Miranda do Douro: Festival dos Sabores e Saberes Mirandeses é já em janeiro

Nos dias 20, 21 e 22 de janeiro, o jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro, vai ser o local do XXIV Festival Sabores e Saberes Mirandeses, um certame dedicado a promover a gastronomia e o artesanato locais e que este ano tem como novidade a antecipação para o mês de janeiro.

Dada a importância das feiras temáticas na dinamização da economia local, este ano, o município de Miranda do Douro, decidiu antecipar o Festival dos Sabores e Saberes Mirandeses para o mês de janeiro, o que segundo, a presidente do município, Helena Barril, se justifica dada a existência de outros certames no mês seguinte, na região.

“Concluímos que o fim-de-semana de 20, 21 e 22 de janeiro é uma data adequada para a realização do festival dos Sabores e Saberes Mirandeses, também porque já se realizou a tradição da matança do porco e o fabrico do fumeiro”, justificou.

Na XXIV edição do certame são esperados cerca de 70 expositores, que para além do fumeiro, vão apresentar ao público outros produtos caraterísticos da Terra de Miranda.

“Queremos dar visibilidade ao que de melhor se produz no concelho e na região, como são os produtos da doçaria tradicional, o azeite, o vinho, os frutos secos, a carne mirandesa, o cordeiro mirandês e também o artesanato, onde se destaca a manufatura da capa de honras mirandesa, recentemente inscrita no inventário do património cultural imaterial”, indicou.

No decorrer dos três dias do festival, estão programadas várias atividades, com destaque para o encontro cinegético e as montarias ao javali, a apresentação de livros, a constante animação musical do evento pelos grupos tradicionais do concelho, as danças dos Pauliteiros de Miranda e a prova de BTT “Pedalando por estes carreirones”.

Sobre as montarias ao javali, agendadas para os dias 21 de janeiro, em Constantim e 22 de janeiro, na Vila Chã da Braciosa, o vice-presidente do município, Nuno Rodrigues adiantou que são esperadas mais de 500 pessoas para participar no encontro cinegético.

“Dada a grande afluência de pessoas para participar nas montarias ao javali, prevemos que as unidades hoteleiras do concelho fiquem cheias durante o fim-de-semana, do Festival de Sabores e Saberes Mirandeses”, indicou.

Outra atividade que vai trazer muito público a Miranda do Douro, na manhã de Domingo, dia 22 de janeiro, é a prova de BTT, organizada pela associação de cicloturismo L’Crenque.

De acordo com o presidente, Álvaro Ferreira, esta coletividade foi fundada em 2004 e ao longo dos anos tem integrado o programa do Festival de Sabores e Saberes Mirandeses.

“Este ano, o passeio BTT tem inscritos 100 participantes e os dois percursos de 30 e 60 quilómetros vão decorrer nas freguesias de Miranda do Douro, Paradela, Ifanes, Póvoa e Malhadas”, informou.

Outra novidade no Festival de Sabores e Saberes Mirandeses deste ano, é a não existência de um espaço de restauração, com o propósito de – justifica o município – encaminhar o público para os vários restaurantes da cidade.

“Queremos que os visitantes conheçam e apreciem a qualidade dos vários restaurantes que existem em Miranda do Douro”, disse a autarca, Helena Barril.

Para atrair a vinda do público ao Festival de Sabores e Saberes Mirandeses, o município informa ainda que realizou uma intensa campanha promocional, em particular, na vizinha Espanha, dado o gosto dos espanhóis pela visita regular a Miranda do Douro.

Após a realização do Festival de Sabores Mirandeses, o município de Miranda do Douro informa que já está a trabalhar na preparação de outros eventos, como é a Feira da Bola Doce, agendada para o mês de abril, no decorrer da Semana Santa.

HA

Bragança-Miranda: Inscrições diocesanas para a Jornada Mundial da Juventude

Estão a decorrer na diocese de Bragança-Miranda, as inscrições dos jovens para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o grande acontecimento deste novo ano de 2023, que terá lugar em Lisboa e que vai contar com a visita do Papa Francisco.

De acordo com a Pastoral Juvenil Vocacional/Jovens Bragança-Miranda, a idade mínima para a participação na JMJ é de 14 anos, completados à data de 1 de Agosto de 2023.

Os jovens menores de 18 anos inscritos para participar na Jornada deverão ser acompanhados por um maior de 18 anos e fazer-se acompanhar de uma declaração de autorização parental (documento que a organização vai disponibilizar posteriormente).

Cada adulto pode ser responsável de até 10 jovens menores de idade.

Existe apenas uma modalidade de inscrição para a participação na JMJ:

  • Pacote A1 (valor: 235€) – semana completa, com alojamento, com alimentação e com transporte para e de Lisboa.

No entanto há várias formas de pagamento:

  • Para usufruir dos 10% de desconto, o valor deve ser pago na totalidade até 20 de dezembro de 2022;
  • Para usufruir dos 5% de desconto, o valor deve ser pago na totalidade até 5 de março de 2023;
  • Pagamento na totalidade após o dia 10 de março de 2023, não beneficiará de qualquer desconto;
  • Pagamento em duas prestações: 50% no ato da inscrição e os restantes 50% até 15 de junho, sem qualquer desconto.

O pagamento é feito através de transferência bancária para o IBAN: PT50 0045 2040 40279123676 82.

A inscrição é feita neste formulário (https://forms.gle/EoaCKgN91zdNzhsJ9) e só será validada após o pagamento da totalidade do valor de inscrição e o envio, para o e-mail: “sdpjv.braganca@gmail.com“, do respetivo comprovativo de pagamento.

A data limite das inscrições diocesanas é o dia 15 de junho.

Ao inscreverem-se pela Diocese os jovens terão direito ao transporte ida e volta para Lisboa e ao Kit Diocesano de peregrino, por mais 5€.

Qualquer dúvida relacionada com as inscrições para a JMJ, deverá ser enviada para o seguinte endereço de e-mail: sdpjv.braganca@gmail.com

Fonte: SCDBM

Justiça: Ano judicial abre com funcionários em protesto

Os funcionários judiciais abrem o ano em protesto, contra a degradação das condições de trabalho e em defesa de mais contratações, sob pena de se pôr em causa o regular funcionamento dos tribunais.

A cerimónia de abertura do ano judicial está marcada para esta terça-feira, dia 10 de janeiro, pelas 15:00, hora a que devem estar a decorrer plenários sindicais convocados pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), em frente aos edifícios onde funcionam os serviços.

Simultaneamente está agendada uma greve do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), convocada a partir das 13:00 e até às 24:00, e que se prolonga por tempo indeterminado, no mesmo período, todos os dias, até haver resposta do Governo às reivindicações sindicais.

O presidente do SFJ, António Marçal, enumera várias questões na base do descontentamento dos funcionários judiciais, entre as quais a degradação física dos edifícios dos serviços, a “gritante” falta de profissionais nos tribunais, o envelhecimento da classe, a falta de progressões na carreira e a desmotivação dos profissionais, e a revisão do Estatuto dos Funcionários de Justiça, uma reivindicação antiga, prometida, mas ainda por cumprir.

“A verdade é que o tempo vai passando e já estamos a ser governados pelo XXIII Governo Constitucional, no poder há nove meses e, do Ministério da Justiça, os ventos que sopram, até agora, não nos trouxeram novidades palpáveis, apenas mais palavras bonitas”, afirmou António Marçal, que pede “medidas urgentes e concretas” para resolver os problemas da classe.

Uma das reivindicações salariais, e que os funcionários judiciais pretendem ver resolvida com a revisão do Estatuto profissional, é a integração no vencimento do suplemento de recuperação processual, correspondente a 10% do salário, que chegou a ter provisão orçamental no Orçamento do Estado de 2020, mas não se concretizou.

António Marçal referiu ainda que o sindicato quer a atribuição de um subsídio aos funcionários nas comarcas com custo de vida mais elevado, evitando a saída de profissionais para outros serviços do Estado.

“Se nada for feito, em pouco tempo teremos tribunais a funcionar à vez, como já se faz com as maternidades. O país não merece. E o Estado de direito democrático fica coxo. A quem beneficiará tal situação?”, questionou António Marçal.

A degradação das condições de trabalho levaram já o SOJ a pedir, por seu lado, ao Presidente da República, a convocação do Conselho de Estado para discutir o funcionamento da Justiça, considerando que “está em causa o regular funcionamento de um órgão de soberania, os tribunais”, atribuindo responsabilidades ao Governo, por não garantir financiamento e meios que o assegurem.

O presidente do SOJ, Carlos Almeida, recordou que os constrangimentos ao normal funcionamento dos tribunais provocados pela falta de funcionários já foram reconhecidos em deliberações do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e pela Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), quando solicitou destacamentos excecionais para dar resposta a uma situação urgente de falta de funcionários nos núcleos de Cascais e de Sintra.

Nesse aviso, reconheceu estarem “esgotados todos os meios ao alcance dos órgãos de gestão” da comarca e da própria DGAJ para garantir o funcionamento daqueles serviços.

“Temos um órgão de soberania, o Governo, a condicionar o funcionamento de outro, os tribunais”, acusou Carlos Almeida, que disse ainda estar em causa a independência e autonomia dos tribunais, o que justifica a greve por tempo indeterminado convocada pelo SOJ.

De acordo com o SOJ, a greve que se inicia esta terça-feira vai decorrer “todos os dias, até que trabalhadores e tribunais tenham as condições para realizar justiça”, em que a exigência de mais contratações e o desbloqueio das promoções estão entre as principais reivindicações.

Já no setor dos registos e notariado, o Sindicato Nacional dos Registos (SNR), que abriu o ano de 2023 com uma greve nacional, espera que neste novo ano seja possível dar resposta às suas exigências, considerando que os profissionais dos registos estão a viver “um período conturbado, desigual, assimétrico e anacrónico”.

As desigualdades salariais dentro da classe, que o novo diploma do sistema remuneratório aprovado em 2019 não resolveu, segundo o SNR, estão no topo das reivindicações deste sindicato.

“Quando se estava à espera de um diploma ponderado, justo, equitativo e transparente, que reduzisse as desigualdades salariais e cumprisse com os princípios da Constituição da República Portuguesa, verificou-se que continua tudo praticamente na mesma, ou pior. […] Uma revisão que se faça a continuar tudo igual, com as mesmas assimetrias salariais e as mesmas desigualdades, a proteger sempre os mesmos, em detrimento de outros, não é uma revisão, é uma afronta a todos aqueles trabalhadores que diariamente, ao longo destes anos, deram o seu melhor”, criticou o SNR.

Segundo o sindicato, a luta por atualizações salariais motivou já uma centena de ações no centro de arbitragem administrativa, com ganho de causa para o sindicato, mas a tutela recorreu da decisão.

“Todas as ações julgadas em primeira instância subiram para o Tribunal Central Administrativo de Lisboa. Em conclusão o próprio Ministério da Justiça contribui para o congestionamento dos Tribunais Administrativos”, criticou o SNR.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Concurso “Neste Natal compre local” já tem premiados

A 8 de janeiro realizou-se no miniauditório, em Miranda do Douro, o sorteio dos prémios do concurso “Neste Natal, Compre Local”, uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD) que teve como objetivo incentivar o público a fazer compras no comércio e nas empresas do concelho.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), Bruno Gomes, o concurso superou todas as expetativas, dado que os 14 mil cupões de compras esgotaram.

“A rápida saída dos cupões mostra que houve uma grande afluência e participação do público”, indicou.

O presidente da ACIMD revelou ainda que no ato da entrega dos cupões pelos comerciantes e empresários ao público, as pessoas ficaram bem surpreendidas e agradadas com a possibilidade de participar no concurso “Neste Natal, Compre Local”.

De 16 de dezembro até 7 de janeiro, todas as pessoas que efetuaram compras nas lojas e empresas aderentes,
receberam um cupão por cada 20€ em compras, ficando assim habilitados a participar no sorteio.

Este sorteio realizou-se no passado dia 8 de janeiro, no miniauditório, em Miranda do Douro, tendo sido premiadas as seguintes pessoas:

1º prémio (1 vale de compras 500€) – António João (Vale de Águia)

2º prémio (1 vale de compras de 200€) – Renato João

3º prémio (1 vale de compras de 100€) – (Astorga)

Do 4º ao 13º prémios (1 vale de compras de 20€) – Rocio (Espanha), Ana Fonseca (Palaçoulo), Ana (Canelas), Junta de Freguesia de Águas Vivas, Silvio Trancoso (Miranda do Douro), Ana Martins (Bilbau), Anabela Pinto (Barrocal do Douro), Ana Martins (Bilbau), Ana Garrido (Vilar de Cervos) e Adelaide Preto (Vila Chã).

A ACIMD vai agora informar estas pessoas através de um dos contatos inscritos no cupão premiado.

O levantamento dos prémios (vales de compras) deve ser feito na sede da ACIMD, no prazo máximo de 30 dias, após o sorteio.

“As pessoas premiadas devem utilizar os vales de compras até ao dia 30 de junho de 2023, nas lojas e empresas aderentes ao concurso”, indicou o presidente da ACIMD.

Para continuar a promover e valorizar o comércio e as empresas do concelho de Miranda do Douro, a ACIMD vai levar a cabo, neste novo ano, várias iniciativas.

“Vamos otimizar a comunicação do comércio e das empresas através das redes sociais, apostando em campanhas promocionais para os dias dos Namorados, Dia do Pai e Dia da Mãe. Na área da restauração, outra iniciativa que estamos a preparar é a rota das tapas e dos coktails dirigida ao público espanhol e aos turistas”, adiantou Bruno Gomes.

A ACIMD revelou que pretende ainda implementar a estratégia comercial das “montras improváveis”, através da qual pretende surpreender o público e incentivar a cooperação entre os empresários e comerciantes de Miranda do Douro.

Ao longo do ano, a ACIMD planeia ainda organizar as semanas temáticas, dedicadas a produtos que se destacam na região como são a carne mirandesa, o cordeiro mirandês, a bola doce, o fumeiro, o bacalhau mas também o artesanato, os texteis e o mobiliário.

HA

Miranda do Douro: Cantares dos Reis encheram o miniauditório

Em Miranda do Douro, o Dia de Reis foi celebrado no sábado, dia 7 de janeiro, com um encontro dos grupos corais do concelho, que cantaram as tradicionais músicas de Reis, para o muito público que quis assistir ao espetáculo.

De Sendim, o grupo “Magum” interpretou vários Cantares dos Reis, como a música tradicional “Trigo, Nozes e Marmelada”.

Na abertura do encontro, realizado no miniauditório, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver o miniauditório repleto de gente e agradeceu o empenho dos vários grupos corais em manter viva a tradição de cantar os Reis.

“Que a luz da estrela que outrora guiou os reis magos, também nos ilumine a nós para tomar boas decisões ao longo deste novo ano!”, expressou a autarca.

O espetáculo iniciou-se com a atuação do grupo coral infantil, constituído pelas crianças da Escola Básica (EB1) de Miranda do Douro. Nesta atuação, os petizes, orientados pelo professor de música, Paulo Meirinhos, cantaram as músicas “Cantamos os Reis, não por interesse mas por amizade” e “Trigo, nozes e marmelada”.

No decorrer do encontro, a apresentadora, Zélia Fernandes, sublinhou que na região da Terra de Miranda existem muitas modas tradicionais e Cantares dos Reis, que importa preservar para não caírem no esquecimento.

Em Sendim, um dos grupos que procura salvaguardar este património musical e cultural, é o grupo “Magum”. Constituído em 2017, por homens, mulheres, jovens a adultos, os “Magos” surgiram precisamente para preservar a tradição de cantar os Reis.

Nesta sua atuação em Miranda do Douro, o grupo sendinês cantou “Trigo, Nozes e marmelada”, “Vimos dar as Boas Festas!” e “Eu hei-de dar ao Menino!”.

O espetáculo dos Cantares dos Reis prosseguiu depois com as atuações dos grupos corais da associação Mirandanças, da Universidade Sénior, do grupo de Cantares dos Reis de Duas Igrejas, do Centro Cultural de Sendim, da Banda Filarmónica Mirandesa e concluiu com a interpretação do grupo coral de Palaçoulo.

No final deste encontro, o professor de música e vocalista dos Galandum Galundaina, Paulo Meirinhos, felicitou a organização do evento e sublinhou a importância de cuidar deste património cultural.

“É muito interessante esta iniciativa de incentivar os grupos, das várias localidades do concelho de Miranda do Douro, a manter vivos os cantares e as músicas tradicionais alusivas à festa dos Reis e também de outras festividades”, disse.

Paulo Meirinhos, acrescentou que ao longo do ano, realiza um trabalho similar com as pessoas que participam nas atividades da universidade sénior, em Miranda do Douro.

“Nas aulas da universidade sénior procuramos recuperar e cantar músicas tradicionais das várias localidades da Terra de Miranda”, indicou.

O encontro “Bamos a cantar ls Reis” concluiu-se com uma ceia oferecida pelo município de Miranda do Douro, aos grupos corais e ao público, que assim tiveram a oportunidade de saborear um momento de convívio e confraternização.

HA

Agricultura: Protestos da CAP contra extinção das direções regionais de Agricultura

Os protestos contra a extinção das direções regionais de Agricultura arrancam, este mês de janeiro, em Mirandela, e prolongam-se até fevereiro, informou a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

A primeira ação “contra o desmantelamento do Ministério da Agricultura decorrerá em Mirandela já a 26 de janeiro, seguindo-se Castelo Branco, dia 30, e Ribatejo, Oeste e Alentejo, em fevereiro”, refere a CAP, salientando que “a voz e ação dos agricultores portugueses contra a extinção das Direções Regionais de Agricultura (DRA) e sua integração nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai fazer-se ouvir e sentir já a partir de dia 26 deste mês”.

Trata-se da primeira ação local de protesto, das que estão previstas para janeiro e fevereiro, “esperando-se que a adesão dos agricultores seja crescente à medida que o tempo avance e que os problemas que a agricultura e a floresta portuguesa enfrentam se forem agravando”, adianta a CAP.

“A extinção das DRA foi a faísca que acendeu o rastilho para esta mobilização nacional, que começa a 26 de janeiro, e que não tem data prevista para acabar. Iremos assistir a uma onda nacional de protestos e manifestações por parte dos agricultores, porque rejeitamos ser espectadores passivos do colapso do ministério da Agricultura e da desvalorização do mundo rural”, afirma o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, citado no comunicado.

O Ministério da Agricultura “perdeu peso político” e foi-lhe “subtraída a tutela das florestas, que foi incapaz de se bater por apoios ao setor no decurso da pandemia, inoperante na execução do Portugal 2020 com mais de 1.200 milhões de euros por executar, ausente em apoios durante a seca severa que o país atravessou, que anuncia pagamentos e reiteradamente incumpre prazos por si estabelecidos, omisso em medidas capazes de mitigar o aumento brutal dos custos da energia e dos combustíveis e que ainda não operacionalizou apoios financeiros decorrentes da guerra na Ucrânia e já aprovados por Bruxelas”, critica o responsável.

Segundo a CAP, a integração das competências das DRA nas CCDR “lesa a agricultura portuguesa, não está conforme as regras da Política Agrícola Comum (PAC) e é prejudicial para o desenvolvimento da agricultura e da floresta nacionais”.

Trata-se de uma “decisão errada, como a CAP denunciou desde a primeira hora, desconforme do Programa Estratégico respeitante à PAC que Portugal acabou de submeter à Comissão Europeia que não contém esta forma de aplicação dos fundos”.

Além disto, prossegue a Confederação, “põe na alçada de organismos que não estão sob tutela do ministério da Agricultura, e que não têm conhecimentos ou qualificações para a operacionalização de fundos que são destinados aos agricultores, o que é inaceitável”.

“Tudo isto feito à revelia do setor, sem explicações ou fundamentação, o que é intolerável e motivo de profundo descontentamento e indignação”, insiste a CAP, que denuncia que a “total ausência de visão e de rumo para o setor agroflorestal está a condicionar negativamente a atividade em Portugal e a hipotecar o seu desenvolvimento futuro”.

A CAP afirma que o Governo “não só não foi capaz de acompanhar as necessidades do setor, como tem feito uso da sua maioria absoluta para fazer exatamente o contrário, prejudicando o presente e o futuro da agricultura em Portugal”.

Fonte: Lusa

EPIFANIA DO SENHOR (SOLENIDADE)

Deus é para todos

Is 60, 1-6 / Slm 71 (72), 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12

Habita-nos o desejo profundo de pertencer, de fazer parte de algo maior do que nós. E vamos encontrando formas de o saciar de diversas formas: na família onde nascemos, no bairro ou cidade onde crescemos, no país em que vivemos, ou até numa opção de vida dadora de sentido, que por vezes é a religião.

A Solenidade da Epifania, que hoje celebramos em Igreja, traz uma novidade que abalou o mundo de então e que ainda hoje nos deve fazer estremecer: Deus vem para todos e estabelece a fraternidade universal. Como nos dizem Paulo e Isaías nas leituras que escutamos, a salvação de Deus dirige-se igualmente a gentios e judeus, é para todas as nações da terra.

Os Magos que saíram do Oriente para conhecer o Rei dos Judeus que acaba de nascer, seguindo o rasto de um fenómeno cósmico, de uma estrela, são os primeiros a romper com as barreiras do sangue e da tribo. Afirmam com clareza, sem palavras e através de gestos, que o Menino que nasce em Nazaré é dádiva para a Humanidade.

E isto deve colocar-nos diante de uma pergunta: quantas vezes excluímos da alegria da comunhão aqueles que nasceram noutro lugar, falam doutra maneira, vestem-se diferentemente ou têm comportamentos que nos parecem estranhos? Quantas vezes tentamos reduzir a fraternidade universal de Jesus, Deus encarnado, ao seleto grupo de pessoas escolhidas por nós?

Nesta Solenidade da Epifania, tenhamos a mesma liberdade e arrojo que os Magos tiveram ao sair de casa atrás de uma estrela e sigamos o Espírito Santo. Deixemos que Ele nos ilumine e nos diga que ressentimentos ou preconceitos são impedimento na construção do Reino. E, acompanhados pela ternura e doçura do nosso Deus, arrisquemos dar o primeiro passo em direção àqueles que empurramos para longe. Quem sabe se não será esse nosso primeiro passo a trazê-los para o caminho da santidade.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1939

Ensino: Alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao superior

Os alunos terão de realizar quatro exames nacionais para se candidatarem ao ensino superior, sendo Português obrigatório e as três provas restantes definidas pelas instituições de ensino para onde pretendem ir, revelou o ministério.

O projeto de acesso ao ensino superior está na sua fase final e será aplicado de “forma muito progressiva” sem “perturbar as escolas, os alunos nem as famílias”, disse o secretário de estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.

Este ano, o modelo de acesso irá manter-se inalterado, continuando a vigorar as regras que foram definidas durante a covid-19.

A única medida da pandemia que se irá manter para os próximos anos é o fim da obrigatoriedade dos exames para certificar a conclusão do ensino secundário, sendo exigidos apenas a quem queira ingressar no superior.

A novidade é que todos os alunos que queiram continuar os estudos terão de fazer a prova de Português que, segundo o secretário de Estado, é “o candidato natural” para avaliar a formação geral dos alunos.

“É uma disciplina absolutamente nuclear que acompanha os estudantes ao longo de todo o seu processo de formação no ensino básico e secundário e que, aliás, é regra na generalidade dos países que têm sistemas de exames”, explicou.

Segundo o governante, este exame não será realizado pelos alunos que este ano estão no 12.º ano, mas ainda está em análise a hipótese de vir a ser pedido no próximo ano letivo aos estudantes que agora estão no 11.º ano.

Além de Português, os alunos terão de realizar, pelo menos, outros três exames nacionais que serão definidos pelas instituições de ensino superior para acesso a cada curso, explicou.

O secretário de estado garantiu que estas novas medidas serão aplicadas de forma gradual: “Não faz sentido que a um estudante que está este ano no 11.º ano lhe seja pedido, quando está no 12.ºano, um exame do 11.º ano, se este ano eles não foram exigidos”.

Pedro Teixeira explicou que existem aspetos que “poderão ser introduzidos sem grande dificuldade já este ano ou em 2024 e outros em 2025”.

Uma das medidas que será introduzida já este ano será a antecipação da divulgação do despacho de vagas de acesso ao ensino superior assim como da divulgação dos resultados das três fases de acesso, para que todos os alunos possam começar as aulas na mesma altura.

Outra das novidades, que não irá entrar já em vigor, poderá ser o aumento do peso dos exames nacionais.

Havia instituições onde os exames nacionais podiam ter um peso de cerca de 45% e a ideia é subir para um mínimo de 50% e um máximo de 60 para 65%, no sentido de reforçar um bocadinho aqui o peso dos exames, explicou.

O secretário de Estado defendeu que os exames têm um “papel regulador e introdutor de alguma comparabilidade, alguma justiça social”, uma vez que estão a concorrer alunos de todo o país e todo o tipo de escolas, onde as avaliações podem ser muito dispares.

“O que nós observamos é que nas disciplinas em que há exame, o comportamento padrão das notas é mais próximo entre si, quer entre diferentes regiões do país que quer entre escolas públicas e privadas”, acrescentou.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Regressam os cantares de Reis

Com o propósito de manter viva a tradição de cantar os Reis, o município de Miranda do Douro, vai promover no serão de sábado, dia 7 de janeiro, o encontro “Bamos a cantar ls Reis”, uma iniciativa que vai juntar no miniauditório, vários grupos corais de todo o concelho.

O grupo “Quinteto Reis” interpreta o tema “Ora vem ver”

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, após dois anos impossibilitados de organizar o encontro de cantares dos Reis, por causa da pandemia, este ano verifica-se uma grande adesão de grupos de todo o concelho.

“As pessoas têm muita vontade de participar nos Cantares dos Reis e estou em crer que o miniauditório, em Miranda do Douro, se vai tornar pequeno para tanta gente!”, adiantou.

A autarca confirmou que no encontro “Bamos a cantar ls Reis”, agendado para o sábado, dia 7 de janeiro, às 21h00, em Miranda do Douro vão participar grupos da cidade, da vila de Sendim, de outras aldeias do concelho e um grupo infantil da Escola Básica.

Sobre os Cantares dos Reis, Helena Barril, disse apreciar sobretudo as músicas interpretadas pelo grupo “Quinteto Reis”.

“Os ‘Quinteto Reis’ surgiram precisamente para cantar os Reis e preservar músicas que corriam o risco do esquecimento. Com os ‘Quinteto Reis’ aprendemos muitos cantares antigos. Este grupo foi inovador e inspirou mesmo o surgimento de outros grupos, assim como uma maior atenção e preservação dos cantares tradicionais”, indicou.

Os “Quinteto Reis” surgiram em 1984 com o propósito inicial de preservar a tradição dos “Cantares dos Reis”. Com a passar dos anos e dado o bom acolhimento do público, o grupo foi interpretando outros temas musicais caraterísticos da Terra de Miranda.

O grupo chegou a editar um disco intitulado “Quinteto Reis 84”, composto por 16 temas e que são a base dos seus concertos.

Ao longo destes 38 anos de atividade já atuaram em vários palcos, desde a Festa do Avante, às tradicionais festas populares mas também em festas de aniversário, casamentos e batizados. De acordo com o músico e também artesão, António José Dias, o segredo da longevidade do “Quinteto Reis” deve-se sobretudo à grande amizade que há entre os membros do grupo.

HA

Sendim: Dia de Reis celebrado ao longo de três dias

A partir desta sexta-feira, dia 6 de janeiro, a vila de Sendim vai começar a celebração do Dia de Reis, com os cantares porta a porta pelas ruas da vila, seguida da atuação no Encontro de Cantares em Miranda do Douro, para concluir esta festividade com a participação no evento Dia de Reis, promovido pela comissão de festas de Santa Bárbara.

O Dia de Reis é promovido pela comissão de Festas de Santa Bárbara 2022/20223 e segundo o mordomo, José André, este evento pretende preservar a tradição dos cantares dos Reis.

No tarde de Domingo, a partir das 16h00, para além da atuação dos grupos “Magum” e do Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim, a comissão de festas vai servir os “Reis”, ou seja, um lanche, à população de Sendim.

De acordo com Telmo Ramos, o grupo de Cantares dos Reis “Magum” surgiu em 2017, fruto da iniciativa de um grupo de amigos sendineses, que quis preservar esta tradição.

«O grupo é constituído por homens e mulheres, jovens a adultos, que cantam, tocam instrumentos musicais e interpretam vários temas alusivos a esta festividade, como por exemplo: “Trigo, nozes e marmelada, lombo de porco e vitela assada”, “Vinde pastores e magos” e outros temas cantados pelo grupo Quinteto Reis, como o “Ora, vem ver!”, disse.

Segundo Telmo Ramos, a adesão e o entusiasmo dos sendineses pela tradição dos Cantares dos Reis tem vindo a crescer, ainda mais com a introdução de vários instrumentos musicais, como a concertina, as violas, o bombo e a pandeireta.

“Os instrumentos musicais dão mais melodia e animação aos Cantares dos Reis”, justificou.

Sobre a tradição de cantar os Reis, porta a porta pelas ruas de Sendim, Telmo Ramos, adiantou que na sexta-feira, dia 6 de janeiro, também vão cantar em algumas casas da vila.

“No dia de Reis, a 6 de janeiro, vamos cantar em algumas casas. Aí, para além dos cantares, vamos ser presenteados com a oferta de uma merenda, com produtos típicos desta altura do ano, como são as chouriças assadas, as alheiras, o presunto, o bolo rei, as rabanadas, o vinho, jeropiga e licores”, contou.

O outro grupo que vai participar nas celebrações do Dia de Reis, é o Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim. Segundo a presidente, Sandra Nobre, o objetivo é preservar esta bonita tradição.

“Na sexta-feira, conjuntamente com o grupo Magum, vamos cantar os Reis, porta a porta, pelas ruas de Sendim. No sábado, vamos participar no Encontro de Cantares de Reis, promovido pelo município de Miranda do Douro. E finalmente, no Domingo, vamos colaborar com a comissão de Festas de Santa Bárbara e cantar os Reis, no pavilhão multiusos de Sendim, para toda a população”, indicou.

No repertório, o Rancho Etnográfico do Centro Cultural de Sendim, que é constituído por muitas crianças, vão cantar músicas dos Reis como o “Corramos com pressa!”, “Oh de casa, nobre gente!” e “Beijai o Menino!”.

Desde que assumiu funções, a mordomia de Santa Bárbara 2022/2023 tem realizado várias atividades, com o objetivo de angariar dinheiro para organizar a festa da padroeira, no próximo dia 13 de agosto, em Sendim.

Segundo o mordomo, José André, nos grandes eventos da vila, como são o festival Intercéltico, a Feira dos Grazes ou a Ronda das Adegas procuram participar de modo a publicitar a festa de Santa Bárbara e a angariar dinheiro com a venda de vários produtos.

“Para além da participação nos grandes certames, a Comissão de Festas de Santa Bárbara organiza ao longo do ano, vários eventos temáticos, como foi a Noite da Francesinha, realizada a 17 de dezembro, no pavilhão multiusos, a qual foi um sucesso, com lotação esgotada”, disse.

HA