Constantim: “Nossa Senhora da Luz é uma autêntica festa transfronteiriça” – Helena Barril

Concluiu-se este Domingo, dia 30 de abril, a romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz, uma celebração religiosa que continua a ser uma festa transfronteiriça, dada a grande afluência de portugueses e espanhóis, à capela construída na fronteira entre Portugal e Espanha.

A capela de Nossa Senhora da Luz está construída a 895 metros de altitude, em plena fronteira com Espanha.

No Domingo, dia 30 de abril, o momento mais aguardado da romaria internacional foi a missa campal realizada ao início da tarde.

Esta celebração foi presidida pelo padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro, que teve a seu lado, o pároco de Moveros (Espanha), o padre Pablo Cisneros.

Sobre a grande afluência dos espanhóis à romaria fronteiriça, o sacerdote espanhol, explicou que tal se deve à grande devoção mariana que existe nos dois lados da fronteira.

“Maria é para nós uma luz, que nos ajuda a enfrentar as dificuldades e obscuridades da vida. Há muitos anos que espanhóis e portugueses apreciam esta festa. Aqui reunidos somos uma mesma família.”, disse.

Na homília, o pároco de Miranda do Douro dirigiu-se às centenas de pessoas presentes no recinto da Luz e afirmou que a nacionalidade tem pouca importância na Igreja.

“Aqui, na ermida da Luz, não somos portugueses nem espanhóis! Somos povo de Deus! E o nosso pastor é Jesus Cristo. Por isso, é importante conhecê-Lo bem!”, afirmou.

Para conhecer Jesus, o sacerdote recomendou seguir o exemplo de Nossa Senhora, a Mãe de Deus.

“Hoje viemos ter com Maria, a Nossa Senhora da Luz! Sejamos bons filhos, sejamos como Jesus!”, exortou.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, também se juntou às centenas de fiéis na ermida da Luz, para participar na celebração religiosa. Questionada sobre a importância desta romaria internacional para o concelho de Miranda do Douro, a autarca começou por realçar que a fé propicia o encontro entre os dois povos vizinhos.

“Aqui na ermida da Luz vive-se uma enorme devoção a Nossa Senhora, quer pelos portugueses, quer pelos espanhóis. Esta romaria é portanto uma autêntica festa transfronteiriça. E é também uma marca identitária da nossa região, em toda a península ibérica!”, disse.

Todos os anos, a romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz é organizada pela população de Constantim. Neste ano, coube a Humberto Vara e a esposa, coadjuvados por mas três casais, a preparação da festa. Assim sendo, ao longo do ano, os quatro casais responsabilizaram-se por exemplo, pela limpeza da ermida e a manutenção da área envolvente.

“Este ano, fizemos uma limpeza minuciosa de toda a capela. Outra tarefa foi encomendar os restauros da cruz e do sino. Também instalámos o ramal de eletricidade, que disponibiliza condições excelentes para a organização da festa”, indicou.

Segundo os mordomos, os dias que antecedem a romaria são muito trabalhosos, pelo que solicitam a ajuda de mais pessoas voluntárias na aldeia de Constantim.

“O mais gratificante em ser mordomo da festa em honra de Nossa Senhora da Luz é a entreajuda que se estabelece na comunidade. Sem a ajuda de todos não seria possível organizar uma festa desta dimensão”, disse.

Nos dias da romaria internacional, a maior satisfação para a organização é ver o recinto da ermida da Luz cheio de gente e os feirantes satisfeitos, pois é um sinal de que vão voltar no próximo ano.

HA

Mogadouro: Castro da Idade do Ferro abre para visitas

O castro de Vilarinho dos Galegos, em Mogadouro, datado da Idade do Ferro, abriu as portas aos visitantes, após a realização de obras de consolidação e arranjos da área envolvente.

A antiga fortificação tinha a função de defender um enorme povoado existente num local sobranceiro ao rio Douro onde foi colocado “este importante” sítio arqueológico, que remonta a cerca de 800 anos a.C., que é também conhecido localmente por Castelo dos Mouros.

A vereadora da Cultura do município de Mogadouro, Márcia Barros, disse que, com este novo polo histórico, pretende-se dar a conhecer o espaço, tornando-o visitável e acessível aos interessados.

“Neste momento conseguimos ter uma visão plena do que seria a fortificação [castreja], datada de há mais de 2500 anos. Foi colocado a descoberto um sítio de verdadeira estratégia defensiva ou de eventual ataque, com origem na Idade do Ferro”, vincou a autarca.

O projeto “Valorização e Conservação do Castelo dos Mouros e Castelo de Oleiros” vai agora ser dado a conhecer ao público em geral.

Márcia Barros acrescentou que este espaço já há muito que estava sinalizado porque nas suas imediações existe um miradouro sobranceiro ao rio Douro que é conhecido como Fraga do Calço.

“Este espaço ganha agora uma nova dimensão para quem queira fazer uma viagem no tempo”, sublinhou a vereadora.

Já Emanuel Campos, arqueólogo do município de Mogadouro, avançou que o interesse histórico em reação ao castro/castelo dos mouros de Vilarinho dos Galegos é relevante, porque tratar-se de um povoado que está na origem desta aldeia e também de outras localidades do sul do planalto mirandês.

“Todos os dados arqueológicos apontam para uma ocupação deste povoado para 800 anos a.C., havendo uma reconstrução da muralha defensiva por volta de 250 anos a.C., prolongando-se até ao século XX”, indicou.

Na opinião do arqueólogo, esta fortificação tinha como objetivo defender uma comunidade rural que existiu junto a Vilarinho dos Galegos, e também como ponto estratégico para a defesa da via navegável do Douro, na Idade do Ferro.

Numa primeira fase de intervenção no Castelo dos Mouros foram realizadas escavações arqueológicas e feita a consolidação de um pano de muralhas viradas a sul que suporta esta fortificação castreja, que fica sobranceira ao Douro Internacional e cujos trabalhos tiveram início em 2011.

Em fases posteriores da intervenção foi possível aos arqueólogos e outros investigadores desfazer um conjunto de dúvidas exigentes em relação às funções da primitiva fortificação.

De acordo com o arqueólogo municipal, o Castelo dos Mouros de Vilarinhos dos Galegos está classificado como Monumento de Interesse Municipal, estando em curso a sua classificação como Sítio de Interesse Público.

A ocupação da área do castro do Castelo dos Mouros e de toda a zona envolvente está cronologicamente situada entre a Idade do Ferro e o século XX.

Este espaço está na confluência das grandes rotas pedestres do Douro Internacional, como é o caso da GR-36, que está a ser bastante procurada e fica dentro do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A localização destas estruturas arqueológicas na linha de fronteira com Espanha é também um elemento estratégico a ter em conta nas ações que virão a ser desenvolvidas no futuro.

Fonte: Lusa

Ensino: Exames digitais em 2024

No próximo ano letivo de 2023/2024, um grupo de alunos do ensino secundário vai realizar pela primeira vez exames nacionais digitais, segundo o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que decidiu que o projeto-piloto será aplicado a “duas ou três disciplinas”.

O plano que põe fim às provas e exames nacionais em papel foi experimentado no ano, passado junto de seis mil alunos do ensino básico e deverá estar concluído em 2025.

Numa carta de solicitação enviada ao IAVE, o ministério decidiu que no próximo ano letivo de 2023/2024 será a vez de avançar com o projeto-piloto no secundário num “conjunto de exames nacionais”.

“O projeto-piloto será aplicado a todos os alunos que fazem uma determinada disciplina. Ainda não escolhemos as disciplinas, mas serão duas ou três que não tenham nem muito poucos nem muitos alunos inscritos”, revelou o presidente do IAVE, Luís Pereira dos Santos.

Seguindo esta ideia, deverão ficar de fora disciplinas como Biologia e Geologia, Português, Física e Química A ou Matemática, que chegam a ter mais de 40 mil alunos inscritos só na 1.º fase.

Por outro lado, também não deverão ser escolhidos os alunos que fazem exames de Português Língua Não Materna, Mandarim ou Latim A, uma vez que são muito poucos: No ano passado, por exemplo, inscreveram-se 21 estudantes a Mandarim e 29 a Latim A.

Em 2025, todas as provas serão em formato digital, desde as provas de aferição do ensino básico até aos exames nacionais.

No entanto, os exames nacionais têm um peso acrescido, uma vez que são visto como uma espécie de bilhete de acesso ao ensino superior, valendo tanto quanto as notas atribuídas pelo trabalho realizado ao longo dos três anos do secundário.

Já as provas de aferição são importantes para avaliar os conhecimentos dos alunos, identificar as suas dificuldades e trabalhar nessas áreas, mas não têm peso na nota final do alunos.

Este ano, mais de 250 mil alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos vão realizar provas de aferição digitais, uma decisão que tem sido criticada por diretores, professores e pais.

Luís Pereira dos Santos reconheceu que o sistema ainda não é perfeito, havendo o risco de a rede de internet ou os computadores poderem falhar durante as provas, mas garante que o IAVE está a trabalhar com as escolas para identificar e corrigir problemas.

Sobre o modelo das provas digitais, o presidente do IAVE explicou que serão “muito idênticas” à estrutura das provas em papel: “Não esperem grandes revoluções, não é isso que nós queremos”.

No futuro, as provas digitais permitirão apresentar questões com simulações, modulações ou gráficos interativos, mas para já “não haverá nada disso”, garantiu.

As regras dos exames do secundário mantêm-se exatamente iguais às do ano passado, com um conjunto de perguntas obrigatórias e outro opcional.

As respostas obrigatórias são “uma amostra muito representativa do que os alunos têm mesmo de saber no final do ensino secundário ou no 11.º ano”, já no caso dos itens opcionais “só vão contar para a classificação final aqueles a que os alunos têm melhor classificação”, recordou.

O presidente do IAVE deixou um conselho aos alunos: “Façam a prova toda, não pensem que há itens obrigatórios e opcionais. A prova é para ser feita toda”.

Para os professores e estudantes mais ansiosos, Luís Pereira dos Santos sugeriu que visitem o ‘site’ do IAVE, onde estão disponíveis provas digitais com “exemplos muito próximos” dos que serão apresentados nos exames.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Diocese sem bispo há mais de um ano “não é aceitável” – Presidente da CEP

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considera que o processo para a nomeação de bispos “não está a funcionar” e “não é aceitável” que a diocese de Bragança-Miranda esteja sem bispo há mais de um ano.

O processo de nomeação dos bispos não está a funcionar. Há duas dioceses que estão sem bispo há mais de um ano. E isto não é aceitável, disse D, José Ornelas, defendendo a necessidade de “agilizar e tornar mais participativo” o processo de eleição dos bispos.

As dioceses de Bragança-Miranda e de Setúbal estão a aguardar a nomeação de novos bispos, depois de José Ornelas ter transitado para Leiria e José Cordeiro para Braga, respetivamente.

Dizendo não dispor de elementos que lhe permitam confirmar informações que dão conta de alegadas recusas por parte de alguns padres para serem elevados ao episcopado, acredita, porém, que não será esse o motivo para os atrasos nas nomeações.

“Não creio, porque daquilo que sei, algumas [situações] têm durado demasiado tempo para serem enviados os processos”, afirma, admitindo que alguma coisa poderá ser alterada no âmbito do Sínodo que a Igreja está a viver até 2024.

“Eu penso que algumas coisas podem mudar. Neste momento, há uma grande participação em termos de consulta de pessoas, de leigos, padres, bispos. Mas isto pode ser organizado de outra forma, agilizando melhor e tornando mais rápido e eficiente o processo de escolha”, diz José Ornelas, admitindo que os padres possam ter dúvidas em aceitar o cargo.

Segundo o presidente da CEP, “é um discernimento que se tem de fazer, um discernimento na disponibilidade”.

“Mas também posso aceitar que alguém diga ‘não, não me sinto’ [disponível para o cargo]. E pode não ser simplesmente uma questão de comodidade ou não querer”, sublinha.

Fonte: Lusa

Ambiente: Prazo de limpeza de terrenos terminou a 30 de abril

O prazo para a limpeza de terrenos florestais terminou a 30 de abril e os proprietários em incumprimento arriscam a aplicação de coimas, que podem chegar até aos 5.000 euros para pessoas singulares e até 25.000 euros para pessoas coletivas.

A partir de 30 de abril, as câmaras municipais podem substituir-se aos proprietários na limpeza do mato, que ficam obrigados a permitir o acesso aos seus terrenos e a pagar as despesas à câmara.

A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) defendeu a prorrogação do prazo para limpeza de terrenos de 30 de abril para meados de maio, justificando que os trabalhos têm sido prejudicados pelo tempo seco e pelos alertas de risco de incêndio.

Vários municípios afetados por incêndios nos últimos anos disseram que está a ser mais difícil cumprir o prazo para a limpeza de terrenos, devido ao aumento dos preços deste tipo de trabalho, à falta de mão-de-obra e à falta de cadastro para identificação dos proprietários.

Não houve qualquer decisão do Governo para prorrogar esse prazo, tendo o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, feito um “balanço positivo” do esforço que entidades públicas e privados têm feito na limpeza de terrenos e matas, no âmbito da prevenção dos incêndios rurais.

Neste âmbito, a Guarda Nacional Republicana (GNR) começa, a partir de segunda-feira, 1 de maio, a fase de fiscalização dos trabalhos de limpeza da floresta, contabilizando já a identificação de quase 14.000 locais em risco de incumprimento da limpeza obrigatória de terrenos.

De acordo com o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, decreto-lei n.º 82/2021, o incumprimento dos deveres de gestão de combustível, ou seja, de redução de material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação do fogo, através do corte de ervas, arbustos e árvores em algumas áreas, é qualificado com contraordenação grave.

As coimas variam entre 500 euros e 5.000 euros, no caso de pessoas singulares, e 2.500 euros e 25.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

A GNR indicou que, no âmbito da campanha “Floresta Segura 2023”, foram identificados, até 9 de abril, 13.949 locais em risco de incumprimento da limpeza obrigatória de terrenos, com o objetivo de minimizar os riscos de incêndio em zonas prioritárias, que, de acordo com a lei, deve ser feita até 30 de abril.

O número deste ano é superior ao de 2022, em que foram identificados 10.989 locais de risco.

No mesmo período deste ano, a GNR registou 16 autos de contraordenação por queimas e 58 por queimadas de sobrantes não autorizadas, quando em 2022 foram um total de 362 e 123, respetivamente.

Este ano já foram detidas 34 pessoas por incêndio florestal, quando em todo o ano passado foram detidas 72.

Relativamente às contraordenações, em 2022 foram 4.359 as coimas por incumprimento da limpeza de terrenos florestais, segundo dados da GNR.

Os proprietários de terrenos estão obrigados a proceder à gestão de combustível (limpeza de vegetação) numa faixa de largura não inferior a 50 metros à volta de habitações e outras edificações inseridas em espaços rurais, sendo que no caso de aglomerados populacionais, parques de campismo e zonas industriais, esta faixa de proteção se estende até aos 100 metros.

Em março deste ano, foi publicada uma lista com 998 freguesias prioritárias, que deverão ter precedência na fiscalização e cumprimento da lei em vigor (em https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/3780-2023-210931890).

No âmbito dos incêndios rurais, a GNR realçou que a proteção de pessoas e bens é uma das suas prioridades estratégicas, com base na prevenção e no reforço de patrulhamento nas áreas florestais.

“Considerando que a maioria das ocorrências de incêndio se deve ao uso negligente do fogo, a GNR recomenda que nas atividades agroflorestais sejam utilizados métodos alternativos à queima de sobrantes de exploração (por exemplo estilhaçamento e incorporação no solo) para diminuição do risco de incêndio”, sublinhou.

A Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, funciona em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

Fonte: Lusa

1.º maio: Igreja Católica associa-se à celebração, evocando São José Operário

A Igreja Católica celebra a 1 de maio, desde 1955, a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.

A celebração litúrgica de São José operário foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos: “Longe de despertar discórdia, ódios e violência, o 1º de maio é e será um recorrente convite à sociedade moderna a realizar aquilo que ainda falta à paz social”.

São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX.

A 8 de dezembro de 2021, o Papa Francisco assinalou no Vaticano o final do Ano de São José, que convocou para assinalar o 150º aniversário da sua declaração como padroeiro da Igreja Universal.

Foi nesse dia, em 2020, que Francisco proclamou o Ano de São José com a carta apostólica ‘Patris corde’, com o objetivo de ajudar as pessoas a redescobrir esta “extraordinária figura”.

A carta do Papa apresentava “algumas reflexões pessoais” sobre São José, destacando que “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício”, ligado também ao mundo laboral.

“Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo”, sustentou Francisco.

O Dia do Trabalhador, celebrado anualmente a 1 de maio, destaca não só as conquistas no campo dos direitos dos trabalhadores, mas pretende também sensibilizar para a falta de condições de trabalho que ainda se verificam por todo o mundo.

Esta data teve origem na histórica greve geral de Chicago, ocorrida a 1 de maio de 1886, na qual foram reivindicadas melhores condições laborais e salariais. A data foi oficializada a 14 de julho de 1989, no Congresso Operário Internacional, em Paris.

Em Portugal, o feriado do Dia do Trabalhador começou a ser assinalado em 1890. Todavia, as comemorações cessaram com o início do regime do Estado Novo. Posteriormente, o 1.º de maio voltou a ser ceelbrado em maio de 1974, 8 dias após a Revolução dos Cravos.

Fonte: Ecclesia

DOMINGO IV DA PÁSCOA – ANO A / DOMINGO DO BOM PASTOR / ÚLTIMO DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

A quem sigo?

At 2, 14a.36-41 / Slm 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 / 1 Pe 2, 20b-25 / Jo 10, 1-10

O Domingo IV de Páscoa é chamado «Domingo do Bom Pastor». Esta é uma imagem bíblica muito cara ao povo de Israel que Jesus assume para si. Em tempo pascal, esta narrativa fala-nos dos traços do Senhor ressuscitado. Como canta o Salmo: «O Senhor é meu pastor: nada me falta».

O Evangelho de São João traz-nos três imagens simbólicas muito claras: o Pastor, a porta e o ladrão. O Pastor é descrito como alguém de confiança que entra pela porta do redil das ovelhas, cuja voz é conhecida por elas, a quem chama individualmente pelo nome e que caminha à sua frente com autoridade. De seguida, a porta é vista aqui como um lugar de passagem, de modo que quem entra por ela será salvo e em seu redor encontra pastagens verdejantes. Por fim, o ladrão é aquele que entra por uma porta dos fundos, escondida, possui uma voz estranha ao rebanho e vem para roubar e matar.

Jesus é o Bom Pastor que nos congrega junto de si, que nos conhece e nos chama a fazer parte do seu rebanho. Ao mesmo tempo, Jesus é a porta pela qual entramos numa vida em Deus. Sabemos que a porta não é necessariamente larga, por vezes é estreita e apertada, mas vale a pena o esforço de a poder ultrapassar.

Por fim, o ladrão remete-nos para os falsos pastores que, com propostas de felicidade fáceis e imediatas, nos fecham em nós próprios, como se fôssemos autossuficientes.

A partir daqui, somos convidados a refletir nas dinâmicas do Bom Pastor que aparece às claras na nossa vida, de forma transparente, falando a linguagem do amor. Por outro lado, vale a pena pensar nas dinâmicas sedutoras que seguem a lógica do ladrão: vêm às escuras e em segredo, para dividir e enganar, destruindo a paz na vida interior e nas relações. Onde identifico estas dinâmicas na minha vida?

Termina neste dia a Semana de Oração pelas Vocações. No rebanho da Igreja há lugar para todos. Uns são chamados à participação laical na comunidade eclesial, muitos a partir do matrimónio; outros a uma vida consagrada, seja em vida ativa ou em vida contemplativa; outros ainda são chamados ao sacerdócio ministerial. Mas todos comungamos da mesma alegria de sermos reunidos em redor do Bom Pastor. Como diz a Carta de São Pedro, outrora «éramos como ovelhas desgarradas, mas agora voltamos ao Pastor e Guarda das vossas almas».

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Economia: Vídeo sobre a cortiça conquista ouro no WorldMediaFestivals

O WorldMediaFestivals atribuiu à APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça o prémio ‘gold’, na categoria Marketing and Promotions: Marketing Strategies, pelo vídeo de promoção da cortiça ‘The Corkologist’.

‘The Corkologist’ é uma produção portuguesa, lançada em setembro pela APCOR com o objetivo de reforçar o posicionamento da cortiça e dos seus produtos à escala internacional, com uma difusão alargada em mercados-chave do setor da cortiça, como os Estados Unidos, França, Itália, Espanha e o Reino Unido, explica a APCOR em comunicado.

O vídeo está inserido no projeto de comunicação internacional InterCork, que foi também distinguido, na sexta-feira passada (21 de abril), como vencedor no Prémio Nacional da Sustentabilidade 20|30, na categoria Comunicação em Sustentabilidade Micro, Pequenas e Médias Organizações.

Fonte: Lusa

Cultura: Algoso integra Aldeias de Portugal

A aldeia de Algoso, localizada no concelho de Vimioso é uma das oito novas Aldeias de Portugal, anunciou a Associação do Turismo de Aldeia (ATA), que atribuiu a certificação.

Segundo a Associação do Turismo de Aldeia (ATA), o distrito de Bragança totaliza quatro novas aldeias classificadas: Podence, no concelho de Macedo de Cavalheiros, conhecida pelo Entrudo Chocalheiro, classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2019; Algoso, no concelho de Vimioso; Moimenta da Raia, no concelho de Vinhais, e Sambade, em Alfândega da Fé.

A sul, a rede de Aldeias de Portugal é reforçada com a entrada da Alte, em Faro.

No concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, as Argas (de Baixo, Cima e de São João), situadas na Serra d’Arga, atualmente em processo de classificação como Paisagem Protegida Regional, é a única União de Freguesias certificada.

No distrito de Aveiro, Folhense, no concelho de Vale de Cambra, e Vale de Ílhavo, no município de Ílhavo, são as novas aldeias classificadas com o selo que “atesta a identidade dos territórios mais genuínos do país”.

“Estamos particularmente orgulhosos destas adesões ao universo das Aldeias de Portugal, porque, além de evidenciarem a especial força da região norte na preservação dos seus territórios mais tradicionais, também refletem o reforço geográfico da marca no sul do país, cuja menor representatividade na rede era uma lacuna que lamentávamos”, afirmou diretora da ATA, Teresa Pouzada, citada na nota.

A responsável admitiu que “o processo de adesão é particularmente minucioso e obriga ao envolvimento de várias entidades, para garantia de que toda a comunidade associada ao povoado está efetivamente envolvida na candidatura e motivada para o projeto de desenvolvimento que a marca ‘Aldeias de Portugal’ preconiza”.

Mas, disse, “esperamos que a entrada de Alte na rede confira uma nova dinâmica à promoção dos territórios mais genuínos do Algarve, que está cheio de potencial neste domínio do turismo rural”.

A classificação agora anunciada põe fim a “alguns meses de análise dos diferentes aspetos exigidos para candidatura”.

“Estas novas adesões só provam como as Aldeias de Portugal, mesmo nas circunstâncias mais rurais, podem ser ativas, dinâmicas e, na realidade, uma verdadeira fonte de inspiração no que se refere à qualidade de vida a que todos devemos aspirar enquanto sociedade”, frisou Teresa Pouzada.

A ATA foi fundada em 1999 e é composta por várias instituições empenhadas em potenciar o desenvolvimento socioeconómico, a promoção turística e a preservação patrimonial dos territórios rurais mais representativos das origens da genuína identidade portuguesa.

Atualmente, a instituição conta com 17 associados de todo o país.

O selo Aldeias de Portugal “distingue os povoados mais característicos da ruralidade portuguesa, em vertentes como o património histórico e cultural, gastronomia e artesanato, práticas e costumes sociais, recursos naturais e agrícolas, ofícios e produtos regionais”.

Fonte: Lusa

Agricultura: Eduardo Oliveira e Sousa deixa presidência da CAP

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, vai deixar o cargo, passando para a mesa da assembleia-geral, e deverá ser substituído por Álvaro Mendonça e Moura, da Amêndoacoop – Cooperativa de produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo.

A 17 de abril, terminou o prazo para a apresentação das listas candidatas aos órgãos sociais da confederação para o triénio 2023-2026, tendo sido apresentada uma única, subscrita por 129 organizações associadas da CAP.

Apesar dos estatutos não preverem um número máximo de mandatos, Eduardo Oliveira e Sousa vai deixar o cargo, aparecendo agora como candidato à presidência da mesa da assembleia-geral.

Já como presidente é apontado Álvaro Mendonça e Moura, da Amêndoacoop – Cooperativa de produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo.

Como vice-presidentes são candidatos Domingos Filipe dos Santos (FNOP – Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas), Francisco Pavão (APPITAD – Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro), Gonçalo Andrade (Portugal Fresh), Joaquim Capoulas (Associação de Produtores do Mundo Rural da Região de Montemor-o-Novo), Jorge Rita (Federação Agrícola dos Açores) e Pedro Pimenta (Anpromis – Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo).

Como vogais da direção são candidatos António Marques, Bruno Marques, Fermelinda Carvalho, José Estêvão, José Duarte, Manuel Costa e Silva, Manuel Pereira e Sousa, Rita Bonacho, Rodrigo Vinagre e Sérgio Ferreira.

Integram ainda a candidatura a este órgão, como vogais suplentes, Amadeu Fernandes, Cláudio Soares, Eduardo Cruz, José Azevedo, José Maia, Luís Marcos, Luís Robalo, Pedro Batista, Rui Batista e David Alves.

Além de Eduardo Oliveira e Sousa, a proposta para a mesa da assembleia-geral integra Vitor Galantinho (vice-presidente), Fernando Moreira (secretário efetivo) e Joaquim Morgado (secretário suplente).

Por sua vez, a lista aponta para o Conselho Fiscal da CAP António Soares (presidente), António Raposo (membro efetivo), Henrique Damásio (membro efetivo) e Carla Pinto (membro suplente).

Álvaro Mendonça e Moura, nasceu em 1951 no Porto e é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.

O candidato a presidente da CAP foi secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, representante permanente junto das Nações Unidades, embaixador em Madrid e representante permanente junto da Comissão Europeia e dos organismos e organizações internacionais em Genebra.

Antes disso, foi embaixador em Viena, em 1992 foi chefe do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, depois de ter sido chefe do gabinete do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

Em 1990, foi diretor de serviços da África Subsariana, membro das negociações de Bicesse para a paz em Angola, depois de também ter passado pela embaixada em Pretória e pela delegação permanente junto da EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre) e do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), em Genebra.

Álvaro Mendonça e Moura dedica-se ao olival, à vinha e ao amendoal, é sócio da APPITAD, foi professor universitário e membro fundador do Círculo de Estudos do Centralismo.

As eleições dos titulares dos órgãos sociais da CAP vão ter lugar no dia 17 de maio.

Fonte: Lusa