Miranda do Douro: Município recria a Guerra do Mirandum

Miranda do Douro: Município recria a Guerra do Mirandum

De 17 a 19 de maio, a Câmara Municipal de Miranda do Douro promove a recriação histórica da Guerra do Mirandum, uma iniciativa que envolve centenas de pessoas da comunidade local e visa assinalar os 262 anos de uma batalha que opôs os mirandeses aos invasores espanhóis, em meados do século XVIII.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, adiantou que este evento cultural vai envolver algumas centenas de pessoas, de escolas, da comunidade local e do comércio local, que vão dar vida a este episódio que mudou a vida da comunidade mirandesa há 262 anos.

“Quando se faz a recriação de um evento histórico desta natureza, onde Miranda do Douro teve um papel importante na defesa do território de fronteira, a comunidade mirandesa envolve-se”, vincou a autarca.

Recorde-se que a 8 de maio de 1762, a praça-forte do castelo de Miranda do Douro explodiu e é considerado um dos momentos mais trágicos da história da cidade. De acordo com o historiador António Rodrigues Mourinho, mais de 400 pessoas perderam a vida durante uma guerra, que se prolongou por sete anos (1756-1763).

Segundo o município, o objetivo da recriação histórica é assinalar os heroísmos e as fatalidades da Guerra do Mirandum. Este conflito foi despoletado pela Guerra dos Sete Anos, entre a Inglaterra e a Prússia contra a França e a Áustria, para além de outros aliados, originada pela rivalidade colonial e económica anglo-francesa.

Sobre o evento que decorre no fim-de-semana de 17 a 19 de maio, o município de Miranda do Douro indica que “vai-se recriar o século XVIII com a ambientação barroca, um mercado popular da época e onde se revivem as peripécias de uma guerra”.

“A Guerra do Mirandum não foi um evento positivo para a comunidade local, mas não podemos negar a história, e daqui partimos para uma homenagem aos homens e mulheres que resistiram a este fatídico acontecimento e que reergueram Miranda do Douro”, destacou Helena Barril.

A recriação histórica traz a cenário o confronto com o Conde de Lippe e o Conde de Aranda, revivendo os heroísmos e as fatalidades da Guerra do Mirandum.

Segundo uma investigação da arqueóloga Mónica Salgado e de outros historiadores, a Guerra do Mirandum decorre da participação de Portugal na Guerra dos Sete Anos, que opôs Portugal e Espanha.

“O conflito em Miranda do Douro ficou conhecido como a Guerra do Mirandum. A 8 de maio de 1762, o exército espanhol, do Marquês de Sárria invadiu a cidade de Miranda do Douro e pensa-se que devido a um acidente ou outra ação, o paiol do castelo de Miranda explodiu, causando a morte a cerca de 400 pessoas”, informou a arqueóloga, acrescentando que: “derrotados com este acontecimento, os mirandeses renderam-se o que permitiu a entrada do exército franco-espanhol”.

Fonte: Lusa

Fátima: Peregrinos são cada vez mais em todo o ano

Fátima: Peregrinos são cada vez mais em todo o ano

Na véspera das celebrações de 12 e 13 de maio, são muitos os peregrinos que, principalmente do Norte, se dirigem a pé ao Santuário de Fátima, numa romaria que já é muito comum fora das datas das grandes celebrações.

O padre Daniel Mendes, assistente nacional do Movimento da Mensagem de Fátima (MMF), que coordena a Comissão de Apoio aos Peregrinos a Pé, disse hoje à agência Lusa que “as peregrinações de maio e outubro ainda têm um número mais elevado de peregrinos [a pé], mas ao longo de todo o ano já se veem nas estradas muitos coletes” refletores, usados pelos caminhantes.

As peregrinações começam também a assumir contornos diferentes, “com muitos peregrinos a fazerem a sua caminhada de oração por etapas, fazendo parte do percurso num fim de semana e outra noutro”, até completarem a peregrinação, admitiu o sacerdote que, desde há três anos, acompanha no terreno as grandes peregrinações ao santuário da Cova da Iria.

Segundo Daniel Mendes, este facto levou a própria Infraestruturas de Portugal a manter ao longo de todo o ano, nas estradas, a sinalética dirigida aos peregrinos, com vista a aumentar a sua segurança.

Na localidade de Leais, no concelho de Pombal, onde, a partir de quinta-feira, funcionará um posto de acolhimento a peregrinos gerido pelo MMF, o assistente nacional do movimento fez questão de sublinhar a adesão da juventude às peregrinações ao Santuário de Fátima.

“Há grupos com muita gente nova e, nestes casos, trata-se da existência de uma grande devoção a Nossa Senhora. É essa devoção que faz com que o peregrino saia de casa, é o procurar algo mais que a rotina não lhe dá”, enfatiza o padre Daniel Mendes.

Com mais de 38 mil membros inscritos, com secretariados ativos na maioria das dioceses portuguesas, o MMF disponibiliza, nos períodos das grandes peregrinações, centenas de voluntários para os mais de dezena e meia de postos de assistência que tem a seu cargo nas principais rotas de passagem de peregrinos a caminho de Fátima.

Além dos postos geridos pelo MMF, existem mais três dezenas, a cargo da Cruz Vermelha Portuguesa e da Ordem de Malta.

Nos seus postos, além de prestar cuidados básicos de saúde aos peregrinos, como tratar dos pés, tratar alguma ferida e hidratar, o MMF tem sempre disponível sopa, fruta e água.

Para que as peregrinações decorram cada vez com maior segurança, mas também num ambiente de oração e interioridade, o Movimento orienta encontros com os guias dos grupos de peregrinos, em fevereiro e março, “para lhes dar as ferramentas necessárias a essa espiritualidade”.

“Além das indicações de segurança, damos-lhes a conhecer o tema do ano para o santuário e o MMF, damos a conhecer o santuário por dentro, para que conheçam os espaços a visitar e as obras de arte, que contam muito o que é a Mensagem de Fátima”, explicou Daniel Mendes, considerando que os guias “são peças fundamentais em toda a organização da peregrinação, para lhe dar mais profundidade”.

Daniel Mendes, que nos últimos dias tem estado a acompanhar o ritmo dos grupos oriundos do Norte do país, avançou que “há muitos peregrinos na estrada em direção a Fátima”.

Para ajudar os peregrinos, a Comissão de Apoio ao Peregrino a Pé criou com o VOST Portugal, uma plataforma que visa aumentar a segurança de quem faz a pé o caminho até ao santuário.

A plataforma encontra-se disponível em https://mensagemdefatima.vost.pt/ e a comissão apela a que os guias e responsáveis de grupos de peregrinos se registem e insiram todas as informações relativas à peregrinação, nomeadamente horários de saída, chegada e pernoitas.

Segundo Daniel Mendes, há já 70 grupos registados, o que representa milhares de fiéis que caminham para a Cova da Iria até ao fim de semana.

Clara Costa, de 51 anos, está a fazer o caminho a pé pela terceira vez. Partiu na última sexta-feira de Cabeceiras de Basto e espera chegar a Fátima na quinta-feira.

O pior são “as dores nos pés”, mas a vontade de “fazer sacrifícios” face “ao estado do mundo” ajuda a ultrapassar as dificuldades.

Também do Norte do país, mas de Mirandela, São Barbosa, de 56 anos, partiu no dia 01 de maio para a sua 11.ª peregrinação.

Afirmando que não vai a Fátima em cumprimento de qualquer promessa, disse que o objetivo é “agradecer, apenas isso”.

Daniel Mendes corrobora que, “hoje em dia, assiste-se muito à vontade da reparação nas peregrinações”, enquanto, anteriormente, era mais o cumprimento de promessas.

Nas proximidades do Santuário de Fátima ainda não são muitos os peregrinos visíveis, sendo esperados milhares a partir de sexta-feira.

Na estrada estão já operações especiais da GNR e da PSP para garantir a segurança dos fiéis que se dirigem para as cerimónias de 12 e 13 de maio, que serão presididas pelo arcebispo de Barcelona, Juan José Omella.

Fonte: Lusa

Fotos: CUMN

Infraestuturas: Túnel do Marão inaugurado há oito anos

Infraestuturas: Túnel do Marão inaugurado há oito anos

O Túnel do Marão foi atravessado por 33 milhões de veículos em oito anos, tendo atingido, em 2023, um tráfego médio de 13.778 viaturas e uma receita de 13,4 milhões de euros, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).

Com cerca de seis quilómetros de extensão, o Túnel do Marão está inserido na Autoestrada 4 (A4), entre Amarante e Vila Real. Foi inaugurado a 7 de maio de 2016 e abriu ao tráfego às 00:00 do dia a seguir, 8 de maio.

Em resposta a um pedido de informações da agência Lusa, a IP disse hoje que, nestes oito anos, o Túnel do Marão se tornou no trajeto “preferencial de todos os que acedem de e para a região de Trás-os-Montes, tendo já sido atravessado por mais de 33 milhões de viaturas”.

De acordo com a empresa, desde 2016, e com exceção do período da pandemia, o tráfego que utiliza o Túnel do Marão tem vindo a aumentar de ano para ano, tendo atingido um tráfego médio diário de 13.778 veículos em 2023.

“O que representa um crescimento de 25% face ao registado no início da sua exploração e é revelador da importância desta infraestrutura para a mobilidade na região”, salientou a IP.

Este é um troço portajado da A4 e, segundo a IP, as receitas com portagens atingiram os 13,4 milhões de euros em 2023.

A empresa não adiantou qual o custo da manutenção do túnel, salientando, no entanto, que a “manutenção, operação e assistência no local são asseguradas presencialmente 365 dias por ano por equipas ao serviço da IP”.

As portagens no Túnel do Marão poderão ser abolidas, já que estão incluídas no projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT que foi aprovado na semana passada no parlamento, com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, a abstenção da IL e o voto contra do PSD e do CDS-PP.

A proposta do PS – a única que foi aprovada – pretende acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

De acordo com os socialistas, a medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros.

Classificando o túnel como uma “obra maior da engenharia nacional”, a IP sublinhou que se trata de “uma infraestrutura rodoviária moderna e segura”.

É constituído por duas galerias gémeas, cada uma com um comprimento de 5.680 metros, o que o coloca como o mais longo do país e um dos maiores da Península Ibérica, e dispõe dos mais avançados sistemas e equipamentos de segurança ativa e passiva, permitindo uma monitorização permanente com base no Centro de Controlo de Tráfego do Pragal.

“É com grande orgulho e sentido de missão que a Infraestruturas de Portugal continuará a assegurar diariamente a operação do Túnel do Marão, garantido a sua disponibilidade ao serviço da mobilidade das populações, da dinamização da economia regional e nacional e da coesão territorial”, realçou a empresa.

A Autoestrada do Marão – Túnel do Marão – permitiu a conclusão da A4, que liga o Porto a Bragança, melhorou a mobilidade na região de Trás-os-Montes, contribuiu para a redução da sinistralidade rodoviária e tornou-se na alternativa ao sinuoso Itinerário Principal 4 (IP4).

Este troço da A4 entrou em funcionamento após sete anos de obra, durante os quais houve três paragens nos trabalhos e do resgate pelo Estado.

Fonte: Lusa

Algoso: “Em noite de lua cheia, caminha-se sem canseira” – Cristina Miguel

Algoso: “Em noite de lua cheia, caminha-se sem canseira” – Cristina Miguel

Na noite de lua cheia, a 24 de maio, vai realizar-se em Algoso, uma caminhada interpretativa pelo trilho do Castelo, para conhecer a fauna, flora e o património cultural desta localidade, cujos destaques, em ambiente noturno, são os mochos, a ponte medieval sobre o rio Angueira e as sopas de segada que vão ser servidas ao final da caminhada.

Este evento é uma iniciativa da seção desportiva da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V.) e de acordo com Vitor Cardoso, com esta atividade lúdico-desportiva pretende-se dar a conhecer as potencialidades do concelho de Vimioso.

“Com esta atividade queremos também agradecer e retribuir o apoio que as juntas de freguesia dão aos bombeiros de Vimioso, na realização de eventos desportivos, como foi recentemente, a VI Maratona de Futsal Interbombeiros. Desta vez, vamos caminhar e conhecer Algoso. Futuramente, pensamos organizar caminhadas noutras localidades do concelho”, disse.

A presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, disse acolher esta atividade noturna “inabitual”, com entusiasmo e salientou que é uma oportunidade para conhecer a fauna, a flora e o património cultural da localidade.

«Através do percurso “Trilho do Castelo de Algoso”, os participantes na caminhada noturna vão ter a oportunidade de conhecer de perto espécies como os mochos e os morcegos. Na flora, o destaque é a vegetação auctótone com os sobreiros, azinheiras e zimbros. E no património cultural, os caminhantes vão contemplar a beleza dos nossos monumentos como são a fonte Santa, a ponte medieval, a calçada romana, o castelo e o pelourinho”, indicou.

O Trilho do Castelo de Algoso é um percurso pedestre circular, de 6,5 quilómetros, com início e fim na igreja paroquial de Algoso. Seguindo um dos sentidos, o percurso passa pela  Fonte Santa, na capela de São João Batista e segue em direção à ponte medieval sobre o rio Angueira. Aí chegados, os caminhantes começam a subir em direção ao castelo de Algoso. No alto da penitenciada, onde foi edificado o castelo do século XII, os caminhantes voltam a descer para a aldeia, onde está preparada uma ceia no Largo do Pelourinho, junto ao edifício da antiga Câmara Municipal.

“Em noite de lua cheia caminha-se sem canseira! Mas mesmo assim e para recuperar as forças e promover o convívio entre todos os participantes, a freguesia de Algoso vai preparar uma ceia que inclui as sopas de segada. Este prato tradicional remete para o tempo da ceifa, um trabalho agrícola que era realizado em noites de lua cheia e durante a madrugada, por causa do calor do dia. As sopas da segada são feitas com carne de galinha, ovos cozidos e grão de bico, ou seja, alimentos nutritivos que dão energia para o trabalho físico da ceifa”, explicou a presidente da freguesia de Algoso.

As inscrições para a “Caminhada Interpretativa Noturna” decorrem até 19 de maio, têm um custo de 15 euros, que dá direito a t-shirt, lanterna, ceia e um brinde alusivo a Algoso.

Esta iniciativa é então organizada pela seção desportiva da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V.) e conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Algoso, da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural e do Município de Vimioso.

HA

Fauna: Há menos andorinhas em Portugal

Fauna: Há menos andorinhas em Portugal

Nos últimos 20 anos, o número de andorinhas em Portugal diminuiu 40%, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

Em comunicado, esta entidade afirma que, se nada mudar em breve, é preciso encontrar outro símbolo para a chegada da primavera.

Segundo a SPEA, aves migradoras como as andorinhas têm sido afetadas pelas alterações climáticas, seja nos sinais que usam para iniciar a migração seja quanto à abundância de insetos para alimentar as crias.

A par das andorinhas, também o cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava estão em declínio em Portugal, Espanha e na Europa em geral.

Os dados fazem parte do “Censo das Aves Comuns”, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental para o período 2004-2023. É feita também a comparação com o que se passa em Espanha e na Europa, quanto às mesmas aves.

“Em plena crise da biodiversidade, termos acesso a informação atualizada sobre o estado das nossas espécies de aves comuns é uma enorme mais-valia,” diz, citado no comunicado, Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns.

E acrescenta: “Ao olharmos para as aves comuns podemos compreender melhor o que se passa em nosso redor. Estas espécies vão ser as primeiras a dar-nos indicação de que alguma coisa não está bem”.

A SPEA nota que, além das aves migradoras, também aves comuns nos meios agrícolas, como o pardal, o peneireiro e a milheirinha, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm vindo a artificializar os campos, destruindo “os mosaicos tradicionais que permitiam que a biodiversidade florescesse”.

É preciso, acrescenta a SPEA, restaurar a natureza, implementar políticas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, e fazer mudanças no ordenamento do território, no desenvolvimento energético, e nas avaliações de impacto.

Fonte: Lusa

Solidariedade: Instituições receberam 33,2 milhões de euros através da consignação do IRS

Solidariedade: Instituições receberam 33,2 milhões de euros através da consignação do IRS

Em 2023, os contribuintes portugueses consignaram 33,2 milhões de euros de IRS, superando os 30,5 milhões atribuídos no ano anterior, segundo dados do Ministério das Finanças.

Fonte oficial do Ministério das Finanças precisou que os 33,2 milhões de euros foram atribuídos a mais de 4.700 entidades.

Este valor, consignado em 2023 com referência aos rendimentos de 2022, reflete um aumento de quase 9% face ao montante que tinha sido consignado na campanha do IRS do ano anterior – com os 30,5 milhões de euros então doados a dividirem-se entre 29,1 milhões de euros em IRS e cerca de 1,4 milhões de euros através do benefício fiscal em sede de IVA.

A lei permite que os contribuintes escolham uma entidade beneficiária de 0,5% do seu IRS, sendo o valor daqui resultante doado pelo Estado – já que para as pessoas a medida não afeta o imposto que tem a pagar nem o reembolso.

É, além disto, possível consignar o benefício fiscal obtido através da dedução de IVA em despesas de restaurantes, cabeleireiros ou oficinas, sendo que neste caso o contribuinte prescinde efetivamente de uma parte do seu imposto.

A escolha das entidades a quem pode ser atribuída esta parcela do imposto é feita durante a entrega da declaração anual do IRS, sendo que este ano a lista dessas entidades supera as 5.000.

No dia 2 de maio, o Governo aprovou uma proposta de lei que duplica o limite da consignação do IRS, que passa, assim, para 1%.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município pede impugnação da avaliação das barragens

Miranda do Douro: Município pede impugnação da avaliação das barragens

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria (AT), às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, indicou a autarquia.

“O município de Miranda do Douro decidiu impugnar a avaliação feita pela AT, por não concordar com a exclusão dos órgãos de segurança e de produção destes centros eletroprodutores de energia, como turbinas, transformadores ou os descarregadores, porque são parte integrante do prédio, e que têm de ser tomados em conta, pelo seu valor tributário”, explicou o vereador Vítor Bernardo.

Segundo o vereador, o pedido de impugnação da avaliação das barragens em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi apresentado no tribunal, no dia 2 de abril.

“Esta impugnação da avaliação surge agora, porque as nossas duas barragens foram inscritas a seu tempo na matriz predial para avaliação”, frisou Vítor Bernardo.

Bernardo avançou ainda que a barragem de Miranda do Douro foi avaliada pela AT em 52 milhões de euros e barragem de Picote em 55 milhões de euros.

“O valor destes dois empreendimentos, para além do edificado, com as unidade de produção como transformadores, turbinas e outros equipamentos, (…) sobe em mais de 120% por centro face ao estabelecido pela AT, em cada um destes centros eletroprodutores”, destacou o vereador social-democrata.

Agora, o município de Miranda Douro espera que os responsáveis máximos pela AT cumpram o despacho do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que seja anulado o ato administrativo da avaliação tributária feita as barragens.

Nuno Santos Félix determinava que as avaliações de barragens que fossem impugnadas por não considerarem a totalidade dos elementos que as integram deviam ser revogadas e refeitas pela Autoridade Tributária.

Esta indicação consta de um despacho datado de 04 de março, onde se lia que “sendo impugnada a avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”, com base na “exclusão dos órgãos de segurança ou exploração da avaliação impugnada […], devem ser revogados os atos avaliativos que tenham excluído do respetivo objeto os órgãos de segurança ou exploração”, quando os mesmos “devam ser qualificados como ‘parte componente’ do prédio”.

Na origem deste despacho – o terceiro desde que aquele governante determinou a avaliação das barragens para efeitos de IMI – está a diferença com que os municípios e a AT entendem o que deve ser considerado para efeitos de avaliação e tributação em IMI no que diz respeito às barragens.

Os municípios contestam o entendimento da AT – vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio, ficando fora da incidência do IMI, e pedem ao Governo para o revogar.

O despacho lembra de que forma a legislação em vigor define uma barragem, notando que os “órgãos de segurança e exploração fazem, assim, parte do conceito legal” deste tipo de infraestrutura, com a lei a determinar também que, para efeitos da construção de uma barragem, o projeto deve incluir órgãos de segurança como os “descarregadores de cheias”, as “descargas de fundo” ou a “central e circuitos hidráulicos”.

Estando concluída a avaliação da generalidade dos aproveitamentos hidráulicos, e podendo haver impugnação judicial (ou arbitral) das segundas avaliações por parte do município ou do concessionário (sujeito passivo) da barragem, Nuno Santos Félix antecipava que a AT iria ser “chamada para contestar eventuais ou revogar os respetivos atos”.

O despacho sustentava que, perante a situação política da altura, deveria ser o governo seguinte em plenitude de funções a pronunciar-se globalmente quanto ao entendimento da avaliação da AT, limitando-se assim o efeito daquele diploma “ao estritamente necessário em face da inadiabilidade da prática da AT de atos processuais em contencioso relativo à avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP da concessão de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Aldeia Nova: Passeio pedestre para a festa de São João das Arribas

Aldeia Nova: Passeio pedestre para a festa de São João das Arribas

No fim-de-semana de 11 e 12 de maio, a localidade de Aldeia Nova, na freguesia de Miranda do Douro celebra a festa em honra de São João das Arribas, cujos destaques são o passeio pedestre e a procissão seguida da missa solene, na capela edificada junto ao miradouro.

Segundo o programa, a festa inicia-se no sábado, dia 11 de maio, com o peditório e a atuação musical do grupo AM Sound.

No Domingo, dia 12, um dos destaques é o já tradicional passeio pedestre de oito quilómetros, entre a cidade de Miranda do Douro e a capela de São João das Arribas, em Aldeia Nova. A caminhada tem início às 8h00 e o percurso passa pelo
Castro de Vale d’Águia, Vale d’Águia, Aldeia Nova, até chegar ao Castro de São João das Arribas.

Aos participantes, o município de Miranda do Douro recomenda o uso de calçado e roupa adequada e protetor solar.

À chegada à capela de São João das Arribas, os caminhantes têm a oportunidade de participar na missa solene, agendada para as 11h30.

As pessoas que pretendam regressar a Miranda do Douro, têm transporte assegurado pelo município, antes ou após a celebração religiosa.

Finalizada a missa, às 12h30, está programado um almoço convívio, gratuito, para todos os participantes.

Ao início da tarde, a festa prossegue com a procissão de regresso a Aldeia Nova.

Na localidade, está programada uma tarde de convívio, com a animação musical dos grupos L’s Madrugadores e TC Music.

Na localidade de Aldeia Nova, os principais locais de interesse são o miradouro de S. João das Arribas, inserido no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI). 

Outro dos locais de interesse é o castro, um povoado fortificado da Idade do Ferro. Segundo os arqueólogos, este castro terá sido utilizado durante a época romana como local de passagem, pois aí foram descobertas várias lápides romanas. Este local está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

HA

Vimioso: Ilídio Moreiras e Sílvia Silva venceram o III Trail Vales de Vimioso

Vimioso: Ilídio Moreiras e Sílvia Silva venceram o III Trail Vales de Vimioso

Realizou-se no passado dia 5 de maio, a terceira edição do Trail Vales de Vimioso, uma corrida de 16 quilómetros pelo vale do rio Maçãs, que foi ganha pelos atletas, Ilídio Moreiras (CDMD) e Sílvia Silva (Q-Trilho).

Na prova, que integrou a Taça Distrital da modalidade, a equipa de Miranda do Douro fez o pleno, no pódio masculino, com Ilídio Moreiras a completar o percurso em 1 hora 19 minutos e 8 segundos. O segundo e terceiro classificados foram os companheiros de equipa, Luís Paulo (1 hora 27 minutos e 37 segundos) e Alírio Sebastião (1 hora 27 minutos e 59 segundos).

Do lado feminino, Sílvia Silva, da equipa Q-Trilho, foi a primeira a concluir a prova em 1 hora 44 minutos e 31 segundos. A segunda classificada foi a atleta do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros, Lucinda Moreiras, com 1 hora 50 minutos e 15 segundos. E a terceira foi Rosário Sebastião (CDMD), ao chegar à meta em 1 hora 51 minutos e 20 segundos.

A prova, em Vimioso, incluiu ainda uma caminhada de 10 quilómetros, que este ano coincidiu com a peregrinação até ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário, em São Pedro da Silva, para celebrar o Dia da Mãe.

O “Trail Vales de Vimioso” é uma atividade desportiva anual, coorganizada pelo município de Vimioso e a associação “Os Furões” e que conta com os apoios da Federação Portuguesa de Atletismo, da Associação de Atletismo de Bragança e do patrocínio de várias empresas locais.

HA

Futebol: Brigantinos venceram a Taça Distrital

Futebol: Brigantinos venceram a Taça Distrital

O Grupo Desportivo de Bragança (GDB) venceu a Taça Distrital de Futebol ao derrotar por 0-2, o Futebol Clube de Vinhais, fazendo assim a dobradinha, após a recente conquista do campeonato distrital de futebol.

O jogo realizou-se no Domingo, dia 5 de maio, no estádio José Aires, em Torre de Moncorvo, onde os brigantinos marcaram o primeiro golo logo aos 4 minutos, por intermédio de Helton Massaro, o melhor marcador da equipa e do campeonato distrital, com 18 golos.

O segundo golo dos campeões distritais surgiu no início da segunda parte, aos 47 minutos e foi apontado pelo suplente Tárcio, que assim fixou o resultado final em 0-2.

Na próxima época, os dois finalistas da Taça Distrital, o GD Bragança e o FC Vinhais vão participar na Taça de Portugal.

Fonte e foto: AFB