Miranda do Douro: Campanha “Unidos por um sorriso” recolheu 1300 quilos de alimentos

Miranda do Douro: Campanha “Unidos por um sorriso” recolheu 1300 quilos de alimentos

No sábado, dia 25 de novembro voltou a realizar-se em vários supermercados do concelho de Miranda do Douro, a campanha de recolha de alimentos “Unidos por um sorriso”, uma iniciativa solidária que envolveu a participação de 18 voluntários e durante a qual foram recolhidos cerca de 1300 quilos de alimentos.

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, o objetivo desta campanha “Unidos por um sorriso” é efetuar uma recolha de alimentos para o serviço municipal da Loja Solidária, que, por sua vez, “tem a missão de distribuir esses bens alimentares pelas 80 famílias mais carenciadas do concelho e que afetam cerca de 300 pessoas”, indicou.

Segundo o assistente social do município de Miranda do Douro, Diogo Monteiro, responsável pela Loja Solidária, esta campanha realiza-se desde 2010 e tem subsistido graças à generosidade da população do concelho de Miranda do Douro.

“Ano após ano, verifica-se uma maior generosidade e participação da população do concelho de Miranda do Douro”, disse.


Este ano, a campanha de recolha de alimentos decorreu nos vários supermercados do concelho de Miranda do Douro, onde participaram 18 voluntários, pertencentes ao agrupamentos de escuteiros locais, à delegação da Cruz Vermelha e aos atletas do Grupo Desportivo Mirandês.

A escuteira Beatriz Pinto, do Agrupamento 1254 de Miranda do Douro, disse que participou na campanha “Unidos por um sorriso” motivada pelo gosto em ajudar as pessoas que mais precisam.

Da Cruz Vermelha Portuguesa, Afonso Pimentel sublinhou que há pessoas e famílias no concelho de Miranda do Douro que passam por maiores dificuldades e é importante estar atento a estas situações.

“É o segundo ano que participo nesta campanha solidária e não tenho dúvida nenhuma que há mais alegria em dar do que em receber. Sempre que me for possível, gostaria de continuar a participar nesta boa iniciativa”, disse.

Por sua vez, o atleta do Grupo Desportivo Mirandês, Davi Faria, que também esteve à porta de um supermercado a sensibilizar as pessoas para participarem na campanha solidária, afirmou que dada a proximidade ao Natal é muito importante aprender a partilhar.

“Há famílias que passam por maiores dificuldades e por isso é importante ser solidário”, disse.

Os voluntários foram distribuídos em grupos de três pessoas e trabalharam por turnos: na manhã ou na tarde de sábado.

Durante todo o dia foram angariados 1300 quilos de alimentos, sendo que os mais doados foram arroz, massa e bolachas.

“Após a recolha dos alimentos nos supermercados, outro grupo de voluntários teve a missão de fazer a contagem e a triagem dos alimentos doados e posterior reposição no armazém da loja solidária, para depois encaminhar esses bens alimentares para as famílias e pessoas sinalizadas”, informou o assistente social.

Diogo Monteiro referiu ainda que a Loja Solidária promove ao longo do ano, outras campanhas de recolha de alimentos, que são distribuídos mensalmente ou bimensalmente pelas famílias que vivem situações de maior fragilidade económica.

A iniciativa “Unidos por um sorriso” resulta de uma parceria entre várias instituições e organizações do concelho de Miranda do Douro, como são a Loja Solidária do município de Miranda do Douro, a Rede Social, a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSN), a Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), a delegação da Cruz Vermelha, a Universidade Sénior, a Segurança Social, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e a seção do Corpo Nacional de Escutas (CNE).

HA

Miranda do Douro: Pauliteiros e festas tradicionais candidatos a património imaterial

Miranda do Douro: Pauliteiros e festas tradicionais candidatos a património imaterial

No âmbito da candidatura das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, o município organizou um seminário, no sábado, dia 25 de novembro, durante o qual foram apresentados os sete grupos de pauliteiros e as nove festividades que aguardam pela classificação de património cultural imaterial.

Os representantes dos grupos de Pauliteiros de Cércio, Constantim, Palaçoulo, Póvoa e Prado Gatão participaram no seminário dedicado ao tema “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”.

O seminário decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município, Helena Barril, assim como dos responsáveis pela candidatura ao Inventário Nacional do Património Imaterial, Hélder Ferreira e Mário Correia.

Na sua intervenção, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, uma fervorosa defensora e apoiante dos grupos de pauliteiros de Miranda, defendeu que a cultura é um importante motor de desenvolvimento económico do concelho e as danças dos pauliteiros são uma das mais importantes expressões culturais da Terra de Miranda.

«Com a candidatura das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, ao Inventário Nacional do Património Imaterial pretendemos incutir ainda mais vigor e dinamismo aos grupos de Pauliteiros, que são autênticos embaixadores da Terra de Miranda”, justificou.

Por sua vez, o etnógrafo, Mário Correia, acrescentou que o objetivo do seminário foi o de dar a conhecer o projeto em curso ao público e em particular, aos grupos de pauliteiros locais. Para tal, os representantes dos vários grupos de pauliteiros foram informados sobre a exigência de fazer parte do Inventário Nacional do Património Imaterial.

“Com este encontro quisemos informar os grupos de pauliteiros sobre os critérios de elegibilidade das danças rituais nas festas tradicionais. De momento há grupos que não cumprem estes critérios, pelo que ainda não podem ainda integrar o projeto. É, por exemplo, o caso dos pauliteiros de Sendim, que deixaram de cumprir o ritual das danças na festa em honra de Santa Bárbara, mas têm intenção de recuperar esta tradição. Outro caso, é o grupo de pauliteiros da associação Mirandanças, que embora já dancem numa festa tradicional, precisam completar 20 anos de existência para serem elegíveis”, explicou.




No decorrer do seminário foram apresentadas sete grupos de pauliteiros e nove festas tradicionais. São eles: os pauliteiros de Cércio e as festas de São Brás e de Santa Bárbara; os pauliteiros de Constantim e a Festa de São João Evangelista; os pauliteiros de Palaçoulo e a festa em honra de Santa Bárbara; os pauliteiros da Póvoa e as festa do Menino Jesus e de Nossa Senhora do Rosário; os pauliteiros de Prado Gatão e a festa de Santa Bárbara; os Pauliteiros da Quinta do Cordeiro e a festa de Santo Isidro Lavrador; e os pauliteiros de São Martinho e a festa em honra de Nossa Senhora do Rosário.

Inicialmente estão sinalizados estes sete grupos de pauliteiros e as nove festas tradicionais, pois enquadram-se nos requisitos para a salvaguarda do património imaterial. No entanto, o município de Miranda do Douro informa que é sempre possível adicionar outros grupos e festas, desde que cumpram os requisitos exigidos.

“No fundo, pretendemos recuperar antigas danças e tradições, que já existiram no passado e por causa do despovoamento das localidades se foram perdendo. O nosso maior objetivo é manter bem viva a tradição da dança dos pauliteiros, que é tão nossa e nos orgulha tanto”, afirmou, Helena Barril.

Sobre o resultado da candidatura das “Danças rituais dos pauliteiros nas festas tradicionais” ao Inventário Nacional do Património Imaterial, o coordenador do trabalho, Hélder Ferreira, recordou que a candidatura foi submetida no Dia da Cidade, a 10 de julho de 2023.

“A candidatura vai entrar agora numa fase de aperfeiçoamento, na qual os técnicos da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) poderão colocar algumas questões ou solicitar informações adicionais, sobre a fundamentação apresentada. Neste âmbito, estamos prontos para responder diligentemente às solicitações requeridas”, disse.

O seminário subordinado ao tema “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, realizado no dia 25 de novembro, contou com a participação de outros intervenientes, como a espanhola, Gema Rizo, António Rodrigues Mourinho e Diogo Araújo.

Sobre a relação entre a dança dos pauliteiros e o sagrado, António Rodrigues Mourinho, desvendou que a dança também é um modo de louvar e agradecer a Deus.

«Já na Bíblia, no salmo 150, se faz referência à dança como um louvor a Deus. “Louvai o Senhor com tambores e danças – pode ler-se.», explicou.

Segundo o historiador, antigamente, nas festas religiosas tradicionais, as danças dos pauliteiros faziam parte dos peditórios que se realizavam pelas localidades. “E a gaita-de-foles, a caixa e o bombo eram considerados instrumentos solenes”, sublinhou.

Sobre o atual estado das danças dos Pauliteiros, Diogo Araújo, no decorrer da sua exposição sobre o “Processo de folclorização dos Pauliteiros de Miranda”, sublinhou a importância de preservar as festas tradicionais e as danças rituais dos pauliteiros.

«Há “lhaços” ou danças que correm o risco do desaparecimento como são os casos da Morenita, Santo Antoninho, Calles de Roma, Çaramontaina, entre outras”, alertou.

O seminário sobre as “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro” concluiu-se com uma mesa redonda constituída por representantes dos grupos de pauliteiros. Nesta conferência, os vários representantes descreveram aos traços comuns das atuações nas festas tradicionais, como é por exemplo, a festa em honra de Santa Bárbara, que se celebra em Palaçoulo, no terceiro fim-de-semana de setembro.

“As danças rituais dos pauliteiros nas festas tradicionais começa com a alvorada, segue-se a ronda do peditório, a participação na eucaristia, a procissão e culmina com a dança do sagrado”, descreveram.

A candidatura das danças de pauliteiros ao Inventário Nacional do Património Imaterial não é elegível na qualidade de mera representação ou execução folclórica, mas sim como parte integrante de manifestações culturais e cerimoniais estruturadas, como são as atuações nas festas tradicionais da Terra de Miranda.

Nestas festividades, as danças dos pauliteiros assumem importância coletiva pois são elementos propiciadores de coesão social e bem-estar vivencial das comunidades.

HA

Agricultura: Pagamentos ao setor agroflorestal

Agricultura: Pagamentos ao setor agroflorestal

No mês de novembro, o Ministério da Agricultura e da Alimentação anunciou terem sido pagos 397 milhões de euros, aos setores agroflorestal e das pescas, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Em comunicado, o executivo informou que no âmbito do PEPAC 23.27 (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum), entre outubro e novembro foram realizados pagamentos num valor global de cerca de 400 milhões de euros.

Segundo detalha, este montante abrange o apoio ao rendimento base, o pagamento aos pequenos agricultores, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas, apoios às produções animais e ao setor da apicultura.

No contexto do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), cuja execução “atingiu os 85%”, o ministério de Maria do Céu Antunes refere que foram transferidos em novembro para os agricultores mais 24 milhões de euros para a execução de medidas de investimento.

Já no que diz respeito ao programa MAR2020, cuja execução “superou os 92%”, foram realizados este mês pagamentos num valor total de 7,9 milhões de euros para o setor das pescas e da aquicultura.

“Entre outubro e novembro, conseguimos assegurar a antecipação de pagamentos num valor que equivale a, aproximadamente, 45% do total do montante associado ao Pedido Único. Mas destaco também o que está a acontecer no âmbito do MAR 2030, com a abertura de avisos que comprovam o foco na sua efetiva implementação ao serviço das Pescas”, afirma a ministra da Agricultura e da Alimentação, citada no comunicado.

Para Maria do Céu Antunes, “isto deve-se […] ao imenso esforço operacional e à colaboração dos setores” e “assenta na convicção” de que é preciso “continuar a acompanhar e a potenciar o empenho e o empreendedorismo da agricultura e das pescas em Portugal”.

De acordo com o ministério, “os pagamentos referentes ao PU2023 [Pedido Único], conforme calendário divulgado pelo IFAP, prosseguirão nos meses de janeiro e fevereiro, com um valor adicional previsto de cerca de 500 milhões de euros”.

Fonte: Lusa

Política: “Sei que as pessoas esperam mais de mim” – Luís Montenegro

Política: “Sei que as pessoas esperam mais de mim” – Luís Montenegro

O presidente do PSD reconhece que os portugueses esperam mais de si e prometeu estar à altura do legado de Cavaco Silva, que assistiu ao encerramento do Congresso.

Na segunda intervenção perante o 41.º Congresso do PSD, Luís Montenegro deixou, no final, uma nota mais pessoal, e assegurou estar “cada vez mais entusiasmado e determinado” no caminho para as legislativas antecipadas de 10 de março.

“Também sei que as pessoas esperam mais de mim do que aquilo que eu fui capaz de mostrar até agora. Quero dizer-vos, olhos nos olhos, eu tenho noção disso”, afirmou, numa passagem muito aplaudida do seu discurso.

Luís Montenegro assegurou que irá “dar mais” – diz que já ter visitado 258 concelhos do país – e que tem ouvido muitas pessoas para “poder decidir bem”.

“Eu ouço mesmo as pessoas, tenho ouvido algumas que me dizem que devo ser mais enérgico, mais acutilante, aquele líder parlamentar que elas têm na memória. Também tenho outros que me pedem mais contenção e me dizem que nem tudo está mal”, afirmou.

Dizendo respeitar todos, Montenegro assegurou que vai continuar a ser “combativo, mas ao mesmo tempo sensato, firme e moderado”.

“Eu sei que sou muito obstinado nas missões que abraço mas também vos quero dizer: tento ser sempre o mais justo possível, sou sempre honesto, solidário e humano”, afirmou.

Montenegro subiu ao palco para o seu último discurso ao Congresso ao som da música “Don’t stop believing” (em português, não deixem de acreditar) e minutos depois de os congressistas terem ovacionado o ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, numa presença na reunião que não tinha sido previamente anunciada.

“Nós vamos estar à altura do seu legado nos próximos anos em Portugal. Esse legado, essa marca são uma referência e uma inspiração para o que vamos fazer em Portugal nos próximos anos”, disse, terminando a intervenção de quase 40 minutos com um apelo.

“Vamos ao trabalho, vamos para as ruas”, disse.

Fonte: Lusa

Saúde: População manifesta-se contra falta de cirurgia de urgência em Mirandela

Saúde: População manifesta-se contra falta de cirurgia de urgência em Mirandela

Cerca de 500 utentes manifestaram-se junto ao hospital de Mirandela, num cordão humano contra o encerramento temporário do serviço da urgência médico-cirúrgica, num protesto organizado pelo município.

Desde 8 de outubro que não há cirurgia de urgência naquela unidade hospitalar por causa da escusa dos médicos a mais horas extraordinárias além das 150 previstas na lei.

Os recursos humanos estão a ser concentrados no hospital de Bragança, capital de distrito, para onde são encaminhados os doentes, a cerca de 60 quilómetros de distância.

Entre os manifestantes que empunhavam cartazes onde se lia, por exemplo, “é urgente ter urgência cirúrgica”, “+ de 60km não é opção” ou “a emergência não espera”, estava Irene da Conceição, de 79 anos, antiga funcionária da limpeza do hospital.

“Já tiraram a maternidade, já tiraram as cirurgias para Bragança… Acho mal o que está a acontecer”, disse à Lusa.

E deu um exemplo: ”Eu sou mesmo daqui, sinto-me mal, preciso de uma urgência, não vão as ambulâncias para outros lados. É aqui! Toda a vida foi aqui!”, enfatizou.

Com Irene estava Rosa Simão. “Faz falta a parte da cirurgia aqui em Mirandela. Porque ir daqui a Bragança é muito longe e podem-se perder vidas. 60 quilómetros podem fazer a diferença.”, afirmou quando questionada sobre o motivo que a levou a juntar-se à manifestação. 

Carla Serrano é auxiliar no hospital, na parte da Medicina Interna. Hoje juntou-se aos utentes. “Acho que a união faz a força e é inadmissível tirarem um serviço que faz muita falta a Mirandela e arredores. Vamos ver se conseguimos alterar alguma coisa. E é um sítio estratégico, onde faz falta”, justificou.

Sónia Costa foi outras das manifestantes, porque não quer que “haja o encerramento”. “A nós aqui tiram-nos tudo, infelizmente”, lamentou à Lusa.

Junto ao hospital foi instalado um pequeno palanque com um sistema de som, de onde foi lido um manifesto sobre os motivos do protesto, com palmas e vivas de quem ouvia.

Além do regresso imediato da cirurgia de urgência, pede-se, entre outros, a criação de um centro materno infantil, o reforço das equipas médicas ou o aumento dos meios de emergência pré-hospitalar.

Depois, os participantes caminharam de mãos dadas na envolvente do hospital e de parte do edifício, onde terminou a manifestação.

Algumas entidades locais, como o Moto Clube de Mirandela ou os escuteiros também marcaram presença.

O hospital de Mirandela faz parte da Unidade Local de Saúde do Nordeste. Tem como principal área de abrangência o sul do distrito de Bragança. Além de Mirandela, serve Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo e Alfândega da Fé. Segundo os últimos censos, estes concelhos transmontanos têm cerca de 44 mil habitantes.

Fonte: Lusa

Jesus é Rei

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo | Dia Mundial da Juventude

Jesus é Rei

Ez 34, 11-12.15-17 / Slm 22 (23), 1-3.5-6 / 1 Cor 15, 20-26.28 / Mt 25, 31-46

O nosso Deus é Senhor. Mas não um Senhor qualquer, pois Ele é Pai Todo-Poderoso em Amor, que envia o seu Filho numa missão de compaixão pelo mundo, e que se oferece a cada um de nós, todos os dias, através do Espírito Santo. O nosso Deus é um Deus de amor que, como lemos na primeira leitura, nos ampara nas nossas quedas, nos procura quando andamos perdidos e vela por nós quando tudo está bem.

Por vezes, perdidos pelo caminho, tentamos colocar as nossas forças em falsas seguranças: no reconhecimento dos outros, no dinheiro que acumulamos, no poder que nos é confiado, numa vida de consumo. Honra, riqueza, poder e prazer não passam de enganos, não passam de tiranos que nos deixarão abandonados. Só o Senhor permanece.

A solenidade deste dia, Jesus, Rei do Universo, talvez com uma linguagem que nos pode parecer arcaica, aponta-nos o que devemos recordar todos os dias: nós não somos deus, as coisas não são deus. Só o Deus de amor, revelado em Cristo, é efetivamente Senhor e a nossa felicidade encontra-se ao viver ao seu estilo.

Se na primeira leitura, em Ezequiel, nos é mostrado o estilo do nosso Deus, no Evangelho, Jesus apresenta o caminho para a felicidade, à maneira de Deus: dar de comer e beber aos famintos e sedentos; dar guarida aos peregrinos; vestir os que não têm que vestir; visitar os que estão doentes ou presos. Em suma, deixar-se cuidar por Deus e cuidar dos outros como Deus cuida de nós.

Não há aqui espaço para um amor abstrato ou genérico. Isto vai além de «amar a Humanidade» em teoria. O nosso Deus, o nosso Senhor, pede-nos que expressemos o nosso amor de maneira concreta. A única coisa que nos acompanhará quando passarmos deste mundo para o próximo será a qualidade do nosso amor, o amor efetivamente vivido. Não adiemos o nosso amar!

Reconheçamos Deus, reconheçamos o amor como Criador e Todo-Poderoso Senhor do Universo, e atuemos como Cristo nos mostrou: passemos por esta terra fazendo o bem. E quando nos faltem as forças para tal, quando amar pareça pedir demasiado e nos falte ânimo para perdoar, peçamos ajuda ao Espírito Santo, para que Ele nos recorde que, ainda que pareça demasiado, muito mais trabalho teremos, e tanta miséria virá às nossas vidas, se vivemos afeiçoados aos tiranos deuses da honra, da riqueza, do poder e do prazer.

O jugo do nosso Senhor é suave e a sua carga é leve. Recordemos isto todos os dias, até aos últimos dias, até ao Dia em que o Senhor virá. Maranatha! Vem, Senhor Jesus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: “Concurso Montras de Natal” volta a embelezar comércio tradicional

Miranda do Douro: “Concurso Montras de Natal” volta a embelezar comércio tradicional

Em Miranda do Douro estão a decorrer até ao dia 30 de novembro, as inscrições para o “Concurso Montras de Natal no Comércio Tradicional”, uma iniciativa da Câmara Municipal e da Associação Comercial e Industrial do concelho de Miranda do Douro (ACIMD), com os propósitos de preservar a tradição natalícia e embelezar os espaços comerciais.

Na papelaria “La Cunta Dedos”, Luísa Pinto, também vai participar no “Concurso Montras de Natal no Comércio Tradicional”, de modo a contribuir para o embelezamento da cidade neste Natal.

“A razão que me motivou a participar no concurso é o meu gosto pelos trabalhos manuais e pela construção do presépio. Na decoração da montra utilizei materiais e produtos como os livros, jornais, cartolina, musgo, um tapete e algodão”, descreveu.

Ana Ramalho e Alfredo Delgado, da loja Alborada, voltam a participar no concurso deste ano, dado que é uma oportunidade para promover o comércio tradicional junto do público.

“Nós gostamos muito do Natal e temos um especial gosto em decorar a montra da loja nesta época festiva. Não o fazemos só pelo prémio do concurso, que é um incentivo sim, fazemo-lo sobretudo pela oportunidade em promover e divulgar os nossos produtos”, disse.

Entre os produtos, a decoração da montra de natal da loja Alborada é composta por artigos de artesanato, presépios, árvores de Natal, figuras do Burro de Miranda, velas, navalhas, alforjas, compotas, mel, licores e vinhos.

Com as lojas “Bela Casa” e “Casa do Pinho”, Didier Pires, é um assíduo participante no concurso das monstras de natal. O jovem empresário justifica esta sua participação com o interesse em proporcionar ao público local e aos visitantes espanhóis, espaços comerciais mais bonitos e apelativos.

“Em conjunto com a iluminação exterior das ruas, compete ao comércio tradicional tornar os espaços mais interessantes para a visita do público. E em Miranda do Douro, existe uma diversidade de estabelecimentos comerciais, onde é possível adquirir produtos de qualidade que vão desde os atoalhados, móveis, vestuário, calçado, artigos de decoração e utilidades, restaurantes, entre muitos outros”, destacou.

O café Cristal também vai participar no concurso das montras de Natal e o proprietário, Ilídio Cristal, disse apreciar muito a quadra natalícia, razão pela qual decidiu participar nesta iniciativa.

“Todos os anos construímos um presépio na montra do café, que se torna uma verdadeira atração para o público. Na decoração deste ano inovamos ao acrescentar detalhes como as pequenas oliveiras e uma caixa de correio com um postal para enviar ao Pai Natal”, disse.

Para participar no concurso “Concurso Montras de Natal no Comércio Tradicional”, os empresários devem preencher a ficha de inscrição e de seguida enviar para o e-mail: cultura@cm-mdouro.pt, indicando no assunto: “Concurso Montras de Natal”.

De acordo com o programa são elegíveis todas as pessoas singulares ou coletivas que explorem qualquer estabelecimento comercial, no concelho de Miranda do Douro. Para tal, o espaço comercial deve estar aberto ao público, com atividade em funcionamento; ter montras visíveis ao público; e porta aberta para a rua ou com porta de acesso para a rua.

As montras apresentadas a concurso devem cumprir os seguintes requisitos: apresentar figuras que representem a época natalícia, em conjunto com os artigos ou produtos vendidos nesse estabelecimento; estar devidamente iluminadas para serem vistas pelo público, das 10h00 até às 19h00, de segunda a sábado.

O concurso vai decorrer de 4 de dezembro de 2023 a 7 de janeiro de 2024 e as montras vão receber os seguintes prémios monetários: 1º classificada “Montra de Natal de Ouro” recebe um prémio de 200,00€; 2ª classificada “Montra de Natal de Prata”, rfecebe um prémio de 100,00€; e 3ª classificada “Montra de Natal de Bronze”, recebe um prémio de 50,00€.

A avaliação das montras de Natal é feita segundo os critérios da originalidade e criatividade; a integração do produto da loja no comércio; as cores, materiais utilizados e iluminação; a estética do conjunto (harmonia da imagem); e a sustentabilidade do projeto.

Há ainda um prémio de 100€, para a “Montra eleita pelo público”. A votação é realizada online, através da página de facebook do Município de Miranda do Douro, contabilizando-se os likes da publicação e sendo vencedora a montra que obtiver maior número de likes, até ao dia 22 de dezembro.

A entrega dos prémios decorrerá até oito dias após a publicitação dos resultados.

HA

Bragança-Miranda: Diocese convida a decorações de Advento

Bragança-Miranda: Diocese convida a decorações de Advento

O Secretariado das Comunicações Sociais, da Diocese de Bragança-Miranda, vai lançar no dia 2 de dezembro, aquando do arranque do novo ano litúrgico-pastoral, um convite aos diocesanos para fotografar os seus arranjos de Advento.

“Esta ação anual tem como objetivo principal contribuir para a motivação dos agentes pastorais dos quatro arciprestados da Diocese, desde as zeladoras até aos jovens que acolitam e participam na eucaristia. Nesta edição iremos privilegiar as coroas e percursos que sigam a dinâmica diocesana do Advento”, adiantou Bruno Rodrigues, diretor do secretariado, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O desafio “Coroas e Percursos do Advento” estende-se a sacristãos, zeladoras, acólitos, consagrados, seminaristas, colaboradores de Instituições Particulares de Solidariedade Social, comunidades escolares, todos os leigos em geral, sacerdotes e diáconos que, para aderirem ao concurso, devem enviar os registos fotográficos até ao dia 24 de dezembro para o e-mail de comunicação da diocese (comunicacao.diocesebm@gmail.com).

As fotografias enviadas devem ser acompanhadas por um texto que identifique o local e o autor da fotografia.

“Todas as fotografias serão publicadas na página de facebook da Diocese, no dia 26 de dezembro, e estarão em votação até dia 28”, acrescenta.

Os autores dos registos dos arranjos de Advento mais votados vão receber uma “lembrança literária”.

O jornal diocesano “Mensageiro de Bragança” vai publicar as três fotografias com mais reações.

Fonte: Ecclesia

Sendim: Iniciou-se a apanha e entrega da azeitona

Sendim: Iniciou-se a apanha e entrega da azeitona

Em Sendim, a campanha da apanha da azeitona começou no passado dia 16 de novembro, com a abertura da cooperativa olivícola “A Sendinense”, para onde os 500 olivicultores associados encaminham a sua produção, que este ano regista uma quebra na ordem dos 35%, segundo o presidente da assembleia da cooperativa, Vitor Rodrigues.

A cooperativa olivícola A Sendinense, C.R.L., produz a marca de azeite “Arribas em Flor”.

De acordo com o presidente da mesa da assembleia geral da “A Sendinense”, Vitor Rodrigues a cooperativa olivícola, tem atualmente 502 associados. Sobre a campanha deste ano, o dirigente da cooperativa adiantou nesta região do planalto mirandês, as perspectivas apontam para uma redução de 35% na colheita de azeitona.

“No mês de novembro, a chuva e sobretudo o vento provocaram a queda da azeitona. Na região de Sendim, a variedade de azeitona predominante é a Negrinha, embora também existam a Cobrançosa e a Santulhana”, indicou.

Sobre o trabalho da apanha da azeitona, Vitor Rodrigues sublinhou que nesta região continua a haver muita dificuldade na contratação de pessoas.

“Não há pessoas que queiram trabalhar nem na apanha da azeitona, nem no lagar de transformação de azeite. E esta falta de mão-de-obra é um problema transversal a outros setores, como são a construção civil e as reparações mecânicas, que também não conseguem contratar pessoas”, alertou.

Se é verdade que o trabalho de apanha da azeitona está cada vez mais mecanizado, com a utilização de varas mecânicas e de tratores, mesmo assim, ainda é tradição juntar os familiares e os amigos para realizar este trabalho em conjunto.

“Em Sendim, já há duas máquinas vibradoras com tolde, que prestam uma grande ajuda na apanha da azeitona. Mas, nos locais de difícil acesso, continua-se a praticar a apanha tradicional, com a ripa e o varejamento.”, disse.

Tradicionalmente, o trabalho da apanha da azeitona é também um momento de convívio e confraternização, na qual as famílias e amigos se entreajudavam mutuamente. No decorrer desta jornada, é tradição almoçar no olival e a ementa inclui a vitela, o cordeiro, o fumeiro e o vinho.

Concluída a apanha da azeitona, segue-se a entrega da colheita na cooperativa de Sendim.

No lagar, as folhas e detritos são separados e as azeitonas lavadas e pesadas.

Segue-se a trituração das azeitonas para serem moídas. Daqui resulta uma pasta de azeitonas, que depois passa para a batedora, onde permanecem até 60 minutos. Esta é uma fase importante no processo, pois a temperatura da massa não pode ultrapassar os 27 graus, por causa da fermentação do fruto.

A fase seguinte é a centrifugação do azeite, que consiste na separação do óleo da água e outras impurezas. É um processo completamente natural, pelo qual, devido à força da centrífugação e a diferença de densidades, o óleo separa-se facilmente do mosto sólido.

Após a separação do azeite da pasta sólida procede-se à filtragem do azeite, para retirar todas as impurezas que ainda possam estar presentes no óleo.

Concluída a filtragem, o azeite é armazenado em tanques afunilados para realizar a decantação, um processo de decorre ao longo de 20 dias. A decantação permite que os dejetos sólidos se mantenham no fundo do tanque e se separem do azeite.

A última etapa é o embalamento e etiquetagem do azeite. Esta ação é importante para conservar a qualidade e o sabor, devido ao cuidado que há que ter com o contato do azeite com a luz e o ar.

Por causa do aumento dos custos e da quebra na produção, o preço do litro de azeite está quase nos 10€, um valor que o dirigente da A Sendinense, Vitor Rodrigues, não acha despropositado.

“Para nós, olivicultores, este aumento do preço do azeite ainda não paga o aumento do custo de vida e de produção. Recordo que o preço do combustível e a utilização de máquinas na apanha da azeitona são encargos caríssimos e os trabalhos ao longo do ano nos olivais também não são baratos”, defendeu.

Para além do azeite, a cooperativa em Sendim, adquiriu este ano uma máquina desencaroçadora, um investimento de cerca de 35 mil euros, para reutilizar o caroço da azeitona.

“Antigamente, o bagaço ou borra resultante da extração do azeite era vendido em Mirandela. E esse lucro, ainda que não fosse muito, servia para pagar o transporte deste subproduto e os salários dos trabalhadores da cooperativa. No entanto, há dois anos deixaram de pagar pelo bagaço. Por esta razão, a cooperativa adquiriu uma máquina desencaroçadora, que vai retirar o caroço do bagaço, o que por sua vez vai originar um bagaço líquido e o caroço vai servir para aquecimento das águas na cooperativa e para venda”, justificou.

O olivicultor de Sendim, Augusto Aleixo, foi um dos primeiros a entregar a sua colheita de azeitona no lagar da cooperativa A Sendinense. Questionado sobre a colheita deste ano, o olivicultor sendinês disse que “há produtores que têm boa produção de azeitona, enquanto outros não. Depende das zonas” – disse.

“Neste ano 2023 vou ter boa produção de azeitona, nas variedades Negrinha, Santulhana e Verdeal. Nesta primeira vinda à cooperativa vou entregar cerca de 2500 quilos de azeitona. E ainda vou entregar mais 1500 quilos”, adiantou.

Sobre o aumento do preço do azeite, Augusto Aleixo afirmou que esta subida é justa, dado que há mais de dez anos que não havia uma atualização no valor deste produto.

“Para este aumento do preço do azeite há que considerar que a inflação provocou o aumento dos custos de produção, como os combustíveis, que associados à falta de mão de obra justificam inteiramente o ajustamento no preço do azeite”, concluiu.

A Sendinense – Cooperativa Olivícola, C.R.L., produz a marca de azeite “Arribas em Flor”, que está à venda, em garrafão ou garrafa, e pode ser adquirido na cooperativa olivícola, em Sendim.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, a olivicultura, a par da vinha, tem grande importância económica na vila de Sendim.

“Inicialmente, os sendineses apanham a azeitona para conserva. E só depois iniciam a apanha para a extração do azeite. A existência de uma cooperativa olivícola em Sendim, é uma mais valia para todos os produtores da região”, disse.

Segundo o autarca, ser associado da Sendinense – Cooperativa Olivícola, têm como vantagens a prioridade na entrega da azeitona no lagar, relativamente aos não sócios.

“Para os associados da cooperativa Sendinense o custo de produção do azeite é inferior. E os sócios também beneficiam de uma maior facilidade em comercializar o seu azeite e de aceder a apoios e incentivos na plantação de novos olivais”, indicou.

HA

Sociedade: Dois terços dos portugueses poupam menos de 10% do salário

Sociedade: Dois terços dos portugueses poupam menos de 10% do salário

Dois terços (66%) dos portugueses poupam menos de 10% do seu salário líquido, sendo que quatro em dez inquiridos não conseguem reservar nem 5% do seu rendimento após dedução de impostos, concluiu um estudo da BCG.

De acordo com o Inquérito Sentimento dos Consumidores 2023, da Boston Consulting Group (BCG), 16% dos portugueses admitem poupar entre 10% a 20% do seu salário líquido, 10% reserva 20% a 30% e apenas 2% consegue economizar mais de metade.

O estudo refere também que o rendimento disponível após despesas das famílias portuguesas tem vindo a decrescer desde 2020, fixando-se nos 7,5% no primeiro trimestre deste ano, isto é, 6,7 pontos percentuais abaixo da média da Zona Euro (14,2%).

“A inflação, a subida das taxas de juro e o não acompanhamento dos salários são as principais causas de perda de compra, mas também da diminuição da taxa de poupança e de investimento”, refere a BCG.

Dos inquiridos que conseguem poupar, 64% destinam aquele valor para cobrir eventuais imprevistos, 36% para acumular para a reforma e 30% em viagens.

Já comprar uma casa faz parte das intenções de investimento da poupança de dois em cada dez inquiridos, seguida de comprar um carro (11%) e gastar noutros bens de consumo (10%).

O inquérito concluiu também que os hábitos de consumo dos portugueses sofreram alterações este ano, com 64% dos inquiridos a revelarem sentir um aumento acentuado do peso da alimentação, 44% do veículo pessoal, 42% da renda da habitação, 36% da farmácia, 17% da saúde e 16% com os animais de estimação.

Este aumento da despesa em necessidades básicas provocou uma queda acentuada dos gastos noutras categorias, como entretenimento fora de casa (-40%), viagens (-37%), roupa e acessórios (-36%), mobiliário e decoração (-23%), perfumaria e maquilhagem (-22%), tecnologia e eletrónica (-19%) e bebidas alcoólicas (-17%).

O estudo tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo o território de Portugal continental, conduzido entre 15 e 25 de setembro de 2023, com 33 perguntas relacionadas com o sentimento dos portugueses relativamente aos seus hábitos de consumo este ano.

Fonte: Lusa