Santulhão: Feira do Azeite projetou a localidade e os seus produtos

Santulhão: Feira do Azeite projetou a localidade e os seus produtos

No fim-de-semana de 1 e 2 de junho, o Centro de Promoção dos Produtos Locais e Tradições de Santulhão voltou a ser o local de encontro das gentes e de promoção de produtos, como o azeite e o seu uso diversificado na gastronomia, como mostraram os chefs António Boia e Manuel Boia.

O Chef de cozinha, António Boia, natural de Santulhão, ministrou um showcooking dedicado ao azeite.

Entre o público que visitou a II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, destaque para a visita do grupo da Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta. A coordenadora do grupo, Hortense Manuela, justificou a vinda até Santulhão, com o convite endereçado pelo presidente da freguesia, Jorge Gonçalves.

“Foi um convite que abraçámos com muito gosto. As viagens e os convívios são muito apreciados pelas pessoas inscritas na Universidade Sénior. Na II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana tivemos a oportunidade de participar na caminhada interpretativa, através da qual pudemos conhecer e admirar a flora e fauna locais”, disse.

Na visita à feira e aos expositores de produtos locais, os visitantes de Freixo de Espada à Cinta, aproveitaram para comprar pão, chouriças e mel.

“É sempre bom viajar e ver o que se faz noutros concelhos vizinhos”, disse.

Nesta visita a Santulhão, a Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta teve ainda a oportunidade de acompanhar o showcooking, realizado pelos chefs, António Boia e Manuel Boia, dedicado à confecção de pratos gastronómicos com azeite.

A atividade gastronómica foi um dos momentos mais apreciados, dada a grande interação que os conceituados mestres de cozinha estabeleceram com o público, dando a provar as suas iguarias, como o pão de azeite, o bacalhau à Brás ou a gelatina de azeite.

Maria dos Santos, da localidade de Talhas, veio pela primeira vez à Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana. No certame, a visitante aproveitou para comprar pão, chouriças, queijo de cabra e a doçaria tradicional.

Por sua vez, o casal, Adrião Alves e Laura Martins, naturais de Santulhão, que compararam queijo, mel e manjericos, expressaram mútua satisfação pela organização desta feira de produtos locais.

“Este é apenas o segundo ano da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, pelo que é um evento que está a dar os primeiros passos. O Centro de Promoção dos Produtos Locais e Tradições de Santulhão é um espaço muito funcional e acolhedor. Futuramente, quando a zona envolvente estiver concluída, a feira vai ser ainda melhor”, disseram.

Do lado dos expositores, César Rodrigues, produtor de queijo de cabra biológico, cujas vendas são sobretudo para as lojas gourmet, justificou a sua participação na feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, para dar a conhecer os seus vários produtos: queijo de cabra fresco, curado, maturado, requeijão e iogurte.

Por sua vez, o produtor do azeite “Sant’llana”, José Lopes, explicou que a mais-valia do seu produto resulta do cuidado empregue desde a apanha e seleção da azeitona, passando pelo transporte até à extração que é realizada no lagar de Santulhão.

Segundo este produtor, o azeite é proveniente da variedade de azeitona santulhana, caraterística desta região, que depois é comercializado para restaurantes e espaços comerciais nos grandes centros urbanos, como o mercado do Bolhão, no Porto.

“A realização desta feira dá maior visibilidade a Santulhão e aos nossos produtos, com destaque para o azeite e consequentemente gera mais movimento na localidade”, sublinhou.

No decorrer da II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, o presidente da freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, realçou que a par da promoção dos produtos locais, outro dos objetivos do certame foi o de incentivar o contato com a natureza.

“No programa da feira organizámos o curso de fotografia na natureza, a caminhada interpretativa, o passeio pedestre e o passeio BTT, atividades que visam proporcionar ao público este contato com a natureza envolvente”, destacou.

Ao longo do fim-de-semana, de 1 e 2 de junho, o certame em Santulhão ofereceu ainda outras atividades como o XXII Festival de Música Tradicional Celta, o desfile de carros clássicos, os jogos tradicionais e a constante animação musical, protagonizada por vários grupos tradicionais.

A II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana foi coorganizada pela Freguesia de Santulhão e o Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS). O certame contou com o apoio do município de Vimioso e a colaboração das associações AEPGA, da Palombar e Associação de Ciclismo de Bragança e da Freguesia de Matela.

HA

Migrações: Governo apresenta plano com regras mais apertadas

Migrações: Governo apresenta plano com regras mais apertadas

O Governo apresenta a 3 de junho o plano para as migrações, com regras mais apertadas, com uma estratégia para atrair quadros qualificados e um tratamento diferenciado para os lusófonos.

António Leitão Amaro tem criticado a atual lei de estrangeiros, que permite a regularização em Portugal de quem chega com visto de turista, através da manifestação de interesse e a falta de infraestruturas de acolhimento adequadas.

“A política migratória é dos grandes falhanços do Governo anterior” e “das heranças mais pesadas que recebemos”, afirmou, em entrevista ao Diário de Notícias e TSF, criticando as “opções erradas de leis e regras de entrada e de regularização em Portugal, mas também pelo colapso das instituições, resultado das escolhas e do processo de extinção do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).

O SEF e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) foram extintos em outubro de 2023, dando lugar à recém-criada Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Após uma reunião com deputados, Leitão Amaro já tinha prometido rever o modelo institucional de gestão das migrações em Portugal.

“Portugal tinha uma instituição, a instituição foi eliminada, os seus recursos humanos foram distribuídos por várias instituições”, uma decisão criticada por vários partidos e organizações, afirmou aos jornalistas o ministro, prometendo que as novas medidas incluirão uma “correção também no domínio institucional”, sem se comprometer com a manutenção da AIMA.

Em 2023, Portugal processou perto de 180 mil regularizações de imigrantes, mas ainda há 400 mil pendências, “incluindo manifestações de interesse para a primeira autorização de residência, pedidos de reagrupamento familiar, pedidos de vistos, renovação de vistos ou das autorizações de residência, processos dos vistos dos cidadãos da CPLP [Comunidade dos Países e Língua Oficial Portuguesa]”.

Entre esses candidatos, muitos terão já saído do território nacional por falta de resposta do Estado.

A AIMA recebe uma média de cinco mil processos por semana e tem uma capacidade de resposta inferior a metade desse número.

Fonte: Lusa

Europeias: BE veio até Atenor para salientar que “não há voto desperdiçado”

Europeias: BE veio até Atenor para salientar que “não há voto desperdiçado”

A bloquista Catarina Martins veio até Atenor, no concelho de Miranda do Douro, para salientar que “não há voto desperdiçado” nas eleições europeias e reencontrou o burro Tó, amigo apadrinhado há 19 anos.

À entrada da aldeia de Antenor há uma pequena paragem de autocarro dá as boas-vindas aos que por ali passam e os seus desenhos remetem para um dos patrimónios da região: o burro de Miranda.

Mais adiante, está localizado o Centro de Valorização do Burro de Miranda, da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), um verdadeiro santuário para esta raça autóctone, onde vivem cerca de 60 burros.

Neste local, longe dos principais centros citadinos, Catarina Martins, acompanhada do número dois às eleições europeias, José Gusmão, lembrou que “o nordeste transmontano é Europa”.

“Nas eleições europeias não há voto desperdiçado. Aqui toda a gente vota para o mesmo círculo eleitoral e, portanto, quem está aqui no planalto mirandês e que muitas vezes até se sentiu esquecido, aqui como no resto do interior, saibam que nas europeias é um círculo único e todos os votos contam para eleger quem possa representar estes projetos”, defendeu.

A candidata ao Parlamento Europeu realçou que associações como esta “dão emprego nesta zona a veterinários, biólogos, linguistas e pessoas das mais variadas áreas, da Cultura e da Ciência” e defendeu que “se há algo que os fundos europeus devem fazer pelo território português é precisamente o investimento nestes projetos”.

Rodeada de burros, Catarina Martins perguntou por um em particular, o Tó, apadrinhado pela bloquista e família há 19 anos. Entre vários burros mirandeses, cuja esperança média de vida ronda os 27 anos, Catarina encontrou o Tó, que apesar de não ser um típico burro de Miranda, é “muito especial” e ajuda em várias tarefas da associação.

Em 2001, quando a associação surgiu, a média de nascimentos de burros de Miranda era de 10 por ano e agora já está nos 100, contudo, a raça continua em risco uma vez que ainda existem menos de mil fêmeas reprodutoras.

Miguel Nóvoa, um dos responsáveis, salientou a importância do burro para ajudar a manter as pastagens limpas, realçando o seu papel na redução do risco de incêndio em zonas como lameiros.

“Às vezes fala-se dos projetos europeus e dos fundos europeus como uns milhões que chegam num instante e faz-se um negócio qualquer de betão que depois de inaugurado não se sabe muito bem o que fazer com ele. Nós propormos outra forma de olhar para os fundos europeus: que sejam sobretudo para projetos como este”, defendeu Catarina Martins.

Uma das responsáveis da associação, Joana Braga, realçou também que, além do burro de Miranda, muitos dos ofícios associados ao cuidado e uso destes animais estão também em extinção ou já extintos, como ferradores ou tecedeiras, esperando que os mais jovens ganhem gradualmente mais interesse neste tipo de profissões.

A promessa de defender mais investimento para este tipo de projetos ficou feita e a caravana do BE seguiu viagem.

Enquanto as fêmeas e machos esterilizados conviviam alegremente, ao longe, o macho “garanhão”, o “Granjinho”, queixava-se. Este macho reprodutor vive isolado para evitar confrontos com os restantes burros: um sacrifício feito durante um ano por um burro para preservar toda uma raça.

Fonte: Lusa

Europeias: Presidente da República elogia a adesão dos portugueses ao voto antecipado

Europeias: Presidente da República elogiou a adesão dos portugueses ao voto antecipado

Nas eleições para o Parlamento Europeu, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a adesão dos portugueses ao voto antecipado, uma solução que, considerou, facilita muito a vida das pessoas.

“É uma resposta muito boa dos portugueses este voto antecipado. Aumentou o número em 20%, vamos ver se aparecem mesmo, mas o dia está bom por todo o território nacional, mesmo nas regiões autónomas, o que significa que não há razão para não comparecerem. Isto facilita a vida a muitos portugueses”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ter exercido o voto antecipado em Celorico de Basto, no distrito de Braga.

Falando aos jornalistas, à saída do centro escolar da vila, o chefe do Estado sublinhou que, no seu caso, o voto antecipado se deveu ao facto de ter de estar nas comemorações do 10 de Junho. 

“No meu caso, como tenho de estar no 10 de junho, que começa no dia 8, portanto, no dia 9, era impossível estar a vir lá de baixo aqui acima votar”, anotou, observado que, para “muitos portugueses, que têm a sua vida pessoal, profissional, é uma maneira de ficarem com o dever cumprido”.

“É uma grande vantagem contra a abstenção”, prosseguiu, recordando que recentemente, nas eleições legislativas, baixou significativamente a abstenção.

“Estamos todos muito entusiasmados, porque nas eleições legislativas a abstenção caiu a pique, o que ninguém esperava, muito devido aos jovens. Mas, em geral, houve de facto uma percentagem a que não se assistia há décadas na democracia”, assentou aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que “daqui a uma semana [dia das eleições para o Parlamento Europeu] seja possível baixar, em relação a 2019, a taxa de abstenção”.

Para o Presidente da República, “tudo o que seja criar estímulos e incentivos para que as pessoas votem, este é um, o voto antecipado”.

Comentando a campanha eleitoral que esta a decorrer, considerou que tem proporcionado mais debates e maior participação mediática, estando a ser “a mais completa em temas”.

“Não houve praticamente nenhum tema mundial, europeu e até nacional relacionável com as eleições para o Parlamento Europeu que não tenha sido tratado de uma forma ou de outra”, concluiu.

Fonte: Lusa

Vimioso: Projeto NatuRural Heritage promove conservação do património rural e natural

Vimioso: Projeto NatuRural Heritage promove conservação do património rural e natural

A Associação Palombar, com sede em Vimioso, desenvolveu o projeto NatuRural Heritage, que tem como objetivos promover o restauro e a conservação do património rural e natural, de aldeias do Nordeste Transmontano.

Este projeto está centrado na realização de campos de trabalho voluntário internacionais (CTVI), com vista a promover o restauro de edificados da arquitetura vernacular associados às comunidades rurais e a conservação da natureza, bem como na promoção de prospeções arqueológicas, com o objetivo de contribuir para a investigação e descoberta do património material local ancestral. O projeto é desenvolvido com o apoio do Município de Vimoso, Município de Miranda do Douro, da associação francesa Rempart, da Frauga e da Obra Kolping Portugal. 

O projeto é financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade (CES) da União Europeia (UE), foi aprovado em maio de 2023, e será implementado durante o ano de 2024.

Adicionalmente, este projeto pretende promover a dinamização do mundo rural, a descoberta do território e da sua riqueza natural, patrimonial, cultural e humana, bem como a partilha intergeracional de experiências e conhecimento.

As ações do projeto terão lugar nas aldeias transmontanas de Uva, no concelho de Vimioso, e de Picote, no concelho de Miranda do Douro, e incluem a realização de três campos de trabalho voluntário internacionais: 64.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Reconstrução de um pombal tradicional | Uva, 15 a 29 de julho de 2024; 65.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Escavação Arqueológica | Picote, 12 a 26 de agosto de 2024 e 66.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Escavação Arqueológica | Picote, 2 a 16 de setembro de 2024.

O primeiro campo de trabalho tem como objetivo promover o restauro de um pombal tradicional, com vista a preservar este edificado vernacular, bem como disseminar as técnicas tradicionais de construção usadas para erigir este património rural, transmitidas ao longo de gerações, em perfeita simbiose com o meio ambiente. Já os campos de trabalho direcionados para as prospeções arqueológicas visam dar continuidade aos trabalhos arqueológicos já desenvolvidos na aldeia de Picote pela Universidade do Porto, e agora integrados num projeto do Município de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Picote e Palombar, na zona da “Casa Romana”, com o propósito de musealização da área.

“As atividades de voluntariado dos CTVI têm impacto a diferentes níveis: localmente, na vida da comunidade onde se realizam as ações, rompendo o isolamento, aumentando os encontros e intercâmbios intergeracionais e contribuindo positivamente para o bem-estar da população; a nível regional, promovem o património rural – cultural, natural, arquitetónico e arqueológico -, bem como o comércio local e regional; a nível nacional, oferecem oportunidades para os jovens participarem em projetos multiculturais dentro do próprio país e instigam a participação cívica na preservação do seu próprio património natural e cultural e, a nível europeu, contribuem para o intercâmbio, a interação e a cooperação entre os jovens”, destaca Sara Freire, técnica de ecoturismo e educação ambiental e coordenadora do projeto.

Fonte: Palombar

Descanso!

IX Domingo do Tempo Comum

Descanso!

Deut 5, 12-15 / Slm 80 (81), 3-8a.10-11b / 2 Cor 4, 6-11 / Mc 2, 23 – 3, 6 ou 2, 23-28

«Bendito seja quem inventou o descanso», diz o povo. Curiosamente, foi Deus quem o inventou, ao descansar no sétimo dia. E não só o inventou, como pede a Israel que descanse e faça descansar, que poupe outros ao trabalho.

Por comodismo – ou porque rendidos à lógica do consumo – estes dias de descanso, de ócio partilhado, parecem ter-se perdido. Há sempre algo que fazer e exigimos uma quantidade de serviços que nos ajudem a descansar. Perdemos a noção deste santo descanso, uma das grandes originalidades da religião judaica, da qual somos herdeiros. E, ao perdê-lo de vista, somos nós quem se perde no frenesim da atividade.

No Evangelho deste domingo, assistimos à polémica causada pelos discípulos de Jesus ao colherem espigas num sábado para se alimentar. Esta violação da lei não passa despercebida aos fariseus. Estes rapidamente questionam Jesus, que lhes responde: «o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado».

A resposta de Jesus, sem colocar em causa a sabedoria, bondade e importância da lei, aponta o essencial: a lei foi oferecida pelo Senhor para que o homem floresça, não para que ele viva refém dela. Jesus não vem abolir a Lei, mas cumpri-la plenamente, apontando a sua razão de ser, mostrando que esta não é amarra, mas caminho de libertação.

Nós gostamos de regras. E precisamos de clareza nas normas que regem as nossas vidas. Contudo, tendemos a esquecer que estas não existem para si mesmas, mas sim para promover e proteger a Humanidade. Nós precisamos dos mandamentos e dos demais preceitos da lei de Deus para que se lance luz sobre possíveis enganos das nossas vidas. Mas obedecer cegamente à lei é feri-la de morte.

Deus convida-nos a segui-lo, a ir com Ele pelos caminhos, a viver como Ele. No centro da nossa fé está a relação com uma pessoa, o Filho de Deus. E é a esta luz, como comunidade que partilha vida, que tudo pode ser visto. E para vermos bem, há que regressar ao descanso, ao dia santo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Vivaldi e Boccherini na concatedral

Miranda do Douro: Vivaldi e Boccherini na concatedral

O ciclo de “Concertos no Património”, organizados pela Associação de Municípios do Douro Superior, prossegue no sábado, dia 1 de junho, às 21h30, com um concerto de Vivaldi e Boccherini, na concatedral de Miranda do Douro.

O espetáculo musical vai ser interpretado pelo Quinteto de Cordas, da Ópera na Academia e na Cidade(OAC), uma associação sem fins lucrativos, que tem como missão proporcionar concertos e espetáculos de elevado padrão artístico, a comunidades situadas fora dos grandes centros urbanos.

Os cinco músicos: Sérgio Cunha (guitarra), Inês Pinho (soprano), Filipa Teixeira (soprano), Maria João Ribeiro (mezzo-Soprano), Ana Santos (mezzo-Soprano), sob a direção musical de José Ferreira Lobo, vão interpretar temas dos compositores italianos, Vivaldi e Boccherini.

De acordo com o município de Miranda do Douro, a entrada para o concerto é gratuita.

O espetáculo faz parte do “Roteiro Cultural do Património e dos Poetas do Douro Superior”, que tem como finalidade promover o património existente nestes municípios, através da realização de eventos culturais.

A Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) é constituída pelos municípios de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

HA

Urrós: Prossegue a Festa da Terra e dos Gaiteiros

Urrós: Prossegue a Festa da Terra e dos Gaiteiros

No fim-de-semana de 1 e 2 de junho, a aldeia de Urrós, no concelho de Mogadouro, continua a promover a Festa da Terra e dos Gaiteiros, na qual são esperados cerca de centena de tocadores de gaita-de-foles e outros instrumentos tradicionais, informou o presidente da Junta de Freguesia.

A festa desta localidade do concelho de Mogadouro decorre nos fins de semana de 30 e 31 de maio e 1 e 2 de junho, numa iniciativa que pretende homenagear José Maria Fernandes, um dos gaiteiros mais antigos do país ainda em atividade.

“O senhor José Maria Fernandes é o segundo gaiteiro com mais idade no país e um dos tocadores que motivou muitos jovens da região a aprender a tradicional gaita-de-foles do Planalto Mirandês. Trata-se de uma homenagem mais que justa”, disse Carlos Alves.

Para além da festa das gaitas, o evento contará com um mercado tradicional que pretende promover os produtos endógenos do território raiano do Douro Internacional e onde está prevista a presença de duas dezenas de expositores.

Fonte: Lusa

Vitivinicultura: Vinhos das Arribas do Douro mostram-se em Madrid

Vitivinicultura: Vinhos das Arribas do Douro mostram-se em Madrid

Uma dezena de produtores das Arribas do Douro vai dar a conhecer os vinhos produzidos neste território, numa mostra em Madrid (Espanha).

A ideia desta iniciativa é dar a conhecer os vinhos das Arribas do Douro, que integra a área protegida do Douro Internacional, e assim demonstrar que esta região não tem fronteira ao nível da produção de vinho de qualidade.

“Temos as mesmas tradições seculares, uma vinificação minimalista, viticultura sustentável e castas tradicionais em ambos os lados da fronteira, aliados aos saberes ancestrais comuns aos dois territórios ibéricos”, explicou Frederico Machado, viticultor com produção na aldeia raiana de Bemposta, no concelho de Mogadouro.

Na mostra em Madrid (Espanha) vão participar três produtores das Arribas do Douro:

  • Arribas Wine Company (Bemposta, Mogadouro)
  • Casa do Joa (Parada, Bragança)
  • Picotes Wines (Sendim, Miranda do Douro)

Estes produtores estão a preparar também uma mostra de vinhos em Lisboa, em data a anunciar.

Fonte: Lusa

Saúde: Governo vai abrir mais de 900 vagas para médicos de família

Saúde: Governo vai abrir mais de 900 vagas para médicos de família

O Governo vai abrir mais de 900 vagas para médicos de família e está a desenvolver um modelo de incentivos para os médicos que ultrapassam as 150 horas obrigatórias por lei nas urgências, anunciou a ministra da Saúde.

Ana Paula Martins avançou na conferência de imprensa de apresentação do Plano de Emergência e Transformação na Saúde que foi aprovado na generalidade um decreto-lei que abre mais de 900 vagas para médicos de família em todo o país, adiantando que só em Lisboa e Vale do Tejo são 400 vagas.

A governante disse que é preciso ouvir os sindicatos representativos dos médicos sobre esta matéria, mas realçou a importância de atrair estes profissionais para os centros de saúde modelo B, para se juntarem às equipas.

As 900 vagas são quase 40% acima das vagas dos recém-especialistas, referiu, explicando que o facto de haver “tantas vagas este ano” se deve a serem distribuídas pelo país.

“Quisemos dar a possibilidade a todos os médicos de medicina geral e familiar de poderem escolher exatamente as zonas onde que se querem instalar para fazer o seu projeto de vida”, disse, acrescentando que estas vagas também podem atrair alguns médicos que, por razões diversas, deixaram o SNS e que “podem ver agora atração nestes novos centros de saúde, modelo B, que têm condições remuneratórias muito diferentes”.

Apesar deste número de vagas, a ministra considerou que ainda “não são suficientes”, havendo, por esta razão, uma bolsa de médicos convencionados que já tem “bastantes disponíveis”, além de acordos estabelecidos com o setor social.

Questionada se o facto de muitos médicos já ter ultrapassado o limite de 150 horas extraordinárias poderá atrapalhar a concretização do plano, a governante avançou que o Governo está a criar um sistema de incentivos que “tem algumas semelhanças com alguns sistemas” que já existiram, nomeadamente um pagamento adicional a partir de um determinado volume de horas.

“Não podemos obrigar as pessoas a fazer mais horas do que aquilo que elas se sentem capazes de dar, mas se tiverem essa vontade e se tiverem essa possibilidade” estão a ser estudadas “outras formas inovadoras” de os poder remunerar, disse, anunciado que nas próximas semanas terão uma solução para apresentar aos médicos e enfermeiros, que são “uma situação diferente, mas que também fazem parte das equipas”.

Relativamente às urgências, a governante disse que a prioridade é conseguir “tratar as verdadeiras urgências”, adiantando que há utentes que podem ser atendidos em estruturas que são “centros de resposta mais rápida, menos complexa, com meios complementares de diagnóstico e que podem, de facto, evitar que haja muitos tempos de espera nas urgências dos hospitais, sobretudo dos hospitais de fim de linha e com mais complexidade”.

Nesse sentido, o Governo vai criar centros de atendimento clínico para responder às situações que não são consideradas urgências, mas que precisam de ser atendidas em horas onde os centros de saúde já não estão disponíveis porque já completaram os médicos o seu horário de trabalho.

Além disso vai ser implementada a consulta do dia seguinte, que já existe, mas que o Governo, através das unidades locais de saúde, quer intensificar ao nível dos cuidados de saúde primários

Lembrando que há mais de 1,7 milhões de utentes sem médico de família, a ministra reiterou que o objetivo é que todos os residentes em Portugal tenham esse acesso, mas ressalvou que “é uma medida para toda a legislatura”.

“Esta é a medida mais difícil de todas as medidas que aqui temos e todos sabemos a dificuldade que é efetivamente conseguir cada vez mais a atrair os jovens médicos”, referiu.

Fonte: Lusa