Bancos: Distrito de Bragança em risco de perder caixas automáticos e balcões de bancos
O Banco de Portugal (BdP) identificou 30 freguesias “particularmente vulneráveis” a uma redução da rede de caixas automáticos multibanco e balcões de instituições de crédito, sobretudo nos distritos de Bragança e de Vila Real.
Em comunicado, o banco central refere que, “apesar da ampla cobertura de caixas automáticos e balcões”, o estudo sobre a cobertura da rede de acesso a numerário em Portugal referente a 2022 “revela que 30 das 3.092 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede”.
Estas freguesias são sinalizadas por “distarem mais de 10 quilómetros do ponto de acesso mais próximo e mais de 15 quilómetros do segundo ponto de acesso mais próximo”, explica o BdP em comunicado.
As freguesias identificadas pertencem aos distritos de Bragança (12), Vila Real (oito), Guarda (quatro), Beja (três), Faro (duas) e Viana do Castelo (uma), somando cerca de nove mil pessoas.
Ainda assim, o Banco de Portugal diz que a situação atual não aparenta deterioração relativamente a 2020 e que a maior distância em linha reta no país entre o extremo de uma freguesia e o ponto de acesso mais próximo “continuava a ser de 17 quilómetros”.
No estudo, o BdP identifica ainda quatro municípios onde cada caixa automático servia, em média, mais de cem quilómetros quadrados: Mogadouro e Vinhais (Bragança), Alcoutim (Faro) e Mértola (Beja).
Quanto ao número de agências bancárias, a comparação é feita com 2017, quando havia 4.592 em território nacional, tendo o número baixado para 3.515 no final de 2022.
A redução da rede de balcões foi “especialmente concentrada” nos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, que somavam 60% do total de agências encerradas.
No território nacional, existiam, em 2022, mais de 17 mil pontos de acesso a numerário: cerca de 14 mil terminais, concentrados em torno dos principais centros urbanos e no litoral, e 3,2 mil agências bancárias que prestavam serviços relacionados com notas e moedas.
Em comparação com a Área do Euro, Portugal era o sexto país com mais pontos de acesso físico ao sistema bancário, liderando em número de caixas automáticos ‘per capita’, mas ficando abaixo da média europeia na área coberta pela rede de balcões.
Miranda do Douro: XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro vai animar a cidade
O XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro, agendado para sábado, dia 12 de agosto, vai trazer muita animação à cidade, com a representação de tradições locais durante a tarde e à noite com as danças dos ranchos folclóricos de Miranda do Douro, Póvoa do Varzim, Pinhão e dos grupos espanhóis de Bimenes e de Zamora.
O festival folclórico é organizado pela Mirandanças – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda, uma entidade que foi fundada a 15 de setembro de 2005, com o objetivo de divulgar a cultura mirandesa.
Segundo a direção desta associação, atualmente participam na Mirandanças cerca de 40 pessoas, adultos, jovens e crianças, que dinamizam os grupos Danças Mistas, Pauliteiras e os Pauliteiricos.
As atuações da Mirandanças, no âmbito local e noutras regiões do país e do estrangeiro – foram à Madeira, a Ibiza e recentemente aos Açores – dizem contribuir um verdadeiro espírito de família entre todos os associados.
No próximo sábado, dia 12 de agosto, a associação Mirandanças organiza o XVI Festival Folclórico de Miranda do Douro. O evento cutlural inicia-se às 16h30, com a apresentação pelas ruas da cidade, de várias tradições mirandesas, como são a Festa do Menino, o Velho e a Gualdrapa ou a atuação da Banda Filarmónica Mirandesa, que este ano celebra 130 anos.
O evento prossegue depois à noite (21h30), na avenida Aranda del Duero, onde vai ser instalado o palco do Festival Folclórico.
Nesta 16ª edição do festival, a associação Mirandanças tem como grupos convidados, o Rancho Folclórico de São Pedro de Rates (Póvoa do Varzim), o Rancho Folclórico e Cultural do Pinhão e dois grupos vindos de Espanha: a Asociación Folklórica y Cultural Los Yerbatos (Bimenes/ Espanha) e a Asociación Etnográfica Bajo Duero (Zamora).
Em simultâneo, com o festival folclórico, decorre na avenida Aranda del Duero, a XXV Famidouro – Feira de Artesanato, com a exposição do melhor artesanato que de faz no concelho de Miranda do Douro e na região, onde se destaca a cutelaria, as peças de vestuário e adereços em burel, entre outras peças de artesanato.
Igreja: «JMJ mostrou que outro mundo é possível» – Papa Francisco
O Papa disse no Vaticano que a JMJ Lisboa 2023 deixou uma mensagem clara contra a guerra, mostrando que “outro mundo é possível”.
“Enquanto na Ucrânia e noutros lugares do mundo se combate e enquanto em certas salas escondidas se planeia a guerra – é feio isto, planeia-se a guerra -, a JMJ mostrou a todos que outro mundo é possível: um mundo de irmãos e irmãs, onde as bandeiras de todos os povos se agitam juntas ao vento, uma ao lado da outra, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas”, referiu, na audiência pública semanal, que decorreu no Auditório Paulo VI.
Francisco sublinhou que, durante o encontro mundial que decorreu na capital portuguesa, “a mensagem dos jovens foi clara”.
“Será que os grandes da terra a ouvirão? Este entusiasmo juvenil que quer paz é uma parábola para o nosso tempo, e ainda hoje Jesus diz: ‘Quem tem ouvidos, ouça! Quem tem olhos, veja!’”, apelou.
“Esperemos que todo o mundo ouça esta Jornada da Juventude e olhe para esta beleza dos jovens, seguindo em frente”.
O Papa evocou, em particular, a sua passagem pelo Santuário de Fátima, durante o programa da sua visita a Portugal.
“Assim, Maria, ainda hoje, no terceiro milénio, guia a peregrinação dos jovens no seguimento de Jesus. Como já tinha feito há um século justamente em Portugal, em Fátima, quando se dirigiu a três crianças, confiando-lhes uma mensagem de fé e esperança para a Igreja e para o mundo”, indicou.
Francisco explicou os motivos que o levaram a Fátima, durante a realização da 37ª Jornada Mundial da Juventude.
“Voltei a Fátima, ao local das Aparições, e junto com alguns jovens doentes rezei para que Deus curasse o mundo das doenças da alma: o orgulho, a mentira, a inimizade, a violência”, apontou.
Segundo o Papa, o momento de oração representou uma renovação da “consagração da Europa e do mundo ao Imaculado Coração de Maria”.
“Eu rezei pela paz, porque há muitas guerras em tantas partes do mundo, muitas”, acrescentou, falando dos momentos em que esteve diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, em silêncio, na Capelinha das Aparições.
A guerra da Ucrânia, em particular, foi abordada a respeito dos encontros privados que tiveram lugar na Nunciatura Apostólica.
“Encontrei-me com os jovens, em pequenos grupos, e havia tantos problemas… o grupo dos jovens ucranianos, que traziam histórias dolorosas. Não eram férias dos jovens, não era uma viagem turística, nem mesmo um evento espiritual fechado em si mesmo”, sustentou, a respeito da JMJ.
No final da audiência, o Papa evocou a celebração da festa litúrgica de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), co-padroeira da Europa.
“Que o seu testemunho estimule o empenho no diálogo e na fraternidade entre os povos e contra todas as formas de violência e discriminação. Confiamos à sua intercessão a querida população da Ucrânia, para que em breve reencontre a paz”, apelou.
Portugal foi o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa; Seul vai acolher a 41ª Jornada Mundial da Juventude, em 2027.
Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).
Sociedade: Portugal pretende atrair jovens emigrantes e lusodescendentes
Os secretários de Estado do Trabalho e do Desporto afirmaram que Portugal tem as “portas escancaradas” para os jovens emigrantes e lusodescendentes que queiram viver e trabalhar no país.
Falando na abertura da 10.ª edição do Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes, Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, e João Paulo Correia (Desporto), sublinharam que a fixação de talento é uma prioridade do Governo e que Portugal “é hoje um país competitivo”, capaz de atrair jovens qualificados.
“As portas estão escancaradas para todos quantos queiram fazer vida em Portugal”, disse o secretário de Estado do Trabalho.
Miguel Fontes destacou, desde logo, o programa “Regressar”, ao abrigo do qual já cerca de 19.500 portugueses que estavam no estrangeiro voltaram para o seu país de origem.
O governante lembrou que aquele programa implica “um regime fiscal altamente favorável” nos primeiros cinco anos após o regresso.
“Portugal é suficientemente grande e precisa de todos”, enfatizou.
Aludiu ainda à aposta no trabalho digno e no combate à precariedade, bem como em melhores salários e numa melhor repartição da riqueza, como condições essenciais para atrair talento jovem.
Na mesma linha, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, pôs a tónica no crescimento económico de Portugal, “com mais emprego e com os salários a crescer”, a par de “um país seguro e com futuro, com bases sólidas naquilo que é a construção da sua economia”.
“Portugal é olhado do ponto de vista internacional como uma economia que cresce, daquelas que mais cresce na Europa, onde o salário médio também cresce. Aliás, no mês de maio, o salário médio cresceu acima da inflação, o que significa que houve um ganho real no poder de compra. Esta é também a visão que o mundo e a Europa e as economias internacionais têm acerca do nosso país”, referiu.
João Paulo Correia destacou ainda a aposta de Portugal nos chamados “nómadas digitais”.
A 10.ª edição do Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes decorre até 13 de agosto, reunindo 54 jovens e animadores de juventude da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo, Portugal e Suécia.
Trata-se de um evento de destaque que promove a empregabilidade, a inclusão e a cultura lusófona entre os jovens.
O encontro tem como tema a “Empregabilidade na Europa: O Digital ao Serviço da Ecologia e Inclusão dos Jovens”.
Saúde: Privados têm posição dominante no interior do país
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) identificou níveis de concentração de oferta hospitalar privada, com potencial posição dominante e até monopólio, em quase metade dos concelhos do território continental, sobretudo no interior, apontando riscos para utentes e SNS.
O estudo da ERS sobre a concorrência no setor hospitalar não público, incide sobre “os 57 operadores dos 94 hospitais e dos 124 estabelecimentos de ambulatório que se consideraram atuar de forma integrada com os hospitais”.
“É possível verificar que 20% da população de Portugal continental, residente em 133 concelhos, tem acesso a cuidados de saúde hospitalares em mercados substancialmente concentrados, portanto, mais suscetíveis de gerar situações indesejáveis para o utente, tais como preços excessivamente altos, prestação de cuidados de saúde com menor qualidade, menor variedade de serviços e restrições à liberdade de escolha”, lê-se no relatório.
Os 133 concelhos – dos 278 que compõem Portugal continental – concentram-se na faixa interior do continente e na região sul, sendo que a sul a faixa de concelhos abrangidos se estende também ao litoral.
Pelos níveis de concentração identificados, 88 destes 133 concelhos apresentam níveis de posição potencialmente dominante, abrangendo 11% da população residente no continente, e em cinco concelhos – Freixo de Espada à Cinta, Vila Nova de Foz Coa, Idanha-a-Nova, Penamacor e Barrancos – foi identificada posição de monopólio.
Ainda sobre os 133 concelhos com elevados níveis de concentração, o estudo da ERS aponta que “será nesses concelhos que potenciais novos operadores poderão enfrentar restrições de acesso ao mercado, nomeadamente a recursos ou infraestruturas essenciais, e será também mais provável nesses mercados a prática de preços predatórios”.
“Por outro lado, elevados níveis de concentração poderão também impactar negativamente nas contratações a realizar no âmbito do SNS [Serviço Nacional de Saúde] (designadamente ao abrigo de contratos de convenção). Com efeito, em regiões com elevados níveis de concentração, os prestadores privados podem exigir condições contratuais mais favoráveis, designadamente preço mais elevado a pagar pelo SNS, sob pena da não adesão à convenção e da não prestação de cuidados de saúde aos utentes do SNS nessas regiões”, acrescenta a ERS.
Segundo a análise da ERS, a “Área Metropolitana de Lisboa é a única que não tem nível de concentração alto, em nenhum dos seus concelhos”, com “13 operadores que concorrem entre si”. Já no Algarve, o “nível de concentração alto ocorre em todos os concelhos”.
“Do estudo realizado, conclui-se, globalmente, que os mercados regionais são muito concentrados, considerando os níveis dos índices de concentração, calculados com base nas quotas de mercado. Com efeito, não se identificou qualquer resultado de baixa concentração de mercado e nalguns mercados foram identificados operadores com posição potencialmente dominante, bem como situação de monopólio”, resume a ERS, nas suas conclusões.
O estudo da ERS debruçou-se ainda sobre o crescimento do peso do sistema de saúde privado no contexto global do setor em Portugal, “com a despesa corrente em saúde a aumentar rapidamente nos hospitais privados: 70% entre 2011 e 2021”.
“A despesa corrente em saúde nos hospitais privados é crescentemente suportada pelos pagamentos diretos das famílias, identificando-se um crescimento médio de 7,9% destes pagamentos entre 2011 e 2021, mantendo-se, contudo, predominante o financiamento através de terceiro pagador (mormente SNS, subsistemas públicos, subsistemas privados e seguros)”, precisa a ERS.
O regulador destaca a importância do estudo para “uma melhor perceção da situação concorrencial e da concentração no mercado dos cuidados de saúde hospitalares não públicos”, afirmando que “continuará a monitorizar este mercado, com o intuito de identificar a ocorrência de eventuais efeitos negativos que possam advir dos elevados níveis de concentração e de eventual abuso de posição dominante, designadamente ao nível do acesso e da qualidade dos cuidados prestados”.
Vimioso: Termas comemoram 10 anos com dia aberto ao público
Inauguradas a 13 de agosto de 2013, com o propósito de aproveitar as propriedades terapêuticas das águas da Terronha, as Termas de Vimioso vão comemorar o 10º aniversário, uma efeméride que é vista pelo presidente do município, Jorge Fidalgo, como um investimento bem sucedido e que ainda tem muito para dar ao concelho e à região.
De acordo com o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, o 10º aniversário das Termas de Vimioso tem um grande significado, dado que é um investimento que já é uma realidade no concelho e simultaneamente é visto como muito promissor na atração de novos públicos.
“Estamos a trabalhar num projeto de investimento privado, para a construção de um empreendimento turístico e hoteleiro, nas proximidades das Termas de Vimioso, de modo a proporcionar estadias mais prolongadas aos termalistas”, indicou o autarca vimiosense.
Segundo Jorge Fidalgo, ao longo dos 10 anos de funcionamento das Termas de Vimioso, os momentos mais marcantes foram a inauguração, mas também a manutenção da estância termal que exige um grande esforço financeiro e a abertura de novos furos para captação de mais água termal.
“A gestão das Termas de Vimioso é um processo contínuo, que implica um constante investimento, para proporcionar os melhores tratamentos aos termalistas”, justificou.
No âmbito dos investimentos, o responsável pelas Termas de Vimioso, Francisco Bruçó, indicou que ao longo dos 10 anos de funcionamento houve várias evoluções, nomeadamente na aquisição de novos equipamentos de saúde.
“Nas Termas de Vimioso pretendemos estar apetrechados dos melhores e mais variados equipamentos de saúde, de modo a proporcionar a quem nos visita uma variada oferta de tratamentos músculo-esqueléticos, dermatológicos, reumáticos e do aparelho respiratório (ORL)”, especificou.
Segundo Francisco Bruçó, os principais frequentadores das termas de Vimioso são as pessoas naturais do concelho e dos concelhos vizinhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Bragança e também da vizinha Espanha.
“Para dar a conhecer as termas a novos públicos, o município de Vimioso, participa regularmente em feiras de turismo distritais, nacionais e ibéricas, como são as Feiras de Ourense, de Zamora e de Valladolid, em Espanha”, informou.
De acordo com o responsável, as termas de Vimioso são frequentadas por pessoas de todas as idades, desde as crianças que fazem tratamentos respiratórios, aos jovens, adultos e às pessoas mais idosas.
No próximo dia 14 de agosto, as comemorações do 10º aniversário das Termas de Vimioso, iniciam-se às 9h30, com um aula de pilates, aquática, na piscina das Termas.
“Neste dia de aniversário, há também a oferta de banho turco e sauna, mediante marcação prévia”, destacou.
Posteriormente, às 10h30, as médicas Raquel Diz e a Susana Morgado vão ministrar no balneário das termas, uma palestra sobre “A importância do termalismo na sociedade e nos territórios de baixa densidade populacional”.
O 10º aniversário das Termas de Vimioso conclui com a iniciativa promocional “Lançar a manta”, na qual os visitantes vão ter a oportunidade de degustar alguns dos melhores produtos locais, como são a bola doce mirandesa, o folar de carne, o doce de amêndoa, o salpicão, o presunto, entre outros produtos.
No dia 7 de agosto, Avelanoso, iniciou as festividades de verão, com a receção aos emigrantes, proporcionando-lhes a participação na missa e procissão em honra de São José, seguida de um jantar-convívio para toda a população e a animação musical do grupo NV3.
A primeira iniciativa das festas em Avelanoso 2023 foi um jantar-convívio, que reuniu 300 pessoas, no largo da localidade, onde foi servida a paella espanhola. Para o serão, a comissão de festas apresentou o concerto musical do grupo NV3.
“Das 300 pessoas que participaram no jantar convívio, cerca de 70% são naturais de Avelanoso. As restantes pessoas, são amigos das localidades vizinhas, como São Martinho, Serapicos ou Vimioso”, indicou a comissão de festas.
Filipe Canedo é uma das 15 pessoas que fazem parte da comissão de festas de Avelanoso 2023. O ex-emigrante, em França, explicou que a preparação das festas de verão, decorre ao longo de todo o ano, de modo a angariar dinheiro para pagar as despesas como são a contratação dos grupos musicais e demais atividades.
“Ao longo do ano trabalhamos no bar da comissão de festas e na realização de vários eventos, como foram o torneio de sueca e o convívio do cordeiro da Páscoa, iniciativas que atraíram a participação de muitas pessoas e geraram receitas para organizarmos as festas de verão”, disse.
No dia 7 de agosto celebrou-se em Avelanoso, a missa e a procissão em honra de São José.
De acordo com o presidente da freguesia de Avelanoso, Fernando Rodilhão, neste mês de agosto, a população local aumenta consideravelmente, com o regresso dos conterrâneos que estão emigrados em países, como a França, Espanha, Suíça, Alemanha, Bélgica e Inglaterra.
É o caso de António Rodrigues Martins, que emigrou há 37 anos para França, para trabalhar na horticultura. Sempre que pode, regressa a Portugal para passar o Natal, a Páscoa e as férias de verão, com os familiares e amigos, em Avelanoso. É um dos emigrantes que após uma vida de trabalho no estrangeiro vai regressar definitivamente a Portugal, no final do ano.
“Portugal, apesar de ainda não atingir o nível de vida de países como a França, sobretudo ao nível dos salários, conseguiu proporcionar melhores condições de vida para as pessoas e também aqui nas aldeias, como Avelanoso”, disse.
Também a juventude expressou gosto pelo regresso à terra de origem. É o caso de Bruno Miguel, um lusodescendente, que nasceu e vive em Paris (França). Este jovem disse que visita Portugal uma ou duas vezes por ano e nestas visitas aprecia sobretudo a qualidade de vida e o ritmo da aldeia, que lhe permitem descansar e conviver mais tempo, com os familiares e os amigos.
Após a iniciativa de receção aos emigrantes, em Avelanoso, as festas em honra de Nossa Senhora da Saúde e de São Barnabé vão prosseguir nos dias 16, 17, 18 e 19 de agosto.
No dia 16 de agosto está agendado um novo jantar convívio e o concerto do grupo musical “Costa Verde”.
No dia 17, há jogos tradicionais e insufláveis para as crianças.
A 18 de agosto, celebra-se a missa solene em honra de Nossa Senhora da Saúde e o arraial com a orquestra “Função Pública”.
E no dia 19 de agosto, o dia começa com a arruada e peditório, acompanhado pelos pauliteiros de São Martinho. Segue-se a missa em honra de São Barnabé e as festas em Avelanoso terminam com o concerto do artista “Toy”.
Seul 2027: Jornada Mundial da Juventude regressa à Ásia
A JMJ vai regressar à Ásia, em 2027, com uma edição internacional na capital da Coreia do Sul, Seul, anunciou o Papa Francisco.
Manila (Filipinas) foi a única cidade asiática a receber a Jornada Mundial da Juventude (10-15 de janeiro de 1995), detendo ainda o recorde de participantes, estimado em mais de 5 milhões de pessoas.
A Jornada Mundial da Juventude nasceu por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma.
Nesse Ano Internacional da Juventude, o Papa polaco escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude (20 de dezembro de 1985)
Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo, durante uma semana.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional , numa grande cidade; até hoje houve 37 JMJ, com 15 edições internacionais em quatro continentes.
Elenco das Jornadas Mundiais da Juventude
Papa São João Paulo II
1986 – I Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Sempre dispostos a dar resposta a quem vos peça razão da nossa esperança” (1Pe 3,15)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1987 – II Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Conhecemos e acreditamos no amor que Deus nos tem” (1Jo 4,16)
Celebração internacional – Buenos Aires, Argentina (11-12 abril)
1988 – III Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1989 – IV Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6)
Celebração internacional – Santiago de Compostela, Espanha (15-20 agosto)
1990 – V Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Eu sou a videira, vós os ramos” (Jo 15,5)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1991 – VI Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Recebestes um espírito de filhos” (Rm 8,15)
Celebração internacional – Czestochowa, Polónia (10-15 agosto)
1992 – VII Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Ide por todo mundo e proclamai o Evangelho” (Mc 16,15)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1993 – VIII Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10)
Celebração internacional – Denver, EUA (10-15 agosto)
1994 – IX Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Como o Pai me enviou, também Eu vos envio” (Jo 20,21)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1995 – X Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Como o Pai me enviou, também Eu vos envio” (Jo 20,21)
Celebração internacional: Manila, Filipinas (10-15 janeiro 1995)
1996 – XI Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1997 – XII Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Mestre onde vives? Vinde e vereis” (Jo 1,38-39)
Celebração internacional – Paris, França (19-24 agosto)
1998 – XIII Jornada Mundial da Juventude
Tema: “O Espírito Santo vos ensinará tudo” (Jo 14,26)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
1999 – XIV Jornada Mundial da Juventude
Tema: “O Pai vos ama” (Jo 16,27)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
2000 – XV Jornada Mundial da Juventude – Jubileu dos Jovens
Tema: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14)
Celebração internacional – Roma (15-20 agosto)
2001 – XVI Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Se algum de vós quiser vir e seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia, e me siga” (Lc 9,23)
Celebração diocesana – Domingo de Ramos
2002 – XVII Jornada Mundial da Juventude
Tema: “Vós sois o sal da terra…Vós sois a luz do mundo” (MT 5,13-14)
Celebração internacional – Toronto, Canadá (23-28 julho)
Lisboa 2023: Papa elogia Jornada «mais bem preparada» que viu
O Papa elogiou a organização da JMJ Lisboa 2023, falando na Jornada “mais bem preparada” que viu.
“É impressionante, a quantidade. Bem preparada. Esta foi a mais bem preparada que vi”, referiu aos jornalistas, no voo de regresso a Roma.
Após ter presidido às edições do Rio de Janeiro, Cracóvia e Portugal, Francisco considerou que a participação na edição portuguesa foi “a mais numerosa, em dados concretos, verdadeiros, eram mais de um milhão”.
“Mais ainda, na Missa da noite, da Vigília, calculava-se entre 1 milhão e 400 e 1 milhão e 600 mil. Estes são dados do Governo. Para mim foi belíssima”, acrescentou.
“Antes de apanhar o avião, estive com os voluntários, que nem sei quantos eram… 25 mil voluntários, com uma mística, um compromisso que era verdadeiramente belo, belo, belo”.
O Papa sublinhou que os jovens “são uma surpresa”.
“São jovens, fazem criancices, a vida é assim, mas procuram olhar em frente e eles são o futuro. A questão é acompanhá-los, o problema é saber acompanhá-los e que não se cortem das raízes. Por isso, insisto tanto no diálogo entre velhos e jovens, os avós com os netos”, observou.
Depois da JMJ em Lisboa, Francisco realçou que “os jovens são religiosos, procuram a fé, não a gnóstica, não a artificial, não a legalista, um encontro com Jesus Cristo, porque isto não é fácil. É uma experiência”.
“Alguns dizem: ah, os jovens nem sempre fazem a vida segundo a moral? Quem nunca cometeu uma falha moral na sua vida? Todos”, indicou, numa conferência de imprensa que apelou ainda à reflexão sobre o “importante tema do suicídio juvenil.
Lisboa recebeu de 1 a 6 de agosto, a primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em território português, com a presença de cerca de milhão e meio participantes dos cinco continentes.
No regresso ao Vaticano, o Papa enviou uma mensagem de despedida ao presidente da República, manifestando “profunda gratidão” a Marcelo Rebelo de Sousa e ao povo de Portugal pelo “caloroso acolhimemento e hospitalidade” que recebeu durante a viagem.
Portugal foi o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa; Seul vai acolher a 41ª Jornada Mundial da Juventude, em 2027.
Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).
Agradecemos a Deus e a Maria a maravilhosa experiência da Jornada Mundial da Juventude. Dizemos obrigado a todos os jovens que fizeram parte, de tantos modos, desta aventura: a Jornada foi e é dos jovens! Agradecemos a D. Manuel Clemente, D. Américo, D. Joaquim, aos voluntários e a todos (Autoridades, Entidade Públicas e Privadas, Forças de Segurança …) a todos os que deram vida e deram um pouco da sua vida pela JMJ! Dizemos um enorme obrigado ao Papa Francisco!
Será preciso voltar a todas as palavras do Papa Francisco nesta JMJ, mas antes disso, aqui partilho alguns pontos de interpelação, pois o Papa Francisco pôs em prática, nesta JMJ, muitas propostas do Sínodo dos Jovens e do que nos legou em “Christus vivit”.
Partimos da JMJ com a certeza de que Deus está presente e operante na vida dos jovens, reconhecendo que o Espírito Santo atua na sua vida. Como nos convida a fazer o Papa Francisco: “o coração de cada jovem deve ser considerado «terra sagrada», diante da qual nos devemos «descalçar» para poder aproximar-nos e penetrar no Mistério” (Christus vivit, nn. 66-67).
Os jovens têm necessidade, antes de tudo, que tenhamos confiança neles, que saibamos identificar os pontos acessíveis de bem presentes na sua vida, que procuremos sem descanso espaços de escuta e de diálogo com eles. No fundo, que os olhemos com o mesmo olhar de Jesus Cristo, de Maria e do Papa Francisco.
Por tudo o que vimos, ouvimos, lemos e experimentámos nesta JMJ, destacam-se alguns aspetos particularmente evidentes que nos desafiam a tornarmo-nos seus companheiros de viagem:1.Existe uma forte busca de sentido; 2.Existe um grande desejo de autenticidade; 3.Existe uma busca espiritual profunda; 4.Existe, enfim, uma renovada “ânsia de comunidade” no mundo juvenil.
Destes pontos esquemáticos nascem muitas perguntas: em que modo iremos prestar realmente atenção à busca de sentido dos jovens? Conseguiremos acompanhar os jovens na direção de uma correta personalização da sua fé? Como propor hoje aos jovens o Evangelho da liberdade, convictos de que só na verdade e na caridade esta liberdade pode ser plena? Como anunciar hoje aos jovens o Senhor Jesus como plenitude de vida e de esperança para eles? Através de que experiências poderemos ajudar os jovens a saborear a comunidade, a fraternidade, a familiaridade?
“Reconhecemos, no episódio dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), um texto paradigmático para compreender a missão eclesial relativamente às jovens gerações.
Esta página exprime bem aquilo que gostaríamos que cada uma das nossas dioceses, paróquias, movimentos … pudesse viver na sua relação com os jovens.
O evangelista mostra a necessidade que os dois viandantes tinham de procurar um sentido para os acontecimentos que viveram. Ressalta-se a atitude de Jesus, que Se põe a caminho com eles. O Ressuscitado deseja percorrer o caminho com cada jovem, acolhendo as suas expetativas, mesmo que sejam desiludidas, e as suas esperanças, ainda que sejam inadequadas. Jesus caminha, escuta, partilha! Interroga-os e escuta com paciência a sua versão dos acontecimentos, para os ajudar a reconhecer aquilo que estão a viver. Depois, com afeto e energia, anuncia-lhes a Palavra, levando-os a interpretar à luz das Escrituras os factos que viveram. Aceita o convite para ficar com eles ao anoitecer: entra na noite deles. Enquanto O escutam, os seus corações abrasam-se e as suas mentes iluminam-se; na fração do pão, abrem-se os seus olhos. São eles mesmos que decidem retomar sem demora o caminho na direção oposta, para regressar à comunidade e compartilhar a experiência do encontro com o Ressuscitado” (DF, 4).
Se assim é, então, tudo fazer para que os jovens cruzem o seu olhar com Jesus Cristo! Tudo fazer para que os jovens escutem a Voz e Chamamento de Jesus Cristo! Tudo fazer para juntos seguirmos Jesus!
Jesus acompanhou o grupo dos seus discípulos, partilhando com eles a vida de todos os dias. A experiência comunitária põe em evidência qualidades e limites de cada pessoa, aumentando a consciência humilde de que, sem a partilha dos dons recebidos para o bem de todos, não é possível seguir o Senhor.
Esta experiência continua na prática da Igreja, que prevê os jovens inseridos em grupos, movimentos e associações de vários tipos, onde experimentam o ambiente caloroso e acolhedor e a intensidade de relações que desejam.
Possivelmente os jovens, nesta JMJ, não pediram, antes de tudo, para ser “instruídos”. Também não pediram que “os deixássemos em paz”. Nem que organizássemos algumas coisas para eles. Pediram-nos e pedem-nos, agora, que sejamos uma Igreja que caminha com eles. Pedem-nos que sejamos “companheiros de viagem”, como no caminho de Emaús.
São duas, segundo o Papa Francisco na ChV, as principais linhas de ação da pastoral dos jovens. Uma é caraterizada pela busca, a convocação, o chamamento, a atração dos jovens para a experiência de relação com Jesus Cristo. Para isto é necessário aproximarmo-nos dos jovens com a gramática do amor, não com uma atitude de proselitismo (ChV 211). Trata-se, também, de despertar em cada jovem a sua identidade de discípulo-missionário feliz, fiel e fiável: atrever-se a semear o primeiro anúncio nessa terra fértil que é o coração de outro jovem (ChV 210).
A outra desenvolve-se no crescimento, no desenvolvimento de um caminho de amadurecimento daqueles que se deixaram tocar e convidar (ChV 209).
Os jovens precisam de ser respeitados na sua liberdade, mas também precisam de ser acompanhados. A comunidade desempenha um papel muito importante no acompanhamento dos jovens, e é a comunidade inteira que se deve sentir responsável por acolhê-los, motivá-los, animá-los e estimulá-los.