Reportagem: Ora et labora

Reportagem: Ora et labora

As Irmãs da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), conhecidas como monjas trapistas, chegaram a Portugal em outubro de 2020 para fundar o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, um local que já é uma referência de oração e de trabalho, com a identidade do Evangelho. (por Hugo Anes)

A comunidade das Irmãs Trapistas, em Palaçoulo. (HA)

A Irmã Giusy Maffini é a superiora do novo mosteiro trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo. Ela foi uma das primeiras irmãs a chegar a Portugal e contou que esta aventura começou com um desejo que havia na ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO): o de voltar a ter uma presença em Portugal.

Este desejo começou a tornar-se realidade em 2017, aquando do centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima. Nesse ano, a comunidade de monjas trapistas, ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália, encontrou-se com o Bispo de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, que se disponibilizou para acolher o mosteiro trapista, na diocese transmontana. Este acolhimento foi para as irmãs um “sinal de Deus”.

No ano seguinte, em 2018, o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, começou a ser construído no lugar do Alacão, na freguesia de Palaçoulo (Miranda do Douro). Os terrenos foram doados pela paróquia de S. Miguel de Palaçoulo, em colaboração com 25 paroquianos e a junta de freguesia local.

Para a superiora da comunidade das irmãs trapistas, a irmã Giusy, esta localização é a ideal para a forma de vida das religiosas. “A ordem cisterciense sempre procurou lugares desertos e isolados, onde pudessem dedicar-se com maior disponibilidade à oração e ao trabalho”, disse.

A hospedaria do mosteiro já está construída e começou a receber os primeiros hóspedes: estudantes, pessoas que querem fazer retiros e até mesmo famílias, todos podem hospedar-se no novo espaço. Aí, os hóspedes podem partilhar com as irmãs trapistas um tempo da sua vida, em retiro, individualmente ou em grupo, ao acompanhar as religiosas nos momentos de oração, na capela.

Pela estadia na hospedagem não existe um preço estabelecido. “As pessoas oferecem o que quiserem. Há pessoas que oferecem muito mais do que aquilo que precisamos. E outras oferecem menos. Nós seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo”, revelou a superiora da comunidade trapista.

“Seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo” – Irmã Giusy Maffini

Se a hospedaria já está funcionamento, o mosteiro vai começar a ser construído no final do verão e vai decorrer ao longo dos próximos anos. Esta construção vai ser financiada pela ordem religiosa cisterciense e espera pelo apoio outras congregações religiosas, de donativos e da venda de alguns produtos.

“Ainda não temos todo o dinheiro necessário para a construção do mosteiro. A nossa ordem disponibilizou-se para ajudar e também agradecemos a generosidade das pessoas. Confiamos que aquilo que Deus inicia, também vai concluir”, disse a irmã Giusy.

A par da vida de oração, as monjas trapistas procuram ganhar a vida com o seu trabalho. Para além dos produtos de confeitaria, como são as compotas, bolachas e doces, também fabricam peças de artesanato, como os terços, livros e outros artigos religiosos.

O dia-a-dia das irmãs começa muito cedo. Às 3h30 da manhã rezam a oração das vigílias, é a primeira oração do dia, durante a qual relembram o amor de Deus pelo povo de Israel e pela humanidade. “O nosso primeiro trabalho é procurar a Deus e tentar viver o Evangelho entre nós. Esta é a nossa principal missão, que consiste em viver numa autêntica comunhão entre nós para assim converter o nosso coração”, explicou a irmã Giusy.

De segunda a sexta-feira, a eucaristia é celebrada às 8h00 da manhã, pelo pároco da aldeia, o padre António Pires. Aos sábados, cabe ao Bispo da diocese, Dom José Cordeiro ou ao vigário geral, Monsenhor Adelino Paes presidir à celebração eucarística, às 12h00. Ao Domingo, a Eucaristia Dominical celebra-se às 8h30.

O mosteiro é um lugar de contemplação, de silêncio e de paz e quem se aproxima deste local recebe a vida que cativou estas mulheres corajosas. – Dom José Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda

A Irmã Giusy, superiora da comunidade trapista revelou que as irmãs estão a gostar de viver em Palaçoulo. “Sim, vale sempre a pena servir a vida, em qualquer lugar do mundo. O que mais gosto nesta região de Palaçoulo é o sossego. A natureza é lindíssima. E a alma repousa neste ambiente.”

Num mosteiro de vida monástica, a comunidade das irmãs trapistas vive para a oração, o trabalho e o acolhimento. Se para muitos este estilo de vida causa estranheza, para as religiosas é uma vida cheia de sentido e de beleza. “É verdade que é uma vida de ascese, mas é também uma vida linda”, revelou a irmã Giusy.

De acordo com o monsenhor Adelino Paes, vigário-geral da diocese de Bragança-Miranda, o mosteiro e a presença das irmãs trapistas, em Palaçoulo, já é uma referência. “Aqui reza-se. Aqui as pessoas encontram-se com Deus, descansam e sentem-se bem. As irmãs, com a sua oração, trabalho e ação contínua são como um para-raios para benefício deste concelho e de toda a diocese.”

“É verdade que é uma vida de ascese, mas é também uma vida linda” – Irmã Giusy Maffini


Celebração da eucaristia, na capela da hospedaria do Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

Cultura: «A pintura também se aprende» – Balbina Mendes

Cultura: «A pintura também se aprende» – Balbina Mendes

Após vários meses sem mostras culturais por causa da pandemia, a Casa da Cultura de Vimioso inaugurou a exposição de pintura “O Rosto, Máscara intemporal”, da autoria de Balbina Mendes, que pode ser visitada até 18 de julho.

A artista Balbina Mendes apresentou a coleção “O rosto, máscara intemporal”

A apresentação da exposição realizou-se no serão do dia 3 de junho, e estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo e demais membros do executivo, assim como inúmeras pessoas que puderam contemplar as obras da artista plástica, ao som do grupo musical “Hardança” e da interpretação poética de Duarte Martins.

Terra de Miranda – Notícias: Balbina Mendes nasceu em 1955, em Malhadas, Miranda do Douro. Quando descobriu o gosto pela pintura?

Balbina Mendes: Sempre tive uma aptidão natural para a imagem e as artes visuais. E quando tive oportunidade aprofundei os conhecimentos sobre a pintura, o que se revelou muito importante, pois a pintura também se aprende. E assim, o que inicialmente era uma tendência e uma vontade de pintar, hoje é algo mais pensado e assente no conhecimento.

T.M.N.: Decidiu estudar e concluiu um Mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). O que se aprende na Faculdade de Belas Artes?

B.M.: Na faculdade de Belas Artes, no Porto, aprendi muito porque tive professores de excelência. E também aprendi muito com os colegas. Para além disso, o ambiente académico exige o trabalho de investigação, onde me confrontei e analisei outras linguagens e abordagens, o que foi muito importante. Em suma, a pintura também se aprende, também se estuda e é assim que se evolui nesta área.

T.M.N.: Em 1989, no Porto, mostrou pela primeira vez os seus trabalhos numa exposição coletiva, que viria a ser um êxito. Foi esta exposição que a motivou a enveredar pela carreira artística?

B.M.: Sim, foi a minha primeira participação como artista autodidata numa exposição coletiva com outros artistas. Correu muito bem, o que me deu ânimo para continuar. Depois, em 1995, fiz a primeira exposição individual, no centro Paulo Quintela, em Bragança.

T.M.N.: Atualmente Balbina Mendes dedica-se em exclusivo à pintura. Mas antes foi professora, é assim?

B.M.: Sim, fui professora do primeiro ciclo e trabalhei com crianças durante muitos anos. Foi uma experiência muito enriquecedora, porque as crianças são muito criativas e aprende-se muito com elas. Algumas destas crianças, antigos alunos com quem mantenho contato, dizem-me que optaram pela carreira artística, inspirados pelas exposições, pelos ateliers de artistas e práticas de arte dramáticas que realizámos na escola. É gratificante saber isso.

T.M.N.: Para se dedicar por inteiro à pintura teve que deixar o ensino?

B.M.: Sim, não era possível compatibilizar as duas atividades. Na altura, já tinha idade e tempo de serviço suficiente para sair do ensino com alguma tranquilidade financeira, o que me permite dedicar-me por inteiro à pintura.

T.M.N.: Que exposição é esta “O Rosto, Máscara Intemporal”?

B.M.: Esta exposição é uma evolução do processo dedicado às máscaras. A primeira máscara que pintei foi a máscara medonha do chocalheiro de Bemposta. Essa primeira pintura deu aso a que pintasse as quarenta máscaras dos rituais de inverno de Trás-os-Montes e Alto Douro. A atual exposição “Rosto, Máscara Intemporal” é uma evolução e significa que o conceito “máscara” não tem tempo, não tem limite, não esgota. É, portanto, um manancial.

T.M.N.: Esta coleção intima-nos a ver. Nestas pinturas sobressai o olhar?

B.M.: Sim, esta exposição é diferente. Eu senti necessidade de agarrar o olhar do representado, uma vez que ele está atrás de uma máscara. E esse olhar comunica com o interlocutor, com o público, confrontando-o. Curiosamente, é pelo olhar que eu começo cada pintura. Se eu conseguir que aquele olhar comunique comigo, eu avanço com a pintura. Se não, se aquele olhar ficar insípido ou desviado não avanço e recomeço outra pintura. É importante que o olhar do mascarado comunique com quem o está a ver.

T.M.N.: Tem realizado muitas exposições do seu trabalho em Trás-os-Montes. Sente-se acarinhada pelos transmontanos?

B.M.: Sim, sinto-me muito acarinhada. Creio que já expus em todas as cidades e vilas transmontanas. A minha pintura, por norma, é facilmente interpretável. Esta nova coleção, talvez nem tanto e por isso, em algumas das pinturas coloquei uma pequena memória descritiva para ajudar as pessoas nessa interpretação. Está programado que esta série de pinturas seja exibida em todas as cidades e vilas transmontanas, até 2023.

Até 18 de julho, a exposição “O Rosto, Máscara Intemporal” pode ser visitada na Casa da Cultura de Vimioso, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00. Aos sábados, Domingos e feriados o horário de visita é das 14h30 às 17h30 horas.

Perfil:

Balbina Mendes, artista plástica

Nasceu em 1955, em Malhadas (Miranda do Douro). Concluiu um mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Reside e tem atelier em Vila Nova de Gaia. Realizou diversas exposições individuais em Portugal e no estrangeiro. Participou em inúmeras exposições coletivas. Para mais informação consultar: www.balbinamendes.com

HA

Vimioso: Reabilitação do Posto Territorial da G.N.R.

Vimioso: Reabilitação do Posto Territorial da G.N.R.

Foi assinada a empreitada de reabilitação do edifício do posto territorial da G.N.R de Vimioso, cujas obras vão custar 750 mil euros.

Na cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada, realizada no dia 28 de maio, no edifício do Posto Territorial da G.N.R de Vimioso, estiveram presentes o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira e o comandante geral da G.N.R, Tenente General Rui Clero.

Em comunicado no sítio eletrónico do município, o executivo vimiosense “congratula-se com o início das obras, atendendo ao estado avançado de degradação do Posto da G.N.R de Vimioso”.

De acordo com a autarquia local as obras permitirão que os profissionais de segurança tenham “condições de conforto e de trabalho condignas, para o desempenho das suas funções”, pode ler-se.

De acordo com a informação veiculada pelo município de Vimioso, as obras de requalificação do Posto Territorial da G.N.R, foram adjudicadas à empresa Madureira Azevedo – Sociedade de Construções – Lda.

HA

Edital – Freguesia de Palaçoulo

Edital


HASTA PÚBLICA PARA VENDA DOS LOTES DE TERRENO N.º 3, 9, 10 e 11 do Loteamento das Eiras de Baixo – Palaçoulo

Manuel Guerra Gonçalves, Presidente da Freguesia de Palaçoulo, torna público que, de acordo com a deliberação tomada na reunião Junta de Freguesia, realizada no dia 24 de abril de 2021, no uso da competência e respeitando o Regulamento de Alienação de Lotes do Loteamento das Eiras de Baixo, vai proceder-se à venda, por hasta pública, de quatro lotes de terreno, sitos no referido loteamento, propriedade desta Freguesia.

A venda será efetuada de acordo com as respetivas condições previstas no regulamento de venda, disponível na página da freguesia em: 

https://palacoulo.jfreguesia.com/regulamentos.php

assim descriminados:

Lote nºÁrea do loteValor base de licitação
3294 m224,00€/ m2
9360 m240,00€/m2
10341 m230,00€/m2
11358 m230,00€/m2
Quadro de áreas

São admitidos apenas lanços mínimos 1,00 € (1 Euro) por metro quadrado

Após o término da praça da Hasta Pública, os arrematantes têm que prestar o pagamento de 50% do valor global de arrematação do lote, sendo os restantes 50% pagos no ato de escritura.

São da responsabilidade dos adjudicatários, as obrigações fiscais respeitantes à transmissão dos bens, nomeadamente o pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissão de lmóveis e do lmposto de Selo, bem como as despesas inerentes à celebração da escritura de compra e venda.

A praça da Hasta Pública realizar-se-á na Sede da Junta de Freguesia de Palaçoulo, sito no Largo da Cruz, Palaçoulo, no dia 20 de junho de 2021, iniciando-se pelas 15 horas.

Palaçoulo, 31 de maio de 2021

O Presidente: Manuel Guerra Gonçalves

Vimioso: Apresentada a marca “Terra de Trás-os-Montes”

Vimioso: Apresentada a marca “Terra de Trás-os-Montes”

A marca “Terras de Trás-os-Montes” foi apresentada em Vimioso, com o objetivo de  sensibilizar os produtores locais e outros agentes económicos para a importância de trabalhar em conjunto na promoção do território e dos seus produtos.

A primeira sessão de apresentação da marca “Terra de Trás-os-Montes”, que decorreu no dia 27 maio, pelas 14h30, no auditório da casa da cultura de Vimioso, teve como oradores Sérgio Pires, vereador da autarquia vimiosense e os representantes da comunidade intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), que prestaram esclarecimentos sobre às condições de adesão à nova marca.

De acordo com o secretário da CIM-TTM, engenheiro Rui Caseiro, “Trás-os-Montes” é uma marca “forte” e conhecida, razão pela qual é importante que produtores locais, associações de produtores, artesãos e operadores turísticos adiram à marca e trabalhem em conjunto para criar mais valor para a região transmontana.

De acordo com a CIM-TTM, para além da sessão de apresentação em Vimioso, a marca “Terras de Trás-os-Montes” vai ser também apresentada nos nove municípios que integram a comunidade intermunicipal. São eles: Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Para saber mais sobre a marca Terras de Trás-os-Montes pode consultar o site: https://www.terrasdetrasosmontes.pt/marca

HA

Educação: «Estamos a sacrificar os jovens» – Jorge Fidalgo

Educação: «Estamos a sacrificar os jovens» – Jorge Fidalgo

O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, em resposta à intenção do governo, comunicada pela secretária de Estado da Valorização do Interior, de proporcionar alojamento gratuito aos alunos que são obrigados a frequentar o ensino secundário noutras localidades, informou que esta é uma segunda opção e que o ideal é abrir o ensino secundário em Vimioso, para que os jovens cumpram a escolaridade obrigatória no seu concelho de origem.

Sobre o argumento de que existem poucos alunos para abrir o ensino secundário no Agrupamento de Escolas de Vimioso, o presidente do município, contrapõe dizendo que “se estes poucos alunos estudarem em Vimioso, estão a contribuir para que haja mais gente no concelho: mais professores, mais auxiliares nas escolas e mais dinâmica”.

O autarca vimiosense lembra que os concelhos que não têm ensino secundário, como acontece em Vimioso e Freixo de Espada à Cinta, são os mais vulneráveis. “Os jovens, quando chegam aos 15 anos, têm que ir embora da sua terra. E muitas vezes, vão os filhos e vão também os pais”, lamentou.

Para agir contra este êxodo populacional, Jorge Fidalgo insiste que em defender que “o Estado deve proporcionar o ensino secundário em todos os concelhos”, uma condição essencial para fixar a população.

Jorge Fidalgo disse conhecer famílias, em que os filhos viajam diariamente de Argozelo para Bragança e pagam ao transportador 120 euros por mês. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, quem deve assegurar este transporte é o governo, “porque se houvesse ensino secundário em Vimioso, o sistema de transporte escolar garantiria esse serviço”.

Relativamente aos jovens vimiosenses que frequentam o ensino secundário em Miranda do Douro, a câmara municipal de Vimioso, informou que também aqui a situação não é a ideal. “A Câmara Municipal garante-lhes o transporte até ao limite do nosso concelho. E a Câmara Municipal de Miranda do Douro consegue vir a essa localidade buscar esses jovens”. Segundo autarca de Vimioso, esta situação exige um grande sacrifício aos jovens. “Os alunos para chegar a Miranda do Douro andam quase uma hora nos transportes, quando a viagem se faz em vinte minutos. Estamos a sacrificar estes jovens e a dizer-lhes que viver no interior, que devia ser atrativo, afinal é cheio de dificuldades”, disse.

HA

Inovação: Vimioso já tem um espaço coworking

Inovação: Vimioso já tem um espaço coworking

A vila de Vimioso está a disponibilizar um espaço coworking, com salas de trabalho e salas de reuniões, com acesso à internet e impressora, de forma gratuita, que podem ser partilhadas pelos cidadãos e empresas que queiram trabalhar no interior do país.

O espaço coworking de Vimioso, está instalado na antiga residência de estudantes e de acordo com o município de Vimioso, este novo espaço de trabalho tem por finalidade “atrair empreendedores nacionais e estrangeiros, que se possam trabalhar desde Vimioso para o mundo inteiro”, informou Paulo Braz, da autarquia vimiosense.

Recorde-se que o coworking é um modelo de trabalho que se baseia na partilha de espaços e recursos e que frequentemente reúne pessoas de diferentes áreas e empresas.

De acordo com consultora, Carla Branco, os espaços de coworking reduzem as desvantagens do teletrabalho, nomeadamente o isolamento, fator frequente de desmotivação. “Estes espaços coworking estimulam a partilha de experiências, ideias e constituem fator de estímulo à economia local”, destacou.

A criação do espaço de coworking, em Vimioso, é uma medida do programa “Teletrabalho no Interior, Vida Local, Trabalho Global”, que visa contribuir para a dinamização dos territórios do Interior, facilitando a fixação e atração de pessoas e empresas. Estes espaços de trabalho conjunto, têm também um objetivo ecológico ao diminuir a necessidade de deslocações e ao promover uma melhor conciliação entre vida profissional e familiar.

A assinatura do acordo de cooperação para instalação deste espaço de teletrabalho, em Vimioso, realizou-se com a presença do presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e da Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.

Doravante, o distrito de Bragança vai disponibilizar cinco espaços coworking localizados em Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor e Vimioso.

HA

Economia: Venda das barragens obrigou o governo a investir em Trás-os-Montes

Economia: Venda das barragens obriga o governo a investir em Trás-os-Montes

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reconheceu que a venda das concessões das seis barragens transmontanas obrigou o governo a realizar investimentos no valor 91,7 milhões, em 10 concelhos transmontanos.

“É inegável que a venda das concessões das barragens precipitou este trabalho”, admitiu o governante.

João Pedro Matos Fernandes esteve presente na cerimónia de apresentação do Roteiro para o Desenvolvimento Sustentável e Integrado da Terra de Miranda, Sabor e Tua, que decorreu a 8 de maio, em Mogadouro.

Este roteiro foi elaborado por um grupo de trabalho, criado pelo Governo, para analisar o impacto da venda da concessão de seis barragens transmontanas. Segundo o governo, serão destinados 91,7 milhões de euros, para realizar 133 projetos, em 10 municípios.

Por outro lado, no que concerne ao fundo previsto no Orçamento do Estado (OE) resultante do trespasse da concessão das barragens, o ministro do Ambiente disse que “será criado e contará com os devidos impostos, se a autoridade tributária disser que há impostos a cobrar”, informou João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente e Transição Energética acrescentou que o fundo está a ser criado, faltando apenas regulamentá-lo.

De acordo com o orçamento, o objeto e a gestão do fundo são definidos pelo Governo, por decreto-lei a publicar no prazo de 90 dias após o trespasse da concessão daquelas barragens, depois de ouvidos os municípios que fazem parte do território onde estão instaladas as seis barragens.

Por outro lado, de acordo com o OE para 2021, são transferidos para a titularidade do fundo os terrenos e edificações que não sejam indispensáveis à exploração das barragens, logo que ocorra a sua desafetação da entidade concessionária.

O OE, prevê ainda que metade das receitas correspondentes a novas concessões que o Estado venha a constituir sobre os mesmos aproveitamentos hidroelétricos ou as rendas legais ou contratuais devidas ou destinadas pelos concessionários são dirigidas aos municípios de Alijó, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

Recorde-se que a 13 de novembro de 2020, foi anunciado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à empresa francesa Engie.

A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Sabor e Tua) a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.

Lusa | HA

Miranda do Douro: EDP vai reiniciar a requalificação do ‘Moderno Escondido’, em Picote

Miranda do Douro: EDP vai reiniciar a requalificação do ‘Moderno Escondido’, em Picote

A EDP vai iniciar ainda este ano a terceira fase das obras de requalificação do património classificado como “Moderno Escondido”, no Barrocal do Douro, no concelho de Miranda do Douro, informou a empresa.

Fonte oficial de EDP informou que a terceira fase de intervenção vai começar ainda este ano, prevendo-se a sua conclusão em 2022, sem avançar os “valores de investimentos em curso”.

“Esta nova fase de requalificação inclui agora as Casas dos Engenheiros, que fazem parte deste património no Douro [Internacional]”, especificou a elétrica nacional numa nota de imprensa.

Estas cinco moradias, construídas num conceito aberto e em plena montanha, integram o complexo construído em Barrocal do Douro, entre os anos 50 e 60, para alojar os trabalhadores envolvidos na construção das barragens de Picote, Miranda e Bemposta e, posteriormente, os que ficaram para garantir a sua operação.

“Por se tratar de um património de interesse público, este projeto envolve uma exigente lista de critérios de reabilitação e será certificado pela Direção Regional Cultura Norte (DCRN)”, explicou a EDP.

Quanto à futura utilização destes espaços, “será alvo de uma avaliação em parceria com as várias entidades locais de forma a que possam contribuir para uma maior valorização e atratividade da zona e beneficiar as populações locais”, diz a EDP.

“Com esta iniciativa, a EDP mantém o seu compromisso com a região e com a comunidade no sentido de dar uma nova vida a um património histórico no Douro”, acrescenta.

Para o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, este anúncio da EDP é ” uma excelente notícia”.

“A intervenção prevista poderá ser o alavancar um novo atrativo turístico no concelho de Miranda do Douro, uma vez que várias faculdades de arquitetura tomam este bairro como exemplo em Portugal”, vincou o autarca.

O plano de reabilitação da EDP começou pela Pousada de Picote, um projeto a cargo dos arquitetos Michéle Catannà e Fátima Fernandes – também autores da obra de referência do Moderno Escondido’ – que ficou concluído em 2011.

A obra permitiu restaurar e preservar as linhas, materiais e até o mobiliário original que o tornam num marco da arquitetura e do design com assinatura portuguesa.

“A conservação, manutenção e apoio aos visitantes da Pousada são atualmente assegurados por uma pequena empresa local”, disse a EDP.

A segunda fase do plano de requalificação envolveu o restauro da Capela, outro dos imóveis classificados.

“Os trabalhos, iniciados em outubro de 2020 e que acabaram de ser concluídos, foram fundamentais para preservar as linhas originais daquele espaço religioso, bem como peças de autor – é o caso do crucifixo ‘O Cristo Magrinho’, totalmente esculpido em madeira por Salvador Barata Feyo, um dos nomes mais marcantes da segunda geração de escultores modernistas portugueses”, descreve a EDP.

A capela continua assim a ser utilizada regularmente pela comunidade local para celebração de missas, indica a empresa.

A barragem e todo o aglomerado que é hoje a aldeia de Barrocal do Douro são agora símbolo da arquitetura moderna e “Conjunto de Interesse Público”, um grau imediatamente inferior ao de monumento nacional.

O empreendimento, hidroelétrico de Picote foi o primeiro a ser construído no Douro Internacional, durante o processo de eletrificação do país, é muito mais do que a barragem, já que com ela nasceu, entre 1953 e 1958, uma “cidade ideal” num lugar inóspito do Planalto Mirandês.

A barragem de Picote foi projetada por três jovens arquitetos recém-formados na Escola de Belas Artes do Porto, que tiveram a liberdade para dar azo à criatividade e transformar um morro das escarpas do Douro Internacional num local habitável e “revolucionário”, numa região isolada onde faltava praticamente tudo.

Archer de Carvalho, Nunes de Almeida e Rogério Ramos projetaram há mais de 60 anos a “cidade ideal”, fundada a partir do nada com todas as infraestruturas e serviços, inacessíveis à maioria da população daquela das décadas de 50 e 60 do século XX.

Lusa | HA        

Dia da Mãe: «Criei com os meus filhos uma grande proximidade» – Helena Barril

Dia da Mãe: «Criei com os meus filhos uma grande proximidade» – Helena Barril

No domingo, 2 de maio, assinala-se o Dia da Mãe. Como ninguém, as mães são capazes de se doar, de compreender, de aceitar, de acompanhar. A mãe também ensina os filhos a serem mais fortes, não tanto através de discursos inspirados, mas pela grandeza e humildade do seu exemplo. A Helena Barril é mãe de dois filhos: a Mariana e o João Paulo. Também ela, continua a entregar-se diariamente à vocação de ser mãe e a maravilhar-se com o crescimento dos seus filhos.

Helena Barril é mãe de dois filhos, a Mariana e o João Paulo.

Terra de Miranda – Notícias: O que mudou na vida da Helena com o nascimento dos seus filhos?

Helena Barril: Mudou tudo! Recordo-me que quando nasceu a minha primeira filha, a Mariana, foi como entrar no desconhecido. Foi uma grande mudança, pois a partir daí a nossa vida passou a girar à volta dela. Aquela bebé pequenina e indefesa passou a ser o centro da nossa atenção. Ainda tentei conciliar rotinas que tinha da vida anterior, tais como o crochet, o yoga ou o andar de bicicleta, mas acabei por desistir ou adiar porque esta nova missão de ser mãe exigia uma disponibilidade total. E correu bem! Quando nasceu o nosso segundo filho, o João Paulo, vivemos o seu nascimento com maior tranquilidade, pois já tínhamos adquirido experiência.

T.M.N.: Dizem que a maternidade é fonte de felicidade. Mas esta felicidade não é sinónimo de facilidade, pois não?

H.B.: Não, não, longe disso! Se felicidade e facilidade fossem condizentes, certamente haveria muito mais crianças. O nascimento dos filhos obriga-nos a reorganizar a nossa vida e eles passam a ser a nossa primeira prioridade. Quando a Mariana e o João Paulo eram mais pequenos, recordo-me que chegava ao final de uma semana de trabalho e pensava: “Vou ter tempo para fazer isto e aquilo!”. Mas depois na prática não tinha tempo. E porquê? Porque tinha que abdicar dos meus interesses para estar com eles. Mas agora vejo que por causa dessa renúncia criei com os meus filhos uma relação de grande proximidade. Portanto, abdiquei dos meus interesses por um bem maior: o amor dos meus filhos.

“Abdiquei dos meus interesses por um bem maior: o amor dos meus filhos.”

T.M.N.: A Helena vive com a sua família em Ifanes. Como é viver numa aldeia?

H.B.: É muito agradável. Nós temos a possibilidade de ir viver em Miranda do Douro, mas preferimos viver em Ifanes. A Mariana e o João Paulo gostam muito de viver na aldeia. E ainda que aqui não haja muitos jovens, eles convivem diariamente com os colegas na escola, em Miranda do Douro. Para além disso, nós tentamos proporcionar-lhes outras vivências, como as viagens.

T.M.N.: Nesta região, os jovens que querem continuar os estudos veem-se obrigados a ir para outras localidades. Como encara uma mãe a saída dos filhos de casa?

H.B.: É natural que fique com o coração apertado! Mas se pensarmos bem, hoje em dia, depressa chegamos ao Porto. E nos fins de semana, eles também podem visitar-nos.

T.M.N.: Também a Helena na sua juventude teve que sair de casa para continuar os estudos, em Lisboa. Como foi o seu percurso de vida?

H.B.: Nasci, vivi e estudei até ao 12º ano, em Miranda do Douro. Aos 18 anos fiz uma mudança radical, pois fui estudar para Lisboa. Nesta adaptação, os primeiros tempos foram dificílimos, sobretudo porque estava muito ligada aos meus pais. Recordo que no dia em que pus o pé no autocarro para Lisboa, disse-lhes: “Eu vou, mas vou voltar.”

T.M.N.: Que recordações guarda da vida na capital?

H.B.: Em Lisboa, tive o grande apoio da minha tia e da sua família. E com o tempo adaptei-me e consegui viver experiências muito positivas. Recordo que gostava muito de ir à praia e aos concertos e nos estudos, comecei a interessar-me pela área do Direito Constitucional.

«Recordo que no dia em que pus o pé no autocarro para Lisboa, disse-lhes: “Eu vou, mas vou voltar.”»

T.M.N.: A Helena licenciou-se em Direito, pela Universidade Lusíada. Como é que escolheu trabalhar na Autoridade Tributária?

H.B.: Quando concluí o curso, o meu objetivo era trabalhar na polícia judiciária. Concorri, mas não consegui entrar. Foi uma grande desilusão, que me obrigou a redefinir objetivos. Inicialmente, inscrevi-me na Ordem dos Advogados, fiz o estágio no Porto e tentei exercer a advocacia, mas não era essa a minha vocação. Pouco depois, abriu um concurso para as Finanças. Concorri, fiquei muito bem posicionada a nível nacional e pude escolher o local de trabalho. E claro, escolhi regressar a casa e trabalhar na delegação das Finanças em Miranda do Douro, onde trabalho há 21 anos. Gosto muito do que faço e vivo esta profissão como uma missão. A missão de representar o Estado e servir os contribuintes.

T.M.N.: Também é essa atitude de serviço que motiva a Helena Barril a candidatar-se à presidência da câmara de Miranda do Douro, nas próximas eleições autárquicas?

H.B.: Sim, na condição de presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, quero ser representante dos munícipes e estar ao serviço deles e de todas as pessoas que visitam o concelho de Miranda do Douro.

T.M.N.: Vivemos numa região, marcada pelos desafios do despovoamento, da baixa natalidade e do envelhecimento populacional. Na sua opinião, de que condições precisam os jovens e os casais para constituir uma família no concelho?

H.B.: Os casais precisam ter estabilidade profissional para poderem constituir uma família. Infelizmente, muitos jovens não têm essa segurança profissional. Veja-se, por exemplo, os jovens que concluem cursos superiores e não encontram um trabalho na sua área da formação. A meu ver, esta instabilidade profissional é a principal razão pela qual a maternidade e a constituição de uma família é um projeto adiado.

T.M.N.: As mães são verdadeiras beneméritas da sociedade, pois sabem transmitir, mesmo nos momentos mais difíceis, a ternura, a dedicação e a força moral. Que valores procuram transmitir aos seus filhos?

H.B.: Nós, como casal, procuramos transmitir-lhes aquele paradigma de valores que achamos ser os melhores, como são a honestidade, a integridade e a seriedade. E fazemo-lo de um modo natural, através do nosso exemplo pessoal e da nossa conduta profissional. Também o modo como nos relacionamos com os nossos pais é uma forma de transmissão dos valores. Acredito que cada um de nós é portador dos valores recebemos dos pais. Depois compete a cada um ir praticando e aperfeiçoando esses valores ao longo da vida.

T.M.N.: A Mariana e o João Paulo têm respetivamente 16 e 14 anos. É fácil transmitir-lhes os valores nestas idades?

H.B.: Atualmente, reconheço que estou a ter alguma dificuldade na relação com eles, não por causa da transmissão dos valores, mas porque eles estão a viver a idade da “prateleira” ou da adolescência. Por isso, lidar com eles é um dos maiores desafios que tenho atualmente. Ao conversar com outros casais, identificámos que há outro problema acrescido: a sua excessiva dependência da internet. E o mais grave é que esta dependência absorve-nos a todos lá em casa! Por isso, costumo desafiar os meus filhos para fazermos outras atividades e tarefas em conjunto, tais como caminhar, andar de bicicleta, estar com a família, etc. Acredito que é muito importante mostrar-lhes os benefícios destas atividades e assim demonstrar-lhes que há tempo para tudo.

“Nós, como casal, procuramos transmitir-lhes aquele paradigma de valores que achamos ser os melhores, como são a honestidade, a integridade e a seriedade. E fazemo-lo de um modo natural, através do nosso exemplo pessoal e da nossa conduta profissional.”

T.M.N.: A juventude deles é diferente da sua?

H.B.: Eu tive uma infância e juventude muito, muito feliz, pois brinquei muito com os primos, os amigos da escola e todas as crianças do Bairro Verde! Eramos todos mais ou menos da mesma idade. E como não tínhamos outras distrações, brincámos todos juntos na rua. Era usual ouvirmos as mães chamarem-nos para ir para casa, para jantar ou porque já era tarde para ir dormir. Hoje em dia, o que acontece é dizer-lhes: “Desliga o telemóvel, porque já são horas de ir dormir.” Cá em casa, ainda tentei impor a regra do não uso de telemóvel, mas em vão. E com isto da pandemia e do ensino à distância, a internet veio afirmar-se cada vez mais como um instrumento indispensável.

T.M.N.: O que é que os filhos ensinam às mães?

H.B.: Nós aprendemos imenso com as crianças e os jovens! Desde logo, porque vemos o mundo com o olhar deles. Se estivermos recetivos às suas preferências e ideias, mantemo-nos atualizados. Por exemplo, eles gostam de cinema e de música e é por intermédio deles que eu vou sabendo as novidades.

T.M.N.: O Dia da Mãe tem por propósito agradecer a todas as mães que dia e noite, todos os dias e todos anos, ao longo da sua vida, se dedicam ao acolhimento, à educação e ao crescimento integral dos filhos. E os filhos retribuem o amor recebido?

H.B.: Sim, à maneira deles. Sobretudo com gestos de proximidade e com a sua companhia.

T.M.N.: E porque vamos celebrar o dia da Mãe, que mensagem gostaria de enviar às mães?

H.B.: As mães nunca devem desistir dos filhos. Por muito difícil que seja a criação, as fases mais difíceis acabam por ser superadas. Os filhos são mesmo a maior maravilha que há e valem todos os sacrifícios.

“Nós aprendemos imenso com as crianças e os jovens! Desde logo, porque vemos o mundo com o olhar deles.”

HA