Miranda do Douro: Peregrinar entre a ermida da Luz e o santuário de Nossa Senhora do Naso

A atividade transfronteiriça “Peregrinos por um dia” vai regressar no próximo dia 5 de novembro, com a caminhada entre a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim, e o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, numa distância de 16,8 quilómetros.

Recorde-se que estas peregrinações mensais são uma iniciativa da delegação de religiosidade popular da diocese de Zamora e da paróquia de Miranda do Douro.

Nestas caminhadas, os peregrinos portugueses e espanhóis visitam os santuários marianos que existem na raia: três em Portugal e quatro na vizinha Espanha.

Em Portugal, os santuários e ermidas a visitar são o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa; a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim; e Nossa Senhora da Ribeira, em Quintanilha.

Em Espanha, os peregrinos visitam os santuários em honra da Virgem de la Soledad, em Trabazos; a Virgem de la Salud, em Alcañices; a Virgem de Alba, em Carbajales de Alba e a Virgem de la Encarnación, em Villalcampo.

De acordo com o padre Javier Fresno Campos, delegado da Religiosidade Popular, da Diocese de Zamora, estas peregrinações conjuntas entre portugueses e espanhóis iniciaram-se em 2014.

Percorridos oito anos desde o início destas peregrinações, o padre Javier explicou que o convívio entre as pessoas é a mais-valia destas peregrinações.

“Nestes encontros há um ambiente fraterno de convivência entre espanhóis e portugueses, o que promove a construção de muito boas amizades”, disse.

Sobre os santuários que costumam visitar, o sacerdote espanhol disse que nestas peregrinações descobrem lugares impressionantes que revelam muitas afinidades entre a prática religiosa nas dioceses de Zamora e de Bragança – Miranda.

Por seu lado, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro destacou o bom relacionamento entre as populações portuguesa e espanhola.

«A atividade “Peregrinos por um dia” tem três componentes importantes: a prática do exercício físico e a promoção da vida saudável. A partilha espiritual, pois a caminhada começa com a oração da manhã e conclui-se com a celebração da eucaristia. E o convívio entre portugueses e espanhóis, que decorre ao longo do dia e culmina com o almoço», disse.

Quem pretenda participar nas peregrinações “Peregrinos por um dia” deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através dos seguintes contatos: telemóvel 912 100 523 |email mjlm1952@hotmail.com.

Em alternativa, pode contatar a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através dos contatos: telemóvel 034 606876098 |email jfresno2000@yahoo.es



A organização de “Peregrinos por um dia” informa que a participação nas peregrinações é gratuita. Aos inscritos aconselha-se o uso de calçado e roupa adequada para a época, água e um pequeno lanche para a caminhada.

No final de cada peregrinação realiza-se um almoço-convívio num restaurante e o custo da refeição é da responsabilidade de cada participante.

HA

Política: Berta Nunes e Bruno Veloso são candidatos à federação do PS Bragança

Política: Berta Nunes e Bruno Veloso são candidatos à federação do PS Bragança

A deputada Berta Nunes e o antigo dirigente socialista Bruno Veloso formalizaram as suas candidaturas  para as eleições da federação distrital do PS, que vão decorrer a 4 de novembro.

Berta Nunes é médica de profissão e está prestes a fazer 67 anos. Ela é um dos rostos do PS na região de Bragança, enquanto militante e dirigente local. Vai concorrer às eleições marcadas para 4 de novembro, para escolher o sucessor de Jorge Gomes, atual presidente da federação a cumprir o último mandato.

A candidata afirmou que tem “uma expectativa muito positiva” de poder ganhar estas eleições tendo em conta que recolheu “mais de 500 assinaturas de propositura”, num universo de cerca de mil militantes com as quotas em dias, que podem participar neste ato eleitoral interno do partido.

Berta Nunes afirmou que conta, também, com o apoio da “grande maioria dos atuais presidentes de câmara” do PS no distrito de Bragança, o que considerou que “é bastante confortável e positivo”.

A socialista já foi diretora da extinta sub-região de saúde de Bragança e presidente da Câmara de Alfândega da Fé, cargo que deixou antes de terminar o terceiro e último mandato para integrar as listas do PS à Assembleia da República, nas legislativas de 2019.

Fez parte do Governo de António Costa como secretária de Estado das Comunidades e, nas legislativas de 2022, foi eleita deputada pelo círculo eleitoral de Bragança, lugar que ocupa atualmente.

O que a leva a candidatar-se à federação do PS “é a disponibilidade atual e vontade de trabalhar com os militantes do Partido Socialista em projetos que sejam uma alternativa positiva para os vários concelhos e para a região”.

Berta Nunes diz que a candidatura que protagoniza “tem muito jovens, tem muita gente motivada para fazer mais e melhor e, por isso, é uma candidatura de renovação, que pretende fazer melhor, trabalhar mais com os militantes, mais proximidade, que haja mais debate interno” para em conjunto definir as prioridades a “defender junto do partido, do Governo e também como deputada na Assembleia da República”.

Os desafios atuais da região estão expressos na moção global que apresentou em português e em mirandês, a segunda língua oficial de Portugal, que consta também do documento no tema dedicado à Cultura.

A candidata justificou a iniciativa com a aposta “em fazer um trabalho de valorização da língua mirandesa porque foi assinada por Portugal no Conselho da Europa a carta das línguas regionais e minoritárias, que agora é preciso ratificar”.

“E nós estamos a acompanhar esse processo que clarifica os compromissos do Governo português em relação às línguas regionais e minoritárias e que é um ponto que nós consideramos importante e, por isso, apresentamos também a nossa moção em mirandês”, declarou.

Na moção estratégica global, Berta Nunes deixa ainda expresso “o apoio ao referendo da regionalização”, que acredita ser uma “reforma que falta fazer e que é muito importante para o desenvolvimento coeso de todo o território nacional”.

As conquistas autárquicas estão também nos horizontes da candidata numa região onde o PS já teve, na década de 1990, dez das 12 câmaras do distrito de Bragança e atualmente tem cinco.

Berta Nunes quer trabalhar com as concelhias e eleitos locais do PS para que o partido cresça e com especial atenção aos três concelhos, todos dominados pelo PSD, onde vai haver transição porque os atuais presidentes atingem o limite de mandatos.

“É um trabalho de base que é importante fazer, desde já porque não se constroem alternativas alguns meses antes das eleições”, considerou.

Também o antigo dirigente da Juventude Socialista (JS) de Bragança Bruno Veloso é candidato à federação distrital do PS, com uma moção para “revitalizar” o partido e a promessa de uma “nova forma de fazer política”.

Além da ligação às estruturas regionais da Juventude Socialista, Bruno Veloso foi deputado na Assembleia da República e na Assembleia Municipal de Bragança, e há seis anos que está afastado das lides partidárias.

Aos 44 anos, o engenheiro, que é administrador na ADENE – Agência para a Energia, formalizou a candidatura às eleições para a federação distrital do PS, a decorrer a 04 de novembro, com “aproximadamente 500 assinaturas”, um número idêntico ao da adversária Berta Nunes, e que corresponde a cerca de metade dos militantes votantes na região, que ronda os mil.

O candidato considerou que tem acontecido ao PS regional o mesmo que ao distrito de Bragança, “com uma população envelhecida e uma perda populacional” e, por isso, defende que “é importante que os partidos se saibam renovar, que tenham novos rostos e novos protagonistas”.

Para o candidato, a federação distrital não pode cingir-se “àquilo que são os programas do Governo”, tem que “exigir a um Governo socialista mais e mais”.

“É necessário olhar para o interior do interior, como é o caso do distrito de Bragança, e ter uma voz politicamente ativa e, acima de tudo, termos peso político para conseguirmos muito mais”, salientou.

A moção do candidato aborda, entre várias temáticas, a descentralização como um processo que “tem naturalmente que prever aquilo que são as necessidades dos cidadãos”.

“O distrito de Bragança é dos poucos que não tem uma loja do cidadão, é um mecanismo simples, é algo que é necessário e não sei porque é que não existe. Às vezes nas ideias mais simples estão grandes soluções para os problemas dos cidadãos”, apontou.

Bruno Veloso continua a defender a regionalização, mas alerta que o processo não pode cingir-se apenas ao referendo, defendendo a necessidade de um debate alargado de que saia um modelo em que a sociedade se reveja.

Potenciar a relação da região de Bragança com Espanha é outra proposta do candidato, que salienta “a necessidade urgente de forçar os espanhóis a fazer” os cerca de cem quilómetros de autoestrada que faltam entre Zamora e a fronteira com Portugal, em Quintanilha.

Na área da saúde, reclama mais valências e a resolução da falta de médicos de família devido à reforma dos clínicos.

Defende ainda a criação de “uma verdadeira marca para Trás-os-Montes” e a certificação da mesma para “vender e criar valor aos produtos regionais”.

O candidato diz que “todos os militantes têm a sua importância e não nomeia apoios e acredita que o partido tem condições para crescer nas eleições autárquicas, num distrito onde já teve 10 das 12 câmaras municipais e agora tem cinco.

Fonte: Lusa

Sociedade: «Educação e a formação» são ferramentas para combater a pobreza – Academia de Líderes Ubuntu

Sociedade: «Educação e a formação» são ferramentas para combater a pobreza – Academia de Líderes Ubuntu

Capacitação de jovens líderes capazes de fazer a diferença nas suas comunidades alcançou em 10 anos 22 mil pessoas

Rui Nunes da Silva, diretor do Instituto Padre António Vieira (IPAV), afirmou a educação como ferramenta para a erradicação da pobreza e indicou a formação na Academia de Líderes Ubuntu (ALU) como exemplo de capacitação dos participantes.

“A educação e a formação são ferramentas com o desígnio de erradicar a pobreza. A rede, a comunidade que se cria na Academia, a interligação, a ideia de interdependência é uma fonte de riqueza muito grande, porque as pessoas são verdadeiramente solidárias umas com as outras: sofrem e alegram-se em partilha”, reconheceu o responsável em entrevista à Agência ECCLESIA.

Há 12 anos que a ALU desenvolve formação, inicialmente destinada a jovens líderes de comunidades, assente em cinco pilares – autoconhecimento, a confiança, a resiliência, a empatia e o serviço – como ferramentas que para o desenvolvimento de “competências singulares e coletivas”.

O projeto, nascido em Portugal pelas mãos do IPAV, “não estava todo construído”, esclarece Rui Nunes da Silva, mas ganhou com o contributo de realidades dos mais de 22 mil participantes que até ao momento passaram pela formação.

A Academia de Líderes Ubuntu (ALU) desenvolve formação, assente em cinco pilares – autoconhecimento, a confiança, a resiliência, a empatia e o serviço.

“Quando iniciamos fizemo-lo com comunidade de descendentes de migrantes na região da grande Lisboa, juntamente com a Fundação Calouste Gulbenkien, para trabalharmos com jovens líderes destas comunidades, para lhes dar uma capacitação humanista que fosse capaz de trazer notícias positivas nos seus contextos e capaz de transformar as capacidades para liderança ao serviço das comunidades”, esclarece.

De um projeto dirigido a jovens, a ALU está hoje presente em18 países, em quatro continentes, sendo hoje constituída por uma rede alargada dirigida também a escolas.

“Em 2021, resultado de um trabalho de cinco anos com as escolas, num contexto que se foi alargando, em parceria com a Direção-geral de Educação, o projeto Academia de Líderes Ubunti Escolas chega a 392 estabelecimentos, permitindo chegar a jovens adolescentes a partir dos 13 anos”, esclarece.

Inês Albergaria, que frequentou a ALU na 7ªa edição, trabalha hoje no projeto Escolas Ubuntu e dá conta do “privilégio” de oferecer o programa de formação a jovens muito diferentes.

“Semana após semana, acompanhamos o modelo Ubuntu, um pouco diferente, em diversas escolas e contextos, permitindo que jovens e adolescentes a partir dos 13 anos se conheçam e encontrem respostas para si e para o sue lugar na sociedade”, conta.

Recordando a sua experiência na ALU, Inês Albergaria destaca um processo de autoconhecimento que realizou e lhe permitiu “encontrar respostas que não encontrava em outros locais”.

“Não sei se esta viagem de autoconhecimento começou na Academia mas deu-me estrutura para encontrar respostas que não encontrava em outros locais, e não terminou – segue connosco – mas ajudou-me a encontrar, e naquela altura que era uma das minhas grande dúvidas, algum propósito, o que quero e vou fazer com a minha vida”, acrescenta.

Tcherno Baldé fez o percurso da academia em 2017 e reconhece que a formação o ajudou na “construção da narrativa pessoal”, procurando dar significado “a momentos negativos e desafiantes”, lhe deu ferramentas que hoje utiliza no associativismo e ativismo social e político.

“Todo o processo de construção da história só é possível com o aprofundamento dos pilares, em especial o auto conhecimento, a autoconfiança e a resiliência para poder olhar os desafios enfrentados e perceber as oportunidades que me foram proporcionadas, perceber a gratidão à família e a valorização do meu percurso”, explica.

Rui Nunes da Silva fala sobre o papel inspirador que cada jovem participante assume no contacto com a sua comunidade.

“Nós somos pessoas sempre em construção na relação com os outros. A dinamização dos cinco pilares trabalha competências singulares e coletivas e tem sempre o desafio do serviço, porque no final a resposta tem de ser sempre para fora”, indica o responsável.

A Academia de Líderes Ubuntu entregou este ano, pela primeira vez, o prémio António Brandão Vasconcelos, este ano a Fatu Banora, com o objetivo de apoiar anualmente um jovem, proveniente da academia, que pudesse prosseguir os estudos.

Fonte: Ecclesia

Entrevista: «Precisamos muito de jovens empreendedores» – Tó Zé e Carla Sofia, Café Pizzaria Juventude

Entrevista: «Precisamos muito de jovens empreendedores» – Tó Zé e Carla Sofia, Café Pizzaria Juventude

Quanto ouvimos falar de pessoas empreendedoras pensamos em alguém ativo, enérgico e dinâmico que conseguiu começar o seu próprio negócio ou empresa, enfrentando dificuldades e obstáculos. O Tó Zé e a Carla Sofia são um casal de jovens empreendedores, que em 2008, iniciou a sua atividade por conta própria, ao reabrir e modernizar o Café Pizzaria Juventude, em Vimioso.

O Tó Zé e a Carla Sofia são um casal de jovens, empreendedores, que iniciou a atividade por conta própria em 2008.

Terra de Miranda – Notícias: A Carla e o Tó Zé são ambos naturais do concelho de Miranda do Douro, mais concretamente das aldeias de Vale de Mira e da Granja da Silva. Por que motivo se estabeleceram em Vimioso?

Carla Sofia: E e o Tó Zé conhecemo-nos no decorrer dos estudos em Miranda do Douro. Passados uns tempos, reencontramo-nos quando começámos a frequentar um curso técnico-profissional, em Contabilidade e Gestão de Empresas, em Vimioso.

T.M.N.: Quando decidiram ser empreendedores e criar a vosso próprio trabalho, neste caso, ao reabrir o Café Pizzaria Juventude?

Tó Zé: Inicialmente, a nossa ideia era abrir um espaço comercial em Miranda do Douro. Mas como não encontrámos o local ideal, decidimos iniciar a atividade no antigo café Juventude, em Vimioso.

T.M.N.: Que conhecimentos tinham na área da restauração?

Carla: Eu já tinha experiência, pelo trabalho realizado nos resrtaurantes em Miranda do Douro.Depois, em Vimioso, e após a conclusão do curso do IEFP, em Técnico de Gestão e Contabilidade, comecei a trabalhar no Hotel Restaurante “A Vileira”. Seguiram-se duas experiências de trabalho na pizzaria “Pires” e no Hotel Rural “Senhora de Pereiras”.

Tó Zé: Na restauração, adquiri experiência profissional ao trabalhar no Hotel Rural “Senhora de Pereiras”, em Vimioso. Foi lá que tive a oportunidade de trabalhar com a Carla. O curso de contabilidade e gestão de empresas em que participámos foi-nos muito útil, pois deu-nos conhecimentos práticos sobre a contabilidade de uma empresa, o modo como devemos organizar as encomendas e as mercadorias, entre outros conhecimentos.

“O curso de contabilidade e gestão de empresas em que participámos foi-nos muito útil, pois deu-nos conhecimentos práticos sobre a contabilidade de uma empresa, o modo como devemos organizar as encomendas e as mercadorias, entre outros conhecimentos.” – Tó Zé

T.M.N.: No começo da vossa aventura empresarial, quais foram os maiores desafios e dificuldades que tiveram que enfrentar?

Carla: A abertura da empresa foi a fase mais difícil, dado que todo o investimento foi realizado por nós os dois. No início, sentíamos o receio de fracassar e de não ser bem-sucedidos. Recordo que quando abrimos as portas, no dia 29 de novembro de 2008, disponibilizámos apenas o serviço de café. Depois, progressivamente, fomos oferecendo o serviço de restaurante e começámos com apenas 5 mesas e 20 talheres. Felizmente, com o decorrer do trabalho fomos fidelizando clientes.

T.M.N.: Como é o trabalho diário num café restaurante? Como lidam com a exigência dos clientes? E como se conquista a confiança e a preferência do público?

Tó Zé: O trabalho na restauração e o contato permanente com o público exige simpatia, tolerância e resiliência. Para conquistar a preferência das pessoas há que oferecer produtos de qualidade e inovar constantemente. A par disso, a higiene e a decoração do espaço também são fatores que contribuem decisivamente para a preferência das pessoas.

T.M.N.: Quantas pessoas trabalham no Café Pizzaria Juventude”? E como se forma um bom espírito de equipa entre os trabalhadores?

Carla: Atualmente, trabalham connosco cinco pessoas e para que o trabalho decorra bem, costumo dizer que o mais importante é haver respeito entre todos. Depois, há que atribuir responsabilidades e tarefas a cada um. No decorrer do mês de agosto, época em que há mais trabalho, conseguimos manter todos os anos a mesma equipa, o que é para mim é um motivo de grande alegria, pois significa que as pessoas gostam de trabalhar connosco.

“No decorrer do mês de agosto, época do ano em que há mais trabalho, conseguimos manter a mesma equipa, o que é para mim é um motivo de grande alegria, pois significa que as pessoas gostam de trabalhar connosco” – Carla Sofia.

T.M.N.: O chefe de cozinha ou cozinheiro (a) desempenha um papel preponderante num restaurante. O que é necessário para ser “mestre” na cozinha?

Carla: Para trabalhar na cozinha é preciso ter gosto, criatividade e delicadeza! Na confeção das pizzas, por exemplo, há que combinar e aprimorar a junção dos vários ingredientes.

T.M.N.: Quais são os pratos gastronómicos mais apreciados e solicitados no Café Pizzaria Juventude?

Tó Zé: Os pratos mais apreciados são as pizzas, as francesinhas e os kebabs. Recentemente, de 5 a 8 de outubro, aquando da realização da prova de todo-o-terreno “King of Portugal”, as pessoas das várias equipas portuguesas e estrangeiras, apreciaram sobretudo as pizzzas e os kebabs. Por sua vez, os visitantes espanhóis, depois de provarem as francesinhas gostaram muito deste prato e pedem-no com muita frequência.

T.M.N.: De onde provêm os vossos produtos?

Carla: Sempre que é possível utilizamos os produtos locais, como são as alfaces, as hortaliças, os tomates, as cebolas, os pimentos, os cogumelos, as cenouras, as chouriças de Águas Vivas e os ovos mirandeses.

“Recentemente, de 5 a 8 de outubro, aquando da realização da prova de todo-o-terreno “King of Portugal”, as pessoas das várias equipas portuguesas e estrangeiras, apreciaram sobretudo as pizzzas e os kebabs” – Tó Zé.

T.M.N.: Qual é a receita para o vosso sucesso?

Tó Zé: O sucesso deve-se ao gosto pelo trabalho, à qualidade dos produtos e ao serviço prestado ao público. Sublinho também a importância da inovação, isto é, de oferecer novos pratos gastronómicos aos clientes.

T.M.N.: Que conselho daria a quem pretenda ser empreendedor(a) e criar o seu negócio ou empresa nesta região?

Carla: Para criar o seu próprio negócio ou empresa é importante reunir toda a informação necessária, os recursos e as ajudas possíveis para iniciar a atividade. Simultaneamente, há que ter muita força de vontade, não ter medo e ser perseverante. Encorajo a trabalhar muito e todos os dias, sem desanimar. Dado o declínio demográfico da nossa região, precisamos muito de pessoas e sobretudo de jovens empreendedores, que criem novos negócios e empresas.

“Dado o declínio demográfico da nossa região, precisamos muito de pessoas e sobretudo de jovens empreendedores, que criem novos negócios e empresas” – Carla Sofia.

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Vaticano: Rezar como quem rega uma planta, o conselho do Papa para a oração

Vaticano: Rezar como quem rega uma planta, o conselho do Papa para a oração

O Papa pediu no Vaticano que os cristãos dediquem tempo diário à oração, como se regassem uma planta, evitando a concentração excessiva em “realidades secundárias”.

“Precisamos da água da oração diária, de um tempo dedicado a Deus, para que Ele possa entrar no nosso tempo, na nossa história, de momentos constantes nos quais lhe abrimos nossos corações, para que Ele possa derramar sobre nós todos os dias amor, paz, alegria, força, esperança; isto é, nutrir a nossa fé”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação do ângelus.

Perante cerca de 20 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco lamentou que muitos negligenciem a vida espiritual e deixam que “o amor por Deus arrefeça”.

“Pensemos numa planta que temos em casa: temos de regá-la com constância, não podemos encharcá-la e depois deixá-la sem água por semanas”, exemplificou.

A oração é o remédio da fé, o reconstituinte da alma. Porém, deve ser uma oração constante. Se tivermos de seguir um tratamento para melhorar, é importante observá-lo bem, tomar os medicamentos de maneira correta e na hora certa, com constância e regularidade. Tudo na vida precisa disso”.

Admitindo que o ritmo da vida contemporânea dificulta os tempos de oração e silêncio, o Papa recomendou que se retome a “prática espiritual sábia” das chamadas orações jaculatórias.

“São orações muito curtas, fáceis de memorizar, que podemos repetir com frequência durante o dia, no decorrer das várias atividades, para ficar em sintonia com o Senhor”, precisou.

Francisco deu alguns exemplos dessas orações: “Senhor, eu te agradeço e te ofereço este dia”; “Vem, Espírito Santo”; “Jesus, eu confio em ti e te amo”.

“Com quanta frequência enviamos pequenas mensagens às pessoas que amamos: façamos isso também com o Senhor, para que os nossos corações permaneçam ligados a Ele. E não nos esqueçamos de ler as suas respostas”, indicou.

O Papa aconselhou a ter “sempre à mão” os Evangelhos, numa edição de bolso: “Quanto tiverem um minuto, abram e leiam alguma passagem”.

A reflexão partiu de uma passagem do Evangelho segundo São Lucas lida nas celebrações deste domingo: “Quando o Filho do Homem vier, encontrará porventura a fé sobre a terra?” (Lc 18,8).

“É uma pergunta séria. Imaginemos que o Senhor viesse hoje à Terra: Ele veria, infelizmente, tantas guerras, pobreza e desigualdades, e ao mesmo tempo grandes conquistas da técnica, meios modernos e pessoas sempre a correr, sem nunca parar. Mas encontraria os que lhe dedicam tempo e afeto, que o colocam em primeiro lugar?”, referiu Francisco.

Após a oração do ângelus, o Papa recordou que um milhão de crianças vão rezar o terço pela paz, a 18 de outubro, numa iniciativa da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“Obrigado a todas as crianças que vão participar. Unamo-nos a eles e confiemos à intercessão de Nossa Senhora o martirizado povo ucraniano e a todos os povos que sofrem por causa da guerra e qualquer forma de violência e miséria”, declarou.

Em Portugal, a iniciativa concentra-se na Capelinha das Aparições, Santuário de Fátima.

“Este ano, a Ucrânia está obviamente no pensamento de todos, mas não serão esquecidos outros países com conflitos e que também conhecem os horrores da violência, da guerra, do terrorismo, da destruição e da morte”, precisa o secretariado português da AIS.

Francisco falou ainda do Dia Internacional para a Erradicação da Miséria, que se assinala esta segunda-feira, apelando à construção de uma sociedade “onde ninguém se sinta excluído, por ser indigente”.

Os peregrinos presentes na Praça de São Pedro aplaudiram ainda a beatificação de dois sacerdotes, martirizados pelos nazis no norte da Itália, a 19 de setembro de 1943, durante a II Guerra Mundial: Giuseppe Bernardi e Mario Ghibaudo.

“No perigo extremo, não abandonaram o povo a eles confiado, mas ajudaram-no até o derramamento de sangue, partilhando o trágico destino de outros cidadãos, exterminados pelos nazis. Que o seu exemplo desperte nos sacerdotes o desejo de serem pastores de acordo com o coração de Cristo, sempre perto do seu povo”, afirmou o Papa.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Espanha não cumpriu Convenção de Albufeira em relação aos rios Douro e Tejo

Ambiente: Espanha não cumpriu Convenção de Albufeira em relação aos rios Douro e Tejo

O Governo português informou que Espanha não cumpriu com o estabelecido na Convenção de Albufeira para os rios Douro e Tejo, frisando que em relação ao primeiro forneceu 91% do caudal anual e no Tejo, 86% do caudal estabelecido.

“Tivemos oportunidade de falar sobre a questão da Convenção de Albufeira. Quero dar nota que as bacias do Minho e do Lima, apesar de se terem verificado as situações de exceção, Espanha garantiu o lançamento de 99% desse caudal previsto na convenção”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática.

O governante falava em Castelo Branco, no final da reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES).

Duarte Cordeiro salientou que em relação aos rios Douro e Tejo, “Espanha não cumpriu aquilo que é o caudal anual, apesar de ter cumprido aquilo que são os caudais semanais relativamente à convenção [de Albufeira]”.

“No Douro forneceu apenas 91% do caudal anual e no Tejo, apenas 86% do caudal que estava estabelecido na convenção”, sustentou.

O governante explicou que foi acordado entre os governos dos dois países ibéricos uma declaração conjunta: “Será feita uma reunião ao mais alto nível, neste caso com a minha colega espanhola [do Ambiente], até ao final do ano”.

O ministro salientou que tendo em conta as previsões meteorológicas que apontam para um mês de outubro mais quente do que a média, o governo vai continuar, com muita atenção no que diz respeito à monitorização dos caudais que são libertados durante este período.

“Quero dar nota que na primeira semana de outubro, os caudais lançados por Espanha foram cumpridos. Para minorar os efeitos da seca, os países [Portugal e Espanha] acordaram em reforçar aquilo que é o mecanismo de acompanhamento dos regimes dos caudais e tem existido reuniões quinzenais, desde julho, entre ambas as autoridades”, frisou.

Duarte Cordeiro garantiu que este é um trabalho que vai continuar a ser realizado “com muita atenção da parte do nosso país”.

“Procuramos, do nosso lado cumprir, mas também procuramos que os nossos parceiros cumpram as suas responsabilidades relativamente a esta convenção [Albufeira]”, concluiu.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Esculturas restauradas na Concatedral

Miranda do Douro: Esculturas restauradas na Concatedral

O núcleo expositivo da Concatedral de Miranda do Douro, passou a contar com duas peças de arte sacra do século XVII que foram restauradas e que podem ser apreciadas pelo público.

“Este par de anjos, exemplares de finais do século XVII, em escultura de madeira dourada e policromada com decoração vegetalista e floral, vêm juntar-se ao espólio já existente no núcleo museológico da Concatedral de Miranda do Douro”, informou a diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto.

A mostra patente no núcleo expositivo daquele templo reúne a parte mais significativa do espólio da antiga Sé Catedral de Miranda do Douro, incluindo o conjunto pictórico conhecido por “Calendário da Sé”, calendário flamengo, pintado por Pieter Balten (c.1527-1584).

“A exposição, além de cumprir o objetivo de salvaguarda, conservação e valorização do património, afirma a relevância, a vitalidade e o potencial cultural do que foi a Diocese de Miranda”, frisou Celina Pinto.

O espaço, que atualmente aloja a exposição de arte sacra, encontra-se instalado numa das antigas sacristias da antiga Sé de Miranda do Douro.

A intervenção e remodelação do núcleo expositivo deste tempo religioso foi desenvolvida pela Direção Regional de Cultura do Norte no âmbito da Operação “Rota das Catedrais no Norte” de Portugal, e cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020.

A antiga Sé de Miranda do Douro foi mandada construir pelo rei João III em 1552, tendo sido concluída na última década do século XVI.

Fonte: Lusa

Mogadouro: História do concelho em monografia

Mogadouro: História do concelho em monografia

O município de Mogadouro apresentou a primeira monografia do concelho, com um conteúdo que se situa entre a pré-história até atualidade.

“Esta obra [História do Concelho de Mogadouro – Monografia] é um legado imprescindível que permite descobrir as nossas origens, quem somos, os caminhos que percorremos, como nos fomos agregando, à totalidade do nosso país e do mundo, como fomos construindo a nossa identidade, desde os primórdios da existência de Mogadouro”, disse o presidente da câmara, António Pimentel.

O trabalho é da autoria de Raquel Patriarca, Flávio Miranda e Miguel Moreira que contou com o apoio científico de Conceição Meireles Pereira e Teresa Soeiro, ambas da Universidade do Porto (UP).

Esta trabalho está divido em seis capítulos, que ao longo de cerca de 500 páginas caracterizam a terra o nome, as gentes, o passando pela origem de Mogadouro, o concelho na idade média, época moderna, Mogadouro contemporâneo, terra de tradições e um retrato do presente.

De acordo com António Pimentel, este trabalho ficou concluído, mas esquecido, há mais de oito anos “e só agora viu a luz do dia”.

“Foram várias as razões que impediram a publicação desta obra, estando pronta a editar há cerca de oito anos e que o anterior executivo (PS), não andou com a iniciativa para a frente. Decidimos editar este trabalho porque reconhecemos a importância essencial que tem para os munícipes do nosso concelho”, vincou o autarca social-democrata.

Para o mentor desta monografia e antigo presidente da câmara de Mogadouro (PSD) António Moraes Machado, desta obra emerge uma riqueza arquitetónica religiosa, arqueológica, etnográfica e urbanística e o temperamento das gentes de Mogadouro.

O concelho de Mogadouro estende-se por 758 quilómetros quadrados que abrigam 56 povoações, sendo que duas encontram-se despovoadas desde a década de 90 do século XX.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Nova plataforma para comercialização dos produtos locais

Mogadouro: Nova plataforma para comercialização dos produtos locais

O município de Mogadouro e a Associação Comercial e Industrial, apostaram numa nova plataforma para comercialização dos produtos locais, com a marca “Origem: Mogadouro”, informou o presidente da câmara.

“Trata-se de uma parceria entre o município com a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), apesar das dificuldades em implementar este tipo de comércio digital, porque os produtores de início não se mostram recetivos a novas ideias. Contudo, temos um técnico no terreno a fazer contactos diretos e personalizados para promover a adesão à plataforma”, explicou à Lusa, António Pimentel.

De acordo com o autarca, com a adesão à plataforma digital “Origem: Mogadouro”, há um conjunto de vantagens para o escoamento e comercialização dos produtos do território e dos serviços existentes neste concelho do distrito de Bragança.

“O concelho de Mogadouro tem múltiplas atividades que cabem nesta plataforma e que vão desde a pesca à caça, passando pelo turismo natureza ou os produtos agrícolas e pecuários como ao azeite, vinho, amêndoa, mel, queijos, enchidos, entre outros produtos de origem regional e local”, vincou o autarca.

Segundo o autarca social-democrata, esta plataforma esta disponível para todos os associados da ACISM para assim rentabilizar os seus negócios.

O município alocou a este projeto um técnico em tempo parcial, que em conjunto com a ACISM vão construir esta nova plataforma digital.

“O que é importante é fazer uma abordagem personalizada junto dos empresários, comerciantes e produtores agrícolas e pecuários, para se demonstrar que só têm vantagem em aderir a este novo serviço ‘on-line ‘”, especificou o autarca.

António Pimentel disse ainda que Mogadouro já teve uma outra plataforma digital para promover comércio e indústria, “só que lhe faltou a devida assistência para introdução das novidades comerciais e indústrias, tidas como importantes para o desenvolvimento económico do concelho de Mogadouro”.

Este projeto teve um investimento de cerca de 80 mil euros que foi comparticipado por fundos do Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (PROVERE) e foi apresentado no decurso da feira “Os Gorazes”.

Fonte: Lusa

Seca: Agricultores de Avelanoso e São Martinho preveem uma acentuada quebra na colheita de castanhas

Seca: Agricultores de Avelanoso e São Martinho preveem uma acentuada quebra na colheita de castanhas

Por causa da seca, nas aldeias de Avelanoso e São Martinho de Angueira, a apanha da castanha está muito atrasada, devido ao desenvolvimento tardio dos frutos, o que antecipa uma acentuada quebra na colheita de castanhas.

Em Avelanoso, prevê-se uma acentuada quebra na produção de castanha devido à seca.

João Gonçalves é agricultor em Avelanoso, onde é proprietário de vários soutos de castanheiros. À semelhança do que acontece com a maioria dos produtores da região, a sua produção de castanha vai sofrer uma acentuada redução.

“Nesta altura do ano, muitos produtores já tinham iniciado a apanha da castanha, que se prolongava ao longo dos meses de outubro e novembro. Este ano, por causa da falta de chuva e da seca, o amadurecimento da castanha está tardio, o fruto ainda está pequeno e os ouriços ainda não abriram”, explicou.

O agricultor de Avelanoso prevê que a colheita de castanha seja um ¼ da sua habitual produção.

“Houve anos em que apanhámos 12 toneladas de castanhas. Este ano, se apanhar 2 mil quilos ficaria muito contente”, disse.

Para além da seca, a produção de castanha também é afetada pelas recorrentes doenças dos castanheiros, como são a “tinta” e o “cancro”, o que leva à morte de muitas árvores.

“O Instituto Politécnico de Bragança (IPB), através de investigações tem contribuído para o combate a estas doenças. No entanto, os tratamentos dos castanheiros são muito caros para os produtores”, informou.

De acordo com João Gonçalves, a produção de castanha, em Avelanoso, é vendida a intermediários, que por sua vez a comercializam para as grandes superfícies, como a fábrica Sortegel, em Bragança.

Sobre o preço da castanha, o produtor de Avelanoso adiantou que ainda não foi definido um valor.

“Este ano, como há menos quantidade é provável que seja mais cara. No ano passado, os produtores venderam o quilo de castanha a 1,40€ e 1,50€.”, informou.

Na aldeia vizinha de São Martinho, no concelho de Miranda do Douro, o casal de agricultores, António Fernandes e Bárbara Fernandes, estão desolados com a escassez e a fraca qualidade das castanhas nos soutos.

“Estamos conscientes de que a produção deste ano vai ser fraca”, adiantaram.

Por causa da seca e do desenvolvimento tardio dos frutos, os produtores de São Martinho prevêm iniciar a apanha das castanhas, apenas no final do mês de outubro.

“Este ano, a apanha da castanha vai ser ainda mais custosa, dado que vamos ter que separar as castanhas em bom estado de comercialização, daquelas que não têm tamanho nem qualidade para serem comercializadas”, adiantaram.

Para compensar a quebra na produção de castanhas, os agricultores de São Martinho mostraram-se um pouco mais otimistas, com a produção de outros frutos secos, como a avelã.

“Este ano, a produção de avelã, que também é um fruto rentável, correu melhor do que a castanha. E a avelaneira é uma árvore que não se seca tanto como o castanheiro”, informaram.

Para muitas famílias de Avelanoso e São Martinho, a produção de castanha é uma fonte de rendimento suplementar. E a apanha é uma atividade sazonal, realizada em contexto familiar.

Em Avelanoso, no final do mês de outubro vai realizar-se a já tradicional Feira da Castanha, um certame anual que possibilita aos produtores locais a comercialização da sua colheita.

A Feira da Castanha de Avelanoso atrai milhares de visitantes, aos quais oferece várias atividades como uma montaria ao javali, um passeio todo-o-terreno, concertos musicais, lutas de touros, um magusto, entre outras atividades.

HA