Vimioso: Falta um aldeamento turístico para dinamizar mais as Termas

O município de Vimioso promoveu no sábado, dia 1 de abril, as Jornadas Técnicas de Termalismo, uma sessão dedicada a discutir o estado de termalismo em Portugal e a definir linhas de ação para continuar a promover as Termas de Vimioso, como a única estância turística do nordeste transmontano.

Coube ao presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, abrir a sessão dedicada a discutir o estado do termalismo em Portugal. Na sua intervenção, o autarca vimiosense informou sobre os vários investimentos que continuam a ser realizados nas Termas de Vimioso.

“Há muitos anos que o município de Vimioso está a investir no desenvolvimento das termas locais. Neste momento está a ser feito um novo furo para captação de mais água para servir a estância termal. Continuamos também a trabalhar para atrair investidores que queiram desenvolver empreendimentos turísticos, nomeadamente um hotel ou um aldeamento turístico na zona envolvente às Termas de Vimioso”, disse.

Sobre este tão esperado empreendimento hoteleiro, o presidente do município de Vimioso acrescentou que a autarquia oferece aos investidores o terreno e o estudo prévio de licenciamento da obra.

Relativamente ao seminário dedicado ao turismo termal, Jorge Fidalgo, especificou que resulta de uma candidatura aprovada ao Programa Operacional de Assistência Técnica e que visa a promoção do potencial das Termas de Vimioso.

“Neste seminário, em que participam oradores de reconhecida qualidade que trabalham nas Termas de Vimioso e no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), outro dos objetivos é incentivar os jovens estudantes a dedicarem-se à área termal, na vertente turística”, disse.

Ao longo da tarde, os vários oradores convidados abordaram temas como a situação atual do termalismo em Portugal, a origem e benefícios da água mineral, o potencial turístico das Termas de Vimioso, o valor da água, o projeto walk with a doc, os benefícios do termalismo na saúde oral e o turismo termal e a natureza.

O diretor clínico das Termas de Vimioso, Santos Silva, indicou que atualmente, em Portugal, há 33 estâncias termais em funcionamento.

“As termas de Vimioso são a única estância termal no nordeste transmontano. As suas águas sulfurosas têm efeitos terapêuticos e aí são ministrados os tratamentos mais inovadores da Europa”, destacou.

Em representação do Turismo Porto e Norte, Inácio Ribeiro, disse que a melhor estratégia para promover as Termas de Vimioso é criar uma rede de operadores que dinamizem o turismo no concelho.

“A par das Termas é importante oferecer outras possibilidades aos visitantes, como é o turismo de natureza, a gastronomia, as visitas ao património local, o contato e conhecimento das suas gentes, cultura e tradições”, recomendou.

Neste sentido, o empresário, Sérgio Torrão, concluiu o seminário dedicado ao turismo termal, falando da sua experiência como operador de uma empresa de animação turística. O jovem empresário sublinhou a importância de combinar o turismo termal com outras atividades desportivas e de lazer.

“No concelho de Vimioso, enfrentamos os problemas da baixa densidade populacional e do envelhecimento da população. Mas o nosso território tem várias forças, como é a beleza natural e o silêncio que propociam o descanso. Também temos um valioso património cultural, com destaque para as pessoas que vivem nas aldeias. E claro, temos uma moderna estância termal, localizada a uma relativa proximidade de grandes cidades, quer portuguesas, quer espanholas”, disse.

Durante a época termal, que decorre de 1 de maio até 30 de novembro, as Termas de Vimioso disponibilizam vários tratamentos. Neste complexo termal, existe ainda o espaço de saúde e bem-estar, com salas de massagem e relaxamento, uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.

HA

Futsal: Mirandeses aplicaram-se a fundo para manter a liderança

O Clube Desportivo Miranda do Douro (CDMD) deu mais um passo para a conquista do título, ao vencer por 5-4, a Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Ala (Macedo de Cavaleiros), consolidando assim o primeiro lugar no campeonato distrital de futsal, com 36 pontos.

O golo da vitória foi apontado por Castro, nos minutos finais do jogo, realizado em Miranda do Douro.

À 16ª jornada, o líder, CDMD recebeu no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, a visita da ACRD Ala, até então, 6º classificado, com 21 pontos. O jogo realizado no serão de sexta-feira, dia 31 de março, obrigou os mirandeses a aplicarem-se a fundo para vencer um adversário que não se intimidou por jogar frente ao líder.

Nos minutos iniciais do desafio, ambas as equipas optaram por jogar com muita prudência, com os jogadores das duas equipas a procurarem jogar com precisão e sem cometer erros.

E foi precisamente num erro da equipa mirandesa, que os visitantes se adiantaram no marcador. Os jogadores do Ala aproveitaram uma descoordenação mirandesa na execução de um livre, para sair numa transição rápida e fazer o golo inaugural, 0-1.

A ACRD Ala entrou melhor no jogo e esteve a vencer por 0-2.

O golo visitante desnorteou os mirandeses, em particular, os jogadores mais jovens que se mostaram muito ansiosos em querer resolver rapidamente o desafio.

Neste estado de ansiedade, poucos minutos depois, o CDMD sofreu mesmo o 0-2, através de uma combinação bem sucedida, num livre executado a dois toques pelos jogadores do Ala.

A resposta mirandesa surgiu com o experiente Vitor Hugo a transmitir mais serenidade à equipa. Numa destas jogadas, Vitor Hugo, levantou a cabeça e a cruzou para Finha, que dentro da área adversária, apenas teve de encostar o pé à bola, para reduzir para 1-2.

Pouco depois, os mesmos dois jogadores voltaram a ensaiar uma jogada semelhante, mas desta vez, Finha, não conseguiu chegar atempadamente à bola.

Neste momento do jogo, a equipa mirandesa exercia uma grande pressão para chegar ao empate, que acabou por surgir, na sequência de uma jogada coletiva. A bola passou por Ricky, Gaby e Castro, com este último a rematar forte e colocado para repor a igualdade a 2-2.

Nos últimos instantes da primeira parte, o ACRD Ala dispôs de uma oportunidade para se adiantar novamente no marcador. Foi na marcação de um livre direto, mas o guarda-redes mirandês, Ruben, opôs-se bem e defendeu para canto.

Na segunda-parte, os mirandeses entraram bem mais assertivos. Exemplo disso, foi o modo como Ricky recuperou a bola e avançou determinado em direção à baliza adversária, para num potente remate concretizar a reviravolta no marcador apontando o 3-2.
No início da segunda parte, Ricky, concretizou a reviravolta no marcador ao fazer o 3-2.

No entanto, os visitantes responderam logo de seguida e num livre frontal voltaram a empatar o jogo a 3 golos.

Apesar desta contrariedade, os mirandeses mantiveram a toada ofensiva. Neste capítulo, destaque para Castro, que voltou a dar muita intensidade ao jogo da sua equipa. Numa das suas movimentações, Castro, descobriu o companheiro de equipa, Nikas, que dentro da área adversária, correspondeu da melhor maneira ao passe de Castro, fazendo o 4-3.

Contudo, os visitantes foram a Miranda do Douro para dificultar ao máximo o jogo ao líder do campeonato, já que voltaram a empatar o jogo 4-4.

À medida que o desafio se encaminhava para o final, o nervosismo aumentava dentro e fora do campo, com o público e a claque mirandesa a apoiar continuamente a sua equipa.

Animados pela crença dos seus adeptos, os mirandeses acreditaram até ao final e foram recompensados com um novo golo. Isto, graças a uma jogada de insistência de Castro, que após assistência de Finha, bisou e confirmou a vitória do CDMD, por 5-4.
Castro deu a vitória ao CDMD, ao apontar o 5-4 final.

Com esta vitória, o Clube Desportivo Miranda do Douro (CDMD) totaliza 36 (mais quatro do que o 2º classificado), quando faltam apenas duas jornadas para o final do campeonato distrital de futsal.

Equipas:

Clube Desportivo Miranda do Douro (CDMD): Pina, Ricky, Finha, Diogo, Castro, Ruben, Renato, Dinis, Couto (cap.) André, Nikas, Vitor Hugo e Gaby.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Não entrámos bem no jogo. Enquanto que o nosso adversário começou concentrado, muito motivado e conseguiu chegar ao 0-2. Isso obrigou-nos a mudar a nossa maneira de jogar, a procurar mais a baliza adversária e conseguimos empatar ainda na primeira parte. No segundo período, estivemos bem melhor: criámos várias oportunidades de golo e adiantamo-nos no marcador. No entanto, os golos do Ala causaram preocupação. Mesmo assim, conseguimos acreditar que era possível chegar à vitória e graças ao apoio incondicional e incansável desta claque e público conquistámos mais uma vitória” – Vitor Hugo

Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Ala: Marcelo, Luís Sá, Ricardinho, Marcos, Paulo, Pedro, Leo (cap.), Aguiar, Pedro Ferreira, António, Antony e Acácio.

Treinador: Bruno Costa

“No campeonato fizemos uma boa primeira volta. Mas depois, por displicência, pela falta de alguns jogadores e por algum facilitismo perdemos pontos. Outro fator a destacar é a grande competitividade deste campeonato. Neste jogo com o CDMD, por erros no posicionamento defensivo, sofremos os dois primeiros golos. Na minha opinião, o Miranda é a melhor equipa no campeonato pela qualidade individual, coletiva, pela experiência de alguns atletas e pelo bom futsal que praticam. Quero felicitar por isso o CDMD e destacar também o apoio que a claque e o público de Miranda do Douro dão à sua equipa. Aqui é o único pavilhão no distrito de Bragança, onde nos deparamos com uma dificuldade extra, que é o apoio dado pelo público à sua equipa do princípio até ao fim.” – Bruno Costa

Equipa de arbitragem:

1º Árbitro: Diogo Silva

2º Árbitro: David Machado

Cronometrista: Ricardo Sapage

16ª jornada – resultados

Alfandeguense 8-2 Águia FC Vimioso
  GD Torre Dona Chama 9-3EF Arnaldo Pereira (Bragança)
  Sp. Moncorvo 2-3 GD Sendim
  CD Miranda Do Douro 5-4 ACRD Ala
Pioneiros Bragança4-6CSP Vila Flor

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda Do Douro361611326135+26
2GD Torre Dona Chama321610246936+33
3EF Arnaldo Pereira (Bragança)25167455146+5
4GD Sendim25168175058-8
5Sp. Moncorvo23166555750+7
6ACRD Ala21166375149+2
7Águia FC Vimioso20156275160-9
8Pioneiros Bragança17165294658-12
9Alfandeguense151650114570-25
10CSP Vila Flor121540114463-19

17ª Jornada (14/ 04/ 2023)

ACRD AlavsGD Sendim
 CSP Vila FlorvsSporting de Moncorvo
 EF Arnaldo Pereira (Bragança)vsPioneiros Bragança
 Águia FC VimiosovsGD Torre Dona Chama
 CD Miranda Do DourovsAlfandeguense

HA

Segurança rodoviária: GNR deu início à Operação Páscoa 2023

A GNR deu início à Operação Páscoa 2023, que se estenderá até dia 11 de abril, com ações de sensibilização e fiscalização de trânsito para ajudar a reduzir a sinistralidade rodoviária e regularizar o trânsito durante as festividades.

Em comunicado, a GNR lembra que a época da Páscoa se caracteriza pela reunião das famílias nas suas regiões de origem e pelo período de férias escolares, prevendo-se assim um aumento significativo do tráfego rodoviário nas estradas portuguesas.

Esta operação visa a segurança e a proteção das pessoas, pelo que vai além da fiscalização rodoviária, sendo o esforço da GNR também orientado para os locais de festividades e suas imediações, assim como zonas residenciais e comerciais, dando especial atenção às “vias de circulação rodoviárias mais críticas”.

O período de fiscalização de maior esforço de patrulhamento rodoviário será entre quinta-feira e o final do dia de segunda-feira, período que se prevê maior volume de tráfego.

A GNR aconselha a uma condução atenta, cautelosa e defensiva dos condutores, para que o período festivo seja passado em segurança.

Para que as deslocações nesta época festiva sejam feitas em segurança, a GNR apela aos condutores para adequarem a velocidade às condições meteorológicas, ao estado da via e ao volume de tráfego rodoviário e evitarem manobras que possam prejudicar o trânsito ou originar acidentes.

Os militares da GNR estarão especialmente atentos a comportamentos de risco dos condutores, sobretudo manobras perigosas, condução sob a influência do álcool e substâncias psicotrópicas, excesso de velocidade, correta sinalização e execução de manobras de ultrapassagem, mudança de direção e cedência de passagem, uso indevido do telemóvel e incorreta ou não utilização de cinto de segurança e cadeirinhas para crianças.

Fonte: Lusa

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

Fidelidade

Is 50, 4-7 / Slm 21 (22) 8-9.17-18a.19-20.23-24 / Filip 2, 6-11 / Mt 26, 14 – 27, 66

Entramos na Semana Santa com o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. A celebração inicia com uma procissão na qual se aclama a entrada solene de Jesus em Jerusalém com ramos e capas estendidos no chão.

A narração da Paixão apresenta-se como uma cena magistral de um drama. Em primeiro lugar, temos um drama humano: de um lado Jesus, que traz consigo a justiça e o amor; do outro Pilatos e os sacerdotes, que conduzem Jesus à morte, presos nas suas ambições e poderes.

Em segundo lugar, temos um drama teológico: Jesus e o «servo sofredor» – apresentado na profecia de Isaías. Estamos diante da profecia que a tradição cristã sempre viu como um anúncio dos sofrimentos da morte expiatória e redentora de Jesus. Diz este servo de Deus: «O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam».

Diante da missão de anunciar a Palavra de Deus, este homem não teme as dificuldades e contrariedades da vida. A confiança em Deus basta para se manter fiel.

Por fim, temos um drama social: a mesma multidão que aclama Jesus com ramos, quando entra em Jerusalém, é capaz, logo a seguir, de o trocar por Barrabás; no meio da multidão todos parecem convencidos de estar a exercitar a sua liberdade, sem se darem conta de estar a ser manipulados.

Talvez por isto é que a verdadeira fé pede a capacidade de discernimento e disponibilidade pessoal para conhecer melhor Jesus. São Paulo é um bom exemplo de quem soube redimensionar toda a sua vida em função daquele que o recriou numa vida nova. Como questiona na Carta aos Filipenses: «Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais na fé; ponde-vos à prova. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós?».

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa (redemundialdeoracaodopapa.pt)

São Martinho de Angueira: “Os castanheiros são pouco tolerantes às alterações climáticas” – Nuno Rodrigues

Com o propósito de informar os produtores de castanha do concelho de Miranda do Douro, sobre as boas práticas no cuidado dos soutos, o município vai organizar na tarde de sábado, dia 1 de abril, as VII Jornadas Técnicas do Castanheiro.

A iniciativa vai decorrer a partir das 14h30, na Sede da Florest´Água, em São Martinho de Angueira e este ano tem como novidade a participação de técnicos da Deifl – Green Biotecnology e técnicos de sanidade vegetal da Junta de Castela e Leão (Espanha).

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, “os castanheiros são árvores pouco tolerantes às alterações climáticas, à falta de água e às altas temperaturas, fatores que prejudicam a produtividade de castanha, propiciam o aparecimento de doenças e pragas, como a tinta, o cancro e a vespa e levam à morte de muitos castanheiros.”

Para melhor enfrentar estas adversidades ambientais, o município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem realizado as Jornadas Técnicas do Castanheiro, de modo a capacitar os agricultores locais, de conhecimentos científicos e de técnicas agrícolas inovadoras.

“Um dos projetos a desenvolver é tornar o castanheiro mais resiliente às alterações climáticas, em particular, em regiões onde a falta de água e os picos de temperatura são alarmantes. É o caso da Terra Fria Transmontana (concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro), onde se produz anualmente entre 13 a 15 mil toneladas, que geram entre 15 e 20 milhões de euros na economia local”, adiantou.

Recorde-se que, em 2022, a seca extrema e as doenças do castanheiro, provocaram uma enorme quebra na produção de castanha, atingindo em algumas localidades como São Martinho de Angueira e Avelanoso a uma redução na ordem dos “80%”, aproximando-se dos “90%” nos castanheiros mais antigos.

As Jornadas Técnicas do Castanheiro são uma iniciativa do município de Miranda do Douro, em colaboração com o Instituto do Politécnico de Bragança (IPB), do INCFS – Centro de Nacional de Competências dos Frutos Secos e da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.


HA

Vimioso: “As termas podem ser uma alavanca para o desenvolvimento local” – Francisco Bruçó

As Termas de Vimioso vão organizar no sábado, dia 1 de abril, as Jornadas Técnicas de Termalismo, um evento anual que visa sensibilizar o público para os benefícios das termas e que este ano vai contar com a participação de vários oradores de áreas como a saúde termal, a medicina, o turismo e o desporto.

As jornadas vão decorrer no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso, e são dedicadas ao tema ”Turismo Termal – Desafios”. Segundo Francisco Bruçó, responsável pelas Termas de Vimioso, os vários oradores convidados vão abordar assuntos desde a origem da água termal até aos vários tratamentos termais que existem, como é o caso do termalismo na saúde oral.

“Entre o painel de oradores está também o empresário Sérgio Torrão, que nesta visita ao complexo termal de Vimioso vai explicar de que modo o turismo termal e a natureza podem ser uma alavanca para o desenvolvimento económico, social e demográfico do território”, adiantou.

Recorde-se que as termas de Vimioso abriram ao público em 2013 e proporcionam vários tratamentos e serviços de bem estar, como são os tratamentos dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

De acordo com Francisco Bruçó, nas Termas de Vimioso, há ainda o espaço de saúde e bem-estar, onde para além das salas de massagem e relaxamento, os visitantes podem desfrutar de uma piscina interior aquecida, bem como de um ginásio, hidromassagem e vários tipos de duche.

“Paralelamente, as Termas de Vimioso desenvolvem atividades de animação termal, como é a hidroginástica, direcionada para as crianças e os jovens das escolas”, acrescentou.

Durante a época termal, que decorre de 1 de maio até 30 de novembro, o complexo de Vimioso é frequentado por cerca de mil pessoas, muitas vindas da vizinha Espanha.

“O termalismo está mais enraizado em Espanha, do que em Portugal. Os espanhóis, por exemplo, frequentam as termas 1 a 2 vezes por ano. Vão às termas, como quem vai ao dentista”, revelou.

Para dar a conhecer a estância termal de Vimioso ao público, o município informou que participa regularmente nas feiras dedicadas ao setor, como são a Bolsa de Turismo de Lisboa, as Feiras de Ourense e de Zamora (Espanha) e os eventos locais e distritais.

HA

Miranda do Douro: Castelo de Miranda do Douro foi decisivo na história de Portugal

A cidade de Miranda do Douro acolheu esta quarta-feira, dia 29 de março, a apresentação do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-Espanhola”, uma obra que tem por finalidade dar a conhecer e valorizar o património histórico edificado ao longo da fronteira com Espanha, como é o Castelo de Miranda do Douro.

A apresentação do livro decorreu na Casa da Cultura Mirandesa, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril. Nesta sessão, participaram ainda o autor do livro, Augusto Moutinho Borges, o ilustrador, Martin Garcia e os representantes da empresa CTT – Correios de Portugal, que editou a obra.

Na sua intervenção, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou a sua alegria por ver a história do castelo, inscrita neste livro de história.

“Após a leitura e consulta do livro “Castelos e Fortalezas na Raia Luso-espanhola” estou certa de que muito mais pessoas terão interesse em visitar e conhecer Miranda do Douro”, disse.

Recorde-se que o castelo de Miranda do Douro foi edificado no reinado de D. Dinis (1261-1325). Segundo a história, o monarca terá visitado a cidade, aquando da assinatura do Tratado de Alcanices, em 1297.

De acordo com informações do património arquitetónico, o castelo de Miranda do Douro tem uma arquitetura militar, medieval e seiscentista.

“Povoação muralhada de planta octogonal, com reduto defensivo, sendo as muralhas protegidas por caminhos de ronda e rasgadas por três portas em arco apontado (…) Uma das portas, de maiores dimensões, é tutelada por Nossa Senhora do Amparo, tendo pintura alusiva à mesma. Nas muralhas rasgam-se várias seteiras e acede-se ao caminho de ronda por escadas encravadas nas faces dos muros”, pode ler-se.

Para o autor do livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola”, Augusto Moutinho Borges, os castelos e fortalezas fazem parte do património cultural e da identidade nacional.

“Neste livro procuro dar a conhecer o património edificado, que foi decisivo para a defesa de Portugal, ao longo de séculos. Entre os castelos e fortalezas na raia luso-espanhola, incluem-se o castelo de Caminha, no Minho, passando por Bragança, Miranda do Douro, Almeida, Marvão, Elvas até Castro Marim, no Algarve”, explicou.

O livro “Castelos e Fortalezas da Raia luso-espanhola” é ilustrado com imagens de vários fotógrafos e desenhos do espanhol, Marín García.

Esta é mais uma iniciativa dos CTT – Correios de Portugal, que contou com o apoio de vários municípios, entre os quais o município de Miranda do Douro.

Decorrente desta colaboração, o Castelo de Miranda do Douro passou a estar representado num selo dos CTT – Correios de Portugal.

HA

Caçarelhos: XXI edição da Feira do Pão com muita animação

No fim-de-semana de 1 e 2 de abril, a aldeia de Caçarelhos, vai organizar a XXI edição da Feira do Pão, um evento que tem crescido ao longo dos anos, graças à animação das lutas de touros mirandeses, do festival de gaita-de-foles e das danças dos pauliteiros e do rancho folclórico de Vimioso.

Segundo o presidente da freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins, a Feira do Pão de Caçarelhos começou por ser um evento de pequena dimensão, em que participavam sobretudo os produtores locais, expondo os produtos mais caraterísticos da aldeia, com destaque para o pão.

“Com o passar dos anos, a Feira do Pão de Caçarelhos cresceu sobretudo graças ao investimento na animação do certame, com as lutas de touros mirandeses, a dança dos pauliteiros e o festival dos gaiteiros”, explicou.

Este ano, a programação da XXI Feira do Pão de Caçarelhos volta a dar muito destaque aos grupos, às tradições e ao património existente na localidade.

“A aldeia de Caçarelhos tem um conjunto de monumentos de muito valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, indicou.

Na localidade existem ainda os cabanais, uma construção de século XIX, que foi construída para a feira mensal, que continua a realizar-se no dia 19 de cada mês.

“Hoje em dia, a feira mensal já não tem a pujança económica de outros tempos, dado o despovoamento da nossa região. Por esta razão e para manter a tradição, decidimos organizar a feira anual, dedicada ao pão”, explicou.

Assim sendo, a XXI Feira do Pão vai realizar-se no dias 1 e 2 de abril. No sábado, dia 1 de abril, o destaque da feira é o IV Festival da Gaita de Foles que vai trazer cerca de 250 gaiteiros a Caçarelhos.

Este ano, o certame tem como grande novidade a atuação dos Grupos Etnográficos e Tunas do Orfeão Universitário do Porto.

“No Domingo, dia 2 de abril, o Coro do Orfeão Universitário do Porto vai animar musicalmente aa Missa de Domingo de Ramos”, avançou.

As lutas de touros mirandeses e as atuações dos pauliteiros de Palaçoulo e do rancho folclórico de Vimioso vão animar e encerrar a Feira do Pão deste ano, em Caçarelhos.

HA

Vimioso: Alunos e professores caminharam entre São Joanico e Caçarelhos

Na quarta-feira, dia 29 de março, os professores e alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) realizaram a Caminhada Ambiental Escolar, entre as aldeias de São Joanico e Caçarelhos, uma iniciativa que pretendeu incutir nos mais jovens o gosto pela atividade física, pela natureza e pela cultural local.

Na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional, do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

De acordo com o subdiretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Licínio Martins, esta atividade está inscrita no plano anual de atividades escolares e pretendeu incentivar os alunos a praticarem desporto, a ter uma maior proximidade à natureza e conhecer a biodiversidade e a cultura do concelho de Vimioso.

“Neste percurso pedestre de oito quilómetros entre São Joanico e Caçarelhos há um grande potencial natural que quisemos explorar e conhecer mais de perto. Inserido na natureza visitámos o moínho de água, da Arvedosa, onde se moíam os cereais como o centeio, o trigo e a aveia”, explicou.

Este ano, na Caminhada Ambiental Escolar participaram 105 alunos dos 2º e 3º ciclos e do 10º ano profissional. Já os alunos do primeiro ciclo e do pré-escolar também participaram na iniciativa, ao percorrerem uma distância de dois quilómetros.

“Na caminhada dos mais pequenos, houve uma visita a um rebanho de ovelhas, para conhecerem a tradição do ciclo da lã. Em Caçarelhos, participaram num workshop do pão, onde tiveram a oportunidade de aprender a fazer pão e os roscos”, informou.

Na aldeia de Caçarelhos, a comunidade escolar teve a oportunidade de visitar um moinho de água, a capela de Santo Cristo construída em 1776, o Museu do Pão, o Cruzeiro (1777) e a Igreja Matriz (1755).

“Dado que Caçarelhos é uma localidade conhecida pela qualidade do pão, foram construídos fornos novos para dar continuidade à tradição de confeção do pão caseiro. Nos dias 1 e 2 de abril, realiza-se a feira anual, em que o pão é o produto em destaque”, informou.

No decorrer da Caminhada Escolar Ambiental, os alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso ofereceram à população de Caçarelhos, uma sessão de leitura e de poemas, no adro da Igreja matriz.

«Inserido na Semana da Leitura, fez-se referência a Camilo Castelo Branco, no livro “A queda de um anjo”, cujo protagonista era de Caçarelhos. E foram lidos excertos das viagens a Portugal, de José Saramago, que passou por esta localidade”, indicou.

A Caminhada Ambiental Escolar deste ano, concluiu-se com a participação dos alunos e professores numa sessão de dança, ao som dos gaiteiros, e com um lanche final.

Os gaiteiros da associação cultural Lérias proporcionou uma sessão de música e dança aos alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

HA

Economia: «Preço dos alimentos faz-se de cima para baixo» – Sérgio Ferreira

Sérgio Ferreira, diretor-geral da Louricoop, a cooperativa que congrega os agricultores do Conselho da Lourinhã e da região oeste, alertou para a necessidade de debater os custos associados à produção de alimentos.

“O preço faz-se de cima para baixo e quando chega à produção, vem de tal forma esmagado que o produtor tem de entregar pelo preço que lhe apresentam”, assinala, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Questionado sobre o aumento do preço dos alimentos, o responsável lembra o aumento da energia, dos combustíveis e fertilizantes, mas também o facto de não ser o agricultor a fixar o preço dos produtos agrícolas.

Sérgio Ferreira dá o exemplo da produção agrícola no Conselho da Lourinhã, assegurada por pequenos produtores que ficam à mercê da conjuntura económica e sem capacidade de negociação.

Para inverter a situação, existe a Louricoop e o associativismo que Sérgio Ferreira considera “essencial” para a sobrevivência do setor agrícola do Oeste.

Só em conjunto é que nos conseguimos defender destas oscilações do mercado, conseguimos comprar sementes e fertilizantes em quantidade de forma a vender aos nossos associados a preços mais controlados”.

Com agricultores mais fortes quem beneficia é também o consumidor, sustenta Sérgio Ferreira, dando como exemplo a aliança entre os produtores de batata que estão a produzir para uma mesma unidade que pertence à cooperativa.

Esta unidade armazena, embala e comercializa, criando uma cadeia de valor que beneficia agricultores e consumidores.

A cooperativa que agrega os agricultores da Lourinhã fornece ainda serviços mais abrangentes como uma oficina para as alfaias agrícolas, um posto de combustível e pontos de venda dispersos pelo Conselho para estarem mais próximos dos agricultores.

A renovação das gerações no tecido agrícola é outro problema a merecer atenção.

“A média de idade dos agricultores anda pelos 60 anos”, diz o diretor da Louricoop, “temos pouquíssimos jovens de 20 e 30 anos, neste setor chamamos jovens a quem tem 40 ou 50 anos” refere.

Sérgio Ferreira ocupa um cargo remunerado, que exerce “com espírito de missão e de dedicação ao próximo”, para poder ir ao encontro das necessidades dos agricultores mais vulneráveis.

“Temos de ter presente a noção de bem comum. Nesta ruralidade que habitamos há também um pensamento cristão e noção do próximo que nos leva a partilhar mais nos momentos de maior dificuldade”, salienta.

A Louricoop nasceu em 1976, da iniciativa de vinte agricultores, com o objetivo de desenvolver e valorizar o associativismo no sector agrícola e tornar mais competitiva a atividade do agricultor; atualmente conta com 5 mil associados.

A subida dos bens alimentares e o impacto da inflação é o tema em em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, no domingo, dia 2 de abril, pelas 17h30, na RTP2.

Fonte: Ecclesia