Cultura: Festival transfronteiriço

Cultura: Festival transfronteiriço

A 12.ª edição do IKFEM Festival Tui-Valença realiza-se entre 17 e 21 de julho, com as presenças de Salvador Sobral, Jorge Palma e Marco Mezquida para reforçar “as pontes culturais” entre Portugal e Espanha, anunciou a organização.

“Ao longo de cinco dias, as Cortinas de São Francisco na Fortaleza de Valença, a Igreja de São Domingo e a Alameda de Santo Domingo, em Tui, vão ser palco de apresentações exclusivas dos melhores representantes da cultura ibérica da atualidade”, referem em comunicado os organizadores do festival que pretende “ser a ponte cultural entre Portugal e Espanha”.

A acompanhar o espetáculo “70 Voltas ao Sol” que Jorge Palma vai apresentar nas Cortinas de São Francisco, na Fortaleza de Valença, vai estar a Orquestra Sinfónica da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal, para a qual foi aberta uma convocatória de residência artística.

“Esta será a primeira orquestra composta por músicos dos 26 municípios que rodeiam o Rio Minho (de Portugal – Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira; e de Espanha – Arbo, A Cañiza, O Covelo, Crecente, A Guarda, Mondariz, Mondariz-Balneario, As Neves, Oia, Ponteareas, O Porriño, O Rosal, Salceda de Caselas, Salvaterra de Miño, Tomiño e Tui)”, descrevem os organizadores.

Através destas residências, que têm inscrições abertas até 15 de junho, pretende fomentar-se a criação de música e estreitar laços culturais, promovendo “a igualdade e o acesso, a inclusão e o reequilíbrio territorial”.

O festival arranca no dia 17 de julho com um concerto inédito de Salvador Sobral com Marco Mezquida, “Cosa de dois”, nas Cortinas de São Francisco, na Fortaleza de Valença.

No dia 18 de julho, a Igreja de São Domingo, em Tui, recebe Conexões Atlânticas, pelo trio composto pela soprano María Hinojosa Montenegro, o trompetista Simon Lewis e o pianista Daniel Pereira, que vão revisitar a história da Galiza, Portugal e País de Gales.

No dia 20 de julho, a Alameda de Santo Domingo, em Tui, acolhe “Puro Jazz Ibérico”, com os pianistas Chano Domínguez & Mário Laginha.

A Igreja de São Domingo, em Tui, recebe, a 21 de julho, “Cantos Hispano-Lusos”, do Coro da Orquestra Sinfónica da Galiza com o organista Adrián Regueiro, sob direção de Javier Fajardo.

Para além dos espetáculos ao vivo, o IKFEM promove conversas entre músicos e convidados, estando agendadas sessões com o maestro e diretor musical Cesário Costa, com Salvador Sobral e Marco Mezquida, e com o engenheiro e professor catedrático Carlos Nárdiz Ortiz, entre outros.

A ponte internacional que liga Valença e Tui recebe, no dia 20 de julho, uma “mostra enograstronómica e criativa aberta a todos”.

Já em setembro, no dia 06, o IKFEM apresenta um concerto único para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, em Valença.

“Em palco, a pianista portuguesa Marta Menezes e a Orquestra Sinfónica RTVE (Radio Televisión Española) vão interpretar um programa pensado para a ocasião de forma a evocar a História e o impacto nas democracias Portuguesa e Espanhola”, descrevem os organizadores.

O concerto realiza-se em Valença e “está integrado na Mostra Espanha e na agenda cruzada dos Governos de Espanha e Portugal (financiado pelo Ministério da Cultura de Espanha)”.

Fonte: Lusa

Urrós: Recuperação das bodegas subterrâneas 

Urrós: Recuperação das bodegas subterrâneas

O município de Mogadouro vai avançar com a recuperação de 32 bodegas (adegas) subterrâneas em Urrós, num projeto tripartido, dotado de mais 1,1 milhões de euros, que junta entidades transfronteiriças, avançou o presidente da Câmara Municipal, António Pimentel.

Deste montante, o município e Mogadouro que é a entidade “chefe de fila” neste projeto transfronteiriço, vai investir 666.666 mil euros nas bodegas em Urrós, um património concelhio que se perde no tempo e na história desta aldeia raiana.

De acordo com o autarca de Mogadouro, António Pimentel, uma das prioridades é a recuperação deste património ancestral ligado ao setor do vinho existente nesta aldeia, para depois criar uma rota turística no espaço da fronteira Luso-espanhola, no Douro Internacional.

“Pretendemos fazer nestes espaços, depois de recuperados, várias iniciativas ligadas ao ecoturismo, à gastronomia, entre outros eventos culturais e sociais ao nível raiano”, vincou o autarca mogadourense.

Segundo António Pimentel, “o projeto está concluído há muito tempo, sendo que ao nível da execução foi necessário alguns recondicionamentos à ideia inicial, devido ao seu elevado montante”.

“O contrato de execução será assinado ainda esta semana entre as partes envolvidas nesta iniciativa transfronteiriça, que tem o município de Mogadouro como chefe de fila ”, frisou.

Já Fermoselle, em Zamora, vai investir a sua quota-parte no valor de 203.947 euros para fazer o mapeamento do subsolo desta vila espanhola, onde se crê que haja mais de um milhar de bodegas, numa cultura milenar.

O alcaide de Fermoselle, José Manuel Pilo, avançou à Lusa que na sua localidade se irá proceder um levantamento a três dimensões de todo o subsolo desta vila espanhola.

“A ideia é fazer um raio x de todas as galerias subterrâneas de Fermoselle que abrangem, praticamente, todo o seu núcleo urbano. Estamos a crer que debaixo de terra haja mais de mil bodegas, mas não há um cadastro concreto, porque ainda estamos em investigação. Até agora são cerca de 800 estruturas conhecidas, algumas com mais de mil anos”, explicou.

Por seu lado, o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero – Douro tem 246.501 euros para fazer a divulgação e promoção deste ativo turístico e cultural no espaço peninsular.

O diretor geral do AECT Duero- Douro, José Luís Pascoal, avançou que este organismo tem a missão da divulgação de uma marca territorial de valor cultural no espaço da Península Ibérica, através deste projeto comum aos dois territórios.

“O projeto definido para Mogadouro e para Fermoselle são uns dos motores de desenvolvimento, deste território de fronteira, em que o AECT vai levar e divulgar por todo espaço comunitário e ibérico. A nossa obrigação passa por desenvolver o marketing territorial, que não temos dúvidas que se vai tornar um destino turístico muito procurado”, esclareço o responsável ibérico.

O AECT representa mais de 200 entidades públicas e privadas da raia fronteiriça do Douro, do Nordeste Transmontano e Beira Interior, do lado Português. Do lado de Espanha está o território entre Zamora e Salamanca.

O projeto ibérico tem o apoio do programa “Interreg España-Portugal (POCTEP)” que promove projetos de cooperação transfronteiriça, com o apoio da União Europeia, no montante global de 1.117.115,43 euros.

Neste projeto participam ainda como parceiros, o Turismo do Porto e Norte e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás os Montes (CIM-TTM), entre outras, sem qualquer tipo de investimento.

Fonte: Lusa

 

Alfândega da Fé: Cereja com qualidade mas menos quantidade

Alfândega da Fé: Cereja com qualidade mas menos quantidade

A vila de Alfândega da Fé recebe de 7 a 9 de junho mais uma edição da Festa da Cerejas&Co, este ano com quebras de 60% na produção, mas a qualidade da cereja mantém-se, garante fonte da autarquia.

“O reporte que me tem sido transmitido pelos diversos produtores é que as quebras são factos que não podemos negar. Sabemos que a qualidade da cereja está de excelência mas podemos ter de contar com quebras os 60%. (…) A chuva foi bastante prejudicial na altura do desenvolvimento do fruto e agora também, ao provocar a sua rachadela”, explicou a vice-presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Maria Manuela Silva.

A autarca garantiu, contudo, que não vai faltar cereja para este fim de semana, onde se costumam vender nove toneladas do fruto.

Há cerca de 20 anos que o investimento na produção de cereja em Alfândega da Fé tinha vindo a diminuir. Uma realidade que está a mudar. 

“Neste momento, além de produtores jovens que estão a investir, a Cooperativa Agrícola está a fazer uma renovação dos seus pomares, em parte a transitar para produção biológica. Portanto, é uma aposta que se está a reforçar.”, detalhou à Lusa a vice-presidente, referindo ainda que já estão a sentir resultados no concelho desta revitalização que se iniciou há cerca de nove anos.

Na área de Alfândega da Fé e nalgumas aldeias do concelho vizinho de Macedo de Cavaleiros, há 10 produtores de cereja, entre os quais a Cooperativa Agrícola local, que colhe em média 14 toneladas anuais de cereja.

Está quase finalizado o processo de certificação de Indicação Geográfica Protegida (IGP).

Maria Manuela Silva adiantou que já há parecer positivo da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Contudo, foi solicitada uma alteração à proposta inicial, que agora está a ser analisada pela entidade. A previsão é que a breve prazo esteja implementada.

Nos três dias da Festa da Cereja vão estar presentes 10 produtores e 100 expositores da região, onde a fruta da época vai estar acompanhada pela amêndoa, o azeite, os vinhos e os doces típicos do concelho, como os barquinhos e os rochedos.

Durante os dias festivos, vai também ser apresentado o Parque Micológico de Alvazinhos, que é uma mata de 40 hectares que está a ser reabilitada, inclusive com percursos pedestres, para que os visitantes possam conhecer as variedades de cogumelos locais.

No programa desportivo, está de regresso pela segunda vez o encontro de ‘stand up paddle’, que vai juntar 100 participantes nos Lagos do Sabor.

“Este é um segundo encontro de muitos, certamente, porque não vamos desistir. No município já temos materiais próprios e temos um projeto-piloto com uma turma do primeiro ciclo para implementar a habituação às atividades náuticas”, partilhou Maria Manuela Silva.

Durante os três dias da Festa da Cerejas&Co há ainda espetáculos musicais no cartaz, a começar com David Antunes com Jéssica Cipriano. No sábado atua Nininho Vaz Maia. A fechar, João Pedro Pais.

Fonte: Lusa

Santulhão: Feira do Azeite projetou a localidade e os seus produtos

Santulhão: Feira do Azeite projetou a localidade e os seus produtos

No fim-de-semana de 1 e 2 de junho, o Centro de Promoção dos Produtos Locais e Tradições de Santulhão voltou a ser o local de encontro das gentes e de promoção de produtos, como o azeite e o seu uso diversificado na gastronomia, como mostraram os chefs António Boia e Manuel Boia.

O Chef de cozinha, António Boia, natural de Santulhão, ministrou um showcooking dedicado ao azeite.

Entre o público que visitou a II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, destaque para a visita do grupo da Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta. A coordenadora do grupo, Hortense Manuela, justificou a vinda até Santulhão, com o convite endereçado pelo presidente da freguesia, Jorge Gonçalves.

“Foi um convite que abraçámos com muito gosto. As viagens e os convívios são muito apreciados pelas pessoas inscritas na Universidade Sénior. Na II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana tivemos a oportunidade de participar na caminhada interpretativa, através da qual pudemos conhecer e admirar a flora e fauna locais”, disse.

Na visita à feira e aos expositores de produtos locais, os visitantes de Freixo de Espada à Cinta, aproveitaram para comprar pão, chouriças e mel.

“É sempre bom viajar e ver o que se faz noutros concelhos vizinhos”, disse.

Nesta visita a Santulhão, a Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta teve ainda a oportunidade de acompanhar o showcooking, realizado pelos chefs, António Boia e Manuel Boia, dedicado à confecção de pratos gastronómicos com azeite.

A atividade gastronómica foi um dos momentos mais apreciados, dada a grande interação que os conceituados mestres de cozinha estabeleceram com o público, dando a provar as suas iguarias, como o pão de azeite, o bacalhau à Brás ou a gelatina de azeite.

Maria dos Santos, da localidade de Talhas, veio pela primeira vez à Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana. No certame, a visitante aproveitou para comprar pão, chouriças, queijo de cabra e a doçaria tradicional.

Por sua vez, o casal, Adrião Alves e Laura Martins, naturais de Santulhão, que compararam queijo, mel e manjericos, expressaram mútua satisfação pela organização desta feira de produtos locais.

“Este é apenas o segundo ano da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, pelo que é um evento que está a dar os primeiros passos. O Centro de Promoção dos Produtos Locais e Tradições de Santulhão é um espaço muito funcional e acolhedor. Futuramente, quando a zona envolvente estiver concluída, a feira vai ser ainda melhor”, disseram.

Do lado dos expositores, César Rodrigues, produtor de queijo de cabra biológico, cujas vendas são sobretudo para as lojas gourmet, justificou a sua participação na feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, para dar a conhecer os seus vários produtos: queijo de cabra fresco, curado, maturado, requeijão e iogurte.

Por sua vez, o produtor do azeite “Sant’llana”, José Lopes, explicou que a mais-valia do seu produto resulta do cuidado empregue desde a apanha e seleção da azeitona, passando pelo transporte até à extração que é realizada no lagar de Santulhão.

Segundo este produtor, o azeite é proveniente da variedade de azeitona santulhana, caraterística desta região, que depois é comercializado para restaurantes e espaços comerciais nos grandes centros urbanos, como o mercado do Bolhão, no Porto.

“A realização desta feira dá maior visibilidade a Santulhão e aos nossos produtos, com destaque para o azeite e consequentemente gera mais movimento na localidade”, sublinhou.

No decorrer da II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, o presidente da freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, realçou que a par da promoção dos produtos locais, outro dos objetivos do certame foi o de incentivar o contato com a natureza.

“No programa da feira organizámos o curso de fotografia na natureza, a caminhada interpretativa, o passeio pedestre e o passeio BTT, atividades que visam proporcionar ao público este contato com a natureza envolvente”, destacou.

Ao longo do fim-de-semana, de 1 e 2 de junho, o certame em Santulhão ofereceu ainda outras atividades como o XXII Festival de Música Tradicional Celta, o desfile de carros clássicos, os jogos tradicionais e a constante animação musical, protagonizada por vários grupos tradicionais.

A II Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana foi coorganizada pela Freguesia de Santulhão e o Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS). O certame contou com o apoio do município de Vimioso e a colaboração das associações AEPGA, da Palombar e Associação de Ciclismo de Bragança e da Freguesia de Matela.

HA

Migrações: Governo apresenta plano com regras mais apertadas

Migrações: Governo apresenta plano com regras mais apertadas

O Governo apresenta a 3 de junho o plano para as migrações, com regras mais apertadas, com uma estratégia para atrair quadros qualificados e um tratamento diferenciado para os lusófonos.

António Leitão Amaro tem criticado a atual lei de estrangeiros, que permite a regularização em Portugal de quem chega com visto de turista, através da manifestação de interesse e a falta de infraestruturas de acolhimento adequadas.

“A política migratória é dos grandes falhanços do Governo anterior” e “das heranças mais pesadas que recebemos”, afirmou, em entrevista ao Diário de Notícias e TSF, criticando as “opções erradas de leis e regras de entrada e de regularização em Portugal, mas também pelo colapso das instituições, resultado das escolhas e do processo de extinção do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).

O SEF e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) foram extintos em outubro de 2023, dando lugar à recém-criada Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Após uma reunião com deputados, Leitão Amaro já tinha prometido rever o modelo institucional de gestão das migrações em Portugal.

“Portugal tinha uma instituição, a instituição foi eliminada, os seus recursos humanos foram distribuídos por várias instituições”, uma decisão criticada por vários partidos e organizações, afirmou aos jornalistas o ministro, prometendo que as novas medidas incluirão uma “correção também no domínio institucional”, sem se comprometer com a manutenção da AIMA.

Em 2023, Portugal processou perto de 180 mil regularizações de imigrantes, mas ainda há 400 mil pendências, “incluindo manifestações de interesse para a primeira autorização de residência, pedidos de reagrupamento familiar, pedidos de vistos, renovação de vistos ou das autorizações de residência, processos dos vistos dos cidadãos da CPLP [Comunidade dos Países e Língua Oficial Portuguesa]”.

Entre esses candidatos, muitos terão já saído do território nacional por falta de resposta do Estado.

A AIMA recebe uma média de cinco mil processos por semana e tem uma capacidade de resposta inferior a metade desse número.

Fonte: Lusa

Europeias: BE veio até Atenor para salientar que “não há voto desperdiçado”

Europeias: BE veio até Atenor para salientar que “não há voto desperdiçado”

A bloquista Catarina Martins veio até Atenor, no concelho de Miranda do Douro, para salientar que “não há voto desperdiçado” nas eleições europeias e reencontrou o burro Tó, amigo apadrinhado há 19 anos.

À entrada da aldeia de Antenor há uma pequena paragem de autocarro dá as boas-vindas aos que por ali passam e os seus desenhos remetem para um dos patrimónios da região: o burro de Miranda.

Mais adiante, está localizado o Centro de Valorização do Burro de Miranda, da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), um verdadeiro santuário para esta raça autóctone, onde vivem cerca de 60 burros.

Neste local, longe dos principais centros citadinos, Catarina Martins, acompanhada do número dois às eleições europeias, José Gusmão, lembrou que “o nordeste transmontano é Europa”.

“Nas eleições europeias não há voto desperdiçado. Aqui toda a gente vota para o mesmo círculo eleitoral e, portanto, quem está aqui no planalto mirandês e que muitas vezes até se sentiu esquecido, aqui como no resto do interior, saibam que nas europeias é um círculo único e todos os votos contam para eleger quem possa representar estes projetos”, defendeu.

A candidata ao Parlamento Europeu realçou que associações como esta “dão emprego nesta zona a veterinários, biólogos, linguistas e pessoas das mais variadas áreas, da Cultura e da Ciência” e defendeu que “se há algo que os fundos europeus devem fazer pelo território português é precisamente o investimento nestes projetos”.

Rodeada de burros, Catarina Martins perguntou por um em particular, o Tó, apadrinhado pela bloquista e família há 19 anos. Entre vários burros mirandeses, cuja esperança média de vida ronda os 27 anos, Catarina encontrou o Tó, que apesar de não ser um típico burro de Miranda, é “muito especial” e ajuda em várias tarefas da associação.

Em 2001, quando a associação surgiu, a média de nascimentos de burros de Miranda era de 10 por ano e agora já está nos 100, contudo, a raça continua em risco uma vez que ainda existem menos de mil fêmeas reprodutoras.

Miguel Nóvoa, um dos responsáveis, salientou a importância do burro para ajudar a manter as pastagens limpas, realçando o seu papel na redução do risco de incêndio em zonas como lameiros.

“Às vezes fala-se dos projetos europeus e dos fundos europeus como uns milhões que chegam num instante e faz-se um negócio qualquer de betão que depois de inaugurado não se sabe muito bem o que fazer com ele. Nós propormos outra forma de olhar para os fundos europeus: que sejam sobretudo para projetos como este”, defendeu Catarina Martins.

Uma das responsáveis da associação, Joana Braga, realçou também que, além do burro de Miranda, muitos dos ofícios associados ao cuidado e uso destes animais estão também em extinção ou já extintos, como ferradores ou tecedeiras, esperando que os mais jovens ganhem gradualmente mais interesse neste tipo de profissões.

A promessa de defender mais investimento para este tipo de projetos ficou feita e a caravana do BE seguiu viagem.

Enquanto as fêmeas e machos esterilizados conviviam alegremente, ao longe, o macho “garanhão”, o “Granjinho”, queixava-se. Este macho reprodutor vive isolado para evitar confrontos com os restantes burros: um sacrifício feito durante um ano por um burro para preservar toda uma raça.

Fonte: Lusa

Europeias: Presidente da República elogia a adesão dos portugueses ao voto antecipado

Europeias: Presidente da República elogiou a adesão dos portugueses ao voto antecipado

Nas eleições para o Parlamento Europeu, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a adesão dos portugueses ao voto antecipado, uma solução que, considerou, facilita muito a vida das pessoas.

“É uma resposta muito boa dos portugueses este voto antecipado. Aumentou o número em 20%, vamos ver se aparecem mesmo, mas o dia está bom por todo o território nacional, mesmo nas regiões autónomas, o que significa que não há razão para não comparecerem. Isto facilita a vida a muitos portugueses”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ter exercido o voto antecipado em Celorico de Basto, no distrito de Braga.

Falando aos jornalistas, à saída do centro escolar da vila, o chefe do Estado sublinhou que, no seu caso, o voto antecipado se deveu ao facto de ter de estar nas comemorações do 10 de Junho. 

“No meu caso, como tenho de estar no 10 de junho, que começa no dia 8, portanto, no dia 9, era impossível estar a vir lá de baixo aqui acima votar”, anotou, observado que, para “muitos portugueses, que têm a sua vida pessoal, profissional, é uma maneira de ficarem com o dever cumprido”.

“É uma grande vantagem contra a abstenção”, prosseguiu, recordando que recentemente, nas eleições legislativas, baixou significativamente a abstenção.

“Estamos todos muito entusiasmados, porque nas eleições legislativas a abstenção caiu a pique, o que ninguém esperava, muito devido aos jovens. Mas, em geral, houve de facto uma percentagem a que não se assistia há décadas na democracia”, assentou aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que “daqui a uma semana [dia das eleições para o Parlamento Europeu] seja possível baixar, em relação a 2019, a taxa de abstenção”.

Para o Presidente da República, “tudo o que seja criar estímulos e incentivos para que as pessoas votem, este é um, o voto antecipado”.

Comentando a campanha eleitoral que esta a decorrer, considerou que tem proporcionado mais debates e maior participação mediática, estando a ser “a mais completa em temas”.

“Não houve praticamente nenhum tema mundial, europeu e até nacional relacionável com as eleições para o Parlamento Europeu que não tenha sido tratado de uma forma ou de outra”, concluiu.

Fonte: Lusa

Vimioso: Projeto NatuRural Heritage promove conservação do património rural e natural

Vimioso: Projeto NatuRural Heritage promove conservação do património rural e natural

A Associação Palombar, com sede em Vimioso, desenvolveu o projeto NatuRural Heritage, que tem como objetivos promover o restauro e a conservação do património rural e natural, de aldeias do Nordeste Transmontano.

Este projeto está centrado na realização de campos de trabalho voluntário internacionais (CTVI), com vista a promover o restauro de edificados da arquitetura vernacular associados às comunidades rurais e a conservação da natureza, bem como na promoção de prospeções arqueológicas, com o objetivo de contribuir para a investigação e descoberta do património material local ancestral. O projeto é desenvolvido com o apoio do Município de Vimoso, Município de Miranda do Douro, da associação francesa Rempart, da Frauga e da Obra Kolping Portugal. 

O projeto é financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade (CES) da União Europeia (UE), foi aprovado em maio de 2023, e será implementado durante o ano de 2024.

Adicionalmente, este projeto pretende promover a dinamização do mundo rural, a descoberta do território e da sua riqueza natural, patrimonial, cultural e humana, bem como a partilha intergeracional de experiências e conhecimento.

As ações do projeto terão lugar nas aldeias transmontanas de Uva, no concelho de Vimioso, e de Picote, no concelho de Miranda do Douro, e incluem a realização de três campos de trabalho voluntário internacionais: 64.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Reconstrução de um pombal tradicional | Uva, 15 a 29 de julho de 2024; 65.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Escavação Arqueológica | Picote, 12 a 26 de agosto de 2024 e 66.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional – Escavação Arqueológica | Picote, 2 a 16 de setembro de 2024.

O primeiro campo de trabalho tem como objetivo promover o restauro de um pombal tradicional, com vista a preservar este edificado vernacular, bem como disseminar as técnicas tradicionais de construção usadas para erigir este património rural, transmitidas ao longo de gerações, em perfeita simbiose com o meio ambiente. Já os campos de trabalho direcionados para as prospeções arqueológicas visam dar continuidade aos trabalhos arqueológicos já desenvolvidos na aldeia de Picote pela Universidade do Porto, e agora integrados num projeto do Município de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Picote e Palombar, na zona da “Casa Romana”, com o propósito de musealização da área.

“As atividades de voluntariado dos CTVI têm impacto a diferentes níveis: localmente, na vida da comunidade onde se realizam as ações, rompendo o isolamento, aumentando os encontros e intercâmbios intergeracionais e contribuindo positivamente para o bem-estar da população; a nível regional, promovem o património rural – cultural, natural, arquitetónico e arqueológico -, bem como o comércio local e regional; a nível nacional, oferecem oportunidades para os jovens participarem em projetos multiculturais dentro do próprio país e instigam a participação cívica na preservação do seu próprio património natural e cultural e, a nível europeu, contribuem para o intercâmbio, a interação e a cooperação entre os jovens”, destaca Sara Freire, técnica de ecoturismo e educação ambiental e coordenadora do projeto.

Fonte: Palombar

Descanso!

IX Domingo do Tempo Comum

Descanso!

Deut 5, 12-15 / Slm 80 (81), 3-8a.10-11b / 2 Cor 4, 6-11 / Mc 2, 23 – 3, 6 ou 2, 23-28

«Bendito seja quem inventou o descanso», diz o povo. Curiosamente, foi Deus quem o inventou, ao descansar no sétimo dia. E não só o inventou, como pede a Israel que descanse e faça descansar, que poupe outros ao trabalho.

Por comodismo – ou porque rendidos à lógica do consumo – estes dias de descanso, de ócio partilhado, parecem ter-se perdido. Há sempre algo que fazer e exigimos uma quantidade de serviços que nos ajudem a descansar. Perdemos a noção deste santo descanso, uma das grandes originalidades da religião judaica, da qual somos herdeiros. E, ao perdê-lo de vista, somos nós quem se perde no frenesim da atividade.

No Evangelho deste domingo, assistimos à polémica causada pelos discípulos de Jesus ao colherem espigas num sábado para se alimentar. Esta violação da lei não passa despercebida aos fariseus. Estes rapidamente questionam Jesus, que lhes responde: «o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado».

A resposta de Jesus, sem colocar em causa a sabedoria, bondade e importância da lei, aponta o essencial: a lei foi oferecida pelo Senhor para que o homem floresça, não para que ele viva refém dela. Jesus não vem abolir a Lei, mas cumpri-la plenamente, apontando a sua razão de ser, mostrando que esta não é amarra, mas caminho de libertação.

Nós gostamos de regras. E precisamos de clareza nas normas que regem as nossas vidas. Contudo, tendemos a esquecer que estas não existem para si mesmas, mas sim para promover e proteger a Humanidade. Nós precisamos dos mandamentos e dos demais preceitos da lei de Deus para que se lance luz sobre possíveis enganos das nossas vidas. Mas obedecer cegamente à lei é feri-la de morte.

Deus convida-nos a segui-lo, a ir com Ele pelos caminhos, a viver como Ele. No centro da nossa fé está a relação com uma pessoa, o Filho de Deus. E é a esta luz, como comunidade que partilha vida, que tudo pode ser visto. E para vermos bem, há que regressar ao descanso, ao dia santo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Vivaldi e Boccherini na concatedral

Miranda do Douro: Vivaldi e Boccherini na concatedral

O ciclo de “Concertos no Património”, organizados pela Associação de Municípios do Douro Superior, prossegue no sábado, dia 1 de junho, às 21h30, com um concerto de Vivaldi e Boccherini, na concatedral de Miranda do Douro.

O espetáculo musical vai ser interpretado pelo Quinteto de Cordas, da Ópera na Academia e na Cidade(OAC), uma associação sem fins lucrativos, que tem como missão proporcionar concertos e espetáculos de elevado padrão artístico, a comunidades situadas fora dos grandes centros urbanos.

Os cinco músicos: Sérgio Cunha (guitarra), Inês Pinho (soprano), Filipa Teixeira (soprano), Maria João Ribeiro (mezzo-Soprano), Ana Santos (mezzo-Soprano), sob a direção musical de José Ferreira Lobo, vão interpretar temas dos compositores italianos, Vivaldi e Boccherini.

De acordo com o município de Miranda do Douro, a entrada para o concerto é gratuita.

O espetáculo faz parte do “Roteiro Cultural do Património e dos Poetas do Douro Superior”, que tem como finalidade promover o património existente nestes municípios, através da realização de eventos culturais.

A Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) é constituída pelos municípios de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

HA