Vimioso: Projeto NatuRural Heritage promove conservação do património rural e natural
A Associação Palombar, com sede em Vimioso, desenvolveu o projeto NatuRural Heritage, que tem como objetivos promover o restauro e a conservação do património rural e natural, de aldeias do Nordeste Transmontano.
Este projeto está centrado na realização de campos de trabalho voluntário internacionais (CTVI), com vista a promover o restauro de edificados da arquitetura vernacular associados às comunidades rurais e a conservação da natureza, bem como na promoção de prospeções arqueológicas, com o objetivo de contribuir para a investigação e descoberta do património material local ancestral. O projeto é desenvolvido com o apoio do Município de Vimoso, Município de Miranda do Douro, da associação francesa Rempart, da Frauga e da Obra Kolping Portugal.
O projeto é financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade (CES) da União Europeia (UE), foi aprovado em maio de 2023, e será implementado durante o ano de 2024.
Adicionalmente, este projeto pretende promover a dinamização do mundo rural, a descoberta do território e da sua riqueza natural, patrimonial, cultural e humana, bem como a partilha intergeracional de experiências e conhecimento.
O primeiro campo de trabalho tem como objetivo promover o restauro de um pombal tradicional, com vista a preservar este edificado vernacular, bem como disseminar as técnicas tradicionais de construção usadas para erigir este património rural, transmitidas ao longo de gerações, em perfeita simbiose com o meio ambiente. Já os campos de trabalho direcionados para as prospeções arqueológicas visam dar continuidade aos trabalhos arqueológicos já desenvolvidos na aldeia de Picote pela Universidade do Porto, e agora integrados num projeto do Município de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Picote e Palombar, na zona da “Casa Romana”, com o propósito de musealização da área.
“As atividades de voluntariado dos CTVI têm impacto a diferentes níveis: localmente, na vida da comunidade onde se realizam as ações, rompendo o isolamento, aumentando os encontros e intercâmbios intergeracionais e contribuindo positivamente para o bem-estar da população; a nível regional, promovem o património rural – cultural, natural, arquitetónico e arqueológico -, bem como o comércio local e regional; a nível nacional, oferecem oportunidades para os jovens participarem em projetos multiculturais dentro do próprio país e instigam a participação cívica na preservação do seu próprio património natural e cultural e, a nível europeu, contribuem para o intercâmbio, a interação e a cooperação entre os jovens”, destaca Sara Freire, técnica de ecoturismo e educação ambiental e coordenadora do projeto.
Fonte: Palombar