Vimioso: Vila acolhe concurso nacional de bovinos mirandeses
De 30 de agosto a 1 de setembro, a Associação Nacional de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ANCBRM) promove o Concurso Nacional desta raça autóctone, num evento que vai contar com a participação de criadores de todo o distrito de Bragança e cerca de 200 animais.
O secretário técnico da ANCBRM, Válter Raposo, destacou que no concurso vão participar os melhores bovinos, premiados nos concursos concelhios realizados ao longo do ano nos seis concelhos do distrito de Bragança, que fazem parte do Solar da Mirandesa: Bragança, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Vinhais e Vimioso.
A iniciativa pretende homenagear os criadores de bovinos de raça Mirandesa do concelho, fomentar o crescimento do setor agropecuário e contribuir para o desenvolvimento, promoção e divulgação da raça, uma das mais importantes espécies bovinas nacionais e detentora de carne de excelente qualidade com Denominação de Origem Protegida (DOP).
“Esta é também uma festa para os produtores pecuários e um momento de convívio para quem aprecia esta raça autóctone que produz, essencialmente, carne de grande qualidade”, explicou, adiantando que o concurso terá a orientação técnica da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Ensino: Subsidio de deslocação para professores entre 75 e 300 euros
O Governo apresentou um apoio monetário para professores deslocados, nas escolas com maior falta de docentes, que vai variar entre 75 e 300 euros.
“O apoio varia entre 75 euros e 300 euros mensais, conforme a distância da deslocação”, refere o comunicado.
Durante a conferência de imprensa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro tinha referido que o valor do subsídio iria variar entre 70 euros e 300 euros, em função da distância. “Para simplificar, 70 euros para quem esteja a 70 quilómetros, 300 euros para quem esteja a 300 quilómetros”, resumiu o ministro.
Este apoio extraordinário será atribuído aos professores colocados a mais de 70 quilómetros de casa e em escolas com maior carência, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
O Conselho de Ministros aprovou ainda, para negociação com os sindicatos, a realização de um novo concurso extraordinário de seleção e recrutamento de professores no próximo ano letivo, direcionado igualmente às escolas onde faltam mais professores.
Foram também aprovadas as medidas no âmbito do plano +Aulas +Sucesso, para responder à falta de professores, anunciadas em junho e negociadas com as organizações sindicais do setor.
O suplemento extraordinário aos portugueses com pensões mais baixas, que vai ser pago em outubro, não sé contabilizado para efeitos do Complemento Solidário para Idosos (CSI), esclareceu o Governo.
“O suplemento extraordinário não é contabilizado para efeitos do Complemento Solidário para Idosos”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
O CSI é um apoio pago mensalmente aos idosos de baixos recursos, com idade igual ou superior à idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social.
O Governo aprovou em Conselho de Ministros o suplemento extraordinário para os pensionistas com reformas mais baixas, com um custo estimado em cerca de 422 milhões de euros.
Para quem tem uma pensão de 509,26 euros o apoio será de 200 euros. Já os pensionistas com reformas entre 509,27 euros e 1.018,52 terão um suplemento de 150 euros, enquanto os reformados que recebem entre 1.1018,52 euros e 1.527,78 euros vão ter um extra de 100 euros.
O suplemento é pago “com as pensões do mês de outubro de 2024” e serão abrangidos “os pensionistas da Segurança Social, da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e do setor bancário que recebam um valor igual ou inferior a três vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) em vigor”, nota o executivo
Sem direito a este suplemento extraordinário ficam os advogados e solicitadores reformados inscritos na Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), dado que estão fora do sistema público.
De notar que este é um suplemento por pensionista e não por pensão, pelo que quem recebe várias pensões verá estes montantes somados para se apurar se tem ou não direito.
Picote: Dez jovens voluntários participam no campo de trabalho arqueológico
Está a decorrer em Picote, de 12 a 26 de agosto, um Campo de Trabalho Voluntário Internacional, uma iniciativa que trouxe à localidade dez jovens, para participar nas escavações arqueológicas da “Casa Romana do Castelhar”, uma antiga habitação romana datada dos séculos III e IV.
No Campo de Trabalho Voluntário Internacional (CTVI) participam quatro jovens portugueses, quatro espanhóis, uma belga e uma peruana.
De acordo com o presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, na localidade existe um significativo espólio arqueológico, referenciado historicamente, devido a uma presença humana ancestral bem vincada.
“Na bibliografia antiga é identificado em Picote, um povoado fortificado da Idade do Ferro (700 a.C. até século 1 a.C.), posteriormente romanizado. O atual campo de trabalho voluntário internacional, promovido pela Palombar, visa pôr a descoberto este património histórico”, justificou.
O Campo de Trabalho Voluntário Internacionais (CTVI) – Escavação Arqueológica, realizado no âmbito do projeto NatuRural Heritage, da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, vai contribuir para o processo de musealização de uma habitação romana, dos séculos III e IV.
A arqueóloga do município de Miranda do Douro, Mónica Salgado explicou que o objetivo do campo de trabalho é alargar a área de escavação da Casa Romana do Castelhar, com a finalidade de colocar as suas estruturas mais visíveis, nomeadamente um celeiro que foi identificado em 2015, por investigadores da Universidade do Porto (U.Porto).
“Estamos a dar continuidade ao trabalho realizado por investigadores da Universidade do Porto (U.Porto), entre 2012 e 2015, durante o qual foi encontrada a estrutura de uma casa romana, à qual está associado um celeiro. No atual campo de trabalho e com a ajuda dos jovens voluntários estamos a definir a área do celeiro e a averiguar se existem mais estruturas associadas”, indicou.
Sobre a participação dos voluntários, a arqueóloga disse que no decorrer dos trabalhos, os jovens têm a oportunidade de conhecer o património histórico existente em Picote, bem como a metodologia e as técnicas da arqueologia.
No campo de trabalho, em Picote, o grupo voluntários é constituído por 10 jovens: quatro portugueses, quatro espanhóis, uma belga e uma peruana.
Álvaro tem 21 anos, é natural de Alfena (Porto) e está a estudar para ser professor de línguas. Inscreveu-se no campo de trabalho em escavações arqueológicas, porque gosta de sair da sua zona de conforto e aceitar novos desafios.
“Dado que gosto de adquirir novos conhecimentos e competências. sociais e profissionais, decidi inscrever-me na Agência Nacional do Corpo Europeu de Solidariedade, através da qual escolhi como ação de voluntariado este campo de trabalho dedicado à arqueologia”, explicou.
Sobre a convivência com os outros jovens voluntários, o jovem português destacou a “grande motivação” do grupo, a entreajuda e o ambiente “fenomenal” entre todos.
Questionado sobre a estadia na aldeia de Picote, o jovem português disse que a realidade desta localidade é bem diferente do ambiente urbano em que vive.
“A maior tranquilidade da vida na aldeia e vida em comum com os outros voluntários propicia um conhecimento profundo entre todos”, salientou.
Lucia, veio de Oviedo (Espanha), está a concluir os estudos em arquitetura e decidiu participar no campo de trabalho, em Picote, dado o seu interesse pelo património histórico.
“A par da aprendizagem em escavações arqueológicas, o voluntariado dá-me a possibilidade de conhecer esta região de Portugal. Estou a gostar muito da experiência, o convívio com os outros voluntários está a decorrer muito bem e estamos a aprender uns com os outros”, disse.
Também de Espanha, da região de Madrid, veio Carlos Mollano, com o propósito de fazer voluntariado. Ao fim de dez dias de escavações arqueológicas, o estudante de informática disse que já aprendeu várias técnicas e mostrou-se bem surpreendido com o bom ambiente entre os voluntários.
“A melhor parte do campo de trabalho é mesmo o convívio e bom ambiente entre todos os voluntários”, disse.
Da Bélgica, a jovem Kunnet, estudante de arquitetura teve conhecimento do campo de trabalho através da associação francesa REMPART. A jovem belga decidiu viajar para Picote, para conhecer outras tendências da arquitetura histórica.
“Entre a arqueologia e a arquitetura existe uma complementaridade. Foi por essa razão que decidi participar neste campo de trabalho, onde tenho a oportunidade de descobrir outros exemplos arquitetónicos históricos”, disse.
Apesar de algumas dificuldades de comunicação com os outros voluntários portugueses e espanhóis, a jovem belga disse que o trabalho está a decorrer bem e tem apreciado muito a tranquilidade na aldeia de Picote.
Por sua vez, os arqueólogos, Marco Fangueiro e Duarte, também estão a participar como voluntários no campo de trabalho em Picote. Sobre a trabalho já realizado, os jovens arqueólogos indicaram que a Casa Romana do Castelhar reune boas condições para achados arqueológicos.
“Em Picote, a terra é macia e as rochas são resistentes, o que facilita as escavações arqueológicas. No decorrer dos trabalhos já foram encontradas pedras e rochas que poderão fazer parte de uma estrutura. Entre os achados encontrámos também duas moedas, assim como outras peças cerâmicas”, indicaram.
Os jovens voluntários trabalham durante as manhãs e nas tardes aproveitam para conhecer a região.
Entre as atividades programadas estão as visitas à aldeia de Picote, à cidade de Miranda do Douro, ao centro de valorização do Burro de Miranda, em Atenor; aos pombais, em Uva; à observação de aves; a ateliers de danças dos pauliteiros e de língua mirandesa; a uma visita à barragem de Picote e também a refrescantes tardes na piscina municipal.
Ao longo das duas semanas do Campo de Trabalho Voluntário Internacional (CTVI), os jovens ficam alojados no Centro de Acolhimento Juvenil do Barrocal do Douro, onde também confeccionam as refeições comunitárias.
O Campo de Trabalho Voluntário Internacional realiza-se entre os dias 12 e 26 de agosto e conta com os apoios da Câmara Municipal de Miranda do Douro, da Junta de Freguesia de Picote, da Frauga – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, da Associação Família Kolping de Picote e da Associação francesa REMPART.
Vimioso: Projeto ibérico para prevenção de incêndios
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino e o município de Vimioso vão avançar com um projeto ibérico para a prevenção de incêndios e resiliência ecológica.
Em comunicado, a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), com sede em Vimioso, refere que este projeto visa reduzir o risco de incêndio em áreas periurbanas das localidades rurais da Reserva Transfronteiriça da Biosfera da Meseta ibérica.
“O objetivo é consolidar a sustentabilidade de uma rede transfronteiriça de desenvolvimento de um modelo de gestão baseado nos serviços ambientais prestados pelos burros das raças mirandesa e zamorana e leonesa, integrando práticas de pastoreio em matos e florestas, com técnicas inovadoras em gestão florestal com recurso tração animal”, refere a mesma nota.
De acordo com os promotores do projeto, será criada uma rede de parceiros transfronteiriços que contribua para valorizar estas raças autóctones de asininos, e ao mesmo tempo proteger a Meseta Ibérica dos incêndios rurais numa território reconhecido pelo seu potencial ambiental pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Apicultura: Apicultores obrigados a declarar apiários em setembro
No mês de setembro, os apicultores estão obrigados a declarar os seus apiários, avisa a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), alertando para as coimas adotadas em caso de infrações.
Os apiários são conjuntos de colmeias utilizados para a criação de abelhas.
“[…] Os apicultores devem proceder à declaração anual de existências de 1 a 30 de setembro de 2024”, lê-se num aviso da DGAV.
As infrações no âmbito do registo e movimentação de apiários bem como das relativas à declaração de existências são puníveis com coimas de até quase 45.000 euros.
O valor mínimo é de 100 euros e o máximo de 3.740 euros ou 44.890 euros consoante esteja em causa um apicultor ou uma empresa.
A declaração anual de existências é efetuada no portal do IFAP – Instituo de Financiamento da Agricultura e Pescas, através das direções de serviços de alimentação e verrinaria da região ou das organizações de apicultores protocoladas com o IFAP.
Os apicultores que iniciaram a sua atividade têm 10 dias úteis para proceder à primeira declaração. Entre as informações que devem ser fornecidas estão as coordenadas geográficas dos apiários.
Quando ocorrem alterações superiores a 20% do número de colmeias, o apicultor tem de alterar a declaração de existências, também no prazo de 10 dias úteis.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.
A 28 de agosto, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) conclui o reembolso da totalidade da recapitalização pública em dinheiro, feita em 2017, ao pagar um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros.
“Com o pagamento deste dividendo adicional de 300 milhões de euros é integralmente reembolsada a recapitalização pública em dinheiro realizada em 2017, no valor de 2.500 milhões, sucedendo ao reembolso de 100%, dos 1.000 milhões de euros da componente de dívida privada, que ocorreu em 2023, na primeira data contratualmente prevista”, indica a CGD, em comunicado.
Este dividendo adicional acresce aos 525 milhões de euros já pagos em junho, pelo que são entregues na totalidade ao Estado 825 milhões de euros, “o maior pagamento de dividendos realizado pela Caixa ao seu acionista”.
Além disso, a Caixa também já pagou 562 milhões de euros em sede de IRC, “perfazendo um total de 1.387 milhões de pagamentos ao Estado”, indica.
O banco público justifica esta entrega extraordinária, com a capacidade de “gerar resultados sólidos e de melhorar a sua rentabilidade de maneira consistente, conforme atestado pelos resultados apresentados, referentes ao primeiro semestre, do exercício em curso e a não oposição por parte do Banco Central Europeu”.
“Por referência aos rácios de solvência de junho de 2024, e considerando a distribuição referida, a Caixa apresentava um rácio de CET 1 de 20,36% e um rácio de capital total de 20,62%. Após esta distribuição, o rácio de MREL apurado a 30 de junho de 2024 foi de 27,07% do total de ativos ponderados pelo risco e de 10,01% da exposição total do rácio de alavancagem, excedendo os requisitos fixados”, conclui o banco liderado por Paulo Macedo.
Póvoa: Festa em honra de Nossa Senhora do Naso com a participação de D. Nuno Almeida
Já é conhecido o programa da Festa em honra de Nossa Senhora do Naso, que este ano vai decorrer no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro e tem como destaques a procissão das velas até ao santuário do Naso, a missa campal presidida do bispo diocesano, D. Nuno Almeida e o novo arranjo urbanístico do parque da festa.
Todos os anos, a festa em honra de Nossa Senhora do Naso é organizada por casais, naturais da aldeia da Póvoa, que asssumem essa missão durante três anos consecutivos. Este ano, um dos mordomos e juíz da festa é Aquilino Ginjo, que juntamente com a esposa e outros dois casais, trabalharam ao longo de todo o ano para angariar dinheiro para a festa em honra de Nossa Senhora do Naso.
“Durante o ano trabalhamos no bar da confraria, na loja de artigos religiosos e na organização de várias atividades como o magusto de São Martinho, a festa de São João Baptista e os jantares convívio mensais, com o objetivo de juntar dinheiro para a festa de setembro”, explicou.
Sobre as novidades preparadas para festa deste ano, o mordomo, Aquilino Ginjo, destacou a primeira participação na festa do bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que vai presidir à missa campal, no dia 8 de setembro. Esta celebração religiosa vai contar também com a presença das comunidades de Alcañices e de Trabazos (Espanha) e de Constantim, acompanhados das imagens de Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora da Soledad e Nossa Senhora da Luz, respetivamente.
“Este ano, como o 8 de setembro, Dia da Natividade da Virgem Santa Maria, coincide com um Domingo, o santuário do Naso recebe a visita das comunidades vizinhas de Alcañices, Trabazos e Constantim, com as suas imagens de Nossa Senhora”, destacou.
Outra das novidades deste ano, no santuário de Nossa Senhora do Naso, é o arranjo urbanístico no parque da festa, uma obra que segundo a confraria está orçada em 50 mil euros e que já obteve um financiamento de 25 mil euros do município de Miranda do Douro e de 2500 euros da freguesia da Póvoa.
“Este ano, as festividades decorrem ao longo do fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro, uma razão acrescida para que a confraria de Nossa Senhora do Naso espere a vinda ao longo dos três dias, de mais 5 mil pessoas, dos concelhos de Miranda do Douro, de Vimioso e da vizinha Espanha, Apelamos, por isso, à contribuição de todos os visitantes para ajudar a pagar as obras de requalificação do parque do santuário”, solicitou o juiz da festa do Naso.
As festividades começam no dia 29 de agosto, com a oração da novena, na igreja paroquial da Póvoa. Depois, a 31 de agosto, celebra-se no santuário do Naso, as Lutuosas, isto é, oofício rezado e cantado pelos irmãos associados da confraria do santuário, que faleceram no decorrer do último ano.
A 1 de setembro, o município de Miranda do Douro organiza o já tradicional Passeio Pedestre “Planalto Mirandês”, de 15 quilómetros, entre Miranda do Douro e o santuário do Naso, na Póvoa. À tarde (15h00) celebra-se na capela do Naso, a Eucaristia e a Lutuosa geral, em sufrágio de todos os associados já falecidos da Confraria de Nossa Senhora do Naso.
O dia 5 de setembro é dedicado à Mocidade e a animação vai ser feita pela música dos gaiteiros e as danças dos pauliteiros da Póvoa.
Na sexta-feira, dia 6 de setembro, os destaques são o V Concurso de Asininos de Miranda, que vai decorrer ao longo do dia, no recinto do santuário do Naso.
Ao serão (20h00) realiza-se a tradicional procissão religiosa entre a aldeia da Póvoa e a capela do Naso, com a conclusão da novena e a celebração da eucaristia.
“A procissão noturna das velas, desde a igreja da Póvoa até ao santuário do Naso é um dos momentos mais bonitos da festa em honra de Nossa Senhora, razão pela qual convido todas as pessoas a participar”, convidou Aquilino Ginjo.
Às 23h00, o grupo Midnes começa a animar musicalmente e festa em honra de Nossa Senhora do Naso.
No sábado, dia 7 de setembro, tem início a feira anual no recinto do santuário, um certame que vai contar com uma centena de feirantes. A missa campal está agendada para as 15h00, seguida da procissão. Ao final da tarde há animação musical e para o serão estão programados os concertos musicais da Banda NOVASOM e Disco Móvel.
No Domingo, 8 de setembro, dia da Natividade da Virgem Santa Maria, o momento mais importante é a Missa Solene, agendada para as 14h00 e que este ano vai ser presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida.
De realçar ainda que a celebração religiosa vai ser animada musicalmente pela Banda Filarmónica Mirandesa e vai contar com a participação das comunidades de Alcañices e de Trabazos (Espanha) e também de Constantim, com as imagens de Nossa Senhora da Saúde, Nossa da Soledad e Nossa Senhora da Luz, respetivamente.
Ao final de tarde de Domingo, a Festa em honra de Nossa Senhora do Naso prossegue com a animação musical da Banda Konsequência e à noite, o conhecido grupo Função Pública encerra as festividades deste ano.
Miranda do Douro: II Encontro Ibérico de Raças autóctones
O Município de Miranda do Douro e a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) promovem a 5 e 6 de setembro, o II Encontro Ibérico de Raças Autóctones e o V Concurso de Asininos de Miranda, dois eventos inseridos nas festividades em honra de Nossa Senhora do Naso, que decorrem nos dias 6, 7 e 8 de setembro.
No dia 5 de setembro, o II Encontro Ibérico das Raças Autóctones tem lugar no miniauditório municipal de Miranda do Douro, com a realização de vários debates sobre o futuro das raças autóctones, o pastoreio extensivo, o papel dos asininos na prevenção de incêndios, entre outros temas. Este primeiro dia do encontro encerra com uma visita ao “Centro de Valorização e Melhoramento das Raças Autóctones”, em Malhadas.
No dia seguinte, dia 6 de setembro, o encontro prossegue com a 5ª edição do Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda, um evento inserido na Festa em honra da Nossa Senhora do Naso, na freguesia da Póvoa.
Segundo a AEPGA, antigamente existia a tradição da compra e venda de burros no decorrer da feira do Naso.
“Esta festa continua a reunir centenas de pessoas vindas de todas as aldeias do planalto mirandês e o facto de ser um momento privilegiado de encontro propiciava a realização de uma grande feira que durava vários dias; um deles, o dia 6 de Setembro, estava reservado à compra e venda de burros”, explica a AEPGA.
O Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda visa homenagear os criadores da raça asinina de Miranda.
“Este concurso tem por objetivo avaliar a evolução e estado atual da raça asinina de Miranda a nível nacional, com especial enfoque para o solar da raça – o planalto mirandês -, e os progressos que se têm verificado no seu desenvolvimento genético, proporcionando também aos criadores a oportunidade de mostrarem o esforço que vêm desenvolvendo na sua seleção”, indicam.
Segundo a organização, outra finalidade do evento é motivar para a criação de asininos de Miranda, que sublinhe-se é a única raça asinina reconhecida em Portugal continental.
Programa | Dia 5 de Setembro
ENCONTRO IBÉRICO DE RAÇAS AUTÓCTONES
Local: Mini-auditório Municipal de Miranda do Douro
09h00 - 09h30: Acolhimento dos participantes
09h30 - 11h00: Sessão de Abertura: O Futuro das Raças Autóctones - Perspectivas para os Recursos Genéticos Animais (RGAn). O novo Quadro Comunitário de Apoio para os RGAn.
11h00 - 11h30: Pausa
11h30 – 13h00: Encontro de Raças Autóctones Asininas Ibéricas sobre a visão estratégica para os próximos anos
13h00 -15h00: Almoço
15h00 – 18h00: Sessão de apresentações sobre o Pastoreio Extensivo e os Serviços de Ecossistemas
1. Projecto “Asininos na Prevenção de Incêndios para Resiliência Ecológica” Centro de Investigação de Montanha (CIMO)
2. Projecto LIFEResLand. Câmara Municipal de Cascais e Cascais Ambiente
16h00 -16h30: Pausa
3. Projecto “Gestão de vegetação nas faixas de servidão”.Redes Energéticas Nacionais (REN)
18h00: Visita guiada ao “Centro de Valorização e Melhoramento das Raças Autóctones – Malhadas”, aldeia de Malhadas (Miranda do Douro)
19h30: Encerramento
Programa | Dia 6 de Setembro
CONCURSO NACIONAL DA RAÇA ASININA DE MIRANDA Local: Recinto do Naso, freguesia da Póvoa (Miranda do Douro)
08h30-10h00: Início do convívio - chegada dos criadores e respectivos asininos 10h00-13h00: Circuito de jogos tradicionais (a confirmar)
10h00-11h00: Reunião de Secretários Técnicos dos Livros Genealógicos. Reservado apenas para secretários técnicos 11h00-11h30: Demonstração da avaliação morfo-funcional de asininos – realização e interpretação das provas morfo-funcionais no melhoramento genético de asininos da raça do Burro de Miranda · 11h30-12h00: Demonstração de equipamento leve de tracção animal moderna
12h00-12h30: Sessão de esclarecimento aos criadores: “Protocolos AWIN (Animal Welfare Indicators) – primeiros passos para a implementação dos parâmetros mínimos e de certificação de bem-estar animal”
12h30-14h30: Almoço-convívio com os criadores da raça asinina de Miranda
14h30-15h00: Atuação do grupo de Pauliteiros de Miranda 15h00-16h30: Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda: Eleição dos Melhores Exemplares da Raça, do melhor criador e melhor exploração de criação da Raça da raça asinina de Miranda · 17h00: Encerramento
Miranda do Douro: Apoios para minimizar estragos provocados pelo fogo
O município de Miranda do Douro solicitou ao Governo apoios para minimizar os estragos provocados na floresta e na apicultura, pelo incêndio que afetou 2.200 hectares, sendo que as áreas atingidas no concelho foram as freguesias de São Martinho de Angueira e Cicouro.
“Dos prejuízos causados pelo incêndio que teve início no concelho vizinho de Vimioso no passado dia 10 de agosto e se alastrou às freguesias de Cicouro e São Martinho de Angueira, os principais setores afetados foram a apicultura, floresta, soutos, vinhas, lameiros e outras culturas, o que deixou os proprietários sem nada”, informou o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.
De acordo com o autarca, os prejuízos após uma monitorização são mais visíveis em soutos, com cerca de 90 hectares afetados, a que se juntam as florestas de árvores folhosas com 70 hectares, sobretudo pinhais.
“No campo das culturas de sequeiro e regadio está estimada uma área ardida de 84 hectares a que se juntam mais 32 em pomares”, precisou.
Há ainda o registo de 570 hectares de mato e mais de 50 hectares de pastagem espontânea e melhoradas.
Nuno Rodrigues destacou ainda os prejuízos no setor apícola em cerca de 230 apiários afetados, o que provocou danos irreversíveis neste setor.
“Estes dados foram fornecidos por várias associações de produtores e pelo levantamento feito pelas juntas de freguesia e pelo próprio município. Gostaríamos, agora, que a tutela olhe-se para estes números com seriedade para assim se poder apoiar quem perdeu os seus rendimentos”, vincou Nuno Rodrigues.
Só neste incêndio foram consumidos 1.470 hectares de floresta, mato e áreas agrícolas.
O município de Miranda do Douro já enviou o relatório dos prejuízos para as secretarias de Estado da Agricultura e das Florestas e espera uma visita às zonas atingidas por este incêndio, ainda no decurso do mês de agosto, “ já que os agricultores estão desolados pelos prejuízos causados pelas chamas”.
No combate a este fogo que deflagrou na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, no concelho de Vimioso, estiveram envolvidos, ao longo de três dias, cerca de 625 operacionais que foram apoiados por 207 veículos, 11 máquinas de rasto e 17 meios aéreos portugueses e espanhóis.
Apesar do “ataque musculado”, o fogo acabou por alastrar a São Martinho de Angueira e Cicouro, já em Miranda do Douro, causando sobressalto nestas aldeias raianas, dada a intensidade das chamas e as mudanças repentinas do vento.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) classificou o incêndio que deflagrou no dia 10 de agosto, no concelho de Vimioso, como o maior registado desde janeiro.