Miranda do Douro: Apresentação da marca “Casa De La Música Mirandesa”
A Casa da Música Mirandesa pretende recuperar o dinamismo de outrora e tornar-se num novo centro cultural, aberto a toda a população e onde os grupos e associações do concelho podem aprender música, ensaiar e participar nos vários eventos culturaisagendados.
A apresentação pública da marca “Casa de la Música Mirandesa” realizou-se no dia 7 de Abril, às 18h00, nas instalações da Casa da Música Mirandesa, situada no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.
Na cerimónia esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, que se mostrou muito esperançada com o reinício das atividades na Casa da Música Mirandesa.
“Esta instituição foi inaugurada a 10 de julho de 2004 e durante algum tempo foi um espaço de atividades e dinâmico. Depois, por causa do desleixe foi perdendo fulgor. Mas a música é um pilar da nossa cultura e merece toda a nossa atenção”, disse.
A presidente do município de Miranda do Douro sublinhou que dada a proximidade à época festiva da Páscoa, a apresentação da marca “Casa de La Música Mirandesa” significa também a “ressurreição” desta instituição.
“O Rui Valdemar e o Paulo Meirinhos, pela sua competência e conhecimento, vão fazer da Casa da Música Mirandesa uma referência a nível regional e nacional” – Helena Barril
O organista da Concatedral de Miranda do Douro, Rui Valdemar, começou por dizer que a Casa da Música Mirandesa vai ser um espaço cultural multifacetado.
“Pretendemos fazer da Casa da Música Mirandesa um centro cultural, aberto a toda a população e onde as várias associações do concelho podem usufruir deste espaço e realizar ensaios. É também uma escola de música e um promotor de eventos culturais” – Rui Valdemar
Entre as atividades culturais que se propõem realizar, Rui Valdemar, adiantou que as aulas de formação musical já estão a decorrer e também já foi divulgado o programa cultural para a Semana Santa, que contempla a realização de cinco concertos.
Para o futuro próximo, a Casa da Música Mirandesa está a preparar uma série de outras atividades. Entre o programa destaca-se: o Minicurso de Gestão Associativa, Projetos Culturais e Candidaturas; as Sextas no Parque; Conversas à volta da Música; Música para Bebés, dirigido aos famílias, nos sábados de manhã; Ensaios deslocalizados; Concertos com Vista; e em setembro de 2022, os responsáveis pela Casa da Música Mirandesa pretendem arrancar com a Academia de Música, considerado o grande projeto da instituição.
O músico Paulo Meirinhos vai ser um colaborador ativo da Casa da Música Mirandesa. Na cerimónia de apresentação do novo projeto para a instituição, Paulo Meirinhos, recordou a origem deste espaço.
“Há 20 anos, esta casa era o local de encontro de muitas pessoas, sobretudo jovens que queriam aprender música. E daqui surgiram vários grupos, com destaque para os pauliteiros”, disse.
Perante esta nova oportunidade de dinamizar a Casa da Música Mirandesa, o vocalista dos Galandum Galundaina, disse que o objetivo é dar vida à instituição e trabalhar com os vários grupos e associações do concelho no desenvolvimento da música tradicional da Terra de Miranda.
“Há 20 anos, esta casa era o local de encontro de muitas pessoas, sobretudo jovens que queriam aprender música. E daqui surgiram vários grupos, com destaque para os pauliteiros” – Paulo Mierinhos.
A Casa da Música Mirandesa situa-se no largo do Castelo, em Miranda do Douro.
Agricultura: Produção de amêndoa com quebra devido ao frio
As perdas na produção de amêndoa rondam os 50% devido à vaga de frio que se fez sentir no início do mês de abril na região transmontana, informou o presidente da Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte.
“Prevemos quebras que rondam os 50% da produção de amêndoa, provocada pela vaga de frio que se fez sentir no início do mês de abril, quando o amendoal estava numa fase de passagem da floração para o fruto. A gema da amêndoa está queimada e não consegue evoluir, o que faz com haja uma grande perda de produção”, explicou o presidente daquela estrutura com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança, Armando Pacheco.
Para o responsável da LCN- Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte, estrutura agrícola que representa mais de 600 cooperantes de todo o país, a situação “é muito grave” já que a produção de amêndoa “é uma das que mais valorizadas, atualmente, na região transmontana e duriense”.
“O frio que levou à quebra de produção do amendoal, verificada em apenas alguns dias, vai refletir-se nos próximos anos. E isto sem contar com o esforço e os gastos efetuados pelos produtores deste fruto de casca rija”, observou o dirigente cooperativo.
O técnico diz que é nas zonas mais baixas de Trás-os-Montes e Douro, como é caso dos vales dos rios Douro, Sabor, Tua ou Coa, que se registam para já as maiores perdas na produção de amêndoa.
“É nas zonas baixas do território que se verifica o maior número de quebras de produção onde o fruto não recupera. Já nas zonas mais elevadas, sempre houve um maior arejamento das gemas de amêndoa, que não foram tão afetadas, mas mesmo assim verificam-se estragos”, vincou.
Armando Pacheco referiu ainda que a seca é outros dos problemas que afeta o setor agrícola e o amendoal não foge à regra, “e os próximos dois anos poderão ser complicados para esta produção porque vai ser difícil as árvores responderem a estes agravantes”.
“Temos de ser realistas. Para fazer face a este tipo de prejuízos só vejo uma solução: os agricultores têm de apostar no seguro de colheitas. Esta afirmação pode custar a muita gente. Mas é mesmo assim”, frisou o dirigente.
De acordo com Armando Pacheco, é muito difícil obter ajudas à produção se não houver seguros agrícolas.
“Não há medidas compensatórias que possam ajudar nestas perdas de rendimento agrícola provocada pelas geadas ou outras intempéries”, enfatizou Armando Pacheco.
O responsável deixou um alerta aos produtores: “Definitivamente há que fazer uma aposta nos seguros agrícolas. Este tipo de mecanismo poderá ser a salvação de muitos prejuízos causados pelas intempéries”.
Pecuária: Aumento dos preços e seca dificultam atividade dos pastores do planalto mirandês
Os pastores do planalto mirandês estão a enfrentar dificuldades devido à seca e também à escalada dos preços dos fatores de produção, associados à guerra na Ucrânia.
“A chuva de março foi claramente insuficiente. Se a isto acrescentarmos o aumento dos custos dos fatores de produção como os combustíveis, rações ou fertilizantes devido aos danos colaterais da guerra na Ucrânia, há muitos produtores com vontade em desistir. Os produtores estão sufocados devido a estas contingências”, disse a secretária técnica da Associação Nacional de Criadores de Raça Churra Mirandesa, Andrea Cortinhas.
De acordo com a técnica, os ovinos de raça churra mirandesa têm assistido a um diminuição do efetivo e a componente pecuária é sempre uma parte complicada para cativar gente jovem, caso não haja apoios concretos para o setor.
“Estamos a tentar convencer os criadores para manterem a suas produções, mas estamos com falta de argumento para os motivar. A idade também já pesa em alguns produtores e, sem ter medidas de apoio, não é fácil cativar os mais jovens para este setor, devido às várias condicionantes inerentes à atividade da pastorícia”, explicou a responsável.
Andrea Cortinhas vincou, ainda, que se não chover durante mês de abril, a produção de fenos e forragens está ainda comprometida e, com o aumentos de combustíveis e nitratos (fertilizantes) para trabalhar a terra, “os produtores vão ter de pagar para produzir, em vez de terem algum retorno económico.
Francisco Lopes, um produtor de Malhadas, no concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança, disse que os fatores de produção como as rações, combustíveis ou fertilizantes estão a subir de preços diariamente e que há muitas contas a fazer também aos danos provocados pela seca e pela pandemia que também contam na equação.
“Temos que ser resistentes para manter a atividade. Estamos a falar de uma raça de crescimento lento, o que demora mais tempo a criar os animais, o que não os torna tão rentáveis. A seca e a pandemia também não ajudam à produção”.
Por seu lado, Duarte Alves, um criador de ovinos de raça churra mirandesam refere que faz o pastoreio das ovelhas é feito por pessoas com uma certa idade e, com o tempo, a atividade vai acabando.
“Os mais novos não pegam nesta atividade. Está tudo caro. Alguns produtores só por gosto mantêm a atividade, tal como eu, que estou reformado. Para viver, seria difícil”, frisou.
Já a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, lembrou os apoios do município à sanidade animal e indicou que vão tentar aumentar os montantes.
“Vamos apoiar com os incentivos que estão ao nosso alcance, para poder diminuir os custos de produção e apoiar os criadores”, indicou.
Os ovinos de raça churra mirandesa tem um efetivo de 6.067 machos e fêmeas, repartidos por 75 produtores do planalto mirandês (Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso).
Miranda do Douro: Pizzaria Gorgonzola pretende obter certificação internacional
A pizzaria Gorgonzola, em Miranda do Douro, é muito apreciada pela qualidade das suas pizzas, uma distinção que segundo o pizaiolo, Emanuel Soares, resulta de um processo de aprendizagem, no qual aprendeu a preparar a massa e a escolher os melhores ingredientes, segundo a arte tradicional napolitana.
Emanuel Soares apaixonou-se pela esposa, Margarida, natural de Bemposta e decidiram viver no planalto mirandês. Em 2006, viu um letreiro na porta de uma pizzaria, em Miranda do Douro, com a inscrição “Passa-se”. Falou com o proprietário, chegaram a um acordo, recebeu uma formação (de um único dia!) e desde aí começou a sua aventura como pizeiro.
Nos primeiros 12 anos desta aventura profissional foi um autodidata e procurou aprender o ofício por si mesmo. Até que em novembro de 2018, decidiu procurar aconselhamento e formação profissional, junto do italiano Giuseppe Irace.
“Este formador italiano, trabalha numa pizzaria em Barcelos, e procura transmitir o saber da confeção das pizzas tradicionais italianas, como a finalidade de preservar esta arte tradicional”, disse.
Ao longo de cinco dias, Emanuel Soares, acompanhou o trabalho deste mestre napolitano, com quem aprendeu várias técnicas, que lhe permitiram começar a confecionar a pizza clássica italiana, a napolitana, entre outras pizzas.
Descobriu, por exemplo, que a qualidade das pizzas começa na preparação da massa e na escolha dos ingredientes.
“Enquanto autodidata, eu gostava do que fazia e procurava aprender com as pesquisas de conteúdos que fazia na internet. Contudo, a formação profissional deu-me um conhecimento mais profundo e instruções técnicas e práticas na confeção das pizzas. Ao provar as pizzas que ia fazendo fiquei maravilhado com a diferença”, disse.
Concluída a formação, Emanuel Soares obteve o certificado internacional de pizzaiolo (pizeiro).
“Aconselho todos os comerciantes, empresários e artesãos a procurarem sempre evoluir profissionalmente e a adquirem novos conhecimentos. Ao fazê-lo, estão a contribuir para desenvolver os seus negócios e artes, a dar-lhes mais requinte e qualidade e por conseguinte, a tornar Miranda do Douro mais atrativa”, disse.
Segundo Emanuel Soares, a pizza é o prato mais popular em todo o mundo e é apreciada por todas as idades. À pizzaria Gorgonzola acorrem jovens, adultos, famílias e até os vizinhos espanhóis.
“A população de Miranda do Douro aprecia as pizzas com fumeiro. Já os espanhóis preferem as pizzas com queijo”, indicou.
Em setembro ou outubro deste ano, a pizzaria Gorgonzola vai ser remodelada com os objetivos de tornar o espaço interior mais acolhedor, pretende-se ainda reorganizar o espaço de trabalho e obter a certificação internacional da pizza Gorgonzola.
“As obras estão agendadas lá para setembro ou outubro e têm por grande objetivo elevar as nossas pizzas a um nível superior e obter o certificado internacional da pizza napolitana ”, adiantou.
“Gorgonzola” é o nome do queijo picante de leite de vaca, originário de Gorgonzola (Itália), de pasta mole e amanteigada, com o interior raiado de mofo e cheiro intenso.
Em setembro ou outubro deste ano, a pizzaria Gorgonzola vai ser remodelada, com os objetivos de tornar o espaço interior mais acolhedor, pretende-se ainda reorganizar o espaço de trabalho e obter a certificação internacional da pizza Gorgonzola.
Entrevista: «Pretendemos dar notoriedade ao comércio, à indústria e ao artesanato local» – Bruno Gomes, presidente da ACIMD
A 31 de março de 2022, realizaram-se as eleições para os órgãos sociais da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), para o triénio 2022/2025, tendo sido eleito presidente, Bruno Gomes, que assumiu que a prioridade é dar notoriedade ao comércio, à indústria e ao artesanato local.
Bruno Gomes é o novo presidente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD)
Terra de Miranda – Notícias: A Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD) foi constituída a 16 de Outubro de 1986, com a missão de contribuir para o desenvolvimento do comércio e da indústria local. O que o motivou a candidatar-se à presidência da ACIMD?
Bruno Gomes: Decidi candidatar-me a este cargo por duas razões. A primeira é procurar fomentar uma maior proximidade e cooperação entre os associados da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD). A outra razão é a vontade de trabalhar e aproveitar o enorme potencial turístico de Miranda do Douro, para dinamizar as outras atividades como são o comércio, a hotelaria e a restauração, a indústria e o artesanato, a agricultura e a pecuária.
T.M.N: A agropecuária, o comércio, a hotelaria e a restauração são as atividades económicas mais desenvolvidas no concelho. Que tipo de colaboração há entre estes diferentes setores?
B.G.: Na minha atividade, sempre tive o cuidado de dar preferência aos produtos locais, como são a carne mirandesa, o cordeiro mirandês, alguns produtos hortícolas do concelho, os talheres fabricados nas fábricas de cutelaria de Palaçoulo, etc. Outro detalhe importante são as sugestões que fazemos às excursões e aos turistas para visitarem as fábricas da cutelaria e da tanoaria de Palaçoulo. No âmbito do artesanato, fazemos questão, por exemplo, de usar no local de trabalho os coletes em burel, manufaturados por artesãs locais, com o objetivo de promover a identidade da região.
“No âmbito do artesanato, fazemos questão, por exemplo, de usar no local de trabalho os coletes em burel, manufaturados por artesãs locais, com o objetivo de promover a identidade da região.”
T.M.N.: No artesanato de Miranda do Douro destaca-se também a manufatura de tapetes, colchas, mantas, as capas d’honras mirandesas, o ferro forjado, as cestas em verga, as peças em madeira e os instrumentos musicais. Qual o papel da ACIMD na promoção do artesanato local?
B.G.: Um dos eventos que promove o artesanato local é a Famidouro – Feira do Artesanato, que esperamos voltar a organizar este ano. O nosso propósito é dar continuidade ao trabalho realizado pela anterior direção da ACIMD. No decorrer do mês de agosto, há muitos turistas e emigrantes que visitam Miranda do Douro e por isso, a Famidouro é uma boa montra para que os artesãos locais – e outros artesãos vindos de todo o país – possam mostrar ao público os seus trabalhos.
T.M.N.: Na cidade de Miranda do Douro, a hotelaria e a restauração são setores com bastante atividade. Quantas pessoas trabalham nestes setores?
B.G.: Para uma cidade de pequena dimensão, como é o caso de Miranda do Douro, só no setor da restauração trabalham cerca de 90 pessoas, o que por si é um número bastante significativo.
T.M.N.: Há falta de mão-de-obra na restauração?
B.G.: Sim, há falta de trabalhadores qualificados. Mas procuramos pessoas que pretendam construir um projeto de vida nesta área da restauração e não apenas trabalhadores sazonais. Para dar resposta a este problema, uma das nossas sugestões é a de abrir uma escola de turismo em Miranda do Douro.
“Uma das nossas sugestões é a de abrir uma escola de turismo em Miranda do Douro.”
T.M.N.: O que atrai tanto os espanhóis a Miranda do Douro?
B.G.: Os espanhóis gostam de vir a Miranda, por várias razões: porque é uma cidade histórica, bonita e de pequena dimensão. E o ser pequena permite aos visitantes percorrer a pé e com facilidade quer a zona histórica, quer a parte comercial. Neste perímetro, a cidade oferece aos visitantes várias possibilidades: a história e a cultura, a natureza e os passeios de barco no rio Douro, o comércio, a gastronomia e o lazer.
T.M.N.: No comércio, o que é que os espanhóis gostam de comprar?
B.G.: No comércio, as preferências dos visitantes espanhóis mudam muito. Quando abriu a fronteira em 1978, dizia-se que os espanhóis compravam de tudo. Depois, compravam sobretudo artigos de bronze. Seguiu-se o nosso café, que é de melhor qualidade e preço. Veio depois o interesse pelos atoalhados, também por causa da qualidade dos têxteis portugueses. E mais recentemente surgiu o interesse pela compra do mobiliário português, fabricado em Paços de Ferreira e comercializado em Miranda do Douro.
“Miranda oferece aos visitantes várias possibilidades: a história e a cultura, a natureza e os passeios de barco no rio Douro, o comércio, a gastronomia e o lazer.”
T.M.N: Que investimentos faz a ACIMD na promoção de Miranda do Douro no exterior, em particular na vizinha Espanha?
B.G.: A ACIMD procura divulgar e promover Miranda do Douro nos meios de comunicação social espanhóis e também através da publicidade em outdoors e flyers, sobretudo nas cidades de Zamora e Salamanca. É importante dar esta visibilidade a Miranda. Depois, a melhor promoção continua a ser a qualidade do serviço que prestamos. Se os visitantes ficarem agradados, certamente serão eles a publicitar-nos junto dos seus familiares e amigos.
T.M.N.: Miranda é sobejamente conhecida pela cultura local, pela gastronomia e pela beleza natural do seu território. Que novas ideias e projetos pretende a nova direção da ACIMD implementar, para desenvolver as atividades económicas?
B.G.: Em primeiro lugar, a nova direção da ACIMD vai inteirar-se do atual estado da associação, para depois definir objetivos concretos. Adianto que uma das nossas primeiras ações é estabelecer sinergias com as associações homólogas, de Espanha e também dos concelhos vizinhos, para nos apoiarmos mutuamente e criarmos um maior dinamismo económico da região. Outro grande propósito é o de criar uma Feira da Agricultura, o Roteiro Gastronómico no Distrito e oferecer formação profissional inovadora para os nossos associados.
“É importante dar visibilidade a Miranda do Douro.”
T.M.N.: A valorização dos produtos locais é uma causa a defender?
B.G.: Sim, na nossa região há produtos de muita qualidade e os agricultores têm muita dificuldade em escoar a sua produção. Por isso, a nossa intenção é criar uma cadeia local entre os produtores, os restaurantes e o comércio, de modo a valorizar o que é nosso e simultaneamente fortalecer a economia local.
T.M.N.: Qual é a mais valia de um empresário pertencer à ACIMD?
B.G.: A ACIMD proporciona aos associados ações de consultoria, aconselhamento e formação contínua, assim como informações e esclarecimentos vários sobre assuntos como a legislação em vigor e os programas de apoio ao desenvolvimento da atividade económica.
T.M.N.: Quais são os principais problemas que enfrentam os comerciantes e industriais de Miranda do Douro?
B.G.: Atualmente, a ACIMD tem 470 associados inscritos. Os nossos principais problemas derivam do despovoamento e do isolamento geográfico, que por conseguinte dificultam o desenvolvimento do comércio, da indústria, do artesanato e da venda dos produtos locais. Por isso, a nova direção da ACIMD assume como grande desafio a promoção destes setores. À semelhança do que o município de Miranda do Douro tem conseguido fazer na promoção de ícones da região – a posta mirandesa, o cordeiro mirandês, a bola doce mirandesa, a capa d’honras, a música tradicional e os pauliteiros – pretendemos alcançar a mesma notoriedade para o comércio, a indústria e o artesanato.
“A nova direção da ACIMD assume como grande desafio a promoção do comércio, da indústria e do artesanato locais.”
Perfil
Bruno Gomes, tem 47 anos, é casado e pai de duas filhas.
Desde 1996, é empresário no setor da restauração, sendo proprietário do restaurante Miradouro, localizado em Miranda do Douro.
A 31 de março de 2022, foi eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD).
Opinião: “Na melhor Nódoa cai o pano”, por Fernando Vaz das Neves
Os Deputados à Assembleia da República podem, nos termos da legislação aplicável, optar pelo exercício do respectivo mandato em exclusividade ou sem exclusividade. Se optarem pelo exercício do mandato em exclusividade recebem um acréscimo de 382,66 € no vencimento. O Bloco de Esquerda assumiu que todos os seus deputados exerceriam o mandato em exclusividade e defende: “que a melhor forma de garantir transparência ao sistema político é impedir as teias de negócio que se possam tecer entre agentes políticos e interesses económicos. E a melhor forma de garantir o rompimento dessas teias é a da obrigação de exclusividade de funções por parte de todos os deputados e deputadas”.
E é assim que, na melhor nódoa, Mariana Mortágua, cai o pano. A Deputada em causa – o “símbolo” da nova moralidade e dos bons costumes, tal como os demais camaradas do BE – foi apanhada a violar o regime de exclusividade dos Deputados, uma vez que estava a ser paga para participar, como comentadora, no programa Linhas Vermelhas, na SIC notícias.
Confrontada com os factos, a Deputada disse que “desconhecia uma alteração à regra que permite aos deputados receber dinheiro por artigos de opinião, que têm direitos autorais, mas não por participar em programas de comentário televisivo, como era o caso.” É extraordinário que a Deputada desconheça a alteração em causa, uma vez que a mesma foi aprovada na Assembleia da República, local onde, supostamente, os Deputados trabalham, e dos do BE, em exclusividade. Mas, pelos vistos, também desconhece o seguinte princípio basilar do Direito: “A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas”.
Aqui chegados, com os factos apurados, e tendo a Deputada assumido a violação do regime de exclusividade, restava a coerência e a aplicação da lei: perda de mandato. Artigo 11º da Lei 52/2019 – regula o exercício de funções por titulares de cargos políticos.
Mas não, o nosso país tem sempre uma atitude de ternura para com a extrema esquerda. Tudo lhes é permitido, tudo lhes é perdoado. Todo é abafado. Só assim se percebem as declarações do douto Secretário Geral da Assembleia da República sobre o caso da moralista Deputada. Para o Secretário Geral, o assunto está resolvido e nada de pensar em abrir inquérito, por violação do regime de exclusividade que, segundo muitos constitucionalistas, levaria à perda de mandato da menina. Mas também se percebe a atitude do Secretário Geral da AR, ele tem de ser leal para com os chefes, para quem o escolheu, para com quem lhe paga o salário. Pena é que não esteja à altura para o exercício do cargo. Pena que seja mais um a contribuir para que os cidadãos se afastem da política, pena que lhe falta aquela grande qualidade, a LIBERDADE e não passe de uma correia de transmissão.
Claro que, para esta gentinha, a regularização da situação, anula a infracção cometida. A questão é: A Infracção foi ou não cometida? Foi. A infracção não se apaga com a devolução do dinheiro. Aliás a lei nem prevê a devolução do dinheiro. O que diz a lei? Perda de mandato. Simples de perceber.
A Moral e a coerência há muito que deixaram de fazer parte do discurso e das atitudes da classe política Portuguesa. É o “olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”. Lembro-me de há uns anos uma Deputada de um país do norte da Europa se apresentar como a grande defensora da ecologia, da economia verde, energia limpa, etc. A certa altura descobriu-se que a senhora era uma adepta do táxi, que diariamente andava de táxi. Nesse mesmo dia deixou de ser Deputada. É este salto qualitativo que nos falta dar para sermos uma verdadeira democracia.
Fernando Vaz das Neves
(Deputado Municipal na Assembleia Municipal de Miranda do Douro)
Miranda do Douro: Semana Santa com concertos de música sacra e portuguesa
O município de Miranda do Douro vai promover cinco concertos de música sacra e portuguesa durante a Semana Santa, que antecede o Domingo dePáscoa, que serão realizados em vários templos da cidade e da vila Sendim.
“A juntar ao habitual programa religioso do tempo de Páscoa, vamos oferecer diversos eventos de cariz cultural e pedagógico, como os concertos nos diversos espaços de arquitetura religiosa do concelho de Miranda do Douro, com o propósito de dignificar a Semana Santa”, explicou a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril.
Quatro dos concertos vão realizar-se na cidade de Miranda do Douro – dois na Concatedral e os restantes na Igreja da Misericórdia e na Igreja de Santa Cruz – sendo o quinto concerto na Vila de Sendim.
Dentro do repertório que vai ser tocado destaca-se “Leçons de Ténèbres” do renomado compositor francês François Couperin, a execução de uma obra ímpar e pouco conhecida do repertório português, o Livro de São Vicente.
No Domingo, dia 10 de Abril, o Coro dos Pequenos Cantores de Esposende apresenta repertório de compositores portugueses contemporâneos.
Os grupos que vão participar neste ciclo de concerto são expoentes da execução de Música Sacra, sendo, muitos deles, referências artísticas nacionais. Com esta seleção de agrupamentos musicais, este evento passa a ser o principal do género na região.
A Capella Patriarchal, o Ensemble Voces Caelestes, o Serviço de Música Sacra da Igreja de São Roque, o Coro Infantil de Miranda do Douro e os Pequenos Cantores de Esposende são os responsáveis pela execução musical dos diversos concertos.
No plano pedagógico vão existir visitas guiadas e comentadas ao Órgão Histórico da Concatedral de Miranda do Douro e duas Masterclasses de Órgão. Para suprimir a falta de formação adequada em música sacra na região as duas masterclasses versam especialmente essa temática, sendo de participação gratuita.
A organização informa que todos os eventos são de entrada gratuita. E para usufruir das visitas guiadas e/ou da Masterclasse, bem como para obter mais informações, deve enviar email para geral.casadelamusica@cm-mdouro.pt
A apresentação pública da Semana Santa coincide com a apresentação da marca “Casa da Música Mirandesa” e será no dia 7 de Abril às 18h00 na Casa da Música Mirandesa, Largo do Castelo em Miranda do Douro.
Sociedade: Emigração portuguesa para França atingiu valores mínimos em 2020
Menos de 6.000 portugueses emigraram para França em 2020, o número mais baixo desde que há registo, segundo uma análise do Observatório da Emigração.
Dados do Eurostat citados pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, indicam que 5.998 portugueses entraram em França em 2020, menos 21,5% do que no ano anterior.
A investigadora Inês Vidigal explicou que o número de emigrantes portugueses que entraram em França em 2020 é o mais baixo desde que o Observatório da Emigração tem registos, em 2003.
A especialista admite que esta quebra possa estar relacionada com a redução generalizada da emigração em 2020, associada à pandemia de covid-19 e às restrições à mobilidade, mas sublinhou que no caso de França a emigração já vinha a cair há alguns anos.
Com efeito, o observatório destaca que este é o quarto ano consecutivo em que o número de emigrantes portugueses para França diminuiu (quedas de 32,8% em 2017, 3,2% em 2018, e 5% em 2019).
Com exceção do ano de 2016, em que se registou um ligeiro aumento, a emigração para França tem vindo a cair desde 2013, depois de em 2012 ter alcançado o recorde de 19.658 entradas.
Inês Vidigal explicou que, nos últimos anos, outros destinos se tornaram mais atrativos para os portugueses, como o Reino Unido (até ao ‘Brexit’), a Suíça ou a Alemanha.
Segundo os dados do Eurostat, não é só a emigração portuguesa que está em queda em França: A emigração para aquele país caiu 26,5% em 2020, para um total de 283.237 entradas de estrangeiros.
O observatório destaca, aliás, que o peso dos portugueses no total de entradas aumentou em 2020, para 2,1%, embora tenha caído face aos 5,6% registados em 2013.
Segundo o Relatório da Emigração 2020, apresentado em dezembro pelo observatório, o número de emigrantes portugueses em 2020 foi o mais baixo dos últimos 20 anos, um valor para o qual contribuiu a covid-19 e o ‘Brexit’.
O relatório indica que a emigração portuguesa caiu de 80 mil saídas em 2019 para 45 mil em 2020 e conclui que a redução foi geral, englobando praticamente todos os destinos tradicionais da emigração portuguesa.
Mogadouro: Municípios do Baixo Sabor e Movhera chegam a acordo para financiamento de fundo
A Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS) e a Movhera, a nova concessionária da barragem, chegaram a um acordo para o financiamento do Fundo Baixo Sabor, que estabelece um montante de 400 mil euros por ano.
“Fechámos este acordo fruto de negociações com a Movhera e que faz justiça com o território, mas não na totalidade. Trata-se de um acordo para quatro anos que envolve um montante de 400 mil euros/ano e pretendemos que esta parceria seja fortalecida nos próximos anos”, disse o presidente da AMBS, Eduardo Tavares.
Este memorando de entendimento foi assinado, em Alfândega da Fé, durante uma reunião do Conselho Estratégico do Baixo Sabor, que junta os quatro municípios a abrangidos pela albufeira – Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros -, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), entre outros organismos.
O documento de entendimento entre a AMBS e a Movhera, empresa do grupo francês Engie, estabelece um pagamento de 400 mil euros por ano por parte da concessionária “sem obedecer a qualquer fórmula de cálculo” nos próximos quatro anos.
“Os quatro municípios que integram a AMBS não podem ficar à mercê de uma fórmula de financiamento obscura, confusa e que, das poucas informações que colhemos, contém erros técnicos, que penalizam seriamente o princípio da proporcionalidade e da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) no que respeita à construção de uma compensação ambiental, patrimonial, económica, social e cultural que deve ser feita no território e ao território”, vincou o também presidente da câmara de Alfândega da Fé (PS).
A AMBS e a Movhera acordaram igualmente negociar os termos de um novo acordo entre si, “que espelhe os princípios deste memorando e que possibilite a revogação dos protocolos anteriormente em vigor”.
“Para a Movhera, este acordo demonstra a vontade que temos em contribuir para o desenvolvimento da região. Este memorando possibilita a materialização da nossa intenção de potenciar a transição para uma energia mais verde, bem como o apoio a projetos que contribuam para o desenvolvimento da região e a criação de empregos sustentáveis”, explicou Bertrand Fauchet, diretor executivo da Movhera.
O Fundo Baixo Sabor (FBS) é um instrumento financeiro que está previsto na DIA e na avaliação comparada dos aproveitamentos hidroelétricos do Alto Côa e Baixo Sabor, emitida a 15 de junho de 2004.
Através deste protocolo, as entidades acordaram o aumento da contribuição anual da Movhera para o FBS, “respondendo às necessidades manifestadas pela AMBS, para permitir um maior desenvolvimento de projetos de valorização da região”.
O FBS foi criado no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hídrico do Baixo Sabor (AHBS), com a missão de financiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a conservação da natureza e da biodiversidade.
No documento ficou expresso que o FBS teria um financiamento de 3% sobre a receita líquida do AHBS.
Este fundo aposta na valorização ambiental dos recursos naturais e patrimoniais da região de implantação do AHBS e áreas naturais envolventes, com particular destaque para compensação e recuperação do custo ambiental causado pela construção e operação do empreendimento hidroelétrico do Baixo Sabor.
Numa reunião que juntou a AMBS e Movehera, em 10 de março, os quatro municípios do território do Baixo Sabor ameaçaram abandonar as negociações caso não fosse aprovado o montante proposto de 400 mil euros a repartir pelos concelhos envolvidos.
A albufeira do Baixo Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.
As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Em causa estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e três centrais de albufeira com bombagem em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.
Argozelo: Feira da Rosquilha atraiu centenas de visitantes
A Feira da Rosquilha, em Argozelo, voltou a realizar-se passados dois anos de pandemia e atraiu a vinda de centenas de pessoas, que aproveitaram o fim-de-semana, de 2 e 3 de abril, para comprar alguns produtos locais, como as tradicionais rosquilhas e os folares para a Páscoa.
As rosquilhas foram o produto mais procurado na feira tradicional, em Argozelo.
Cerca de 30 expositores, maioritariamente provenientes do concelho de Vimioso, deram a conhecer (e a provar!) aos muitos visitantes da feira, os produtos locais como são as saborosas rosquilhas de Argozelo, os tradicionais folares da Páscoa, os licores, o azeite, as compotas, o fumeiro ou a pastelaria variada.
Um dos visitantes da Feira da Rosquilha foi o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, que sublinhou que as feiras temáticas são uma das estratégias para desenvolver a economia local e valorizar o mundo rural.
“Esta feira procura valorizar um produto caraterístico de Argozelo, como é a rosquilha, mas também outros produtos locais que têm uma qualidade excecional” – Jorge Fidalgo
O governante local acrescentou que o município de Vimioso procura incentivar as freguesias do concelho a promover eventos desta natureza, com os objetivos de dinamizar a economia local e promover a coesão territorial do concelho.
Outra personalidade presente na feira, foi a da a vereadora da cultura, Carina Lopes com a sua família. A autarca, natural de Argozelo, mostrou-se muito agradada com a grande afluência de público à Feira da Rosquilha e sublinhou que a aposta nos produtos tradicionais e diferenciadores é uma boa estratégia para despertar o interesse do público.
“No sábado, realizámos um workshop dedicado à confecção das rosquilhas, que teve muita receptividade por parte das crianças, dado que eles gostam de meter as mãos na massa”, informou.
A grande afluência de público à Feira da Rosquilha, em Argozelo, superou todas as expetativas e surpreendeu mesmo o presidente da freguesia local, José Manuel Miranda.
“Este ano, no decorrer da feira decidimos realizar as tradicionais lutas de touros mirandeses para atrair a vinda de mais pessoas e a afluência excedeu todas as nossas expetativas” – José Manuel Miranda
Expositores
Segundo os vários produtores presentes no certame, o principal produto da feira, as rosquilhas, esgotaram num ápice. E o folar, dada a proximidade da Páscoa, também foi outro dos produtos mais procurados pelo público.
Relativamente à afluência de público, a produtora, Olívia Afonso, disse que no sábado, dia 2 de abril, houve menos pessoas a visitar a feira. Já no Domingo, dia 3, a celebração da Missa e a Luta de Touros, trouxe muita gente ao recinto da feira e às bancas dos expositores.
“Os produtos mais procurados foram as rosquilhas e os económicos. As rosquilhas são feitas com uma receita tradicional, que decidi continuar para homenagear à minha avó Rita” – Olívia Afonso.
No fumeiro, a produtora, Helena Cordeiro, indicou que o butelo, a alheira e a linguiça foram os produtos mais procurados pelo público, que visitou a Feira da Rosquilha, em Argozelo.
O público
José China Carvalho, natural de Argozelo, expressou o seu contentamento pelo retomar da Feira da Rosquilha, um evento que já não se realizava há dois anos.
“Fui à feira comprar as tradicionais rosquilhas, um garrafão de azeite e um queijo. E gostei muito de ver tanta gente em Argozelo”, disse.
Ângela Pereira, de Bragança, foi outra visitante do evento e disse que veio a Argozelo movida pela curiosidade em saber o que era a rosquilha.
“Nunca tinha vindo a Argozelo no âmbito desta feira tradicional. Para além da rosquilha, comprei fumeiro e o licor de ginja. A organização está de parabéns e venham mais iniciativas destas” – Ângela Pereira
Os pauliteiros
O encerramento da XV Feira da Rosquilha, em Argozelo, fez-se com a atuação do grupo de Pauliteiros de Palaçoulo. Em representação dos pauliteiros, a presidente da associação Caramonico, Jenifer Martins, mostrou-se feliz pela oportunidade em dar a conhecer a música e a dança tradicional, na Feira da Rosquilha, em Argozelo.
“Estamos felizes pelo reconhecimento do nosso trabalho na preservação e divulgação da música e dança tradicionais mirandesas. Ao mesmo tempo, estamos conscientes da grande responsabilidade que é representar a nossa cultura na região, no país e no estrangeiro”- Jenifer Martins
Atuação do grupo de Pauliteiros de Palaçoulo, na Feira da Rosquilha, em Argozelo.
A XV Feira da Rosquilha, realizou-se nos dias 2 e 3 de abril, em em Argozelo.