Espanha: Incêndio circunscrito na província de Zamora

Espanha: Incêndio circunscrito na província de Zamora

O incêndio que deflagrava desde 15 de junho na província espanhola de Zamora está circunscrito, depois de ter consumido mais de 25 mil hectares, uma área que faz com que seja o maior da última década no país.

A descida das temperaturas no sábado à noite contribuiu para melhorar a situação e o vento menos intenso do que nos dias anteriores tem favorecido o combate às chamas, embora o fogo ainda esteja ativo, informaram as autoridades no terreno.

O combate às chamas em Zamora contou no sábado com 39 operacionais portugueses, entre bombeiros e técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança, distrito que faz fronteira com a província espanhola.

Entretanto, esses operacionais já regressaram a Portugal.

Segundo a agência EFE, a melhoria da situação permitiu o regresso a casa dos moradores de 20 localidades que tinham sido retirados por precaução no sábado à noite, assim como a reabertura das estradas e linhas férreas encerradas por causa do fumo e das chamas.

Com o incêndio circunscrito, e para evitar que os ventos de até 40 quilómetros por hora registados reacendessem as chamas, quase 700 militares foram destacados para a zona.

Dada a dimensão do incêndio e as suas consequências, o presidente da Junta de Castela e Leão, Alfonso Fernández Mañueco, que hoje revisitou o centro de comando avançado, anunciou um plano especial para a recuperação ambiental e socioeconómica da zona atingida.

A delegada do Governo em Castela e Leão, Virginia Barcones, adiantou também que chegaram a Zamora técnicos do Ministério para a Transição Ecológica e do Desafio Demográfico para começarem a avaliar os danos, com vista a criar, “com a máxima rapidez”, os pacotes de ajuda necessários.

O chefe do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, transmitiu ao presidente da Junta de Castela e Leão a disponibilidade em ajudar no combate ao incêndio na serra de Culebra, em Zamora.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Miranda Cup foi um recinto de alegria

Miranda do Douro: Miranda Cup foi um recinto de alegria

Na tarde de 16 de junho, o estádio municipal de Santa Luzia, em Miranda do Douro, foi o recinto do torneio de futebol “Miranda Cup”, que pôs em competição os escalões mais jovens das equipas do Mirandês, Sendim, Mogadouro e Escola de Futebol Crescer, numa tarde de competição lúdica que gerou uma grande adesão e alegria nas crianças.

O torneio “Miranda Cup 2022” pôs em competição os escalões petizes (sub-6) e traquinas (sub-9).

O torneio “Miranda Cup” foi organizado pelos técnicos de desporto do município de Miranda do Douro e teve como objetivo dar a oportunidade às crianças dos vários clubes, de competirem entre si.

De acordo com o responsável pelo torneio, Francisco Parreira, os jogos destas crianças, com idades compreendidas entre os seis e os nove anos, têm um propósito lúdico.

“O objetivo do torneio Miranda Cup é proporcionar uma tarde recreativa a estas crianças. No final do torneio não haverá qualquer classificação e a todas as equipas e crianças será entregue o mesmo prémio: uma medalha pela sua participação no Miranda Cup 2022”, informou.

Ao longo da época desportiva, as crianças dos escalões mais jovens participaram noutros torneios com caráter lúdico, em Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro.

O treinador dos escalões de petizes e traquinas do Grupo Desportivo Mirandês, Manuel João Carção revelou que treinar estas crianças é exigente.

“Não é fácil treinar estas crianças, dado que ainda são muito jovens e não desenvolveram completamente as suas habilidades motoras. Para além disso, têm dificuldade em manter a concentração, o que exige de nós, treinadores, um acompanhamento constante e individual de cada criança”, disse.

O técnico de desporto do município de Miranda do Douro explicou que um jogo de futebol destes escalões, ainda é muito “anárquico”, isto é, sem organização e as crianças destas idades não conseguem interpretar bem o jogo.

“Para estas crianças, de 6 a 9 anos, o jogo é unidirecional, ou seja, é ter a bola no pé e correr com ela, individualmente, para a baliza adversária”, descreveu.

Por essa razão, o técnico mirandês explicou que que aos treinadores compete ensinar as crianças movimentos como o passe, a receção, a marcação, a posição defensiva, o desarme, a desmarcação e o remate.
Os jogos nos escalões petizes (sub-6) e traquinas (sub-9) têm sempre um caráter lúdico e não competitivo.

Sobre a participação das crianças nos torneios, Manuel João Carção, disse que elas é uma verdadeira alegria.

“O torneio Miranda Cup é o quarto torneio da época e este tipo de competição, embora lúcida, gera sempre uma grande adesão e felicidade nas crianças”, disse.

Ana Isabel Martins, é mãe do Dinis, um jovem de 7 anos, que joga nos Traquinas do Grupo Desportivo Mirandês e sublinhou a importância do futebol, no crescimento do filho.

“A atividade física nestas idades é muito importante. E o futebol permite-lhe desenvolver também valores como o companheirismo, o espírito de equipa e a entreajuda”, disse.

A poucos minutos de entrar em jogo, o filho, Dinis Magalhães, não continha a sua grande alegria pela oportunidade em participar em mais um torneio de futebol, como o Miranda Cup.

HA

Mogadouro: Lançamento da Plataforma do Observatório Nacional da Desertificação

Mogadouro: Lançamento da Plataforma do Observatório Nacional da Desertificação

A Plataforma do Observatório Nacional da Desertificação (OND), com o objetivo de promover um portal de dados abertos, é lançada esta sexta-feira, dia 17 de junho, dia da Desertificação e Seca, em Mogadouro.

A plataforma será lançada oficialmente durante um seminário organizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em Mogadouro, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

O objetivo da plataforma passa por “desenvolver e operacionalizar a infraestrutura de dados de suporte do OND e promover um portal de dados abertos, que concentre a informação obtida no âmbito da atividade do Observatório sem encargos para os utilizadores”.

De acordo com o mesmo comunicado, o projeto “visa também promover e acompanhar a constituição e funcionamento de painéis de monitorização ‘online’ (‘dashboards’), para a monitorização dos indicadores relevantes no contexto do OND”, disponibilizando também interligação às bases de dados relevantes de outras entidades.

“A par dos planos de gestão eficiente da água e dos recursos hídricos já implementados, esta é mais uma iniciativa que responde à necessidade, cada vez mais urgente, de combater a desertificação, procurando assegurar a neutralidade da degradação dos solos e para mitigar os efeitos da seca”, refere.

Segundo a página oficial, o OND tem como principais funções o acompanhar, monitorizar e avaliar as medidas e os instrumentos de política aplicáveis ao combate à desertificação e à mitigação da seca, assim como monitorizar os resultados do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PANCD) 2014 e o contributo nacional para os indicadores, da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CNUCD) e a sua aplicação.

O dia da desertificação e seca 2022 é assinalado a 17 de junho, a nível mundial, com o mote: “Superar a Seca Juntos”.

Fonte: Lusa

Vimioso: Alunos criam obras de arte para ajudar o povo ucraniano

Vimioso: Alunos criam obras de arte para ajudar o povo ucraniano

A Casa da Cultura de Vimioso inaugurou a exposição de arte “Voluntariado Ajude a Ucrânia”, trata-se de uma série de pinturas e vasos com plantas, realizados pelos alunos do 8º ano e do Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA), do Agrupamento de Escolas de Vimioso, com o propósito de angariar dinheiro para ajudar o povo ucraniano.

Na inauguração da exposição, que vai estar acessível ao público, de 13 a 30 de junho, o vice-presidente do município de Vimioso, António Santos, elogiou os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) pelo trabalho de solidariedade que realizaram a favor do povo e das crianças ucranianas.

Por sua vez, a diretora do Agrupamento de Escolas de Vimioso, Ana Paula Falcão, deu os parabéns aos alunos e à professora de educação visual do 3º cliclo, que tomou a iniciativa de desenvolver um projeto de arte para apoiar a causa ucraniana.

A professora responsável pelo projeto, Cristina Guimarães, contou que a ideia de criar esta exposição de pinturas e vasos com plantas surgiu do choque que as imagens da guerra na Ucrânia provocaram nos seus alunos.

“Esta é mais uma inciativa para tentar ajudar o povo ucraniano e em particular, as crianças. A exposição também serve para que os alunos ganhem consciência do papel que a arte pode desempenhar na defesa de valores e de causas, como é a liberdade e o voluntariado”, explicou.

A docente disse ainda que que a inauguração desta exposição solidária no final do ano letivo, vem premiar o trabalho realizado pelo alunos ao longo do ano.

Por seu lado, os jovens artistas afirmaram que não foi difícil encontrar inspiração para realizar as pinturas a favor da Ucrânia. A jovem Leonor Miranda, por exemplo, disse que com a professora deu várias ideias, o que ajudou a definir o objeto da sua pintura. Já o companheiro, Gabriel Lourenço explicou que na sua pintura tentou descrever o sofrimento de uma jovem família em fuga da guerra na Ucrânia.

“Desenhei e pintei a difícil realidade de fuga de uma mãe, com o seu filho, lado a lado a atravessarem a pé, um túnel escuro de caminho de ferro, para chegar a um lugar tranquilo e luminoso”, descreveu.

Esta e outras pinturas, assim como vários vasos com plantas, desenhados com cores alusivas à Ucrânia, vão estar expostas na Casa da Cultura de Vimioso, até 30 de junho.

De acordo com a diretora do Agrupamento de Escolas de Vimioso, a verba resultante da venda das pinturas e dos vaso/plantas expostas vai reverter a favor do povo da Ucrânia.

“O dinheiro angariado com a venda destas obras de arte vai ser depositado numa conta bancária de ajuda à Ucrânia e o comprovativo vai ser exposto na página do AEV.”, disse.

HA

Vimioso: Férias Desportivas vão animar os jovens no verão

Vimioso: Férias Desportivas vão animar os jovens neste verão

O ano letivo para os alunos do 5º, 6º, 7º e 8º anos termina a 15 de junho e com o final das aulas, a preocupação dos pais é a de arranjar atividades de ocupação dos tempos livres para os filhos. A pensar nisso, o município de Vimioso oferece as “Férias Desportivas”, que consiste num programa variado de atividades desportivas e culturais com o propósito de proporcionar aos mais novos umas férias de verão cheias de animação.

O programa das “Férias Desportivas” inclui atividades como a canoagem nos rios Maçãs, Angueira e Sabor, as caminhadas e provas de orientação na natureza e a visita às várias aldeias do concelho para conhecer melhor a sua história, tradições e ofícios.

Assim sendo, de segunda a sexta-feira, os jovens inscritos vão iniciar as atividades às 9h00 da manhã e terminam às 17h30.

Dois dias por semana, as atividades vão ser orientadas pela empresa Coordenadas de Aventura. De acordo com Sérgio Torrão, neste dias os jovens vão ter a oportunidade de experimentar modalidade desportivas como canoagem, stand up paddle, rapel, escalada, slide, provas de orientação, pump zone, entre outros desportos.

“O concelho de Vimioso tem ótimas condições para a prática destes desportos ao ar livre. Recordo que o concelho é atravessado por três rios: o Maçãs, o Angueira e o Sabor, o que nos permite desenvolver várias atividades na natureza e na água, como as caminhadas, as provas de orientação, o rapel, o slide e a canoagem”, disse.

Nos restantes três dia da semana, estão a ser programadas várias atividades culturais. Entre estas destacam-se os passeios temáticos para conhecer melhor as várias aldeias do concelho, como é a aldeia histórica de Algoso, Argozelo e a Quinta de Vale de Pena.

De acordo com a organização, os jovens terão ainda a oportunidade de conhecer e experimentar os antigos ofícios, como a manufatura do pão e dos escrinhos.

Com a Associação para o Estudo do Gado Asinino (AEPGA), os mais novos vão ser veterinários por um dia.

Em Uva, os jovens vimiosenses poderão participar no restauro dos pombais tradicionais.

Nestas férias de verão, os miúdos vão ainda aprender a cozinhar e divertir-se em grupo com os jogos tradicionais.

Está ainda programada uma visita ao canil e gatil intermunicipal de Vimioso, onde os mais novos vão aprender mais sobre a adoção responsável de animais.

Para encerrar em beleza a final das “Férias Desportivas” está agendado um jantar de gala e uma visita ao Naturewaterpark, em Vila Real.

As “Férias Desportivas” são uma atividade organizada pelo município de Vimioso em colaboração com a Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso e a empresa Coordenadas de Aventura.

As inscrições nas “Férias Desportivas” decorrem até 15 de junho na Casa da Cultura de Vimioso e destinam-se aos jovens com idades entre 10 e 16 anos.

HA

Miranda do Douro: Evento “Portugal a Dançar” nos dias 17, 18 e 19 de junho

Miranda do Douro: “Portugal a Dançar” nos dias 17, 18 e 19 de junho

A maior competição nacional de dança «Portugal a Dançar», vai estar em Miranda do Douro nos dias 17, 18 e 19 de Junho, para a realização de provas eliminatórias e de workshops gratuitos abertos a toda a comunidade.

“Portugal a Dançar” é uma marca registada do Dance4U Group.

Segundo esta organização, a competição de dança está a percorrer o país, em 15 localidades e também as comunidades portuguesas no estrangeiro, com o propósito de aproximar a dança das pessoas de um modo gratuito e diversificado e descobrir novos talentos.

Em Miranda do Douro, as eliminatórias vão começar na sexta-feira à tarde, dia 17 de junho e prolongam-se até sábado, dia 18. A final está agendada para Domingo, dia 19, no auditório municipal de Miranda do Douro pelas 16 horas, e está aberta ao público.

Para além da competição, este festival de dança oferece ainda a vertente educativa, com a realização de workshops de dança gratuitos e de espetáculos. Assim, estão previstos os seguintes workshops: Salsa com Nágyla Galvão às 15h30; o workshop de Cha cha cha com João Costa às 16h45 e workshop de Bollywood, com Sofia Lopes às 18h.

Quem pretenda participar no evento “Portugal a Dançar” pode submeter a sua inscrição através do site www.portugaladancar.pt, onde encontra também o regulamento da competição.

De acordo com a organização, o vencedor da final nacional do «Portugal a Dançar» além dos prémios, terá também a oportunidade de apresentar a coreografia vencedora num dos congressos promovidos pelo Concelho Internacional de Dança da UNESCO.

HA

Música: Ensaio em Sendim pôs toda a gente a cantar

Música: Ensaio em Sendim pôs toda a gente a cantar

No serão do dia 9 de junho, a praça central, em Sendim, foi o local para o ensaio do coro da universidade sénior e do coro infantil de Sendim, um momento musical que atraiu a curiosidade da população local e pôs crianças e adultos a cantar juntos as músicas tradicionais.

Durante os meses de maio e junho, o Município de Miranda do Douro está a promover em várias aldeias do concelho e na vila de Sendim, ensaios dos coros da universidade sénior e dos coros Infantis, abrindo-se assim à participação das populações locais.

Esta é uma iniciativa da Casa da Música Mirandesa e segundo Rui Valdemar, o grande objetivo destes esnsaios é agir contra o isolamento que se vive nas aldeias.

“Sem a pressão de fazer um concerto, estes ensaios têm como objetivo animar um pouco o ambiente nas aldeias, onde os coros podem ensaiar o reportório e ir acompanhando musicalmente as crianças que vivem nessas localidades”, explicou.

Após o primeiro ensaio realizado na aldeia da Póvoa, no passado dia 2 de junho, agora foi a vez da praça central de Sendim, acolher, no serão do dia 9 de junho, o ensaio do coros da universidade sénior e do coro infantil de Sendim.

A noite do dia 9 de junho, na praça central de Sendim esteve muito convidativa, pelo que muitas crianças, jovens e adultos foram juntando-se aos coros, à medida que o mestre dos ensaios, Paulo Meirinhos, ia entoando um leque de músicas tradicionais.

Um dos participantes no animado serão musical foi Luís Santiago, presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, que relembrou que a vila de Sendim é uma terra de “musiqueiros”.

“Em Sendim, a música está muito presente e basta ver a quantidade de grupos profissionais que existem na vila. É pois com agrado que Sendim acolhe o ensaios dos coros e que tem a mais-valia de juntar as crianças e os adultos”, sublinhou.

Outra participação muito entusiasta, foi a da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, que do princípio ao fim do ensaio, acompanhou, cantou e aplaudiu o coro da universidade sénior e o coro infantil de Sendim.

“Após dois anos de falta de convívio por causa da pandemia, as pessoas estão com muita vontade de participar em eventos como este. Por isso, o município apoia esta iniciativa de levar a música e um pouco de alegria às localidades do concelho” – Helena Barril.

Por sua vez, o mestre dos ensaios, o músico Paulo Meirinhos contou que a ideia de deslocalizar estes ensaios para as aldeias e para a vila de Sendim, surgiu da necessidade dos coros sairem da sala de ensaios para irem ao encontro das pessoas.

“É importante levar a música para a rua, para as pessoas. Assim como é importante conviver”, disse.

Sobre a participação das crianças e jovens no ensaio em Sendim, Paulo Meirinhos explicou essa adesão vem da relação que estabelece com os alunos nas aulas, dado que é professor de música, nas escolas do concelho.

“Tal como os adultos, as crianças já conhecem e cantam muitas das músicas tradicionais”, Paulo Meirinhos.

Para Paulo Meirinhos, a oportunidade de juntar estas diferentes gerações em torno da música é motivo de gozo e consolação.

“Também gostaria que estivesse aqui o coro senior, ou seja, as pessoas que vivem nos lares de idosos, onde também faço animação musical. Mas pelo avançar da idade isso já não é assim táo fácil”, acrescentou.

Após a digressão dos ensaios pelas várias localidades do concelho de Miranda do Douro, Paulo Meirinhos, referiu que gostaria de organizar um grande concerto, com a participação dos vários coros infantis e da universidade sénior.

No decorrer do ensaio, em Sendim, Paulo Meirinhos, convidou o músico espanhol, Rodrigo Cuevas, para cantar uma música tradicional das Astúrias, de onde é natural. Sobre o ensaios dos coros, o artista espanhol disse ter ficado encantado.

“Gostei muito de ver as crianças e os adultos a cantar juntos. Este ensaio em Sendim, permitiu ver que a música tem esta capacidade de juntar as pessoas e criar comunidade”, Rodrigo Cuevas.

Os próximos ensaios dos coros vão realizar-se em Palaçoulo, no dia 14 de junho. Em Genísio, a 27 de junho. Em São Pedro da Silva, no dia 29 de junho. E o último ensaio está agendado para Miranda do Douro, no dia 30 junho.

HA

Vimioso: I Semana para a Saúde e Bem Estar destacou o potencial turístico das Termas

Vimioso: I Semana para a Saúde e Bem Estar destacou o potencial turístico das Termas

Concluiu-se na manhã desta sexta-feira dia 10 de junho, a I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura, uma iniciativa do município de Vimioso que teve como propósito educar a comunidade vimiosense para a promoção qualidade de vida, destacando por exemplo, os benefícios das Termas de Vimioso para a saúde.

Na manhã desta sexta-feira, o público presente no auditório da Casa da Cultura de Vimioso, teve a oportunidade de saber mais sobre a importância da saúde termal para o bem estar, através da exposição da Dra. Raquel Diz, médica de família e hidrologista nas Termas de Vimioso.

De acordo com a médica vimiosense, a prevenção desempenha um papel primordial na saúde e as termas, assim como as caminhadas ou a atividade física, desempenham um papel primordial.

“Queremos que as Termas de Vimioso sejam vistas não só como curativas, mas também como um meio de prevenção das doenças”, indicou.

A médica hidrologista relembrou os efeitos terapêuticos das águas sulfurosas das Termas de Vimioso, com benefícios para os sistemas músculo-esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

A profissional de saúde destacou ainda que as Termas de Vimioso têm um enorme potencial turístico, dado que são a única estância termal no distrito de Bragança e também na região mais próxima da vizinha Espanha.

O encerramento da I Semana para a Saúde e Bem Estar – Dr. José Joaquim de Moura, esteve a cargo do presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, e na sua intervenção o autarca reiterou que o executivo continua a trabalhar para aproveitar o potencial turístico das Termas de Vimioso.

“O município de Vimioso está a adquirir os terrenos envolventes às Termas de Vimioso, de modo a criar condições para que no futuro, alguêm do setor privado posssa construir uma unidade hoteleira nas imediações da estância termal”, adiantou.

Ainda a propósito das Termas de Vimioso, Jorge Fidalgo, informou que outra pretensão do município é a de pôr em funcionamento o curso técnico-profissional em “Termalismo e Bem-Estar”, dada a contínua afluência de estudantes para realizar estágios nas termas locais.

Antes de encerrar a I Semana para a Saúde e Bem Estar- Dr. José Joaquim de Moura, que decorreu em Vimioso, de 6 a 10 de junho, Jorge Fidalgo enalteceu os 40 anos de trabalho e de serviço do saudoso Dr. José Joaquim de Moura, à população do concelho de Vimioso, entre os anos 1896 até à data da sua morte, em 1939.

HA

Atenor: Regressa a “Ronda das Adegas”

Atenor: Regressa a “Ronda das Adegas”

Nos dias 17, 18 e 19 de junho vai realizar-se a X edição da “Ronda das Adegas”, um evento organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Atenor que oferece aos visitantes um circuito de adegas, tasquinhas, artesãos ao vivo, jogos tradicionais, exposições, oficinas, teatro, animação de rua e concertos na aldeia de Atenor (Miranda do Douro).

A “Ronda das Adegas” surgiu em 2010 e ao longo dos anos o evento ganhou cada vez mais visitantes e popularidade. SegundoBarbára Fráguas, da Associação Cultural e Recreativa de Atenor, o sucesso deve-se à originalidade de implementar um conceito novo de evento no território mirandês.

“Decidimos criar um evento na zona antiga da aldeia de Atenor, onde está edificada a igreja, o lagar, o tanque comunitário e as casas tradicionais. Esta área forma um triângulo que nos permite criar um circuito de exposições, música, tasquinhas, oficinas, workshops, etc.”, explicou.

Segundo Bárbara Fráguas, alguns dos habitantes de Atenor colaboram de boa-vontade com a organização e no decorrer do evento cedem mesmo as suas casas antigas para que possam realizar-se as várias atividades.

Por outro lado, na rua há animação musical, concertos, teatro e ateliers dos antigos ofícios tais como a cestaria, a olaria, o tear, a cutelaria, a fundição do ferro, a padaria, trabalhos em madeira, produção de sabão, entre outros.

“De todas as atividades do evento, a mostra dos antigos ofícios é a mais difícil de manter, devido à idade avançada dos artesãos e à inexistência de jovens que queiram dar continuidade a estes ofícios”, disse.

O nome das “Ronda das Adegas” foi sugerido por Moisés Esteves, da associação Cultural e Recreativa de Atenor e vem da antiga tradição ir provar o vinho novo, ao mesmo tempo que se se comia algum petisco.

“O evento começou devagarinho e de ano após ano atraiu a vinda de mais visitantes, porque as pessoas gostaram do evento e acharam o programa interessante”, disse.

Na animação de rua, predominam os sons da música tradicional da gaita-de-foles, da caixa e bombo, concertina e a dança dos pauliteiros.

“Este ano, nas noites de sexta-feira e de sábado vão realizar-se dois concertos. Primeiro com o Sérgio Mirra Trio e os Folky Bal’Boa. E no sábado, sobem ao palco os Zíngarus e os Galandum Galundaina”, indicou.

Para o sucesso da “Ronda das Adegas” Bárbara Fráguas destaca ainda o trabalho voluntário das pessoas que organizam o evento, o qual é realizado com a missão de destacar o que há de genuíno e singular na Terra de Miranda.

Sobre o impacto do evento “Ronda das Adegas” na aldeia de Atenor, Bárbara Fráguas sublinhou que o povo mirandês e transmontano é acolhedor e gosta de receber a visita de pessoas.

Maria da Natividade Bernardo, tem 92 anos e vive em Atenor. Questionada sobre o sucesso da “Ronda das Adegas”, disse que gosta ver gente na aldeia e tem acompanhado o evento ao longo dos anos.

“Costuma vir muita gente de fora! E os visitantes gostam sobretudo de ver os burros, mas também da música, das casas tradicionais e da nossa gastronomia”, indicou.

Após os dois anos de interrupção por causa da pandemia, Maria Adriana Esteves também ela residente em Atenor, espressou entusiasmo pelo regressso da “Ronda das Adegas”.

“Nós, os habitantes locais ficamos muito contentes ao ver tanto movimento na aldeia!”, disse.

A “Ronda das Adegas” é um evento organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Atenor e que conta com o apoio do município de Miranda do Douro e da União de Freguesias de Sendim e Atenor.

Para além destes apoios institucionais, a organização do evento cobra um valor simbólico de entrada ao público e angaria receitas com a venda das canecas do aluguer dos espaços aos vários expositores.

A “X Ronda da Adegas” decorre nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Atenor (Miranda do Douro).

HA

Entrevista: «A primeira prioridade pôr a Associação Filarmónica Mirandesa a tocar nas festividades» – Pedro Manhonho

Entrevista: «A nossa prioridade é ver a Associação Filarmónica Mirandesa a tocar nas festividades» – Pedro Manhonho

No passado dia 6 de maio foram eleitos os novos órgãos sociais da Associação Filarmónica Mirandesa, para o triénio 2022/2024, tendo assumido a presidência desta coletividade – a mais antiga de Miranda do Douro – Pedro Manhonho, um ex-músico da banda, que pretende devolver o brilhantismo a esta associação e apostar na formação musical das crianças e jovens de modo a assegurar a continuidade e o futuro da associação.

O novo presidente da Associação Filarmónica Mirandesa, Pedro Manhonho foi músico da banda entre 1984 e 1997.

Terra de Miranda – Notícias: A Associação Filarmónica Mirandesa foi fundada em 1893 e é considerada a mais antiga coletividade do concelho de Miranda do Douro. Qual é a sua ligação a esta associação musical?

Pedro Manhonho: Entrei para a Associação Filarmónica Mirandesa em 1984 e ao longo de 13 anos participei como músico na banda filarmónica. Naquele tempo, qualquer jovem mirandês pertencia à associação. Aqui recebemos formação musical gratuita, ministrada por um mestre. As aulas eram, simultaneamente, momentos de convívio e confraternização entre nós. E depois claro, vinham as atuações nas festas, nas procissões, nas arruadas, nos peditórios e nos concertos.

T.M.N: Ao longo de 129 anos, a Associação Filarmónica Mirandesa enfrentou períodos de assinalável brilhantismo, mas também viveu preocupantes dificuldades. Pela sua experiência, quais foram os melhores momentos? E que dificuldades enfrentou a associação?

P.M: Pessoalmente, o mais gratificante foi receber continuamente o incentivo dos meus pais para aprender música e participar na banda filarmónica. Aqui aprendi a ser organizado, metódico e criativo. E ao contrário do que por vezes se pensa, a formação musical não interfere nada com os estudos. Pelo contrário, a música é um complemento importante pois dá disciplina e permite desenvolver outras capacidades. E há ainda o retorno financeiro. Recordo que foi ao tocar na Banda Filarmónica Mirandesa que ganhei o dinheiro para pagar a minha carta de condução.

“O mais gratificante foi receber continuamente o incentivo dos meus pais para aprender música e participar na banda filarmónica. Aqui aprendi a ser organizado, metódico e criativo” – Pedro Manhonho.

T.M.N.: E que dificuldades enfrentou e continua a enfrentar a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: O êxodo dos jovens para prosseguir os estudos superiores noutras localidades foi (e continuar a ser) o principal obstáculo para manter a coesão do grupo. Quando estes jovens partem, por norma, não conseguem participar nas atuações da banda, dado que estas atuações ocupam praticamente um dia inteiro. A solução para este problema é investir na formação dos mais jovens para assim assegurar a renovação contínua da banda filarmónica.

T.M.N.: Quantas pessoas integram atualmente a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Neste momento, há 23 jovens que integram a Banda Filarmónica Mirandesa. Por causa da pandemia, os ensaios e as atuações foram interrompidos. Com esta paragem forçada correu a ideia de que a banda não tinha músicos, o que não é verdade. Neste novo recomeço, temos como propósito ir às escolas do concelho apresentar o projeto “A Banda vai à Escola”.

«Neste novo recomeço, temos como propósito ir às escolas do concelho apresentar o projeto “A Banda vai à Escola”.»

T.M.N.: Em Miranda do Douro, existe também a banda musical da associação cultural Mie Miranda. Que colaboração poderá existir com a Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: A Banda Filarmónica Mirandesa e esta direção, em particular, gostariam de contar com a colaboração dos músicos que hoje compõem a banda da associação cultural “Mie Miranda”. Dado que são músicos de muita qualidade, seriam uma mais valia para nós e poderiam ser de grande ajuda para dar formação e acompanhamento aos mais novos.

T.M.N.: Tendo em consideração que Miranda do Douro está a apostar muito no ensino da música tradicional, ainda haverá espaço e jovens interessados em aprender música, na Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Sou da opinião que estas duas vertentes musicais são conciliáveis. E dou o exemplo de jovens que estão a aprender música tradicional e simultaneamente pertencem e tocam na Banda Filarmónica Mirandesa. Por outro lado, também é bom dar às crianças e jovens a possibilidade de escolher o estilo musical que mais gostam.

T.M.N.: Nas atuações nas festividades, o que faz uma Banda Filarmónica?

P.M.: Num dia de festa, a nossa atuação começa com o acompanhamento dos mordomos na realização do peditório logo pela manhã. Segue-se a animação musical da Missa e a procissão. Depois realizamos habitualmente um concerto. E antigamente, havia também a tradição da banda filarmónica acompanhar a entrega da festa aos novos mordomos.

T.M.N.: Consta que nas décadas de 1980 e 1990, a Banda Filarmónica Mirandesa era muito solicitada. Era assim?

P.M.: Sim, de maio e até ao final de setembro, os fins-de-semana estavam sempre ocupados na animação das festividades. Recordo que no meu tempo de músico, para além das atuações no concelho de Miranda do Douro, chegámos a atuar em localidades como a Régua, Vilas Boas, Mirandela, Vila Flor e muitas outras localidades.

“Para além das atuações no concelho de Miranda do Douro, chegámos a atuar em localidades como a Régua, Vilas Boas, Mirandela, Vila Flor e muitas outras localidades.”

T.M.N.: As Bandas Filarmónicas têm a particularidade de juntar pessoas de todas as idades, dos mais velhos aos mais jovens. Este convívio entre gerações é uma mais-valia?

P.M.: Sim, esta intergeracionalidade é uma vantagem porque os músicos mais experientes transmitem segurança e serenidade aos mais novos.

T.M.N.: Quem vai ser o maestro da Associação Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Pretendemos que o novo maestro da Banda Filarmónica Mirandesa seja alguém com raízes em Miranda do Douro. E por várias razões: em primeiro lugar, pelo conhecimento que já tenha da associação e dos músicos. A segunda razão é a de evitar as viagens, o desgaste e por vezes os imprevistos de alguém que não seja de Miranda do Douro. E a terceira razão prende-se com o acompanhamento dos alunos, pois acreditamos que um maestro natural de Miranda do Douro, pode prestar uma melhor assistência aos alunos, dada a maior proximidade e disponibilidade.

T.M.N.: Quando pretendem iniciar os ensaios da Banda Filarmónica Mirandesa?

P.M.: Em princípio vamos começar os ensaios neste mês de junho. E seria muitíssimo bom se conseguíssemos começar as atuações no mês de agosto. Se não for possível, pelo menos queremos realizar alguns concertos na rua.

T.M.N.: Que tradições da Associação Filarmónica Mirandesa seria importante preservar?

P.M.: Uma tradição que pretendemos recuperar é o concerto que a Banda Filarmónica Mirandesa costumava oferecer na festa da cidade, no dia 10 de julho. Este concerto costumava realizar-se no coreto e depois passou para a praça D. João III. Outro propósito desta direção é organizar um encontro ibérico de Bandas Filarmónicas, aqui em Miranda do Douro.

T.M.N.: Para o triénio 2022/2024, quais são as prioridades da nova direção da Associação Filarmónica Mirandesa?

P.M.: A primeira prioridade é colocar de novo a Associação Filarmómica Mirandesa a tocar nas festividades do concelho de Miranda do Douro. Outra área prioritária é apostar na formação das crianças e jovens de todo o concelho para assegurar o futuro da associação.

T.M.N: Que outras iniciativas pretendem realizar?

P.M.: Esta nova direção pretende motivar os associados a ter uma voz ativa e a regularizar as quotas. Para fomentar esta cooperação entre todos, uma das nossas primeiras iniciativas é organizar o almoço convívio dos músicos e ex-músicos da associação, no Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Uma das nossas primeiras iniciativas é organizar o almoço convívio dos músicos e ex-músicos da associação, no Santuário de Nossa Senhora do Naso.

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