Miranda do Douro: Município “tudo fará” para que EDP pague impostos da venda de barragens

O município de Miranda do Douro disse que “tudo fará, incluindo recurso aos tribunais”, para que a EDP pague os impostos sobre a transação das barragens existentes no concelho, após as recentes declarações do diretor executivo da empresa elétrica.

“Face às mais recentes declarações do presidente executivo da EDP [Miguel Stilwell d’Andrade], numa conferência realizada em Londres [no dia 2 de maeço], as mesmas só vêm demonstrar que esta empresa não tem intenção de pagar os impostos devidos relativos à transação das barragens de Picote e Miranda, realizada em 2020”, disse o vereador da Câmara de Miranda do Douro, Vítor Bernardo.

O autarca acrescentou que a EDP durante décadas “se furtou ao pagamento do IMI dos edificados das barragens”.

A 2 de março, o diretor executivo da EDP disse não compreender a decisão de cobrar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) às barragens e que entende que não se aplica a este tipo de bens, mas aguarda despacho do Governo para tomar decisões.

“A avaliação que fazemos à partida, mas não conhecemos o despacho, é que o IMI não se aplica a este tipo de bens. […] Não compreendemos o que pode ter levado a esta alteração de decisão, mas aguardaremos pelo despacho”, disse o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, em conferência de imprensa sobre o plano estratégico 2023-2026, apresentado a 2 de março, em Londres.

O Governo decidiu, recentemente, que vai incumbir a Autoridade Tributária (AT) de fazer a cobrança do IMI das barragens, referente aos últimos quatro anos.

“Para nós, esta posição do responsável máximo por esta empresa, não é uma novidade”, vincou Vítor Bernardo.

Face a estas declarações de Miguel Stilwell d’Andrade, a Câmara de Miranda do Douro garante que “tudo fará, incluindo o recurso aos tribunais, a sensibilização dos decisores políticos e da opinião pública, para que os impostos devidos pela transmissão das barragens de Picote e Miranda sejam cobrados”.

“Desejamos que a EDP obtenha os lucros que prevê, porque assim vai ser mais fácil pagar os impostos devidos com a transmissão das seis barragens na bacia do Douro”, vincou Vítor Bernardo.

Por seu lado, o advogado da câmara de Miranda do Douro, António Preto, referiu que “a EDP tem beneficiado de um conjunto de privilégios que incluem a isenção do pagamento de impostos e quer manter esses privilégios”.

“Ninguém compreende, nem aceita, que uma empresa que fatura milhões de euros com a extração da riqueza num determinado território, não se sinta na obrigação de contribuir com parte da riqueza que obteve para o bem-estar das populações dessa região e do país”, frisou o causídico.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: ACIMD prepara criação de Bairro Digital para promover o comércio

A Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), em parceria com o município, pretende ativar o comércio digital, envolvendo 135 estabelecimentos.

O projeto de criação de um Bairro Digital, em Miranda do Douro, foi apresentado no dia 2 de março, e é denominado “La Nubre an Miranda” (Nuvem em Miranda).

O projeto digital tem previsto um investimento de 940 mil euros e vai permitir que 135 comerciantes entrem numa “nuvem digital“ de forma a dinamizar o comércio tradicional até 2025.

Em declarações, a consultora de projetos, Cristina Leite, disse que o principal objetivo do projeto apresentado passa por criar uma rede que disponha de uma plataforma ou outras ferramentas digitais e tecnológicas, que permitam fazer evoluir este setor de atividade através de uma base económica e de sustentabilidade verde.

“Este projeto tem uma fase de preparação que demora mais ou menos 90 dias e tem de estar concluído até setembro de 2025. Esta iniciativa engloba diversas formas de comunicar o comércio através de ‘múpis’, em português e espanhol, já que se trata de uma região de fronteira com recurso a esta forma de comunicar por via digital ligada a várias plataformas de venda on-line”, explicou a técnica.

O projeto prevê alterações urbanísticas nas principais artérias comerciais de Miranda do Douro, especificamente na rua 25 de Abril, rua 1.º de Maio, rua das Arribas e rua do Mercado, que estão na mesma zona da cidade do Planalto Mirandês, e onde serão criados elementos decorativos, onde o enfoque será na língua mirandesa, cultura e tradições do concelho de Miranda do Douro, de forma a atrair visitantes.

“Será uma espécie de museu ao ar livre com a respetiva sinalética adequada ao comércio e tradições locais”, vincou Cristina Leite.

Por seu lado, a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, referiu que desde que esta candidatura foi proposta ao município, recebeu desde logo apoios por ser considerada uma mais-valia para o comércio de proximidade, existente nesta cidade fronteiriça.

“Avançar para esta iniciativa de criação de um Bairro Social Digital, em Miranda do Douro, é uma forma de promover não só o comércio, mas também o território. Estamos perante um exemplo de conectividade urbanística que junta o comércio e a cultura”, vincou a autarca mirandesa.

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), Bruno Gomes, disse que o grande objetivo da iniciativa é unir os comerciantes dentro de “uma nuvem digital”, para melhor escoar os seus produtos em conjunto com outros aderentes ao projeto.

“Em conjunto e em equipa seremos mais fortes na comercialização dos nossos produtos e na promoção do nosso comércio dentro e fora de portas, através da criação desta nuvem digital”, acrescentou o representante dos comerciantes e empresários de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

II DOMINGO DA QUARESMA

Transfigurar

Gen 12, 1-4a / Slm 32 (33) 4-5.18-19.20.22 / 2 Tim 1, 8b-10 / Mt 17, 1-9

No caminho quaresmal, o centro da Liturgia da Palavra está no episódio da Transfiguração de Jesus, onde estão presentes Pedro, Tiago e João.

Tudo começa no monte, o lugar mais próximo do céu, onde Deus se comunica, se deixa conhecer e se torna próximo. É no monte que Moisés conhece a Deus e recebe a missão de conduzir o povo da escravidão do Egito à Terra Prometida; é no monte que Elias ouve a voz de Deus na brisa suave.

Jesus conduz os discípulos ao monte para uma experiência de intimidade com Deus que abre os seus olhos a um novo entendimento da fé. Podemos dizer que este episódio é, na verdade, um espaço de oração onde os amigos de Jesus veem a realidade com um olhar novo para adquirirem uma nova compreensão da história e dos acontecimentos da salvação.

Jesus transfigura-se, ou seja, a sua figura mudou de forma. Os discípulos, conhecedores de Jesus, penetram no interior de Jesus e veem alguma coisa mais profunda, que vai para além da aparência. Diz o texto que «o seu rosto ficou resplandecente como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz». Significa que Jesus se torna transparente e uma nova luz permite penetrar no seu coração. 

Ver a realidade na luz de Deus reduz a opacidade das coisas. O pecado torna a visão da fé opaca e a espessura do mal faz perder o olhar da esperança e do amor. A partir daqui, podemos dizer que, quando nos aproximamos de Jesus na oração, vemos com mais clareza a vida e até a nossa própria fragilidade, ao ponto de se fazer a experiência do amor misericordioso de Deus.

É o que nos lembra São Paulo na Segunda Epístola a Timóteo: Deus «salvou-nos e chamou-nos à santidade» por meio de Jesus Cristo, em quem faz «brilhar a vida e a imortalidade, por meio do Evangelho». 

Na oração desta semana, deixemos que a luz de Jesus brilhe nos lugares de escuridão da nossa vida, que torne mais transparentes aquelas dimensões onde tudo é opaco e sem sentido. Seja nas relações que compõem a vida, seja no trabalho ou no estudo, Jesus pode transfigurar essa realidade e trazer-lhe paz, sentido e consolação.

Na primeira leitura encontramos o momento em que Deus dá uma nova missão a Abraão e lhe confia um caminho novo: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei». A luz de Deus ilumina o caminho, mas pede, ao mesmo tempo, confiança. Quaresma é também tempo de fortalecer a confiança. Assim, somos desafiados a partir, a ir mais além das aparências, para ver o amor escondido nas pequenas coisas, penetrando na realidade da vida com o olhar da fé que Jesus nos dá.

Fonte: https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1995

Vimioso: Corane deu a conhecer duas medidas de apoio aos agricultores

A Corane – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina ministrou esta quarta-feira, dia 1 de março, uma sessão de esclarecimento aos agricultores do concelho de Vimioso, sobre duas medidas de apoio ao desenvolvimento da atividade agrícola.

A sessão de esclarecimento realizou-se no auditório, do pavilhão multiusos de Vimioso, onde os técnicos da Corane e os agricultores do concelho de Vimioso foram recebidos pelo vice-presidente do município, António Santos, e a vereadora, Carina Lopes, que deram as boas-vindas aos participantes.

De seguida, o técnico da Corane, Francisco Torrão, informou os agricultores que acorreram em grande número à sessão, sobre as seguintes medidas de apoio: pequenos investimentos nas explorações agrícolas; e diversificação de atividades na exploração agrícola.

Referindo-se aos pequenos investimentos, o técnico da Corane, especificou que os projetos elegíveis de apoio são aqueles que promovam a modernização do setor agrícola e beneficiam de um apoio de 50% a fundo perdido.

“Neste tipo de projetos, as despesas elegíveis podem ser a preparação de terrenos, a construção de edifícios e outras construções ligadas à atividade, a adaptação de instalações já existentes, as plantações plurianuais, os sistemas de rega, a aquisição de máquinas e equipamentos, entre outras despesas”, indicou.

Já a compra de terrenos, a compra de animais e as vedações são consideradas despesas não elegíveis.

Relativamente à medida de diversificação de atividades na exploração agrícola, Francisco Torrão, explicou que este apoio visa estimular o desenvolvimento nas explorações agrícolas, de atividades que não sejam a produção e comercialização de produtos agrícolas, criando novas fontes de rendimento e de emprego.

“Entre os projetos elegíveis nesta medida, incluem-se as casas de turismo rural, as tabernas, os restaurantes tradicionais, etc.”, exemplificou.

Segundo o técnico da Corane, esta medida destina-se a apoiar investimentos até 200 mil euros e entre as despesas elegíveis incluem-se a elaboração de estudos e projetos de arquitetura.

Os agricultores que pretendam saber mais informações sobre estas duas medidas de apoio, podem contatar a Corane – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, através dos seguintes contatos: telefone 273 332 925 ou 927 960 492; email: terrafria@corane.pt

No final da sessão, o vice-presidente do município de Vimioso, António Santos, informou os agricultores do concelho, que a autarquia também disponibiliza apoio técnico para a elaboração das candidaturas a estas medidas de apoio.

A CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, é uma Associação de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, constituída por Escritura Pública a 18 de Maio de 1995. 

A zona de intervenção é constituída pelos concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais – a designada região da Terra Fria Transmontana. 

HA

Sociedade: Trabalhadores querem que o Domingo seja dia de descanso

Os movimentos de trabalhadores cristãos na Europa alertaram para a diminuição, em termos médios, do tempo de descanso dos trabalhadores, atribuindo a responsabilidade ao facto de se viver “um tempo do primado do capital sobre o trabalho”.

A Liga Operária Católica (LOC) redigiu uma mensagem para o dia do domingo livre de trabalho, que se assinala a 3 de março, onde realça que esta luta “mais do que justa é necessária, para que haja vida em família para todos”.

“A luta pelo domingo livre de trabalho, mais do que justa é necessária, para que haja vida em família para todos! Para que as famílias, todos os trabalhadores, possam conviver e confraternizar e se construa um mundo mais justo e solidário”, lê-se na mensagem da LOC e que foi assumida pelo MTCE – Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa.

A fronteira entre tempo de trabalho e tempo de lazer “tem-se esbatido” e em termos médios “o tempo de descanso dos trabalhadores tem vindo a perder terreno” porque se vive “um tempo do primado do capital sobre o trabalho”, sublinha a nota.

A 3 de março assinala-se o dia do domingo livre de trabalho para refletir “seriamente sobre a necessidade de o comércio estar aberto todo o fim-de-semana, incluindo o domingo”.

Os movimentos de trabalhadores cristãos acreditam que o trabalho ao domingo “que não seja para cuidar de pessoas (crianças, jovens, idosos, famílias…), ou infraestruturas imprescindíveis à vida humana, não faz sentido”.

Estes setores que não podem parar de trabalhar ao domingo devem “ser melhor regulamentados, fiscalizados e os trabalhadores, serem melhor remunerados e compensados em tempo de descanso”, alerta nota da LOC/MTC.

Com a globalização da economia e os novos hábitos de consumo, o mundo do trabalho tem vindo “a sofrer modificação na conceção do trabalho, o que levou a novas formas da organização do tempo de trabalho, ameaçando e tornando incerto o tempo de descanso, para o trabalhador”.

Em diversas situações, como acontece “no teletrabalho, a fronteira entre o tempo de trabalho profissional e o tempo livre, está pouco definida e tem-se agravado as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador”, salienta a mensagem.

A liberalização do comércio ao domingo interfere com questões de “ordem humana, social, familiar, cultural e religiosa e contraria o bem-estar comunitário, falta do convívio familiar e de disponibilidade para participar na vida social, cultural e religiosa, desagrega as famílias e a sociedade, individualiza as pessoas, impede a solidariedade, não gera bem-estar, provoca doenças e dificulta a vida comunitária”, acentua.

Fonte: Ecclesia

Fauna: GNR detetou 314 crimes relacionados com a caça

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 299 pessoas e detetou 314 crimes relacionados com o exercício da caça, no âmbito da Operação Artémis, que decorreu em todo o país, entre 21 de agosto de 2022 e 20 de fevereiro deste ano.

Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) indica que durante a operação foram realizadas ações de fiscalização ao exercício da caça, visando prevenir e detetar irregularidades inerentes à atividade.

“A operação realizada pela GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) (…) teve como objetivo observar o respeito pelas medidas de proteção e conservação dos recursos cinegéticos, tendo em vista a sua gestão sustentável”, refere a guarda.

Durante a operação foram detetados 314 crimes e efetuadas 299 detenções, das quais 161 por exercício de caça em terrenos não cinegéticos, nos terrenos de caça condicionados sem consentimento de quem direito, nas áreas de não caça e nas zonas de caça às quais não se tenha legalmente acesso.

Das 299 detenções, 132 das quais dizem respeito ao exercício da caça de espécies não cinegéticas, de espécies cinegéticas que não constem na lista de espécies que podem ser objeto de caça ou fora dos respetivos períodos de caça.

No âmbito da operação, foram registadas 549 contraordenações, 195 das quais durante o exercício da caça, em que o caçador não era portador de documentação obrigatória, 82 por infrações praticadas pelas entidades gestoras das zonas de caça e 84 infrações por transporte de armamento fora das condições legalmente previstas.

A GNR indica ainda que durante a operação Artémis foram realizadas ações de sensibilização e cooperação no âmbito das atividades relacionadas com o exercício da caça.

Fonte: Lusa

Ambiente: 26 albufeiras com disponibilidade de água acima dos 80%

No final de fevereiro, 26 das 59 albufeiras monitorizadas tinham disponibilidade de água superior a 80% do volume total, enquanto 9 apresentavam valores inferiores a 40%, segundo dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

De acordo com os dados, a 28 de fevereiro e comparativamente com o final do mês anterior verificou-se uma descidado volume de água em nove albufeiras e um aumento do volume armazenado em três bacias hidrográficas.

A bacia do Barlavento algarvio, com 13,1%, apresentava no final de fevereiro a menor quantidade de água armazenada, do global.

A média de armazenamento para o mês de fevereiro na bacia do Barlavento é de 73,8%, segundo o SNIRH.

Com menor disponibilidade de água estavam também as bacias do Mira (36,8%), Arade (41,5%) e Sado /58,9%).

Já as bacias do Guadiana (85,8%), Tejo (85,7%), Douro (80,7%), Oeste (80,2%), Cávado e Lima (78,1%), Mondego (66,5%) e Ave (64,7%) eram as que tinham os níveis mais elevados.

Os armazenamentos de água em fevereiro de 2023 por bacia hidrográfica apresentam-se superiores às médias de armazenamento de fevereiro (1990/91 a 2021/22), exceto para as bacias do Ave, Mondego, Sado, Mira, Ribeiras do Algarve e Arade.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Feira dos Produtos da Terra e do Artesanato inicia a 4 de março

A vila de Mogadouro realiza nos fins de semana de 4,5 e 11, 12 de março, a 36ª edição da feira franca dedicada aos produtos da terra e ao artesanato. um certame inserido nas festividades da Amendoeira em Flor, divulgou a autarquia.

“Nesta feira franca, que conta com duas dezenas de expositores, apostamos na comercialização dos produtos da terra e na promoção da marca ‘Origem: Mogadouro’ – explicou a vereadora do município, Márcia Barros.

Segundo a autarca, o objetivo é promover a economia do concelho através de um certame que regressa ao seu local inicial, na Alameda de Nossa Senhora do Caminho, localizada no centro da vila.

As festividades da Flor da Amendoeira contam ainda com um programa cultural e desportivo onde se destaca a prova de atletismo Trilhos de Mogadouro a realizar no domingo, estando prevista a participação de cerca de 300 atletas.

Para o dia 12 de março está programada uma prova de BTT, para a qual são esperados cerca de 150 praticantes.

Fonte: Lusa

Sendim: Oficina do Idoso está a entusiasmar os participantes

Nas tardes de 3ª e 6ª feiras, a antiga Escola Primária de Sendim, é o local de encontro dos participantes na Oficina do Idoso, uma iniciativa da União de Freguesias local, que tem por objetivos retirar as pessoas idosas da solidão e proporcionar-lhes tardes de convívio, de aprendizagem e partilha de saberes.

A vice-presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Ana Paula André, informou que a iniciativa “Oficina do Idoso” é um projeto vocacionado para as pessoas mais velhas e tem como finalidade agir contra a solidão e proporcionar momentos de convívio.

Nestes encontros, a autarca de Sendim disse que aos participantes são propostas várias atividades como o tricot, o crochê, os bordados, as técnicas de guardanapo em telhas e madeiras, a jardinagem, os jogos tradicionais e didáticos, a carpintaria, os trabalhos manuais, a cozinha regional e a informática.

“Contudo, mais do que ensinar-lhes alguma coisa, esta iniciativa visa aprender com eles e dar valor à sua experiência de vida. Por isso, nas atividades estamos receptivos às suas propostas e sugestões”, disse.

Uma dessas sugestões foi a de fazer pão. Assim sendo, na próxima semana, os 25 participantes na Oficina do Idoso, mulheres e homens vão para a cozinha do pavilhão multiusos de Sendim, cozer pão e confeccionar doces tradicionais.

Outra das atividades que está a gerar entusiasmo nos participantes da Oficina do Idoso são as sessões de informática. Segundo a formadora, Márcia Martins, no âmbito da informática pretende-se que as pessoas idosas aprendam a utilizar a internet, a criar uma caixa de correio eletrónico e saibam comunicar com os familiares através das redes sociais, como o whatsapp ou o facebook.

Mas mais do que aprender, a formadora corroborou da opinião de que as pessoas idosas vão sobretudo ensinar e transmitir muitos conhecimentos, saberes e tradições da vila de Sendim.

Uma dessas pessoas é o senhor Manuel Marcelino, reformado da empresa Comboios de Portugal (CP) e com jeito para a carpintaria e os trabalhos manuais.

“Neste momento e em grupo, estamos a fazer os tradicionais ranacalhos, uns objetos para utilizar nas procissões da Semana Santa, em Sendim”, disse.

Para além dos trabalhos manuais, Manuel Marcelino aprecia também os momentos de convívio com os seus pares, a jogar os jogos tradicionais, como a sueca, o chincalhão, o dominó ou as damas.

Visivelmente entusiasmado, Manuel Marcelino disse que na “Oficina do Idoso” tem a oportunidade de passar melhor o tempo, na companhia de outras pessoas, como são os amigos da sua geração.

Por sua vez, Avelina Rodrigues é outra das participantes. Também está reformada e é uma das várias senhoras que participa na Ofina do Idoso, em Sendim. Decidiu participar no projeto, para sair do isolamento e conviver com outras pessoas.

“Felicito a freguesia de Sendim por nos proporcionar estas tardes agradáveis de convívio. Entre as atividades que já realizámos gosto de fazer trabalhos manuais e hoje estou a aprender a fazer meias, em tricô”, disse.

Em Sendim, a Oficina do Idoso, acontece duas vezes por semana, às 3ª e 6ª feiras, entre as 14h00 e as 17h30, e segundo a senhora Avelina Rodrigues, “as tardes de convívio e partilha de saberes passam a correr”.

A Oficina do Idoso é uma iniciativa do União de Freguesias de Sendim e Atenor e conta com os apoios dos município de Miranda do Douro, que cedeu as instalações da Antiga Escola Primaria, do Agrupamento de Escolas que cedeu algum mobiliário.

HA

Agricultura: Pedido Único e candidaturas a investimentos agrícolas vão ser simplificados

A ministra da Agricultura prometeu que o regime de candidaturas ao Pedido Único (PU), que abre a 1 de março de 2023, é “muito simplificado”, tal como as outras candidaturas a investimentos agrícolas, que serão aprovadas “em 60 dias”.

Sobre o modelo do Pedido Único 2023, que “está a ser tratado” e “vai ser disponibilizado”, as candidaturas podem “ser submetidas a partir de 1 de março e até dia 31 de maio”, disse a ministra Maria do Céu Antunes, em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.

O objetivo é que este regime seja “muito simplificado. Simplificado para o agricultor, simplificado para a administração local e central”, prometeu a governante.

Maria do Céu Antunes falava aos jornalistas à margem de uma visita à Unidade Agroalimentar de Produção de Carne de Suínos da Maporal, S.A., situada na zona industrial daquela cidade alentejana.

A ministra da Agricultura e da Alimentação foi questionada pelos jornalistas sobre se a integração dos serviços das direções regionais de agricultura e pescas (DRAP) nas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) não irão atrasar processos, uma preocupação já expressada pelos agricultores.

“Não, antes pelo contrário”, afiançou a governante, adiantando este tema da simplificação do regime do PU, que irá abordar também esta tarde, durante uma visita que tem agendada ao Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Além disso, Maria do Céu Antunes revelou que, “mais tarde”, quando o ministério que tutela abrir “as novas medidas de investimento”, a aposta na simplificação vai continuar.

“Aquilo que vamos criar é, através de custos simplificados, de controlo remoto à distância e de ‘drones’ e de satélite, não precisarmos de uma verificação física que, infelizmente, atrasa muito os nossos processos” de aprovação de candidaturas de investimentos agrícolas, disse.

Por isso, o “fluxograma de trabalho” vai prever que, “desde que a candidatura entra até ser aprovada, não podem passar mais de 60 dias”, assegurou.

“E todos os pareceres que sejam necessários obter, seja da CCDR, seja da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], seja do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], têm um ‘x’ dias” para serem dados, continuou.

Segundo a ministra, será possível assim “fazer na realidade a diferença e a partir daí, se não houver a emissão desse parecer, o que vai acontecer é um deferimento tácito” da candidatura.

“Portanto, em 60 dias, temos que ter as candidaturas aprovadas, porque quem faz investimentos tem que ter respostas muito rápidas”, sustentou, defendendo que Portugal precisa de “ter uma administração muito ágil, muito bem preparada para poder fazer o seu papel”.

Questionada ainda sobre se os diretores das DRAP vão ou não passar a ser vice-presidentes das CCDR, a ministra disse que, “em breve”, vai ser conhecida “a nova orgânica das comissões de coordenação”.

Fonte: Lusa