Vimioso: Município reclama compensações do Fundo Baixo Sabor 

O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, reclamou compensações provenientes do Fundo Baixo Sabor para o seu concelho, por considerar que está a contribuir para a criação de riqueza para esta região.

“Se o concelho de Vimioso contribui para aplicação das medidas de valorização que constam do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) do Baixo Sabor, também este município deveria ser contemplado com compensações para a realização de investimentos, à semelhança dos quatro municípios que integram a Associação do Baixo Sabor”, afirmou o autarca vimiosense.

O RECAPE tem por objetivo a verificação de que o projeto de execução obedece aos critérios estabelecidos na Declaração de Impacte Ambiental (DIA), dando cumprimento aos termos e condições nela fixados.

“As medidas compensatórias que constam no RECAPE do Baixo Sabor incluem a criação de cinco zonas de proteção do património natural e ambiental, localizadas no concelho de Vimioso”, referiu Jorge Fidalgo.

O autarca destacou ainda que quando há benefícios para os quatro concelhos que integram a Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), concretamente Torre de Moncorvo, Alfândega Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, “não faz sentido nenhum que Vimioso, que está contíguo à albufeira, não usufrua de qualquer contrapartida proveniente do Fundo do Baixo Sabor (FBS) ou outros mecanismos de compensação”.

“Não estamos integrados na AMBS, porque a albufeira da barragem do Baixo Sabor, por uns escassos cerca de 500 a 600 metros, não toca no nosso concelho. Lamentavelmente e apesar dos esforços feitos junto de várias entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), AMBS ou empresa como a antiga EDP, ou atual MOVEHRA, Vimioso não tem direito a qualquer compensação”, concretizou o autarca.

Para Jorge Fidalgo, isto é uma injustiça quando não há compensações, porque Vimioso tem três rios, tais como o Maçãs, Angueira e Sabor, que contribuem de forma significativa para a albufeira deste aproveitamento hidrelétrico.

“Continuamos a reivindicar o que é de direito e não vemos benefícios para o nosso concelho, quando somos parte integrante” da bacia hidrográfica, enfatizou.

O RECAPE do Baixo Sabor, entre outras medidas, visa a atualização da caracterização da população de avifauna nidificante na área de implantação do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, com especial relevância sobre as aves de rapina rupícolas (associadas a habitats rochosos).

Em 2017, foi aprovada uma candidatura ao Portugal 2020 com o objetivo de promover a valorização turística do património natural e ambiental da albufeira do Baixo Sabor e a marca “Lagos do Sabor”.

A albufeira do Baixo Sabor tem cerca de 70 quilómetros navegáveis, abrangendo quatro concelhos numa área de 2.300 quilómetros quadrados.

A albufeira da barragem do Baixo Sabor começou a encher em 2013 e foi inaugurada em 2016.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Cachapin” é o primeiro manual escolar de língua mirandesa

No dia 16 de junho, foi apresentado no auditório da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, o primeiro manual escolar em mirandês, um recurso didático que é visto como essencial para o ensino e a aprendizagem da língua mirandesa.

Presente na cerimónia de apresentação do primeiro manual escolar para o ensino da língua mirandesa, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, felicitou todas as entidades e as pessoas envolvidas neste trabalho e expressou votos de que este manual seja o primeiro de outros.

Já o anfitrião do encontro, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, realçou que as escolas do concelho têm desempenhado um papel muito importante na preservação e ensino da língua mirandesa, em particular junto dos mais jovens.

“Antevejo que a elaboração dos manuais escolares vai ser muito útil no ensino do mirandês, para os cerca de 70% dos alunos, que frequentam esta disciplina, desde o pré-escolar até ao 12º ano”, disse.

No ano letivo 2022/23, dos 584 alunos do agrupamento de escolas de Miranda do Douro, 439 escolheram a disciplina de língua e cultura mirandesa para as suas atividades extracurriculares.

Por sua vez, o presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), Alfredo Cameirão, indicou que os materiais didáticos são a maior necessidade para o ensino da língua mirandesa.

“O manual “Cachapin”, destinado aos 1º e 2º anos de escolaridade, é a primeira unidade didática que se elabora para o ensino”, disse.

Sobre este manual, o presidente da ALCM, indicou que o seu conteúdo aborda o texto narrativo e tem incorporados entre outros conteúdos, códigos de barras para aceder a conteúdos multimédia, como um ficheiro áudio (podcast) e um vídeo.

No decorrer da apresentação deste primeiro manual em mirandês, foi exibido o vídeo e escutado o áudio sobre a história “L lhobo que bieno de Spanha”. O referido vídeo contou com a colaboração de alguns dos alunos que frequentam a disciplina da Língua Mirandesa.

O manual “Cachapin” resulta de uma parceria entre os professores de língua mirandesa do AEMD, a Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).

Segundo a CIM-TT, o estudo para a elaboração de recursos pedagógicos para o ensino da língua mirandesa está incluído no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar das Terras de Trás-os-Montes (PIICIE-TTM), que lhe atribuiu uma dotação de 20 mil euros.

Para a CIM -TTM, agora é necessário dar continuidade ao projeto com o desenvolvimento de materiais associados ao ensino e aprendizagem da língua através da “elaboração de conteúdos digitais fundamentais para as boas práticas dos docentes”.

Recorde-se que o mirandês é uma língua oficial, em Portugal, desde 29 de janeiro de 1999, data em que foi publicada no Diário da República a lei que reconheceu oficialmente os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

Fonte: HA e Lusa

Cultura: Final dos jogos tradicionais reuniu 300 participantes

No Domingo, dia 18 de junho, mais de 300 pessoas oriundas dos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), participaram, em Vila Flor, na segunda edição da final do Campeonato de Jogos Tradicionais, que tem como propósito revitalizar estas atividades lúdicas e típicas da região.

O Parque de Campismo do Peneireiro, em Vila Flor, foi o local escolhido para a realização da final dos jogos distritais tradicionais, como são o fito, a raiola, a relha, a malha, a tração à corda e a corrida de sacos.

A final distrital reuniu em Vila Flor, os vencedores dos jogos tradicionais dos nove concelhos que compõem a CIM-TT. São eles: Bragança, Alfândega da Fé, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.

Com este evento, a CIM-TTM pretende recuperar e valorizar os jogos tradicionais, património imaterial de enorme importância para a memória coletiva, que noutros tempos eram motivo de lazer, convívio e de festa entre as pessoas das aldeias , vilas e cidades da região, mas com tendência para caírem no esquecimento.

Segundo a CIM-TT, o objetivo é também envolver os mais jovens e as crianças, para que os jogos tradicionais continuem a ser praticados.

A final distrital, em Vila Flor, incluiu ainda um campeonato “inclusivo”, com jogos adaptados, nos quais participaram os utentes de várias instituições de solidariedade social (IPSS).

Fonte: Lusa e HA

Cultura: Arte e Coesão Territorial para os territórios de baixa densidade

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lançou em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, o programa Arte e Coesão Territorial, com uma dotação de um milhão de euros, destinado aos territórios de baixa densidade cultural.

“Estamos a falar de territórios que no seu conjunto correspondem a cinco por cento de população residente. Mas, esses cinco por cento devem mesmo ser vistos como uma prioridade”, afirmou Pedro Adão e Silva.

O governante falava aos jornalistas após a apresentação do Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial, que decorreu na Casa de Artes e Cultura de Vila Velha de Ródão, cuja dotação global é de um milhão de euros e irá abranger 76 municípios, localizados em 19 das 25 NUTS III (núcleos de unidades territoriais ou administrativas).

“O que este programa tem também de interessante é que quando forem analisadas as candidaturas serão valorizadas aquelas que têm uma dimensão de envolvimento comunitário e elementos de continuidade, isto é, uma vez terminado este apoio há princípios e lógicas para continuar. Isto para promover algum enraizamento social”, disse Pedro Adão e Silva.

O ministro recordou ainda a existência de vários programas de apoio às artes e à cultura. Contudo, sublinhou que quando se olha para o mapa do país verifica-se “que há um conjunto de concelhos que estão fora desses apoios”.

“Os programas nacionais tem quotas regionais e isso é um bom principio. Mas, as quotas regionais são as ‘regiões plano’ e o que notamos é que dentro de cada uma das regiões há enormes assimetrias”, sustentou.

Pedro Adão e Silva explicou que este programa ao ser desenhado foi feito “como um complemento a essa desigualdade dentro dessas regiões”. “Terá um milhão de euros dedicado apenas aos municípios que, de acordo com o observatório Português das Atividades Culturais [OPAC], identifica os concelhos do país de baixa densidade cultural”.

O programa irá apoiar projetos culturais com a duração máxima de dois anos e que se desenvolvam com a participação das comunidades, estruturas, artistas e agentes sócio-culturais locais.

O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, disse que a cultura nas regiões do interior “tem sido bem tratada”.

“Os municípios têm feito um bom trabalho bem como as pessoas que dinamizam a cultura. Aqui começa a fazer pouco sentido dizer que a cultura é o parente pobre dos nossos orçamentos”, frisou.

Podem candidatar-se ao programa pessoas coletivas de direito privado com sede em Portugal, grupos informais (desde que nomeiem como seu representante uma pessoa singular ou coletiva com domicílio ou sede fiscal no país) que aqui exerçam, a título dominante, atividades profissionais artísticas.

O Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial estava incluído na Declaração Anual da Direção-Geral das Artes, para 2023, divulgada no passado mês de janeiro, já com uma dotação de um milhão de euros, no mapa de apoios previstos.

Em março, numa deslocação a Leiria, o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, colocou este programa num “novo contexto” em curso de “correção das assimetrias regionais, da coesão territorial através da cultura”.

Américo Rodrigues, que sublinhava uma maior dispersão de apoios pelo território nacional, reconhecia no entanto ser “preciso um outro mecanismo de maior atenção”, o Programa Arte e Coesão Territorial, “mesmo para intervir cirurgicamente”, com a intenção de “dar apoio a regiões de menor índice cultural, onde é mais urgente apoiar”, porque “estão de alguma forma mais marginalizadas no acesso à cultura ou no acesso à criação cultural”.

Fonte: Lusa

Ambiente: Plano de eficiência hídrica para Trás-os-Montes

O Governo estipulou um prazo de 90 dias para que as entidades regionais e nacionais definam as bases do Plano Regional de Eficiência Hídrica de Trás-os-Montes, segundo despacho publicado em Diário da República (DR).

O despacho assinado pelos ministros do Ambiente e da Agricultura determina que “no prazo de 90 dias” a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) “apresentam as bases do plano” a este dois membros do Governo responsáveis pela tutela do processo.

O anúncio da elaboração do plano para o combate à seca em Trás-os-Montes foi feito a 15 de maio, num encontro que juntou várias entidades regionais e nacionais, assim como membros do Governo, em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança.

A iniciativa foi apresentada como “o primeiro passo” para um trabalho que os envolvidos anteveem demorado e cuja primeira fase se inicia com “o estabelecimento das suas bases, envolvendo os principais interessados, através da identificação dos fatores críticos e de soluções”.

A explicação consta do despacho agora publicado que oficializa o processo de elaboração do plano, assente na “avaliação das disponibilidades e os consumos hídricos para os usos atuais e estabelecimento de cenários prospetivos que tenham em conta os efeitos das alterações climáticas”.

Determina também o “estabelecimento de metas e horizontes temporais de eficiência hídrica para os principais usos, nomeadamente os associados aos setores agrícola e urbano”, e a identificação de medidas de curto e médio prazo que promovam a utilização de água para reutilização e a eficiência hídrica.

Visa ainda a “identificação de soluções estruturais e novas origens de água que complementem o previsível decréscimo do recurso por via das alterações climáticas”.

Segundo o despacho, a APA e a DGADR coordenam a elaboração das bases do plano “em estreita articulação” com as Águas de Portugal, Administração da Região Hidrográfica do Norte, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Comunidade Intermunicipal do Douro e federação Nacional de Regantes de Portugal, envolvendo as associações de regantes da região.

“Podem participar, ainda, outras entidades com relevância para os objetivos do plano, a convite da APA e da DGADR”, determina o Governo.

O apoio logístico e administrativo necessário à elaboração do plano é assegurado pela APA e a tutela esclarece que “a participação na elaboração das bases do plano não confere direito ao pagamento de qualquer remuneração, compensação ou assunção encargos adicionais”.

O plano para mitigar os efeitos da seca começou a ser discutido numa altura em que a região transmontana não tem “nenhum problema de abastecimento de água”, ao contrário do que aconteceu no ano passado.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Temperaturas vão subir no começo do verão

As temperaturas vão subir a partir de quinta-feira, dia 22 de junho prevendo-se máximas no sul do país que podem chegar aos 42 graus, contribuindo para ondas de calor, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

A meteorologista do IPMA, Maria João Frada, disse que a subida das temperaturas será “muito significativa”, acima da média para a época do ano, e deverá manter-se pelo menos até dia 27 de junho.

“Hoje estão previstos períodos de chuva ou aguaceiros que podem localmente ser intensos e acompanhados de trovoadas nas regiões do norte e centro e de granizo durante a tarde apenas no interior norte e centro. No sul será fraca e pouco frequente. Amanhã [terça-feira] há possibilidade de ocorreram ainda alguns aguaceiros nas regiões do norte e centro, mais prováveis a litoral a norte do cabo Mondego”, disse.

De acordo com Maria João Frada, na quarta-feira, 21 de junho. dia em que se inicia o verão, ainda estão previstos aguaceiros durante a noite nas regiões do Norte e Centro, mas deverá melhorar em termos de nebulosidade a partir do final da manhã.

“Depois vamos ter uma situação de tempo quente. Vamos passar de temperaturas amenas para calor, para temperaturas mais elevadas. As zonas mais quentes serão o Vale do Tejo e o interior do Alentejo e Algarve. No restante território deverão situar-se acima dos 30 graus”, indicou.

Segundo Maria João Frada, no fim de semana, as temperaturas poderão chegar aos 38 e 40 a 42 graus Celsius em alguns locais a sul do Tejo.

“No restante território as temperaturas máximas deverão situar-se entre os 30 e os 35 graus, com exceção da faixa costeira que ainda é incerto. Grande parte das estações do IPMA a sul do Tejo irá estar a contribuir para onda de calor. O IPMA deverá emitir avisos de tempo quente”, indicou.

A meteorologista do IPMA adiantou que as temperaturas mínimas também vão subir a partir de quinta-feira e manter-se pelo menos até dia 27, com valores elevados para esta época do ano.

“Vamos ter também uma subida significativa das mínimas. Vamos ter noites tropicais, ou seja temperaturas iguais ou superiores a 20 graus, nomeadamente a sul do Tejo”, disse.

Maria João Frada destacou ainda que, na sequência do tempo quente, o perigo de incêndio rural vai agravar-se para muito elevado e máximo em todo o território.

Fonte: Lusa

XI Domingo do Tempo Comum

«Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?»

Ex 19, 2-6a | Slm 99 (100), 2.3.5 / Rom 5, 6-11 / Mt 9, 36 – 10, 8

Como vai o mundo? Quando paramos um instante e olhamos as pessoas à nossa volta, o que vemos? Basta entrar num autocarro ou num café, parar um pouco numa praça ou simplesmente assomar a uma janela… haverá rostos mais tristes do que aqueles que cruzam as nossas cidades?

Podemos afirmar, com alguma segurança, que em países como a Ucrânia ou num campo de refugiados em África, que na Venezuela ou num qualquer recanto da Ásia encontraremos rostos ainda mais tristes. Talvez seja verdade. Mas isso não nos deve impedir de reconhecer a tristeza que parece dominar as vidas dos que nos rodeiam.

O atual momento de desesperança generalizada tem de mexer connosco e levar-nos a dizer ao Senhor: «Senhor, aqui estou. Onde queres que eu vá?». O Senhor precisa de nós. Ele conta connosco.

Onde é que Ele nos está a chamar? Que pessoa devemos visitar? A quem devemos ligar? Com quem é que poderíamos estar a rezar? Quem tem de estar nas nossas orações? Com quem é que deveríamos partilhar mesa mais vezes?

Esta semana, façamos uma revisão de vida, começando pelas nossas casas, tendo bem presente o ensinamento de Santa Teresa de Calcutá de que é precisamente em casa que começa a caridade.

O mundo está a precisar de silenciosos operários da cruz, de pessoas sem receio de tocar a dor, o sofrimento, a solidão de outros. E isto não como quem resolve problemas, mas como quem, com compaixão, partilha caminho com o outro.

Não nos desculpemos com a ausência de forças: saltemos do sofá movidos por Deus. Aprendamos a caminhar com as nossas inseguranças e procuremos estar ao lado dos outros na sua paixão.

É para acompanhar o outro que fomos chamados. É para construir e anunciar o Reino que fomos escolhidos. Foi esta a aventura que começou no nosso Batismo. É para ser enviados que somos chamados.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Algoso: Palombar vai recuperar florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras

No sábado, dia 17 de junho, a localidade de Algoso, no concelho de Vimioso, vai assinalar o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação com a apresentação de vários projetos ambientais, entre os quais o novo projeto da Palombar que visa recuperar florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras.

A celebração do Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação é uma iniciativa da Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural, em conjunto com a Direção Regional de Conservação da Natureza e das Florestas do Norte (ICNF|DRCNF e o Município de Vimioso.

No decorrer do evento em Algoso vão ser apresentados vários projetos de combate à desertificação, que estão a ser implementados no norte de Portugal, nomeadamente em Vimioso, Mogadouro, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa.

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Um destes projetos é o UP4REHAB – Unidade de Paisagem para o Restauro dos Solos e dos Habitats de Algoso, que vai ser apresentado pela Palombar.

Sobre este novo projeto, está prevista uma visita de campo, que tem como principal objetivo promover a recuperação dos solos e o restauro de florestas de sobreiros, zimbros e azinheiras, através da reconversão de eucaliptais para estes habitats, de forma a aumentar a resiliência do território face à desertificação e aos riscos climáticos.

O projeto é financiado em quase 745 mil euros pelo programa europeu COMPETE 2020 e pela iniciativa REACT-EU.

As alterações climáticas e os processos de desertificação são uma das principais ameaças à conservação dos solos, dos ecossistemas e da biodiversidade.

“A desertificação em particular, fruto da degradação da terra induzida pelas atividades humanas, promove a redução da capacidade da terra e do solo de produzir os bens e serviços dos ecossistemas de que a sociedade e todos os seres vivos dependem. É, por isso, igualmente uma meta central deste projeto combater estas ameaças a médio/longo prazo” lê-se no comunicado.

Este ano, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), dedica este dia à reflexão e sensibilização para o papel das mulheres na luta contra a desertificação.

Fonte: Palombar

Vimioso: Apicultores recebem formação sobre combate à vespa velutina

No serão do dia 15 de junho, no auditório do pavilhão multiusos, em Vimioso, foi ministrada uma sessão de esclarecimentos aos apicultores do concelho sobre a vespa velutina, uma espécie invasora que se alimenta de abelhas e que causa graves prejuízos ao setor apícola.

A sessão de esclarecimento realizada em Vimioso insere-se no âmbito do plano estratégico de gestão definido pela Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e contou com a participação do presidente desta entidade, o autarca, Jorge Fidalgo.

Na abertura da sessão, o também presidente do município de Vimioso, apelou aos apicultores do concelho para que se organizem numa associação local, de modo a beneficiarem de apoios municipais e comunitários.

“Temos conhecimento de que os apicultores têm sido muito prejudicados com as alterações climáticas, com a seca e agora com a praga das vespas velutinas que se alimentam de abelhas. Sabemos também da importância das abelhas para a natureza, pois são os principais polinizadores”, disse.

De seguida, Carlos Ruas, da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho informou que estas sessões visam informar as comunidades e em particular, os apicultores, sobre esta espécie invasora, que é oriunda do sudeste asiático e foi introduzida na Europa (França) em 2004, tendo depois chegado ao norte de Portugal em 2011.

“A nível europeu foi definida uma estratégia de combate à propagação da vespa velutina ou asiática, que difere na vespa crabro, por ser mais escura. Como as demais espécies  de vespas, reage de forma agressiva, se perturbada, sendo ainda mais reativa se se encontrar nas proximidades do ninho, pelo que não deve ser perturbada, exceto por profissionais qualificados”, informou.

Dirigindo-se aos apicultores presentes na sessão, em Vimioso, Carlos Ruas, sublinhou a importância de colocar armadilhas nos apiários, sobretudo nos meses de fevereio e março, de modo a evitar a propagação desta espécie que se alimenta de abelhas.

“As vespas velutinas causam desiquilíbrios ambientais ao reduzirem significativamente o número de abelhas”, explicou.

Ainda sobre os impactos na apicultura, o membro da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho, indicou que esta espécie invasora provoca vários prejuízos, entre os quais: a morte prematura das abelhas e a consequente redução dos enxames; perdas da rainha; o aumento dos custos para os apicultores com a aquisição de armadilhas e outros equipamentos; uma quebra da produção de mel na ordem dos 25%.

Para apoiar os apicultores, a CIM-TT definiu uma estratégia de atuação, que consiste na aquisição de equipamentos para o controlo desta praga e destruição dos ninhos da vespa asiática.

“A CIM-TT distribuiu quatro mil armadilhas pelos apicultores dos nove municípios”, informou.

Simultaneamente, são realizadas ações de esclarecimento junto das populações, para a adoção de boas práticas. Entre estas práticas, recomenda-se a comunicação imediata à proteção civil dos municípios, sobre o aparecimento de ninhos nas localidades.

De acordo com Francisco Bruçó, do serviço municipal de proteção civil de Vimioso, até ao momento, no concelho vimiosense foram identificados três ninhos de vespa asiática, dois em Matela e um em Santulhão.

Segundo a Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho, é no litoral que ocorre o maior aparecimento de ninhos de vespa velutina, dado que esta espécie prefere temperaturas mais amenas.

No município de Vimioso, para comunicar a detecção de ninhos de vespa velutina
contacte a Proteção Civil Municipal através do número
966747403 ou aceda ao site STOP vespa.

HA

Férias: GNR reforça patrulhamento e fiscalização nas estradas até setembro

A GNR reforçou o patrulhamento e a fiscalização nas estradas com o objetivo de garantir a segurança rodoviária durante as deslocações na época de verão, numa operação que vai decorrer até 10 de setembro.

Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) adianta a operação “Hermes – Viajar em Segurança” visa contribuir para a “redução da sinistralidade rodoviária, garantir a fluidez do tráfego e apoiar todos os utentes das vias”.

A GNR justifica esta operação com o aumento “substancial de tráfego” durante esta altura do ano face ao afluxo de turistas estrangeiros, de emigrantes e das deslocações de cidadãos nacionais para locais de féria.

As estatísticas dos acidentes de viação “continuam a apresentar números preocupantes no que diz respeito a crianças, jovens e adultos que se fazem transportar nos bancos da retaguarda dos veículos ligeiros de passageiros e nos veículos pesados de mercadorias e de passageiros, sem fazerem uso de sistemas de retenção”, lembra a guarda.

A GNR alerta igualmente para o aumento em 2022 da percentagem de condutores em estado de embriaguez, com uma taxa de álcool no sangue (TAS) superior a 1,2 g/l.

Durante a operação, a GNR vai incidir a fiscalização aos “comportamentos de risco” que colocam em causa a segurança rodoviária, como manobras perigosas de ultrapassagem, condução sob o efeito do álcool e de substâncias psicotrópicas, condução sem habilitação legal, excesso de velocidade, incorreta ou não utilização do cinto de segurança e uso do telemóvel ao volante.

Fonte: Lusa