Cultura: Órgão e gaita de foles animam concerto de Ano Novo

A Concatedral de Miranda do Douro vai ser o palco de um concerto de Ano Novo, interpretado por Rui Valdemar e com a participação especial de Paulo Meirinhos, numa junção invulgar do órgão sinfónico com a gaita-de-foles mirandesa.

O concerto de Ano Novo está agendado para 1 de janeiro, às 16h00 e é uma iniciativa do município de Miranda do Douro, que conta com a colaboração do Museu da Terra de Miranda e da diocese.

Sobre o concerto de Ano Novo, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, referindo-se em primeiro lugar à gravidade da situação pandémica que se está a viver, disse que o concerto tem por objetivo “minimizar o impacto da pandemia na vida das pessoas”.

Para o novo ano, a autarca de Miranda do Douro espera que, se a situação sanitária o permitir, este evento cultural “seja o primeiro de muitos”.

Por sua vez, a diretora do Museu da Terra de Miranda (MTM), Celina Pinto, disse que no mês de dezembro já é tradição realizar vários concertos na Concatedral de Miranda do Douro. Relativamente ao concerto de Ano Novo, a diretora do MTM disse que é uma novidade.

“É a primeira vez que se vai realizar o concerto de Ano Novo e tem como objetivo iniciar o ano da melhor forma”, disse.

Sobre os propósitos para o novo ano, Celina Pinto, adiantou o Museu da Terra de Miranda vai iniciar vários projetos.

“Há projetos ambiciosos para o futuro, quer no Museu da Terra de Miranda quer na Concatedral. No próximo ano vamos iniciar a obra de ampliação e remodelação do museu. E na Concatedral pretendemos que o espaço das duas torres seja acesível aos visitantes”, adiantou.

O concerto de amanhã, dia 1 de janeiro de 2022, vai ser interpretado por Rui Valdemar, mestre capela na Igreja de São Roque, em Lisboa.

Rui Valdemar convidou o músico Paulo Meirinhos para o acompanhar no concerto de Ano Novo.

Sobre este convite, Paulo Meirinhos disse vai acompanhar o órgão sinfónico da concatedral com a gaita-de-foles.

“Historicamente, na nossa região não é muito normal ver a junção entre o orgão sinfónico e a gaita-de-foles, dado que a gaita-de-foles não era muito bem-vinda nas cerimónias religiosas”, disse.

Contudo, o músico referiu que noutras regiões “a junção do orgão sinfónico e da gaita-de-foles não é assim tão inusitada”.

Para Paulo Meirinhos, a participação da gaita-de-foles no concerto de Ano Novo é uma oportunidade para destacar e valorizar este instrumento musical tão caraterístico da Terra de Miranda.

Sobre a sua atuação ao lado de Rui Valdemar, o músico dos Galandum Gaundaina adiantou que vai tocar algumas músicas desta época natalícia e uma música tradiconal mirandesa.

Para quem pretenda assistir ao concerto de Ano Novo, a organização do evento informa que a atual situação pandémica exige a apresentação de teste negativo, à entrada da Concatedral.

HA

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