Águas Vivas: Há festa em honra de Nossa Senhora das Candeias

Águas Vivas: Há festa em honra de Nossa Senhora das Candeias

A aldeia de Águas Vivas celebra esta sexta-feira e no sábado, dias 9 e 10 de fevereiro, a festa em honra de Nossa Senhora das Candeias, uma festividade cujos preparativos envolvem toda a comunidade, na apanha das xaras, na confeção e venda dos roscos e na montagem e leilão dos ramos.

Os mordomos da Comissão de Festas, Clara Alves, Daniela Alves e Vasco Marcos explicaram que os preparativos para a festa começaram no passado dia 4 de fevereiro, com a apanha das xaras (ou estevas), os arbustos utilizados para acender os três fornos da aldeia, onde a população de Águas Vivas confecionou depois os roscos e os ramos (bolos em formato retangular).

No dia 8 de fevereiro, iniciou-se a venda dos roscos e a montagem dos ramos num andor, para serem leiloados no final da festa.

Em Águas Vivas esta tradição está tão enraizada na população, que chegaram mesmo a erigir um monumento no centro da aldeia, representativo de um ramo.

Concluídos os preparativos, a festa inicia-se esta sexta-feira, dia 9 de fevereiro, com a atuação do grupo musical Triângulo e o convívio dos “perneiros”. “Perneiros” é o nome dado às pessoas que pela generosa oferta para a festa, vão transportar o andor de Nossa Senhora das Candeias.

No sábado, dia 10 de fevereiro, o momento mais aguardado é a celebração da missa em honra de Nossa Senhora das Candeias, seguida da procissão.

A festa prossegue na noite de sábado com o baile, animado pelo grupo Ymperio Show, no decorrer do qual se conclui o leilão e a entrega dos Ramos.

HA

Algoso: Os roscos para a Festa do Ramo de São João

Algoso: Os roscos para a Festa do Ramo de São João

Na manhã desta quinta-feira, dia 8 de fevereiro, cerca de 30 mulheres de Algoso, meteram as mãos na massa e começaram a confecionar os roscos para a Festa do Ramo de São João, uma antiga tradição que se celebra anualmente no Domingo Gordo, que antecede a terça-feira de carnaval e o início da Quaresma e que este ano acontece no Domingo, dia 11 de fevereiro.

Em Algoso, o trabalho na confeção destes doces tradicionais é feito maioritariamente pelas mulheres.

À semelhança do que acontece noutras aldeias do planalto mirandês, também em Algoso, os protagonistas desta festividade, são uns bolos designados por roscos. Estes doces tradicionais são feitos com farinha, ovos, açúcar, manteiga, azeite, sumo da laranja e aguardente.

Este ano, coube aos mordomos do bairro do Caminho do Campo, em Algoso, percorrer a aldeia para pedir esses ingredientes ou então aceitarem dinheiro para os comprar.

Antigamente, os roscos eram cozidos nos fornos da aldeia. No entanto, com o despovoamento e o envelhecimento da população, a confecção dos roscos passou a ser feita, comunitariamente, numa padaria, pois oferece melhores condições de espaço e de trabalho.

Este ano, o espaço de trabalho foi a padaria Lucas, onde as mulheres de Algoso realizaram um notável trabalho de equipa: enquanto umas preparavam e distribuíam a massa, outras davam forma aos doces, havia ainda quem os pincelasse com gema de ovo, para finalmente os levarem ao forno.

De acordo com a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, todos os anos há uma grande participação das mulheres.

“Esta festa é muito apreciada pelos algosenses, sejam os residentes e também os que vivem noutras localidades do país e no estrangeiro. Também por isso, a dedicação das mulheres é ainda maior, pois querem presentear quem nos visita com roscos de qualidade e saborosos.”, disse.

O ambiente na padaria Lucas era de convívio, entreajuda e também de expetativa para averiguar o resultado (o sabor!) das centenas de quilos de roscos que iam saindo dos fornos.

A senhora Beatriz Miguel é uma das mais assíduas participantes nesta antiga tradição. Questionada como se transmite este legado cultural aos jovens, respondeu que basta convidá-los para virem ajudar. Foi o que aconteceu com o jovem Alfredo Cordeiro.

“Sendo eu habitante de Algoso, considero que é muito importante preservar estas tradições. Para além disso, gosto muito de estar e aprender com as pessoas mais velhas”, disse.

Segundo ordena a tradição, após a confecção dos roscos, segue-se a ornamentação do andor do Ramo, um trabalho que é atribuído novamente às mulheres e às jovens raparigas de Algoso.

Chegados ao Domingo, dia da festa, a localidade de Algoso recebe, habitualmente, a visita de muitos dos seus conterrâneos que trabalham noutras localidades. E este ano, dada a tolerância de ponto na função pública, na segunda-feira, dia 12 de fevereiro, os mordomos da festa do Ramo de São João anteveem uma ainda maior afluência de público, para participar na festa e comprar os apreciados roscos.

A Eucaristia Dominical, está agendada para as 13h00. No final, os jovens rapazes têm a missão de leiloar ramos de oliveira enfeitados com roscos.

“Cinco euros, quem dá mais? Dez euros, quem dá mais?”, apregoam os rapazes.

Outra atração na festa do Ramo de São João é a “Corrida da Rosca”. Este atividade lúdico-desportiva consiste numa prova improvisada de atletismo, que envolve toda a comunidade, pois é disputada em cinco categorias: entre homens solteiros; mulheres solteiras; homens casados; mulheres casadas; e também as crianças participam entusiasticamente neste desafio. No final, os vencedores das cinco corridas recebem como prémio uma rosca, ou seja, um grande rosco em forma de coroa.

A receita angariada com a venda dos ramos e dos roscos destina-se à organização da festa em honra de São João Batista, que Algoso celebra no dia 24 de junho, com a missa, uma sardinhada-convívio e um baile.

A festa do Ramo de São João é uma iniciativa da comissão de festas, que conta com os apoios da Freguesia de Algoso e da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação.

HA

Miranda do Douro: Festival com montarias, btt e os concertos de Ana Laíns e Domingues

Miranda do Douro: Festival com montarias, btt e os concertos de Ana Laíns e Domingues

Em Miranda do Douro, vai realizar-se no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de fevereiro, o XXV Festival dos Sabores Mirandeses, um evento anual que pretende distinguir a gastronomia e o artesanato da região e que nesta edição tem como destaques as três montarias ao javali, o passeio BTT e os concertos de Ana Laíns e Domingues.

Dada a importância dos produtos endógenos na dinamização da economia local, o município de Miranda do Douro volta a organizar o Festival de Gastronomia e Artesanato, onde vão participar 70 produtores e artesãos do planalto mirandês.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, este evento “pretende dar maior visibilidade ao que de melhor se produz no planalto mirandês”, como são os enchidos (caraterísticos desta altura do ano), a doçaria tradicional (como a bola doce mirandesa), o azeite, o vinho, os frutos secos, a carne mirandesa, o cordeiro mirandês e também o artesanato, onde se destaca a manufatura da Capa d’Honras Mirandesa.

No decorrer dos três dias, o espaço do festival que está instalado no jardim do Frades Trinos, em Miranda do Douro, vai ser animado com as atuações dos muitos grupos locais, como são o Grupo de Tocadores da Universidade Sénior, o Grupo Folclórico Mirandês de Duas Igrejas, o Grupo de Pauliteiros e Pauliteiras de Sendim e muitos outros grupos.

A organização programou ainda várias atividades complementares à feira, com destaque para as montarias ao javali, a apresentação de livro «O sonho perdeu o “h”», de Fabíola Mourinho e o 18º Passeio BTT “Pedalando por estes carreirones”.

Sobre o passeio BTT, Armandino Pires, da associação L’Crenque, organizadora da prova, indicou que o objetivo é reunir cerca de uma centena de cicloturistas, portugueses e espanhóis, que vão percorrer um de dois percursos: ou a maratona de 60 quilómetros ou a meia-maratona de 35 quilómetros.

“As inscrições com direito e brinde estão abertas até ao dia 15 de fevereiro e podem fazê-lo através do portal Portimer. Depois desta data o preço da inscrição fica mais caro”, disse.

Quanto aos percursos, o responsável da associação L’Crenque, adiantou que nesta edição foram escolhidos terrenos propícios para a prática do BTT, com subidas e descidas, lama e ribeiros e os cicloturistas vão passar por localidades como Cércio, Vale de Mira, Quinta do Cordeiro e Águas Vivas.

Em Águas Vivas, está previsto um reforço alimentar com produtos típicos como são a chouriça assada, a alheira, o folar e outros produtos mirandeses.

“Após o reforço, em Águas Vivas, há uma separação entre os cicloturistas da maratona e da meia-maratona. Na maratona, os clicloturistas seguem em direção ao mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo. Vão passar em Fonte Ladrão, Granja, as Minas de Santo Adrião, São Pedro da Silva, Vilar Seco, Malhadas e Miranda do Douro”, descreveu.



Com idêntico objetivo de atrair a vinda de público ao Festival de Sabores Mirandeses, o município de Miranda do Douro convidou a fadista Ana Laíns, para cantar na noite de sexta-feira, dia 16 de fevereiro. No sábado, o concerto é do jovem músico Domingues, que é conhecido por temas como “Fica” ou “Romance de cinema”.

Como já é hábito, o XXV Festival de Sabores e Saberes Mirandeses foi publicitado na vizinha Espanha, dado o gosto dos espanhóis pela visitas regulares à cidade de Miranda do Douro.

Após o Festival de Sabores Mirandeses, o município de Miranda do Douro vai começar a preparar outro grande evento, a Feira da Bola Doce, que vai decorrer na Semana Santa, nos dias 28, 29 e 30 de março.

HA

Sociedade: Associação de diabéticos insta partidos a apostarem na prevenção da doença

Sociedade: Associação de diabéticos insta partidos a apostarem na prevenção da doença

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) instou as forças políticas a darem “passos importantes” na prevenção da diabetes, considerando ser “absolutamente fundamental” o acesso às bombas de perfusão subcutânea de insulina.

“A prevenção da diabetes está na ordem do dia e os partidos devem responsabilizar-se por dar passos importantes para essa prevenção”, salientou o presidente da APDP, José Manuel Boavida.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, o responsável lembrou que a implementação do programa para o tratamento com bombas de insulina de última geração para 15 mil pessoas com diabetes tipo 1 ainda está atrasada.

“Foi prometido pelo senhor ministro [Manuel Pizarro], foi prometido pela Assembleia da República, mas continuamos com este processo encravado por motivos burocráticos de concursos e não por processos ágeis de facilidade acesso através da farmácia como nós propusemos. Voltamos a insistir que este processo é absolutamente fundamental”, sublinhou José Manuel Boavida.

O presidente da APDP criticou também o sistema atual de comparticipação dos medicamentos.

“Uma pessoa com diabetes tem também normalmente hipertensão. O medicamento para a diabetes tem 85% de comparticipação, o medicamento para a tensão tem 50% e o medicamento para o colesterol tem 40%. É preciso uniformizar a comparticipação dos medicamentos por patologias. Não faz sentido que as doenças psiquiátricas tenham menos comparticipação”, observou.

De acordo com José Manuel Boavida, todas as doenças “devem ter revisão de um sistema de comparticipação que seja capaz de estabelecer igualdade e facilidade de acesso”.

O dirigente recordou ainda que o programa de prevenção da diabetes tipo 2 tem de incluir os municípios, referindo que a APDP já abordou a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).

“Os municípios têm uma capacidade de mobilização e intervenção na sociedade muito maior do que as estruturas de saúde, como foi bem visível durante a pandemia. Portanto, este programa de prevenção da diabetes tipo 2 tem de ser com os municípios e, por isso, já nos dirigimos às associações de municípios e freguesias para levar a cabo este mesmo processo”, disse.

José Manuel Boavida alertou também que deve “haver um rastreio” para prevenção da diabetes tipo 2, considerando tratar-se de “uma doença de uma exigência enorme do ponto de vista pessoal, familiar, escolar”.

“A diabetes tipo 2 é uma doença muito provocada pelas condições sociais em que vivemos, é uma doença prevenível e, portanto, essa deveria ser uma das responsabilidades dos partidos a levarem a cabo no novo parlamento”, acrescentou.

Em junho de 2023, o PS chumbou no parlamento a comparticipação total de sistemas híbridos de perfusão subcutânea contínua de insulina, que tinha por objetivo aumentar a qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1.

A bancada da maioria socialista votou contra os textos de Bloco de Esquerda (BE) e do PCP depois o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, ter anunciado a criação do programa universal para ser aplicado até 2026.

O plano resulta do trabalho desenvolvido por um grupo que estimou a existência de cerca de 30.000 pessoas afetadas pela doença em Portugal, assumindo que metade tem indicação para tratamento por sistemas automáticos de perfusão.

No debate, vários partidos pediram rapidez na implementação do programa para tratamento com bombas de insulina de última geração para 15 mil pessoas com diabetes tipo 1, com o BE a deixar críticas “às conveniências do Governo”.

Em 14 de novembro de 2022, a APDP entregou um texto subscrito por cerca de 24.000 familiares de crianças e jovens com diabetes tipo 1.

Fonte: Lusa

Agricultura: Questão central na agricultura é perda de rendimentos

Agricultura: Questão central na agricultura é perda de rendimentos

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) desvalorizou a retirada pela Comissão Europeia da proposta para reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, considerando que a questão central é a perda de rendimento dos agricultores.

“Isto é quase uma não notícia, o Parlamento [Europeu] já tinha chumbado [a proposta]. Como se o problema estivesse aqui”, afirmou Pedro Santos, da direção da CNA.

Para a confederação, “colocar este suposto recuo da Comissão como uma forma de ir ao encontro das reivindicações dos agricultores está muito longe de resolver o problema”: “O problema fulcral tem a ver com questões de rendimento e com a questão profunda da Política Agrícola Comum [PAC]. Enquanto não se atacar isso, estas coisas não são mais do que uma tentativa de atirar areia para os olhos de agricultores”, sustenta.

Garantindo que os agricultores “são os primeiros interessados a produzirem alimentos de qualidade, seguros e com menor impacto em termos ambientais”, a CNA critica que se “fale muito” em sustentabilidade ambiental na produção primária e “se esqueça” essa mesma sustentabilidade ao nível da distribuição e da comercialização.

“Podemos, de facto, ter normas ambientais e formas de produzir mais amigas do ambiente, mas depois importamos coisas do outro lado do mundo, sabe-se lá como e com que impacto ao nível do transporte”, enfatiza Pedro Santos.

Asseverando que “os agricultores não são inimigos do ambiente, antes pelo contrário, são os primeiros interessados, porque precisam dele para viverem e para executarem a sua atividade”, a CNA garante: “Esta decisão [da Comissão Europeia] não altera um milímetro daquilo que já tínhamos em termos de perspetivas e daquilo que é a necessidade de alteração da PAC para resolver problemas. E não é por aqui”.

A presidente da Comissão Europeia anunciou que vai retirar a proposta da instituição visando reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, parte central da legislação ambiental europeia e que cai após protestos dos agricultores.

“A Comissão propôs a DUS [Diretiva Utilização Sustentável dos Pesticidas] com o objetivo meritório de reduzir os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos, mas a proposta tornou-se um símbolo de polarização [pois] foi rejeitada pelo Parlamento Europeu e também no Conselho já não se registam progressos, pelo que vou propor ao colégio que retire esta proposta”, anunciou Ursula von der Leyen.

Intervindo num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, dedicado às conclusões da cimeira extraordinária da semana passada, que foi marcada por intensos protestos nos agricultores a cerca de 800 metros do local, a líder do executivo comunitário salientou que “a proteção da natureza só pode ser bem-sucedida através de uma abordagem ascendente e baseada em incentivos”.

Fonte: Lusa

Agricultura: Agricultores do distrito de Bragança agendam manifestação para quinta-feira

Agricultura: Agricultores do distrito de Bragança agendam manifestação para 8 de fevereiro

Os agricultores do distrito de Bragança estão a mobilizar-se para uma nova manifestação na manhã de quinta-feira, dia 8 de fevereiro em Macedo de Cavaleiros e Carrazeda de Ansiães.

“Os agricultores estão a organizar-se porque entendem que as reivindicações que foram feitas pelos colegas das outras zonas do país são comuns, mas há algumas coisas específicas do Nordeste Transmontano e nós também queremos fazer ouvir a nossa voz. As pessoas estão descontentes”, adiantou Luís Vila Real, produtor de maçã do Planalto de Ansiães.

Em específico, pedem a regionalização das medidas agrícolas, com dotações financeiras adequadas a cada território, bem como a implementação de torres antigranizo.

Sobre este último pedido, Luís Vila Real lembrou que a medida “foi prometida pelo Governo” e aprovada por unanimidade na Assembleia da República depois de proposta do grupo parlamentar do PS, sem que se veja “vontade na sua implementação”.

“Neste momento, quando confrontada a senhora ministra, (…) vemos uma atitude titubeante, um ziguezague permanente. No fundo, fugir às suas responsabilidades”, considerou Luís Vila Real.

Quanto ao facto de o atual Governo de gestão estar prestes a cessar funções, com o aproximar das eleições Legislativas de 10 de março, Luís Vila Real disse que “os agricultores são alheios a esta trapalhada” e que não podem ficar à espera de um novo executivo porque o granizo pode chegar já em maio: ”Vamos avançar para um novo ciclo cultural sem garantias de estarmos protegidos? Mais vale não fazer nada”, atirou Luís Vila Real.

Sobre os custos da comparticipação do Estado para a região ter torres antigranizo, seria preciso um investimento de “pouco mais de 500 mil euros”, nas contas de Luís Vila Real, que garantiu ainda que só um compromisso por escrito da ministra da Agricultura no sentido da adoção da medida “sem dúvidas absolutamente nenhumas” poderia travar o protesto.

Luís Vila Real reforçou que essas torres já são usadas em Armamar e Moimenta da Beira com sucesso.

No Planalto de Ansiães há cerca de 2.500 hectares de olival, vinha e fruta, cultivados por perto de 300 agricultores.

Em 2023, só na produção de maçã, o granizo de maio de junho provocou em Carrazeda de Ansiães perdas superiores a 90% e nas zonas mais críticas atingiu 95 a 98% da produção. O concelho colhe, em condições normais, 25 a 30 mil toneladas por campanha.

Do lado de Macedo de Cavaleiros, são esperados por volta de 300 agricultores, vindos também dos concelhos de Alfândega da Fé, Mirandela, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Bragança e Valpaços, distrito de Vila Real, disse à Lusa fonte da organização.

Na quinta-feira passada, os agricultores manifestaram-se no concelho de Mogadouro e chegaram a fechar o acesso, do lado português, à fronteira com Espanha, em Bemposta.

O Governo avançou com um pacote de ajuda de mais de 400 milhões de euros destinados a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), garantindo que a maior parte das medidas entra em vigor este mês, com exceção das que estão dependentes de ‘luz verde’ de Bruxelas.

A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros a 26 de fevereiro.

Os protestos dos agricultores portugueses são organizados pelo Movimento Civil de Agricultores, que se juntou às manifestações que têm ocorrido em outros países europeus, incluindo França, Grécia, Itália, Bélgica, Alemanha e Espanha.

Fonte: Lusa

Sociedade: Igreja alerta para o individualismo que quebra a ligação intergeracional

Sociedade: Igreja alerta para o individualismo que quebra a ligação intergeracional

A Comissão Episcopal do Laicado e Família alertou os católicos para os riscos do individualismo na sociedade atual, que leva a uma perda da ligação e integração intergeracional.

Numa mensagem para o Dia dos Namorados, que se assinala em 14 de fevereiro, a comissão liderada pelo bispo de Bragança-Miranda, Nuno Almeida, avisa que a sociedade atravessa uma cultura “narcisista, que traz consigo, como obsessão dominante, viver cada um no seu naco de tempo e para si mesmo, descurando quer as gerações precedentes quer as seguintes”.

Esta situação leva a “uma acentuada perda de sentido de integração numa sucessão de gerações, numa família, numa comunidade, numa Igreja, valorizando-se em vez disso cada vez mais o sacrossanto direito de cada um à sua própria realização pessoal, sem implicar compromissos”.

“Estamos rodeados de homens e mulheres que se recusam a tornar-se adultos, e, por isso, negligenciam a tarefa mais importante de um adulto, que é preparar a nova geração para poder assumir o seu lugar no mundo”, considera ainda a Comissão Episcopal do Laicado e Família, exortando os “jovens enamorados” a serem felizes e a empenharem-se na “guerra do amor”.

Fonte: Lusa

Finanças: Movimento de Miranda volta a pedir intervenção do MP no caso da venda das barragens

Finanças: Movimento de Miranda volta a pedir intervenção do MP no caso da venda das barragens

O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) reiterou que é necessário uma intervenção urgente do Ministério Público (MP), para pôr cobro “a atividades ilícitas”, na não cobrança de impostos da concessão pela EDP à Engie, das seis barragens transmontanas.

“É preciso pôr termo imediato a este comportamento, que destrói a credibilidade da administração fiscal e do próprio Estado de Direito. Por isso, reiteramos o pedido de intervenção urgente do MP para que se ponha cobro a esta prática ilícita e para que sejam investigados e esclarecidos todos os contornos deste comportamento intolerável num Estado de Direito”, indica o movimento num comunicado.

De acordo com o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), concluíram-se, nos últimos dias, as avaliações das barragens localizadas nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro e “todas elas enfermam de graves ilegalidades, para que este Movimento alertou repetidamente, em especial a exclusão dos equipamentos essenciais e do custo da utilização dos terrenos”.

“É consensual que tanto a lei como todos os tribunais estabelecem que os equipamentos e o direito à utilização dos terrenos devem constar obrigatoriamente do valor das avaliações, e isso mesmo foi já admitido pela direção da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”, vinca o MCTM, na mesma nota.

Este movimento cívico acrescenta ainda que, apesar de tudo isto, “a direção da AT reincidiu em cometer mais este erro grave e ilegal”.

“Esta ilegalidade terá como consequência a inevitável a anulação de todas as liquidações do IMI que venham a ser efetuadas sobre o valor destas avaliações”, assinala.

Para este movimento, ”a razão da persistência da diretora-geral da AT na prática deste ato de grave ilegalidade não asabemos oficialmente, mas é um dado seguro que ele beneficiará mais uma vez a EDP e as concessionárias, que continuarão a não pagar IMI, e prejudicará gravemente os municípios e todos os cidadãos da Terra de Miranda”.

“Estamos perante mais uma série de ilegalidades que a AT tem vindo a praticar de forma consciente e com conhecimento pleno das suas graves consequências”, sublinhou o MCTM.

Segundo este movimento, a diretora-geral da AT “foi obrigada a avançar com o processo de liquidação do IMI sobre as barragens, por um segundo despacho do Secretário de Estado que a tutela, depois de não ter cumprido o primeiro”.

“Porém, decidiu injetar, conscientemente, no processo de liquidação, um conjunto de ilegalidades que conduzirão à anulação de todas as liquidações. Todos estes comportamentos criam a perceção da existência de graves indícios da prática de vários crimes, de forma continuada e à vista de todos”, entendem os membros do MCTM.

Em 12 de dezembro de 2023, a ANMP exigiu a revisão das instruções da Autoridade Tributária em relação às áreas de produção de energias renováveis, como as barragens, realçando que a atual circular levaria à isenção de IMI daqueles equipamentos.

No início de janeiro, a Sic Notícias avançou que a AT tinha deixado caducar o direito à liquidação do IMI, de 2019, relativo a mais de 160 barragens em todo o país, entre as quais o relativo ao negócio da venda, pela EDP, por 2,2 mil milhões de euros, das seis barragens transmontanas (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua),

A 11 de janeiro, a diretora-geral da AT, Helena Borges, disse que não afastava a possibilidade de continuar a liquidar o IMI das barragens relativo a 2019, baseando essa possibilidade numa lei de 2020, aprovada no âmbito da pandemia de covid-19, que suspende os prazos de caducidade da liquidação dos impostos.

Nesse dia o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, revelou, que a AT tinha concluído a avaliação de 83 barragens no país, tendo sido feita a liquidação de IMI de 32.

O município de Miranda do Douro apresentou, em 5 de janeiro, uma queixa-crime contra “pessoas singulares desconhecidas” na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007.

Fonte: Lusa

Eleições: Círculo de Bragança perdeu mais de três mil eleitores

Eleições: Círculo de Bragança perdeu mais de três mil eleitores

Treze partidos e/ou coligações voltam a concorrer às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, no círculo eleitoral de Bragança, que perdeu mais de três mil eleitores relativamente a 2022.

O distrito de Bragança já chegou a eleger cinco deputados, mas atualmente são três. Há dois anos foram eleitos dois pelo PS, Sobrinho Teixeira e Berta Nunes, e Adão Silva, pelo PSD. Em 2019 foram dois do PSD e um do PS.

Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, há 134.237 inscritos nos cadernos eleitorais no círculo de Bragança, menos 3.355 do que em 2022, ou seja, o distrito perdeu perto de 2,4% de eleitores. 

A baixa é mais acentuada se comparada com 2019, sufrágio em que havia 141.541 inscritos para votar. São menos 7.304 inscritos em relação a 2024.

Em 2022, o PS venceu com 40,3% dos votos, e o segundo classificado, o PPD/PSD, obteve 40,2%. Foi uma vitória por uma diferença de 15 votos – 26.495 dos socialistas contra 26.480 dos sociais-democratas. 

O PS só tinha ganhado as eleições legislativas no distrito de Bragança em 2005, na maioria absoluta de José Sócrates, sendo o PSD o tradicional vencedor, numa região que tradicionalmente vota à direita. Em 2019, o PSD venceu com mais 2.694 votos do que o PS.

Em 2022, a terceira força política mais votada foi o Chega (8,55%), posição ocupada em 2019 pelo Bloco de Esquerda, que caiu de 6,03% para 2,09% e passou para quarto lugar.

O Chega foi o partido que mais subiu no distrito: em 2019 ficou em sétimo nas votações, com um aumento de 533 para 5.619 votos.

Para as legislativas de 10 de março o PS escolheu novos protagonistas, sendo a cabeça de lista a brigantina Isabel Ferreira, 50 anos, professora do ensino superior e investigadora, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional desde 2022.

A agora Aliança Democrática, que junta PSD, CDS–PP e PPM, também apostou numa novidade. Hernâni Dias, 56 anos, professor e presidente da câmara de Bragança a cumprir o último mandato foi o escolhido. Suspendeu funções autárquicas a 29 de janeiro, tendo substituído pelo vice-presidente, Paulo Xavier.

O Chega volta apostar em José Pires, 53 anos, professor e ex-presidente da junta de Sé, Santa Maria e Meixedo, a freguesia mais populosa de Bragança, entre 2013 e 2017, pelo PSD. 

José Pires chegou a responder em tribunal num processo por alegado abuso de poder por gastos realizados nesse mandato, mas foi absolvido.

O Bloco de Esquerda tem Vítor Pimenta, médico de 40 anos, em vez do jovem André Xavier, que concorreu em 2022 com 19 anos.

O PAN volta a apresentar Otávio Pires, 55 anos, empresário. O Ergue-te repete Luís Alberto Luís, 58 anos, desempregado natural e residente no Porto.

A Iniciativa Liberal tem a lista encimada por David Gonçalves, 40 anos, diretor de hotel. Pela  CDU candidata é Fátima Bento, 40 anos, arqueóloga de Macedo de Cavaleiros, O Livre lança Anabela Correia, 22 anos, estudante universitária de Alfândega da Fé. 

O partido Nova Direita tem a número um Maria Pereira, 69 anos, reformada residente em Lisboa. A coligação Alternativa 21, que junta o Aliança e o Partido da Terra (MPT) indica Maria de Carvalho, 20 anos, desempregada, natural e residente em Lisboa.

O RIR – Reagir, Incluir, Reciclar – tem como candidata Damiana da Fonseca, contabilista de Ermesinde com 40 anos.  O Alternativa Democrática Nacional, constituído em 2021, conta com Vanda Martins, 44 anos, sócia-gerente que mora em Alcochete, distrito de Setúbal.

Em 2022, mais de metade dos eleitores absteve-se, 52,21%. Ainda assim, menos do que em 2019, em que 55,11% não foi às urnas.

O número de eleitores, cerca de 134 mil, continua a ser superior ao número de habitantes num dos maiores distritos em termos de área territorial de Portugal, mas com perda permanente de população.

O Censos de 2021 revelou que vivem, nos 12 concelhos do distrito, menos de 123 mil pessoas, com a perda de mais de 13.600 habitantes numa década, comparando com 2011.

Fonte: Lusa

Futsal: Sporting de Moncorvo (con)venceu em Vimioso

Futsal: Sporting de Moncorvo (con)venceu em Vimioso

Na 12ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Águia de Vimioso foi derrotado pelo Sporting de Moncorvo, por 2-6, num jogo em que a melhor forma física dos visitantes, aliada à rapidez na execução justificaram a vitória dos moncorvenses.

O Sporting de Moncorvo justificou a 2ª posição que ocupa no campeonato com uma vitória robusta, em Vimioso.

No jogo realizado no serão de sexta-feira, dia 2 de fevereiro, no pavilhão multiusos, em Vimioso, os visitantes de Torre de Moncorvo demonstraram bem cedo que vinham à conquista da vitória e logo aos 3 minutos abriram o marcador, 0-1, na sequência de uma recarga junto à baliza, concluída com êxito por Hugo Pires.

Os vimiosenses tentaram responder numa combinação entre Diogo e Daniel, mas o remate final saiu frouxo e desenquadrado da baliza moncorvense.

Aos 9 minutos, os forasteiros aumentaram a vantagem para 0-2, através de uma incursão rápida de Grilo até â linha final com um cruzamento perigoso para a área do Vimioso que levou Diogo a cometer autogolo.

A reação da equipa de Vimioso tardou em chegar e só nos minutos finais da primeira parte, a equipa do treinador Paulo Gonçalves, causou algum perigo, por intermédio de Daniel, mas o guarda-redes adversário, Carona, mostrou-se atento e defendeu com segurança.

Ao intervalo, o resultado premiava a maior rapidez e objetividade dos moncorvenses.

No recomeço do jogo, o Vimioso, como lhe competia entrou mais agressivo e foi à procura do golo. No entanto, deparou-se com uma equipa adversária que defendeu bem e atacou ainda melhor. E foi num contra ataque, aos 23 minutos, que os moncorvenses ampliaram a vantagem para 0-3, novamente por Hugo Pires.

Este golo desanimou os vimosenses e dois minutos depois, o mesmo Hugo Pires fez um hat-trick e deu o 0-4 aos moncorvenses.

O moncorvense, Hugo Pires, esteve em destaque ao apontar 3 golos da sua equipa.

Aos 27 minutos, a goleada começou a avolumar-se ainda mais, 0-5, através de um remate rasteiro de Fábio, que o guarda-redes, Ferro não conseguiu segurar.

A reação vimiosense só aconteceu ao minuto 30, quando Daniel (o mais inconformado e esclarecido da sua equipa) recuperou uma bola na zona defensiva adversária e reduziu para 1-5.

Aos 30 minutos de jogo, o vimiosense Daniel, reduziu para 1-5.

O golo animou os “bileiros” e passados seis minutos, Diogo assistiu o capitão, Pedro Diz, que reduziu a desvantagem para 2-5.

O capitão do Vimioso, Pedro Diz, reduziu para 2-5.

Ainda assim, os moncorvenses responderam com mais um golo 2-6, da autoria de Portela, numa recuperação de bola e rápida transição em direção à baliza do Vimioso.

Com 11 jogos já realizados, o Sporting de Moncorvo ocupa a segunda posição no campeonato distrital de futsal, com 9 vitórias, 1 empate e 1 derrota.

Por sua vez, o Águia Futebol Clube de Vimioso, está em sétimo lugar, com 4 vitórias, 1 empate e seis derrotas.

HA

Equipas:

Águia Futebol Clube de Vimioso: Francisco, Pedro Diz (cap.), Daniel, Diogo, Pedro Alves, Hugo Aires, Sérgio, André Menezes e Ferro.

Treinador: Paulo Gonçalves

“A grande diferença neste jogo foi a eficácia do Sporting de Moncorvo. O Vimioso também dispôs de algumas oportunidades de golo mas não fomos tão eficazes. Ficamos tristes com a derrota e julgo que a diferença tão expressiva no resultado não traduz a valia da minha equipa. Ainda assim felicito a equipa adversária, demonstrou muita coesão e trabalho de grupo. Vamos continuar a trabalhar e esperamos contar brevemente com os jogadores que não têm estado nas melhores condições físicas” – Paulo Gonçalves

Sporting de Moncorvo: Carona, Esperto, Luís Alves, Portela, Hugo Pires, Assen, Fábio, Bata, Fonseca e Grilo.

Treinador: Jorge Paiva

“Foi um jogo que conseguimos controlar e durante o qual criámos várias oportunidades de golo que conseguimos concretizar. Na minha perspectiva, o Vimioso tem excelentes jogadores, mas penso que não estão bem fisicamente, o que depois influencia do seu rendimento em campo” – Jorge Paiva.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: João Martins

2º árbitro: João Nunes

Cronometrista: Rui Domingues

Resultados da 12ª jornada:

02/02Águia FC Vimioso2-6Sp. Moncorvo
 GD Torre Dona Chama2-5CD Miranda do Douro
 ACRD Ala3-2GD Freixo
 GD Sendim7-4Futsal Mirandela
03/02EF Arnaldo Pereira 3-2Alfandeguense

Classificação:

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda do Douro311110104617+29
2Sporting Moncorvo28119116230+32
3EF Arnaldo Pereira24119024331+11
4GD Sendim20116236040+20
5GD Torre Dona Chama20116235238+14
6Futsal Mirandela14114253442-8
7Águia FC Vimioso13114163450-16
8ACRD Ala13114163237-5
9GD Freixo4111192855-27
10Alfandeguense31110102651-24
11Pioneiros Bragança1100192046-26

13ª jornada:

09/02CD Miranda do Douro21:30Águia FC Vimioso
 Sporting Moncorvo21:30Pioneiros Bragança
 GD Freixo21:30GD Sendim
 Alfandeguense21:30GD Torre Dona Chama
 Futsal Mirandela21:30EF Arnaldo Pereira