Ambiente: Comissão de acompanhamento da seca reúne-se para debater medidas

Pela primeira vez este ano, a comissão de acompanhamento dos efeitos da seca reúne-se a 21 de abril, num momento em que metade do país está em seca meteorológica e há três albufeiras com um nível de água inferior a 15%.

A 13.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES) é presidida pelos ministros do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Em declarações públicas, o ministro já tinha admitido que poderá ser necessário aplicar medidas de contingência.

Segundo o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a situação de seca meteorológica aumentou em Portugal continental durante o mês de março, piorando na região sul. Nessa data 48% do território encontrava-se em seca meteorológica, enquanto no último dia de fevereiro a percentagem era de 28%.

De acordo com o IPMA, verificou-se um aumento da intensidade da seca meteorológica na região sul, destacando-se os distritos de Setúbal e Beja e alguns locais do sotavento algarvio, que se encontram na classe de seca severa.

A 17 de abril, o boletim semanal de albufeiras, divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente, dava conta de que três albufeiras estavam a menos de 20% da capacidade, sendo todas no sul do país: Campilhas, a 13%, e Monte da Rocha a 10%, na bacia do Sado, e Bravura a 14% na bacia das Ribeiras do Barlavento.

Com uma capacidade abaixo de 40% estavam mais quatro albufeiras.

Na quinta-feira foi divulgado o relatório do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copérnicus, “Estado do Clima Europeu 2022”, referindo que as temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente.

O Serviço sustenta que a Europa está a assistir a uma tendência ascendente do número de dias de verão com “stresse de calor forte” ou “muito forte” e no sul da Europa existe já “stresse de calor extremo”.

A Associação Nacional de Produtores de Cereais já manifestou preocupação com a situação de seca no país, apelando ao Governo para que tome “as devidas providências” para mitigar os efeitos da falta de chuva.

Fonte: Lusa

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