Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Foi inaugurada no Domingo, dia 7 de agosto, na Casa da Cultura de Vimioso, a exposição fotográfica “Trás-os-Montes”, uma coleção de fotografias que mostram a realidade desta região na década de 1980, caraterizada pelas marcas da guerra colonial, pela emigração, pela falta de condições de vida e por uma população que vivia sobretudo da agricultura e da pecuária.

A exposição, da autoria de Eduardo Perez Sanchez, é constituída por 40 fotografias, em formato 30×40 e foram escolhidas a partir da 2ª edição do livro “Trás-os-Montes, uma visão a preto e branco sobre as gentes e o seu viver na década de 1980”.

O autor, um catalão que vive no Porto, disse que conseguiu estabelecer uma grande empatia com os fotografados, porque antes de lhes pedir para as fotografar falou longamente com as pessoas.

“Estas fotografias foram feitas na região de Valpaços. Retratam as mazelas de uma época, derivadas na guerra colonial e da emigração. Havia muita gente idosa e quase não se viam pessoas em idade ativa. As condições de vida eram rudes, havia muito desconforto, as estradas eram todas em terra e as casas não tinham qualquer isolamento. Mas, ao mesmo tempo viam-se muitas crianças, alegres, simpáticas e gostavam muito de ser fotografadas”, contou.

Para além das pessoas, Eduardo Perez Sanchez, fotografou também os trabalhos agrícolas e pecuários, como a ceifa, a apanha da azeitona, a pastorícia ou a matança do porco.

Eduardo Perez Sanchez é engenheiro mecânico de profissão e pósgraduou-se em direção e gestão de empresas. Ao longo da vida desenvolveu o gosto pela fotografia e em 2013, quando se reformou, ao dar atenção ao espólio de fotografias concluiu que havia muitas que mereciam ser publicadas.

“Comecei a publicar as fotografias de Trás-os-Montes. Fui casado com uma transmontana e na década de 1980 vinha cá muitas vezes. A seguir às refeições, quando toda a gente ia dormir a sesta, eu pegava no mochila e ia falar com as pessoas e fotografar”, recordou.

A exposição de fotografias “Trás-os-Montes” e a apresentação da 2ª edição do livro é uma iniciativa conjunta do município de Vimioso, da Associação Inter+Value e do autor.

De acordo com o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, a exposição agora inaugurada da Casa da Cultura, vale bem a visita dada a qualidade das fotografias e os detalhes que o autor conseguiu captar e transmitir sobre a vivência do povo transmontano na década de 1980.

“Com o Eduardo Perez Sanchez, pretendemos realizar uma exposição de fotografia sobre o concelho de Vimioso. Esta exposição resulta de uma parceria do município de Vimioso com a associação Inter+Value, cujo responsável é o Manuel de Lima, um descendente local”, disse.

Segundo o autarca de Vimioso, desta colaboração vai resultar o projeto “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, que será realizado no próximo ano e vai estabelecer intercâmbios com Espanha, Itália e França.

“Nesta confluência transfronteiriça há muita identidade cultural que nos une e que devemos potenciar”, adiantou.

Por sua vez, Manuel de Lima, presidente da associação Inter+Value, explicou que os objetivos desta associação é promover a cultura e o património.

“Dado que a minha mãe era natural de Vimioso, houve uma série de encontros que me fizeram chegar aqui. Fui desafiado pelo presidente do município, Jorge Fidalgo, a organizar um evento sobre a cultura e o património local. E a primeira iniciativa do evento é esta exposição de fotografias do Eduardo Perez Sanchez”, disse.

Sobre o evento do próximo ano, “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, Manuel de Lima, adiantou que já estabeleceu contatos com autarquias em Espanha (Galiza), Itália e França (Bretanha) para participar no evento.

“O nosso propósito é convidar as pessoas destes países a visitar e conhecer a cultura e o património de Vimioso,”, explicou.

HA

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

O mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos, com temperaturas quase sempre acima do normal e com um registo de 47ºC, no Pinhão, uma nova temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os dados fazem parte do boletim climatológico de julho agora divulgado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que classifica o mês de julho de 2022, em Portugal continental, como extremamente quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.

Num mês “excecional”, foram excedidos os extremos absolutos de temperatura máxima em 28 estações e da temperatura mínima em 21 estações.

“Entre os dias 07 e 14 de julho foram registados 98 novos recordes de temperatura máxima, com o maior número de recordes absolutos no dia 14 e mensais no dia 13”, diz o IPMA.

No mês de julho, o valor médio da temperatura média do ar foi de 25.14ºC (graus celsius), o que representa quase três graus (2.97ºC) acima do valor normal.

O valor médio da temperatura máxima do ar, com mais de 33ºC (33.16 °C), foi o segundo mais alto desde 1931 (desde que há registos), só ultrapassado pelo mês de julho de 2020). Foram mais 4.44ºC do que o normal.

No documento o IPMA salienta que os quatro maiores valores da média da temperatura máxima em julho ocorreram depois de 2000.

O valor médio da temperatura mínima (17.13ºC) também foi quase dois graus acima do normal, e foi o quarto mais alto desde 1931.

Durante o mês de julho, diz também o IPMA, os valores de temperatura do ar estiveram quase sempre muito acima do valor normal, com períodos excecionalmente quentes, como entre 07 e 17 e entre 20 e 26, e ainda 29 e 31.

Além dos 47ºC no dia 14 registados na estação do Pinhão, o IPMA destaca a persistência de valores muito altos de temperatura mínima, média e máxima em vários dias, e diz que dia 13 foi o dia mais quente deste ano no continente e o quinto dia mais quente deste século.

Tendo em conta a média do continente, o país teve em julho valores médios da temperatura média superiores a 25 graus e valores médios da temperatura máxima superiores a 34 graus em 11 dias consecutivos. E durante três dias seguidos os valores médios da temperatura máxima foram acima dos 38 graus, o que confirma um “caráter excecional” do mês de julho.

Esse caráter excecional, de extremamente quente, contribuiu para que o período de janeiro a julho deste ano fosse o terceiro mais quente desde há 92 anos, só ultrapassado pelos períodos idênticos de 2020 e 2017.

Quanto à precipitação julho foi o quarto mais seco desde 2000, com o total de precipitação a corresponder apenas a 22% do normal.

No fim de julho, em relação ao final de junho, havia “uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, que foram mais significativas nas regiões Centro e Sul” diz o IPMA, que realça o aumento da área com valores inferiores a 10% e iguais ao ponto de emurchecimento permanente.

A 31 de julho, com todo o país em seca meteorológica, havia um aumento da área na classe de seca extrema: 55% do território está na classe de seca severa e 45% na classe de seca extrema.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

No passado sábado, dia 6 de agosto, um choque frontal provocou dois feridos graves (uma pessoa teve de ser helitransportada) e quatro feridos ligeiros, na Estrada Nacional 221, em Miranda do Douro, informou fonte dos bombeiros.

“O choque frontal ocorreu a poucos quilómetros da cidade de Miranda do Douro, envolvendo duas viaturas ligeiras, uma de matrícula nacional e outra de matrícula francesa”, afirmou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, Luís Martins.

Cinco feridos foram transportados por via rodoviária e uma pessoa foi de helicóptero para o Hospital de Bragança.

O alerta para o acidente foi dado às 19:30 do passado sábado, dia 6 de agosto e no local estiveram 27 operacionais e 10 viaturas, incluindo a ambulância de suporte imediato de vida, e o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).choque

As operações de regulação do trânsito estiveram a cargo da GNR.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

O diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Bragança-Miranda afirmou que a visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude à diocese acontece num mês em que a população duplica, chegando assim a “novos públicos”.

“As nossas aldeias antigamente triplicavam, agora duplicam a população nestes meses. É uma forma de aproveitarmos as comunidades emigrantes para falar das jornadas e motivá-los”, disse o padre António Rodrigues.

O responsável do Comité Organizador Diocesano (COD) de Bragança-Miranda referiu-se à chegada dos símbolos à região, no último domingo, e disse que a primeira visita que fizeram foi a uma área ardida, no Concelho de Carrazeda de Ansiães.

“A primeira mensagem que quisemos transmitir foi de apoio aos bombeiros”, afirmou o sacerdote, que coordena a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora à Diocese de Bragança-Miranda.

Os símbolos da JMJ chegaram à diocese através da Barragem da Valeira, em Carrazeda de Ansiães, num dia em que o concelho estava de luto pela morte de 7 jovens num acidente automóvel.

O programa da peregrinação dos símbolos neste mês de agosto inclui a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora ao ACANAC, o Acampamento Nacional de Escuteiros, e a participação, até ao dia 7, na Peregrinação Europeia de Jovens, que decorre em Santiago de Compostela.

“Os símbolos voltam a entrar na diocese no dia 7, em Vimioso, no Santuário de Nossa Senhora da Visitação”, indicou o padre António Rodrigues.

Entre os momentos principais de um mês de peregrinação, o responsável pelo COD destaca a apresentação do hino da JMJ Lisboa 2023 em mirandês, que vai acontecer em Miranda do Douro no dia 13 de agosto.

Outro momento importante é a visita dos símbolos aos santuários diocesanos e a participação nas festas da cidade de Bragança, de Nossa Senhora das Graças, no dia 22.

O responsável pela Pastoral Juvenil de Bragança-Miranda referiu-se às dificuldades na organização da peregrinação dos símbolos pelo facto da diocese estar em sede vacante, sem bispo diocesano, e pela realização, no mês de agosto, de muitas festas populares.

O padre António Rodrigues valorizou o ressurgimento de “grupos de jovens coesos” no contexto da preparação da JMJ Lisboa 2023 e da peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que “podem ser uma esperança para a Pastoral Juvenil na diocese”.

O símbolos da Jornada Mundial da Juventude permanecem na Diocese de Bragança-Miranda até ao dia  4 de setembro e vão depois ser entregues à Diocese de Vila Real.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Ataque informático provocou “graves constrangimentos” ao município

Vimioso: Ataque informático provocou “graves constrangimentos” ao município

O município de Vimioso foi alvo de um ataque informático que provocou “graves constrangimentos” em vários departamentos municipais e para o qual se está a tentar arranjar soluções, informou o presidente da câmara, Jorge Fidalgo.

“O nosso sistema informático foi atacado, o que nos está a causar graves constrangimentos no funcionamento normal dos serviços municipais e de toda a autarquia. Hoje, a informática acaba por ser o coração do funcionamento técnico e administrativo da câmara municipal”, explicou Jorge Fidalgo.

O autarca social-democrata indicou, ainda, que “o ataque informático” poderá ter acontecido no final da passada semana ou já no início da corrente.

“Apresentei de imediato queixa às autoridades competentes desta violação dos nossos servidores [informáticos], e de momento estamos a trabalhar para repor a normalidade do funcionamento do sistema com as indicações que nos foram dadas, pelas autoridades, no sentido de resolver o problema”, frisou.

Jorge Fidalgo espera agora que o problema esteja resolvido no final desta semana ou no início da próxima.

“Infelizmente, são situações que vemos relatadas todos os dias e nós também não escapamos a essa intromissão de estranhos no nosso sistema informático”, indicou o autarca transmontano.

Fidalgo garantiu ainda que o sistema informático está dotado de medidas de segurança para evitar este tipo de ataques aos sistemas municipais.

“O que é certo é que alguém conseguiu ultrapassar estas medidas de segurança que são muitas”, enfatizou.

O autarca de Vimioso garantiu que não estão comprometidos dados pessoais, apenas os administrativos, “mas que são importantes”.

Jorge Fidalgo disse ainda desconhecer algum pedido de resgate feito pelos alegados “piratas informáticos”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Miranda do Douro: Localidades sem água devido ao rebentamento de três condutas

Cinco aldeias do concelho de Miranda do Douro e parte da cidade estão sem abastecimento de águas devido ao rebentamento de três condutas principais de abastecimento, informou a autarquia.

“Trata-se de um problema sério no abastecimento de água a Malhadas, Duas Igrejas, Águas-Vivas, Póvoa, Genísio, Zona Industrial de Miranda e no bairro de Santa Luzia devido ao rebentamento de três condutas principais que abastecem aquela parte do concelho a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA)”, explicou o vice-presidente da câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

De acordo com o autarca, “a situação deve-se à antiguidade das condutas e consequente falta de peças para repararão da situação, o que causa muitos atrasos na reparação da avaria”.

O autarca admite os constrangimentos e que a situação está a ser minimizada com recurso a autotanques dos bombeiros.

Nuno Rodrigues adianta, ainda, que “tudo está a ser feito para repor a normalidade no abastecimento de água a esta zona do concelho “o mais rapidamente possível”.

“Com o aumento da população, no mês de agosto, poderá haver dificuldades no abastecimento, mas esperamos ter o problema solucionado o mais breve possível. Porém, sem garantias, até porque poderá haver rebentamentos em outros pontos das condutas, devido à pressão causada na rede”, vincou.

O município de Miranda do Douro informou que não há falta de água no concelho devido à seca mas reconhece, com “humildade”, a preocupante situação que está a ser gerada por esta “grave avaria” nas condutas de abastecimento de água.

Fonte: Lusa

As perturbações no abastecimento de água afetam as localidades de Miranda do Douro, Malhadas, Duas Igrejas, Cércio, Vale de Mira, Águas Vivas, Póvoa e Genísio.

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

Sendim: VIII Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas de Santa Bárbara

No próximo Domingo, dia 7 de agosto, vai realizar-se no largo da Igreja de Sendim, o VIII Festival Ibérico de Pauliteiros, um evento em que os grupos de pauliteiros e pauliteiras sendineses, vão receber a visita dos Pauliteiros de Palaçoulo, de São Martinho e dois grupos catalães, para assim iniciar as festas de Santa Bárbara.

De acordo com o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, David Brás, o festival ibérico deste ano tem como novidade a participação de dois grupos catalães.

“Na edição deste ano vão participar os grupos vindos da Catalunha, o ‘La Colla Bastonera Les romanes de Barbera del Vallès’ e o ‘El Ball de Bastons de Salou’”, indicou.

Segundo David Brás, o Festival Ibérico de Pauliteiros de Sendim tem como marca distintiva o de juntar os grupos de pauliteiros da Terra de Miranda aos da vizinha Espanha.

“Tradicionalmente, o festival é realizado pelos grupos de pauliteiros e pauliteiras de Sendim e convidamos também outros grupos do concelho e os grupos espanhóis. Nas anteriores edições, contamos com a participação de grupos vindos das Astúrias e a Galiza”, informou.

O Festival Ibérico de Pauliteiros dá início às festas em honra de Santa Bárbara, a padroeira de Sendim, pelo que a organização do evento é feita em colaboração com os mordomos da festa.

Ao longo do ano, os Pauliteiros e Pauliteiras de Sendim tem como principal missão as atuações em Portugal e no estrangeiro, com o propósito de dar a conhecer a tradicional dança dos paus.

“Os pauliteiros e pauliteiras de Sendim costumam atuar em em todo o país, No estrangeiro costumamos atuar regularmente em Espanha, também já fomos a França e ao Brasil”, revelou.

Questionado sobre a diferença na dança dos pauliteiros entre os homens e as mulheres, David Brás, explicou que enquanto os homens utilizam mais a força e a virilidade, as mulheres são mais elegantes na dança.

E sobre esta dança tradicional, engane-se quem pensa que aprender é tarefa fácil. Bem pelo contrário, a dança dos paus pois exige muito treino, repetição, atenção, disciplina e coordenação com os outros pauliteiro(a)s.

“Para além da agilidade e da atenção, a aprendizagem da dança dos pauliteiros exige uma entrega total”, disse.

Segundo, o presidente da Casa do Pauliteiro de Sendim, os jovens aprendizes de pauliteiros só estão aptos a dançar nas atuações, após 10 a 20 ensaios e sempre com o devido acompanhamento dos pauliteiros mais experientes.

Afonso Ramos, tem 13 anos e é um dos jovens pauliteiros de Sendim. Diz que gosta de dançar para preservar a cultura tradicional e para conviver com os amigos.

“Para aprender a dançar é importante ter ritmo e se tivermos formação musical também ajuda”, disse.

Por sua vez, o irmão Gabriel Ramos, tem17 anos e acumula as responsabilidades de pauliteiro, músico e ensaiador dos mais novos.

“Para aprender a dançar é preciso paciência, dedicação e sobretudo gostar muito daquilo que se faz. Só assim é possível preservar a dança tradicional dos pauliteiros” – Gabriel Ramos.

Raquel, com 19 anos, integra o grupo das jovens pauliteiras de Sendim. Revelou que pertence ao grupo porque é uma tradição da terra que quer manter.

“Para quem nunca experimentou esta dança compreendo que seja difícil. É necessário treino”, disse.

Já para a Carolina, de 16 anos, a dança dos pauliteiros é uma tradição muito bonita e para ela é motivo de orgulho ser pauliteira de Sendim.

“Para aprender a dançar é de grande ajuda a coordenação entre as pauliteiras”, concluiu.

HA

Espanha: Reservas a 40% obrigam a cortes no consumo de água

Espanha: Reservas a 40% obrigam a cortes no consumo de água

Os governos regionais e municípios espanhóis estão a impor cortes no consumo de água por todo país, que vive a maior seca desde 1981 e tem as reservas de água em 40,4% da capacidade.

Segundo o Governo espanhol, as reservas hídricas do território continental estavam no dia 2 de agosto, em 40,4% da capacidade total das albufeiras e barragens, com 22.689 hectómetros cúbicos de água armazenada, uma diminuição de 832 hectómetros cúbicos no período de uma semana.

Há um ano, havia 27.092 hectómetros cúbicos armazenados e a média dos últimos dez anos são 33.595, segundo os mesmos dados oficiais.

O armazenamento na bacia do rio Guadiana, um dos que Portugal e Espanha partilham, estava em 26,2% da capacidade total no território espanhol, um dos valores mais baixos registados no país.

Já no Douro e Tejo, outros rios que cruzam os dois países, as reservas de água estavam em 43,7% e 41,5% em Espanha, respetivamente, enquanto no caso do Minho superavam os 51%.

No caso do Guadiana, os 2.490 hectómetros cúbicos de água armazenada é menos de metade da média dos últimos dez anos (5.256).

No Douro, havia reservas de 3.278 hectmómetros cúbicos de água na terça-feira, menos do que os 4.691 do ano passado e a média de 5.026 dos últimos dez anos.

No Tejo, o armazenamento está em 4.587, quando era 4.916 há um ano e a média da última década são 5.986.

O nível das reservas hídricas espanholas é resultado de “chuvas escassas” em todo o país, segundo o Ministério para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico, que divulga estes dados.

Espanha vive este ano a maior seca desde 1981 e um verão até agora marcado por temperaturas “extremas” e três ondas de calor, segundo a agência espanhola de meteorologia (Aemet).

A falta de água tem levado governos regionais e municípios de todo o país a adotar medidas de controlo do consumo, com efeitos, sobretudo, desde o início deste mês, como corte no abastecimento durante horas noturnas, limites de consumo por pessoa em cada casa ou proibição de chuveiros nas praias, de lavagem de carros, regas de jardim e de encher piscinas privadas.

A situação afeta em especial as regiões da Galiza, Andaluzia e Catalunha, mas há medidas para corte de consumo de água a serem adotadas por todo o país.

No caso a Andaluzia, as barragens e bacias dos rios estão já abaixo da capacidade necessária para abastecer a população nos próximos meses, segundo as autoridades regionais.

Fonte: Lusa

Agricultura: Terras de Trás-os-Montes lança estudo para identificar disponibilidades de água

Agricultura: Terras de Trás-os-Montes lança estudo para identificar disponibilidades de água

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes vai estudar as disponibilidades de água para desenvolver o potencial agrícola da região, com um plano de regadio que sirva também para outros usos, divulgou aquela entidade.

O Conselho Intermunicipal da CIM aprovou a abertura de um concurso de cerca de 153 mil euros para estudar o potencial hidroagrícola desta região, um trabalho que “deverá estar concluído até ao final de junho de 2023”, de acordo com informação divulgada em comunicado.

O propósito deste trabalho é, como explica, “identificar as disponibilidades de água e as culturas e áreas a submeter a regadio, e avaliar soluções técnicas para infraestruturar essas áreas, em conjunto com outras possíveis utilizações, numa perspetiva de usos múltiplos”.

O estudo é financiado pelo Programa Operacional (PO) do Norte 2020 e abrange os nove concelhos do distrito de Bragança que constituem esta CIM, nomeadamente Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

“Trata-se de um passo importante para a implementação de uma estratégia integrada neste campo, garantido a competitividade do setor agrícola”, refere, no comunicado.

A Comunidade Intermunicipal sustenta ainda que o concurso público para a realização do estudo “vai ao encontro da estratégia das Terras de Trás-os-Montes no âmbito da competitividade e coesão”, que é “elaborar e implementar um plano de regadios”.

Este plano, acrescenta, envolve “a construção, requalificação e gestão integrada de regadios com o objetivo de dinamizar a produção vegetal e, em particular, os produtos hortícolas e frutícolas”.

Os nove autarcas da CIM das Terras de Trás-os-Montes consideram que “o investimento no regadio é determinante para o futuro da agricultura, para o desenvolvimento da economia e para o aumento da coesão territorial, constituindo-se também como uma das medidas de mitigação dos efeitos das alterações climáticas”.

A CIM Terras de Trás-os-Montes salienta que “sete dos nove concelhos estão incluídos em áreas classificadas como suscetíveis de desertificação e com carência de regadio elevada ou muito elevada”.

“A elaboração deste estudo é fundamental para potenciar o desenvolvimento sustentável da agricultura, contrariando a desertificação a que o território está exposto”, defende.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja ganha forma

Palaçoulo: Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja ganha forma

As obras de contrução do mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, continuam a decorrer a bom ritmo e o edifício começa a ganhar a forma final, o que para a superiora da comunidade das monjas trapistas, a irmã Giusy Maffini, é um sinal de alegria e esperança.

“Em agosto de 2023, esperamos que o mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja esteja concluído para acolher as irmãs. E para que a casa de acolhimento esteja inteiramente livre para acolher grupos, famílias e pessoas interessadas fazer retiros ou simplesmente desfrutar de um tempo de descanso”, disse a monja trapista.

Recorde-se que numa primeira fase, foi construída a hospedaria, onde atualmente vivem as Monjas Trapistas. Quando o mosteiro estiver construído, as Monjas passarão a viver no mosteiro e a hospedaria destinar-se-á aos hóspedes e visitantes.

Questionada a respeito do programa “Verão vocacional,” a superiora da comunidade disse que têm recebido o contato de várias pessoas, interessadas em conhecer mais de perto a vocação e o estilo de vida das monjas trapistas.

“Para além do verão e de modo a responder às solicitações das pessoas, vamos estender o programa vocacional para todo o ano”, adiantou.

Prestes a completar dois anos da vinda da comunidade para Palaçoulo, a irmã Giusy, referiu que este verão tem sido particularmente quente e estão preocupadas com os incêndios que assolam o país.

Sobre a adaptação das monjas ao planalto mirandês, a irmã Giusy referiu que costumam receber a visita regular de familiares e de turistas que querem conhecer o novo mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

“Este ano, estamos a receber menos visitas dos turistas espanhóis”, indicou.

As monjas trapistas são uma ordem religiosa [ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália] que veio para Portugal em outubro de 2022 “e está vocacionada para a vida contemplativa”.

De acordo com o agora arcebispo de Braga, Dom José Cordeiro, estas irmãs trazem ao nordeste transmontano uma mensagem de paz para todos aqueles que aqui se deslocarem, em busca do silêncio, da fé e da contemplação”.

HA