Ensino: Escolas perderam 3.521 educadores e docentes

Ensino: Escolas perderam 3.521 educadores e docentes

Em 2023 reformaram-se 3.521 professores, um aumento de quase 50% em relação ao ano passado, segundo um levantamento feito com base na lista de aposentados e reformados pela Caixa Geral de Aposentações.

A Lista de Aposentados e Reformados relativa ao mês de dezembro, publicada em Diário da República, permite fechar o número de professores e educadores de infância que se reformaram este ano: no total, são 262 educadores de infância e 3.259 professores do ensino básico e secundário.

As contas foram feitas por Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio e especialista em estatísticas de educação, que revela que só em dezembro vão reformar-se 371 educadores de infância e professores, segundo o diploma hoje publicado.

Desde setembro, quando começou o novo ano letivo, aposentaram-se 1.415 docentes, muitos dos quais com turmas atribuídas e que agora deixam os alunos sem aulas, tal como vinha alertando a Federação Nacional de Professores (Fenprof).

Comparando com o ano anterior, verifica-se um aumento de 46,6%, já que em 2022 reformaram-se 2.401 docentes da rede pública do Ministério da Educação.

Na última década, aposentaram-se 16.485 educadores e professores ligados ao Ministério da Educação, tendo vinculado nesse mesmo período 25.522 docentes, segundo um levantamento feito por Arlindo Ferreira.

A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) e uma equipa da Nova School of Business & Economics realizaram um estudo em 2021 sobre as necessidades de recrutamento das escolas, concluindo que se nada fosse feito, em 2030 iriam faltar 34.500 professores.

Dos 120.369 docentes que estavam a trabalhar em 2018, “apenas 73.401 ainda não se terão reformado no ano letivo 2030/31, o que corresponde a uma redução de 39%”, lê-se no estudo.

Os investigadores alertaram para os efeitos de uma classe envelhecida – a maior parte dos professores tinha mais de 50 anos – e para a necessidade urgente de contratar mais profissionais.

As projeções apontavam para a necessidade de contratar, entre 2021/22 a 2030/31, uma média de 3.450 novos docentes por ano, um valor abaixo das saídas mas que tinha em conta também a contínua diminuição de alunos nas escolas.

Perante este estudo, o ministério da Educação tem levado a cabo um conjunto de medidas para incentivar o regresso de professores às escolas mas também para atrair os mais jovens para a profissão. No entanto, os sindicatos têm defendido que as medidas são insuficientes para tornar a profissão atraente.

Nos últimos tempos, o arranque dos anos letivos tem sido marcado pela falta de professores nas escolas e pela dificuldade em substituir docentes doentes ou reformados.

As escolas com mais dificuldades em contratar estão concentradas no sul do país, em parte devido aos salários dos professores que não permitem pagar as rendas de uma casa em zonas como Lisboa ou o Algarve.

O ME lançou um programa com rendas a custos controlados, mas até agora só 15 professores conseguiram alojamento através do Programa de Apoio ao Arrendamento.

Entretanto, a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024, que está a ser discutida na Assembleia da República, prevê a atribuição de um subsídio aos professores deslocados a mais de 70 quilómetros de casa.

Fonte: Lusa

Paradela: “São Martinhico” celebra-se no dia 12 de novembro

Paradela: “São Martinhico” celebra-se no dia 12 de novembro

No fim-de-semana de 11 e 12 de novembro, várias localidades do concelho de Miranda do Douro, entre as quais Paradela, vão celebrar a festa em honra de São Martinho, com um programa religioso e cultural, que contempla a missa, seguida de um almoço (ou jantar) convívio e que culmina com o tradicional magusto de castanhas assadas e jeropiga.

Em Paradela, a conhecida festa em honra de “São Martinhico” está agendada para o Domingo, dia 12 de novembro, na pequena capela edificada, entre as aldeias de Aldeia Nova e Paradela, onde vai ser celebrada a missa às 12h00, seguida da procissão.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, a festa do “São Martinhico” é única em todo o planalto mirandês, dada a existência de uma capela exclusivamente dedicada ao Santo Martinho de Tours, que viveu entre os anos 316 e 397 d.C..

“Após a missa e a procissão, segue-se um almoço convívio no salão de festas da aldeia, onde vai ser apresentado um livro sobre a história desta festa religiosa local”, informou.

O autor do livro é João Pedro Luís, natural da localidade vizinha de Aldeia Nova, que explicou que a designação “São Martinhico” é um palavra mirandesa, que significa o carinho e a afeição que o povo das três localidades de Aldeia Nova, Paradela e Ifanes, têm para com este santo.

“Antigamente, esta festa religiosa era mesmo uma romaria que atraía a vinda de muitas pessoas. Ao longo do ano, os pastores e os contrabandistas que passavam pela capela do São Martinhico depositavam as suas esmolas. E eram essas esmolas que depois financiavam a festa de São Martinho, no dia 11 de novembro”, acrescentou.

Atualmente, a festa em honra de “São Martinhico” é uma iniciativa da freguesia de Paradela e que conta com a colaboração a Associação Cultural e Fronteiriça de Paradela e do Município de Miranda do Douro.

No fim-de-semana de 11 e 12 de novembro, a festa de São Martinho também vai ser celebrada noutras localidades do concelho, como Miranda do Douro, São Martinho de Angueira, Palaçoulo, Malhadas, Vila Chã da Braciosa e Águas Vivas.

Lenda de S. Martinho

Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Martinho, percorria o seu caminho montado a cavalo, quando deparou com um mendigo cheio de fome e frio.

O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a capa que envergava e com a espada cortou-a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade.

Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio e ao vento quando, de repente e como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se durante três dias.

Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem esses dias de calor, a que se passou a chamar “verão de S. Martinho”.

Em Portugal, na Festa de São Martinho é tradição fazer-se um grande magusto, beber-se água-pé e jeropiga. Esta é também uma altura em que se prova o vinho novo. Como diz o ditado popular, “no dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”.

HA

Saúde: Portugal com acesso à saúde abaixo da média da OCDE

Saúde: Portugal com acesso à saúde abaixo da média da OCDE

O acesso dos portugueses ao sistema de saúde fica abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório agora divulgado, que aponta os custos para os utentes como o principal problema.

Portugal supera a média da OCDE em apenas 24% dos indicadores-chave que definem o acesso à saúde, pode ler-se no relatório “Saúde em relance 2023”, que junta indicadores dos 38 países que compõem a OCDE.

“Toda a população está coberta por um conjunto básico de serviços”, mas “a cobertura financeira, com 63% das despesas cobertas previamente, foi inferior à média da OCDE, que é de 76%”, pode ler-se no relatório.

A satisfação com os cuidados de saúde foi também inferior, com 63% dos portugueses a dizerem-se satisfeitos (média da OCDE é de 67%), e as “despesas diretas, que representam 29% das despesas de saúde, foram superiores à média de 18%”, refere ainda o relatório.

No que diz respeito a indicadores de saúde, Portugal está acima da média em 42% dos casos. Tem uma esperança de vida 1,2 anos acima da OCDE, mas a mortalidade evitável ou tratável é inferior à média dos restantes países e “13,3% das pessoas classificaram a sua saúde como má ou muito má”, mais 5,2 pontos que o resto da organização.

Já em relação aos riscos, Portugal está acima da média em 75% dos indicadores, com valores mais baixos de consumo de tabaco, obesidade e mortes causadas por poluição do ar, enquanto em questões como o álcool (10,5 litros per capita, acima dos 8,6 da OCDE) ou diabetes os dados são mais prejudiciais.

Nos cuidados de saúde, tem uma mortalidade aos 30 dias após AVC superior à media da OCDE, registaram-se menos internamentos evitáveis e prescreveu mais antibióticos.

Nos cuidados preventivos, destaca-se o rastreio do cancro da mama, com 80%, acima da média da OCDE, de 55%.

No plano das despesas com o setor, Portugal só está acima da média em 30% dos indicadores, mas os dados indicam existir maior eficácia das despesas, segundo a organização.

“Oito países gastam menos do que a média da OCDE, mas atingem uma esperança de vida globalmente mais elevada”, o que “pode indicar uma relação custo-benefício relativamente boa dos sistemas de saúde, não obstante o facto de muitos outros fatores”, refere o relatório, que indica a Coreia do Sul, Espanha, Itália, Israel, Portugal, Chile, Costa Rica e Eslovénia como bons exemplos.

O país que demonstra menor eficácia é os Estados Unidos, com “despesas muito mais elevadas do que todos os outros países da OCDE, mas com uma esperança de vida inferior”.

No que diz respeito aos profissionais de saúde e recursos, Portugal tem 5,6 médicos por mil habitantes, acima da média da OCDE, que é de 3,7. “No entanto, os números em Portugal e na Grécia estão sobrestimados, uma vez que incluem todos os médicos autorizados a exercer a profissão”, refere o relatório.


Já os enfermeiros são 7,4 por mil, abaixo da média (9,2). Nas camas hospitalares, os valores são também mais baixos, com 3,5 camas por mil habitantes, abaixo dos 4,3 da OCDE.

Fonte: Lusa

Política: Presidente da República ouve os partidos para eventual dissolução

Política: Presidente da República ouve os partidos para eventual dissolução

Após a demissão do primeiro-ministro, o Presidente da República vai ouvir os oito partidos com assento parlamentar, antes de ouvir na quinta-feira, dia 9 de novembro, o Conselho de Estado, para uma eventual dissolução do parlamento.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, os partidos serão ouvidos “na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro e, designadamente, também nos termos do disposto na alínea e) do artigo 133.º da Constituição”.

Esta norma constitucional estabelece que compete ao Presidente da República dissolver a Assembleia da República, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado.

O chefe de Estado recebe esta quarta-feira, dia 8 de novembro, os partidos no Palácio de Belém por ordem crescente de representação parlamentar – Livre, PAN, BE, PCP, Iniciativa Liberal, Chega, PSD e PS – em reuniões agendadas para entre as 11:00 e as 19:00.

Marcelo Rebelo de Sousa comunicou que “falará ao país imediatamente a seguir à reunião do Conselho de Estado”.

O Conselho de Estado foi convocado “ao abrigo do artigo 145.º, alínea a) e da alínea e), segunda parte” da Constituição – nos termos das quais compete a este órgão “pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República”, mas também, “em geral, aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções”.

Na atual legislatura com maioria absoluta do PS, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que uma eventual saída de António Costa levaria à dissolução do parlamento, afastando a formação de outro executivo com a mesma maioria.

A 7 de novembro, António Costa apresentou a demissão de primeiro-ministro ao Presidente da República, depois de o Ministério Público ter anunciado que é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Declarando-se de “cabeça erguida” e “consciência tranquila”, defendeu, no entanto, que “a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, a sua boa conduta e, menos ainda, com a suspeita da prática de qualquer ato criminal”.

Neste processo, foram realizadas buscas em gabinetes do Governo, incluindo na residência oficial de São Bento, visando o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, que foi detido para interrogatório.

António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015, pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Fonte: Lusa

Atletismo: César Pires e Humberto Vara correram com as cores de Miranda do Douro

Atletismo: César Pires e Humberto Vara correram com as cores de Miranda do Douro

No fim-de-semana de 4 e 5 de novembro, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) estreou-se nas provas de atletismo, com as participações dos atletas César Pires e Humberto Vara, no trail Cross de Sejas de Aliste (Espanha) e na maratona do Porto, respetivamente.

Nesta nova época desportiva 2023/2024, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) formou uma equipa de atletismo, formada por atletas naturais do concelho, que vão competir nas provas nacionais e internacionais.

Foi o que aconteceu no sábado, dia 4 de novembro, com a participação do atleta, César Pires, ao correr pela primeira vez com a camisola do CDMD, no VIII Trail Cross de la Castaña, na localidade espanhola de Sejas de Aliste.

Sobre a sua estreia em competições como atleta do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), César Pires, que é natural de Malhadas, sublinhou que é importante representar o clube local e assim promover a região através do desporto.

Na prova em Espanha, César Pires que corre na categoria com mais de cinquenta anos (M50), alcançou o 22º lugar na classificação geral e na sua categoria obteve o 8º lugar.

“Foi uma prova com apenas 8,3 quilómetros, mas revelou-se bastante difícil por causa do vento, da chuva e do frio”, disse o atleta do CDMD.

Por sua vez, Humberto Vara, participou no Domingo, dia 5 de novembro, na maratona do Porto, onde participaram 15 mil pessoas.

“Foi um enorme orgulho representar Miranda do Douro na maratona do Porto! Apesar da dureza da maratona, que decorreu com bastante vento, chuva e frio, estava muito motivado”, disse.

O atleta, agora a correr com as cores do Clube Desportivo de Miranda do Douro, percorreu os 42 quilómetros em três horas, o que lhe permitiu alcançar o 161º lugar na geral e o 2º lugar na categoria de mais de 55 anos (M55).

O veterano atleta que começou a praticar atletismo nos campeonatos locais e distritais, aquando da frequência do ensino escolar, aprofundou depois o gosto pela modalidade na profissão militar.

“O gosto pelo atletismo adquire-se pela prática e pela persistência”, disse.

O presidente do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Nuno Martins, destacou que a participação dos atletas, César Pires e Humberto Vara nestas duas provas assinalou a estreia do clube no atletismo.

“Atualmente, o CDMD oferece a oportunidade de praticar atletismo e futsal. Um dos nossos objetivos é dar a oportunidade às pessoas, sejam adultos, jovens e crianças, que vivem no concelho de Miranda do Douro, de praticar desporto”, disse.

Segundo o atleta e responsável pela seção de atletismo, Alírio Sebastião, já estão inscritos 30 atletas no CDMD.

O responsável indicou que ao longo da época 2023/2024, o clube propôs-se organizar o I Ultra Trail Tierra de Miranda, que decorreu a 23 de setembro, em Picote.

“No dia 29 dezembro, o CDMD está a preparar juntamente com a autarquia de Miranda do Douro, uma corrida urbana pela cidade, para enquadrar no festival Geadas”, adiantou.

E em 2024, o clube vai organizar a II edição do Trail Contrabando do Café, em Paradela.




A 19 de novembro de 2023, a equipa de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) vai participar no Sabrosa Trail Por Terras de Magalhães, na vila de Sabrosa, no distrito de Vila Real.

No Sabrosa Trail Por Terras de Magalhães vão participar os seguintes atletas do CDMD:

30 quilómetros: 
Humberto Vara
Tiago Soares 
Rosária Sebastião 
Alírio Sebastião

17 quilómetros: 
Ilídio Moreiras
Bruno Rodrigues
César Pires
Tiago Domingues
Fernando G.
Ana Patrícia
Anabela Martins

Caminhada:
Sandra Argulho
Anabela Cameirão
Elsa Vara

HA

Comunicações: Todos os concelhos com cobertura 5G

Comunicações: Todos os concelhos com cobertura 5G

No terceiro trimestre deste ano, totalidade dos concelhos tinha cobertura 5G, bem como 62% das freguesias do país, de acordo com dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“No final do 3.º trimestre de 2023, de acordo com a informação reportada à Anacom, o número de estações de base instaladas no território nacional com tecnologia 5G ascendia a 8.226, distribuídas por 308 concelhos (a totalidade dos concelhos no país) e por 1.924 freguesias (62% das freguesias no país)”, informou a entidade reguladora.

Entre junho e agosto, o número de estações de base 5G instaladas teve um acréscimo de 5% face ao trimestre anterior, correspondendo a 395 novas estações.

Já o número de freguesias em que existem estações 5G cresceu em 5%, das quais mais 10% em freguesias de baixa densidade, correspondendo a 86 novas estações, e 1% em freguesias nas Regiões Autónomas, com mais duas novas estações.

A área total das freguesias onde não existem estações 5G representa 27% do território nacional e, de acordo com o Censos 2021, corresponde a cerca de 10% da população nacional.

Segundo o regulador, a NOS continua a ser o operador que, até à presente data, instalou mais estações de base 5G, sendo seguida pela Vodafone e pela MEO.

Já no que diz respeito à variação do número de estações instaladas face ao trimestre anterior, a NOS cresceu 4% (+ 164 estações), a Vodafone 7% (+ 181 estações) e a MEO 4% (+ 50 estações).

Tomando como referência o final do 3.º trimestre, a NOS é o operador que instalou um maior número de estações de base 5G, num total de 3.889 estações (47%), seguindo-se a Vodafone com 2.950 estações (36%) e a MEO com 1.387 estações (17%).

Quanto à densidade de estações de base 5G em Portugal, observou-se que no final do trimestre em análise esta era, em média, de aproximadamente uma estação de base por cada 11 km2.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Município entrega 1.ª casa recuperada de 32 previstas

Mogadouro: Município entrega 1.ª casa recuperada de 32 previstas

O município de Mogadouro entregou a primeira casa recuperada de um conjunto de 32 no concelho, no âmbito do programa 1.º Direito, integrado na Estratégia Local de Habitação (ELH), informou o presidente da câmara municipal, António Pimentel.

“Nesta primeira fase prevemos a recuperação de 32 habitações de famílias que vivem em condições menos condignas, que foram sinalizadas pelas respetivas juntas de freguesia. A primeira casa foi entregue a uma família na aldeia de Bruçó”, disse António Pimentel.

De acordo com o autarca social-democrata, esta medida é suportada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na sua totalidade.

“Desde o registo da propriedade, passando pela fase de projeto até à recuperação das habitações, todas as etapas são financiadas a 100% por fundos do PRR. Este é um processo em que o município de Mogadouro serve de exemplo para todo o Norte do país, de acordo com os responsáveis do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IRHU)”, indicou António Pimentel.

No concelho de Mogadouro, as habitações a recuperar através deste programa foram sinalizadas pelas Juntas de Freguesia e pelos parceiros sociais, prevendo-se, numa primeira fase, a recuperação de 32 habitações de famílias que, sendo os proprietários legais de uma casa, não dispõem de uma situação económica que lhes permita fazer obras que tornem essa casa habitável, com condições dignas.

“O montante a investir nas habitações de várias tipologias poderá situar-se entre os 60 mil euros e os 140 mil euros, estando mais cinco em fase final de intervenção. Há ainda mais de uma dezena de projetos que estão adjudicados”, esclareceu o autarca transmontano.

Todas as candidaturas à ELH têm que ficar aprovadas até março de 2024, por força da nova legislação em vigor.

O 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, é gerido pelo IRHU e visa apoiar a promoção de soluções para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.

A Câmara de Mogadouro constituiu uma equipa para implementar este projeto, composta por uma coordenadora da ELH na autarquia, trabalhadores sociais, pessoal administrativo, engenheiros e serviços jurídicos, de forma a tornar a execução das obras projetadas o mais ágil possível.

Numa 2.ª fase, e dadas as carências habitacionais do concelho, foi decidido construir um prédio com 24 apartamentos, orçado em mais de três milhões de euros, de várias tipologias (T1, T2 e T3), destinado a casais jovens.

“Este projeto é dirigido a casais jovens, sendo financiado em 1,5 milhões de euros a fundo perdido e em 1,4 milhões de euros através de um empréstimo do IRHU a juros bonificados. O município investirá mais de 400 mil euros”, indicou o autarca.

Fonte: Lusa

Saúde: 1.778 médicos reformaram-se até setembro

Saúde: 1.778 médicos reformaram-se até setembro

Nos nove primeiros meses do ano, 1.778 médicos reformaram-se no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais 139 do que em igual período de 2022, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS).

Relativamente ao mesmo período de 2021, em que se aposentaram 1.965 profissionais, reformaram-se menos 187 médicos este ano, até setembro, referem os dados publicados na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) para o setor da saúde, publicada no portal do parlamento.

O Ministério da Saúde refere que, de um modo geral, a estimativa de aposentações dos médicos especialistas hospitalares acompanha a dos médicos de medicina geral e familiar, sendo que em “ambos os casos esse potencial manter-se-á ainda elevado ao longo dos próximos anos”.

A concretizarem-se estas reformas, o número de médicos diminui, uma situação que “está na génese das dificuldades que o SNS enfrenta hoje em determinados serviços e regiões do país, adianta.

“No entanto, importa salientar que, a médio e longo prazo, esta situação será compensada pelo crescimento da entrada de novos médicos no sistema que se tem verificado ao longo dos últimos anos”, lê-se no documento que serve de suporte à apreciação na especialidade da proposta do OE2024, que no caso da Saúde será com a audição no parlamento do ministro Manuel Pizarro.

Em setembro de 2023, o SNS contava com 149.893 profissionais, representando um acréscimo líquido de 24,9% face a dezembro de 2015 (+ 29.895 efetivos) e de +10,7% face a dezembro de 2019 (+ 14.470 efetivos), período pré-pandemia da covid-19.

O grupo profissional dos enfermeiros continua a ser o mais representativo, com aproximadamente 34% do total, seguindo-se o grupo dos médicos (incluindo internos) com 21% e os assistentes operacionais com 20%.

“No que diz respeito à distribuição por idades do grupo profissional de enfermagem, existe uma concentração de recursos humanos nas faixas etárias mais jovens, o que evidencia uma menor probabilidade de constrangimentos decorrentes da passagem à aposentação nos próximos anos”, refere o ministério.

No documento, o Ministério da Saúde divulga também a recuperação da atividade assistencial nos primeiros nove meses deste ano.

Em 2023, os números disponíveis até setembro evidenciam “um crescimento” das consultas médicas presenciais realizadas nos cuidados de saúde primários (+5,3% do que em 2022), apesar de não atingirem ainda o volume de atividade pré-pandemia (-12,4% do que em 2019), ao contrário do que acontece com as consultas não presenciais, que já atingem valores muito superiores aos anteriormente registados (+64,4% do que em 2019).

As consultas hospitalares realizadas até setembro de 2023 registaram “o valor mais elevado dos últimos anos”, representando um aumento de 4,1% face ao período homólogo de 2022, de 22,4% face a 2020 e de 8,7% face a 2019.

O mesmo acontece com as intervenções cirúrgicas, que cresceram 9,6% face a 2022, 49,3% face a 2020 e 19,3% face a 2019.

Quanto aos episódios de urgência, o MS destaca o aumento de 2% face a 2022 e de 33,7% face a 2020, com o volume de atividade a ficar abaixo do registado no período homólogo de 2019 (-2,0%).

Fonte: Lusa

Barrocal do Douro: Hardança deram vida à capela do Moderno Escondido

Barrocal do Douro: Hardança deram vida à capela do Moderno Escondido

A capela do Moderno Escondido, no Barrocal do Douro, foi o palco do concerto de Outono, protagonizado pelo grupo “Hardança”, que na tarde de Domingo, dia 5 de novembro, presenteou o público com um repertório de músicas, muitas delas cantadas na língua mirandesa e inspiradas no amor às gentes e tradições da Terra de Miranda.

“Hardança” é uma palavra mirandesa, que significa “herança”. Segundo Fabíola Mourinho, este nome foi escolhido para agradecer a herança cultural da Terra de Miranda.

Na tarde de Domingo, dia 5 de novembro, o quarteto “Hardança”, constituído por Fabíola Mourinho, Bruno Berça, Licínio Castro e Amadeu Soares iniciaram o concerto agradecendo a oportunidade de atuar num espaço tão emblemático, como a capela que integra o complexo habitacional, dos antigos construtores da barragem de Picote.

“Foi um gosto enorme puder atuar aqui e dar vida a este espaço, que por causa do despovoamento não é muito utilizado para estes fins culturais. A par disso, para nós, os Hardança, é sempre um motivo de grande felicidade levar a música a localidades e a pessoas que vivem mais isoladas e não têm muitas oportunidades de assistir a um concerto musical”, disse a vocalista, Fabíola Mourinho.

Na plateia da capela do Moderno Escondido, estavam algumas pessoas do Barrocal do Douro, onde atualmente vivem cerca de 50 habitantes. Margarida Vale é a zeladora da capela de Santa Bárbara. Veio na década de 1950 para esta região, acompanhando os pais, que vieram trabalhar na construção da barragem de Picote.

“Tinha cinco anos quando viemos da Póvoa do Lanhoso para Picote. O complexo habitacional do Moderno Escondido, merece ser visitado. Este concerto aqui na capela (que pertence à EDP), é um modo de dar a conhecer a beleza arquitetónica deste espaço”, disse.

Recorde-se que o complexo habitacional de Picote, edificado por ocasião da construção das centrais eléctricas do Douro, entre os anos de 1953 e 1964, é da autoria dos arquitetos Archer de Carvalho, Nunes Almeida e Rogério Ramos

Noutros tempos, este complexo habitacional, também conhecido como “Moderno Escondido: Arquitetura das Centrais Hidroelétricas do Douro” incluiu uma zona com habitações para operários, uma escola, uma igreja, um centro comercial, casas para o pessoal dirigente e uma pousada.

A capela de Santa Bárbara, mantém as linhas originais e no seu interior existem três esculturas em madeira de Cristo, de Nossa Senhora e de Santa Bárbara, peças esculpidas em madeira por Salvador Barata Feyo, um escultor modernista português.

No concerto de Outono realizado nesta capela, os “Hardança” presentearam o público com músicas como “Baile no terreiro”, “À porta da Tia Maria”, Serrobico, bico, bico”, “Nasceu o Menino” e encerreram a sua atuação com “Daqui não saio”, uma canção que é um hino à resiliência do povo transmontano.

No final do concerto, o público estava visivelmente impressionado com a “simbiose” entre a atuação musical dos Hardança e a funcionalidade da capela do Moderno Escondido. Foi o caso de Glória Fidalgo, que veio acompanhada da filha, Maria.

“Vim pelo concerto, porque o grupo Hardança faz músicas inspirando-se no Cancioneiro Tradicional Mirandês e por isso tem um mensagem para todos os que vivemos nesta região. E vim também pela singularidade e beleza deste espaço arquitetónico, que é a capela do complexo habitacional do Moderno Escondido”, disse.

Para o presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, eventos culturais como este concerto de Outono, são sempre iniciativas que despertam o interesse das pessoas e atraem público às localidades.

“Aliar a música ao património, como aconteceu hoje na capela do Barrocal do Douro, onde para além da excelência da arquitetura deste edifício existem ainda esculturas de grande valor do escultor Barata Feio, são motivos suficientes para a vinda de público a esta localidade”, disse.

Na perspectiva do autarca, para fomentar estas visitas ao património existente no Barrocal do Douro é necessário um trabalho conjunto entre o município, a freguesia e as empresas proprietárias, como são a EDP e a atual concessionária do empreendimento hidroelétrico, a Movhera.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, sublinhou que o propósito dos concertos de Outono é convidar as pessoas a reunirem-se à volta da música, nas igrejas e espaços mais emblemáticas de cada localidade do concelho.

“Com estes concertos queremos promover, simultaneamente, a música, os músicos locais e o património religioso. E nesta tarde, com o concerto dos Hardança, na Capela do Moderno Escondido, no Barrocal do Douro, ficou mais uma vez evidente que a cultura atrai o público e é um fator de desenvolvimento local”, justificou.

O ciclo de Concertos de Outono prossegue no serão do próximo sábado, dia 11 de novembro, às 21h00, na concatedral de Miranda do Douro, com a “Ópera na Academia e na Cidade – Boccherini e Mozart”.

HA

Futsal: Vimioso surpreendido pelo Alfandeguense na taça distrital

Futsal: Vimioso surpreendido pelo Alfandeguense na taça distrital

No jogo da primeira eliminatória da Taça Distrital de futsal, o Vimioso foi surpreendido em casa, ao ser derrotado por 2-3, no confronto com o Alfandeguense, que assim leva vantagem para o segundo jogo desta eliminatória, agendado para 24 de novembro, em Alfândega da Fé.

Os alfandeguenses alcançaram a vitória 2-3, com o golo de Emanuel Ferreira, ao 38 minuto.

O primeiro jogo da eliminatória da taça distrital de futsal realizou-se na sexta-feira, dia 3 de novembro, às 21h30, no pavilhão multiusos de Vimioso, onde a equipa visitante esteve melhor na primeira parte, mostrando mais coesão e objetividade.

Aos 9 minutos, os alfandeguenses criaram a sua primeira oportunidade de golo, mas o guardião vimiosense, Ferro, não permitiu o golo visitante.

Três minutos depois, os visitantes chegaram mesmo ao golo, 0-1, por intermédio de Vitor Santos, que dentro da área aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes local.

Embalados pelo golo inaugural, a equipa de Alfandega da Fé chegou ao 0-2, ao aproveitar um erro defensivo dos vimiosenses, aos 16 minutos.

O alfandeguense, Hugo Rego, ampliou a vantagem para 0-2.

Até ao intervalo, a equipa do Vimioso apenas conseguiu levar a bola a embater no poste da baliza adversária, na sequência de uma jogada individual de Pedro Alves.

Na segunda parte do jogo, aos 25′ minutos, os visitantes voltaram a criar perigo, num remate que embateu no poste da baliza vimiosense.

No entanto, na jogada seguinte, os vimiosenses surpreenderam e reduziram a desvantagem para 1-2, através de uma recarga de cabeça de Hugo, dentro da área alfandeguense.

O Vimioso reduziu a desvantagem 1-2, por intermédio de Hugo, aos 26 minutos de jogo.

Motivados pelo golo, a equipa de Vimioso alcançou o empate logo a seguir, 2-2, numa jogada individual de Pedro Alves.

A equipa do Vimioso chegou ao empate (2-2) por intermédio de Pedro Alves, aos 27 minutos de jogo.

A partir daqui a equipa comandada pelo treinador Paulo Gonçalves bem tentou ir à procura do golo da vitória. Aos 37 minutos, dispôs de um livre direto, mas na conversão, Hugo, rematou muito por cima da baliza alfandeguense.

Quando ambas as equipas procuravam a vitória, as visitantes surpreenderam ao marcar o 2-3, numa boa combinação entre Pedro Borges e Emanuel Ferreira, que num toque de classe levou a bola a passar por cima do guarda-redes, Chico.

A equipa de Alfândega da Fé alcançou a vitória 2-3, graças ao golo de Emanuel Ferreira, aos 38 minutos.

Nos festejos do golo, o jogador alfandeguense foi expulso por gestos provocatórios para o banco adversário. Com a expulsão, a equipa visitante viu-se reduzida a 4 jogadores nos dois últimos minutos do jogo.

Mesmo em desvantagem numérica, a equipa de Alfandega da Fé conseguiu defender e assegurar a vitória. Com este triunfo, os alfandeguenses levam vantagem para o segundo jogo desta eliminatória da Taça Distrital de Futsal, que está agendado para o dia 24 de novembro, em Alfândega da Fé.

HA

Equipas:

Águia Futebol Clube de Vimioso:  Chico, Ferro, Menezes, Hugo, Diogo, Pedro Diz (cap.), Pedro Alves e Daniel Pires.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Dadas as limitações no plantel, as ausências e a lesão do Diogo no decorrer do jogo, já antevíamos que seria um desafio muito difícil. No final da primeira parte estávamos a perder por 0-2. Mas na segunda parte, conseguimos reagir, empatámos e fomos à procura da vitória. Infelizmente, contra-a-corrente do jogo a equipa adversária foi mais feliz e chegou ao terceiro golo. Apesar da desvantagem na eliminatória, estou muito orgulhoso dos meus jovens jogadores pela seu esforço e entrega ao jogo. Agora compete-nos dar a volta à eliminatória no jogo da segunda mão, em Alfândega da Fé.” – Paulo Gonçalves

A.R. Alfandeguense: Daniel, Luís Neves, Pedro Carvalho, Pedro Borges, Rui Pacheco (cap.), João Lopes, Xavier Simões, Vitor Santos, Hugo Rego, Emanuel Ferreira, Rodrigo e Tota

Treinador: Fernando Macedo

“Estivémos muito bem na primeira parte e poderíamos inclusive ter marcado mais golos. Na segunda parte, não fomos tão pressionantes. O Vimioso ao fazer o primeiro golo, ganhou confiança. Conseguiu mesmo empatar. Mas no final, conseguimos estar concentrados e isso valeu-nos esta vantagem nesta primeira eliminatória da Taça Distrital” – Fernando Macedo.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: Pedro Alves

2º árbitro: Bruno Cordeiro

Cronometrista: Erivelton Silva

1ª Eliminatória da Taça Distrital de Futsal

1º mão2ª mão
Sp. Moncorvo3-3Arnaldo Pereira (Bragança)25/11, às  21:00
GD Sendim16-3GD Freixo24/11, às  21:30
Águia FC Vimioso2-3Alfandeguense24/11, às  21:30