.

No final de janeiro, o líder parlamentar do PS afirmou que a bancada socialista quer acabar com a isenção do pagamento aos municípios por empresas detentoras de barragens, em particular a EDP.

Em declarações aos jornalistas, Eurico Brilhante Dias sustentou que a isenção no pagamento do IMI, designadamente aplicada a barragens detidas pela EDP, “não tem fundamento”.

Recorde-se que na sequência do parecer da PGR, a AT concluiu que “as construções e edificações correspondentes às barragens e às instalações afetas ao centro eletroprodutor preenchem o conceito de prédio para afeitos de IMI” devendo por isso “ser avaliados e inscritos na matriz”.

Porém, devido à elevada litigância que este entendimento gerou, em 2016 e após consulta à APA, o IMI deixou de ser cobrado por ser entendimento da APA que as barragens de utilidade pública integram o domínio público do Estado não estando por isso sujeita ao imposto.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

V DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ser luz para os outros

Is 58, 7-10 / Slm 111 (112), 4-8a.9 / 1 Cor 2, 1-5 / Mt 5, 13-16

Como podemos ser luz do mundo? O salmista diz-nos que aquele que brilha como luz nas trevas é quem reparte com largueza pelos pobres e dispõe das suas coisas com justiça, aquele que é misericordioso e compassivo. E o Senhor, através de Isaías, anima-nos a fazer a mesma coisa: a partilhar o nosso pão com o que tem fome, a nossa casa com o que se encontra sem abrigo, a dar roupa ao que não tem de vestir. Isaías resume este estilo de vida numa só frase: não voltar as costas ao seu semelhante.

Coloquemo-nos diante de Cristo, sem receios, e deixemo-nos questionar quanto aos nossos olhares e gestos, pensamentos e palavras. E mesmo que reconheçamos em nós a graça da generosidade na partilha com os que sofrem, perguntemo-nos: quantas vezes juntamos a nossa achega às cadeias de maledicência? Quantas vezes julgamos sem nos aproximarmos?

Quantas vezes deixamos os outros entregues aos demónios das suas noites, à solidão das suas decisões, afastando-nos como se nada tivéssemos a ver com a sua sorte? Desejamos ser um novo Abel, o brilho nos olhos de Deus, quando pela nossa indiferença não passamos de um eco das escolhas de Caim.

Há que derrubar o muro da indiferença. Há que cruzar a fronteira da distância. Há que viver voltados para quem nos rodeia, de sorriso nos lábios, e mais do que perguntar «precisas de alguma coisa?», devemos estar atentos e «pormo-nos a jeito» dizendo: «como ajudo?».

«Como ajudo?» é uma pergunta-luz que dissipa as trevas. É a pergunta que Deus faz todos os dias a cada um de nós, é a pergunta deste Senhor que se adianta para vir ao nosso encontro. «Como ajudo?» é a forma do coração do Pai da parábola, aquele que sai de casa ainda o seu filho está longe, e que ao chegar junto dele o cobre imediatamente com o seu amor. «Como ajudo?» é o primeirear do Papa Francisco, neologismo que introduz em Evangelii gaudium, §24.

Para descobrirmos a luz e sermos luz, para que a nossa vida brilhe no seio da noite mais escura como se fosse meio-dia, não vivamos de costas voltadas para o nosso semelhante. Cristo abriu um caminho que podemos percorrer com a ajuda do Espírito Santo, como companheiros seus, amigos seus, na sua missão de compaixão pelo mundo. Não nos demoremos pelo caminho. Arrisquemos a santidade, começando por um olhar compassivo e misericordioso como o de Jesus. Sejamos luz!

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Retábulo da Igreja de Santa Cruz foi restaurado

No dia 2 de fevereiro, aquando da festa litúrgica da Apresentação do Senhor e Dia dos Consagrados, realizou-se na igreja de Santa Cruz, em Miranda do Douro, a benção do retábulo restaurado do altar-mor, um acontecimento que mereceu elogios dada a importância do património para o turismo na cidade.

De acordo com o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, foram realizadas obras de restauro e limpeza das madeiras que compõem o retábulo-mor da igreja de Santa Cruz.

“Dado o estado de deterioração houve necessidade de restaurar, limpar e proceder à substituição de algumas peças do retábulo. No final, todo o conjunto do retábulo foi completamente pintado a ouro”, informou.

Estes trabalhos de restauro foram realizados por uma equipa de especialistas em arte sacra e tiveram um custo total de 20 mil euros. Este custo foi suportado pela paróquia, que espera contar também com o apoio do munícipio de Miranda do Douro.

Segundo o padre Manuel Marques, a preservação do património cultural e religioso assume muita importância, dado que hoje, como no passado, é através do património que a Igreja evangeliza, anuncia a fé e transmite a identidade cristã.

Por seu lado, aquando da celebração da benção do retábulo, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, sublinhou a importância do património religioso e cultural para o turismo na cidade.

“A igreja de Santa Cruz, é um dos ícones da cidade de Miranda do Douro. Este templo, é um espaço muito visitado pela população local e pelos turistas.
Se queremos continuar a ter turismo e, sobretudo, turismo de qualidade, temos de preservar o património deixado pelos nossos antepassados. Devemos dar prioridade a preservar e tornar acessível este património às pessoas”, indicou.

Em Portugal, o património religioso (arquitectura, pintura, ourivesaria, paramentaria e estatuária) está presente em muitas localidades e tem um alto valor cultural e turístico.

A igreja de Santa Cruz, em Miranda do Douro, é um edifício do estilo barroco, datado do século XVI.

O templo é constituído por uma nave única, uma capela-mor e uma sacristia retangular.

No retábulo do altar-mor, agora restaurado, está pintado o painel da Invenção da Santa Cruz.

HA




Bragança-Miranda: Administrador diocesano escreve aos consagrados

A Diocese de Bragança-Miranda está a viver a Semana do Consagrado até ao próximo dia 5 de fevereiro. Estando a Diocese a viver um momento peculiar na sua história, em sede vacante há quase 1 ano, o Administrador Diocesano, Monsenhor Adelino Paes, escreveu uma Mensagem de gratidão aos institutos de vida religiosa.

Irmãs e Irmãos Consagrados,

Na espera orante do Bispo e Pastor Diocesano, a Diocese de Bragança-Miranda saúda, felicita e manifesta toda a gratidão aos Institutos de Vida Consagrada no Dia do Consagrado/2023, este ano celebrado nas comunidades paroquiais da Unidade Pastoral Senhora da Assunção, em Vila Flor.

A presença dos vários Institutos, com os seus diversos carismas, constitui um incalculável e imprescindível testemunho escatológico do Reino de Deus presente neste território do nordeste transmontano. Como refere o Papa Francisco “onde estão os religiosos, há alegria. Sois chamados a experimentar e mostrar que Deus é capaz de preencher o nosso coração e fazer-nos felizes sem necessidade de procurar noutro lugar a nossa felicidade e que a nossa entrega total ao serviço da Igreja, das famílias, dos jovens, dos idosos, dos pobres, nos realiza como pessoas e dá sentido à nossa vida” (Carta aos Consagrados, 2014).

Neste Dia do Consagrado e Apresentação do Senhor, a festa da luz, e na mesma Carta, o Papa apela a que “não fecheis em vós mesmos, não vos deixeis asfixiar pelas pequenas questões domésticas. Estas resolver-se-ão se sairdes para ajudar os outros a resolverem os problemas deles e para lhes anunciar a Boa Nova. Encontrareis a Vida dando a vida, a esperança dando esperança e o amor, amando”.

A cada Instituto, Irmãs e Irmãos consagrados, agradecemos o modelo concreto de comunidade crente e orante que nos ofereceis. Em tudo, para todos e em todo o lugar, “sede um Evangelho aberto, onde todos possam ler Jesus Cristo” (Marta Rivier).

Rogamos ao Senhor para que continueis a ser mulheres e homens peritos e transmissores de comunhão. Como Maria e José levaram Jesus ao Templo, assim sejais vós a levar hoje aos homens e mulheres Aquele que é a luz e o Novo Templo.

Bragança, 31 de Janeiro de 2023.

Mons. Adelino Paes

Administrador Diocesano


Na Diocese de Bragança-Miranda estão presentes as seguintes congregações: o Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja (Palaçoulo, Miranda do Douro); as Carmelitas da Antiga Observância (Larinho, Torre de Moncorvo); os Marianos da Imaculada Conceição (Balsamão, Macedo de Cavaleiros); a Sociedade de S. Francisco de Sales (Mirandela); as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias (Cerejais, Alfândega da Fé); as Irmãs de S. José de Cluny (Valtorno, Vila Flor); as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado (em várias localidades) e as Irmãs da Caridade do Sagrado Coração de Jesus (Bragança).

Política: Portugal e Espanha criam rede de cooperação para desenvolver zonas de fronteira

Mais de três dezenas de entidades públicas e privadas de Portugal e de Espanha criaram uma rede de cooperação para partilha de experiências e, em conjunto, encontrarem soluções de desenvolvimento nas zonas de fronteira entre os dois países.

O documento que constituiu a REDCOT (Rede Portugal – Espanha de Cooperação Transfronteiriça) foi assinado a 1 de fevereiro no Museu dos Coches, em Lisboa, numa cerimónia “apadrinhada” pela ministra portuguesa da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e pela ministra da Política Territorial de Espanha, Isabel Rodriguez Garcia.

A rede é composta para já por 31 entidades representantes de toda a fronteira luso-espanhola e surgiu com base na Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, assinada na Guarda, em outubro de 2020, entre governantes dos dois países.

A autarca de Miranda do Douro, Helena Barril, participou no encontro como atual presidente da Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD). 

A AIMDR é uma associação hispano-portuguesa sem fins lucrativos que representa todo o território do Douro desde a sua nascente até à sua foz no Porto. Esta entidade ibérica é constituída por 56 autarquias e câmaras municipais ribeirinhas de ambos os países, mais a Confederação Hidrográfica do Douro, organismo dependente do Ministério do Meio Ambiente espanhol e foi fundada em 1994.

Segundo Helena Barril, “o objetivo desta nova Rede Portugal – Espanha de Cooperação Transfronteiriça) visa proporcionar a troca de experiências entre as entidades de modo a identificarem as áreas prioritárias onde atuar, para combater problemas comuns aos dois lados da fronteira, como as assimetrias e o despovoamento”.


Por sua vez, a ministra Ana Abrunhosa, reconheceu que a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, assinada na Guarda, em outubro de 2020, entre governantes dos dois países, continha a grande falha de ter sido “feito de cima para baixo”.

Com a criação da rede, inverte-se a situação e são as diversas associações e entidades que trabalham ao nível local que poderão contribuir e apresentar soluções e o seu exemplo para encontrar soluções de cooperação entre os dois lados da fronteira.

“O que estamos a fazer é institucionalizar algo que queremos que, no dia-a-dia, resulte em propostas concretas para que as possamos depois também alimentar com fundos, porque não faltam recursos”, disse a ministra portuguesa, salientando que a rede pode ajudar a definir as prioridades para o desenvolvimento e distribuição de fundos nas regiões transfronteiriças.

“O sucesso da nossa estratégia comum não depende só de dinheiro para financiar as nossas medidas. Obviamente que os recursos são importantes e também queremos e vamos colocar recursos para dinamizar esta rede, para que, para além do apoio político, ela também tenha meios financeiros para se reforçar e para trazer de forma institucional os seus contributos para esta estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço”, afirmou.

Ana Abrunhosa destacou que da criação da rede surgem compromissos, como o de corrigir assimetrias, de combater o isolamento das populações, “alimentar dinâmicas de crescimento” nos territórios e “de fazer desaparecer a fronteira que a pandemia [de covid-19] voltou a levantar”.

A ministra portuguesa destacou ainda diversos projetos de cooperação transfronteiriços já existentes, como o 112 transfronteiriço, um projeto-piloto de emergência em saúde no Norte, entre Portugal e Galiza, “que visa ser alargado em breve a todas as zonas transfronteiriças”.

Também destacado foi a criação, ao nível da dinâmica laboral, do Guia Prático do Trabalhador Transfronteiriço, e diversas ligações rodo e ferroviárias transfronteiriças, nomeadamente a ligação ferroviária extra de Lisboa à Corunha, que recebeu o apoio de Bruxelas.

“Queremos uma estratégia plurianual de sustentabilidade do turismo transfronteiriço, uma agenda cultural comum, a prevenção da violência doméstica e da violência contra as mulheres”, acrescentou, salientando ainda a cooperação em matéria de proteção civil.

Fonte: lusa

Miranda do Douro: Parque de estacionamento e posto zootécnico estão concluídos

Estão concluídas as obras da zona envolvente do largo do Castelo, em Miranda do Douro, um investimento de mais de 300 mil euros, que permitiu requalificar urbanisticamente o centro da cidade e disponibilizar cerca de 100 lugares de estacionamento.

Sobre esta obra, o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, informou que o projeto já estava em andamento quando o novo executivo entrou em funções, dando-lhe depois seguimento.

“Aquele terreno agrícola era privado e estando situado na zona histórica não podia ser local de construção. O espaço foi por isso requalificado, proporcionado cerca de 100 lugares de estacionamento automóvel, também para pessoas com mobilidade reduzida e um posto de carregamento de veículos elétricos”, informou.

Esta obra teve um investimento total de aproximadamente 370 mil euros, sendo que 314.428, 18 euros foram financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e 55.487,33 euros provieram de financiamento público.

O autarca adiantou ainda que o município de Miranda do Douro está em conversações com a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), para construir uma ligação do parque de estacionamento ao Largo do Castelo.

“Pretendemos ligar toda a zona histórica num círculo. Assim, pela calçada medieval pretendemos ligar o novo parque de estacionamento ao Largo do Castelo, à antiga rua do Castelo, à rua da Costanilha e ao quartel de São José”, indicou.

Outra obra municipal já concluída é a Casa do Posto Zootécnico de Miranda do Douro, localizada em Malhadas. Nesse edifício, funcionavam os serviços administrativos do Posto Zootécnico de Miranda do Douro, que foi inaugurado em 1913.

Segundo o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, o projeto de requalificação exterior deste edifício também já estava a decorrer, tendo o atual executivo acrescentado o projeto de requalificação interior.

“Atualmente, o edifício do Posto Zootécnico de Malhadas está totalmente requalificado, quer interior quer exteriormente”, informou.

Questionado sobre a futura utilidade do edifício, o autarca, adiantou que o município de Miranda do Douro pretende estabelecer um contrato de comodato ou arrendar o espaço às associações das raças autóctones locais.

Neste ano de 2023, a autarquia de Miranda do Douro adiantou que vão realizar várias obras, com destaque para a construção da zona industrial de Duas Igrejas, a requalificação do rio Fresno, a construção do pulmão do rio Fresno, a implementação em todo o concelho das “Oito mil árvores, oito mil habitantes”, a requalificação da Escola Básica de Miranda do Douro, entre outros projetos.

“No primeiro semestre vamos iniciar a parte técnica do matadouro intermunicipal. Simultaneamente, estamos a procurar outras fontes financiamento para que a despesa do município não seja tão elevada”, informou.

HA