Vimioso: I Semana para a Saúde e Bem Estar destacou o potencial turístico das Termas

Vimioso: I Semana para a Saúde e Bem Estar destacou o potencial turístico das Termas

Concluiu-se na manhã desta sexta-feira dia 10 de junho, a I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura, uma iniciativa do município de Vimioso que teve como propósito educar a comunidade vimiosense para a promoção qualidade de vida, destacando por exemplo, os benefícios das Termas de Vimioso para a saúde.

Na manhã desta sexta-feira, o público presente no auditório da Casa da Cultura de Vimioso, teve a oportunidade de saber mais sobre a importância da saúde termal para o bem estar, através da exposição da Dra. Raquel Diz, médica de família e hidrologista nas Termas de Vimioso.

De acordo com a médica vimiosense, a prevenção desempenha um papel primordial na saúde e as termas, assim como as caminhadas ou a atividade física, desempenham um papel primordial.

“Queremos que as Termas de Vimioso sejam vistas não só como curativas, mas também como um meio de prevenção das doenças”, indicou.

A médica hidrologista relembrou os efeitos terapêuticos das águas sulfurosas das Termas de Vimioso, com benefícios para os sistemas músculo-esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

A profissional de saúde destacou ainda que as Termas de Vimioso têm um enorme potencial turístico, dado que são a única estância termal no distrito de Bragança e também na região mais próxima da vizinha Espanha.

O encerramento da I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura, esteve a cargo do presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, e na sua intervenção o autarca reiterou que o executivo continua a trabalhar para aproveitar o potencial turístico das Termas de Vimioso.

“O município de Vimioso está a adquirir os terrenos envolventes às Termas de Vimioso, de modo a criar condições para que no futuro, alguêm do setor privado posssa construir uma unidade hoteleira nas imediações da estância termal”, adiantou.

Ainda a propósito das Termas de Vimioso, Jorge Fidalgo, informou que outra pretensão do município é a de pôr em funcionamento o curso técnico-profissional em “Termalismo e Bem-Estar”, dada a contínua afluência de estudantes para realizar estágios nas termas locais.

Antes de encerrar a I Semana para a Saúde e Bem Estar- Dr. José Joaquim de Moura, que decorreu em Vimioso, de 6 a 10 de junho, Jorge Fidalgo enalteceu os 40 anos de trabalho e de serviço do saudoso Dr. José Joaquim de Moura, à população do concelho de Vimioso, entre os anos 1896 até à data da sua morte, em 1939.

HA

Atenor: Regressa a “Ronda das Adegas”

Atenor: Regressa a “Ronda das Adegas”

Nos dias 17, 18 e 19 de junho vai realizar-se a X edição da “Ronda das Adegas”, um evento organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Atenor que oferece aos visitantes um circuito de adegas, tasquinhas, artesãos ao vivo, jogos tradicionais, exposições, oficinas, teatro, animação de rua e concertos na aldeia de Atenor (Miranda do Douro).

A “Ronda das Adegas” surgiu em 2010 e ao longo dos anos o evento ganhou cada vez mais visitantes e popularidade. SegundoBarbára Fráguas, da Associação Cultural e Recreativa de Atenor, o sucesso deve-se à originalidade de implementar um conceito novo de evento no território mirandês.

“Decidimos criar um evento na zona antiga da aldeia de Atenor, onde está edificada a igreja, o lagar, o tanque comunitário e as casas tradicionais. Esta área forma um triângulo que nos permite criar um circuito de exposições, música, tasquinhas, oficinas, workshops, etc.”, explicou.

Segundo Bárbara Fráguas, alguns dos habitantes de Atenor colaboram de boa-vontade com a organização e no decorrer do evento cedem mesmo as suas casas antigas para que possam realizar-se as várias atividades.

Por outro lado, na rua há animação musical, concertos, teatro e ateliers dos antigos ofícios tais como a cestaria, a olaria, o tear, a cutelaria, a fundição do ferro, a padaria, trabalhos em madeira, produção de sabão, entre outros.

“De todas as atividades do evento, a mostra dos antigos ofícios é a mais difícil de manter, devido à idade avançada dos artesãos e à inexistência de jovens que queiram dar continuidade a estes ofícios”, disse.

O nome das “Ronda das Adegas” foi sugerido por Moisés Esteves, da associação Cultural e Recreativa de Atenor e vem da antiga tradição ir provar o vinho novo, ao mesmo tempo que se se comia algum petisco.

“O evento começou devagarinho e de ano após ano atraiu a vinda de mais visitantes, porque as pessoas gostaram do evento e acharam o programa interessante”, disse.

Na animação de rua, predominam os sons da música tradicional da gaita-de-foles, da caixa e bombo, concertina e a dança dos pauliteiros.

“Este ano, nas noites de sexta-feira e de sábado vão realizar-se dois concertos. Primeiro com o Sérgio Mirra Trio e os Folky Bal’Boa. E no sábado, sobem ao palco os Zíngarus e os Galandum Galundaina”, indicou.

Para o sucesso da “Ronda das Adegas” Bárbara Fráguas destaca ainda o trabalho voluntário das pessoas que organizam o evento, o qual é realizado com a missão de destacar o que há de genuíno e singular na Terra de Miranda.

Sobre o impacto do evento “Ronda das Adegas” na aldeia de Atenor, Bárbara Fráguas sublinhou que o povo mirandês e transmontano é acolhedor e gosta de receber a visita de pessoas.

Maria da Natividade Bernardo, tem 92 anos e vive em Atenor. Questionada sobre o sucesso da “Ronda das Adegas”, disse que gosta ver gente na aldeia e tem acompanhado o evento ao longo dos anos.

“Costuma vir muita gente de fora! E os visitantes gostam sobretudo de ver os burros, mas também da música, das casas tradicionais e da nossa gastronomia”, indicou.

Após os dois anos de interrupção por causa da pandemia, Maria Adriana Esteves também ela residente em Atenor, espressou entusiasmo pelo regressso da “Ronda das Adegas”.

“Nós, os habitantes locais ficamos muito contentes ao ver tanto movimento na aldeia!”, disse.

A “Ronda das Adegas” é um evento organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Atenor e que conta com o apoio do município de Miranda do Douro e da União de Freguesias de Sendim e Atenor.

Para além destes apoios institucionais, a organização do evento cobra um valor simbólico de entrada ao público e angaria receitas com a venda das canecas do aluguer dos espaços aos vários expositores.

A “X Ronda da Adegas” decorre nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Atenor (Miranda do Douro).

HA

Entrevista: «A primeira prioridade pôr a Associação Filarmónica Mirandesa a tocar nas festividades» – Pedro Manhonho

Entrevista: «A nossa prioridade é ver a Associação Filarmónica Mirandesa a tocar nas festividades» – Pedro Manhonho

No passado dia 6 de maio foram eleitos os novos órgãos sociais da Associação Filarmónica Mirandesa, para o triénio 2022/2024, tendo assumido a presidência desta coletividade – a mais antiga de Miranda do Douro – Pedro Manhonho, um ex-músico da banda, que pretende devolver o brilhantismo a esta associação e apostar na formação musical das crianças e jovens de modo a assegurar a continuidade e o futuro da associação.

O novo presidente da Associação Filarmónica Mirandesa, Pedro Manhonho foi músico da banda entre 1984 e 1997.

Terra de Miranda – Notícias: A Associação Filarmónica Mirandesa foi fundada em 1893 e é considerada a mais antiga coletividade do concelho de Miranda do Douro. Qual é a sua ligação a esta associação musical?

Pedro Manhonho: Entrei para a Associação Filarmónica Mirandesa em 1984 e ao longo de 13 anos participei como músico na banda filarmónica. Naquele tempo, qualquer jovem mirandês pertencia à associação. Aqui recebemos formação musical gratuita, ministrada por um mestre. As aulas eram, simultaneamente, momentos de convívio e confraternização entre nós. E depois claro, vinham as atuações nas festas, nas procissões, nas arruadas, nos peditórios e nos concertos.

T.M.N: Ao longo de 129 anos, a Associação Filarmónica Mirandesa enfrentou períodos de assinalável brilhantismo, mas também viveu preocupantes dificuldades. Pela sua experiência, quais foram os melhores momentos? E que dificuldades enfrentou a associação?

P.M: Pessoalmente, o mais gratificante foi receber continuamente o incentivo dos meus pais para aprender música e participar na banda filarmónica. Aqui aprendi a ser organizado, metódico e criativo. E ao contrário do que por vezes se pensa, a formação musical não interfere nada com os estudos. Pelo contrário, a música é um complemento importante pois dá disciplina e permite desenvolver outras capacidades. E há ainda o retorno financeiro. Recordo que foi ao tocar na Banda Filarmónica Mirandesa que ganhei o dinheiro para pagar a minha carta de condução.

“O mais gratificante foi receber continuamente o incentivo dos meus pais para aprender música e participar na banda filarmónica. Aqui aprendi a ser organizado, metódico e criativo” – Pedro Manhonho.

T.M.N.: E que dificuldades enfrentou e continua a enfrentar a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: O êxodo dos jovens para prosseguir os estudos superiores noutras localidades foi (e continuar a ser) o principal obstáculo para manter a coesão do grupo. Quando estes jovens partem, por norma, não conseguem participar nas atuações da banda, dado que estas atuações ocupam praticamente um dia inteiro. A solução para este problema é investir na formação dos mais jovens para assim assegurar a renovação contínua da banda filarmónica.

T.M.N.: Quantas pessoas integram atualmente a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Neste momento, há 23 jovens que integram a Banda Filarmónica Mirandesa. Por causa da pandemia, os ensaios e as atuações foram interrompidos. Com esta paragem forçada correu a ideia de que a banda não tinha músicos, o que não é verdade. Neste novo recomeço, temos como propósito ir às escolas do concelho apresentar o projeto “A Banda vai à Escola”.

«Neste novo recomeço, temos como propósito ir às escolas do concelho apresentar o projeto “A Banda vai à Escola”.»

T.M.N.: Em Miranda do Douro, existe também a banda musical da associação cultural Mie Miranda. Que colaboração poderá existir com a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: A Banda Filarmónica Mirandesa e esta direção, em particular, gostariam de contar com a colaboração dos músicos que hoje compõem a banda da associação cultural “Mie Miranda”. Dado que são músicos de muita qualidade, seriam uma mais valia para nós e poderiam ser de grande ajuda para dar formação e acompanhamento aos mais novos.

T.M.N.: Tendo em consideração que Miranda do Douro está a apostar muito no ensino da música tradicional, ainda haverá espaço e jovens interessados em aprender música, na Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Sou da opinião que estas duas vertentes musicais são conciliáveis. E dou o exemplo de jovens que estão a aprender música tradicional e simultaneamente pertencem e tocam na Banda Filarmónica Mirandesa. Por outro lado, também é bom dar às crianças e jovens a possibilidade de escolher o estilo musical que mais gostam.

T.M.N.: Nas atuações nas festividades, o que faz uma Banda Filarmónica?

P.M.: Num dia de festa, a nossa atuação começa com o acompanhamento dos mordomos na realização do peditório logo pela manhã. Segue-se a animação musical da Missa e a procissão. Depois realizamos habitualmente um concerto. E antigamente, havia também a tradição da banda filarmónica acompanhar a entrega da festa aos novos mordomos.

T.M.N.: Consta que nas décadas de 1980 e 1990, a Banda Filarmónica Mirandesa era muito solicitada. Era assim?

P.M.: Sim, de maio e até ao final de setembro, os fins-de-semana estavam sempre ocupados na animação das festividades. Recordo que no meu tempo de músico, para além das atuações no concelho de Miranda do Douro, chegámos a atuar em localidades como a Régua, Vilas Boas, Mirandela, Vila Flor e muitas outras localidades.

“Para além das atuações no concelho de Miranda do Douro, chegámos a atuar em localidades como a Régua, Vilas Boas, Mirandela, Vila Flor e muitas outras localidades.”

T.M.N.: As Bandas Filarmónicas têm a particularidade de juntar pessoas de todas as idades, dos mais velhos aos mais jovens. Este convívio entre gerações é uma mais-valia?

P.M.: Sim, esta intergeracionalidade é uma vantagem porque os músicos mais experientes transmitem segurança e serenidade aos mais novos.

T.M.N.: Quem vai ser o maestro da Associação Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Pretendemos que o novo maestro da Banda Filarmónica Mirandesa seja alguém com raízes em Miranda do Douro. E por várias razões: em primeiro lugar, pelo conhecimento que já tenha da associação e dos músicos. A segunda razão é a de evitar as viagens, o desgaste e por vezes os imprevistos de alguém que não seja de Miranda do Douro. E a terceira razão prende-se com o acompanhamento dos alunos, pois acreditamos que um maestro natural de Miranda do Douro, pode prestar uma melhor assistência aos alunos, dada a maior proximidade e disponibilidade.

T.M.N.: Quando pretendem iniciar os ensaios da Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Em princípio vamos começar os ensaios neste mês de junho. E seria muitíssimo bom se conseguíssemos começar as atuações no mês de agosto. Se não for possível, pelo menos queremos realizar alguns concertos na rua.

T.M.N.: Que tradições da Associação Filarmónica Mirandesa seria importante preservar?

P.M.: Uma tradição que pretendemos recuperar é o concerto que a Banda Filarmónica Mirandesa costumava oferecer na festa da cidade, no dia 10 de julho. Este concerto costumava realizar-se no coreto e depois passou para a praça D. João III. Outro propósito desta direção é organizar um encontro ibérico de Bandas Filarmónicas, aqui em Miranda do Douro.

T.M.N.: Para o triénio 2022/2024, quais são as prioridades da nova direção da Associação Filarmónica Mirandesa?

P.M.: A primeira prioridade é colocar de novo a Associação Filarmómica Mirandesa a tocar nas festividades do concelho de Miranda do Douro. Outra área prioritária é apostar na formação das crianças e jovens de todo o concelho para assegurar o futuro da associação.

T.M.N: Que outras iniciativas pretendem realizar?

P.M.: Esta nova direção pretende motivar os associados a ter uma voz ativa e a regularizar as quotas. Para fomentar esta cooperação entre todos, uma das nossas primeiras iniciativas é organizar o almoço convívio dos músicos e ex-músicos da associação, no Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Uma das nossas primeiras iniciativas é organizar o almoço convívio dos músicos e ex-músicos da associação, no Santuário de Nossa Senhora do Naso.

HA

Bragança-Miranda: Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado promovem jornada de espiritualidade eucarística

Bragança-Miranda: Servas Franciscanas promovem jornada de espiritualidade eucarística

A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado (SFRJS) promove, dia 10 de junho, a partir das 09h30, a I Jornada de Espiritualidade Eucarística que se vai realizar em Mirandela, no auditório do Centro Juvenil dos Salesianos.

Entre os temas das conferências desta jornada destacam-se: “Percurso de uma vida/Biografia da irmã Maria de São João Evangelista” (Cónego Silvério Pires); “Espiritualidade da irmã Maria de São João Evangelista” (Pedro Sinde) e “Irradiação da espiritualidade da Irmã Maria de São João Evangelista (Irmã Emília Seixas).

A partir das 15h00 horas, vão ser feitas visitas guiadas, em Pereira, ao cemitério, onde está sepultada a Irmã Maria de São João Evangelista, à igreja paroquial e ao museu da Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado.

A 10 de junho de 1982, celebrou-se a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor e nesse dia ocorreu também o falecimento de Alzira da Conceição Sobrinho que adotou como nome religioso irmã Maria de São João Evangelista.

Passados 40 anos da sua morte “o seu desiderato continua vivo e atual para a congregação que ela inspirou, para o Movimento Eucarístico de Leigos que peregrina na fé, para quantos vivem da Eucaristia, o Sacramento que é fonte e cume da vida e da missão da Igreja”.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Dr. José Joaquim de Moura dá nome ao Centro de Saúde

Vimioso: Dr. José Joaquim de Moura dá nome ao Centro de Saúde

No âmbito da I Semana para a Saúde e Bem Estar que está a decorrer em Vimioso, de 6 a 10 de junho, foi homenageado o médico, Dr. José Joaquim de Moura, que exerceu a profissão no concelho vimiosense, de 1896 até ao final da vida, destacando-se em áreas como a medicina comunitária, a higiene pública, a literacia para a saúde, os direitos de género e outros assuntos de importância social.

A I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura decorre de 6 a 10 de junho, em Vimioso.

A I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura é uma inciativa do município de Vimioso que tem como propósito transmitir conhecimentos e capacitar as instituições e a comunicade local para a promoção da saúde e a qualidade de vida no concelho.

De acordo com o autarca, Jorge Fidalgo, o município de Vimioso pretende desenvolver um plano de literacia para a saúde ao longo dos próximos quatro anos e a realização desta semana temática faz parte dessa estratégia.

“A Semana para a Saúde e Bem Estar visa dotar a população de melhores condições de saúde e qualidade de vida”, justificou.

No primeiro dia do evento, a 6 de junho, Amélia Ferraz, diretora do Museu de História da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) descreveu o percurso académico e profissional do Dr. José Joaquim de Moura.

“Após a conclusão dos estudos em medicina, este médico veio trabalhar para o concelho de Vimioso em 1896, onde se destacou pelo seu profissionalismo na assistência à população e na reivindicação por melhores condições de higiene e sanitárias”, disse.

Na exposição itinerante existente no auditório da Casa da Cultura de Vimioso, constam vários instrumentos de diagnóstico médico e instrumentos cirúrgicos pertencentes ao Dr. José Joaquim de Moura.

Na sua intervenção, o presidente da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSN), Carlos Vaz, sublinhou a importância da memória e lembrou que no século XIX, o homenageado José Joaquim de Moura terá exercido a profissão de médico em condições muito difíceis, pela falta de higiéne e de recursos médicos e humanos.

Em representação da família do Dr. José Joaquim de Moura, a intervenção esteve a cargo do neto, Jorge Maia, que agradeceu a homenagem ao avô. O busto que foi descerrado e deu nome ao Centro de Saúde de Vimioso foi da responsabilidade da família do homenageado.

Por sua vez, António Machado, natural de Vimioso, com a idade de 99 anos e que chegou a conhecer o médico agora homenageado, deu o seguinte testemunho sobre a vida e a obra do Dr. José Joaquim de Moura.

“O Dr. Moura deixou uma marca de extrema bondade em Vimioso, porque acorria a todas as pessoas sacrificando-se a si próprio”, disse.

António Machado tem 99 anos e chegou a conhecer o médico Dr. José Joaquim de Moura.

A I Semana para a Saúde e Bem Estar está a ser organizada pela delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa.

Na sua exposição, o presidente da comissão administrativa da Cruz Vermelha, Duarte Soares, traçou um retrato da realidade do concelho de Vimioso e do distrito de Bragança, chamando a atenção para a demografia dispersa, a baixa presença da juventude no território, a necessidade de trabalhar em rede e de sensibilizar a população.

“Atualmente, o maior problema de saúde neste território é o isolamento das pessoas nas aldeias”, alertou.

E para enfrentar este problema, Duarte Soares deu o exemplo da presença contínua dos jovens voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa junto das pessoas nas aldeias do distrito de Bragança.

Na tarde de terça-feira, dia 7 de junho, realizaram-se várias conferências no auditório da Casa da Cultura de Vimioso, dedicadas a temas como a saúde mental, os cuidados paliativos, a nutrição, a diabetes, a saúde pública e a orientação hospitalar.

A I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura continua a decorrer até sexta-feira, dia 10 de junho.

HA

Miranda do Douro: Ginástica nas aldeias faz bem à saúde e afasta a solidão

Miranda do Douro: Ginástica nas aldeias faz bem à saúde e afasta a solidão

Várias aldeias do concelho de Miranda do Douro, estão a receber a visita mensal de uma equipa de profissionais de saúde, que dinamiza a “Ginástica nas aldeias”, uma atividade inserida no projeto “Miranda Cumbida”, que tem como finalidades a promoção do envelhecimento ativo, a autonomia das pessoas idosas e o combate à solidão e ao isolamento.

No passado dia 2 de junho, foi a vez das populações de Vale de Mira e Duas Igrejas receberem a visita da equipa constituída pelas profissionais da clínica de fisioterapia Fisio – Martins e do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS).

Nesta visita, a fisioterapeuta, Vanda Baltazar orientou uma hora de ginástica com os habitantes locais.

“Os exercícios têm que ser adequados e adaptados à idade mais avançada destas pessoas. São por isso exercícios mais suaves, simples e intercalados com exercícios respiratórios”, explicou.

A senhora Maria, uma das participantes, disse que já participou em várias aulas de ginástica e tem também o cuidado de convidar outras pessoas da aldeia para participar nesta atividade física que assegura: “faz tanto bem”.

E de facto assim é, a atividade “Ginástica nas aldeias” para além de promover o exercício físico é também o pretexto para o encontro e o convívio entre as pessoas locais.

Neste projeto, as fisioterapeutas da Clínica Fisio – Zélia Martins, deslocam-se uma vez por mês a várias aldeias do concelho de Miranda do Douro.

De acordo com a diretora da clínica, Zélia Martins, para além da ginástica, estas profissionais também prestam serviços nos lares de Malhadas e de Picote, onde ajudam as pessoas idosas a enfrentar as lesões e doenças mais frequentes, como são as artroses e a perda de mobilidade.

“Nos lares, as fisioterapeutas têm por missão prestar cuidados de saúde que assegurem o máximo de autonomia às pessoas idosas”, indicou.

Mesmo assim, Zélia Martins diz que ainda há muita resistência aos tratamentos ministrados pelos fisioterapeutas, pois a cultura dos medicamentos está muito enraizada na mentalidade das pessoas.

“As pessoas preferem os medicamentos que apenas aliviam a dor, mas o problema mantém-se. Ao passo que, com os tratamentos de fisioterapia e o plano de exercícios a recuperação física é mais rápida e eficaz”, explicou.


A Clínica Fisio – Zélia Martins, cuja sede é em Miranda do Douro, presta ainda serviços nas especialidades de ortopedia, neurologia, psicologia clínica, terapia manual, acupuntura, podologia, nutrição, saúde da mulher e aulas práticas de ioga e pilates.

HA

Palaçoulo: Caramonico organiza passeio até à romaria da Trindade

Palaçoulo: Caramonico organiza passeio até à romaria da Trindade

No próximo dia 12 de junho vai realizar-se o XVII Passeio Pedestre “Xara em Flor”, uma atividade promovida pela nova direção da Caramonico – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Palaçoulo, com os objetivos de proporcionar aos participantes o contato com natureza, a atividade física e o convívio na romaria da Trindade.

De acordo com Jenifer Martins, presidente da Caramonico, o passeio pedestre “Xara em flor” é uma das tradições que a associação procura preservar com o intuito de promover o convívio da população de Palaçoulo com as gentes das localidades vizinhas.

«O passeio pedestre “Xara em Flor” remete para as estevas floridas que embelezam os campos nestes meses de Primavera. Para além do contato com a natureza e a atividade física, este passeio é também uma oportunidade de convívio entre as gentes das localidades de Palaçoulo, Prado Gatão, Fonte Aldeia, Sendim, Picote, Vila Chã e outras, para juntos celebrarmos a festa da Santíssima Trindade, em Fonte Aldeia”, explicou.

Os oito quilómetros de percurso entre Palaçoulo e o cabeço da Trindade, localizado em Fonte Aldeia, vão ser percorridos por caminhos rurais e a organização vai assegurar aos participantes o abastecimento de água e um reforço alimentar, a meio da caminhada.

Chegados ao cabeço da Trindade, os caminhantes vão almoçar e conviver no recinto, ao som dos gaiteiros da associação Caramonico.

Às 14h30, vai celebrar-se a Missa dedicada à Santíssima Trindade, na qual costumam participar fiéis de todas as localidades próximas.

Depois da Eucaristia, outro momento muito aguardado são as tradicionais “rondas” à volta da capela da Santíssima Trindade, em que os grupos das várias localidades realizam desfiles, ao som da música das gaitas de foles.

“Esta tradição das rondas à volta da capela da Santíssima Trindade é mais um momento de proximidade e confraternização entre as pessoas de todas as localidades”, realçou.

Ao final da tarde e terminada a romaria, os participantes no passeio “Xara em Flor” vão percorrer o caminho inverso de regresso a Palaçoulo.

A presidente da Caramonico, Jenifer Martins, informa que as inscrições para o passeio são realizadas no próprio dia 12 de junho, às 8h30 da manhã, no local de concentração: a sede da associação Caramonico, em Palaçoulo.

O preço da inscrição é de 8€ para sócios da Caramonico; 10€ para não sócios; e 5€ para crianças. O almoço está incluído neste valor.

Às pessoas que pretendam participar no passeio pedestre “Xara em Flor”, a organização recomenda que usem calçado e roupa confortável e ainda protetor solar.

O XVII passeio pedestre “Xara em Flor” é a primeira atividade organizada pela nova direção da Caramonico – Associação para o desenvolvimento Integrado de Palaçoulo, que assumiu funções no passado mês de março.

De acordo com a presidente, Jenifer Martins, a próxima atividade a desenvolver é o torneio de futebol inter-freguesias, com início marcado para o dia 2 de julho.

HA

Vimioso: Termas são frequentadas por todas as idades

Vimioso: Termas são frequentadas por todas as idades

A propósito da “I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura” que vai decorrer de 6 a 10 de junho, em Vimioso, fomos visitar as termas locais, uma moderna estância termal edificada sobre o vale do rio Angueira e que proporciona vários tratamentos e serviços de bem estar.

Os romanos terão sido os primeiros a explorar as propriedades medicinais das fontes de água termal. E mais recentemente, estas propriedades curativas começaram a ser alvo de estudos.

Investigações hidrológicas às chamadas águas da Terronha, em Vimioso, vieram comprovar os efeitos terapêuticos destas águas nos sistemas músculo-esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

Dado que atualmente há uma acentuada tendencia social para as questões de saúde e qualidade de vida, o termalismo procura acompanhar esta evolução oferecendo novos serviços e terapias de reabilitação.

As Termas de Vimioso são disso exemplo. Esta moderna estância termal está edificada sobre o vale do Rio Angueira e é envolvida pela paisagem natural da região transmontana.

De acordo com Francisco Bruçó, responsável pelas Termas de Vimioso, neste inovador espaço de saúde e bem-estar, para além das salas de massagem e relaxamento, os visitantes podem desfrutar de uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.

A época termal ou o período de tratamento decorre todos os anos, de 1 de maio até 30 de novembro.

O SPA contém 8 salas de tratamentos.

“É muito comum os médicos recomendarem aos pacientes tratamentos termais em vez dos medicamentos, para problemas como hérnias discais, problemas respiratórios ou dermatológicos. Os tratamentos duram 15 dias”, indicou.

Segundo Francisco Bruçó, os principais clientes das termas de Vimioso são pessoas naturais do concelho, assim como dos concelhos vizinhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Bragança e também de Espanha.

“As termas são frequentadas por pessoas de todas as idades: desde as crianças que vêm fazer tratamentos respiratórios, aos jovens e adultos, em particular os mais idosos”, indicou.

Paralelamente, as Termas de Vimioso desenvolvem atividades de animação termal, como é a hidroginástica, direcionada para as crianças e os jovens das escolas.

No início do decorrente ano letivo, um dos propósitos do município de Vimioso foi abrir, em parceria com o Instituto Politéncico de Bragança (IPB), um curso em “Termalismo e Bem Estar”. O objetivo era oferecer aos jovens do concelho e da região a oportunidade de trabalhar nas termas locais. No entanto, esta oferta educativa e profissionalizante ainda não foi implementada, dada a falta de candidatos para a abertura do curso, em Vimioso.

Atualmente, está a estagiar nas Termas de Vimioso, Liliana Timóteo, uma estudante natural de Vila Real que veio para Vimioso, no âmbito da parceria que as termas locais estabeleceram com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

“O curso técnico superior profissional em Termalismo é muito interessante. Iniciei um estágio que está a decorrer de 28 de fevereiro a 22 de julho”, indicou.

Segundo Francisco Bruçó, as Termas de Vimioso têm acolhido estudantes estagiários do curso de Termalismo, vindos do IPB, da UTAD e também das Caldas da Rainha.

Para dar a conhecer esta estância termal ao público, o município de Vimioso participa regularmente nas feiras dedicadas a este setor, como são a Bolsa de Turismo de Lisboa, as Feiras de Ourense e de Zamora, em Espanha, e os eventos locais e distritais.

“A nossa melhor publicidade é servir bem as pessoas que nos visitam, na esperança de que, por sua vez, elas nos publicitem junto dos seus familiares e amigos”, concluiu.

Ambiente: Águia-caçadeira está em perigo de extinção

Ambiente: Águia-caçadeira está em perigo de extinção

Ao longo de 2022 e 2023, a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural vai realizar o 1º Censo Nacional de Águia-caçadeira, uma das espécies mais ameaçadas da fauna terrestre em Portugal e que nidifica no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A águia-caçadeira (Circus pygargus) é uma ave de rapina migradora que está perigo de extinção, dado o declínio continuado e acentuado no território nacional nos últimos anos.

Segundo a Palombar, este declínio resulta de dois fatores decisivos que afetam a espécie: o corte precoce das culturas de feno em plena época reprodutora e a perda de habitat associada à redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais.

“Esta é uma das aves com maior dependência das searas por constituir o seu habitat preferencial de nidificação e de alimentação”, lê-se no comunicado.

Por esta razão, a águia-caçadeira é considerada uma espécie de conservação prioritária no país.

O censo desta espécie vai decorrer ao longo de 2022 e 2023 e está enquadrado no projeto “Searas com Biodiversidade – Salvemos a Águia-caçadeira”.

Com a realização deste Censo, prevê-se obter informação sobre a população desta espécie em Portugal.

“Este Censo é fundamental para conhecer a população nidificante desta ave de rapina no território nacional e proteger as zonas de nidificação e alimentação. Para tal, pretende-se implementar medidas agroambientais e planos de gestão do território que envolvam as comunidades locais”, indicam.

As ações de formação sobre o Censo decorreram nos parques naturais do Douro Internacional, Montesinho, Alvão e no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural é uma organização não governamental de ambiente sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção.

HA

Igreja: Escuteiros celebram 100 anos em Portugal

Igreja: Escuteiros celebram 100 anos em Portugal

Iniciativas nacionais e locais vão marcar ano do centenário do CNE sempre com o objetivo de marcar a educação das crianças com métodos «não formais»

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) iniciou a celebração dos 100 anos da sua presença em Portugal, apostados em promover o desenvolvimento integral dos jovens e das crianças, integrados no seu tempo e com os desafios atuais.

“O objetivo do escutismo é contribuir para que os nossos jovens sejam, cada vez mais, cidadãos ativos nas suas comunidades, agentes de transformação na sua sociedade, através da comunidade onde conseguem tocar e influenciar. Não num futuro longínquo, não quando forem adultos, mas no já e no agora. É uma atitude construtiva, de crescimento para que o jovem e a criança possam, cada vez mais, ser responsáveis por tudo o que os rodeia”, indicou à agência ECCLESIA o chefe nacional do CNE Ivo Faria.

O responsável fala do exemplo das novas tecnologias que procuram que sejam utilizadas pelas novas gerações como forma de os ajudar a estar no mundo e de forma consciente, tal como realizado há 120 anos atrás, quando Baden Powell deu início ao escutismo, utilizando as tecnologias que estavam disponíveis.

“No ACANAC vamos, pela primeira vez, introduzir uma aplicação digital, para que os grupos possam interagir uns com os outros, com o programa, fazer as suas escolhas, possam dar-nos feedback sobre o que está a ser a sua avaliação na hora das atividades. Tudo através de uma aplicação que vai ajudar a reduzir o papel, por exemplo”, reconhece.

O CNE promoveu hoje a cerimónia do 99.º Aniversário, em Lisboa, iniciando as comemorações da sua presença em Portugal; o ano vai privilegiar o acampamento nacional (ACANAC), em agosto, também a iniciativa «A paz de Belém», no final do ano em Fátima, e um fim de semana em Braga, local onde o CNE começou.

Ivo Faria destaca, no entanto, que a celebração maior acontece quotidianamente entre os escuteiros nas atividades locais: “Isso é que conta a história dos 100 anos de atividade, o que acontece todos os dias a nível local”.

O responsável reconhece que a capacidade de “envolver as crianças e jovens nas atividades, escolhas e vivências diárias”, continua a ser “chave do sucesso”, bem como a o diálogo intergeracional que coloca em relação as crianças e os jovens com os adultos, apresentando-se como “irmãos mais velhos”.

“Ajudam, interferem o mínimo possível nas atividades, mas criam um ambiente seguro para que a criança e o jovem possa desenvolver as suas atividades. É nesta partilha de experiências, de caminhada que o adulto contribui de forma tão decisiva para o desenvolvimento da criança e do jovem”, reconhece.

Ivo Faria sublinha ainda que o método usado por Baden Powell, que fundou o escutismo há 120 anos, continua a fazer sentido, uma vez que têm conseguido adaptar-se às pessoas em cada contexto.

“O nosso agir pedagógico é da educação não formal. Acreditamos que os jovens e crianças são capazes de se desenvolver através de atividades em que são o principal agente do seu desenvolvimento. Não temos uma relação de professor aluno, uma relação informação baseada nos contactos e nas relações que se estabelecem entre as pessoas, mas uma pedagogia não formal feita através da experiência, da ação, da atividade em que os jovens se envolvem eles próprios”, explica.

Também a educação para o respeito pelo meio ambiente e para a ecologia está no centro das propostas do CNE, que privilegia “a vida ao ar livre, a vida na natureza, a descoberta no Deus criador, através ambiente que rodeia”.

“Hoje fala-se tanto em sustentabilidade e alterações climáticas e o escutismo é campo muito fértil para que todos estes conceitos e práticas sejam facilmente absorvidos pelos jovens e crianças”, afirma.

Os escuteiros católicos esperam que o centenário possa ajudar a uma maior divulgação da proposta de desenvolvimento das crianças e dos jovens, inclusiva, ajudando “a construir uma nova Igreja, onde o jovem é cada vez mais chamado a tomar parte na construção de um mundo mais fraterno e justo”.

Fonte: Ecclesia