Cultura: Arte e Coesão Territorial para os territórios de baixa densidade

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lançou em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, o programa Arte e Coesão Territorial, com uma dotação de um milhão de euros, destinado aos territórios de baixa densidade cultural.

“Estamos a falar de territórios que no seu conjunto correspondem a cinco por cento de população residente. Mas, esses cinco por cento devem mesmo ser vistos como uma prioridade”, afirmou Pedro Adão e Silva.

O governante falava aos jornalistas após a apresentação do Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial, que decorreu na Casa de Artes e Cultura de Vila Velha de Ródão, cuja dotação global é de um milhão de euros e irá abranger 76 municípios, localizados em 19 das 25 NUTS III (núcleos de unidades territoriais ou administrativas).

“O que este programa tem também de interessante é que quando forem analisadas as candidaturas serão valorizadas aquelas que têm uma dimensão de envolvimento comunitário e elementos de continuidade, isto é, uma vez terminado este apoio há princípios e lógicas para continuar. Isto para promover algum enraizamento social”, disse Pedro Adão e Silva.

O ministro recordou ainda a existência de vários programas de apoio às artes e à cultura. Contudo, sublinhou que quando se olha para o mapa do país verifica-se “que há um conjunto de concelhos que estão fora desses apoios”.

“Os programas nacionais tem quotas regionais e isso é um bom principio. Mas, as quotas regionais são as ‘regiões plano’ e o que notamos é que dentro de cada uma das regiões há enormes assimetrias”, sustentou.

Pedro Adão e Silva explicou que este programa ao ser desenhado foi feito “como um complemento a essa desigualdade dentro dessas regiões”. “Terá um milhão de euros dedicado apenas aos municípios que, de acordo com o observatório Português das Atividades Culturais [OPAC], identifica os concelhos do país de baixa densidade cultural”.

O programa irá apoiar projetos culturais com a duração máxima de dois anos e que se desenvolvam com a participação das comunidades, estruturas, artistas e agentes sócio-culturais locais.

O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, disse que a cultura nas regiões do interior “tem sido bem tratada”.

“Os municípios têm feito um bom trabalho bem como as pessoas que dinamizam a cultura. Aqui começa a fazer pouco sentido dizer que a cultura é o parente pobre dos nossos orçamentos”, frisou.

Podem candidatar-se ao programa pessoas coletivas de direito privado com sede em Portugal, grupos informais (desde que nomeiem como seu representante uma pessoa singular ou coletiva com domicílio ou sede fiscal no país) que aqui exerçam, a título dominante, atividades profissionais artísticas.

O Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial estava incluído na Declaração Anual da Direção-Geral das Artes, para 2023, divulgada no passado mês de janeiro, já com uma dotação de um milhão de euros, no mapa de apoios previstos.

Em março, numa deslocação a Leiria, o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, colocou este programa num “novo contexto” em curso de “correção das assimetrias regionais, da coesão territorial através da cultura”.

Américo Rodrigues, que sublinhava uma maior dispersão de apoios pelo território nacional, reconhecia no entanto ser “preciso um outro mecanismo de maior atenção”, o Programa Arte e Coesão Territorial, “mesmo para intervir cirurgicamente”, com a intenção de “dar apoio a regiões de menor índice cultural, onde é mais urgente apoiar”, porque “estão de alguma forma mais marginalizadas no acesso à cultura ou no acesso à criação cultural”.

Fonte: Lusa

Ambiente: Plano de eficiência hídrica para Trás-os-Montes

O Governo estipulou um prazo de 90 dias para que as entidades regionais e nacionais definam as bases do Plano Regional de Eficiência Hídrica de Trás-os-Montes, segundo despacho publicado em Diário da República (DR).

O despacho assinado pelos ministros do Ambiente e da Agricultura determina que “no prazo de 90 dias” a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) “apresentam as bases do plano” a este dois membros do Governo responsáveis pela tutela do processo.

O anúncio da elaboração do plano para o combate à seca em Trás-os-Montes foi feito a 15 de maio, num encontro que juntou várias entidades regionais e nacionais, assim como membros do Governo, em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança.

A iniciativa foi apresentada como “o primeiro passo” para um trabalho que os envolvidos anteveem demorado e cuja primeira fase se inicia com “o estabelecimento das suas bases, envolvendo os principais interessados, através da identificação dos fatores críticos e de soluções”.

A explicação consta do despacho agora publicado que oficializa o processo de elaboração do plano, assente na “avaliação das disponibilidades e os consumos hídricos para os usos atuais e estabelecimento de cenários prospetivos que tenham em conta os efeitos das alterações climáticas”.

Determina também o “estabelecimento de metas e horizontes temporais de eficiência hídrica para os principais usos, nomeadamente os associados aos setores agrícola e urbano”, e a identificação de medidas de curto e médio prazo que promovam a utilização de água para reutilização e a eficiência hídrica.

Visa ainda a “identificação de soluções estruturais e novas origens de água que complementem o previsível decréscimo do recurso por via das alterações climáticas”.

Segundo o despacho, a APA e a DGADR coordenam a elaboração das bases do plano “em estreita articulação” com as Águas de Portugal, Administração da Região Hidrográfica do Norte, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Comunidade Intermunicipal do Douro e federação Nacional de Regantes de Portugal, envolvendo as associações de regantes da região.

“Podem participar, ainda, outras entidades com relevância para os objetivos do plano, a convite da APA e da DGADR”, determina o Governo.

O apoio logístico e administrativo necessário à elaboração do plano é assegurado pela APA e a tutela esclarece que “a participação na elaboração das bases do plano não confere direito ao pagamento de qualquer remuneração, compensação ou assunção encargos adicionais”.

O plano para mitigar os efeitos da seca começou a ser discutido numa altura em que a região transmontana não tem “nenhum problema de abastecimento de água”, ao contrário do que aconteceu no ano passado.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Temperaturas vão subir no começo do verão

As temperaturas vão subir a partir de quinta-feira, dia 22 de junho prevendo-se máximas no sul do país que podem chegar aos 42 graus, contribuindo para ondas de calor, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

A meteorologista do IPMA, Maria João Frada, disse que a subida das temperaturas será “muito significativa”, acima da média para a época do ano, e deverá manter-se pelo menos até dia 27 de junho.

“Hoje estão previstos períodos de chuva ou aguaceiros que podem localmente ser intensos e acompanhados de trovoadas nas regiões do norte e centro e de granizo durante a tarde apenas no interior norte e centro. No sul será fraca e pouco frequente. Amanhã [terça-feira] há possibilidade de ocorreram ainda alguns aguaceiros nas regiões do norte e centro, mais prováveis a litoral a norte do cabo Mondego”, disse.

De acordo com Maria João Frada, na quarta-feira, 21 de junho. dia em que se inicia o verão, ainda estão previstos aguaceiros durante a noite nas regiões do Norte e Centro, mas deverá melhorar em termos de nebulosidade a partir do final da manhã.

“Depois vamos ter uma situação de tempo quente. Vamos passar de temperaturas amenas para calor, para temperaturas mais elevadas. As zonas mais quentes serão o Vale do Tejo e o interior do Alentejo e Algarve. No restante território deverão situar-se acima dos 30 graus”, indicou.

Segundo Maria João Frada, no fim de semana, as temperaturas poderão chegar aos 38 e 40 a 42 graus Celsius em alguns locais a sul do Tejo.

“No restante território as temperaturas máximas deverão situar-se entre os 30 e os 35 graus, com exceção da faixa costeira que ainda é incerto. Grande parte das estações do IPMA a sul do Tejo irá estar a contribuir para onda de calor. O IPMA deverá emitir avisos de tempo quente”, indicou.

A meteorologista do IPMA adiantou que as temperaturas mínimas também vão subir a partir de quinta-feira e manter-se pelo menos até dia 27, com valores elevados para esta época do ano.

“Vamos ter também uma subida significativa das mínimas. Vamos ter noites tropicais, ou seja temperaturas iguais ou superiores a 20 graus, nomeadamente a sul do Tejo”, disse.

Maria João Frada destacou ainda que, na sequência do tempo quente, o perigo de incêndio rural vai agravar-se para muito elevado e máximo em todo o território.

Fonte: Lusa

XI Domingo do Tempo Comum

«Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?»

Ex 19, 2-6a | Slm 99 (100), 2.3.5 / Rom 5, 6-11 / Mt 9, 36 – 10, 8

Como vai o mundo? Quando paramos um instante e olhamos as pessoas à nossa volta, o que vemos? Basta entrar num autocarro ou num café, parar um pouco numa praça ou simplesmente assomar a uma janela… haverá rostos mais tristes do que aqueles que cruzam as nossas cidades?

Podemos afirmar, com alguma segurança, que em países como a Ucrânia ou num campo de refugiados em África, que na Venezuela ou num qualquer recanto da Ásia encontraremos rostos ainda mais tristes. Talvez seja verdade. Mas isso não nos deve impedir de reconhecer a tristeza que parece dominar as vidas dos que nos rodeiam.

O atual momento de desesperança generalizada tem de mexer connosco e levar-nos a dizer ao Senhor: «Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?». O Senhor precisa de nós. Ele conta connosco.

Onde é que Ele nos está a chamar? Que pessoa devemos visitar? A quem devemos ligar? Com quem é que poderíamos estar a rezar? Quem tem de estar nas nossas orações? Com quem é que deveríamos partilhar mesa mais vezes?

Esta semana, façamos uma revisão de vida, começando pelas nossas casas, tendo bem presente o ensinamento de Santa Teresa de Calcutá de que é precisamente em casa que começa a caridade.

O mundo está a precisar de silenciosos operários da cruz, de pessoas sem receio de tocar a dor, o sofrimento, a solidão de outros. E isto não como quem resolve problemas, mas como quem, com compaixão, partilha caminho com o outro.

Não nos desculpemos com a ausência de forças: saltemos do sofá movidos por Deus. Aprendamos a caminhar com as nossas inseguranças e procuremos estar ao lado dos outros na sua paixão.

É para acompanhar o outro que fomos chamados. É para construir e anunciar o Reino que fomos escolhidos. Foi esta a aventura que começou no nosso Batismo. É para ser enviados que somos chamados.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Algoso: Palombar vai recuperar florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras

No sábado, dia 17 de junho, a localidade de Algoso, no concelho de Vimioso, vai assinalar o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação com a apresentação de vários projetos ambientais, entre os quais o novo projeto da Palombar que visa recuperar florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras.

A celebração do Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação é uma iniciativa da Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural, em conjunto com a Direção Regional de Conservação da Natureza e das Florestas do Norte (ICNF|DRCNF e o Município de Vimioso.

No decorrer do evento em Algoso vão ser apresentados vários projetos de combate à desertificação, que estão a ser implementados no norte de Portugal, nomeadamente em Vimioso, Mogadouro, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa.

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Um destes projetos é o UP4REHAB – Unidade de Paisagem para o Restauro dos Solos e dos Habitats de Algoso, que vai ser apresentado pela Palombar.

Sobre este novo projeto, está prevista uma visita de campo, que tem como principal objetivo promover a recuperação dos solos e o restauro de florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras, através da reconversão de eucaliptais para estes habitats, de forma a aumentar a resiliência do território face à desertificação e aos riscos climáticos.

O projeto é financiado em quase 745 mil euros pelo programa europeu COMPETE 2020 e pela iniciativa REACT-EU.

As alterações climáticas e os processos de desertificação são uma das principais ameaças à conservação dos solos, dos ecossistemas e da biodiversidade.

“A desertificação em particular, fruto da degradação da terra induzida pelas atividades humanas, promove a redução da capacidade da terra e do solo de produzir os bens e serviços dos ecossistemas de que a sociedade e todos os seres vivos dependem. É, por isso, igualmente uma meta central deste projeto combater estas ameaças a médio/longo prazo” lê-se no comunicado.

Este ano, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), dedica este dia à reflexão e sensibilização para o papel das mulheres na luta contra a desertificação.

Fonte: Palombar

Vimioso: Apicultores recebem formação sobre combate à vespa velutina

No serão do dia 15 de junho, no auditório do pavilhão multiusos, em Vimioso, foi ministrada uma sessão de esclarecimentos aos apicultores do concelho sobre a vespa velutina, uma espécie invasora que se alimenta de abelhas e que causa graves prejuízos ao setor apícola.

A sessão de esclarecimento realizada em Vimioso insere-se no âmbito do plano estratégico de gestão definido pela Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e contou com a participação do presidente desta entidade, o autarca, Jorge Fidalgo.

Na abertura da sessão, o também presidente do município de Vimioso, apelou aos apicultores do concelho para que se organizem numa associação local, de modo a beneficiarem de apoios municipais e comunitários.

“Temos conhecimento de que os apicultores têm sido muito prejudicados com as alterações climáticas, com a seca e agora com a praga das vespas velutinas que se alimentam de abelhas. Sabemos também da importância das abelhas para a natureza, pois são os principais polinizadores”, disse.

De seguida, Carlos Ruas, da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho informou que estas sessões visam informar as comunidades e em particular, os apicultores, sobre esta espécie invasora, que é oriunda do sudeste asiático e foi introduzida na Europa (França) em 2004, tendo depois chegado ao norte de Portugal em 2011.

“A nível europeu foi definida uma estratégia de combate à propagação da vespa velutina ou asiática, que difere na vespa crabro, por ser mais escura. Como as demais espécies  de vespas, reage de forma agressiva, se perturbada, sendo ainda mais reativa se se encontrar nas proximidades do ninho, pelo que não deve ser perturbada, exceto por profissionais qualificados”, informou.

Dirigindo-se aos apicultores presentes na sessão, em Vimioso, Carlos Ruas, sublinhou a importância de colocar armadilhas nos apiários, sobretudo nos meses de fevereio e março, de modo a evitar a propagação desta espécie que se alimenta de abelhas.

“As vespas velutinas causam desiquilíbrios ambientais ao reduzirem significativamente o número de abelhas”, explicou.

Ainda sobre os impactos na apicultura, o membro da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho, indicou que esta espécie invasora provoca vários prejuízos, entre os quais: a morte prematura das abelhas e a consequente redução dos enxames; perdas da rainha; o aumento dos custos para os apicultores com a aquisição de armadilhas e outros equipamentos; uma quebra da produção de mel na ordem dos 25%.

Para apoiar os apicultores, a CIM-TT definiu uma estratégia de atuação, que consiste na aquisição de equipamentos para o controlo desta praga e destruição dos ninhos da vespa asiática.

“A CIM-TT distribuiu quatro mil armadilhas pelos apicultores dos nove municípios”, informou.

Simultaneamente, são realizadas ações de esclarecimento junto das populações, para a adoção de boas práticas. Entre estas práticas, recomenda-se a comunicação imediata à proteção civil dos municípios, sobre o aparecimento de ninhos nas localidades.

De acordo com Francisco Bruçó, do serviço municipal de proteção civil de Vimioso, até ao momento, no concelho vimiosense foram identificados três ninhos de vespa asiática, dois em Matela e um em Santulhão.

Segundo a Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho, é no litoral que ocorre o maior aparecimento de ninhos de vespa velutina, dado que esta espécie prefere temperaturas mais amenas.

No município de Vimioso, para comunicar a detecção de ninhos de vespa velutina
contacte a Proteção Civil Municipal através do número
966747403 ou aceda ao site STOP vespa.

HA

Férias: GNR reforça patrulhamento e fiscalização nas estradas até setembro

A GNR reforçou o patrulhamento e a fiscalização nas estradas com o objetivo de garantir a segurança rodoviária durante as deslocações na época de verão, numa operação que vai decorrer até 10 de setembro.

Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) adianta a operação “Hermes – Viajar em Segurança” visa contribuir para a “redução da sinistralidade rodoviária, garantir a fluidez do tráfego e apoiar todos os utentes das vias”.

A GNR justifica esta operação com o aumento “substancial de tráfego” durante esta altura do ano face ao afluxo de turistas estrangeiros, de emigrantes e das deslocações de cidadãos nacionais para locais de féria.

As estatísticas dos acidentes de viação “continuam a apresentar números preocupantes no que diz respeito a crianças, jovens e adultos que se fazem transportar nos bancos da retaguarda dos veículos ligeiros de passageiros e nos veículos pesados de mercadorias e de passageiros, sem fazerem uso de sistemas de retenção”, lembra a guarda.

A GNR alerta igualmente para o aumento em 2022 da percentagem de condutores em estado de embriaguez, com uma taxa de álcool no sangue (TAS) superior a 1,2 g/l.

Durante a operação, a GNR vai incidir a fiscalização aos “comportamentos de risco” que colocam em causa a segurança rodoviária, como manobras perigosas de ultrapassagem, condução sob o efeito do álcool e de substâncias psicotrópicas, condução sem habilitação legal, excesso de velocidade, incorreta ou não utilização do cinto de segurança e uso do telemóvel ao volante.

Fonte: Lusa

Saúde: 18 urgências de pediatria abertas 24 horas no verão

11 urgências de pediatria da região Norte e sete da região Centro vão estar a funcionar de forma ininterrupta no verão, entre julho e setembro, revelou a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na região Norte, estarão a funcionar em pleno: ULS Nordeste – Bragança; CHTMAD – Vila Real; ULS Alto Minho – Viana do Castelo; Hospital de Braga – Braga; Hospital Nossa Senhora da Oliveira – Guimarães; CH Médio Ave – Vila Nova de Famalicão; CHPV/VC – Póvoa de Varzim; CHTS – Penafiel; Urgência Integrada de Pediatria do Porto (UPIP) – CHUSJ – Porto; CHVNG/E – Vila Nova de Gaia e CHEDV – Santa Maria da Feira.

Com funcionamento ininterrupto na região Centro estarão: CHBV – Aveiro; CHUC – Coimbra; CHTV – Viseu; CH Leiria – Leiria; ULS Guarda – Guarda; ULS Castelo Branco – Castelo Branco e CHUCB – Covilhã.

Esta decisão da direção executiva do SNS é válida para os meses de julho, agosto e setembro e os resultados deste plano estratégico serão avaliados para decisões futuras.

“O reforço do trabalho em rede entre as equipas de instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários, assim como o planeamento estratégico atempado da resposta, é uma das missões centrais da direção executiva do SNS”, explicou ainda na nota de imprensa.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Jornadas de arqueologia com oficinais experimentais

No âmbito das Jornadas Europeias de Arqueologia que decorrem nos dias 16, 17 e 18 de junho, o município de Miranda do Douro vai desenvolver no sábado, dia 17 de junho, entre as 10 e as 17 horas, na alcáçova do castelo de Miranda do Douro, oficinas de arqueologia experimental.

O município de Miranda do Douro informa que na atividade vão realizar-se oficinas de arte rupestre, talha lítica, cerâmica do Neolítico, missangas e arqueologia.

A iniciativa vai integrar ainda uma breve exposição e explicação por parte de investigadores da Universidade de Valladolid e da Universidad Nacional de Educación a Distância (UNED) de algum espólio arqueológico, proveniente de intervenções arqueológicas, no concelho de Miranda do Douro.

Segundo a autarquia, esta atividade tem a colaboração da Rede dos Castros e da Sociedade Ibérica de Arqueologia (projetos transfronteiriços em construção) e destina-se ao público em geral.

HA

Malhadas: Concurso de bovinos mirandeses visa homenagear os criadores

No dia 24 de junho, o mercado de gado, em Malhadas, volta a ser o recinto do Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, um evento que visa homenagear os criadores desta raça autóctone, que antes da mecanização da agricultura foram a principal força motriz nos trabalhos agrícolas e atualmente dão origem à Carne Mirandesa, um produto considerado de excelente qualidade.

Após o dia de pastoreio nos lameiros, a manada de bovinos mirandeses regressa ao estábulo ao final da tarde.

Em 2022, no concelho de Miranda do Douro existiam cerca de 50 explorações, com um total de 2000 animais jovens e adultos e 1100 fêmeas adultas. No entanto, segundo a Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), entre maio de 2022 e maior de 2023, houve um decréscimo de animais, devido à seca e à falta de forragens nos campos, o que obrigou os criadores a vender ou abater alguns dos seus animais.

Em Malhadas, Inês Filomena tem uma exploração com 40 bovinos mirandeses, que descreve como animais inteligentes, enérgicos e dóceis no maneio.

Se noutros tempos, a pecuária e a agricultura contribuíram para a fixação de pessoas na aldeia, hoje em dia, Inês Filomena afirma que é preciso gostar muito destas atividades e em particular do maneio dos animais, para que haja pessoas e sobretudo jovens que se dediquem à pecuária.

No dia-a-dia, os criadores de bovinos mirandeses são também agricultores, pois têm que que cultivar os campos para obter alimento para os animais. Dos campos retiram erva, aveia, milho, nabos, abóboras e outras hortícolas, para que sirvam de suplemento ao pastoreio.

“Este ano, as chuvas de maio e início de junho vieram vieram ajudar a produção de erva nos lameiros. Mas por outro lado, estragaram as colheitas da aveia e do feno”, informou.

Para ajudar noutras despesas, o município de Miranda do Douro apoia os criadores com o pagamento dos custos da sanidade animal, que consiste na realização das análises sanguíneas para despiste de doenças como a tuberculose, a brucelose e outras.

“O município paga ainda as despesas com a desparazitação de todos os animais do concelho (bovinos, caprinos, suinos, asininos, etc.) e assegura a vacinação anual. O município está também a estudar formas de novos apoios aos criadores das raças autóctones”, especificou o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

Segundo o município de Miranda do Douro, os apoios concedidos aos criadores de animais de todo o concelho atingem um custo anual de mais de 83 mil euros.

Relativamente ao concurso concelhio dos bovinos mirandeses, agendado para o dia 24 de junho, em Malhadas, o vice-presidente do município destacou que este evento é sobretudo um dia de festa para os criadores e também para o público que visita o certame.

Por sua vez, o presidente da freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, reconheceu a importância do concurso concelhio dos bovinos mirandeses, para a localidade, onde está edificado o posto zootécnico, a sede da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa e o mercado de gado.

“Quando falamos de Malhadas temos que referir-nos obrigatoriamente às raças autóctones, como são os bovinos mirandeses e os ovinos de raça churra galega mirandesa, que dão origem a dois produtos ímpares deste território, como são a carne mirandesa e o cordeiro mirandês”, indicou.

Sobre o concurso dos bovinos mirandeses, o autarca local, destacou que o certame atrai a vinda de muitos visitantes à localidade e confere-lhe um maior dinamismo económico.

“O concurso tem duas partes: durante a manhã decorre a exibição, avaliação e entrega dos prémios aos criadores. À tarde e após o almoço convívio, realizam-se as chegas dos touros, que constituem um espetáculo taurino que desperta o interesse e a visita de milhares de pessoas”, disse.

Todos os anos, o concurso concelhio de bovinos de raça mirandesa proporciona não só o encontro e o convívio entre os criadores do concelho de Miranda do Douro, mas é também uma oportunidade para o público conhecer mais de perto esta raça originária da Terra de Miranda.

O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa e Chega de Touros é uma parceria entre o município de Miranda do Douro e a ACBRM – Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, sob a orientação técnica da Direção Geral de Alimentação e Veterinária e da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes.

HA