Atenor: “Pranto de Maria Parda” encerrou a XI Ronda das Adegas

Nos dias 9, 10 e 11 de junho, a aldeia de Atenor voltou a ser o destino de milhares de pessoas, que quiseram participar na XI Ronda das Adegas, um evento cultural que mostra as potencialidades do mundo rural, como os produtos da terra e a gastronomia, os antigos ofícios e os animais, os jogos tradicionais, a música, os concertos e até o teatro de rua, que este ano encerrou a festa.

O teatro de rua “Pranto de Maria Parda” encerrou a XI Ronda das Adegas, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de junho, em Atenor.

De acordo com o presidente da Associação Cultural e Desportiva de Atenor, Vitor Rodrigues, apesar da chuva no dia de abertura, a 9 de junho, a Ronda das Adegas registou uma grande afluência de público, de portugueses e de estrangeiros, que visitaram Atenor para conhecer as tradições locais.

“A chuva da semana passada dissuadiu muitas pessoas de participar no evento deste ano e por isso não atingimos o objetivo dos cinco mil visitantes, mas mesmo assim ficamos muito próximos desse número, já que registamos 4500 entradas”, disse.

O teatro “Pranto de Maria Parda” foi uma das novidades do evento, o que segundo Vitor Rodrigues faz parte da estratégia da organização de acrescentar qualidade à festa, de ano para ano.

Segundo o dirigente associativo, a Ronda das Adegas, em Atenor, também tem o propósito de alertar a opinião pública, e em particular, o governo, para o preocupante despovoamento das zonas rurais.

Este ano, a XI edição contou com a visita do vice-presidente do Turismo do Porto e Norte, Inácio Ribeiro, que nesta sua estadia em Atenor, disse que este evento é um modo criativo de respeitar, cultivar e manter as tradições rurais.

“Em Atenor, com a realização da Ronda das Adegas transmitem-se tradições como a musica tradicional, mas também o saber fazer dos antigos ofícios, que constituem uma herança cultural que importa preservar”, destacou.

Sobre a peça de teatro que encerrou o evento deste ano, Inácio Ribeiro acrescentou que o teatro permite representar e ironizar sobre a vida passada e presente.

Quanto à peculiaridade e ao sucesso da Ronda das Adegas, o vice-presidente do Turismo Porto e Norte explicou que o que torna os territórios atrativos são as suas gentes.

“É a dimensão humana que dá história, memória e identidade aos territórios. A Terra de Miranda e em particular, a aldeia de Atenor, não obstante o gravíssimo problema do despovoamento, tem muita alma. E são os eventos culturais, como a Ronda das Adegas, que despertam o interesse do público e constituem uma das estratégias que mais pode ajudar estes territórios”, disse.

De acordo com o responsável pelo turismo, a Ronda das Adegas tem potencial para crescer em Portugal e no estrangeiro e atrair turistas que permaneçam na região para além do fim-de-semana.

Este ano, o evento encerrou com um teatro de rua, no qual a companhia Filandorra – Teatro do Nordeste representou a peça “Pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente. Na perspectiva de Inácio Ribeiro, o teatro de rua é uma boa aposta, dado que esta arte envolve e apela à participação do público.

“O teatro de rua consegue pôr o público a participar, seja a dançar, a cantar ou a representar. O público torna-se também um ator ativo e não apenas um observador passivo que passa por Atenor!”, explicou.

Dada a entusiasta participação do público na peça “Maria Parda”, o vice-presidente do Porto e Norte sugeriu mesmo que a peça de teatro decorra ao longo dos vários dias do evento.

Por sua vez, o diretor Artístico da Filandorra – Teatro do Nordeste, David Carvalho explicou que a peça é um dos textos míticos de Gil Vicente, escrito durante dois anos de seca, o que levou à escassez de produtos alimentares, como o vinho.

“O vinho simboliza a alegria. E esta peça é a história de uma mulher que morre à sede de vinho, isto é, morre de tristeza”, explicou.

Ao longo da peça, a personagem principal, Maria Parda anda de adega em adega a pedir vinho (alegria), mas ninguém lhe dá. No final do enredo, metade das personagens são pessoas vindas do público, o que revela a mais valia da interatividade do teatro de rua.

A peça de teatro “Pranto de Maria Parda” na XI Ronda das Adegas fez parte do protocolo estabelecido entre a Filandorra e o Município de Miranda do Douro.

A “Ronda das Adegas” é um evento organizado pela Associação Cultural Desportiva de Atenor e que conta com os apoios do município de Miranda do Douro, da União de Freguesias de Sendim e Atenor e de várias empresas patrocinadoras.

HA

Futsal: Mirandeses afastados da III Divisão de Futsal

O campeão distrital de futsal, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) viu goradas as hipóteses de qualificação para a III divisão de futsal, ao ser derrotado em casa, por 4-5, no confronto com o Cerveira, ocupando até ao momento o último lugar no grupo, quando faltam ainda duas jornadas para o final desta competição.

No último minuto de jogo, os mirandeses não conseguiram segurar a vantagem e acabaram derrotados por 5-4.

O jogo da quarta jornada da Taça Nacional de Séniores, realizou-se ao final da tarde de sábado, dia 10 de junho, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro.

A equipa visitante, de Vila Nova de Cerveira teve uma entrada surpreendente no jogo e logo aos 10 segundos marcou o primeiro golo, 0-1, através de um remate que ressaltou na defesa mirandesa e sobrevoou por cima do guardião Pina.

Aos 2 minutos, os visitantes dilataram o marcador para 0-2, na sequência de um remate forte, a meia altura e cruzado que surpreendeu o guarda-redes mirandês.

A equipa de Miranda do Douro reagiu aos 5 minutos, numa boa combinação coletiva entre Castro e Nickas, concluída por Vitor Hugo, ao segundo poste da baliza contrária, para reduzir para 1-2.

A reação mirandesa sofreu um novo revés, aos 9 minutos, numa desatenção defensiva que permitiu que uma rápida reposição da bola na linha lateral, desse origem a um remate, que mais uma vez surpreendeu o guardião mirandês, estabelecendo o 1-3.

Após o intervalo do jogo, os mirandeses vieram com outra atitude, sobretudo ao nível da concentração.

Aos 23 minutos, Castro reduziu para 2-3, num remate rasteiro dentro da área adversária.

Passados cinco minutos, Nickas empatou o jogo, 3-3, na conversão de um livre frontal, no qual rematou a bola por baixo da defesa do Cerveira.

Os mirandeses chegaram à reviravolta aos 38 minutos, graças a uma recuperação de bola perto da área adversária, com Caio a assistir Vitor Hugo, para o 4-3.

No entanto, no último minuto de jogo, o Cerveira a jogar com o guarda-redes avançado conseguiu empatar, 4-4, aos 39’30 segundos. E a quatro segundos do apito final, os visitantes chegaram mesmo à vitória, ao apontar o 4-5 final.

Equipas:

Clube Desportivo Miranda do Douro (CDMD): Pina (cap.), Vitor Hugo, Ricky, Nickas, Castro, Guilherme, Renato, Dinis, André, Caio, Gaby e Cristal.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Neste jogo voltamos a perder pela desconcentração momentânea. Entramos logo a perder o que nos obrigou a pressionar o adversário. Após um grande esforço conseguimos recuperar de um resultado de 1-3 para 4-3. Mas no minuto final, numa nova desconcentração nossa, o Cerveira empatou 4-4. Dado que o empate não nos servia, tivemos que arriscar jogar num 5 para 4 e numa transição rápida acabaram por ganhar o jogo. Estamos tristes por não seguir em frente no playoff de acesso à III divisão de futsal. Nos dois jogos que ainda faltam jogar, vamos honrar Miranda do Douro. E depois vamos preparar a próxima época para revalidar o título de campeão distrital” – Vitor Hugo

Cerveira Futsal: Márcio, João Fonseca, Diogo Santos, Ricardo, Hugo Matos, Gil Pinto, Luís Brito, Ricardo, Hugo Barbosa e Ricardo Vieira.

Treinador: Rui Paulo

“Acabamos mal a primeira parte porque não estávamos focados na nossa estratégia. A equipa de Miranda do Douro ao fazer o 2-3 começou a acreditar que poderia dar a volta ao jogo e assim aconteceu. É uma equipa muito lutadora, com muita vontade de ganhar e uma grande entrega ao jogo. Nos minutos finais, a vitória esteve ao alcance das duas equipas e desta vez nós fomos mais felizes. Sobre a qualificação para a III Divisão de Futsal, tendo em consideração o avanço pontual dos campeões de Braga e de Vila Real, vai ser difícil qualificarmo-nos.” – Rui Paulo.

Equipa de arbitragem:

1º Árbitro: André Fonsesa (AF Guarda)

2º Árbitro: Manuel Pinto (AF Guarda)

Cronometrista: Pedro Almeida (AF Guarda)

4ª jornada

AD Jorge Antunes5-2GDC Salto
 CD Miranda Do Douro4-5Cerveira

Classificação

PJVEDGMGSDG
1AD Jorge Antunes94301147+7
2GDC Salto943011612+4
3Cerveira441121015-5
4CD Miranda Do Douro14013814-6

5ª jornada (17/06/2023)

AD Jorge Antunes17:00Cerveira
 GDC Salto18:00CD Miranda Do Douro

HA

Igreja: Jornada de espiritualidade eucarística

A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras dinamizou a segunda jornada de espiritualidade eucarística, no Centro D Abílio Vaz das Neves, em Macedo de Cavaleiros (Diocese de Bragança-Miranda).

Dentro do dinamismo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o ícone de Maria, “tabernáculo do Deus vivo” que visita Isabel, inspira a II Jornada de Espiritualidade Eucarística, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

O slogan “do acolhimento à alegria da visitação”, tem acompanhado, neste ano pastoral, o viver da Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado que promove esta iniciativa.

O arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, e a italiana Maria Rita Scrimieri, colaboradora na causa de canonização de Vera Grita, sob a moderação de Pedro Sinde, apresentaram a sessão, informam as Servas Franciscanas Reparadoras.

A congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado foi constituída canonicamente a 15 de agosto de 1950, por D. Abílio Augusto Vaz das Neves, Bispo da Diocese de Bragança-Miranda. A 1 de novembro de 1991 foi reconhecida como Instituto de Direito Pontifício.

Fonte: Ecclesia

Agricultura: Mais de 140 mil candidaturas ao Pedido Único

Os agricultores já submeteram mais de 140.000 candidaturas ao Pedido Único (PU), no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), segundo dados divulgados pelo Governo.

“O Ministério da Agricultura e da Alimentação informa que a 9 de junho já tinham sido registadas mais de 140 mil candidaturas ao PU 2023, no âmbito do PEPAC23.27”, indica um comunicado.

Para o ministério, tutelado por Maria do Céu Antunes, estes números reforçam “a confiança para a conclusão do processo em iguais circunstâncias aos anos anteriores”, sublinhando que todos os constrangimentos identificados, no arranque de um novo quadro comunitário, já foram resolvidos.

O executivo lembrou também que, após ouvido o setor, o prazo para a submissão de candidaturas foi alargado até 14 de julho.

De acordo com a mesma nota, em 2022, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) foram registadas cerca de 175.000 candidaturas, o que correspondeu a cerca de 1.000 milhões de euros em ajudas pagas.

“Estes números, apesar da transição entre programas plurianuais de investimento, demonstram que estamos no rumo certo e que todo o processo decorrerá com normalidade”, vincou, citada no mesmo comunicado, a ministra da Agricultura e da Alimentação.

Maria do Céu Antunes destacou ainda a capacidade de adaptação por parte dos agricultores e das organizações às mudanças introduzidas pela nova Política Agrícola Comum (PAC).

O Governo assegurou que, como habitual, em outubro vão existir condições para proceder ao pagamento dos adiantamentos previstos.

“Foi solicitado à Comissão Europeia que esses adiantamentos possam passar de 50% para 70% nos pagamentos diretos e de 75% para 85% no desenvolvimento rural”, destacou.

A 6 de junho, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou para níveis de execução “inaceitavelmente baixos” nas medidas do PEPAC, com destaque, por exemplo, para o Apoio ao Rendimento Base (ARB).

“A CAP constata que se mantém a falha em toda a linha do sistema das candidaturas ao Pedido Único de Ajudas (PU 2023)”, apontou, em comunicado, destacando que no caso do ARB foram efetuadas candidaturas correspondentes a 18% da área definida como meta.

O PU é um pedido de pagamento direto das ajudas que fazem parte dos regimes sujeitos ao Sistema Integrado de Gestão e Controlo.

Este pedido abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Fonte: Lusa

Economia: Mercado regulado de eletricidade cresceu 5%

No mês de abril, o mercado regulado de eletricidade registou 969 mil clientes, o que corresponde a um aumento homólogo de 5%, associado à subida atípica de preços no mercado grossista, informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“Em abril de 2023, o mercado regulado registava cerca 969.000 clientes, para um consumo estimado em base anual de 3.045 GWh [Gigawatts-hora]. Estes valores representam um aumento de 5% no número de clientes, bem como um acréscimo de 10,3% em consumo, relativamente a abril de 2022”, concluiu a ERSE, no Boletim sobre o Mercado Liberalizado de Eletricidade relativo a abril.

Segundo o regulador, aquele aumento de clientes está associado à “atipicidade relativa à subida de preços no mercado grossista”.

O regulador apontou que, ainda assim, a passagem progressiva para o mercado livre tem tornado a carteira dos comercializadores no mercado regulado (CUR – comercializador de último recurso) concentrada nos clientes domésticos, que representaram em abril 99,8% dos clientes presentes no mercado regulado e 92,6% dos fornecimentos da comercialização de último recurso.

No mês em análise, o mercado livre alcançou cerca de 5,5 milhões de clientes e 42.431 GWh de consumo anualizado, correspondendo a um acréscimo de 11.427 clientes e uma redução de 326,2 GWh em consumo, face a março de 2023.

Já em termos homólogos, aqueles valores representam um aumento de 0,2% em número de clientes e um decréscimo de 0,4% em consumo.

“A quase totalidade dos clientes do mercado livre concentra-se, naturalmente, no segmento dos clientes residenciais, os quais representaram 98,8% do total de clientes”, apontou a ERSE.

Em abril, entraram 21.610 clientes no mercado livre, tendo 7.256 (78,7 GWh) transitado do mercado regulado e 14.354 (28,8 GWh) entrado diretamente para as carteiras de comercializadores em regime de mercado (entradas diretas).

Por outro lado, cessaram contrato no mercado 9.141 clientes (73,3 GWh) sem que tenham celebrado outro contrato de fornecimento (saídas diretas), e regressaram ao mercado regulado 1.042 clientes (5,5 GWh).

Em abril, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre, com uma redução de quota, face a março, de 0,3 pontos percentuais em número de clientes, e 0,1 pontos em termos de consumo, enquanto a Endesa, a Goldenergy, a Galp, a Iberdrola e a MEO Energia mantiveram, sensivelmente, as suas quotas relativamente ao mês anterior.

Já em termos de consumo, a Endesa e a Iberdrola ocupam a segunda e a terceira posição de quota de mercado, tendo a Endesa registado uma redução de 0,4 pontos percentuais e a Iberdrola aumentado 0,8 pontos face a março.

Relativamente ao mês homólogo, a EDP Comercial foi o comercializador que perdeu mais quota em termos de clientes (2,8 pontos percentuais), e a Galp o que perdeu mais em termos de consumo (2,3 pontos).

No sentido contrário, a Goldenergy foi o comercializador com maior ganho de quota em número de clientes (2,0 pontos), e a Iberdrola o que ganhou mais quota em termos de consumo (2,6 pontos).

Fonte: Lusa

X Domingo do Tempo Comum

Segue-Me

Os 6, 3-6 / Slm 49 (50), 1.8.12-15 / Rom 4, 18-25 / Mt 9, 9-13

Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, e disse-lhe: «Segue-me».

Mateus encontrava-se a fazer o mesmo de todos os dias. Sentado diante da sua mesa de trabalho, cobrava impostos. Jesus passa e dirige-lhe, sem deixar espaço a desculpas, uma só palavra: «Segue-me». Esta frase não é um convite, é uma ordem. De onde viria esta autoridade de Jesus sobre Mateus?

De certeza que Mateus já teria estado com Jesus. Já o teria ouvido e até falado com Ele. Jesus já o conheceria e teriam até trocado ideias. Provavelmente, Mateus andava a adiar aquilo que se ia tornando cada vez mais claro: tinha de deixar o seu antigo estilo de vida e deixar-se guiar por Deus. E Jesus não se faz rogado: terá esperado por Mateus até ao limite, mas eis que chegou a altura para lhe dizer que não podia adiar mais; eis que chegou o momento em que Mateus tem de se levantar e seguir caminho.

Quantas vezes já levámos os mesmos assuntos a Jesus, os mesmos problemas, as mesmas perguntas, conscientes de qual o rumo a tomar?

Quantas vezes precisamos de escutar o Senhor a dizer que temos de perdoar aquela pessoa, mostrar mais ternura por aquele irmão, deixar aquele hábito?

Do que estamos à espera? Hoje é o dia em que o Senhor passa diante de nós, pelos lugares onde insistimos em ficar, para nos arrancar das mãos da preguiça ou do medo com uma só palavra: «Segue-me».

Podemos resistir a Jesus. Mas Ele continuará a passar pela nossa vida e não deixará de nos chamar. Porque Ele quer estar connosco. Ele quer-nos livres para fazer o bem. Ele quer que sejamos verdadeiramente alegres e autenticamente seus discípulos. Mas não alcançaremos a alegria sem viver uma verdadeira conversão.

Sentemo-nos nos nossos lugares de sempre. E esperemos que o Senhor passe. Mas no momento em que escutemos a voz do Senhor, não sejamos surdos ao seu chamamento, mas prontos e disponíveis para fazer a sua vontade.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Corpo de Deus e Primeira Comunhão celebrados na concatedral

A 8 de junho, no feriado do Corpo de Deus, 24 crianças celebraram a sua Primeira Comunhão, na concatedral de Miranda do Douro, tendo o pároco local, o padre Manuel Marques, exortado os mais jovens e as suas famílias a participar frequentemente na Eucaristia, para receber a força, a alegria e a luz de Deus.

A Primeira comunhão é a celebração em que as crianças ao participar no sacramento da Eucaristia, recebem pela primeira vez, o Corpo de Cristo, sob a forma de pão (hóstia).

Na celebração da solenidade do Corpo de Deus, o sacerdote disse que a Eucaristia é o centro e fonte da vida da Igreja.

Dirigindo-se às famílias das 24 crianças que se preparavam para a sua Primeira Comunhão, o sacerdote animou-os a aprofundar a devoção à Eucaristia.

“Participai frequentemente na Eucaristia e alimentai-vos da vida de Jesus, o Pão da Vida que dá força e alegria. Se o fizerdes, Jesus torna-se a luz das vossas escolhas e ações”, disse, na homília, que decorreu na antiga sé, em Miranda do Douro.

Por causa da chuva, a procissão pelas ruas de Miranda do Douro foi cancelada, tendo-se realizado a oração de adoração ao Santíssimo Corpo de Deus.

A solenidade litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de Missa e Ofício próprios.

Esta solenidade terá chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de festa de Corpo de Deus; a exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60.º dia após a Páscoa, uma quinta-feira, fazendo assim a ligação com a Última Ceia de Quinta-feira Santa.

HA

Mogadouro: Teatro baseado no livro “O Lodo e as Estrelas”

O município de Mogadouro promove, de 9 até 18 de junho, a peça de teatro “O Lodo e as Estrelas”, baseada no livro do padre Telmo Ferraz, que foi censurado pela PIDE.

Telmo Ferraz foi capelão durante a construção das barragens de Picote e Miranda, onde presenciou as dificuldades dos trabalhadores que ajudaram a construir estes dois empreendimentos hidrelétricos, edificados no Douro Internacional.

De acordo com o encenador da peça de teatro, Rui Silva, a peça foi adaptada do livro “O Lodo e as Estrelas”, para dois atores fazerem uma viagem no tempo até ao povoado que foi crescendo junto destas barragens durante a sua construção, num cenário imaginário.

A vereadora da Cultura, Márcia Barros, referiu que esta peça parte da intenção de uma dupla homenagem: ao autor, o padre Telmo Ferraz, e a toda a classe operária que contribuiu para a construção da barragem.

Fonte: Lusa

Mogadouro: João Almeida confirmado nos Nacionais de ciclismo de estrada

O ciclista João Almeida (UAE Emirates), terceiro classificado na Volta a Itália, vai estar nos Campeonatos Nacionais de ciclismo de estrada, que se realizam em Mogadouro, entre 23 e 25 de junho, confirmou a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).

João Almeida, que no final de maio alcançou um inédito pódio para Portugal no Giro de Itália, vai tentar renovar o título de campeão nacional de fundo, que conquistou em 2022, em Mogadouro, vila transmontana que acolhe pelo segundo ano consecutivo os Nacionais.

Na conferência de imprensa que decorreu a 7 de junho, em Mogadouro, o presidente da FPC, Delmino Pereira, disse que João Almeida é um dos nomes grandes do ciclismo nacional da atualidade e confirmou que o jovem de 24 anos marcará presença na competição.

“Estando o ciclista João Almeida nesta onda positiva, depois de um lugar no pódio do Giro, será uma chamariz para os apreciadores desta modalidade”, vincou.

Delmino Pereira destacou ainda a presença “significativa” de ciclistas femininas, em cuja prova estarão presentes as melhores do pelotão nacional.

“Teremos em Mogadouro um conjunto de fatores acrescidos que fazem destes campeonatos uma referência no mundo do ciclismo”, frisou Delmino Pereira.

Para o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, o município tem o conceito de ajudar a dinamizar todo o território havendo uma seleção nas iniciativas desportivas ou outras.

“Em relação aos Campeonatos Nacionais de Estrada, o município tudo fez para que esta prova tivesse continuidade em Mogadouro dada a excelente adesão do público na edição de 2022. Esta prova traz retorno económico para o concelho com a restauração e hotelaria com lotação esgotada”, enfatizou o autarca.

A corrida de fundo de elites masculinas encerra o programa dos Nacionais: a prova arranca às 11:30, do dia 25 de junho e os corredores vão enfrentar 169,6 quilómetros, dos quais 56,5 quilómetros serão feitos fora do circuito, a sul de Mogadouro.

A chegada está prevista para as 16:00, à sexta passagem pela meta, momento em que se conhecerá quem sucede a João Almeida ou se o próprio corredor da UAE Emirates conseguirá revalidar o título.

Todas as corridas têm chegada na Avenida Nossa Senhora do Caminho, no centro da vila de Mogadouro, local onde também acontecem as partidas das provas de fundo.

O programa da competição começa no dia 23 de junho com os contrarrelógios individuais, que irão disputar-se no mesmo percurso já utilizado em 2022, com partida na Avenida Regimento dos Comandos e que no ano passado coroou Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) como campeão nos elites.

A 24 de junho decidem-se os títulos de fundo femininos e sub-23.

Fonte: Lusa

Terrenos: CIM-TT quer que Governo continue a financiar balcões do prédio

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes solicitou ao Governo que continue a financiar os balcões do prédio ou os municípios vão encerrar estes espaços destinados ao cadastro de terrenos, de forma gratuita para os proprietários.

O presidente da CIM, Jorge Fidalgo, disse que há municípios que vão fechar os balcões no final do mês porque deixam de ter financiamento a partir de 16 de junho, data em que termina o contrato entre a Comunidade Intermunicipal e o Governo.

Os municípios de Vimioso e Bragança já anunciaram que vão encerrar os respetivos balcões a 30 de junho, assumindo as despesas no período que medeia entre o final do mês e o dia 16, quando se esgotam os 24 meses acordados entre as partes para fazer o cadastro predial, no âmbito do projeto que ficou conhecido como BUPI (Balcão Único do Prédio).

O Governo contratualizou este serviço com vários municípios por todo o país, entre os quais os da CIM-Terras de Trás-os-Montes, que fez uma candidatura para o feito de quase 2,4 milhões de euros, 85% dos quais financiados pelo Fundo Social Europeu (FSE) e os restantes 15% a cargo dos municípios.

Mogadouro que já tinha feito o cadastro dos terrenos, foi o único dos nove municípios da CIM-TTque ficou de fora da candidatura, tendo sido contemplados Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Vila Flor, Vimioso, Miranda do Douro e Mogadouro.

O presidente da CIM-TT, Jorge Fidalgo, informou que embora alguns municípios tenham ultrapassado as metas, no global não foi alcançado o objetivo contratualizado de cada um dos municípios georreferenciar metade do número total de matrizes, no prazo de 24 meses, que termina no dia 16 de junho.

Numa exposição feita em maio, por escrito, às tutelas deste processo, a CIM-TT justifica com “as dificuldades inerentes ao processo de contratação pública e/ou de recrutamento e formação de técnicos para os balcões BUPI” os atrasos que levaram a que a abertura “da maioria dos balcões ocorresse já no ano de 2022”.

A procura de espaços físicos e equipamento para funcionamento dos balcões é apontada como outro fator que influenciou o atraso.

A CIM-TT salienta que depois de abrirem, estes balcões registaram “uma excelente adesão do público”, existindo marcações para “um a dois meses”.

“Pese embora todos os esforços desenvolvidos, não irão serão cumpridos os objetivos inicialmente propostos”, lê-se na exposição feita à tutela, onde destaca “a importância deste projeto para os cidadãos e para os municípios”.

“Entendemos assim que, para além de se tornar necessário, no imediato, garantir a continuidade do financiamento dos balcões BUPI, há também que garantir no futuro este serviço aos cidadãos e, portanto, dotar os municípios das fontes de financiamento necessárias”, acrescenta.

Se não houver financiamento depois de 16 de junho, os oito municípios que integram o projeto dizem não ter como o financiar e que “terão que dispensar e prescindir das equipas e técnicos contratados e por conseguinte encerrar os balcões BUPI apôs aquela data”.

O presidente da CIM-Terras de Trás-os-Montes disse ainda que este assunto será discutido em reunião do Conselho Intermunicipal agendada para quarta-feira, dia 14 de junho.

Fonte: Lusa