VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Virtudes

Sof 2, 3; 3, 12-13 / Slm 145 (146), 7-10 / 1 Cor 1, 26-31 / Mt 5, 1-12a

As Bem-Aventuranças são paradoxais, um verdadeiro contrassenso que rasga o caminho da felicidade. Elas traçam o itinerário de instauração do reino de Deus através de oito atitudes vitais, formando um círculo perfeito, que se inaugura com a felicidade dos pobres em espírito – a primeira bem-aventurança – e reencontra o ponto de partida na perseguição gerada pelo seguimento de Jesus – a oitava. Entre estas duas, que têm o Reino como fruto, residem todas as demais.

O reino dos Céus está ao alcance daqueles que vivem ao estilo de Jesus, em pobreza de opinião, de vontade, de quereres e apeteceres, arriscando o desprezo e desvalorização de outros. Não há verdadeira liberdade para Deus quando estamos cheios de nós. Nunca encontraremos a alegria enquanto desperdiçarmos energias nos nossos inegociáveis. Pois cada um dos nossos inegociáveis força-nos a sacrificar o essencial no altar do supérfluo. Cada um dos nossos inegociáveis torna-se senhor de nós quando há um só Senhor: o Deus de bondade.

Sem grande consciência, enchemos as nossas rotinas de inegociáveis. Eles podem ser o ginásio, uma série, ou um qualquer outro mimo aparentemente inócuo. Mas estas restrições, estes impedimentos, quando bloqueiam a alma para a liberdade do Evangelho, fecham-nos ao Espírito.

Naturalmente, todos nós precisamos dos nossos tempos de descanso. Mas o único inegociável, o único imprescindível é o Senhor. Sempre que estabelecermos limites ou preferências, temos de nos recordar do sentido da nossa vida, que não é a autopreservação nem a rigidez de alma, mas sim o Reino.

Para viver o Reino, há que não recear as dificuldades nem temer as resistências. Há que seguir o caminho do Mestre, em grande pobreza interior quanto à própria vontade. Foi este o estilo de Jesus e não há outra forma. Só assim faremos das lágrimas, da fome e da humildade, alegria. Só assim receberemos da mão do Senhor o cumprimento das promessas que nos fez. Só assim seremos sinal de misericórdia, de paz e de reconciliação entre a humanidade. Só assim seremos Reino, felizes e bem-aventurados.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1960

Aldeia Nova: Domingo há concerto na igreja paroquial

No próximo Domingo, dia 29 de janeiro, vai iniciar-se em Aldeia Nova, o novo ciclo de concertos de inverno promovidos pelo município de Miranda do Douro, com o propósito de presentear as populações do concelho com esta oferta cultural.

O primeiro dos concertos de Inverno está agendado para as 16h00, na igreja paroquial de Aldeia Nova, onde o grupo Jacinto Neves – Concentus Per Tempora Emsemble vai presentear a população local com o concerto “Das Tendas no Alto da Ajuda ao Douro Vinhateiro”.

O músico Jacinto Neves é violinista, natural de Santa Maria da Feira e há muito que se interessa por levar a música erudita a outras regiões do país, como é o caso do concelho de Miranda do Douro.

Sobre o concerto do próximo Domingo, em Aldeia Nova, o músico adiantou que o espetáculo musical vai ser diversificado.

“Vamos interpretar várias obras musicais, dos diferentes períodos da música erudita, desde o barroco, ao românico, etc.”, informou.

O concerto vai ser interpretado por Jacinto Neves (violino), uma pianista e um contrabaixista. A estes músicos vão juntar-se também dois músicos locais, o Luís Velho, no violino e a Filipa Pereira, na flauta.

Segundo município de Miranda do Douro, os “Concertos de Inverno” visam dar continuidade à política de descentralização da atividade cultural, oferecendo espetáculos musicais às populações das várias localidades do concelho.

Para a realização destes concertos, o município de Miranda do Douro agradece a colaboração da Diocese de Bragança-Miranda, ao permitir que os espetáculos se realizem nas várias igrejas paroquiais do concelho.

HA

Política: Aprovados investimentos no programa de Valorização do Interior

Os investimentos aprovados no âmbito do Programa de Valorização do Interior ascendem a 6,6 mil milhões de euros e permitiram manter ou criar 34 mil postos de trabalho, anunciou a ministra da Coesão Territorial.

No final da reunião semanal do Conselho de Ministros, realizada em Castelo Branco, Ana Abrunhosa revelou ainda que as medidas de atração de pessoas para o interior, como os programas “Trabalhar no Interior” e “Regressar”, mobilizaram 2.800 pessoas para estes territórios.

O “Trabalhar no Interior” prevê um apoio máximo de 4.800 euros às pessoas que se mudem do litoral para o interior, enquanto o “Regressar” prevê um subsídio até 7.600 euros para as pessoas que se desloquem do estrangeiro para o interior do país.

Segundo a ministra da Coesão Territorial, o distrito de Castelo Branco foi o mais procurado entre os cidadãos que foram do litoral para o interior, com cerca de 300 pessoas, tendo sido o segundo que mais acolheu pessoas anteriormente residentes no estrangeiro, com cerca de 200.

Ana Abrunhosa apontou ainda dados relativos a apoios a empresas no âmbito de sistemas de incentivos para territórios do interior, tendo sido aprovados 3.000 projetos nestes territórios, que perfazem um investimento de 3.000 milhões de euros.

“Portanto, diria que é uma avaliação muito positiva em relação aos números deste programa”, sublinhou a ministra da Coesão Territorial.

O Programa de Valorização do Interior foi aprovado em Conselho de Ministros em julho de 2018 e foi revisto em 2021.

Atualmente, segundo a ministra, o programa tem quatro dimensões: pessoas, empresas, território e fronteira, e sistema científico e tecnológico.

O Governo decidiu retomar a realização de reuniões descentralizadas do Conselho de Ministros, tendo nos últimos dois dias vários membros do executivo visitado os concelhos do distrito de Castelo Branco, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”.

A iniciativa tinha começado em 2020, mas teve de ser interrompida devido ao início da pandemia de covid-19, após uma única reunião no distrito de Bragança.

Questionada no ‘briefing’ sobre o compromisso de continuar a reduzir as portagens nas autoestradas do interior, Ana Abrunhosa referiu que o ministro das Infraestruturas esteve reunido na quarta-feira em Castelo Branco com a Plataforma P’la Reposição das Scut A23 e A25 e que haverá uma nova reunião no próximo mês.

“Até ao dia 15 de fevereiro vamos trabalhar dentro do Governo para dar uma resposta que esclareça de uma vez por todas qual é a posição do Governo relativamente às portagens do interior e da A22 [no Algarve]”, afirmou.

A ministra reiterou que as portagens no interior são “um custo de contexto”, sem constituir um enviesamento das políticas de aposta nos transportes públicos, e lembrou que o Orçamento do Estado prevê a criação de um grupo de trabalho com vários ministérios para repensar o modelo de serviço público nesta área.

“Reduzir as portagens é em si contraditório com uma política pública que deve criar incentivos para uso dos transportes coletivos. Acontece que no interior temos de trabalhar muito na criação de um sistema de mobilidade, que não existe. Não existindo, as portagens são mesmo um custo de contexto”, declarou.

Fonte: Lusa

Política: PS quer acabar com barragens isentas de pagamento de IMI aos municípios

O líder parlamentar do PS afirmou que a bancada socialista quer acabar com a isenção do pagamento aos municípios do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), por empresas detentoras de barragens, em particular a EDP.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias sustentou que a isenção no pagamento do IMI, designadamente aplicada a barragens detidas pela EDP, “não tem fundamento”.

“Consideramos que há um quadro normativo que deve ser explorado e que tem contexto suficiente para que o Governo e a Autoridade Tributária possam efetivamente permitir aos municípios cobrar as receitas que lhes são devidas. Falo em particular dos municípios de Trás-os-Montes, caso de Miranda do Douro, entre outros”, apontou o presidente do Grupo Parlamentar do PS..

Justificando a opção do PS avançar com um instrumento de caráter resolutivo e não através da apresentação de um projeto de lei, com efeitos deliberativos, o líder da bancada socialista alegou que é agora importante “incentivar, recomendar e questionar o Governo, em particular a Autoridade Tributária, sobre os instrumentos disponíveis que levem à cobrança dessas receitas por parte dos municípios”.

“Este é um processo alinhado com os municípios, mas também alinha com a nossa interpretação do quadro legislativo. Estamos disponíveis para fazer as alterações legislativas que sejam necessárias para futuro, mas o nosso entendimento é que há um quadro legal que é possível utilizar e que deve permitir que a EDP, em particular, pague os impostos devidos aos territórios onde estão instaladas as barragens”, salientou.

Eurico Brilhante Dias acrescentou que, no plano político, o Grupo Parlamentar do PS tem “o compromisso de fazer política próxima dos territórios, resolvendo problemas”.

Fonte: Lusa

Vimioso: PINTA apresenta Clube de Fotografia

Na tarde deste sábado, dia 28 de janeiro, às 14h30, vai realizar-se a apresentação do Clube de Fotografia do PINTA – Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA), em São Joanico (Vimioso), uma nova iniciativa que tem por objetivo desenvolver o conhecimento e o talento fotográfico dos participantes.

De acordo com Ângela Cordeiro, bióloga e técnica do município de Vimioso, o Clube de Fotografia do PINTA destina-se a todas as pessoas interessadas em aprender a fotografar.

“Vamos ensinar as noções básicas de fotografia, como é utilizar uma máquina fotográfica e aproveitar a luz para captar boas imagens. Depois pretende-se ir ao encontro das ideias e expetativas dos participantes”, adiantou.

Na tarde deste sábado, dia 28 de janeiro, vai realizar-se a apresentação e as inscrições, com uma breve explicação do funcionamento do novo clube fotográfico.

“Tal como num clube vamos reunir um grupo de pessoas em torno de um interesse comum. Depois, ao longo do ano vamos realizar algumas sessões ou encontros dedicados à fotografia”, explicou.

Após a apresentação, o primeiro encontro ou sessão do clube fotográfico está agendado para o dia 18 de fevereiro. E as sessões seguintes realizam-se de dois em dois meses.

Sobre as atividades que vão realizar nestes encontros, Ângela Cordeiro adiantou que à semelhança do que acontece num clube, as ideias vão ser discutidas em grupo e o programa dos encontros vai ser definido em conjunto.

HA

Agricultura: 6 mil agricultores manifestaram-se em Mirandela

Na manhã desta quinta-feira, dia 26 de janeiro, realizou-se a primeira manifestação dos agricultores, com uma marcha lenta de tratores e de seis mil pessoas, que percorreram o centro da cidade de Mirandela, num protesto contra a governação do ministério da Agricultura.

O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, discursa junto à sede da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAN), em Mirandela.

A extinção das Direções Regionais de Agricultura e a concentração das competências das mesmas nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) foi o motivo do primeiro protesto convocado pela Confederação dos Agricultores e Portugal (CAP).

Durante a marcha em Mirandela, que começou no recinto da feira e terminou em frente às instalações da direção regional, mais de 70 organizações de agricultores de várias zonas do país pediram “respeito pela agricultura”.

O secretário-geral da CAP, Luís Mira, revelou que a principal razão do descontentamento dos agricultores portugueses é incapacidade do governo de utilizar as verbas provenientes da União Europeia.

“Neste momento há mais 1300 milhões de euros do PDR (Plano de Desenvolvimento Rural) que ficaram “por aplicar, por transferir para os agricultores”. Esta incompetência prejudica a agricultura e o rendimentos dos agricultores”, justificou.

Segundo Luís Mira, nunca houve tanto financiamento para a agricultura como no corrente ano 2023, mas o atual governo mostra-se incapaz de utilizar devidamente os fundos comunitários.

Relativamente ao Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, para o quadriénio 2023-2027, o secretário-geral da CAP disse que estas medidas foram mal concebidas e não vão ao encontro das necessidades dos agricultores.

“As medidas do PEPAC vão trazer uma quebra ao rendimento dos agricultores”, adiantou.

Luís Mira disse não ser aceitável que o atual governo injete milhões de euros na TAP e retire dinheiro aos agricultores.

Na manifestação em Mirandela participaram também vários agricultores do concelho de Vimioso. Ramiro Domingues, natural de Matela, criador de bovinos mirandeses e produtor de azeite, disse que o descontentamento dos agricultores portugueses se deve ao elevado preço dos custos de produção, nomeadamente do gasóleo e dos adubos.

O agricultor do concelho de Vimioso criticou ainda a elevada burocracia no acesso aos apoios finaceiros provenientes do PEPAC, que poderiam atenuar os elevados custos de produção.

“Há muita burocracia e devíamos ser mais práticos”, indicou.

Perante a possibilidade de Mirandela perder a Direção Regional de Agricultura do Norte (DRNA), Ramiro Domingues expressou tristeza e indignação afirmando que ao levarem os centros de decisão agrícola para longe, a região fica mais pobre.

Para a CAP, a recente decisão de transferir as competências das direções regionais de agricultura para as CCDR “é um sinal claro que o governo se prepara para desmembrar o Ministério da Agricultura, para acabar com ele”.

O presidente CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, apontou que a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte “foi a primeira a ser decapitada”, pois está sem diretor, depois de a anterior, Carla Alves, ter sido nomeada secretária de Estado e se ter demitido no dia seguinte, devido à polémica com o marido, antigo presidente da Câmara de Vinhais.

Para os agricultores transmontanos, como Aristides Cadavez, o que está a acontecer “é sempre mais do mesmo”, com a retirada de valências do interior para o litoral.

“Em vez de tirar do interior, que tragam do litoral para o interior. Agricultura é aqui, no interior. O que é que nós temos de agricultura no litoral? Porquê complicar a vida a quem trabalha, aos agricultores neste caso, porquê tirar-lhe o centro de decisão de onde tem que estar, aqui em Trás-os-Montes, e levá-lo para a beira do mar, porquê”, questionou.

De acordo com a CAP, as manifestações dos agricultores vão prosseguir no dia 30 de janeiro, em Castelo Branco. Segue-se o Ribatejo, Oeste e Alentejo, em fevereiro.

Fonte: Lusa e HA

Vimioso: “O Plano Estratégico para a Política Agrícola Comum (PEPAC) 2023-2027 é muito burocrático” – Daniel Ramos

Em Vimioso, realizou-se esta quarta-feira, dia 25 de janeiro, uma sessão de esclarecimento sobre as medidas do novo Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), para o período 2023-2027, tendo o engenheiro agrónomo da Copanordeste, Daniel Ramos, descrito as novas medidas como “muito burocráticas”.

A sessão foi organizada pela Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e decorreu no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso, onde estiveram presentes cerca de uma centena de agricultores de todo o concelho.

Os esclarecimentos sobre o novo plano estratégico da Política Agrícola Comum, foram prestados por Pedro Pinto, do departamento técnico da Confagri, que adiantou que as ajudas europeias ao setor agrícola têm um valor de 6712,9 milhões de euros, a aplicar entre janeiro de 2023 e dezembro de 2027 (os apoios podem ser estendidos até 2029).

“Esse valor será dividido entre o 1.º Pilar (apoios ao rendimento), com 3859,5 milhões de euros, que representa 57,5% do total, cabendo ao 2.º Pilar (apoios ao investimento) 2853,4 milhões, ou seja, 42,5% do total das ajudas”, explicou.

Segundo o técnico da Confagri “o novo PEPAC introduz também medidas no pilar social, enquanto reforça a componente ambiental, no sentido de procurar promover um setor agrícola europeu mais sustentável, resiliente e modernizado”.

Mas nem tudo é positivo. De acordo com o engenheiro, Daniel Ramos, da delegação da Copadonordeste, em Vimioso, o novo plano estratégico da Política Agrícola Comum traz uma maior burocracia.

“O PEPAC traz muitas medidas de apoio novas, com condicionantes. Os valores são mais reduzidos, com a possibilidade de serem acumuláveis. Na minha perspectiva é um quadro muito burocrático”, disse.

Segundo Daniel Ramos, o aumento do número de medidas e a redução dos valores de apoio ao setor agrícola faz antever que nos próximos anos, haja uma redução das ajudas aos agricultores no nordeste transmontano.

O jovem engenheiro lembrou que a agricultura na região assenta sobretudo no regime de minifúndio, com áreas pequenas e culturas de sequeiro.

“Este novo quadro comunitário traz novidades e melhorias sim, mas para as culturas de regadio e não para o sequeiro que caraterizam a nossa região”, indicou.

Ainda assim, na área da agricultura biológica, por exemplo, o PEPAC apoia as culturas dos frutos frescos, como são os casos do medronheiro e do marmeleiro, que podem ter algum potencial produtivo no nordeste transmontano.


A sessão de esclarecimento sobre o PEPAC 2023-2027 decorreu no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso.

HA

Economia: Paulo Macedo defende que empresas devem reter talentos e pagar melhor às pessoas

O presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, defendeu que as empresas têm de investir em “atrair e reter talento” e têm que “pagar melhor às pessoas.

“A parte da produção cai num novo valor quando eu tenho de estar próximo dos meus clientes e não posso importar tudo apenas de um único fornecedor bastante longe e depois tem que investir em atrair e reter talento. Tem que pagar melhor às pessoas”, disse Paulo Macedo durante a sua intervenção no “Encontro Fora da Caixa “2023: desafios para as empresas”, que está a decorrer em Vila Nova de Gaia (Porto).

Segundo Paulo Macedo, a banca tem estado e tomar consciência que as empresas estão a precisar de mais capital circulante, portanto, precisam de mais fundo de maneio”.

“Porquê”, pergunta Paulo Macedo, e depois explica. “Porque têm de fazer mais ‘stocks’, têm que também dar algum crédito aos seus clientes, porque as margens compensam e podem fazer ali algum esforço adicional, e que têm também de pagar melhor às suas pessoas e, portanto a banca quer fazer isto”.

Paulo Macedo declarou que a Caixa Geral de Depósitos “está cá para fazer negócio” e para “aumentar os seus volumes de crédito”, bem como para servir a globalidade dos seus clientes e continuar a ter a maior base de clientes.

“Queremos que os clientes possam fazer tudo connosco, as várias operações financeiras, ou de seguros, queremos manter a nossa liderança em várias áreas”, disse.

Segundo Paulo Macedo, a CGD tem uma “liquidez suficiente para poder financiar as pessoas, e para poder financiar as empresas e para poder financiar os bons projetos”.

Com base em informações do ‘ranking mundial 2022’ sobre Portugal, Paulo Macedo alertou que o país perdeu competitividade relativamente ao conjunto de 63 países analisados, mas ganhou competitividade em termos de ‘soft skills’ e ‘art skills’ e em termos digitais “oscila um pouco”.

Portugal recebeu duas classificações “muito boas”, uma na parte das infraestruturas, e outra na parte da saúde e da educação.

Para o responsável, “são dois pilares muito positivos ao longo dos anos”.

Sobre as classificações mais baixas, Paulo Macedo referiu que as práticas de gestão têm má avaliação.

“Somos mal avaliadas na realidade das companhias. A agilidade das empresas depende da burocracia. (…) Levamos mais tempo a reagir e a mudar. Também somos considerados mais atrasados na utilização inteligente sobre os dados, designadamente na ‘big data’” (trata sobre grandes conjuntos de dados que precisam ser processados e armazenados), defendeu.

Paulo Macedo alertou ainda para a necessidade de Portugal reduzir as empresas ‘zombies’.

“É preciso reduzir as empresas ‘zombies’, ou seja, que estão num estado larvar, que não conseguem crescer, nem cumprir com os seus encargos, mas também que não desaparecem. Será um aspeto que vai ter de ser combatido na nossa sociedade”.

A “demora na Justiça” foi outro aspeto destacado por Paulo Macedo como algo negativo em Portugal, recordando, por exemplo, que ainda hoje estão a resolver-se casos de créditos de grandes empresas que foram concedidos na crise de 2007.

“É algo que não temos estado parados, mas precisamos de agir mais depressa”, defendeu.

Em termos de ambiente, Paulo Macedo observou que há uma “preocupação com os aumentos das taxas de juro”, principalmente junto das famílias, lembrando que há “milhares de pedidos de reavaliação” dos créditos.

Para as empresas acresce o custo das energias e outras matérias-primas, referiu.

Paulo Macedo questionou qual será o futuro das taxas de juro, considerando que, se a inflação ficar controlada, vão estabilizar.

Todavia, se a inflação estiver “descontrolada isso vai afetar as empresas e as famílias”, advertiu, lembrando que atualmente há taxas de juro reais negativas de 6%, algo que não acontecia há décadas.

Fonte: Lusa

Sociedade: População portuguesa diminuiu em 10 anos – INE

A população portuguesa diminuiu nos últimos 10 anos, mas o número de agregados familiares aumentou 2,6%, com os núcleos monoparentais cada vez em maior número, tal como os casais sem filhos.

De acordo com a informação apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as estruturas familiares, e que tem por base as estatísticas dos Censos 2021, em Portugal existem 4.149.096 agregados domésticos privados.

Segundo o INE, entende-se por agregado doméstico privado um “conjunto de pessoas que tem a residência habitual no alojamento familiar ou a pessoa independente que ocupa um alojamento familiar”, sendo que, neste último caso, trata-se de um agregado doméstico unipessoal.

Nestes últimos 10 anos, a estrutura da família portuguesa alterou-se e a generalidade das famílias estão mais pequenas, havendo também cada vez mais pessoas que têm filhos sem estarem casadas, e também maior diversidade familiar.

Prova disso está no facto de as famílias monoparentais e as famílias reconstituídas representarem já 27,4% dos agregados. Entre 2011 e 2021, as famílias monoparentais cresceram 20,7%, representando hoje 18,5% do total das famílias, enquanto os núcleos familiares reconstituídos são 8,8%. 60% das crianças nasceram em famílias monoparentais.

Os núcleos familiares reconstituídos são aqueles em que existe um casal com um ou mais filhos biológicos ou adotados e em que, pelo menos, um deles é apenas de um dos membros do casal.

De acordo com os Censos 2021, existiam nesse ano 3.127.714 núcleos familiares, sendo que a maioria dizia respeito a famílias com filhos, entre 45,3% de casais com filhos e 18,5% de famílias monoparentais.

No entanto, a proporção de famílias de casais com filhos diminuiu 12,3% em relação a 2011, enquanto os casais sem filhos aumentaram 0,03% e as famílias monoparentais cresceram 20,7%.

Prova de que as famílias portuguesas estão mais pequenas está no aumento sobretudo de agregados domésticos constituídos por uma e duas pessoas e um decréscimo nos agregados de três e quatro pessoas.

“O número de agregados domésticos privados unipessoais aumentou 18,6% e o de agregados domésticos privados constituídos por quatro pessoas diminuiu 8,8%”, refere o INE.

Em 2021, os agregados domésticos constituídos por uma só pessoa representavam 24,8% do total dos agregados, enquanto os agregados com quatro pessoas representavam 14,7% e os agregados com cinco ou mais pessoas correspondiam a 5,6%.

“A dimensão média dos agregados domésticos privados diminuiu de 3,7 para 2,5 pessoas, de 1970 a 2021, refletindo novas formas de organização familiar, assentes em estruturas familiares de menor dimensão e com novas configurações”, diz o organismo.

Na análise aos agregados familiares constituídos por uma só pessoa, percebe-se que são pessoas mais velhas, reformadas e com menor nível de escolaridade, havendo 1.027.871 em 2021, mais 161.044 do que em 2011, um “crescimento expressivo” relacionado com fenómenos demográficos como o aumento da esperança média de vida.

Metade destes agregados (50,3%) eram compostos por pessoas com 65 anos ou mais, e apesar de grande parte desta população já estar reformada (48,9%), uma percentagem elevada (40,6%) ainda era ativa. A generalidade destes agregados eram compostos por mulheres (61,4%).

Fonte: Lusa

Meteorologia: Frio deve manter-se até sábado

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu o aviso amarelo para o distrito de Bragança e Guarda devido à previsão de tempo frio até às 06:00 de sábado.

O aviso amarelo, o terceiro menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para no continente continuação de tempo frio com céu pouco nublado ou limpo, apresentando temporariamente períodos de maior nebulosidade no nordeste transmontano e Beira Alta até ao fim da manhã.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado, soprando por vezes forte nas terras altas, em especial até ao meio da manhã e para o fim do dia e formação de geada.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os -5 graus Celsius (na Guarda) e os 5 (em Faro) e as máximas entre os 3 (na Guarda) e os 15 (em Faro).

Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras”, assim como para incêndios devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”.

A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura a manter o corpo, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente, e proteção das extremidades do corpo e calçado quente e antiderrapante, bem como a ingestão de sopas e bebidas quentes.

Fonte: Lusa