Autárquicas: Helena Barril vence em Miranda do Douro com maioria absoluta

Autárquicas: Helena Barril vence em Miranda do Douro com maioria absoluta

A coligação PSD/CDS-PP, liderada por Helena Barril, venceu as eleições, em Miranda do Douro, e com maioria absoluta, um resultado que expressa a “vontade de mudança” do povo da Terra de Miranda.

A festa da vitória da candidatura “É Tempo de Acreditar”, na praça D. João III, em Miranda do Douro. (HA)

A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições autárquicas, com maioria absoluta, conquistando a presidência ao PS, com 54,15% dos votos, segundo os dados do Ministério da Administração Interna.

Apurados os resultados nas 13 freguesias, a coligação PSD/CDS-PP obteve três mandatos, o PS, liderado por Júlio Meirinhos, ficou em segundo lugar com 41,12% dos votos e dois mandatos. As restantes forças políticas concorrentes não conseguiram eleger. A CDU obteve 0,86% dos votos e o Chega 0,51%.

No concelho de Miranda do Douro estavam inscritos 7376 eleitores. 

A candidatura “É tempo de acreditar”, liderada por Helena Barril, disse que a vitória nestas eleições autárquicas “traduz a vontade de mudança” do eleitorado no concelho de Miranda do Douro.

“Fizemos uma campanha exemplar, como nunca tinha sido feita até aqui e isso traduziu-se nesta vitória”, afirmou Helena Barril.

A futura presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, expressou a sua alegria dizendo que esta conquista política tem um grande significado, pois é “o resultado de muito trabalho e dedicação” e os mirandeses e mirandesas “corresponderam inteiramente ao que lhes propusemos”.

“Agora é tomar posse e começar a trabalhar pelo bem da Terra de Miranda e das suas gentes”, avançou.

Helena Barril disse que a vitória nestas eleições autárquicas “traduz a vontade” de mudança do eleitorado no concelho de Miranda do Douro.

Por sua vez, o professor universitário, Óscar Afonso, eleito presidente da assembleia municipal de Miranda do Douro, disse que a vitória nas eleições autárquicas significa um “aumento da responsabilidade”.

“Vemos que a nosso concelho está em declínio e queremos fazer alguma coisa. Por isso, assumimos um compromisso com o povo de Miranda e queremos honrar esse compromisso”, adiantou.

Óscar Afonso, acrescentou ainda que a vitória foi o culminar de muito trabalho, quer na realização das sessões de esclarecimento à população (as várias conferências online), quer no contato e proximidade às pessoas de todo o concelho, onde sentiram um desejo de mudança nas pessoas. E finalmente nos comícios da campanha eleitoral que foram preparados com todo o “cuidado”.

“Esta é a vitória da mudança e isso traz-nos um aumento das responsabilidades”, concluiu.

Óscar Afonso, o futuro presidente da Assembleia Municipal de Miranda do Douro, agradeceu e pediu a colaboração de todos na governação do concelho de Miranda do Douro. (HA)

Nuno Rodrigues, eleito vice-presidente da autarquia, declarou que a mudança política operada em Miranda do Douro, “deu muito trabalho e só foi possível graças ao contributo de todos os mirandeses”.

Por sua vez, Vitor Bernardo que vai integrar o novo executivo da autarquia de Miranda do Douro, disse que a vitória da candidatura “É Tempo de Acreditar”, mostrou que “o povo mirandês não quer que sejam sempre os mesmos a governar o concelho” e a vitória é do “povo mirandês”.

Outro vencedor da noite, foi Francisco Parreira, ao ser eleito presidente da junta de freguesia de Miranda do Douro. Questionado quanto ao significado desta sua primeira eleição como autarca, começou por referir que a vitória se deveu “ao muito trabalho realizado pela sua abnegada equipa”.

Francisco Parreira pretende agora “corresponder aos compromissos assumidos com a população de Miranda do Douro, dinamizar a freguesia e implementar o projeto de desenvolvimento da freguesia”.

O músico, Paulo Meirinhos, esposo de Helena Barril, a futura autarca de Miranda do Douro, disse que a vitória eleitoral é “o reconhecimento dos mirandeses pelo trabalho realizado pela Helena em prol das pessoas, ao longo dos anos”.

“As pessoas reconheceram a qualidade da sua equipa e a campanha eleitoral que foi realizada com muita elevação”, concluiu.

A população do concelho de Miranda reuniu-se na praça D. João III, para celebrar a vitória nas eleições autárquicas. (HA)

HA

“Quem não vive para servir, não serve para viver” – Mahatma Gandhi

XXV DOMINGODO TEMPO COMUM

“Quem não vive para servir, não serve para viver”Mahatma Gandhi

Sab 2, 12.17-20 / Slm 53 (54), 3-6.8 / Tg 3, 16 – 4, 3 / Mc 9, 30-37

Esta página do livro da Sabedoria adverte-nos sobre os falsos sábios que vivem centrados nos seus prazeres, desregradamente sem lei nem limite. Por isso a vida dos justos é-lhes um estorvo e, em si mesma, uma condenação dos seus erros. Assim, planeiam liquidar quem segue a lei de Deus e pratica a justiça. Mas quem elimina uma pessoa boa acrescenta um crime de bradar aos céus à própria maldade. A Palavra de Deus, por contraste, exorta-nos a seguir o caminho da bondade e da justiça, custe o que custar. Este bom exemplo será um positivo desafio à conversão dos que andam em contramão nas estradas da vida.

São Tiago adverte-nos sobre o que se passa no nosso coração. Podemos deixar que se vão acumulando invejas e rivalidades, ódios e todo o tipo de paixões destrutivas. Este acumular de maldade venenosa acaba por explodir em conflitos e guerras. Cabe-nos estar atentos para cultivar «a sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica, compreensiva e generosa». Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.

O evangelista Marcos refere três vezes o anúncio da paixão feito por Jesus. É neste contexto dramático que os discípulos ousam discutir sobre quem é o mais importante do grupo dos seguidores de Jesus. É a imagem das nossas contradições e incongruências, em que em vez de socorrermos um ferido, nos ocupamos a analisar a ementa de luxo de um restaurante próximo. Jesus, sem se centrar na sua paixão, põe em evidência a verdadeira grandeza, cujo modelo é uma criança simples e pura. Esta é também a imagem do que há de grande e bom em mim?

“Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.”

(Meditação diária no site da Rede Mundial do Apostolado da Oração)

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1443

Vimioso: Ano letivo arranca com o 10º ano profissionalizante

Vimioso: Ano letivo arranca com o 10º ano profissionalizante

Oito alunos do agrupamento de escolas de Vimioso vão frequentar o 10º ano, num projeto experimental, em que as aulas socioeducativas vão ser ministradas em Vimioso, enquanto que a componente profissional, vai realizar-se nas escolas Abade Baçal, em Bragança, e em Carvalhais (Mirandela).

De acordo com o engenheiro Rui Caseiro, primeiro secretário da CIM – Terras de Trás-os-Montes, desde há uns anos que a câmara municipal de Vimioso tem vindo a trabalhar com o Agrupamento de Escolas local, para oferecer aos alunos do concelho o acesso ao ensino profissionalizante, que atualmente não existe no concelho vimiosense.

Esta necessidade foi comunicada à Comunidade Intermunicipal (CIM) – Terras de Trás-os-Montes, que por sua vez, efetuou diligências junto da Secretaria de Estado da Educação e da Direção Regional de Educação do Norte (DREN), o que levou à implementação neste novo ano letivo 2021/2022, do projeto-piloto ou experimental, designado de “Turmas de responsabilidade partilhada”.

Segundo o engenheiro Rui Caseiro, estas “turmas de responsabilidade partilhada” têm uma componente socioeducativa que é ministrada nas escolas de origem, neste caso em Vimioso. E a componente científica e profissional é ministrada numa outra escola, chamada escola de destino, onde existe o ensino profissionalizante.

De acordo com o secretário da CIM-Terras de Trás-os-Montes, para constituir uma turma desta natureza, há que reunir pelo menos 8 a 10 alunos.

Assim sendo, neste novo ano letivo, o agrupamento de escolas de Vimioso vai lecionar durante dois dias da semana a componente geral ou sócio-educativa.

Nos restantes três dias, os alunos vão frequentar a componente científico-profissional em Carvalhais (Mirandela) e em Bragança, na Escola Abade Baçal.

Os oito alunos matriculados no 10º ano, em Vimioso, increveram.se nos cursos de agropecuária (1); cozinha e pastelaria (3); mecatrónica (3); e multimédia (1).

A despesa do transporte dos alunos para as escolas profissionalizantes é da responsabilidade da Comunidade Intermunicipal (CIM) – Terras de Trás-os-Montes.

“Com esta medida, pretende-se que os alunos do concelho de Vimioso possam continuar os estudos e, simultaneamente, continuar a viver no seu seio familiar”, explicou Rui Caseiro.

HA

Autárquicas: Rio veio a Miranda do Douro apoiar Helena Barril

Autárquicas: Rio veio a Miranda do Douro apoiar Helena Barril

O presidente do PSD, Rui Rio, veio a Miranda do Douro apoiar a candidata social-democrata, Helena Barril, na caminhada para as eleições à presidência da câmara municipal de Miranda do Douro.

O presidente do PSD, Rui Rio, ladeado pelos candidatos Vitor Bernardo, Helena Barril, Óscar Afonso, Nuno Rodrigues e toda a comitiva social-democrata. (LA)

Rui Rio, foi recebido pelos candidatos sociais-democratas de Miranda do Douro junto à concatedral e no miradouro para a barragem. Após o encontro com Helena Barril, a candidata do PSD à presidência da câmara municipal, a comitiva laranja percorreu as ruas da histórica cidade de Miranda do Douro. Nesta caminhada, Rui Rio e Helena Barril, sempre lado a lado, entraram em muitos dos estabelecimentos comerciais para cumprimentar as pessoas.

Quando questionado sobre a razão da sua vinda a Miranda do Douro, o líder do PSD, respondeu que: “o que me traz a Miranda do Douro é, naturalmente, apoiar a nossa candidata, Helena Barril, à presidência da Câmara Municipal”, disse Rui Rio.

O presidente do PSD acrescentou que nesta campanha para as autárquicas há 308 câmaras municipais no país e “não é possível ir a todas. Há que fazer uma seleção”, disse.

“Procuro ir às localidades onde há uma campanha muito ativa e há uma elevada probabilidade de ganhar. É isso que se perspetiva aqui, em Miranda do Douro, com o regresso do PSD à câmara municipal, onde já esteve há uns anos atrás”, afirmou o presidente do PSD.

Para Helena Barril, a presença de Rui Rio, em Miranda do Douro, teve um grande significado para a sua equipa. “É muito importante receber o apoio do líder do PSD, o que nos dá ainda mais alento para continuar nesta caminhada para a vitória”, explicou a candidata à presidência da Câmara Municipal de Miranda do Douro

No passado Domingo, dia 12 de setembro, na praça Dom João III, a candidatura social-democrata “Tempo de Acreditar”, apresentou todos os candidatos às juntas de freguesia, assembleia municipal e câmara municipal.

Na sua intervenção, Helena Barril, reiterou a sua determinação em “trabalhar para fazer de Miranda uma terra de oportunidades”.

Para tal, a candidata social-democrata voltou a lembrar que “Miranda do Douro é o quinto concelho do país que produz mais riqueza, mas continua a ser um dos mais pobres”. Por esta razão, Helena Barril, reafirmou que vão exigir “o pagamento dos impostos devidos pela venda da concessão das barragens” e enalteceu o contributo da sociedade civil, em concreto do Movimento Cultural da Terra de Miranda, que “se soube organizar e reivindicar os direitos das populações desta região”.

“O Movimento Cultural da Terra de Miranda somos todos nós”, disse.

Na sua comunicação, a candidata à presidência da câmara municipal de Miranda do Douro, destacou como causa maior da sua candidatura, a medida do seguro de saúde municipal, que quer implementar no concelho e se destina a todos os munícipes.

Outras áreas prioritárias da candidatura social-democrata são a agricultura e a pecuária. Na agricultura, pretendem modernizar as cooperativas e apostar no regadio para obter uma maior produtividade agrícola. E na pecuária, o propósito é a construção do matadouro, um projeto há muito adiado por sucessivos executivos camarários.

No âmbito industrial, Helena Barril, indicou como prioridade a construção de uma ligação de Palaçoulo – um importante polo industrial do nordeste transmontano – ao IC5.

Para dinamizar os setores da restauração, da hotelaria e do comércio, a candidata social democrata, referiu-se ao plano de dinamizar atividades culturais em Miranda do Douro, ao longo de todo o ano.

No final da sua intervenção, Helena Barril, disse que se for eleita presidente da câmara municipal de Miranda do Douro “não oferece empregos”, mas vai oferecer aos mirandeses e mirandesas o esplendor que a cidade e o concelho merecem, dando destaque ao valioso património natural e cultural.

HA

Apresentação dos candidatos do PSD às juntas de freguesia, assembleia municipal e câmara municipal de Miranda do Douro.

Palaçoulo: Pauliteiros honram a padroeira Santa Bárbara

Palaçoulo: Pauliteiros honram a padroeira Santa Bárbara

No Domingo, dia 12 de setembro, celebrou-se em Palaçoulo a festa em honra de Santa Bárbara, padroeira dos Pauliteiros, que agraciaram a festividade com a participação na procissão e as danças ao longo do dia.

Os pauliteiros de Palaçoulo transportam o andor de Santa Bárbara. (HA)

De acordo com Alfredo Delgado, presidente da Caramonico – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Palaçoulo, a festa de Santa Bárbara é muito importante para os pauliteiros de Palaçoulo, dado que esta Santa, que viveu no final do século III D.C., é a padroeira dos pauliteiros. “Acompanha-nos sempre nas nossas (an)danças”, disse. Os pauliteiros solicitam mesmo a intercessão de Santa Bárbara para que não se magoem nas suas atuações.

Neste dia de festa, a tradição ordena que após a Eucaristia, sejam os pauliteiros a transportar o andor de Santa Bárbara.

Se não fosse a pandemia, neste dia festivo, realizar-se-ia o Festival de folclore de Palaçoulo, com a vinda de grupos de todo o país. No entanto, dadas as restrições, e para continuar a cultivar esse sentido de confraternização e convívio, aos pauliteiros de Palaçoulo juntaram-se os pauliteiros vizinhos, da aldeia de Prado Gatão.

Neste ano, outra tradição que também não foi possível cumprir na íntegra, foi o peditório pelas ruas de Palaçoulo. Neste dia, é usual fazer-se o peditório para a festa de Santa Bárbara, no qual os pauliteiros percorrem a aldeia de Palaçoulo, dançando de porta em porta. Segundo a tradição, os pauliteiros perguntam aos conterrâneos qual é o “lhaço” ou a dança que querem. E os “lhaços” que exigem maior esforço aos pauliteiros, com é, por exemplo, a dança do “Assalto ao castelo”, são os que geram maior esmola.

Este ano, os pauliteiros dançaram apenas ao longo das ruas, para evitar a proximidade física entre as pessoas. De acordo com Alfredo Delgado, no próximo ano, se Deus quiser, vão retomar a tradição de dançar em frente a todas as portas e consoante o “lhaço” pedido, de maior ou menor esforço, vão receber a respetiva esmola para a festa de Santa Bárbara.

Na festa deste ano, houve a novidade da atuação dos pauliteiricos, os mais jovens aprendizes desta dança ancestral. De acordo com Alfredo Delgado, estes jovens rapazes estiveram a aprender ao longo de todo o ano, para atuarem na festa de Santa Bárbara. “Já temos um grupo formado para o futuro e que vai assegurar a preservação da tradição dos pauliteiros em Palaçoulo”, disse o presidente da associação Caramonico.

Nesta aprendizagem, os mais novos valorizam muito o exemplo dos pauliteiros mais velhos e também o incentivo da família, mais concretamente, dos pais e dos avós, que lhes transmitem o gosto e o entusiasmo pela dança dos palitos. “É ao ver os outros dançar que os mais pequenos também querem aprender! E é com muito gosto que nós lhes ensinamos a dançar”, concluiu.

HA

Igreja: Santuário de Nossa Senhora do Naso encheu-se de fiéis

Igreja: Santuário de Nossa Senhora do Naso encheu-se de fiéis

As festas em honra de Nossa Senhora do Naso voltaram a realizar-se nos dias 6, 7 e 8 de setembro e mais uma vez o santuário mariano recebeu a visita de muitos fiéis vindos de todo o planalto mirandês e da vizinha Espanha.

Procissão em honra de Nossa Senhora do Naso, a 8 de setembro de 2021.

Adérito Leal Rodrigues, tem 87 anos e disse que vem à festa dedicada a Nossa Senhora do Naso desde criança. Nascido e criado na Especiosa, a aldeia vizinha do Santuário, assegura que festa sempre foi uma das mais concorridas em toda a província de Trás-os-Montes. Recordou os tempos em que o dia 6 era dedicado à compra e venda de burros. E no dia seguinte, a feira era dedicada à comercialização dos outros animais, como os bovinos, os ovinos , os caprinos, etc.. Chegados ao dia 8 de setembro, o dia grande da festa, sempre houve a tradição das famílias almoçarem no Santuário, seja em piquenique ou nos restaurantes improvisados no recinto. Sobre a festa religiosa, o senhor Adérito disse que tem muita devoção à Nossa Senhora do Naso e também a Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Especiosa e de Portugal.

O programa religioso das festas em honra de Nossa Senhora do Naso, iniciou-se no dia 5 de setembro, com a celebração das Lutuosas. De acordo com o padre Manuel Marques, esta celebração consiste no ofício rezado e cantado pelos irmãos associados do Santuário de Nossa Senhora do Naso, que faleceram no decorrer do último ano.

Segundo o pároco, antigamente, a lutuosa celebrava-se em três momentos: num primeiro momento a celebração destinava-se às pessoas que faleceram do norte do concelho de Miranda do Douro; num segundo momento, rezava-se pelas pessoas falecidas da parte sul do concelho; e num terceiro momento rezava-se a lutuosa geral, dedicada a todas os irmãos falecidos do concelho de Miranda do Douro.

Nos dias 6,7 e 8 de setembro, as festas deste ano prosseguiram com a celebração da Eucaristia, às 15h00.

A organização anual das festas em honra de Nossa Senhora do Naso é da responsabilidade da Confraria. De acordo com António José Fernandes Ribeiro, membro da Confraria de Nossa Senhora do Naso, há registos escritos que indicam que esta festa já se celebra desde 1843.

Para organizar esta festa, a confraria de Nossa Senhora do Naso é constituída por seis casais, naturais da aldeia da Póvoa, que trabalham ao longo do ano para preparar as festas, que se realizam em setembro. Segundo, António Ribeiro, a mordomia é renovada a cada três anos, com a entrada de novos casais. Para além dos mordomos também existem os irmãos da confraria, que contribuem com 1 euro por ano, para apoiar financeiramente a organização das festas de Nossa Senhora do Naso. De acordo com a confraria, houve anos em que estavam inscritos mais de 1000 irmãos. Antigamente, existia a tradição familiar de inscrever as crianças e os jovens como associados da confraria. No entanto, com o passar dos anos e por causa do despovoamento da região, o entusiasmo pela participação nas festas de Nossa Senhora do Naso foi esmorecendo um pouco. Ainda assim e pelo que se viu neste ano, nos dias 6, 7 e 8 de setembro, o belo Santuário de Nossa Senhora do Naso continua a atrair e a ser o destino de muita gente, vinda de todo o planalto mirandês e também da vizinha Espanha.

De acordo com António José Fernandes Ribeiro, membro da Confraria de Nossa Senhora do Naso, há registos escritos que indicam que esta festa já se celebra desde 1843.

HA

Palaçoulo: Festa em honra de Nossa Senhora do Rosário

Palaçoulo: Festa em honra de Nossa Senhora do Rosário

A aldeia de Palaçoulo assinalou, a 2 de setembro, a festa em honra de Nossa Senhora do Rosário, com a celebração da Eucaristia e a procissão pelas ruas da aldeia.

A eucaristia dedicada a Nossa Senhora do Rosário foi celebrada na Igreja matriz de Palaçoulo e o padre António Pires disse que Maria é o exemplo de santidade a seguir: “Maria não se escondeu de Deus e não escondeu Deus”, disse o pároco.

Por isso, o sacerdote exortou a assembleia a seguir o exemplo de Maria, a confiar em Deus, a deixar-se conduzir por Ele e a testemunhá-Lo na vida concreta do dia-a-dia.

A celebração eucarística em honra de Nossa Senhora do Rosário foi cantada e a posterior procissão também teve o acompanhamento musical de um trio de gaiteiros locais.

Após a celebração religiosa, as gentes de Palaçoulo reuniram-se no largo de Palaçoulo para a tradicional tarde de convívio e confraternização.

No passado dia 31 de agosto, já se havia realizado a feira anual, que por iniciativa da Junta de freguesia de Palaçoulo, mudou do dia 27 para 31 de agosto, com o objetivo de aproximar as datas, da feira e da festa em honra de Nossa Senhora do Rosário. Contudo, esta mudança na data da feira anual está a gerar algum desconforto nas pessoas, pois estavam habituadas à sua realização no dia 27 de cada mês.

De acordo com o presidente da freguesia de Palaçoulo, Manuel Gonçalves, o propósito da mudança foi proporcionar à população um período festivo de 3 dias consecutivos. No entanto, com o surgimento da pandemia, não foi possível concretizar este propósito, dado que os programas festivos foram interditados, com exceção das celebrações religiosas.

Para se adaptarem à mudança do dia da feira para 31 de agosto, há pessoas que pedem uma maior divulgação da nova data, até para que as pessoas das aldeias vizinhas possam estar informadas e venham a Palaçoulo participar na tradicional feira anual.

A próxima festa em Palaçoulo é a celebração dedicada a Santa Bárbara, que vai realizar-se no dia 12 de agosto, sendo que a Eucaristia está agendada para as 14h30, na Igreja matriz.

Águas Vivas: Monumento eterniza a tradição dos Ramos

Águas Vivas: Monumento eterniza a tradição dos Ramos

A aldeia de Águas Vivas foi embelezada com um monumento, em granito, que simboliza uma tradição muito querida na aldeia, a confeção dos ramos e dos roscos, que acontece no decorrer da festa de Nossa Senhora da Candeias.

O monumento evocativo da tradição dos Ramos foi uma iniciativa da Freguesia de Águas Vivas e a representante da freguesia local, Dilar Neto, disse que o monumento pretende “favorecer a aldeia” e eternizar uma tradição tão apreciada pela população local.

“A festa dos Ramos é muito importante na história de Águas Vivas”, disse.

A tradição do Ramo é uma festa cuja origem está ligada a uma promessa feita pelos habitantes da aldeia, pedindo a Nossa Senhora o regresso são e salvo dos jovens rapazes que partiram para a guerra.

Esta festa está tão enraizada na aldeia, que os emigrantes marcam férias, em fevereiro, para participar na festa de Nossa Senhora das Candeias.

E na festa, os protagonistas são uns biscoitos confecionados comunitariamente, designados de ramos e roscos.

Na confeção destes biscoitos tradicionais toda a aldeia participa. Se uns oferecem os ingredientes como são a farinha, os ovos, o açúcar, o fermento, a manteiga e a aguardente. Outros arregaçam as mangas e vão trabalhar para o forno. Aí, há que amassar a massa, partir e bater os ovos, enformar os ramos e os roscos e levá-los ao forno.

“A festa dos Ramos é muito importante na história de Águas Vivas.”

Antes do dia da festa, os jovens rapazes competem entre si, para ver quem oferece a maior esmola de modo a ter a honra de transportar o andor de Nossa Senhora das Candeias e um andor ornamentado com os cinco Ramos e os Roscos.

Chegados ao Domingo, o dia da festa, após a Missa, o andor com os Ramos e os roscos, é exposto no adro da Igreja, onde os jovens rapazes o apregoam.

Ao final do dia, na casa do povo, os ramos e os roscos são leiloados. A Dona Giolanda, uma senhora de 92 anos, que muito trabalhou para preservar esta tradição, contou que houve festas em que o leilão dos ramos e dos roscos rendeu 600 contos, ou seja, 3 mil euros!

Contudo, o envelhecimento da população local e a falta de jovens está a pôr em risco a preservação desta tradição, em Águas Vivas.

De acordo com Dilar Neto, uma jovem entusiasta desta tradição aguavivense, por enquanto o amor à festa de Nossa Senhora da Candeias, tem permitido manter viva a tradição dos Ramos. Anualmente, os três mordomos responsáveis pela organização da festa, têm recebido a ajuda de toda a aldeia.

Quando questionámos a responsável pela freguesia de Águas Vivas, sobre que outras iniciativas poderão preservar e inovar as tradições locais, Dilar Neto, lançou a sugestão de apresentar os saborosos roscos nas cestas de vime confecionadas pelas senhoras de Águas Vivas.

Ao que parece a cestaria também é uma arte que urge preservar dado o envelhecimento das artesãs locais.

HA

Ciência: Argozelo exibe exposições sobre os minerais

Ciência: Argozelo exibe exposições sobre os minerais

O Centro Interpretativo das Minas de Argozelo inaugurou as exposições “O mundo dos minerais em selos” e “O micromundo dos minerais e das rochas”, exposições que poderão ser visitadas até ao final do ano.

A exposição “O mundo dos minerais em selos”, consiste num conjunto de mais de três dezenas de telas obtidas a partir da coleção de selos com ilustrações de minerais.

Segundo Maria Elisa Preto Gomes, professora e diretora do departamento de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a ideia desta exposição surgiu a partir da coleção de selos do Professor Frederico Sodré Borges, ​que sobre folhas de papel vegetal, colocou os selos e desenhou manualmente as estruturas dos minerais, escrevendo os textos com tinta da china.

De acordo com a docente da UTAD, a exposição é um curso básico de mineralogia que responde às seguintes questões: O que é um mineral? Como se designa um mineral?  O que é o polimorfismo? – as respostas a estas e outras perguntas podem ser conhecidas através da exposição.

Os visitantes também poderão conhecer a utilidade dos minerais. Minerais, para quê? Que minerais foram utilizados no fabrico de mós e bifaces na pré-história?​Hoje em dia, para que servem os minerais? Servem por exemplo, para fabricar joias, panelas, talco, vidro e  cerâmica. Mas também as medalhas de cobre. Ou as tão faladas baterias de lítio para os telemóveis e carros elétricos.  E claro, para a construção civil, como os tijolos, as telhas, etc.

A exposição Dos Minerais em selos ainda responde às questões: como se encontram os minerais? E como se estudam? Há propriedades que permitem identificar de que material se trata. E para esta identificação são necessários instrumentos, como a lupa, a bússola, martelo, o microscópio petrográfico, etc..

A segunda exposição intitulada “O micromundo dos minerais e das rochas”, permite ver os minerais ao microscópio. E para quem não saiba, os minerais juntos formam rochas. Por isso, na exposição há amostras de vários tipos de rochas.

E também há microfotografias dessas rochas, que são obtidas através das observações ao microscópio. Nestas microfotografias, há imagens pouco e muito coloridas. Todas permitem identificar propriedades dos diferentes minerais que compõem cada rocha.

Inspirados por esta colorida composição das rochas, os técnicos da UTAD Tito Azevedo e Márcio Silva criaram telas pintadas e quadros a que juntaram um poema de autores conhecidos, como Miguel Torga, Fernando Pessoa, etc.

Na inauguração das exposições dedicadas aos minerais, o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, elogiou a professora Elisa Preto Gomes pela sua paixão pela geologia e referiu mesmo que a docente tem sido uma das grandes impulsionadoras das visitas das escolas ao Centro Interpretativo das Minas de Argozelo.

Espera-se agora que as escolas do distrito tenham a oportunidade de visitar o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo e simultaneamente, conhecer as duas exposições temporárias, dedicadas aos minerais.

HA

Bragança-Miranda: Morrer abandonadas é o «maior medo» das pessoas mais velhas, disse D. José Cordeiro

Bragança-Miranda: Morrer abandonadas é o «maior medo» das pessoas mais velhas, disse D. José Cordeiro

O bispo de Bragança-Miranda presidiu à solenidade da Senhora das Graças e disse na homilia da Missa que muitas pessoas vivem na “globalização da superficialidade” e as mais velhas têm “medo” de morrer abandonadas.

“Algumas pessoas mais velhas confidenciaram-me que o maior medo que têm é mesmo o de morrerem abandonados no hospital, em casa ou nos lares”, afirmou D. José Cordeiro na Catedral de Bragança na celebração da padroeira principal da cidade.

O bispo de Bragnça-Miranda recordou o “maior sonho” de avós e bisavós, que “era o de ter uma longa vida”.

“Efetivamente, hoje temos vida longa! E que fazemos aos mais velhos e com eles? Mandamo-los para um lar de idosos e não mais os acompanhamos? Como cuidamos da vida longa? Estão sós? Estão isolados? Estão esquecidos? Estão abandonados?”, interrogou.

D. José Cordeiro recordou o apelo do Papa francisco para valorizar “a vocação dos mais velhos” e afirmou que as famílias, as cidades e as comunidades cristãs não podem “desprezar a sua memória”.

“A uma árvore podemos cortar os ramos e, às vezes, até convém, mas se cortamos as raízes, a árvore morre. Assim acontece com a memória e com os encontros e os desencontros com os mais velhos – os avós e os idosos”, afirmou.

D. José Cordeiro recordou os 20 anos da dedicação da Catedral de Bragança, que será comemorado no próximo dia 7 de outubro, “Senhora das Graças, Senhora da cidade, Senhora da Unidade Pastoral, Senhora das famílias, Senhora da vida nascida do coração de Deus”.

O bispo de Bragança-Miranda invocou também a Virgem Santa Maria “Mãe dos doentes, dos refugiados, dos reclusos, dos pobres, dos que mais sofrem as crises humanitárias e necessitam de uma viva dignidade humana integral”.

“Aqui e agora, pedimos que renasça a chama do amor para uma “ecologia do coração”! Ajudai-nos ó Senhora Mãe das Graças”, concluiu D. José Cordeiro.

Ecclesia