Ambiente: Bombeiros recolheram 2.300 toneladas de resíduos elétricos

Ambiente: Bombeiros recolheram 2.300 toneladas de resíduos elétricos

Através da recolha de 2.300 toneladas de pilhas, baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos, as associações de bombeiros angariaram um recorde de 270 mil euros, anunciou a associação Electrão.

Na 8.ª edição da iniciativa “Quartel Electrão”, realizada pela Eletrão – Associação de Gestão de Resíduos, em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, participaram 201 associações de bombeiros de todo o país, diz a associação em comunicado.

De acordo com a Electrão, as associações de bombeiros têm como missão recolher estes resíduos, sensibilizando e mobilizando a população e as empresas para a importância de separar e encaminhá-los corretamente para a reciclagem.

Por cada tonelada recolhida, as associações de bombeiros recebem uma compensação financeira de 75 euros, bem como um incentivo financeiro extra caso recolham mais de 30, 45, e 60 toneladas.

Segundo a Electrão, os resultados desta iniciativa contribuíram de forma positiva para o resultado da rede, que “em 2023 ultrapassou as 20 mil toneladas de equipamentos elétricos usados recolhidos para reciclagem”.

Citado no comunicado, o diretor-geral da associação, Ricardo Furtado, afirma que os bombeiros entregaram para reciclagem cerca de 12% das quantidades recolhidas durante o ano pela rede de recolha própria do Electrão, o que representa “um contributo muito importante para os resultados globais alcançados”.

“Cada vez mais os bombeiros voluntários são um agente de proteção do ambiente em toda a linha, seja pelo trabalho que desenvolvem de proteção da população e das florestas, seja pela sensibilização para a reciclagem de pilhas, baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos usados”, diz o responsável.

Muitos destes resíduos contêm elementos perigosos que, se não forem corretamente tratados, impactam negativamente o ambiente e a saúde humana, explica.

Por sua vez, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, realça que esta iniciativa “permite almejar a obtenção de apoios para suporte” da missão dos bombeiros e, por outro lado, permite-lhes cumprir a “responsabilidade ambiental que lhes cabe como simples cidadãos”.

Para premiar as associações que mais volume de equipamentos recolheram a nível nacional, a Electrão distribuiu um veículo ligeiro de combate a incêndios à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, por ter sido a que mais equipamentos recolheu em 2023, que totalizam 97 toneladas de pilhas, lâmpadas e equipamentos elétricos usados.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cantanhede, também no distrito de Coimbra, foi premiada com o segundo lugar, com um prémio de cinco mil euros.

O projeto Quartel Electrão começou há 12 anos e já permitiu a recolha e envio para reciclagem de mais de 14 mil toneladas de pilhas, lâmpadas e outros equipamentos elétricos usados.

A 9.ª edição da iniciativa arrancou em janeiro deste ano e termina a 30 de novembro, com a participação de associações de bombeiros de todo o país, que têm “a oportunidade de continuar o trabalho de apoio à comunidade e proteção do ambiente”, adianta o comunicado.

A Electrão é uma associação de gestão de resíduos responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados, com uma rede de recolha com mais de 11.000 pontos em todo o país.

“A sua principal missão é assegurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem promovendo a economia circular”, conclui a nota.

Fonte: Lusa

Escolas: GNR realiza operação no âmbito das viagens de finalistas

Escolas: GNR realiza operação no âmbito das viagens de finalistas

A partir de 18 de março, a Guarda Nacional Republicana (GNR) realiza uma operação de sensibilização junto da comunidade escolar no âmbito das viagens de finalistas.

De acordo com a GNR, a operação “Spring Break 2024”, que se realiza em duas fases, envolve ações de sensibilização junto da comunidade escolar e de fiscalização nas fronteiras de Vilar Formoso, no distrito da Guarda, Caia, em Portalegre, e Vila Real de Santo António, em Faro.

O objetivo da operação é a prevenção de comportamentos de risco por parte da população jovem, que se desloca nesta altura do ano para o sul de Espanha e Catalunha em viagem de finalistas.

Na primeira fase, que decorre até 24 de março, a GNR vai fazer ações de sensibilização junto dos jovens, visando a consciencialização e sensibilização dos estudantes para os comportamentos de risco associados “ao consumo de drogas e álcool inerentes às viagens de finalistas e férias escolares, direcionadas para o grupo-alvo de alunos do 9.º ao 12.º ano de escolaridade”.

Entre os dias 22 de março e 7 de abril, a GNR, com o apoio da valência de investigação criminal e de binómios cinotécnicos de deteção de droga, em coordenação com a Guardia Civil espanhola, serão efetuadas ações de fiscalização junto às fronteiras terrestres em Vilar Formoso, Caia e Vila Real de Santo António.

Segundo a GNR em comunicado, o objetivo é “detetar a prática de ilícitos associados ao consumo de substâncias estupefacientes, bem como garantir as condições de segurança dos veículos que irão transportar os jovens”.

Também a PSP está a realizar ações de sensibilização junto dos estudantes que vão realizar viagens de finalistas, alertando-os para o consumo excessivo de álcool e droga durante as viagens.

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) indicou que a operação “Viagens de Finalistas” vai decorrer até 22 de março em todo o país, numa altura em que estudantes do 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário realizam viagens de finalistas, sendo Espanha um dos destinos mais frequentes.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Concatedral acolhe concerto “No Monte das Oliveiras”

Miranda do Douro: Concatedral acolhe concerto “No Monte das Oliveiras”

No âmbito do festival “Ciclo de Música sem Tempo” vai realizar-se a 15 de março, na concatedral de Miranda do Douro, o concerto “No Monte das Oliveiras” interpretado pelo grupo Ensemble Cardo-Roxo, que vai orientar também uma oficina de “Canto Polifónico Português”, no dia 16, na Casa de La Música Mirandesa.

Segundo o Projeto Cardo, organizador do festival, o concerto e a oficina são dedicados à música católica tradicional portuguesa. O repertório apresenta uma seleção de canções de devoção à Virgem Maria e adoração a Jesus, assim como músicas de súplica pela salvação das almas e ainda temas ligados à Quaresma.

“Na tradição musical religiosa existe um vasto repertório constituído por rezas, súplicas e canções de louvor”, informam.

No serão desta sexta-feira, 15 de março, às 21h00, na concatedral de Miranda do Douro é interpretado o concerto “No Monte das Oliveiras”.

“Os temas musicais refletem as angústias, os medos e as incertezas de um povo que compreende a sua insignificância e que vive, na dúvida entre o certo e o errado, entre a beleza e o horror, entre a vida e a morte, entre o céu e o inferno”, explica a organização.

Na manhã de sábado, dia 16 de março, às 10h30, na Casa da Música Mirandesa, realiza-se a oficina “Canto Polifónico Português”. A polifonia consiste no conjunto de sons ou vozes diferentes, dispostos de forma harmoniosa.

Esta programação cultural insere-se no âmbito do festival “Ciclo de Música Sem Tempo”, dinamizado pela associação Cardo, simultaneamente, nos municípios de Miranda do Douro, Santo Tirso e Esposende.

O Projecto Cardo é uma associação que tem como principal objetivo a preservação, divulgação e promoção da música tradicional portuguesa.

HA

Mogadouro: Novo Arquivo Municipal abre em maio

Mogadouro: Novo Arquivo Municipal abre em maio

Após mudança de instalações, o novo edifício do Arquivo Municipal de Mogadouro abre ao público em maio, com a finalidade de proporcionar condições de investigação sobre a história do concelho mogadourense.

O equipamento terá ainda uma componente educativa destinada à comunidade escolar e geral, disponível em horário normal de expediente, e ao mesmo tempo haverá ações de divulgação documental.

“Trata-se de um novo arquivo que está dotado de todas as condições necessárias para evitar a perda do acervo documental do concelho e da região. Foram investidos cerca de 85 mil euros em estantes e depósitos, com condições estanques, que são antifogo e anti-humidade”, explicou o presidente da câmara, António Pimentel.

De acordo com o autarca mogadourense, “até aqui o arquivo encontrava-se disperso por vários edifícios municipais, com incidência na chamada Casa dos Magistrados, que deixou de reunir condições para a salvaguarda deste espólio”.

O novo arquivo surge depois da reconversão da antiga escola preparatória Trindade Coelho que foi transformada num edifício polivalente e no qual foram investidos cerca de dois milhões de euros.

A criação deste arquivo surge em 2005, após terem ocorrido dois incêndios, em 1855 e 1927,que destruíram grande parte da documentação.

“Neste momento, o Arquivo Municipal de Mogadouro possui novas instalações, onde estão guardados mais de 1.178 metros lineares de documentação, com todas as condições de instalação, acondicionamento e ventilação” indicou o autarca.

Este é composto pelo Fundo Documental da Câmara Municipal de Mogadouro, com documentos datados entre 1927 e 2015, e aguarda ainda a incorporação de documentação a partir de 2015.

Existe, ainda, o fundo da Administração do Concelho de Mogadouro, constituído pela série documental de livros de testamentos com datas entre 1928 e 1944.

A este junta-se o Fundo do Tribunal da Comarca de Mogadouro, incorporado em 2005, constituído pela série documental que engloba Processos de Polícia Correcional (1800-1999), constituído por mais de trinta mil processos, sendo que os referentes ao século XIX estão devidamente acondicionados e para consulta.

Uma coleção de boletins do Ministério da Justiça doada por um particular, com datas de 1928 a 1943, também está disponível para consulta.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Abutre devolvido ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)

Miranda do Douro: Abutre devolvido ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)

Agentes ligados à conservação da natureza devolveram ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), em Miranda do Douro, um abutre que foi resgatado no final de setembro e tratado por técnicos especializados em avifauna.

“O município de Miranda do Douro foi alertado, em finais de setembro, para a existência de um abutre debilitado na Estrada Nacional 218 que atravessa este concelho. Foi acionado o Instituto de Conservação da Natureza e Floresta e a ave foi encaminhada para o centro de recuperação animal (CIARA), no Felgar, Moncorvo”, informou a presidente da câmara municipal, Helena Barril.

Este trabalho contou com colaboração do SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente) da GNR, proteção civil municipal, CIARA, Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e outros agentes locais ligados ao meio ambiente.

Assistiram a esta largada, os alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, através de uma ação de sensibilização ambiental.

Fonte: Lusa

Caçarelhos: XXII Feira do Pão com folar, benção dos ramos e chegas de touros

Caçarelhos: XXII Feira do Pão com folar, benção dos ramos e chegas de touros

A XXII Feira do Pão, em Caçarelhos, vai realizar-se no fim-de-semana de 23 e 24 de março, numa edição que vai contar com 50 expositores de produtos como o pão, o folar e os doces tradicionais e a animação do Festival de Gaita de Foles, a Missa do Domingo de Ramos e as concorridas chegas de touros.

De acordo com o presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, a localidade de Caçarelhos distinguiu-se pelo fabrico do pão.

“Antigamente, a localidade de Caçarelhos, à semelhança do que acontecia em todo o planalto mirandês era uma terra onde se cultivavam cereais, como o trigo e o centeio. A moagem destes cereais era feita nos antigos moinhos de água, como o que ainda existe no ribeiro do Carvalhal, um afluente do rio Angueira. Com a farinha obtida cozia-se o pão nos fornos familiares da aldeia”, justificou.

Hoje em dia, estes fornos continuam a ser usados para o fabrico do pão e nesta época da Páscoa para confeccionar os folares e doces tradicionais, como os roscos e os económicos.

“Nesta altura do ano, o público que visita a Feira do Pão de Caçarelhos aproveita para comprar os doces tradicionais para a Páscoa, sendo que o pão e o folar são os produtos mais procurados”, disse.

A feira de Caçarelhos pretende dar visibilidade aos produtos locais e regionais. Segundo o autarca, Licínio Martins, nesta XXII edição vão participar 50 expositores (entre os quais 32 do concelho de Vimioso) que vão comercializar produtos como o pão, os doces tradicionais, frutos secos, fumeiro, queijo, mel, compotas, licores, vinho e diversos artigos de artesanato.

Ao longo destes 22 anos, a Feira do Pão de Caçarelhos tem crescido graças à estratégia de animação cultural. Este ano, um dos destaques na animação do certame volta a ser o Festival da Gaita de Foles, coorganizado entre a Freguesia de Caçarelhos e o Município de Vimioso. O presidente da freguesia, Licínio Martins, afirmou que objetivo deste festival é fomentar o interesse pela música tradicional.

“Este ano, a grande novidade do festival é o workshop de música tradicional, que vai realizar-se na manhã de sábado, dia 23 de março e conta com as participações de José Tejedor, um dos mais conceituados gaiteiros em Espanha e de Alexandre Meirinhos, dos Galandum Galundaina”, adiantou.

Após a abertura oficial da feira, o V Festival da Gaita de Foles começa com a receção e a arruada de 250 gaiteiros e escolas de percussão.

No sábado, a XXII Feira do Pão encerra com o concerto do quarteto “Músicas da Raya” e os convidados: Sebastião Antunes, Jose Manuel Tejedor e Zezé Fernandes.




No Domingo, dia 24 de março, um dos destaques da XXII Feira do Pão é a celebração do Domingo de Ramos, que tem inicio na Capela de São José, com a benção dos Ramos e segue em procissão para a igreja matriz, onde é celebrada a eucaristia dominical.

Outro destaque no Domingo é o almoço convívio, cuja ementa é “vitela mirandesa no pote”. Um prato que faz jus a Caçarelhos, pois esta localidade continua a ser uma terra de criadores de bovinos de raça mirandesa, onde existem atualmente cerca de 120 animais. Na tarde de Domingo, estão programadas oito chegas de touros mirandeses, uma atração que todos os anos traz muito público à Feira do Pão.

“As chegas de touros são uma tradição muito enraizada em Caçarelhos, dado que a antiga feira mensal era simultaneamente uma feira de gado. No decorrer da feira havia sempre chegas de touros, de diferentes localidades para animar o certame. Com o fim das feiras de gado pretendemos recuperar esta antiga tradição e felizmente tem sido um sucesso pelo interesse e a enorme afluência de público”, afirmou.

No Domingo, a XXII Feira do Pão vai contar com a animação do Rancho Folclórico de Vimioso, dos Pauliteiros de Palaçoulo, das Pauliteiras de Malhadas e do concerto do grupo “Sete saias”. Este grupo feminino, que vem da Nazaré, tem no seu repertório temas da música tradicional portuguesa.

“Para o público que pretenda visitar a XXII Feira do Pão, no fim-de-semana de 23 e 24 de março, a aldeia de Caçarelhos oferece a possibilidade de visitar um conjunto de monumentos de valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, convidou Licínio Martins.

Nesta localidade existe ainda o museu do pão e os cabanais, uma construção de século XIX que foi construída para realização da feira mensal.

Na perspetiva do presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, no fim-de-semana de 23 e 24 de março esperam-se milhares de pessoas na XXII Feira do Pão, o que vai contribuir para dinamizar a economia dos concelhos de Vimioso e Miranda do Douro.

“Em Caçarelhos, no fim-de-semana da Feira do Pão antevemos uma grande enchente de público. Pela experiência dos anos anteriores, os estabelecimentos hoteleiros e os restaurantes, em Vimioso e em Miranda do Douro, vão ter trabalho acrescido. Quero também agradecer ao município de Miranda do Douro pela cedência do alojamento aos grupos convidados, no Centro de Formação Agrícola de Malhadas e no Barrocal do Douro”, disse.

A Feira do Pão é uma iniciativa da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira que conta com os apoios do município de Vimioso, dos Vales de Vimioso, do PINTA, das Termas de Vimioso e da Reserva da Biosfera Meseta Ibérica.

HA

Igreja/Cultura: Peça «O Meu Cristo Partido» é apresentada na igreja matriz de Vimioso

Igreja/Cultura: Peça «O Meu Cristo Partido» é apresentada na igreja matriz de Vimioso

A Diocese de Bragança-Miranda informa que a igreja matriz de Vimioso recebe no Domingo, dia 17 de março, a apresentação da peça de teatro ‘O Meu Cristo Partido’, uma adaptação para teatro do livro do sacerdote espanhol Ramon Cué.

“O Meu Cristo Partido” é uma peça de teatro que conta a história de um padre, colecionador de crucifixos, que um dia compra uma imagem de Cristo a quem faltavam alguns membros. Numa tentativa de restaurar a imagem, o padre confronta-se em diálogo com o próprio Cristo, explorando, de forma exemplar, cada uma das suas mutilações.

“Esta história mostra como Cristo quer que cada um de nós o veja na realidade”, informa a produção Estórias Extraordinárias.

A peça que vai ser apresentada às 18h00, na igreja matriz de Vimioso, é uma adaptação para teatro do livro do sacerdote espanhol Ramon Cué e conta com texto e encenação de José Carlos Completo e Edgar Mafra.

Esta iniciativa cultural é organizada pela Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação e conta com o apoio da Freguesia de Vimioso.

HA

Mogadouro: Município promove via-sacra ao vivo

Mogadouro: Município promove via-sacra ao vivo

Uma centena de figurantes da comunidade de Mogadouro participam numa Via-Sacra, ao vivo, agendada para 30 de março, que vai percorrer as principais artérias da vila.

“A encenação da Via Sacra envolve pessoas da comunidade, juntando o teatro com as raízes, tradições e a religiosidade local”, disse a vereadora do pelouro da Cultura do município de Mogadouro, Márcia Barros.

A encenação da Via Sacra terá o seu início na Alameda de Nossa Senhora do Caminho, fará o percurso pelas ruas e praças da zona histórica e terminará no Castelo com a encenação da crucificação de Jesus.

“Esta representação é uma oportunidade para conhecer de perto a religiosidade de uma comunidade forte, em pleno Nordeste transmontano”, indicou a autarca.

A Via Sacra é um exercício de piedade, geralmente feito diante de pequenas cruzes ou quadros com cenas da Paixão de Cristo, através dos quais se recordam catorze passos do sofrimento, crucifixão e morte de Jesus.

“No exercício da Via-Sacra aceitamos o convite de Jesus a segui-Lo, contemplando-O no caminho que Ele fez por nós até à morte na Cruz. Jesus é o inocente que recebe e assume em si uma culpa que não tem: foi condenado injustamente. Mas o sofrimento não vale por si, vale enquanto expressão de amor. E o de Jesus é a expressão máxima do amor com que Deus nos ama, até ao extremo”, explica o Santuário de Fátima.

Fonte: Lusa

Agricultura: Produção de amêndoa aumentou em Portugal

Agricultura: Produção de amêndoa aumentou em Portugal

Entre 2010 e 2022, a produção de amêndoa em Portugal cresceu quase 40 mil toneladas, impulsionada pelo aumento da área de amendoal no Alentejo, Beira Interior e Trás-os-Montes, com o Algarve a perder a sua tradicional representatividade.

Segundo dados do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS), a produção de amêndoa com casca em Portugal passou de 7.012 toneladas em 2010 para 46.215 toneladas em 2022 (últimos dados).

Por sua vez, a produção de amêndoa sem casca ascendeu a 10.398 toneladas em 2022, acima das 1.578 toneladas contabilizadas em 2010, sendo que um quilograma (kg) de amêndoas com casca, equivale a 0,225 kg sem casca.

“A produção de amêndoa em Portugal tem tido um crescimento acentuado nos últimos anos, em resultado da forte renovação dos pomares de amendoeira observada em Trás-os-Montes, ao aumento da área de amendoal nesta região, mas principalmente devido ao forte aumento da área de amendoal no Alentejo e Beira Interior, com potencial produtivo devido à rega”, apontou, em resposta à Lusa, o presidente do CNCFS, Albino Bento.

Já a área de produção mais do que duplicou, no período em análise, de 26.842 hectares para 63.884 hectares.

Em Portugal, as principais regiões produtoras de amêndoa são Trás-os-Montes (26.770 hectares) e o Alentejo (26.698 hectares).

No total, Trás-os-Montes e Alentejo representam 84% da área de amendoal no país.

“O Algarve era tradicionalmente uma região produtora de amêndoa, mas atualmente é pouco representativa”, ressalvou Albino Bento.

As variedades mais utilizadas são Lauranne e Ferragnès (francesas) e Guara, Belona, Soleta, Marinada, Vayro e Glorieta (espanholas).

Apesar do aumento verificado na produção, as alterações climáticas têm sido um desafio para os produtores portugueses, uma vez que o aumento da temperatura no inverno tem causado uma floração antecipada, aumentando assim o risco de perda de produção com as geadas.

Perante este problema, os produtores nacionais “procuram cada vez mais variedades de floração mais tardia, mas mesmo essas florescem em março, ainda dentro do período de risco de geadas em Trás-os-Montes e parte da Beira Interior”, referiu o presidente do CNCFS.

Soma-se o facto de a primavera e o verão serem cada vez mais secos e quentes, afetando a produção de amêndoa em pomares de sequeiro.

Em 2022, Portugal exportou 28.786 toneladas de amêndoa com casca para Espanha e 2.993 toneladas sem casca.

A Alemanha, por seu turno, recebeu, no mesmo ano, 298 toneladas, seguindo-se França, com 142 toneladas de amêndoa sem casca.

Questionado sobre as perspetivas no que diz respeito à produção e exportação em 2024, Albino Bento notou ser ainda cedo, uma vez que a floração está a terminar no Alentejo, a começar em Trás-os-Montes e a Beira Interior encontra-se em floração.

A amendoeira é a árvore de fruto com a maior área plantada na União Europeia, contabilizando-se, em 2021, 881.000 hectares (dados do Eurostat), sendo que a maior parte das amendoeiras está em Espanha.

Espanha é o segundo maior exportador de amêndoas a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, revelou a campanha “Amêndoa Sustentável da UE”, organizada pelo CNCFS e pela espanhola SAB-Almendrave.

Esta campanha centra-se em quatro mercados – Portugal, Espanha, Alemanha e França -, tendo por objetivo dar visibilidade às amêndoas europeias e aumentar a sua procura.

Fonte: Lusa

Legislativas: Conferência Episcopal pede «soluções para os problemas e as desigualdades sociais»

Legislativas: Conferência Episcopal pede «soluções para os problemas e as desigualdades sociais»

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou a participação dos eleitores nas eleições legislativas, pedindo aos responsáveis políticos que encontrem “soluções para os problemas e as desigualdades sociais”.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, após a reunião mensal do organismo, os membros do Conselho realçam “a forte diminuição do abstencionismo e a forma pacífica e educada como decorreu o processo eleitoral, expressões da consolidação do sistema democrático” em Portugal, 50 anos após a revolução do 25 de Abril.

A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo situou-se nos 33,77%, a mais baixa desde 1999, quando ficou nos 38,91%; os números deixam de fora os eleitores residentes no estrangeiro, dado que estes valores vão ser conhecidos a 20 de março.

“O Conselho apela aos democraticamente eleitos para que garantam a estabilidade política durante a legislatura e reforça a mensagem da Conferência Episcopal divulgada antes das eleições: que os eleitos estejam ao serviço do bem comum, devolvam a esperança e a confiança aos cidadãos e encontrem soluções para os problemas e as desigualdades sociais”, acrescenta a nota.

A CEP informa ainda que, sob proposta das Comissões Diocesanas para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis (CD), a Equipa de Coordenação Nacional tem como nova coordenadora Carla Manuela Ferreira da Silva Rodrigues, advogada (CD Braga).

A equipa inclui Maria Marta Dâmaso Neves, Psicóloga Clínica (CD Coimbra); Custódio Manuel Monteiro Moreira, ex-investigador da Polícia judiciária (CD Évora); Paula Margarido, advogada e anterior coordenadora (CD Funchal); e José Souto de Moura, juiz conselheiro jubilado (CD Lisboa).

“O Conselho continuou a sua reflexão sobre a atribuição de reparações financeiras a vítimas de abusos sexuais contra menores e pessoas vulneráveis praticados no contexto da Igreja Católica em Portugal, em vista da apresentação de uma proposta na próxima Assembleia Plenária”, acrescenta o comunicado.

Esta assembleia vai decorrer em Fátima de 8 a 11 de abril.

Fonte: Ecclesia