Ensino: Portugal matriculou na escola 4.488 crianças ucranianas

Portugal recebeu pedidos de proteção temporária de 14.265 crianças ucranianas desde a invasão russa àquele país, há um ano, estando 4.488 matriculadas em escolas portuguesas, mas é desconhecida a informação sobre as restantes, informou a Unicef.

Numa nota, no dia que se assinala um ano desde o início da guerra, o Fundo das Nações Unidas para a Infância em Portugal (Unicef Portugal) sublinha que “relativamente à situação das restantes 9.777 crianças que deram entrada em Portugal, não existe informação sobre a sua situação”.

Nesse sentido, lança um apelo urgente ao Governo para que estas crianças sejam inscritas em escolas portuguesas por considerar que esse é “um fator crucial para a sua proteção e integração social”.

Quando se assinala um ano sobre a invasão russa à Ucrânia, que afetou a vida de cerca de 7,8 milhões de crianças ucranianas, a Unicef apela igualmente ao Governo para que garanta que todas as crianças que estão em território nacional estão inscritas na escola e que lhes seja a assegurado o “reforço da aprendizagem de português como língua de acolhimento e serviços de mediação cultural nas escolas”.

O organismo das Nações Unidas apela ainda ao executivo português para um apoio psicossocial nas escolas, a criação de oportunidades para adolescentes, em particular entre os 15 e os 17 anos, que apresentam, frequentemente, maiores desafios na integração nos sistemas de ensino de acolhimento, bem como apoio e informação às famílias sobre os serviços educativos e sociais disponíveis.

A Unicef Portugal pede também que se “assegure a devida articulação entre todas as áreas governativas relevantes (Administração Interna, Igualdade e Migrações, Justiça, Educação, Saúde e Solidariedade, Trabalho e Segurança Social), e a todos níveis (central e local), para que sejam ultrapassadas as barreiras regulamentares e/ou administrativas que podem estar a condicionar ou impedir a identificação das crianças que estão em território nacional e não inscritas nas escolas”.

No âmbito deste apoio, a organização pede ao executivo que mobilize e dote os municípios de capacidade para intervir com as famílias refugiadas, de forma regular, através da criação de serviços próximos da comunidade que permitem acompanhar as famílias e garantir que acedem aos serviços locais.

Sugere ainda que seja criada “uma norma de exceção no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, para que seja possível garantir a segurança destas crianças e não seja um entrave à sua proteção”.

A Unicef diz que “está também a trabalhar com o Ministério da Educação e Ciência da Ucrânia para que conceda o pleno reconhecimento das qualificações obtidas no estrangeiro para tranquilizar as famílias e crianças quanto à sua transição suave de volta às escolas ucranianas, sem perda de tempo e créditos no seu regresso à Ucrânia, como muitos ambicionam”.

No documento, a diretora executiva da Unicef Portugal, Beatriz Imperatori, aproveita para afirmar que “é fundamental que o Governo português assegure as condições de proteção e integração destas crianças e acompanhe e avalie, de forma rigorosa e integrada, a sua situação, para que seja possível atuar no imediato e prevenir riscos, como os de abuso, tráfico humano ou abandono escolar”.

“Uma criança que não se sabe onde está, é uma criança potencialmente em risco. Este é uma necessidade que ganha ainda mais pertinência e importância tendo em conta a enorme probabilidade deste conflito militar se estender no tempo, bem mais do que inicialmente era esperado. Temos de estar preparados e equipados para garantir os direitos das crianças, invariavelmente as maiores vítimas em cenários de conflito”, acentua.

Fonte: Lusa

Ucrânia: Cáritas Portuguesa distribuiu 400 mil euros no apoio a vítimas da guerra

A Cáritas Portuguesa distribuiu 400 mil euros no apoio às vítimas da guerra na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, com a invasão russa, informou a organização católica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Organização católica  assinala primeiro aniversário do conflito.

“Continuamos empenhados no apoio à Ucrânia nesta fase em que o apoio humanitário continua a ser uma emergência, mas estamos também conscientes de que muito do trabalho da rede Cáritas será necessário na fase de reconstrução e não perdemos isso de vista na nossa forma de olhar para o papel da Cáritas Portuguesa nesta intervenção”, refere Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa.

A organização católica assinala que mantém o seu empenho de colaboração, através da ‘Caritas Internationalis’, no apoio à Cáritas na Ucrânia, nos países vizinhos e também no apoio às famílias deslocadas em Portugal.

“Até ao momento foi possível responder com um total de 400 mil euros para o apoio nestas três vertentes assumidas desde o início do conflito, mas o trabalho não terminou”, precisa a nota, intitulada “Reconstruir e Restaurar a Esperança”.

A Cáritas Portuguesa continua a receber donativos, destinados à “resposta de emergência e de futuro para garantir a todos os que são vítimas deste conflito um horizonte que é feito de Esperança, mas acima de tudo que é feito de Dignidade Humana”.

“A Confederação Cáritas, na qual a Cáritas Portuguesa se inclui, continua a responder ao seu compromisso de promover uma abordagem baseada nos direitos humanos para garantir que todas as pessoas afetadas por conflitos armados e violência se sintam seguras, protegidas, acolhidas e respeitadas”, acrescenta a organização católica.

Este foi um ano muito difícil que mudou a vida de milhões de ucranianos, mas foi também um ano de muita generosidade, esperança, fé e amor. Como Cáritas Ucrânia acreditamos que somos no terreno a expressão de tudo isto. Somos os corações, as mãos, os braços de todos os que nos ajudam a concretizar este trabalho” – Tetiana Stawnychy presidente da Cáritas Ucrânia.

Um ano após o início do conflito na Ucrânia, a Cáritas Portuguesa sublinha que o impacto da guerra “continua a ultrapassar as fronteiras do país e da região da Europa, afetando pessoas e países em todo o mundo”.

Durante os últimos 12 meses, a Cáritas na Ucrânia, com o envolvimento de toda a rede e dos países vizinhos – Polónia, Roménia, Moldávia, República Checa, Eslováquia, Bulgária e Hungria – ofereceu ajuda humanitária a mais de 5,3 milhões de pessoas.

“Estamos a trabalhar para que estas pessoas que sofrem como resultado desta guerra, possam ter uma perspetiva de recuperação do seu país e, acima de tudo, nunca percam a esperança. Acreditamos que todas as pessoas têm direito a um lugar onde não estão sozinhas ou excluídas, mas pertencem a uma comunidade”, indica a instituição católica de solidariedade e ação humanitária.

Fonte: Ecclesia

Desporto: Sendim, Paradela e Vimioso investem no turismo desportivo

Nos dias 8, 23 e 30 de abril, Sendim, Paradela e Vimioso, respetivamente, vão organizar corridas de montanha (trails) com os propósitos de dar a conhecer a beleza natural dos seus territórios, promover turisticamente a região e assim gerar uma maior atividade comercial nas localidades.

No nordeste transmontano há condições excecionais para a prática do desporto.

Cada vez mais, as autarquias e associações locais estão a investir no turismo desportivo, como uma atividade que atrai a vinda de pessoas e por conseguinte promove o desenvolvimento local regional. É o caso dos trails runnings (corridas de montanha) que a associação Mirai q’Alforjas (Sendim), Furões (Vimioso) e Alírio Sebastião (Paradela) estão a preparar para o mês de abril.

“Atualmente, há cada vez mais pessoas a deslocarem-se para uma determinada localidade para praticar uma atividade desportiva ou assistir a um evento desportivo. A preocupação com a saúde, o bem estar e o interesse em sair das zonas urbanas explica o crescente interesse do público pelo desporto nas zonas rurais”, justificou Alírio Sebastião, atleta do Ginásio Clube de Bragança.

8 de abril – Trail Arribas do Douro, em Sendim

A quarta edição do Trail Arribas do Douro, em Sendim, está agendada para o dia 8 de abril. Tal como nas edições anteriores, a prova contempla a modalidade de trail (15,5km) e caminhada (12 km).

Segundo Fernanda Castro, da associação Mirai q’Alforjas, organizadora da prova, uma das novidades de trail deste ano é a oferta de um kit mais completo para os participantes, com camisola, meias, gola e fita.

Dada a crescente notoriedade do Trail das Arribas do Douro, à vila de Sendim acorrem atletas e caminhantes de várias regiões do país e muitos da vizinha Espanha.

Com a realização desta prova desportiva, a associação Mirai q’Alforjas, pretende promover o turismo na região.

“Na vila de Sendim, o grande destaque é a beleza das paisagens das arribas do rio Douro, mas também a nossa gastronomia, o vinho e a cultura sendinesa, com as nossas tradições, como são os pauliteiros e gaiteiros locais”, indicou.

O Trail das Arribas do Douro conta com o apoio do Município de Miranda do Douro, da União de Freguesias de Sendim e Atenor, da Associação de Atletismo de Bragança e ainda do patrocínio de empresas e pessoas locais.

As inscrições encerram no dia 4 de abril.

23 de abril – Trail Contrabando do Café, em Paradela

A 23 de abril vai realizar-se a I edição do Trail Contrabando do Café, com um percurso circular na localidade de Paradela (Miranda do Douro).

Segundo Alírio Sebastião, a prova é organizada em parceria com o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), em pleno Parque Natural do Douro Internacional.

“Paradela é a aldeia raiana mais oriental de Portugal e é onde o rio Douro entra em Portugal”, destacou.

Com o passar dos anos, as trocas comerciais com Espanha foram-se esvanecendo, mas na história ficaram as aventuras dos contrabandistas, bem como as taxas que se pagavam no mercado transfronteiriço.

“Daí surgiu o nome desta prova desportiva, em homenagem aos antepassados desta povoação”, explicou.

O trail Contrabando do Café vai decorrer ao longo de 16 quilómetros. Já a caminhada tem a distância de 7 km.

“As arribas ou encostas do rio Douro proporcionam uma prova desportiva espetacular e queremos proporcionar a todos os participantes a oportunidade de contemplar a beleza desta região, onde o rio Douro separa Portugal de Espanha”, disse.

O Trail do Contrabando do Café conta com os apoios da freguesia de Paradela, do município de Miranda do Douro, da Associação Distrital de Atletismo de Bragança e de outros patrocinadores.

“Vamos ter um apoio bastante significativo dos Cafés Palmeira. Os responsáveis pela empresa mostraram-se muito entusiasmados com esta prova desportiva, que faz alusão à história do café outrora contrabandeado para Espanha”, adiantou.

A organização informa que as inscrições abriram a 1 de março.

De acordo com o atleta do Ginásio Clube de Bragança, Alírio Sebastião, após os dois anos de pandemia regista-se uma crescente procura pelo desporto ao ar livre, pelas caminhadas e pelas corrida em montanha (trails).

30 de abril – II Vales de Vimioso Trail Run

Finalmente, a 30 de abril vai realizar-se a II edição do Vales de Vimioso Trail Run, uma prova certificada pela federação portuguesa de atletismo e está incluída no circuito distrital de Trail.

O evento desportivo é organizado pela associação Furões, de Vimioso, em colaboração com o município de Vimioso e contempla a modalidade de trail curto (15 km), longo (30 km) e a caminhada.

De acordo com Claudio Martins, dos Furões de Vimioso, para além do objetivo desportivo, este evento pretende promover turisticamente o concelho de Vimioso, destacando a beleza natural dos vales dos rios Maçãs e Angueira, assim com o património cultura e gastronómico.

“Convidamos todas as pessoas que gostem de caminhar ou correr a visitar Vimioso, no fim-de-semana de 29 e 30 de abril”, disse.

Segundo a organização, uma das novidades da II edição do Trail Vales de Vimioso é o aumento no valor dos prémios, sendo que há 2 mil euros destinados aos vários escalões, masculino e feminino.

“Outra novidade no trail deste ano é a modalidade da caminhada. Chegaram-nos muitas solicitações a manifestar interesse em participar no evento através da caminhada. E já há bastantes inscritos, não só os acompanhantes dos atletas, mas também a população local” – informou.

Claudio Martins adiantou que na II edição do Trail Vales de Vimioso espera contar com a participação de 300 pessoas.

As inscrições decorrem até 20 de abril.

HA

Miranda do Douro: Quarta-feira de Cinzas deu início à Quaresma

Iniciou-se a 22 de fevereiro, o tempo da Quaresma, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, na igreja da Misericórdia, em Miranda do Douro, onde o padre Manuel Marques disse que este é o tempo favorável para os católicos se aperfeiçoarem na capacidade de servir e amar.

O rito da bênção e imposição das cinzas marca a celebração que dá início à Quaresma.

A Eucaristia que assinala o início da Quaresma, celebrou-se às 18h00, com o rito da bênção e imposição das cinzas.

Na homília, o pároco de Miranda do Douro, disse que “o tempo quaresmal não é um período triste e penoso. É sim um tempo que Deus concede para a conversão, ou seja, para o aperfeiçoamento na capacidade de servir, de amar e de crescer espiritualmente”.

Para operar esta conversão, o sacerdote indicou que o jejum, a oração e a esmola (caridade) são os meios recomendados pela Igreja Católica.

“São como um treino e esforço mais intenso que nos leva a ser santos, isto é, a ser melhores pessoas, mais disponíveis para os outros e portanto mais alegres”, disse.

Segundo o padre Manuel Marques, a conversão é um processo contínuo ao longo da vida e a Quaresma é o tempo propício para reiniciar esta mudança de coração e aproximação a Deus.

“Facilmente esquecemos que somos pó. Pensamos que somos autossuficientes, fortes, invencíveis. E a Quaresma ajuda-nos a regressar ao essencial, a reconciliarmo-nos com Deus e os irmãos”, disse.

Para a Igreja Católica, a Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início na Quarta-feira de Cinzas e serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, que este ano se vai celebrar no dia 9 de abril.

HA

Ferrovia: Ligação Lisboa-Madrid pelo Porto tem vantagens

O presidente da Associação Vale D’ouro, Luís Almeida, defendeu que a proposta de alta velocidade ferroviária com um serviço “a passar no Porto para chegar a Madrid” tem vantagens.

“O facto de ter de passar no Porto para chegar a Madrid é irrelevante se isso for menos tempo de viagem. Nós quando olhamos para um sistema de transportes, temos que olhar do ponto A ao ponto B o mais rapidamente possível”, disse hoje Luís Almeida aos jornalistas, no final da conferência “Que ferrovia para a região Norte?”, que decorreu a 22 de fevereiro na secção Norte da Ordem dos Engenheiros, no Porto.

Luís Almeida defendeu que “de uma vez por todas” o país deve “deixar de ter esse tipo de pensamentos regionalistas”, pois “é demasiado pequeno para isso”.

“Aqui não há uma ponta de regionalismo, o que está em causa é o interesse do país. Se de Lisboa, por algum motivo, para chegar mais rápido a Madrid, tiver que passar pelo Porto, qual é o problema?”, questionou.

Em causa está uma proposta da Associação Vale D’Ouro, sediada no Pinhão (Alijó, concelho de Vila Real), para fazer com que a ligação de alta velocidade ferroviária no corredor internacional norte passe a norte do rio Douro, e não a sul, e chegue a Espanha via Trás-os-Montes, passando por Amarante, Vila Real e Bragança.

Além da passagem pelo Porto da ligação Lisboa – Madrid, a associação argumenta que “a solução por Trás-os-Montes implica um investimento de 40 quilómetros que, à partida, será sempre mais fácil de, entre aspas, convencer Espanha a fazer”, para ligar à rede espanhola em Zamora, até com recurso a fundos transfronteiriços da União Europeia.

Também para o presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Engenheiros (OE), Bento Aires, a opção por Trás-os-Montes “é uma opção que deve ser considerada sem qualquer prurido regionalista”.

Bento Aires lembrou que a população do Norte não tem “qualquer problema em fazer um voo via Lisboa”, dizendo ter a certeza de que “a maior parte dos lisboetas não têm que o ter por fazer via Porto”.

Já o antigo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) Luís Braga da Cruz viu como “grande vantagem” a curta ligação a Zamora, em Espanha, obrigando “muito menos que noutras zonas do país”.

“Portanto, isso pode objetivamente traduzir-se em níveis de serviço elevados e mais cómodos. Acho que a decisão final tem que ponderar todos esses aspetos”, disse aos jornalistas.

Também presente na ocasião, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, disse que “devia existir” um envolvimento maior dos autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP) na defesa desta solução, para “garantir a coesão” do Norte e “defender os interesses dos próprios empresários” da região.

O Plano Ferroviário Nacional está em consulta pública até dia 28 de fevereiro.

Fonte: Lusa

PRR: Combate à pobreza energética “muito aquém” das metas – Comissão

O programa Vale Eficiência, para combater a pobreza energética das habitações, apenas atribuiu 11% dos incentivos previstos até final de 2022, estando “muito aquém” das metas definidas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O alerta consta do relatório de 2022 da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR (CNA-PRR) agora divulgado e que recomenda a “adoção urgente das soluções” para aumentar a execução desse programa destinado a apoiar famílias economicamente vulneráveis até 2025.

“O incentivo Vale Eficiência tem ficado muito aquém da expectativa, colocando em dúvida a meta final de 100.000 vales em 2025. Em 2022 foram atribuídos quase 11.000 vales, tendo sido utilizados apenas 5.098”, refere o documento.

Até ao final de 2022 foram submetidas 17.873 candidaturas de famílias e atribuídos 10.985 vales, ou seja, cerca de 11% da meta prevista, mas apenas foram utilizados na prática 5.080 vales.

“Existem 4.383 de candidaturas não elegíveis, ou seja, um quarto das candidaturas submetidas, interessando saber quais as causas da não-elegibilidade para identificar as mais frequentes e avaliar alterações que possam evitar casos futuros de não-elegibilidade”, salienta a comissão.

Do total de vales atribuídos, a maioria foram para os distritos do Porto e Lisboa (37%), seguindo-se Braga (10,6%), Setúbal (8,4%) e Aveiro (7%), com os restantes distritos com uma adesão muito baixa, o que faz “antecipar um desconhecimento da medida e ou iliteracia na preparação da candidatura”.

Perante estes números, a CNA-PRR recomenda, entre outras medidas, que o Governo avalie a possibilidade de alargar o Vale Eficiência a arrendatários, uma vez há uma elevada probabilidade de as pessoas que estão integradas em tarifa social estarem em casa arrendada.

“Dada a baixa execução deste incentivo e o impacto potencial que pode desempenhar na redução da pobreza energética em Portugal, deve ser conferido caráter de urgência e dedicação permanente à sua resolução”, sublinha também a comissão.

Quanto à medida Eficiência Energética em Edifícios Residenciais, também prevista no PRR, o relatório adianta que em 2022 estiveram abertos avisos que mereceram uma “elevada adesão por parte das famílias”, o que determinou um reforço de dotação deste incentivo que agora totaliza 135 milhões de euros.

Até final de 2022, foram recebidas 106.131 candidaturas e pagas 70.261, num total de 122,5 milhões de euros, ou seja, 91% do valor disponível, “tendo as metas previstas para 2025 já sido largamente ultrapassadas”, indica ainda a comissão.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros).

Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos.

As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.

Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos, tendo em vista a recuperação do crescimento económico.

Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, o PRR tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Tempo frio e queda de neve

Os distritos de Bragança, Viseu, Guarda e Vila Real estão com valores baixos da temperatura mínima, o que poderá levar à queda de neve, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estes quatro distritos estão também sob aviso amarelo entre as 14:00 de sexta-feira e as 15:00 de sábado face à previsão de queda de neve acima de 600/800 metros.

O aviso amarelo, o menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê tempo frio, com descida da temperatura máxima entre 05 a 10 graus Celsius devido a uma massa de ar com origem polar.

Está também previsto vento forte, em especial na faixa costeira e nas terras altas, e períodos de chuva mais frequentes na sexta-feira, que poderão ser acompanhados de trovoada e granizo, vento e formação de gelo e geada no interior do país.

Por causa das previsões do IPMA, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população para os riscos de intoxicações por inalação de gases devido a inadequada ventilação e incêndios em habitações resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou avarias em circuitos elétricos.

A ANPC recomenda especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com patologias crónicas e população sem-abrigo.

As autoridades chamam ainda a atenção para os perigos do piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo, bem como para a possibilidade de queda de ramos ou árvores devido aos ventos fortes.

A ANEPC aconselha também os cidadãos a evitarem a exposição prolongada ao frio, a usarem várias camadas de roupa e a acautelarem a prática de atividade física no exterior.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Há feira da chouriça na praça

No sábado, dia 25 de fevereiro, vai realizar-se em Miranda do Douro, a feira da chouriça, um certame que integra a iniciativa do município “Há Feira na Praça” e que tem por objetivo dinamizar a economia do concelho, através da comercialização dos produtos e do artesanato locais.

No próximo sábado, a feira dedicada à chouriça vai decorrer entre as 10h00 e as 17h00, no Largo D. João III, em Miranda do Douro e vai contar com a participação de produtores de várias localidades do concelho, como são Águas Vivas, Sendim, Palaçoulo, Malhadas, Pena Branca e Granja.

Nestas localidades, a chouriça de carne é tradicionalmente condimentada com sal, alho, louro e pimentão e é uma referência no fumeiro da região, podendo pode ser consumida crua, assada ou cozida.

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, estas feiras temáticas tem um triplo propósito: apoiar a comercialização dos produtos locais, dinamizar o centro histórico da cidade e diversificar a oferta aos turistas.

“Nesta altura do ano, para além da chouriça também há muita procura do butelo e das casulas”, destacou o autarca.

No certame que vai decorrer na praça central da cidade, a par da chouriça e do fumeiro também vai ser possível adquirir outros produtos típicos da região como são o pão, o mel, o azeite, os frutos secos, a bola doce mirandesa, o folar, os roscos, os sodos, os vinhos, os licores e o artesanato.

A iniciativa “Há Feira na Praça” realiza-se no último sábado de cada mês e conta com a animação dos grupos de Pauliteiros de Miranda.

Anteriormente, neste ciclo de feiras temáticas, realizou-se a 26 de novembro, a Feira do Nabo. E no próximo mês de março, vai realizar-se a Feira do Grelo.

HA

Quaresma: Papa apela à oração e à solidariedade

O Papa disse que a Quaresma 2023 deve ser vivida com particular atenção às consequências das guerras e catástrofes naturais, em todo o mundo, apelando à oração e solidariedade dos católicos.

“Hoje começa a Quaresma, tempo privilegiado de conversão e de penitência para o nosso espírito. Gostaria de pedir-vos a todos que intensifiqueis, durante este período, a oração, a meditação da Palavra de Deus e o serviço aos irmãos”, referiu, no final da audiência pública semanal que decorreu no Auditório Paulo VI.

No encontro, Francisco apelou a que no tempo da Quaresma rezemos por todos aqueles que sofrem com as catástrofes naturais ou com as guerras.

“Ajudemo-los também com a nossa esmola. E assim seremos causa de consolação e alegria”, declarou.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início esta quarta-feira, com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 9 de abril).

O Papa destacou a importância da “caridade, da oração e do jejum”, neste caminho quaresmal, desafiando todos a ser “atores comprometidos na reconciliação”, em nome da paz.

“Desejo que este seja, para todos vós, um tempo de verdadeira conversão e de renovação interior, aprofundando o sentido das leituras das Missas, meditando na Via-Sacra, renovando a relação com a Palavra de Deus, com a oração individual e comunitária”, apontou.

Fonte: Ecclesia

Sendim: Carnaval continua a gerar animação e convívio

Na Terça-feira de Carnaval, dia 21 de fevereiro, a população de Sendim voltou a “engalanar-se” para participar no desfile de Carnaval e no enterro do entrudo, duas tradições que continuam a trazer muita animação, convívio e espírito comunitário à vila sendinesa.

Na apresentação na praça de Sendim, o humor e a sátira deram alegria e animação à tarde de Carnaval.

O espetáculo de Carnaval, inteiramente realizado pela população local, iniciou-se às 14h30, com a concentração e o desfile dos grupos participantes, desde a capela de São Sebastião até à praça central da vila sendinesa.

Aí chegados, os grupos representantes das várias ruas, apresentaram-se ao público com os seus disfarces, máscaras e sátiras.

De acordo com o presidente de União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, no dia de Carnaval, “os sendineses fazem uso do humor e brindam a população local, com histórias engraçadas, inspiradas nos acontecimentos da vila ao longo do ano que terminou”.

Ao final da tarde, e após o desfile e as apresentações dos vários grupos, realizou-se o tradicional enterro do entrudo, com o cortejo fúnebre pelas ruas da vila até ao adro da igreja.

HA