Miranda do Douro: Cursos em produção biológica, cogumelos e plantas aromáticas

Miranda do Douro: Cursos em produção biológica, cogumelos e plantas aromáticas

Com vista a valorizar os recursos naturais, o município de Miranda do Douro, em colaboração com a CoraNE, vai promover a partir deste mês de outubro, três cursos em modo de produção biológica, cogumelos silvestres e plantas aromáticas.

De acordo com o número de participantes inscritos, os cursos em Modo de Produção Biológico (50 h), Cogumelos de Outono (25h) e Plantas aromáticas, Medicinais e Condimentares (25h) vão realizar-se em modo presencial, em horário pós-laboral.

As inscrições para estes cursos de curta duração são gratuitas e realizam-se no Gabinete de Apoio ao Agricultor e Desenvolvimento Rural (GAADR), localizado nos cabanais do Castelo, em Miranda do Douro. Em alternativa, as fichas de inscrição podem ser enviadas para o email: ecomicologico. miranda@cm-mdouro.pt

Podem inscrever-se nestes cursos as pessoas que estejam empregadas, quem trabalhe na agricultura, os desempregados há menos de 1 ano e as pessoas com habilitações iguais ou superiores ao 12º ano.

HA

5 de outubro: «Não podemos olhar para algo que altera o bem comum e continuar impávidos e serenos» – Ana Miguel dos Santos

5 de outubro: «Não podemos continuar impávidos e serenos» – Ana Miguel dos Santos

Ana Miguel dos Santos, da Direção da Cáritas e antiga deputada na Assembleia da República, sente o “apelo do Papa Francisco aos cristãos” para que se envolvam na política.

“Não podemos olhar para algo que altera o bem comum e continuar impávidos e serenos, sem querer mudar”, disse em entrevista à Agência ECCLESIA, no contexto do Dia da Implantação da República (5 de outubro).

Numa visita à sede da fundação ‘Scholas Occurrentes’, em Roma, a 20 de maio de 2021, o Papa Francisco disse que “a política é a forma mais alta, maior, da caridade”, e Ana Miguel dos Santos identifica-se “com essa caracterização”, que “envolve a preocupação com o bem comum”.

“Efetivamente, a forma de alterarmos as coisas é envolvermo-nos nelas”, assinalou a advogada.

A entrevistada desta quarta-feira no Programa ECCLESIA (RTp2, 15h00) esteve no Parlamento português na XIV Legislatura, entre 2019-2022, e diz que sente o apelo do Papa para que os cristãos tenham, na política, “uma atitude proativa e não só reativa, transformadora”.

“Há uma sensação de apatia, estamos a assistir, mas parece que estamos confortáveis e não temos de convencer o outro, acho que alguma coisa também tem de mudar dentro da Igreja ou sobretudo entre os cristãos de não terem esse receio: nós podemos ter cristãos em todos os quadros políticos”, realçou.

A antiga deputada, eleita pelo PSD, recorda uma experiência “muito desafiante” no Parlamento, porque coincidiu com o período da Covid-19.

“Nestas situações de emergência tenho vontade de reagir e de ajudar, procurei sempre estar junto daqueles que mais precisavam”, recordou a jurista, especializada em assuntos militares, que teve oportunidade de, desde o início, “fazer um apelo para que os militares estivessem pelo menos na coordenação de uma operação logística”.

A sua mensagem, recorda a entrevistada, foi “procurar trazer tranquilidade” em momentos de emergência e de desconhecimento, e “procurar trazer mensagem de responsabilização de cada um”.

“Quando está em causa o risco, situações de catástrofe natural, ou risco decorrentes da atividade do homem, aquilo que se pede às pessoas é uma resposta consciente e sobretudo de prevenção”, acrescentou.

Ana Miguel dos Santos, que desde sempre sentiu o “apelo” para a política por influência do pai, considera que “as pessoas não se sentem verdadeiramente representadas” pelos partidos políticos, o que tem levado a um aumento da abstenção.

A advogada faz parte da direção da , um “desafio” que surgiu “ainda antes de ser deputada”.

“Tenho essa vontade de ajudar a mudar, sobretudo ajudar as instituições também a adequar-se às novas realidades. Não basta estarmos confortáveis em casa, a criticar o outro… gostava de ver as pessoas mais envolvidas, tragam as críticas e vamos alterar por dentro”, sugeriu.

Fonte: Ecclesia

Mogadouro: Feira dos Gorazes regressa de 13 a 16 de outubro

Mogadouro: Feira dos Gorazes regressa de 13 a 16 de outubro

A tradicional Feira dos Gorazes está de regresso a Mogadouro, entre 13 e 16 de outubro, após dois anos de interregno devido à pandemia de covid-19, anunciou a Associação Comercial e Industrial local.

Com um investimento que ronda os 125 mil euros e mais de uma centena de expositores, a Feira dos Gorazes é classificada pelas entidades organizadoras – a Associação Comercial e Industrial de Mogadouro (ACISM) e a câmara municipal – como “um dos maiores certames do seu género na região Norte”.

“A feira esgotou os seus espaços, tanto no interior da nave de exposições, como nas áreas exteriores onde estão representados vários setores de atividades, desde a agricultura, à indústria, passando pelo comércio e produtos endógenos” explicou o presidente da ACISM, João Neves.

De acordo com o responsável, há um conjunto de atividades paralelas, como uma montaria ao javali, já esgotada no que respeita a participantes, um raid todo terreno, torneio de tiro aos pratos, exposição de raças autóctones, música tradicional e grupos de baile. No campo da música, o cabeça de cartaz será o artista português Fernando Daniel que sobe ao palco na noite de 15 de outubro, feriado municipal.

“A Feira dos Gorazes tem uma matriz essencialmente agrícola, que é complementada com um conjunto de atividades paralelas, sejam ela lúdicas e musicais, onde estão envolvidas diversas parcerias com entidades locais”, vincou o responsável.

Este ano, a feira terá entradas pagas, sendo que os bilhetes diários terão o preço de dois euros e o bilhete geral será de três euros, situação que levantou alguma contestação.

Outras das novidades para a edição deste ano da Feira dos Gorazes é que se vai realizar num recinto amplo que foi requalificado com uma área de 2.000 metros quadrados, onde a autarquia de Mogadouro investiu cerca de 1,2 milhões de euros através de uma candidatura a fundos do PROVERE (Programas de valorização económica de recursos endógenos).

Ao longo de dezenas de anos, muito se tem discutido sobre o nome desta Feira e sua origem. No entanto, segundo o historiador António Rodrigues Mourinho, terá origem medieval e não se trata apenas de uma tradicional feira de fim de colheitas. É um local de diversão e importante centro para o comércio do artesanato e de outros produtos tradicionais.

A Feira dos Gorazes tem associada uma componente gastronómica, com posta de vitela assada na brasa e a marrã (carne de porco assada na brasa) servidas nos restaurantes do concelho.

Fonte: Lusa

Sendim: Iniciam-se os workshops informáticos

Sendim: Iniciam-se os workshops informáticos

O Centro de Inovação e Tecnologia das Terras de Trás-os-Montes (CIT-TTM), sediado em Sendim, vai realizar de 4 outubro a 12 de novembro, um conjunto de workshops gratuitos, para fomentar o desenvolvimento de competências digitais.

Os workshops vão ser dinamizados por membros e parceiros da Associação Portuguesa de Business Intelligence (APBI) e pretendem dar a conhecer áreas de competência digital e novas ferramentas informáticas, tidas como essenciais para a coesão social, nomeadamente, no interior do país.
Estas formações têm lugar na sede do Centro de Inovação e Tecnologia de Terras de Trás-os-Montes (CIT-TTM), localizada na antiga escola primária de Sendim. Na impossibilidade de participar presencialmente, os workshops também serão difundidos on-line.

O programa dos workshops inicia-se esta terça-feira, dia 4 de outubro, às 18h00, com o módulo dedicado à “Exploração de Base de Dados”.

No dia 8 de outubro realiza-se o workshop “Desafios e possibilidades da Gestão de Pessoas na era do home office”, pelo orador Luis Bei, da VFR Tech. Durante o encontro serão abordados os temas: Novos tempos; O home office é mais antigo do que imaginamos; O regime home office na visão do colaborador; As limitações técnicas e sociais; e Responsabilidade das organizações.

Entre os vários workshops poderão existir pequenas atividades para que cada participante possa desenvolver autonomamente as suas competências, com o objetivo de reforçar a sua aprendizagem.

Segundo um comunicado, este novo centro tecnológico instalado na vila de Sendim visa o desenvolvimento do empreendedorismo local e a promoção de projetos de inovação na região das Terras de Trás-os-Montes.

O CIT-TTM é o resultado de uma parceria estratégica entre a APBI e o município de Miranda do Douro e foi inaugurado no dia 16 de julho de 2022, contando com a participação da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira.

HA

Igreja: Representante da Santa Sé vem a Miranda do Douro e a Palaçoulo

Igreja: Representante da Santa Sé vem a Miranda do Douro e a Palaçoulo

No próximo Domingo, dia 9 de outubro, o representante da Santa Sé, em Portugal, D. Ivo Scapolo, Núncio Apostólico, vai presidir à eucaristia, na concatedral de Miranda do Douro e de seguida vai conhecer o mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

A celebração na concatedral de Miranda do Douro vai iniciar-se às 10h00.

Após a missa em Miranda do Douro, o Núncio Apostólico vai visitar o Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, às 11h30.

O representante da Santa Sé vai encontrar-se com a comunidade das monjas trapistas. Prevê-se que presida à oração da Hora Intermédia, almoce na hospedaria do mosteiro, e visite as obras da igreja abacial.

D. Ivo Scapolo nasceu em Pádua, a 24 de julho de 1953 e foi ordenado sacerdote a 4 de junho de 1978. Entrou no serviço diplomático da Santa Sé em 1984 e exerceu missão em vários países.

Em 2019, o Papa Francisco nomeou-o núncio apostólico em Portugal.

Esta visita à Diocese de Bragança-Miranda tem por propósito comemorar o XXI aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.

Recorde-se que a Diocese de Bragança-Miranda está em sede vacante, ou seja, sem bispo, desde o dia 14 de fevereiro de 2022, data em que o colégio de consultores elegeu o monsenhor Adelino Paes, administrador diosesano, temporariamente.

HA

Sociedade: Novo regime de entrada de imigrantes em Portugal entra em vigor em novembro

Sociedade: Novo regime de entrada de imigrantes em Portugal

O novo regime de entrada de imigrantes em Portugal entra em vigor no início de novembro, passando a existir um visto de seis meses para um estrangeiro procurar trabalho no país, segundo um decreto agora publicado.

As alterações ao regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de cidadãos estrangeiros do território nacional foram hoje publicadas em Diário da República e estabelecem “procedimentos que permitem atrair uma imigração regulada e integrada, para o desenvolvimento do país, mudar a forma como a administração pública se relaciona com os imigrantes e garantir condições de integração dos imigrantes”.

Entre as novas medidas consta a criação de um visto de duração limitada que permita a entrada legal de imigrantes em Portugal com o objetivo de procura de trabalho.

Este visto para procurar trabalho em Portugal é válido por 120 dias e poderá ser prorrogado por mais 60 dias, sendo concedido nos postos consulares portugueses, que comunica de imediato ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Também os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão ter um regime de facilitação de emissão de vistos em Portugal no âmbito do acordo sobre a mobilidade entre Estados-membros da CPLP.

Segundo o decreto, os cidadãos da CPLP podem obter um visto para procura de trabalho ou visto de residência CPLP.

“Estes pedidos devem ser liminarmente deferidos, salvo se o requerente estiver identificado no Sistema de Informação Schengen como sendo objeto de indicação para efeitos de regresso ou de indicação para efeitos de recusa de entrada e de permanência. A autoridade consular comunica imediatamente ao SEF a concessão dos vistos referidos”, refere o decreto.

O novo regime acaba com o regime de quotas para a imigração, facilita a obtenção de visto de residência aos estudantes estrangeiros que frequentam o ensino superior em Portugal e permite atribuir um visto de residência ou estada temporária aos nómadas digitais.

O decreto regulamentar agora publicado destaca a implementação das medidas de “simplificação de procedimentos” e da “possibilidade de vistos de estada temporária ou de residência terem também como finalidade a prestação de trabalho remoto, bem como o acompanhamento, a partir do país de origem, do familiar habilitado com o respetivo visto, permitindo que a família possa entrar em território nacional, de forma regular, entre outras medidas de promoção do reagrupamento familiar, aumento do limite de validade de documentos”.

Outras das alterações são a “eliminação da existência de um contingente global de oportunidades de emprego a fixar pelo Conselho de Ministros, para efeitos de concessão de visto para obtenção de autorização de residência para exercício de atividade profissional subordinada” e “permissão do exercício de atividade profissional por titular de autorização de residência para investigação, estudo, estágio profissional ou voluntariado complementarmente à atividade que deu origem aos vistos”.

Os últimos dados do SEF indicavam que a população estrangeira residente em Portugal ultrapassa 800.000 pessoas, sendo maior a brasileira, estimada em mais de 250 mil pessoas.

Fonte: Lusa

Sociedade: GNR realiza a partir operação junto da população idosa

Sociedade: GNR realiza operação junto da população idosa

A Guarda Nacional Republicana realiza durante todo o mês de outubro a operação “Censos Sénior 2022”, que visa garantir junto da população mais idosa condições de segurança.

Em comunicado, a GNR refere que esta operação, que se realiza em todo o país, está inserida no policiamento comunitário, que pretende garantir um conjunto de ações de patrulhamento e de sensibilização à população mais idosa.

Segundo a GNR, os cerca de 400 militares vão priorizar e privilegiar um conjunto de ações e patrulhas junto da população idosa com maior vulnerabilidade e que vive sozinha ou isolada, contanto com a colaboração de parceiros nacionais e locais de âmbito social e de saúde.

A corporação indica também que esta operação tem como objetivo “reforçar os comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco dos idosos se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla e furto”.

Na operação “Censos Sénior” do ano passado, a GNR sinalizou 44.484 idosos que vivem sozinhos ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, em razão da sua condição física, psicológica que possa colocar em causa a sua segurança.

A GNR precisa que as situações de maior vulnerabilidade reportadas às entidades competentes, sobretudo de apoio social, no sentido de fazer o seu acompanhamento futuro.

Desde 2011, ano em que foi realizada a primeira edição da Operação “Censos Sénior”, que a GNR tem vindo a atualizar a sinalização geográfica desta população, proporcionando assim “um apoio mais próximo e dirigido, contribuindo, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do sentimento de segurança”.

Fonte: Lusa

A fé é um abraço!

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

A fé é um abraço!

Hab 1, 2-3; 2, 2-4 / Slm 94 (95), 1-2.6-9 / 2 Tim 1, 6-8.13-14 / Lc 17, 5-10

O Evangelho que hoje escutamos é inaugurado com um pedido por parte dos apóstolos: «aumenta a nossa fé». A este pedido de aumento quantitativo da fé, Jesus contrapõe: «se tivésseis fé como um grão de mostarda…».

Esta resposta é uma provocação de Jesus, uma provocação que recentra a conversa. É verdade que a vida crente move-se entre momentos de maior confiança na fé que professamos e ocasiões de fragilidade. Contudo, a fé não se mede, saboreia- -se. A fé não se compara, experimenta-se. A fé não absolutiza momentos, abraça-os.

A fé é uma confiança na presença atuante de Deus. A fé é um entregar-se nas mãos de Deus, de um Deus que pode fazer o impossível quando deitamos no seu regaço tanto aquilo que nos inquieta como aquilo que nos alegra.

Não se pode contabilizar a fé de alguém, nem sequer a própria. Tão simplesmente podemos confiar ou não, arriscar ou paralisar, seguir ou ficar parados no caminho.

O que pode conduzir-nos a uma fé destas? A alegria de termos sido encontrados por Deus, por um Deus peregrino que nos desafia a seguir caminho. E esse caminho, como o Evangelho de hoje aponta, é o serviço desinteressado, o colocar-se ao dispor de Deus e dos irmãos como quem é livre para o que lhe é pedido e não se compraz na enumeração dos feitos realizados por amor a Deus.

O nosso Deus só sabe contar até um. Desconhece outros números. Ele é o que sai em busca de uma ovelha, de um pecador arrependido, de um filho de cada vez. E por isso não precisamos de uma mão-cheia de sementes de fé, mas somente de ter fé do tamanho de um grão de mostarda, que, na sua pequenez, confiado à terra, nos surpreende com a grandeza da árvore que daí brota.

Cada um de nós, um servo inútil, precisa somente da grandeza de ser um filho amado. Cada um de nós, um servo inútil, precisa de se ocupar com uma só coisa: em tudo amar e servir sua Divina Majestade.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1840

Miranda do Douro: Padre Manuel Marques celebrou 70 ano de vida e 40 de sacerdócio

Miranda do Douro: Padre Manuel Marques celebrou 70 anos de vida e 40 de sacerdócio

No dia 29 de setembro, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, celebrou uma missa de ação de graças, na concatedal, para agradecer os 70 anos de vida e 40 de sacerdócio.

O padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, nasceu no dia de São Miguel, Arcanjo, a 29 de setembro de 1952, em Vilarinhos das Azenhas, no concelho de Vila Flor.

Na homília da missa, celebrada na concatedral, o aniversariante começou por agradecer a presença da comunidade paroquial neste dia dos seus aniversários e agradeceu também a Deus, o dom da vida.

“Ao recordar o percurso da minha vida vejo que os desígnios de Deus são muitas vezes insondáveis. Deus está sempre presente na nossa vida, de um modo ou de outro, seja através dos Santos Anjos ou através de pessoas amigas. Saibamos abrir o coração a Deus”, disse.

Sobre a vocação, Manuel Marques afirmou que sempre teve a convicção que seria padre, embora “os testes psicotécnicos o quisessem encaminhar para a eletrotecnia”, gracejou.

Questionado se o trabalho de um padre mudou muito ao longo destes 40 anos em que exerce o ministério sacerdotal, Manuel Marques respondeu que o espírito de serviço e dedicação às pessoas deve ser sempre o mesmo.

Desafiado a dirigir um conselho aos jovens que pensam ou estão em formação para serem sacerdotes, o padre Manuel Marques animou-os sobretudo a serem corajosos.

“Que tenham coragem! No mundo em que vivemos, onde há tanta informação e por vezes nos sentimos confusos, indecisos e perdidos, é preciso sobretudo escutar o coração, onde Deus fala e depois agir com convicção”, concluiu.

Manuel Marques estudou nos seminários dos Carvalhos, em Fátima, no Cacém, em Bragança e na Universidade Católica, em Lisboa.

Foi ordenado sacerdote, no dia 12 de setembro de 1982. Como padre trabalhou no Seminário de São José, em Bragança, e simultaneamente assumiu as paróquias de Baçal, Sacoias e Vale de Lamas. Em 1983, veio trabalhar para a Miranda do Douro e foi pároco nas paróquias de Ifanes, Paradela, Constantim, Cicouro e São Martinho. Nesse tempo, as igrejas destas aldeias raianas enchiam-se de gente. Uma realidade que contrasta muito com a atualidade.

De 1989 a 1998, foi chamado para trabalhar na formação dos jovens, no Seminário, em Vinhais. Seguiu-se depois outra missão, como pároco em Lamas de Podence, (Macedo de Cavaleiros), onde esteve outros dez anos.

Em 2008, regressou à Terra de Miranda, para assumir as paróquias de Miranda do Douro, Ifanes, Paradela, Constantim, Cicouro, São Martinho, Especiosa, Genísio, Malhadas e Póvoa. Foi um regresso a casa!

HA

Vimioso: Governo não suporta despesas com ensino obrigatório

Vimioso: Governo não suporta despesas com ensino obrigatório

O presidente da câmara municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, mostrou-se indignado com o Governo, por não suportar as despesas com alunos que acabam o 9.º ano de escolaridade e são obrigados a deslocarem-se para outras escolas para concluir o ensino obrigatório.

“Trata-se de uma desigualdade intolerável perante os alunos dos concelhos onde não existe ensino obrigatório até ao 12.º ano de escolaridade. Temos o conhecimento que há pais a pagar cerca de 140 euros por mês em táxis para os seus educandos poderem concluir o ensino secundário em concelhos como Bragança, ou até mesmo pagar alojamento e alimentação”, disse Jorge Fidalgo.

Segundo dados do agrupamento de escolas de Vimioso, só nos últimos cinco anos letivos saíram deste concelho 85 alunos para concluir o ensino secundário obrigatório em outros concelhos, tais como Bragança, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro ou Porto.

“Nós temos as mesmas condições que as outras escolas, só não temos respostas do Governo para o prolongamento do ensino escolar obrigatório até ao 12.º ano, apesar dos contactos feitos ao longos dos anos com a tutela. Há custos muito elevados para as famílias colocarem os seus filhos a estudar, e algumas delas com rendimentos bastante baixos”, vincou o autarca social-democrata.

De acordo com Jorge Fidalgo, “há pais a gastarem mais com os estudos dos seus filhos que frequentam o secundário, porque não têm qualquer apoio do Estado, do que com filhos a frequentar o ensino superior, porque estes têm residências gratuitas e bolsas de estudo”.

“É um contrassenso o Estado não assumir de uma vez por todas as suas responsabilidades para que o ensino obrigatório seja gratuito em concelhos como o de Vimioso”, frisou o autarca transmontano.

Jorge Fidalgo explicou ainda que aguardava que no início deste ano letivo (2022/23) houvesse resposta por parte do Ministério da Educação, mas não foi dito “absolutamente nada, apesar de haver um compromisso para encontrar soluções para o efeito”.

O autarca garantiu ainda que este problema já foi exposto ao Presidente da República e que, “infelizmente, não houve qualquer resposta”.

“Já enviámos um ofício para o Ministério da Educação para solicitar a implementação do ensino secundário neste concelho e a resposta foi negativa, dizendo que não seria implementado”, disse.

O também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes disse que já falou pessoalmente com o secretário de Estado da tutela, que reconheceu que se trata de uma injustiça e desigualdade perante estes alunos.

“Apenas me disse que vai tentar procurar soluções, mas soluções tardam e, na verdade, os pais têm muitos encargos com a educação dos filhos neste concelho”, enfatizou.

Fonte: Lusa